Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos – CD 1 de 4 – Brautigam, NSO, Parrott

coverRonald Brautigam é um cara discreto, creio. É um dos principais intérpretes de Beethoven deste novo século, e sua integral das sonatas interpretadas em um pianoforte fizeram bastante sucesso por aqui há alguns anos atrás. Grava por um selo sueco chamado BIS, excelente por sinal, e aparentemente foge  um pouco da fama se comparado com outros pianistas de sua geração. Digo que isso é o que me parece, não sei se estou correto.

Ai quando o cara foi encarar os concertos para piano, eis que escolhe um piano moderno de cauda. No site da gravadora temos uma explicação:

“If they have not already heard the recordings themselves, everyone with an interest in Beethoven will at least have heard reports of Ronald Brautigam’s ongoing cycle of the complete music for solo piano. Performed on the fortepiano, this project has been greeted with enormous interest by the reviewers. One contributing factor has been the choice of instrument, which has brought new perspectives to the music, causing one reviewer to expect a cycle ‘that challenges the very notion of playing this music on modern instruments, a stylistic paradigm shift’ (Fanfare). But more important for the critical success have been the direct and immediately engaging interpretations. ‘One has almost the feeling of being Beethoven’s contemporary, one of the first, infinitely surprised – not to say shocked – listeners to this music’ as the reviewer in Süddeutsche Zeitung phrased it, backed up by his colleague in International Record Review, writing about the Moonlight Sonata: ‘a Presto agitato from hell; such controlled fury and unrelenting intensity, yet musical to the core, and never banged out. It took sometime before I was able to unpin myself to the wall…’

With five discs released so far in the cycle, Brautigam now takes on Beethoven’s complete works for piano and orchestra, choosing to do so on a modern piano and with a modern instrument orchestra: the Norrköping Symphony Orchestra, internationally acclaimed for its many fine recordings on BIS. Conducting the series is Andrew Parrott, and together with the soloist, he brings all his expertise in period performance practice to bear in interpretations that in many ways are as fresh and revolutionary as those of the sonata cycle. The present disc, with Concertos No.1 and No.3, is the first of a cycle of four, and was recorded with the piano, without a lid, placed in the middle of the orchestra. As Ronald Brautigam explains in the liner notes: ‘I truly believe that what Beethoven wanted was chamber music rather than a battle between orchestra and soloist, and this makes for a wonderfully interactive set-up, where individual players have far more contact with the pianist than in a regular concert set-up’.”

O cara não é realmente uma figura? E por que diabos os senhores ainda não baixaram este primeiro CD?
P.S. Sugiro lerem a entrevista de Brautigam no booklet que segue junto com este CD. Vale a pena.

01. Piano Concerto No. 1 in C major, Op. 15 1. Allegro con brio
02. Piano Concerto No. 1 in C major, Op. 15 2. Largo
03. Piano Concerto No. 1 in C major, Op. 15 3. Rondo. Allegro
04. Piano Concerto No. 3 in C minor, Op. 37 1. Allegro con brio
05. Piano Concerto No. 3 in C minor, Op. 37 2. Largo
06. Piano Concerto No. 3 in C minor, Op. 37 3. Rondo. Allegro

Ronald Brautigam – Piano
Norrköping Symphony Orchestra
Andrew Parrott – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD  HERE

hqdefault
O velho Ludwig aparenta estar espantado com o talento do Ronald Brautigam. Ou estaria admirando seus longos cabelos brancos?

Sigismund Neukomm (1778-1858) – Missa Solemnis Pro Die Acclamationis Joahannis VI (Acervo PQPBach)

68val2Missa Solemnis Pro Die Acclamationis Joahannis VI

Sigismund Neukomm

A partida de Lisboa em novembro de 1807 foi precipitada. Famílias foram separadas, pois não havia suficiente lugar para todos nos navios. Se a viagem seria desgastante para os que partiam, prenunciava-se uma tragédia em Portugal para os que ficaram. Dois meses depois, em janeiro de 1808, o Príncipe Regente desembarcava em Salvador da Bahia, e no Rio em março. Ele veio acompanhado de sua mãe, a pertubada Rainha Maria, e de umas dez mil pessoas (5% da população da capital de Portugal), em cerca de vinte navios. Dom João instalou um genuíno aparato de Estado e um corpo diplomático. A capital da colônia tornou-se a sede de ministérios, secretarias, serviços públicos e do Conselho de Estado.

As minas de ouro brasileiras já haviam sido exauridas, e a colônia recuperara seu papel tradicional de fornecedora de produtos agrícolas, operada por escravos. O Rio era o maior mercado de escravos da América: um terço de seus habitantes era de origem africana. Os ministros e secretários do Príncipe Regente foram obrigados a contemplar os efeitos de sua política  e, ainda pior, conviver com os resultados de sua obra colonial. O choque foi mútuo. Para os brasileiros, o impensável aconteceu: figuras míticas se materializavam inesperadamente na colônia. Os ícones gravados em suas moedas, os personagens que eles conheciam somente através de estátuas e gravuras, estavam ao seu lado, em carne e osso.

Treze anos depois, em abril de 1821, Dom João VI partia em direção oposta, de volta à Lisboa. Mas antes que isso acontecesse, ele foi aclamado no Rio de Janeiro como Rei de Portugal, Brasil e Algarves, uma cerimônia preparada durante dois anos e cujas festividades se prolongaram por muitos dias. (extraído e traduzido do encarte)

C’est à Rio, en 1817, que Neukomm composa cette messe monumentale, destinée à saluer l’accession au trône du Portugal et du Brésil, du roi Jean VI, lors de la grande cérémonie d’acclamations qui devait avoir lieu l’année suivante. Mais de sombres raisons la firent censurer et le manuscrit en dormait depuis, parmi les quelques deux mille œuvres léguées à la France par ce compositeur.
Après le “Libera me” ajouté à la version carioca du Requiem de Mozart et le Grand Office funèbre, Jean-Claude Malgoire poursuit ici son exploration raisonnée des chefs d’œuvre de ce compositeur trop injustement oublié, avec cet enregistrement “live”. (Disques K617)

Missa Solemnis Pro Die Acclamationis Johannis VI
01. Kyrie
02. Gloria 1. Gloria
03. Gloria 2.Laudamus te
04. Gloria 3.Adoramus te
05. Gloria 4.Gratias agimus tibi
06. Gloria 5.Domine Deus
07. Gloria 6.Qui tollis
08. Gloria 7.Quoniam
09. Gloria 8.Cum Sancto Spiritu
10. Credo 1.Credo
11. Credo 2.Et incarnatus
12. Credo 3.Et resurrexit
13. Sanctus
14. Benedictus
15. Agnus Dei

Missa Solemnis Pro Die Acclamationis Joahannis VI – 2008
Sigismund Ritter von Neukomm (Salzburg,1778 – Paris,1858)
La Grande Écurie et la Chambre du Roy & Chœur de Chambre de Namur
Regência: Jean-Claude Malgoire
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 323,8 MB | HQ Scans

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps | 170,1 MB

powered by iTunes 9.0. | 1,1 hora

.

.

Boa audição!

Avicenna

History of the Sacred Music vol 07: The French’s ‘Petit Motet’ and ‘Grand Motet’

Captura de Tela 2017-12-15 às 18.59.51Harmonia Mundi: História da Música Sacra
vol 07: Os pequenos e os grandes motetos franceses

Durante o reinado de Louis XIV (1638-1715) a música sacra se apresentou de três formas essenciais: o Grand Motet (específico para a corte francesa), o Petit Motet em escala menor, e peças para órgão alternandas com cantochão.

Todas as três formas foram reunidas em Versalhes na celebração diária da missa do rei. Elas também foram os componentes das cerimônias religiosas importantes realizadas nas principais igrejas de Paris, como a Notre Dame e a Sainte-Chapelle, a qual manteve um corpo de músicos de primeira linha. A música sacra em Versalhes fazia parte do ofício diário comum, assim como também era apresentada em ocasiões especiais, como o Te Deum.

A famosa “pompa” de Versalhes, como ilustrada pela configuração gloriosa do Te Deum de Marc-Antoine Charpentier, ouvido nesta gravação, envolvendo solistas, um grande coro e uma orquestra com trompetes e tímpanos, co-existia com obras excepcionalmente íntimas, tais como o Miserere de Lalande ou os petit motets compostos por Dumont, que ilustram o aspecto mais pessoal da música sacra francesa da época barroca.

Finalmente, a música de órgão desempenhou um papel importante em cerimônias religiosas por todo o reino, nas catedrais das províncias e na Capela Real. Em Versalhes quatro organistas partilhavam a tarefa de tocar o instrumento encomendado por Luís XIV, com cada um tendo um quarto do ano. François Couperin e Louis Marchand estavam entre os mais famosos dos organistas reais.

Henri Dumont (also Henry Du Mont, originally Henry de Thier) (Franco-Belgian, 1610-1684)
01. Grand Motet: Memorare
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687)
02. Grand Motet: Dies irae
Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726)
03. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 1. Simphonie. Super flumina
04. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 2. In salicibus
05. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 3. Quia illic interrogaverunt nos
06. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 4. Hymnum cantate nobis
07. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 5. Si oblitus fuero tui
08. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 6. Adhaereat lingua mea
09. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 7. Memore esto, Domine
10. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 8. Filia Babilonis misera (solis)
11. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 9. Filia Babilonis misera (choeur)
Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704)
12. Grand Motet: Te Deum – 1. Prélude
13. Grand Motet: Te Deum – 2. Te Deus laudamus (basse, 2 violons, basse continue)
14. Grand Motet: Te Deum – 3. Te aeternum Patrem (soli, choeur et orchestre)
15. Grand Motet: Te Deum – 4. Per te orbem terrarum (contre-ténor, ténor, basse, basse continue)
16. Grand Motet: Te Deum – 5. Tu devicto mortis aculeo (soli, choeur et orchestre)
17. Grand Motet: Te Deum – 6. Te ergo quaesumus (soprano, 2 flûtes, basse continue)
18. Grand Motet: Te Deum – 7. Aeterna fac cum sanctis tuis (soli, choeur et orchestre)
19. Grand Motet: Te Deum – 8. Dignare Domine (soprano, basse, 2 violons, basse continue)
20. Grand Motet: Te Deum – 9. Fiat misericordia tua Domine (2 sopranos, basse, 2 flûtes, basse continue)
21. Grand Motet: Te Deum – 10. In te Domine speravi (soli, choeur et orchestre)
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687)
22. Petit Motet: Ave coeli (haute-contre, ténor, bassel)
Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726)
23. Petit Motet: Miserator et misericors

History of the Sacred Music vol. 07: The French’s ‘Petit Motet’ and ‘Grand Motet’
– Faixa 01 e 02 – Solistes, Choeur et Orchestre de la Chapelle Royale. Maestro Philippe Herreweghe
– Faixa 03 a 23 – Les Arts Florissants. Maestro William Christie

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 354,7 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps | 244,2 MB

powered by iTunes 12.2.3 | 1 h 19 min

Encarte e letras dos 30 CDs – AQUI – HERE
Boa audição.

 

Captura de Tela 2017-12-22 às 18.13.01

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.

Avicenna, com um empurrão do FDP!

Antonio Vivaldi (1678-1741): Arie Ritrovate

Antonio Vivaldi (1678-1741): Arie Ritrovate

Mais um disco com árias de Vivaldi. Não há dúvida de que é bom, mas a gente sempre espera algo como aquele extraordinário The Vivaldi Album, de Cecilia Bartoli. Pois é, este Arie Ritrovate fica abaixo. O maestro Ottavio Dantone e seu conjunto Accademia Bizantina, um dos principais expoentes da escola rock and roll de intérpretes barrocos italianos, descobriram uma dúzia de arias extraídas de manuscritos pouco conhecidos de Vivaldi ou inseridas como números alternativos em óperas existentes. Essas “Árias Redescobertas” são legais, mas a gente quer menos musicologia e mais música, não? Há boa música, claro, e a voz de Prina é extremamente atraente contra o som da orquestra, mas, para mim, não bastou.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Arie Ritrovate

1. la verita in cimento, rv739 – sarai qual padre mio (3:23)
2. la verita in cimento, rv739 – se vincer non si puo (4:46)
3. la verita in cimento, rv739 – mi vuoi tradir lo so (2:45)

4. scanderbeg, rv732 – con palme ed allori (5:21)

5. concerto pour cordes en fa majeur, rv136 – allegro (1:40)
6. concerto pour cordes en fa majeur, rv136 – andante (2:12)
7. concerto pour cordes en fa majeur, rv136 – minuetto, allegro (1:13)

8. Teuzzone, rv736 – per lacerarlo (2:22)

9. Tito Manlio, rv738a – abbia respiro il cor (6:12)
10. Tito Manlio, rv738a – perche lacero il foglio (4:20)
11. Tito Manlio, rv738a – tu dormi in tante pene (10:00)

12. concerto pour violon en si bemol majeur, rv369 – allegro ma poco (4:43)
13. concerto pour violon en si bemol majeur, rv369 – largo (3:15)
14. concerto pour violon en si bemol majeur, rv369 – allegro ma poco (4:10)

15. scanderbeg, rv732 – s’a voi penso, o luci belle (7:06)

16. Teuzzone, rv736 – vedi le mie catene (2:40)

17. Orlando furioso, rv84 – porta il sol del tuo sembiante (2:17)

18. Teuzzone, rv736 – alma mia fra tanti affanni (1:53)

Sonia Prina
Accademia Bizantina
Ottavio Dantone

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Baroque OPERA | Painting by Francesco Battagioli. 1756
Baroque OPERA | Painting by Francesco Battagioli. 1756

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Piano Concertos nº 7, 10 & 11 – Brautigam, Lubimov, Huss, Haydn Sinfonietta Wien

FrontNeste CD o holandês Ronald Brautigam e o moscovita Alexei Lubimov dão um show e mostram como tocar Mozart em instrumentos de época. Tratam-se daqueles concertos que foram escritos para no mínimo dois pianos, os de nº 10 e 11, e o incrível concerto para três pianos, de nº 7. São obras pouco executadas e gravadas, se comparadas aos concertos mais famosos.
Mas Brautigam e Lubimov são experientes neste repertório e excepcionais pianofortistas (???), vide a excepcional integral das sonatas de Beethoven de Ronald Brautigam. E o austríaco Manfred Huss também faz um excelente trabalho com o conjunto Haydn Sinfonietta Wien.
CDzaço, muito bem gravado e produzido pelo excelente selo BIS. Tenho certeza que o nosso leitor ouvinte Mario vai gostar, visto ter reclamado não ter encontrado estes concertos na ‘integral’ que postei recentemente de Lili Kraus.

01 – Concerto in E flat major KV 365 (1779) I. Allegro
02 – Concerto in E flat major KV 365 (1779) II. Andante
03 – Concerto in E flat major KV 365 (1779) III. Rondeau
04 – Concerto in F major KV 242 I. Allegro
05 – Concerto in F major KV 242 II. Adagio
06 – Concerto in F major KV 242 III. Rondeau
07 – Concerto in E flat major KV 365 (1782) I. Allegro
08 – Concerto in E flat major KV 365 (1782) II. Andante
09 – Concerto in E flat major KV 365 (1782) III. Rondeau

Ronald Brautigam, Alexei Lubimov – Pianoforte
Manfred Huss – Pianoforte & Conductor
Haydn Sinfonietta Wien

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Modinhas tradicionais de Goiás (Acervo PQPBach)

33n9qw6Modinhas tradicionais de Goiás
Maria Augusta Calado (meio-soprano)
Maristela Cunha (piano)
Márcio Alencastro Veiga (violão)

Em Goiás, a modinha talvez tenha chegado logo após os bandeirantes, entrenhando-se no âmago da sensibilidade vilaboense, tendo seu florescimento se caracterizado por uma estrutura e linha melódica popular, reflexo do grupo social em que conviveu, pois o vilaboense sempre manteve um comportamento popular, mesmo intelectualizando-se. Chegaram na antiga capital, através do povo, fossem aventureiros, tropeiros, viajantes, cometas ou estudantes, percorrendo diferentes caminhos que partiam dos mais distantes pontos do país, formando quatro troncos distintos: o caminho baiano, o mineiro, o paulista e o paraense. Através destes caminhos circularam as influências que vieram contribuir no acervo modinheiro goiano.

O caminho baiano passava pelo antigo caminho do ouro em busca de portos do mar desde os tempos da primeira capital brasileira. Da Bahia, a partir de 1871, começaram a chegar os notáveis magistrados que influenciaram a formação vilaboense.

O caminho mineiro, percorreu a zona igualmente de mineração e modinheira. Nossos viajantes passaram por São João Del-Rei, Montes Claros, Diamantina e Paracatu. Muitos juízes goianos como Feliz de Bulhões militou em São João Del-Rei e Maurilio Augusto Curado Fleury militou em várias cidades mineiras.O primeiro foi modinheiro, o segundo era marido de Julieta Augusto Curado Fleury, cantora e divulgadora das modinhas goianas em terras mineiras. A modinha vilaboense apresenta semelhança com as mineiras mas possui interpretação própria.

O caminho paulista, o dos bandeirantes, veio a ser a estrada real por onde passaram nossos estudantes em busca da Faculdade do Largo de São Francisco. Ao regressarem traziam em sua bagagem, as mais novas modinhas aprendidas na convivência estudantil, citamos Leopoldo de Bulhões que fora colega de Afonso Celso. Devemos observar que pelo caminho mineiro e pelo caminho paulista, passaram os que se destinavam à corte.

Através da navegação do rio Araguaia, estabeleceu-se o caminho paraense que nos trouxe, além da mercadoria estrangeira, … modinhas.
(texto parcialmente extraído da capa)

Modinhas tradicionais de Goiás
Jacinto Ferreira Rêgo (Goiás, ? – ?)
01. Modinha: Quando eu me separar (1840)
Antonio Félix de Bulhões (Goiás, 1845-1887)
02. Só
A. Cardoso de Menezes (Goiás, ?-?)
03. Serenata 2 – Aos frouxos raios da lua
J. Campos Carvalho (Goiás, ?-?) & A. Cardoso de Menezes (Goiás, (?-?)
04. Serenata 1 – A brisa corre de manso
Francisco de Magalhães Cardoso (?-?)
05. Vai ó sensível saudade
Luiz do Couto (Goiás, 1888-1948) & Joaquim Sant’Anna (Goiás, 1882-1915)
06. Tu és o lírio
07. Eu penso em ti
08. Ah! não durmas, desperta donzela
09. Virgem vaidosa
10. Venho de longe
Joaquim Bonifácio de Siqueira (Goiás, 1883-1923) & Joaquim Sant’Anna (Goiás, 1882-1915)
11. Distante da pátria

Fontes Culturais da Música de Goiás vol. 3 – 1983
Modinhas tradicionais
Faixas 01 a 05 – Maria Augusta Calado (meio-soprano) & Maristela Cunha (piano)
Faixas 06 a 11 – Maria Augusta Calado (meio-soprano) & Márcio Alencastro Veiga (violão)

.
memoriaBAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 144,7 MB | HQ Scans 6,8 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 75,6 + 6,8 MB – 31,2 min
powered by iTunes 12.0.1

.

.

Mais um LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
Digitalizado por Avicenna

Boa audição16c9uex.

Avicenna

.: intermezzo :. Klezmokum: Le Dor Va Dor (2000)

.: intermezzo :. Klezmokum: Le Dor Va Dor (2000)

le dor va dorAqui, os holandeses do Klezmokum dão interpretações modernas de composições de autores judeus que estavam ativos durante a Segunda Guerra Mundial. Destaque para a cantora convidada Sovali (Sofie van Lier). O grupo, além de fazer som Klez como quem toca jazz, usa ritmos sefarditas, músicas folclóricas dos Balcãs, do Oriente Médio e ciganas da Transilvânia. Este CD está com os dois pés na área da curiosidade, mas os caras tocam muito bem e vale a pena ouvir.

Klezmokum: Le Dor Va Dor (2000)

1. Jews and gypsies suite
2. Kineret
3. Di nakht
4. Fun tashlikh
5. Dremlen feygl
6. Yiddish tango
7. A nigun variations
8. El male rachamim
9. Sa’ dâwi variations

Com  Burton Greene (piano) Roberto Haliffi (drums) Perry Robinson (clarinet) Larry Fishkind (tuba) Patricia Beysens (vocals and flügelhorn) Lior Kuperberg (soprano and tenor saxophones) Marek Balata (vocals).

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

klezmokum_small

PQP

Giuseppe Verdi (1813-1901): Réquiem – Pavarotti, Horne, Sutherland, Solti, Wiener Philharmoniker

Giuseppe Verdi (1813-1901): Réquiem – Pavarotti, Horne, Sutherland, Solti, Wiener Philharmoniker

CoverIM-PER-DÍ-VEL !!!

Esta gravação do Réquiem de Verdi traz uma constelação de estrelas lideradas por George Solti. É um Dream Team, digamos. Luciano Pavarotti dispensa apresentações, mas aqui também temos a magnífica Dame Joan Sutherland, uma das mais belas vozes do século XX.  E como não poderia deixar de ser, a gravação é espetacular. Grandes coros, solistas no apogeu de suas carreiras, e Solti, bem, esse também está muito a vontade. Era o menino de ouro da gravadora Decca, então tinha o que existia de melhor a sua disposição: solistas, orquestra, corais, estúdios …

Neste período natalino geralmente postamos obras ligadas ao tema do nascimento de Cristo, mas nenhuma que trata da morte. Estou fazendo esta postagem devido a um pedido especial de nosso mentor, PQPBach, pois o link antigo era do PQPShare, se não me engano. Resolvi então fuçar em meu acervo e reencontrei esta magnífica gravação, daquelas que nos deixam felizes após a audição, mesmo em se tratando de um Réquiem.

Verdi compôs esta obra em homenagem a um amigo, o escritor Alessandro Manzoni, que havia falecido um pouco antes. A estreia da obra ocorreu exatamente um ano após a morte deste amigo.

Mas vamos ao que viemos: trazer uma belíssima obra interpretada por um timaço, e lideradas por um grande líder…

Giuseppe Verdi (1813-1901): Réquiem – Pavarotti, Horne, Sutherland, Solti, Wiener Philharmoniker

1. Verdi Messa Da Requiem 1. Requiem Requiem aeternam & Kyrie
2. Verdi Messa Da Requiem 2a. Dies irae Dies irae
3. Verdi Messa Da Requiem 2b. Dies irae Tuba mirum – 2c. Mors stupebit
4. Verdi Messa Da Requiem 2d. Dies irae Liber scriptus
5. Verdi Messa Da Requiem 2e. Dies irae Quid sum miser
6. Verdi Messa Da Requiem 2f. Dies irae Rex Tremendae
7. Verdi Messa Da Requiem 2g. Dies irae Recordare
8. Verdi Messa Da Requiem 2h. Dies irae Ingemisco
9. Verdi Messa Da Requiem 2i. Dies irae Confutatis
10. Verdi Messa Da Requiem 2j. Dies irae Lacrymosa
11. Verdi Messa Da Requiem 3a. Offertorium Domine, Jesu Christe
12. Verdi Messa Da Requiem 3b. Offertorium Hostias
13. Verdi Messa Da Requiem 4. Sanctus
14. Verdi Messa Da Requiem 5. Agnus Dei
15. Verdi Messa Da Requiem 6. Lux Aeterna
16. Verdi Messa Da Requiem 7a. Libera Me Libera Me
17. Verdi Messa Da Requiem 7b. Libera Me Dies Irae
18. Verdi Messa Da Requiem 7c. Libera Me Requiem Aeternam
19. Verdi Messa Da Requiem 7d. Libera Me Libera Me

Dame Joan Sutherland – Soprano
Marilyn Horne – Mezzo Soprano
Luciano Pavarotti – Tenor
Martti Talvela – Bass
Wiener Staatsopernchor
Wiener Philharmoniker
Sir Georg Solti – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Verdi: para lembrar o primeiro aniversário da morte de Alessandro Manzoni, um poeta e romancista italiano muito admirado pelo compositor.
Verdi: Réquiem para lembrar o primeiro aniversário da morte de Alessandro Manzoni, poeta e romancista italiano muito admirado pelo compositor.

FDP

Alma Latina: El Nuevo Mundo: Folías Criollas – Jordi Savall & Montserrat Figueras + La Capella Reial de Catalunya, Hespèrion XXI, Tembembe Ensamble Continuo

0039c07c_mediumEl Nuevo Mundo
Folías Criollas

Montserrat Figueras

La Capella Reial de Catalunya
Hespèrion XXI
Tembembe Ensamble Continuo

Jordi Savall

2010

El Nuevo Mundo, um recente projeto fascinante de Jordi Savall, é uma exploração da música das Américas que ilumina a mistura extraordinária de culturas musicais que ocorreu com a chegada dos exploradores e conquistadores europeus. O objetivo do álbum é introduzir o ouvinte à musica extraordinária que foi mantida viva por séculos, muitas vezes em regiões distantes das grandes cidades.

Jordi Savall e seus grupos Hesperion XXI e La Capella Reial de Catalunya são nossos guias nesta viagem musical da Espanha ao Perú e até o México, auxiliado por sua esposa e vocalista Montserrat Figueras. Com vários de seus antigos parceiros, formou um novo grupo, Tembembe Ensamble Continuo, especificamente dedicado ao repertório barroco latino-americano aqui ouvido.

Há muita coisa para digerir aqui, começando com o fato que Savall está oferecendo performances de musicas que definharam nos arquivos durante séculos, e ele está fazendo isso de uma forma que vai reescrever os livros de história da música. No entanto, isso está longe de ser uma liberação especialista; a música é cheia de ritmos e é a combinação da síntese com a balada, quadrinhos e textos religiosos de todo o século 17. É infinitamente fascinante. (copiado e traduzido de um monte de lugares da internet)

Palhinha: ouça: Jácaras – El Pajarillo

¡Ay! Canta claro pajarillo,
sigue tu rumbo viajero
cantando tu ritmo criollo
que resumes el sendero.

Que se oiga por la sabana
y por todo el mundo entero,
para que se hagan de cuenta
amigos y compañeros:
éste es el himno del Llano
y siempre está en mis recuerdos.

… …

https://www.youtube.com/watch?v=EP4B6rNifqg

El Nuevo Mundo: Folías Criollas
Antonio Valente (Napoles, 1520-1580)
01. Folías criollas: Gallarda Napolitana – Jarabe Loco
Obispo Baltasar Martínez Compañón y Bujanda (Perú s.XVIII) (Navarra, 1737-Bogotá, 1797)
02. Trujillo del Perú / Cachua a duo y a Cuatro: Niño il mijor
Gaspar Sanz (España, 1640 – 1710)
03. Jácaras – El Pajarillo 1
04. Jácaras – El Pajarillo 2
Santiago de Murcia (Madrid, 1673 – 1739)
05. Cumbes – El Cielito Lindo 1
06. Cumbes – El Cielito Lindo 2
Juan Hidalgo (Madrid, 1614 – 1685)
07. Tono Humano: Trompicávalas amor
Anònim
08. Balajú Jarocho
Anònim Cançoner de Sablonara
09. Seguidillas En Eco: De Tu Vista Celoso
Santiago de Murcia (Madrid, 1673 – 1739)
10. Fandango – El Fandanguito
Gaspar Fernández (Portugal, 1566 – Puebla, Mexico, 1629)
11. Guineo a 5: Eso Rigor e Repente
Improvisació
12. Canarios
Tradicional de Colombia
13. Guabina de Vélez
José Marín (España, ca.1619-1699)
14. Niña como en tus mudanzas
Santiago de Murcia (Madrid, 1673 – 1739)
15. Jota – María Chuchena
Gaspar Fernández (Portugal, 1566 – Puebla, Mexico, 1629)
16. Xicochi Conetzintle – Xochipitzahuatl
Improvisació
17. Danza de Moctezuma
Obispo Baltasar Martínez Compañón y Bujanda (Perú s.XVIII) (Navarra, 1737-Bogotá, 1797)
18. Trujillo del Perú / Cachua a voz y Bajo: Dennos lecencia señores
Tradicional Jarocho
19. Los Chiles Verdes
Juan García de Zéspedes (Mexico, 1619-1678)
20. Guaracha: Ay que me abraso / El Arrancazacate

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 kbps | 179,1 MB
Acompanha um resumo em Português, Française, Català, Deutsch, English, Italiano, Español.

powered by iTunes 12.5 | 1 h 17 min

Material d’amablement enviat per nostre amic i oient David, de Catalunya. ¡Gràcies!

Boa audição!

nd0eb9mm

 

 

 

 

.

.

.

Avicenna

History of the Sacred Music vol. 04: The Polyphonic Motet from Ars Antiqua to the Renaissance

110ks9jHarmonia Mundi: História da Música Sacra
vol 04: O moteto polifônico, da Ars Antiqua à Renascença

A partir do sec. XIII, a crescente reorganização social em plena Idade Média,  acabaria lentamente por desembocar no Renascimento, período não só de esplendor artístico e cultural, mas de ressurgimento e poder das cidades, que entrariam para a história com uma fama até então desconhecida. É neste contexto de transição, que na música os compositores vão se exercitar numa técnica, que viria a ser, talvez, a mais genial contribuição da música ocidental: a polifonia.

Pretender esgotar este tema em poucas palavras seria o mesmo que explorar os meandros da história desde a Idade Média até o séc.XX numa conversa rápida. Podemos dizer que após um período de quase mil anos de hegemonia monofônica  do canto gregoriano, apresentou-se para os compositores da Ars Antiqua o problema de como estruturar suas obras vocais com objetivo de alçar vôo a formas de composições mais complexas, que garantissem meios de expressão musical, uma nova estética, onde unidade e contraste se opusessem de maneira harmônica.

O Moteto, assim, é este verdadeiro laboratório, que oriundo do cerimonial sacro, de funcionalidade ritual e mística, vai dar vazão  à presença simultânea do elemento profano, como meio de excitar a arte da criação.  Assim não será de se estranhar a presença nos motetos medievais e renascentistas de duas línguas como o latim e o francês, cantadas simultaneamente, por vozes diferentes. Aliás, é importante lembrar que uma das funções do moteto é justamente explorar a possibilidade musical da palavra. Notar a etmologia de moteto, que vem de mot (palavra), francês. 

Outra característica importante seria a crescente independência das vozes, pois enquanto o cantus firmus, que trazia uma melodia gregoriana conhecida, se mantinha estável, outra voz ornamentava esta melodia, à maneira de um melisma, ou seja um tipo de vocalise. Posteriormente as melodias sacras foram substituídas por temas profanos, aonde se adaptavam os textos sacros. A isorritimia foi  o início de um processo de composição que abriu as fronteiras para as complexas técnicas de composição que haveriam de se seguir, criando na música mistérios ocultos, revelados pelos apaixonados e estudiosos. Arte è cosa mentale (Leonardo da Vinci).

O período de ouro do moteto realmente é grande, desde a Ars Antiqua, com os mestres Léonin e Pérotin da École de Nôtre Dame, tendo a seguir na Ars Nova o brilho de Philippe de Vitry, Guillaume de Machaut e Guillaume Dufay. O ciclo continua  com a Escola Flamenga, onde o contaponto é exercitado de maneira quase matemática, trazendo ao moteto todas as possibilidades de cânon. É claro, que já no séc. XVI, no auge da polifonia, com Palestrina, o moteto não encerra sua trajetória na arte da composição. Muitos séculos ainda testemunhariam as possibilidades inesgotáveis desta arte de explorar da palavra os seus recursos musicais, e colocar a música ao serviço do ritmo da palavra. Ainda teremos, Bach, Mozart, Brahms, Bruckner…para citar apenas alguns.

Palhinha: ouça 12. Renaissence: 3. Cantiones sacrae: Peccantem me quotidie

History of the Sacred Music vol. 04: The Polyphonic Motet from Ars Antiqua to the Renaissance

Anonymous
Theatre of Voices – Director: Paulo Hillier
01. Ars Antiqua – École de Notre Dame 1. Virgo flagellatur

Pérotin (France, fl. c. 1200), also called Pérotin the Great
Theatre of Voices – Director: Paulo Hillier
02. Ars Antiqua – École de Notre Dame 2. Mors

Anonymous
The Hilliard Ensemble – Director: Paulo Hillier
03. 14th-Century England 1. Campanis cum cymbalis. Honorem Dominan
04. 14th-Century England 2. Worldes blisse have good day (Benedicamus Domino)
05. 14th-Century England 3. Valde mane diluculo
06. 14th-Century England 4. Ovet mundus letabundus

Guillaume Dufay (Du Fay, Du Fayt) (Franco-Flemish, 1397? – 1474)
The Orlando Consort
07. Ars Nova & Pre-renaissance: 1. Ave Regina coelorum

John Dunstaple (or Dunstable) (England, c.1390 – 1453)
The Orlando Consort
08. Ars Nova & Pre-renaissance: 2. Salve scema sanctitatis/Salve salus servulorum/ Cantant celi agmina

John Plummer (also Plomer, Plourmel, Plumere, Polmier, Polumier (c.1410 – c.1483)
The Hilliard Ensemble – Director: Paulo Hillier
09. Ars Nova & Pre-renaissance: 3. Anna Mater Matris Christi

Josquin Desprez (Franco-Flemish, c.1450 to 1455 – 1521)
La Chapelle Royale – Director: Philippe Herreweghe
10. Renaissance: 1. Salve Regina

Clément Janequin (France, c.1485 – 1558)
Ensemble Clément Janequin – Director: Dominique Visse
11. Renaissence: 2 .Congregati sunt

William Byrd (England, 1540 or late 1539 – 1623)
Ensemble Vocal Européen – Director: Philippe Herreweghe
12. Renaissence: 3. Cantiones sacrae: Peccantem me quotidie

Carlo Gesualdo, aka Gesualdo da Venosa (Italy, 1566 – 1613)
Ensemble Vocal Européen – Director: Philippe Herreweghe
13. Renaissence: 4. Tribulationem et dolorem
14. Renaissence: 5. Ecce quomodo moritur justus (Sabbato Sancto)

Hans Leo Hassler (Germany, 1564 – 1612)
Ensemble Vocal Européen – Director: Philippe Herreweghe
15. Renaissence: 6. Ad Dominum

History of the Sacred Music vol. 04: The Polyphonic Motet from Ars Antiqua to the Renaissance – 2009
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 287,3 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps | 189,6 MB

Encarte e letras dos 30 CDs – AQUI – HERE

powered by iTunes 12.2.3 | 1,0 h

Boa audição.

 

macaco-pensante

 

 

 

 

.

.

texto: gabrieldelaclarinet & Prof. Paulo Peloso – Departamento de Composição/Escola de Música – UFRJ
lay-out & mouse operator: Avicenna

Marcos Portugal (1762-1830) – Matinas do Natal – Rio de Janeiro 1811 – Ensemble Turicum (Acervo PQPBach)

33ol5xtMatinas do Natal
Marcos Portugal
Ensemble Turicum

”Mattinas do Santissimo Natal de Nosso Senhor Jesus Christo. A 4 e mais vozes. Com obrigação de Clarinettes, Trompas, Violettas, Fagottes, Violoncellos, Contrabachos e Orgão. Composto para a Capella Real do Rio de Janeiro, por ordem de S.A.R. o Príncipe Regente nosso Senhor. Por Marcos Portugal.”

O percurso profissional do compositor e organista Marcos António da Fonseca Portugal [Marco Portogallo] (Lisboa, 24 de Março de 1762 – Rio de Janeiro, 17 de Fevereiro de 1830) constitui caso único na história de Portugal e do Brasil pela projecção e disseminação sem paralelo da sua música dramática e religiosa. Esta notoriedade contrasta com as raras gravações e o ínfimo número de edições musicais disponíveis, consequência da escassez de estudos musicológicos e da prolificidade do autor.

Após estudar no Seminário da Patriarcal com dois dos mais destacados compositores portugueses da segunda metade do século XVIII, João de Sousa Carvalho (1745–1798) e José Joaquim dos Santos (1747–1801), Marcos António encetou a sua carreira profissional na Santa Igreja Patriarcal de Lisboa, onde foi nomeado organista em Julho de 1782 com o salário de 12$500 reis mensais. Desde logo aliou ao exercício de organista o de compositor para as funções da Patriarcal, sendo esta actividade reconhecida formalmente – e recompensada com um aumento de estipêndio de 50$000 reis anuais, a partir de 1 de Setembro de 1787. Depois de uma carreira de 10 anos como compositor de música religiosa e de música dramática em português, parte para Itália onde, em apenas seis anos e meio, estreia 22 óperas com um sucesso sem precedentes, contando-se as réplicas pelas centenas e as récitas pelos milhares. O seu sucesso cedo extravasa as fronteiras desse país e, a partir de 1793, a sua obra dramática, em especial as suas opere buffe e farsas, são cantadas em praticamente todos os países europeus e no Brasil, e em várias línguas, incluindo o italiano, o português, o alemão e o russo.

De volta a Portugal em 1800, Marco Portogallo, nome por que ficou conhecido internacionalmente, é nomeado Mestre de Música no Seminário da Patriarcal e Maestro de opera seria no Real Teatro de S. Carlos, onde estreia 13 óperas em 6 anos, 10 delas com papeis criados para a prima donna Angelica Catalani, ainda em início de carreira. Depois de deixar Lisboa, Catalani tornou-se uma cantora lendária contribuindo para a difusão do nome de Portogallo, visto que continuou a cantar as suas óperas e a incluir árias de sua autoria nos recitais, em particular as célebres Son Regina e Frenar vorrei le lagrime, editadas em Inglaterra e na Alemanha.

No advento das invasões francesas, a Corte portuguesa muda-se para o Rio de Janeiro onde chega em Março de 1808. Cerca de dois anos e meio mais tarde o Monarca ordena a Marcos que atravesse o Atlântico para o “ir servir” no Brasil. Os objectivos do Príncipe Regente eram dúplices: Marcos Portugal seria o mestre de música de Suas Altezas Reais, os seus filhos e, mais importante ainda, proveria a música adequada para os festejos de maior significado sociopolítico, sempre cuidadosamente preparados e rodeados de uma encenação com vista a potenciar o aparato e a grandiloquência das aparições públicas de D. João. Essa encenação tinha fundamentalmente lugar na Capela Real e a música, que obrigatoriamente contava com a colaboração da formidável técnica e inefável voz dos castrati, era um dos seus ingredientes essenciais. Nessas ocasiões, e em algumas das mais importantes festas de primeira ordem inscritas no calendário litúrgico, a música era normalmente da autoria de Marcos Portugal que, ao longo da sua carreira e indo certamente ao encontro dos desejos e gosto do Príncipe Regente, foi modificando o seu estilo para o tornar cada vez mais adequado à função da representação simbólica do Poder Real.

Com o regresso da Corte portuguesa a Lisboa, ocorrido em Abril de 1821, Marcos rm4emaPortugal e os castrati optaram por permanecer no Rio de Janeiro ao serviço do futuro Imperador do Brasil, D. Pedro I, filho de D. João VI. Apesar da gravosa situação económica no jovem país, a partir de 1 de Janeiro de 1825 o compositor foi confirmado como Mestre de Música da Imperial Família com o salário de 480$000 reis. Foi também o autor do primeiro Hino da Independência do Brasil, cantado durante dezenas de anos nas comemorações do 7 de Setembro e, de acordo com a Constituição do Brasil (1824), morreu brasileiro.

Ao contrário do que aconteceu com a obra dramática, concentrada no período 1784–1806, Marcos Portugal dedicou-se regular e consistentemente à música religiosa, desde os tempos de jovem estudante no Seminário da Patriarcal em Lisboa (a obra mais antiga de que há notícia é um Miserere composto aos 14 anos), até ao fim da sua carreira de compositor (a última obra que se conhece é uma Missa Breve encomendada em 1824 por D. Pedro I). A excepção ocorreu durante os seis anos e meio da estada italiana, dedicados quase exclusivamente à produção operática. Este facto não é reflectido nas biografias, onde o compositor é retratado essencialmente como compositor operático. Na realidade, estudos recentes indicam que a obra religiosa possui uma envergadura inusitada no contexto da música portuguesa e brasileira contemporânea. Nestes dois países, a produção religiosa de Marcos, da qual sobreviveram mais de 130 obras completas, foi de uma influência que ainda está por avaliar cabalmente, mas as mais de 700 cópias manuscritas existentes em arquivos e bibliotecas dos dois países, assim como o elevado número de compositores que a adaptaram, recriando-a para novas funções e meios instrumentais/vocais, indicam que, durante um século, marcou significativamente os paradigmas composicionais vigentes. Três obras foram especialmente determinantes para essa enorme influência e disseminação: a Missa Grande (c.1782–90), as Matinas da Conceição (1802), e o Grande Te Deum (1802).

Os primeiros sucessos de Marcos Portugal aconteceram em contexto litúrgico na Santa Igreja Patriarcal de Lisboa, instituição patrocinada e frequentada pela Família Real. As suas composições religiosas tornaram-no notado e trouxeram-lhe as primeiras encomendas da Rainha D. Maria I. No entanto, seria com o seu filho, o Príncipe Regente e mais tarde Rei D. João VI, que estabeleceria uma relação privilegiada: D. João tornou-se seu empregador, mas também seu mentor e admirador, elevando-o à categoria de Compositor da Real Câmara, e não mais cessando de lhe encomendar obras religiosas, o seu género preferido.

As Matinas do Natal terá sido a segunda obra que Marcos Portugal compôs de raiz no Rio de Janeiro. Na realidade, muitas obras deste período foram adaptações de obras anteriores, em particular daquelas dedicadas aos 6 órgãos da Real Basílica de Mafra e às vozes masculinas dos monges arrábidos, e compostas no período 1806–1807, altura em que D. João aí residia. Composta para o Natal de 1811, está inextricavelmente ligada à Missa Pastoril de José Maurício Nunes Garcia (já gravada pelo Ensemble Turicum em 1999), e testemunha uma estreita colaboração entre os dois compositores, desconhecida de todos os biógrafos. O Padre José Maurício foi nomeado Mestre da Capela Real do Rio de Janeiro por D. João em 1808, sendo responsável pela organização e preparação da música em mais de 200 cerimónias ao longo do sobrecarregado calendário litúrgico. As ligações entre as duas obras são inequívocas: 1. destinaram-se à mesma festividade, o Natal de 1811; 2. a instrumentação é idêntica e peculiar devido à ausência de violinos; 3. ambas têm um carácter “pastoril”, expresso nos solos de clarinete recorrentes e nas referências explícitas – Missa Pastoril, na missa de José Maurício, e Introduzione Pastorale, nas matinas de Marcos Portugal; 4. são escritas em stile concertato, caracterizado pela alternância ou interacção entre as vozes solistas e o coro; 5. significativamente utilizam um motivo muito semelhante: enquanto que na Missa Pastoril, esse motivo assume as características de leitmotif – nas palavras de Cleofe Person de Mattos (biógrafa e estudiosa da obra de José Maurício), nas Matinas a sua presença é menos avassaladora, sendo brevemente enunciado pelo órgão nos 3º, 4º e 7º responsórios.

As matinas, cantadas na noite anterior ao dia da festividade, são compostas por 3 nocturnos, e cada nocturno inclui 3 responsórios, sendo o nono e último responsório, num contexto litúrgico, normalmente substituído pelo hino Te Deum laudamus. O presente CD inclui o conteúdo integral do autógrafo musical: os 8 responsórios iniciais.

O extenso texto das matinas e a sua estrutura, que implica constantes repetições, colocam ao compositor o tremendo desafio de manter o interesse musical, durante cerimónias que chegavam a durar mais de quatro horas, além de obter uma coerência e lógica internas. Na longa obra em apreço Marcos Portugal fá-lo admiravelmente, revelando uma invenção e recursos técnicos fora do vulgar. Para atingir a almejada diversificação, Marcos Portugal, não só alterna as frases destinadas aos solistas e ao coro – em diálogo permanente típico do stile concertato, como utiliza uma textura semelhante na orquestra, com intervenções solísticas dos violoncelos, fagotes e órgão, mas com clara predominância para as intervenções por vezes virtuosísticas dos clarinetes.

As Matinas do Natal são desprovidas de austeridade, que aliás não era do gosto de D. João, com inclinações para música mais alegre. De facto, a emocionada festa e o extrovertido júbilo de indisfarçáveis influências profanas, tipificando a prática de muitas igrejas em Portugal e no Brasil, são enquadrados pela celebração do nascimento do Rei dos Céus (Hodie nobis cælorum Rex de Virgine nasci dignatus est). Marcos Portugal cria uma obra de carácter festivo que, apesar de incluir uma gama de ambientes surpreendentemente diversificados, mantém a sua coerência interna: música que apela à contemplação ou à piedade, alterna com ritmos de dança e passagens não isentas de humor, música grandiloquente e pomposa convive naturalmente com melodias singelas e de rarefeito acompanhamento.
(António Jorge Marques, extraído do encarte)

”Mattinas do Santissimo Natal de Nosso Senhor Jesus Christo. A 4 e mais vozes. Com obrigação de Clarinettes, Trompas, Violettas, Fagottes, Violoncellos, Contrabachos e Orgão. Composto para a Capella Real do Rio de Janeiro, por ordem de S.A.R. o Príncipe Regente nosso Senhor. Por Marcos Portugal.”
01. Responsório 1.1-Hodie Nobis Caelorum Rex; Gaudet Exercitus Angelorum
02. Responsório 1.2-Gloria In Excelsis Deo
03. Responsório 1.3-Gloria Patri Et Filio
04. Responsório 2.1-Hodie Nobis De Caelo Pax Vera; Hodie Per Totum Mundum
05. Responsório 2.2-Hodie Illuxit Nobis
06. Responsório 2.3-Hodie Per Totum Mundum
07. Responsório 3.1-Quem Vidistis Pastores? Natum Vidimus Et Chorus Angelorum
08. Responsório 3.2-Dicite Quid Nam Vidistes?
09. Responsório 3.3-Gloria Patri Et Filio; Natum Vidimus Et Choros
10. Responsório 4.1-O Magnum Mysterium; Beata Virgo
11. Responsório 4.2-Ave Maria Gratia Plena
12. Responsório 4.3-Beata Virgo
13. Responsório 5.1-Beata Dei Genitrix; Hodie Genuit Salvatorem
14. Responsório 5.2-Beata Quae Credidit
15. Responsório 5.3-Hodie Genuit Salvatorem
16. Responsório 6.1-Sancta Et Immaculata Virginitas; Quia Quem Caeli Capere
17. Responsório 6.2-Benedicta Tu In Mulieribus; Quia Quem Caeli Capere
18. Responsório 6.3-Gloria Patri Et Filio; Quia Quem Caeli Capere
19. Responsório 7.1-Beata Viscera Mariae Virginis
30. Responsório 7.2-Qui Hodie Pro Salute Mundi
31. Responsório 7.3-Dies Sanctificatus
32. Responsório 7.4-Qui Hodie Pro Salute
33. Responsório 8.1-Verbum Caro Factum Est; Et Vidimus Gloria Ejus
34. Responsório 8.2-Omnia Per Ipsum Facta Sunt; Gloriam Quasi Unigeniti
35. Responsório 8.3-Gloria Patri Et Filio; Gloriam Quasi Unigeniti

Matinas do Natal – Rio de Janeiro 1811 – 2009
Ensemble Turicum, Luiz Alves Silva & Mathias Weibel
com instrumentos históricos
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 392,7 MB | HQ Scans 98,9 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 216,4 MB – 1,5 h
powered by iTunes 10.0

.

Boa audição.

macaco-pensante

 

 

 

.

 

.

Avicenna

History of the Sacred Music vol. 03: The Birth of Polyphony (1100-1300)

2q0j7fbHarmonia Mundi: História da Música Sacra
vol 03: O nascimento da Polifonia (1100-1300)


Muitos sons. Esse é o significado da palavra Polifonia, que vem do grego. Em essência, a interpretação ao pé da letra, nos diz tudo…


Polifonia, é uma técnica de composição em que duas ou mais ”melodias” se desenvolvem preservando o contexto na qual estão contidas. Para entendermos melhor essa tal de polifonia, vamos pensar na 9ª sinfonia de Beethoven, 1° movimento. É tão bonito ver as vozes se entrelaçando, meandrando a melodia principal, fazendo contrapontos, esquemas de ”perguntas e respostas”. No caso, isso é polifonia.

A polifonia no seu inicio, era improvisada. Não há registros, apenas teorias que derivam de tratados sobre música e liturgia (sim meu caro, liturgia. Esqueceu que a música era para acompanhar os ritos próprios da Igreja Católica ?). Como sabemos, a polifonia teve inicio junto com a melodia do canto gregoriano (lembra-se? Harmonia Mundi 2 ? ) era dobrada em 8ªs, 5ªs e 4ªs. (O interessante é que tudo isso surgiu espontaneamente. Os cantores não tinham a intenção de cantar diferente do uníssino.) Logo depois, começou-se a usar a 3ª e a 6ª. Hoje em dia, não há limites para a polifonia. Ela está em tudo em que escutamos. Desde buzinas aleatórias até John Cage. É claro que a polifonia está intimamente ligada a vários sons. Portanto o ”Poema sinfonico para 100 metrônomos” de Ligeti não é uma obra polifônica, apenas uma poliritmia.

Retomando à trajetória do desenvolvimento da música polifônica, poucas são as alterações sofridas no canto gregoriano, introduzindo-se apenas diálogos entre as melodias, as vozes ainda caminham no modelo vertical. Todas falam a mesma coisa e/ou trocam de nota no mesmo instante. No século seguinte percebe-se que a melodia se tornará muito mais interessante e apreciável se uma segunda voz caminhasse separada da voz* principal, fazendo algo diferente mas dentro do mesmo contexto. Depois, no século XII, o canto gregoriano é dilatado, ou seja, coloca-se entre uma nota e outra uma melodia mais dinâmica e de ritmo mais ágil, além de se introduzir uma diferenciação de andamento entre as várias vozes. Mas que para isso pudesse ocorrer de forma correta e precisa, o sistema musical teria que mudar. Pois até então, era utilizado o sistema neumático (solesmes) em que o ritmo, vinha de acordo com a acentuação da palavras. O sistema de neumas foi sendo melhorado de modo que havia uma precisão ritmica e melódica entre as vozes*.

Com isso, houve o aparecimento do Organum, que essencialmente é a melodia sendo cantada em diferentes alturas, mantendo-se o contexto na qual foi prorposta. Mais tarde, Paris tornou-se um importantíssimo centro musical, desde que, em 1163, teve inicio a construção da catedral de Notre-Dame. Aí as partituras de organum, com um grupo de compositores pertencentes à ”Escola de Notre-Dame”, alcançaram um admirável estágio de elaboração. No entanto, apenas o nome de dois desses compositores chegou até nós: Leonín, que foi o primeiro mestre de coro de catedral, e o de seu sucessor, Pérotin.

Com toda certeza, o auge do desenvolvimento da polifonia foi o Moteto, que basicamente foi quando usaram-se textos distintos para cada voz.* O moteto tornou-se uma das grandes formas da música polifônica, pois sua complexidade excedia os recursos disponíveis na época, o que fez com que junto com o seu desenvolvimento trouxesse melhorias e um aprimoramento do sistema rítmico e também da notação, sendo o apogeu de seu uso o contraponto modal do século XVI, apesar de sua importância para a música barroca e da recorrência a ele até por compositores românticos. Além dos benefícios que este estilo trouxe para sua época, deixou recursos que foram usados durante séculos posteriores e que ainda hoje, refletem na nossa música.

Assim sendo, podemos sintetizar essa evolução da seguinte forma:

Século IX – primeiras formas polifônicas em que se tem o registro (organum).
Século XII – auge da composição de organum.
Século XIV – formas polifônicas da Ars Nova.
Séculos XV e XVI – contraponto renascentista.
Século XVII – contraponto barroco.
Século XIX – contraponto no estilo de Albrechtsberger (harmonia movimentada).
Século XX – contraponto dodecafônico de Schoenberg.

* quando digo ”vozes” não me refiro apenas à voz humana. Não nos esqueçamos que a música vocal foi a primeira a surgir. Qualquer coisa cantada paralelamente é chamada de “voz”. Esse termo permenece até hoje para toda linha melódica desenvolvida ou por um instrumentista ou por um cantor.

Palhinha: ouça 03. 12th-Century Polyphony in Aquitaine à Saint-Martial de Limoges: 3. Resonemus hoc natali

History of the Sacred Music vol. 03: The Birth of Polyphony (1100-1300)
Anonymous
Ensemble Organum. Director: Marcel Pérès
01. 12th-Century Polyphony in Aquitaine à Saint-Martial de Limoges: 1. Domine labia mea aperies/Deus in adjutorium meum (Choer)
02. 12th-Century Polyphony in Aquitaine à Saint-Martial de Limoges: 2. Versus: O primus homo coruit (à 2 voix)

Theatre of Voices. Director: Paul Hillier
03. 12th-Century Polyphony in Aquitaine à Saint-Martial de Limoges: 3. Resonemus hoc natali

Ensemble Organum. Director: Marcel Pérès
04. The Notre-Dame School (12th century): Mass for Christmas Day: 1. Introït trepé: Puer natus est
05. The Notre-Dame School (12th century): Mass for Christmas Day: 2. Kyrie

Léonin, or Leoninus (Paris, c. 1135 – 1201)
Theatre of Voices. Director: Paul Hillier
06. The Notre-Dame School (12th century): Propter veritatem

Pérotin (France, fl. c. 1200), also called Pérotin the Great
Theatre of Voices. Director: Paul Hillier
07. The Notre-Dame School (12th century): Graduel: Viderunt omnes/Notum fecit Dominus

Anonymous
Theatre of Voices. Director: Paul Hillier
08. Hockets from the Bamberg Manuscript (13th century): 1. In seculum Longum
09. Hockets from the Bamberg Manuscript (13th century): 2. In seculum Viellatoris
10. Hockets from the Bamberg Manuscript (13th century): 3. In seculum Breve
11. Hockets from the Bamberg Manuscript (13th century): 4. In seculum D’Amiens longum

Anonymous
Anonymous
12. 13th-Century Marian Songs: 1. Ave maria gracia plena
13. 13th-Century Marian Songs: 2. Pia mater gratie
14. 13th-Century Marian Songs: 3. Ave nobilis venerabilis

Ensemble Organum. Director: Marcel Pérès
15. The gradual of Eleanor of Brittany (13th & 14th centuries): Kyrie: Orbis factor

Anonymous
16. An English Ladymass at Salisbury Cathedral (13th & 14th centurie): 1. Kyrie: Kyria christifera
17. An English Ladymass at Salisbury Cathedral (13th & 14th centurie): 2. Gloria
18. An English Ladymass at Salisbury Cathedral (13th & 14th centurie): 3. Sanctus – Benedictus
19. An English Ladymass at Salisbury Cathedral (13th & 14th centurie): 4. Agnus Dei: Virtute numinis

History of the Sacred Music vol. 03: The Birth of Polyphony (1100-1300) – 2003
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | 291,9 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps | 160,5 MB

Encarte e letras dos 30 CDs – AQUI – HERE

powered by iTunes 12.2.3 | 1,1 h

Boa audição.

 

xc436f

 

 

 

 

.

.

 

.

gabrieldelaclarinet: texto
Avicenna: lay-out & mouse operator

J.S. Bach (1685-1750): Jesu, Deine Passion (Cantatas BWV 22, 23, 127 & 159)

J.S. Bach (1685-1750): Jesu, Deine Passion (Cantatas BWV 22, 23, 127 & 159)

Coleção de Cantatas menores de Bach magnificamente interpretadas por Herreweghe e turma. Vocês sabem que eu sou que nem João Bosco, né?:

Ô Pixinguinha!
Ô Batista de Fá!
Ô ária de Bach!
Choro de Paulo da Violaaaaa!
Yeah!

Então, mesmo quando a Cantata não é tudo aquilo, a gente fica feliz que nem pinto no lixo, faceiro como mosca em rolha de xarope, vaidoso que nem guri em puteiro, ligado que nem rádio de preso, quieto que nem guri cagado, faceiro como gordo de camiseta, tranquilo como sono de surdo e perfumado que nem mão de barbeiro.

Jesus Nahm Zu Sich Die Zwölfe BWV 22
1 1. [Arioso + Chor] – Jesus Nahm Zu Sich Die Zwölfe 4:48
2 2. Aria – Mein Jesu, Zeihe Mich Nach Dir 4:27
3 3. Recitativo – Mein Jesu, Ziehe Mich, So Werd Ich Laufen 2:10
4 4. Aria – Mein Alles In Allem, Mein Ewiges Gut 2:57
5 5. Chorale – Ertöt Uns Durch Dein Güte 1:45

Du Wahrer Gott Und Davids Sohn BWV 23
6 1, Aria Duetto – Du Wahrer Gott Und Davids Sohn 5:50
7 2. Recitativo – Ach! Gehe Nicht Vorüber 1:20
8 3. Chor – Aller Augen Warten, Herr 3:42
9 4. Choral – Christe, Du Lamm Gottes 4:11

Herr Jesu Christ, Wahr’ Mensch Und Gott BWV 127
10 1. [Choral] – Herr Jesu Christ, Wahr’ Mensch Und Gott 5:15
11 2. Recitativo – Wenn Alles Siich Zur Letzten Zeit Entsetzet 1:10
12 3. Aria – Die Seele Ruht In Jesu Händen 7:26
13 4. Recitativo – Wenn Einstens Die Posaunen Schallen 3:51
14 5. Choral – Ach, Herr, Vergib All Unser Schuld 0:56

Seht, Wir Gehn Hinauf Gen Jerusalem BWV 159
15 1. Arioso + Recitativo – Sehet! 2:50
16 2. Aria [+ Choral] – Ich Folge Dir Nach 3:55
17 3. Recitativo – Nun Will Ich Mich 0:49
18 4. Aria – Es Ist Vollbracht 4:30
19 5. Choral – Jesu, Deine Passion 1:17

Collegium Vocale Gent
Philippe Herreweghe

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Gerrit van Honthorst (1592-1656) , A Infância de Cristo (1620)
Gerrit van Honthorst (1592-1656) , A Infância de Cristo (1620)

PQP

William Byrd (1540-1623): Gradualia, the Marian Masses – William Byrd Choir

iyzq5x
Gradualia, the Marian Masses – 1607 
William Byrd Choir

‘Just for fun I listened to all nine Alleluia settings one after the other and was astonished at the variety and interest of the music … Byrd at his most impressive and sublime here in the glorious ‘Nunc Dimittis’ and in the delicate intricacy of ‘Optimam partem’. The recording and performances are superb’ (BBC Music Magazine Top 1000 CDs Guide)

Mais informações, veja aqui

Gradualia, the Marian Masses
William Byrd (1540-1623)
01. Suscepimus Deus – 1: Suscepimus Deus
02. Suscepimus Deus – 2: Iustitia
03. Suscepimus Deus – 3: Magnus Dominus
04. Sicut audivimus – 1: Sicut audivimus
05. Sicut audivimus – 2: Alleluia
06. Senex puerum portabat
07. Nunc dimittis
08. Responsum accepit Simeon
09. Salve sancta parens – 1: Salve sancta parens
10. Salve sancta parens – 2: Alleluia
11. Salve sancta parens – 3: Eructavit cor meum
12. Benedicta et venerabilis – Virgo Dei genetrix – 1: Benedicta et venerabilis – Virgo Dei genetrix
13. Benedicta et venerabilis – Virgo Dei genetrix – 2: Alleluia
14. Felix es, sacra Virgo
15. Beata es, Virgo Maria – 1: Beata es, Virgo Maria
16. Beata es, Virgo Maria – 2: Alleluia
17. Beata viscera – 1: Beata viscera
18. Beata viscera – 2: Alleluia
19. Rorate caeli – 1: Rorate caeli
20. Rorate caeli – 2: Benedixisti Domine
21. Tollite portas
22. Ave Maria – 1: Ave Maria
23. Ave Maria – 2: Alleluia
24. Ecce virgo concipiet – 1: Ecce virgo concipiet
25. Ecce virgo concipiet – 2: Alleluia
26. Vultum tuum – 1: Vultum tuum
27. Vultum tuum – 2: Alleluia
28. Speciosus forma – Eructavit – Lingua mea – 1: Speciosos forma – Erucavit – Lingua mea
29. Speciosus forma – Eructavit – Lingua mea – 2: Alleluia
30. Post partum
31. Felix namque es
32. Alleluia – Ave Maria – 1: Alleluia – Ave Maria
33. Alleluia – Ave Maria – 2: Virga Jesse
34. Gaude Maria
35. Diffusa est gratia – 1: Diffusa est gratia
36. Diffusa est gratia – 2: Propter veritatem
37. Diffusa est gratia – 3: Alleluia
38. Diffusa est gratia – 4: Vultum tuum
39. Gaudeamus omnes – 1: Gaudeamus omnes
40. Gaudeamus omnes – 2: Assumpta est Maria
41. Assumpta est Maria
42. Optimam partem elegit

Gradualia, the Marian Masses – (gravado em 1990 e comercializado em 2002)
William Byrd Choir. Gavin Turner (conductor)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD |FLAC | 328,3 MB | HQ Scans

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 197,2 MB – 1,3 h
powered by iTunes 11.0.2

Boa audição.

 

e8mr6q

 

 

 

.

.

Avicenna

History of the Sacred Music vol. 02: A Millennium of Gregorian Chant

History of the Sacred Music vol. 02: A Millennium of Gregorian Chant

2wnwgzsHarmonia Mundi: História da Música Sacra
vol 02: Um milênio de canto gregoriano

O canto gregoriano, é um cantochão que fez parte da liturgia da Igreja Católica por cerca de 1000 anos, até hoje é usado, mas em pequena escala. O canto gregoriano foi uma das primeiras espécies de música a ter seu registro escrito. É um gênero de música vocal monofônica, monódica (apenas a melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum (Paralelo, Melismático, Livre), com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana.

A intenção é romper com a música grega, fazer algo diferene, com caráter meditativo, já que o canto gregoriano foi desenvolvido para ser executado nas celebrações da Igreja Católica até aproximadamente 1400, onde já é feita música polifônica dentro das igrejas. Normalmente, o canto gregoriano, é utilizado para colocar melodia em orações do rito cristão.

O rito mais importante é a Missa, que na maioria dos casos é organizada em: Kyrie Eleison, Gloria, Credo, Agnus Dei. O Kyrie Eleison é feito com Canto Gregoriano, melismático e com o texto curto. O Gloria é realizado na parte de júbilo, não entoado em missas de requiem, onde é envolvido o tema morte.  O Credo (Profissão/Confissão de Fé) é o momento mais educativo e de mensagem clara da liturgia. Nessa parte da missa também se usa os modos eclesiásticos autênticos e plagais. No Agnus Dei, o canto gregoriano tem tipos de textos diferentes diante de duas perspectivas, prosa e verso. Pode haver mais movimentos, mas sempre seguindo esse padrão.

A notação, originalmente é a neumática. É uma notação anterior a essa que usamos atualmente, com códigos próprios mas que ao ser analisada cuidadosamente, assemelha-se com a nossa.

As formas de execução do Canto Gregoriano se dividem em Responsorial, o qual é a alternância entre o solista (celebrante) e o coro, Anticoral, que é a alternância entre os coros ou meio-coros e Direto, onde não ocorre nenhuma alternância.

As horas canônicas, segundo a regra de S. Bento, ordem monástica sem trabalho pastoral, são organizadas em Matinas (amanhecer), Primeiras (6h), Terceiras (9h), Sextas (12h), Nonas (12h), Vésperas (pôr-do-sol), Completas (após o pôr-do-sol).

Palhinha: ouça 19. Cistercian Chant (12th century): Répons de matines pour la fête de Saint Bernard: 1. In timore Dei

History of the Sacred Music vol. 02: A Millennium of Gregorian Chant
Anonymous
Dominique Vellard, tenor
01. The vast corpus of Gregorian chant: Universi qui te expectant
Anonymous
Deller Consort – Director: Alfred Deller
02. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 1. Introït: Requiem aeternam
03. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 2. Kyrie eleison
04. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 3. Graduel: Requiem aeternam
05. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 4. Trait: Absolve, Domine
06. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 5. Séquence: Dies irae
07. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 6. Offertoire: Domine Jesu Christe
08. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 7. Sanctus
09. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 8. Agnus Dei
10. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 9. Communion: Lux aeterna
11. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 10. Répons: Libera me
12. The vast corpus of Gregorian chant: Messe de Requiem grégorienne: 11. Antienne: In paradisum
Anonymous
Ensemble Organum – Director: Marcel Prérès
13. Mass from the year 1000 (excerpts): 1. Agnus Dei: Omnipotens eterne
14. Mass from the year 1000 (excerpts): 2. Communion tropée: Corpus quod nunc/Psallite domino
15. Mass from the year 1000 (excerpts): 3. Hymne: Cives celestis patrie
16. Codex Calixtinus (c.1150): Plainchant for Santiago de Compostela: 1. Invitatoire: Regem regum dominum
17. Codex Calixtinus (c.1150): Plainchant for Santiago de Compostela: 2. Répons: Iacobe servorum
18. Codex Calixtinus (c.1150): Plainchant for Santiago de Compostela: 3. Offertoire: Ascendens Ihesus in montem
19. Cistercian Chant (12th century): Répons de matines pour la fête de Saint Bernard: 1. In timore Dei
20. Cistercian Chant (12th century): Répons de matines pour la fête de Saint Bernard: 2. Testamentum eternum
21. Cistercian Chant (12th century): Répons de matines pour la fête de Saint Bernard: 3. Dedit Dominus confessionem sancto suo
Anonymous
Theatre of Voices – Director: Paulo Hillier
22. Magnus Liber Organi (12th century): 1. Anonyme: Natus est rex
Adam de St. Victor (died 1146)
Theatre of Voices – Director: Paulo Hillier
23. Magnus Liber Organi (12th century): 2. Adam de St. Victor: In natale

History of the Sacred Music vol. 02: A Millennium of Gregorian Chant – 2009
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 335,5 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 134,1 MB | 320 kbps

Encarte e letras dos 30 CDs – AQUI – HERE

Powered by iTunes 12.2.3 | 1 h 16 min

. Boa audição.

gregoriano

gabrieldelaclarinet: texto
Avicenna: lay-out & mouse operator

Marcel Dupré (1886–1971): Variações sobre um tema de Natal, Prelúdios, Fugas e outras obras

Marcel Dupré escutou um dia uma jovem mãe que cantava uma velha canção popular de Natal para seu bebê dormir. Daí veio a inspiração de suas 12 Variações que foram escritas durante turnê de concertos em várias cidades da Europa e das Américas, cujos instrumentos inspiraram ao autor esta síntese das possibilidades orquestrais do órgão moderno.

O maior compositor para órgão no século XX, Messiaen, explica: “Na geração anterior à minha, dois nomes dominam a literatura francesa para órgão: Marcel Dupré e Charles Tournemire. Meu professor Marcel Dupré foi o maior dos virtuosos, foi o Liszt do órgão. Sua música reflete esse extraordinário virtuosismo. Ele escreveu páginas de extrema dificuldade no estilo de toccata, e iniciou o estilo ultra-staccato no órgão, que obviamente não foi usado pelos classicistas. Quando a Charles Tournemire, era uma homem brilhante, infelizmente menos conhecido; por muito tempo foi organista na igreja de Sainte-Clotilde em Paris, como César Franck, e deixou um monumento chamado L’orgue mystique (O órgão místico).”

E esse tal de órgão moderno, de que se trata(va)?

O órgão moderno, no sentido usado por Messiaen, Dupré e outros, está associado a inovações mecânicas criadas no século XIX, principalmente pelo francês Aristide Cavaillé-Coll (1811-1899).

Cécile Cavaillé-Coll, filha de Aristide, escreveu:

Em 1862, o célebre organista de Breslau, Adolphe Hesse, esteve em Paris e escreveu: “Devo declarar que de todos os instrumentos que já vi, examinei e toquei, o de Saint-Sulpice é o mais perfeito, o mais harmonioso, o maior e realmente a obra-prima da construção moderna de órgãos.” Hesse em seguida fez um recital, mas não em Saint-Sulpice, o que surpreendeu Cavaillé-Coll: “O famoso Hesse de Breslau veio ver nosso órgão; deve tê-lo achado grande demais para ele e preferiu tocar em Sainte-Clotilde; ainda não é este o verdadeiro organista moderno”
O organista moderno! Eis o que o renovador do órgão esperava. Era por isso que ele trabalhava, que ele dava ao órgão pulmões potentes, uma respiração normal e regular, teclados macios; é para o organista moderno que Cavaillé-Coll inventava jogos harmônicos, buscava novos timbres, novas combinações, preparando assim uma maravilhosa palheta de cores.

Messiaen deixava claro que a sua música só podia ser tocada em órgãos grandes com amplas possibilidades de timbres e misturas de timbres. Hoje, dizia Messiaen, está na moda construir órgãos no estilo barroco. Alguns tubos, como as flautas de 16 pés, são removidos poque não existiam na era barroca, e a palheta tonal é completamente destruída. Assim, nesses novos instrumentos só se pode tocar Frescobaldi ou Bach, o que sem dúvida é bastante restritivo.

Neste CD ouvimos o órgão de Saint-Sulpice, com  seus mais de sete mil tubos e favorecido pela impressionante acústica da igreja, uma das maiores de Paris. Daniel Roth, organista titular em Saint-Sulpice desde 1985, conhece esses teclados e pedaleira muito bem, tendo sucedido nomes importantes: Charles-Marie Widor (1870–1934), Marcel Dupré (1934–1971) e Jean-Jacques Grunenwald (1973–1982). Todos eles foram compositores e, ainda que fortemente influenciados pela música de Bach, mantiveram uma tradição organística viva, moderna, como era o desejo de Cavaillé-Coll.

01. Prélude & fugue in B major, Op.7-1 Prélude
02. Prélude & fugue in B major, Op.7-1 Fugue
03. Prélude & fugue in F minor, Op.7-2 Prélude
04. Prélude & fugue in F minor, Op.7-2 Fugue
05. Prélude & fugue in G minor, Op.7-3 Prélude
06. Prélude & fugue in G minor, Op.7-3 Fugue
07. Chorale In dulci jubilo, Op. 28 No.41
08. Variations sur un noël, Op. 20 – Thème
09. Variations sur un noël, Op. 20 – Larghetto
10. Variations sur un noël, Op. 20 – Poco animato
11. Variations sur un noël, Op. 20 – Canon à l’octave (cantabile)
12. Variations sur un noël, Op. 20 – Vif
13. Variations sur un noël, Op. 20 – Vivace
14. Variations sur un noël, Op. 20 – Canon à la quarte et à la quinte
15. Variations sur un noël, Op. 20 – Vivace
16. Variations sur un noël, Op. 20 – Canon à la seconde (cantabile)
17. Variations sur un noël, Op. 20 – Animé
18. Variations sur un noël, Op. 20 – Fugato (non troppo vivace)
19. Variations sur un noël, Op. 20 – Coda (presto)
20. Suite Bretonne, for organ, Op 21- No.1, Berceuse
21. Prélude & Fugue in E minor Op.36-2 Prélude
22. Prélude and Fugue in E minor Op.36-2 Fugue
23. Invention XIII (allegro giocoso), Op 50 No.2
24. Invention XV (cantabile), Op 50 No.2
25. Offrande à la Vierge for organ, Op 40- No.1, Virgo Mater
26. Chorale Nun komm der Heiden Heiland, Op. 28 No.59
27. Symphonie-Passion, Op 23- 1. Le Monde dans l’attente du Sauveur
Daniel Roth: órgão Cavaillé-Coll 1862
Igreja Saint-Sulpice, Paris, França

BAIXE AQUI – mp3 (DOWNLOAD HERE – mp3)
BAIXE AQUI – FLAC (DOWNLOAD HERE – FLAC)

Detalhes da fachada do órgão de St. Sulpice
Detalhes da fachada do órgão de St. Sulpice

Pleyel

Igor Stravinsky (1882-1871) – Les Noces III (The Wedding), ballet in 4 tableaux for vocal soloists, chorus, 4 pianos & percussion e Mass, for chorus & double wind quintet

Igor Stravinsky (1882-1871) – Les Noces III (The Wedding), ballet in 4 tableaux for vocal soloists, chorus, 4 pianos & percussion e Mass, for chorus & double wind quintet

Les Noces (em português: As Núpcias; em russo: Свадебка) é um balé com cantores (cantata dançada) de Igor Stravinsky. Estreou em 13 de junho de 1923 pela Ballets Russes no Théâtre de la Gaîté-Lyrique, com coreografia de Bronislava Nijinska e condução por Ernest Ansermet.

Descrevendo a preparação duma festa camponesa de casamento típica da Rússia, a obra combina o folclore russo, ritmos irregulares, a sensibilidade modernista ou cubista. Está dividida em duas partes, quatro cenas: na primeira parte, a bênção da noiva (ou, na casa da noiva), a bênção do noivo (ou, na casa do noivo) e a saída da noiva; na segunda parte, a festa de casamento. Les Noces marca a transição do período russo para o neoclássico de Stravinsky.

Em 1913, Stravinsky começou a compor Les Noces sob comissão de Sergei Diaguilev. Escreveu o libreto por conta própria a partir de letras de canções russas de casamento coletadas por Pyotr Kireevsky (1911). As partituras para voz foram completadas na Suíça em meados de 1917. Durante seu desenvolvimento, a orquestração foi alterada dramaticamente. Foi primeiramente concebida para uma orquestra sinfônica estendida, à usada em A Sagração da Primavera, passou por diversas variações, incluindo a adição de uma pianola, címbalos e um harmônio. Terminada em 1919, essa versão da obra só estreou em 1981 em Paris, conduzida por Pierre Boulez. Entretanto, essa versão foi abandonada. A estrutura final foi finalmente montada em torno de 1921, resultando em soprano, mezzosoprano, tenor, baixo, coral misto, e dois grupos de instrumentos de percussão, e quatro pianos.

A influência da música de Les Noces é identificada em obras de Philip Glass, John Adams (Short Ride in a Fast Machine), George Antheil (Ballet mecanique), Carl Orff (Carmina Burana) e Leonard Bernstein (West Side Story). Por exemplo, em Carmina Burana também se destaca o coral, uma percussão rica na orquestra e harmonias que seguem os ritmos acentuados das vozes. Melodias extensas são substituídas por formas básicas que geram efeitos de abandono repentino.

Extraído DAQUI

Igor Stravinsky (1882-1871) – Les Noces III (The Wedding), ballet in 4 tableaux for vocal soloists, chorus, 4 pianos & percussion e Mass, for chorus & double wind quintet

Les Noces III (The Wedding), ballet in 4 tableaux for vocal soloists, chorus, 4 pianos & percussion
01. Svadebka: First Tableau
02. Svadebka: Second Tableau
03. Svadebka: Third Tableau
04. Svadebka: Fourth Tableau

Mass, for chorus & double wind quintet
05. Mass: Kyrie
06. Mass: Gloria
07. Mass: Credo
08. Mass: Sanctus
09. Mass: Agnus Dei

English Bach Festival Chorus English Bach Percussion Ensemble
Trinity Boys’ Choir
Leonard Bernstein, regente
Martha Argerich, piano
Krystian Zimerman, piano
Cyprien Katsaris, piano
Homero Francesch, piano
Anny Mory, soprano
Patricia Parker, mezzo-soprano
John Mitchinson, tenor
Paul Hudson, bass

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Vocês pensam que é fácil tocar "Les Noces", hein?
Vocês pensam que é fácil tocar “Les Noces”, hein?

Carlinus

200 Years of Music at the Brazilian Court of D. João VI – Pe. José Maurício – Requiem 1816 – Americantiga (Acervo PQP)

qs86rl200 Years of Music at the Brazilian Court of D. João VI
José Maurício Nunes Garcia
José Joaquim de Souza Negrão

Americantiga Early Music Ensemble

Com instrumentos de época. On period instruments.

O Requiem em ré menor, uma das obras compostas em 1816 para os funerais da rainha D.Maria I (momento histórico de extrema importância pois leva à Aclamação de D. João VI em 1817), teve sua primeira edição numa versão para canto e órgão realizada em 1898 em Leipzig pelo compositor brasileiro Alberto Nepomuceno.

Esta obra torna-se, então, a composição mais conhecida de Nunes Garcia durante o século XX. Mesmo assim, infelizmente esta obra contou com poucas gravações em sua versão original e sobretudo não havia, até o presente momento, nenhuma realizada nos conceitos da interpretação historicamente informada e com instrumentos de época. Este Requiem, que é parte componente de uma obra maior que consiste dos Responsórios de Defuntos e Missa de Requiem, sempre chamou a atenção por algumas correspondências musicais com a famosa obra análoga de W.A. Mozart, que teve sua estréia americana dirigida por Nunes Garcia em 1819. Contudo, muito mais do que algumas semelhanças com a obra de Mozart, o Requiem de Nunes Garcia é uma das obras de maior força expressiva compostas durante o Brasil Colônia.

O estilo único e inconfundível do compositor pode ser observado em vários momentos da obra porém, sobretudo, no fim da Missa onde algumas linhas melódicas cheias de melancolia fazem lembrar a popular modinha luso-brasileira do inicio do século XIX que se tornara a marca registrada de um “brasileirismo” do nacionalismo do século XX. Para esta gravação foi utilizada a edição preparada para a editora Carus Verlag em 2000 pela musicóloga brasileira Cléofe Person de Mattos, a quem dedicamos uma homenagem póstuma através deste trabalho.

Compositor essencialmente de musica sacra, Nunes Garcia tem somente algumas obras seculares em seu Catálogo. A primeira de suas obras instrumentais, ainda que composta para ser executada numa cerimônia religiosa, é a Sinfonia Fúnebre provavelmene composta em 1790 como introdução ao serviço de exéquias em homenagem aos músicos falecidos da Irmandade de Santa Cecília da qual Nunes Garcia foi membro durante toda sua vida. Com uma orquestração muito leve, este movimento lento em Mi bemol maior expressa uma atmosfera de paz e tranquilidade que contrasta com a dramaticidade da música do Requiem escrito vinte e seis anos depois.

Como um exemplo de obra de um compositor contemporâneo a Nunes Garcia, esta gravação apresenta também a introdução, com recitative e ária, da cantata O Último Cântico de David, composta em 1817 por José Joaquim de Sousa Negrão (Bahia, Brasil-Início de século XIX).  Esta peca occasional, pouco conhecida e uma das raras em língua portuguesa deste repertório, foi descoberta e gentilmente cedida para este projeto pelo maestro Ernani Aguiar.

Finalmente, como um exemplo de uma obra teatral do próprio Nunes Garcia, trazemos o recitativo, ária e finale da cantata Ulissea, composta em 1809 e também cantada em português. Esta obra, ao invés de ser composta para um dos castrati da Real Capela, foi contudo destinada para o soprano feminino Joaquina “Lapinha” cantora mulata brasileira que fez muito sucesso em seu tempo tanto no Brasil quanto em Portugal.

Estas obras foram pela primeira vez em tempos modernos executadas e gravadas com instrumentos de época e, na ocasião muito especial deste projeto bi-nacional, formada por músicos norte-americanos e brasileiros, como nos casos da executante de clarinete do século XVIII Monica Lucas e do soprano Simone Foltran, especialmente trazidas a Austin, Texas, para este evento.
(texto extraído do encarte)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Missa de Requiem (1816) – 1. Introitus
02. Missa de Requiem (1816) – 2. Kyrie
03. Missa de Requiem (1816) – 3. Graduale
04. Missa de Requiem (1816) – 4. Sequentia: Dies Iræ
05. Missa de Requiem (1816) – 5. Sequentia: Ingemisco
06. Missa de Requiem (1816) – 6. Sequentia: Inter Oves
07. Missa de Requiem (1816) – 7. Offertorio
08. Missa de Requiem (1816) – 8. Sanctus
09. Missa de Requiem (1816) – 9. Sanctus, Benedictus
10. Missa de Requiem (1816) – 10. Agnus Dei
11. Missa de Requiem (1816) – 11. Communio
12. Sinfonia Fúnebre (1790)

José Joaquim de Souza Negrão (Bahia, early 19th. Century)
13. Qual Manhã Serena e Clara from the cantata O Último Cântico de Davi (1817) 1. Recitative
14. Qual Manhã Serena e Clara from the cantata O Último Cântico de Davi (1817) 2. Aria

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
15. Ninfas do Tejo Ameno from the cantata Ulissea, with choir (1809): 1. Recitativo
16. Ninfas do Tejo Ameno from the cantata Ulissea, with choir (1809): 2. Aria
17. Ninfas do Tejo Ameno from the cantata Ulissea, with choir (1809): 3. Coro final do drama

José Maurício Nunes Garcia – 2007
Americantiga Early Music Ensemble
First recording on period instruments
Conductor: Ricardo Bernardes
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 237,9 MB | HQ Scans 33,4 MB |
.
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (com encarte)
MP3 320 kbps – 116,7 MB – 49,6 min
powered by iTunes 9.0

.

.

Nossos agradecimentos ao maestro, musicólogo e compositor Harry Crowl por nos ter cedido este CD. Não tem preço!!!

Boa audição.

2qspjdv

 

 

 

 

 

.

.

.

Avicenna

History of the Sacred Music vol. 01: Chant of the Early Christians

History of the Sacred Music vol. 01: Chant of the Early Christians

HMundiCD01Harmonia Mundi: História da Música Sacra
vol 01: O canto dos primeiros cristãos

Certa vez eu ouvi de um amigo meu ” Não há nada mais sacro que o Canto Gregoriano e provavelmente quem já ouviu Canto Ambrosiano, vai classificá-lo como canto Gregoriano” Achei meio impossível isso acontecer, mas…. ” Cada um com seu ouvido, já dizia um professor meu.

O P.Q.P. Bach, anuncia com grande alegria, que repostaremos TODA a série ” Harmonia Mundi – Sacred Music ”. Essa epifania surgiu depois que um professor da UFRJ da matéria de Harmonia, recomendou aos seus alunos que procurassem a série aqui no blog. Como toda a série foi perdida com a queda do Megaupload, então o Gabriel della Clarinet e o Ranulfus em parceria com Avicenna Bonitão, vamos fazer esse pequeno favor de contribuir para a formação não só de alunos mas também de todos os visitantes do blog.

Surgido nos núcleos da Igreja em Constantinopla, Roma, Antioquia e Jerusalém, o cantochão diversifica-se em diversos ritos como o Ambrosiano, o Gregoriano, o Galicano, o Romano Antigo e o Rito-Moçárabe. Apesar de se creditar a unificação dos Ritos a São Gregório Magno, só na época carolíngia esta aconteceu, com o canto romano utilizado no império carolíngio suplantando algumas outras formas e denominado então de Canto Gregoriano.

—>O canto Ambrosiano teve sua origem em Milão com Santo Ambrósio (340 – 397 d.C). É um cantochão próprio cristão, especificamente do rito bizantino, e trata-se do repertório mais antigo do ocidente ainda em uso. Usava-se as ”neumas” para a escrita. Como qualquer cantochão, o canto Ambrosiano é monofônico e a cappella. De acordo com a tradição, é próprio para a voz masculina, de tal modo que vários têm o cantor especificado, por exemplo com a frase cum Pueris (por um coro de meninos) ou a Subdiaconis (pelo subdiácono).

—>Canto Benevento (Beneventan Chant – não sei se a tradução é essa, perdoem-me) é um cantochão litúrgico que foi um dos muitos utilizados nas tradições de canto da igreja primitiva ocidental. Ele foi usado principalmente na região sul da Itália, em torno dos centros eclesiásticos de Benevento e Montecassino. Relacionado ao canto ambrosiano, ele foi oficialmente substituído pelo canto gregoriano no século XI. Canto Benevento e a liturgia floresceram a partir de meados do século 7, quando os lombardos arianos tornaram-se católicos, ao final do século 8, quando as formas iniciais de canto gregoriano foram introduzidos em Benevento. Não há nenhum traço do sistema modal mais tarde desenvolvido pelos francos após modelos bizantinos. Muito parecido com Canto Ambrosiano, as melodias são melismáticas e ornamentadas. O uso freqüente e repetido de vários curtos motivos melódicos diferencia o ”Beneventan Chant” dos outros.

—>Canto Mozárabe: Origem no reino dos Visigodos (766-711 d.C), depois dessa época na península ibérica (Espanha e Portugal) surgem cristãos arabizados, proveniente da invasão árabe na península ibérica. A notação é neumática visigótica, com traços ondulados e com caligrafia bem elaborada. Toledo (Espanha) tornou-se o centro do Canto Mozárabe, e este último, sofre influência direta do Oriente Médio e do Norte da África.

History of the Sacred Music vol. 01: Chant of the Early Christians
Ambrosian Chant (repertory of Milan, early 5th. century)
01. Lucernarium: Paravi lucernam Christo meo
02. Ingressa: Lux fulgebit hodie super nos
03. Psalmellus: Tecum principium in die virtutis tue
Old Roman Chant (Byzantine period, 7th and 8th centuries)
04. Introit: Resurrexi
05. Offertoire: Terra tremuit: V. Notus in ludea – V. Et factus est in pace – V. Ibi confregit
06. Alleluia V. Epi si Kyrie
Beneventan Chant (7th-9th centuries) Mass for Easter Day
07. Introit: Maria vidit angelum (tutti)
Mazarabic Chant (7th-11th centuries)
08. Office des lectures: 1. Invocation sacerdotale d’introduction: Per gloriam nominis tui (MM)
09. Office des lectures: 2. Gloria in excelsis Deo (Tol. B fº 115)
10. Prière eucharistique: 1. Ad confractionem panis: Qui venit ad me non esuriet (Tol. B fº 116)
11. Prière eucharistique: 2. Prête: humiliate vos ad benedictionem! (MM)
12. Prière eucharistique: 3. Ad accedentes: Gustate et videte (Tol. B fº 9v)
Old Roman Chant (6th-13th centuries)
13. Ad processionem Kyrie
14. Alleluia – Versus: O kyrios evasileosen Versus: Ke gar estereosen

History of the Sacred Music vol. 01: Chant of the Early Christians – 2009
Ensemble Organum
Director: Marcel Prérès

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 307,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps | 197,9 MB

Encarte e letras dos 30 CDs – AQUI – HERE

powered by iTunes 12.3.2 | 1,1 h

Boa audição.

 

2rrw7rk

 

 

 

.

.

Gabriel della Clarinet: texto
Avicenna: lay-out

Glinka, Borodin, Rimsky-Korsakov, Khachaturian e Mussorgsky: Russian Orchestral Works

Glinka, Borodin, Rimsky-Korsakov, Khachaturian e Mussorgsky: Russian Orchestral Works

51KAxiC2p-L._SL500_Geralmente posto aquilo que ouço. E desde que este CD me chegou às mãos eu não cesso de ouvi-lo. São obras bastantes conhecidas. Mas identifiquei nele três questões: (1) ele é “todo russo” – orquestra e regente; obras e compositores, (2) ele possui peças que ao meu modo de ver são sublimes como, por exemplo, Nas Estepes da Ásia Central de Borodin, O Capricho Espanhol de Korsakov e a Abertura da ópera Kovantchina de Mussorgsky e (3) todos são compositores russos a que muito admiro. Em suma: o conjunto é maravilhoso e deve ser essa unidade que me cativou. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Mikhail Ivanovich Glinka (1804-1857) – Overture Ruslan and Ludmilla
01. Overture Ruslan and Ludmilla

Aleksandr Porfirevich Borodin (1833-1887) – Danças Polovtsianas da ópera Príncipe Igor – Ato 2
02. Danças Polovtsianas da ópera Príncipe Igor – Ato 2

Nas Estepes da Ásia Central
03. Nas Estepes da Ásia Central

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Capricho Espanhol, Op. 34
04. Alborada
05. Variazioni
06. Alborada
07. Scena e canto gitano
08. Fandango asturiano

Aram Khachaturian (1903-1978) Dança do Sabre
09. Dança do Sabre

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Abertura da Ópera Kovantchina
10. Abertura da Ópera Kovantchina

Uma noite no Monte Calvo
11. Uma noite no Monte Calvo

State Symphony Orchestra of Russian Federation
Evgeny Svetlanov, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

19th century landscape paintings | Gradovsky (Russian, 19th Century) - A Winter Landscape
19th century landscape paintings | Gradovsky (Russian, 19th Century) – A Winter Landscape

Carlinus

Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. III: Américantiga Coro e Orquestra de Câmara & Conceito Barroco – Música em São Paulo e Lisboa no Século XVIII – (Acervo PQPBach)

jsy2awMúsica em São Paulo e Lisboa no Século XVIII 
Américantiga Coro e Orquestra de Câmara & Conceito Barroco

Com instrumentos de época. On period instruments.

Seguindo o mesmo princípio dos dois primeiros volumes desta Série, este disco procura contribuir para a compreensão do fenômeno da circulação cultural, sobretudo na área do estilo cultural, que ocorre entre Itália, Portugal e Brasil durante todo o século XVIII e indo ao XIX. (Ricardo Bernardes, no encarte).
Mais, veja no encarte em anexo.
Imperdível!!

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
01. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 1. Kyrie eleison I
02. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 2. Christie eleison
03. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 3. Kyrie eleison II
04. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 4. Gloria in excelsis
05. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 5. Et in terra pax
06. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 6. Laudamus te
07. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 7. Gratias agimus tibi
08. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 8. Domine Deus
09. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 9. Qui tollis
10. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 10. Quoniam
11. Missa em Sol maior a 5 vozes, cordas e trompas – 11. Cum Sancto Spiritu

Frei Jesuino do Monte Carmelo (Santos, 1764 – Itú, SP, 1819)
12. Hino Pange lingua a 4 vozes e baixo contínuo
José Joaquim dos Santos (Portugal, c.1747-1801)
13. Te Deum Laudamus (1779) a 8 vozes e baixo contínuo – 1. Te Deum laudamus
14. Te Deum Laudamus (1779) a 8 vozes e baixo contínuo – 2. Tu devicto mortis
15. Te Deum Laudamus (1779) a 8 vozes e baixo contínuo – 3. Te ergo quaesumus
16. Te Deum Laudamus (1779) a 8 vozes e baixo contínuo – 4. Aeterna fac
17. Sinfonia em Ré maior (1794) cordas, oboé e tropas – 1. Allegro spirituoso
18. Sinfonia em Ré maior (1794) cordas, oboé e tropas – 2. Andante con moto
19. Sinfonia em Ré maior (1794) cordas, oboé e tropas – 3. Presto


Música em São Paulo e Lisboa no Século XVIII – 2004
Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. III
Américantiga Coro e Orquestra de Câmara & Conceito Barroco
Regente: Ricardo Bernardes
Gravação realizada no Mosteiro de São Bento, S. Paulo, em 2004
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 309,4 MB | HQ Scans


BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
(encarte anexado)
MP3 320 kbps – 140,8 MB – 1 hora
powered by iTunes 9.0

 

Boa audição!

2rrw7rk

 

 

 

.

.

Avicenna

Tempus Nativitatis: Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) (Acervo PQPBach)

ayx8co

A História do Nascimento de Jesus através dos Graduais do Padre José Maurício Nunes Garcia e do Canto Gregoriano.

.

Coral dos Canarinhos de Petrópolis
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ

.

.

Tempus Nativitatis
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Virgo Dei Genitrix (Gradual de Nossa Senhora)
Canto gregoriano, Graduale Triplex, 1979
02. Hodie Sciestis (Gradual para a Missa da Vigília Pascal)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
03. Hodie Nobis Caelorum Rex (Gradual para a Missa do Galo)
04. Tecum Principium (Gradual para a 1ª Missa do Natal)
Canto gregoriano, Graduale Triplex, 1979
05. Benedictus Qui Venit (Gradual para a Missa da Aurora)
06. Viderunt Omnes (Gradual para a Missa do Dia do Natal)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
07. Dies Santificatus (Gradual para a 3ª Missa do Natal)
Canto gregoriano, Graduale Triplex, 1979
08. Unam Petii (Gradual para a Festa da Sagrada Família)
09. Diffusa est Gratia (Gradual para a Festa da Mãe de Deus)
10. Speciosus Forma (Gradual para o Segundo Domingo pós Natividade)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
11. Omnes de Saba Venient (Gradual para a Festa dos Reis)
12. Alleluia, Angelus Domini (Gradual para a Fuga para o Egito)

Tempus Nativitatis – 1998
Coral dos Canarinhos de Petrópolis
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Marco Aurélio Lischt, regente

A presente postagem foi surrupiada do excelente site “Música Sacra e Profana Brasileira”, http://musicasacrabrasileira.blogspot.com, pilotado pelo nosso ouvinte, colaborador, Maestro e Compositor Rafael Sales Arantes. Obrigado, Maestro!
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 223,1 MB | HQ Scans 78,8 MB |

.
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 256 VBR kbps – 85,2 MB – 41,8 min
powered by iTunes 10.5.1

 

.

Boa audição.

 

e8mr6q

 

 

 

.

.

Avicenna

Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. II/DVD: Americantiga Ensemble – Obras operísticas e sacras de compositores brasileiros e portugueses do século XVIII e XIX (Acervo PQPBach)

2wf0kdw Obras operísticas de compositores brasileiros e portugueses do século XVIII e XIX
Americantiga Ensemble

Com instrumentos de época. On period instruments.

Fundado em 1995 por Ricardo Bernardes, o Americantiga é um conjunto especializado em música brasileira, hispano-americana, portuguesa e italiana dos séculos dezoito e princípios do dezenove. Com diferentes formações e enfoques interpretativos o trabalho tem procurado utilizar a execução historicamente informada com o uso de instrumentos da época. Nos últimos anos tem realizado concertos nos Estados Unidos, Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia. Muitos desses concertos foram organizados por embaixadas e consulados brasileiros com o objetivo de difundir esta importante e pouco conhecida produção musical.

O Americantiga tem sido elogiado por crítica e público como um dos mais sólidos e ativos conjuntos de música antiga no terreno do repertório Luso-Brasileiro. A presente gravação foi realizada contando com excelentes músicos argentinos no Palácio Pereda, sede da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, em 18 de setembro de 2008, ocasião em que este DVD foi gravado.

Texto extraído do encarte.
Faixas extraídas do respectivo DVD.

Brasil XVIII – XIX vol. 2 – Obras operísticas de compositores brasileiros e portugueses do século XVIII e XIX
João de Sousa Carvalho (Estremoz, 1745 – Alentejo, 1799)
1. ‘Madre, addio’ do Oratório Isacco figura del Redentore (1767)
António Leal Moreira (Abrantes, 1758 – Lisboa, 1819)
2. ‘Della sorte più serena’ do Oratório Ester (1786)
3. ‘Ah, cangiar non può d’afeto’ da Ópera Gli Eroi Spartani (1788)

João de Sousa Carvalho (Estremoz, 1745 – Alentejo, 1799)
4. ‘Con tante riprove’ dueto da Ópera L’amore Industrioso (1765)
5. ‘Ah mio ben, bell’idol mio’ da Ópera Alcione (1787)

Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
6. ‘Beatissimae Virginis Mariae’ verso das Matinas da Conceição (1802)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
7. ‘Te Christe solum novimus’ moteto (1800)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
8. ‘Senhor, oh céus que tendes?’ dueto da Ópera O Basculho
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
9. ‘Lauda Sion” sequência para Quinta-feira do Corpo de Deus (1809)

Brasil XVIII – XIX   Obras operísticas de compositores brasileiros e portugueses do século XVIII e XIX vol. 2 – DVD – 2008
Americantiga Ensemble
Diretor: Ricardo Bernardes
Rosemeire Moreira, soprano
Silvina Sadoly, soprano
Pablo Luis Travaglino, tenor
Sergio Carlevaris, basso

Instrumentos originais, A = 430Hz
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 323,4 MB | HQ Scans

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps -142,3 MB – 1,0 h
powered by iTunes 10.2
.

.

.

Boa audição.

2a1b9f

 

 

 

 

.

.

Avicenna

Semana Santa em Goiás: Orquestra e Coral da Escola de Música da Universidade Federal de Goiás (Acervo PQPBach)

2uz72ug

Orquestra e Coral da Escola de Música da Universidade Federal de Goiás
Anônimo
01. Adoramus
Basílio Martins Braga Serradourada (Vila Boa de Goyaz, 1804-1874)
02. Motetos dos Passos – Passo 1. Pater
03. Motetos dos Passos – Passo 2. Bajulans
04. Motetos dos Passos – Passo 3. Exeamus
05. Motetos dos Passos – Passo 4. Ó vós omnes
06. Motetos dos Passos – Passo 5. Angariaverunt
07. Motetos dos Passos – Passo 6. Filiae
08. Motetos dos Passos – Passo 7. Domine
09. Motetos dos Passos – Passo 8. Popule meus
Anônimo
10. Salvador mundi
Padre José Iria Xavier Serradourada (Goiás, 1831-1898)
11. Jaculatória: Solo das dores
Basílio Martins Braga Serradourada (Vila Boa de Goyaz, 1804-1874)
12. Moteto das Dores – Passo 1. Virgo virginum
13. Moteto das Dores – Passo 2. Ó vós omnes
14. Moteto das Dores – Passo 3. Factum est
15. Moteto das Dores – Passo 4. Dilectus meus
16. Moteto das Dores – Passo 5. Quis tibi
17. Moteto das Dores – Passo 6. Intenderunt arcum
José do Patrocínio Marques Tocantins (Goiás, 1844-1889)
18. Lava-pés
Pedro Ribeiro da Silva (Goiás, 1867-1920)
19. Via Sacra – 1ª Estação
20. Via Sacra – 2ª Estação
21. Via Sacra – 3ª Estação
22. Via Sacra – 4ª Estação
23. Via Sacra – 5ª Estação
24. Via Sacra – 6ª Estação
25. Via Sacra – 7ª Estação
26. Via Sacra – 8ª Estação
27. Via Sacra – 9ª Estação
28. Via Sacra – 10ª Estação
29. Via Sacra – 11ª Estação
30. Via Sacra – 12ª Estação
31. Via Sacra – 13ª Estação
32. Via Sacra – 14ª Estação
Anônimo
33. Canto da Verônica
34. Heú
35. Toque de cornetas: Marcha batida
36. Surrexit Dominus

Semana Santa em Goiás – 1998
Orquestra e Coral da Escola de Música da Universidade Federal de Goiás
Maestro Ernani Aguiar
Maestro Carlos Eduardo Fecher – faixa 11
Banda do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, Maestro Lecy José Maria – faixa 35

CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castanha (http://paulocastagna.com), originalmente postado em julho de 2012. – não tem preço!!
.
acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 269,5 MB | HQ Scans 48,9 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
mp3 – 320 kbps – 116,6 MB – 50,5 min
powered by iTunes 10.6.3

.

.

Boa audição.

n3aeu0

 

 

 

 

 

.

.

Avicenna

Johannes Brahms (1833-1897): Um Réquiem Alemão (Rattle)

Johannes Brahms (1833-1897): Um Réquiem Alemão (Rattle)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Com excertos retirados deste post.

(…) o notável, perfeito Um Réquiem Alemão, de Johannes Brahms, aquele mesmo que é chamado pelos tolos de O Réquiem Ateu, como se falar pouco em deus o tornasse ateu. (Ateu sou eu, Brahms não era, infelizmente). (…)

(…) Afinal, este Réquiem existe por um só motivo: a morte da mãe do compositor em fevereiro de 1865. O Réquiem de Brahms, escrito entre 1865 e 1868, tem várias curiosidades: é composto de sete movimentos, que juntos resultam em algo entre 65 a 75 minutos, tornando-o a mais longa composição de Brahms. Há mais: Um Réquiem Alemão é música sacra, mas não litúrgica e, ao contrário de uma tradição musical de séculos, não é cantado em latim e sim em língua alemã, de onde vem seu título Ein deutsches Requiem ou Um Réquiem Alemão. (…)

(…) Sabem vocês que a primeira referência ao Réquiem está em uma carta de 1865 que Brahms escreveu para Clara Schumann, viúva de Robert e sua provável amante? Escreveu que pretendia desenvolver uma peça a ser “uma espécie de Réquiem alemão”. Depois, Brahms teria dito ao diretor de música na Catedral de Bremen, que teria de bom grado chamado o trabalho de Um Réquiem Humano. Mais adiante, vocês verão que este sujeito de Bremen era um cagão (…)

(…) Embora as Missas de Réquiem na liturgia católica comecem com orações pelos mortos, o de Brahms centra-se na vida, começando com o texto “Bem-aventurados são aqueles que suportam a dor, porque serão consolados”. O tema do conforto aos que ficam repete-se em todos os movimentos seguintes, exceto o final (…)

(…) Em seu Réquiem, Brahms omitiu propositalmente qualquer dogma cristão. Até pelo fato da ideia de deus ser vista sempre como fonte de consolo, a simpatia pelo humano persiste por todo o tempo, o que não significa dizer que o Réquiem seja ateu, apesar de sua contenção religiosa, longe daquele hábito de rasgar-se musicalmente pelo criador. De qualquer forma, a enigmática escolha dos textos fica para os musicólogos decifrarem. Quando o diretor da catedral de Bremen expressou sua preocupação com isso, Brahms recusou-se a adicionar o movimento que lhe fora sugerido: “A morte redentora do Senhor, etc.” (João 3 : 16). E, por incrivel que pareça, em Bremen, o citado diretor obrou finalizar o Réquiem por uma ária do Messias de Handel, — ??? — “I know that my redeemer liveth”. Tudo para satisfazer o clero. Um total abuso. (…)

(…) Meus pensamentos giravam sobre como o Réquiem fora inicialmente detestado. Wagner mandou bala contra ele, mas temos que lhe dar o mérito da coerência e Wagner: ele erra sempre e sempre com farta documentação. Na verdade, estava apenas puto com o título “Alemão”. Nada mais “Alemão” do que ele, o que Brahmas estava pensando? A reavaliação do Réquiem veio através de Schoenberg e seu brilhante ensaio Brahms the progressive. Então, a história da percepção a Brahms descreveu um círculo completo: a partir da década de 1860, seu trabalho passou a ser visto como “moderno” e “difícil”. As depreciações do inimigo Wagner o tornaram “clássico” e “‘acadêmico” em 1880. E, em meados do século XX, o homem voltou a ser moderno e denso. Agora, é eterno. (…)

Johannes Brahms (1833-1897): Um Réquiem Alemão (Ein Deutsches Requiem)

1. Ein Deutsches Requiem (A German Requiem) Op. 45: I. Selig Sind, Die Da Leid Tragen (Ziemlich Langsam) 9:57
2. Ein Deutsches Requiem (A German Requiem) Op. 45: II. Denn Alles Fleisch Es Ist Wie Gras (Langsam, Marschmässig) 14:14
3. Ein Deutsches Requiem (A German Requiem) Op. 45: III. Herr, Lehre Doch Mich (Andante Moderato) 9:13
4. Ein Deutsches Requiem (A German Requiem) Op. 45: IV. Wie Lieblich Sind Deine Wohnungen (Mässig Bewegt) 4:54
5. Ein Deutsches Requiem (A German Requiem) Op. 45: V. Ihr Habt Nun Traurigkeit (Langsam) 7:34
6. Ein Deutsches Requiem (A German Requiem) Op. 45: VI. Denn Wir Haben Hie Keine Bleibende Statt (Andante) 10:43
7. Ein Deutsches Requiem (A German Requiem) Op. 45: VII. Selig Sind Die Toten (Feierlich) 10:30

Dorothea Röschmann, soprano
Thomas Quasthoff, barítono

Rundfunkchor Berlin
Simon Halsey
Berliner Philharmoniker
Sir Simon Rattle

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Simon Rattle em 2017: vamo cantá, minha gente!
Simon Rattle em 2017: canta, canta, minha gente!

PQP