Música de Câmara com Trompa (Diversos Compositores) – The Fibonacci Sequence ֍

Música de Câmara com Trompa (Diversos Compositores) – The Fibonacci Sequence ֍

R Strauss • Glazunov

Mozart • Koechlin

Nielsen • Poulenc

Stephen Stirling, trompa

The Fibonacci Sequence

 

1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, …  Você seria capaz de adivinhar qual seria o próximo número? E o outro?

Essa que parece uma charada de Facebook ou pergunta típica de matemático amador é o início da famosa Sequência de Fibonacci.

Fibonacci, o filho de Bonacci, foi um matemático italiano que viveu entre 1170 e 1250, era chamado Leonardo e exatamente por ser filho de Bonacci foi educado no Norte da África, na cidade hoje conhecida como Bugia, na Argélia, onde seu pai era representante comercial da então República de Pisa.

Leonardo desde muito jovem aprendeu a matemática praticada no mundo árabe, especialmente o sistema numérico hindu-arábico e divulgou esses conhecimentos pela Europa Medieval.

Quando meu pai, que havia sido nomeado por seu país como notário público na alfândega de Bugia, atuando em nome dos mercadores de Pisa, me convocou quando eu ainda era uma criança, e pensando na utilidade e conveniência futura, desejou que eu ficasse lá e recebesse instrução na escola de contabilidade. Lá, quando fui apresentado à arte dos nove símbolos hindu através de ensinamentos notáveis, o conhecimento da arte logo me agradou acima de tudo […]

Ele escreveu vários livros, entre eles o Liber abaci, que contém uma coleção de problemas, entre eles o dos coelhos, que se refere à sequência famosa:

Um certo homem colocou um par de coelhos em um lugar cercado por um muro por todos os lados. Quantos pares de coelhos podem ser produzidos a partir desse par num ano se for suposto que todos os meses cada par gera um novo par que a partir do segundo mês se torna produtivo?

Apesar da inicial resistência, típica dos retrógados, as boas novas matemáticas divulgadas por Fibonacci se estabeleceram como a prática. A enorme vantagem do sistema numérico hindu-arábico sobre o sistema numérico greco-romano, então usado, é o fato de ser um sistema posicional. Tente multiplicar, usando algarismos romanos, 17.347 por 23.781…

Mas por que estou falando disso tudo? Bem, porque eu gosto dessas coisas e o nome do conjunto musical que gravou esse belíssimo disco é justamente The Fibonacci Sequence. Há algum tempo postei uma série de cinco discos gravados por eles, três deles destacando um certo instrumento musical, um disco com música de Messiaen e um com o Octeto de Schubert. Esse deve ser um disco deles que eu perdi na pilha que se amontoa aqui, na mesa de trabalho do PQP Bach Co.

As peças são maravilhosas, começando com o famoso poema sinfônico As Aventuras de Till Eulenspiegel, numa redução para cinco instrumentos feita por Franz Hasenöhrl, passando pelo conhecido Quinteto com Trompa, de Mozart e seguido por outros compositores bem diversos. Cada peça tem uma diferente distribuição de instrumentos tornando a audição bastante interessante. Mais um disco para a coleção do conjunto como nome de objeto matemático…

Composto por músicos de renome internacional, o conjunto musical Sequência Fibonancci distingue-se pela variedade e imaginação da sua programação. Aqui, eles exploram o repertório de trompa com o membro fundador e renomado trompista Stephen Stirling como músico de câmara.

Ricahrd Strauss  (1864 – 1949)

Till Eulenspiegel einmal anders!

(arranjo de Franz Hasenöhrl, para violino, contrabaixo, clarinete, fagote e trompa)

  1. Till Eulenspiegels lustige Streiche

Alexander Glazunov (1865 – 1936)

Idyll, para trompa e quarteto de cordas

  1. Idílio

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Quinteto para trompa e cordas em mi bemol maior, K407

  1. Allegro
  2. Andante
  3. Allegro

Charles Koechlin (1867 – 1950)

Quatre Petites Pièces

  1. Andante
  2. Très modere
  3. Allegretto
  4. Scherzando

Carl Nielsen (1865 – 1931)

Serenata in Vano, para violoncelo, contrabaixo, clarineta, fagote e trompa

  1. Serenata

Francis Poulenc (1899 – 1963)

Sonata para trompa, trompete e trombone

  1. Allegro moderato
  2. Andante
  3. Rondeau

Stephen Stirling, trompa

The Fibonacci Sequence:

Jack Liebeck – violin (leader)

Mia Cooper – violin/viola

Yuko Inoue – viola

Benjamin Hughes – cello

Adrian Bradbury – cello

Duncan McTier – double bass

Julian Farrell – clarinet

Richard Skinner – bassoon

Paul Archibald – trumpet

Emily White – trombone

Kathron Sturrock – piano

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MP3 | 320 KBPS | 138 MB

“…dazzlingly good chamber ensemble…exuberantly expressive, intimate style…gorgeously idiomatic playing’ – The Times

‘…no praise can be too high for the Fibonacci Sequence’s polished and dashingly committed performances…’ – Gramophone

Aproveite!

René Denon

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino & Sinfonia Nº 4, “Inextinguível” (Ehnes / Gardner)

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino & Sinfonia Nº 4, “Inextinguível” (Ehnes / Gardner)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco absolutamente maravilhoso! O Concerto para Violino de Nielsen é quase um anticoncerto romântico. Dificílimo, ele termina com pleno sarcasmo e bom humor, sem nenhum convite ao aplauso. Acho que isto afasta os solistas. Mas é uma obra-prima que inicia como se fosse um épico de completa bravura e acaba por diminuir a voz pouco a pouco. O Concerto foi estreado em Copenhague em fevereiro de 1912. São 4 movimentos que são como se fossem 2, pois cada dupla abre com uma seção lenta, passando para uma mais rápida. Embora incomum, isso pode ser visto como uma forma rápido – lento – rápido, mas com uma extensa introdução lenta ao movimento rápido. A música passa subitamente de uma ideia para outra e, no geral, dá uma sensação ousada e divertida. Jamais esqueçam que é um Concerto escrito por um violinista. James Ehnes é o maior violinista do planeta e aqui demonstra o fato de maneira estarrecedora.

Em total contraste, embora escrita apenas alguns anos depois, a Quarta Sinfonia é mais coesa e unificada. Escrita tendo como pano de fundo a Primeira Guerra Mundial, a obra é uma celebração da própria vida. Pouco antes da estreia em 1916, Nielsen descreveu-a como: “Música é Vida e, como ela, inextinguível.” Bem se vê que ele desconhecia o aquecimento global. Composta na forma usual de quatro movimentos, cada movimento continua desde o anterior sem interrupção. O movimento final apresenta a curiosidade de dois tímpanos lutando entre si na orquestra.

Carl August Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino & Sinfonia Nº 4, “Inextinguível” (Ehnes / Gardner)

Nielsen: Violin Concerto, Op. 33 (FS61)
1 Ia. Praeludium
2 Ib. Allegro Cavalleresco
3 Iia. Poco Adagio
4 Iib. Rondo

Nielsen: Symphony No. 4, Op. 29 (FS76) ‘The Inextinguishable’
5 I. Allegro
6 II. a Tempo (Poco Allegretto)
7 III. Poco Adagio
8 IV. Allegro

James Ehnes, violino
Bergen Philharmonic Orchestra
Edward Gardner

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Carl Nielsen himself

PQP

Carl Nielsen (1865-1931): As Sinfonias Completas (Blomstedt)

Carl Nielsen (1865-1931): As Sinfonias Completas (Blomstedt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Depois de uma temporada no Tibet, onde estive apascentando os pensamentos após a última investida dos algozes capitalistas, estamos de volta com esta postagem im-per-dí-vel!!! Curiosamente, eu não conhecia, ainda, com intimidade, as sinfonias de Carl Nielsen. Fiquei impressionado com a qualidade do trabalho do dinamarquês. Tive a oportunidade de escutá-las hoje à tarde enquanto trabalhava. Notei um certo “crescendo”, uma gradação, uma evolução no material sinfônico de Nielsen. As três primeiras estão bem próximas em qualidade e as sinfonias de número 4 e 5 são verdadeiras obras primas. A número 4, por exemplo, é de uma sofisticação orquestral inacreditável. O nível de dramaticidade nos posiciona diante de um dilema. Há cintilações da obra de Sibelius. Trata-se de obras escritas durante a Primeira Grande Guerra. Portanto, representa a crença de Nielsen na vida. É um dos trabalhos mais populares do compositor. Já a Quinta Sinfonia é, no dizer de Augustos dos Anjos, “um monstro de escuridão e rutilância”; um duelo entre as forças da ordem e do caos; o apolíneo e o dionísiaco, em menção nietzscheniana. A percussão que impele uma espécie de marcha, cria uma atmosfera de guerra, como se as forças do caos avançassem titanicamente. A insistência do instrumento de sopro é visceral, mas do outro lado há a percussão com o seu agravo. Tudo cresce e torna-se numa grande tensão. Num mundo sacudido pela Guerra (a Quinta foi composta nos anos de 1921 e 1922), pelas Revoluções, a sinfonia no. 5 parece ser uma metáfora filósofica do mundo. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Pitaco de PQP Bach: A primeira é um belo cartão de visitas. A segunda é fraquinha. A Espansiva é sensacional! A quarta é um horror, apesar do bom último movimento. A quinta é linda e interessante! Acho a sexta muitíssimo boa e zombeteira, muito zombeteira.

Carl Nielsen (1865-1931): As Sinfonias Completas (Blomstedt)

DISCO 01

Symphony No. 1 in G minor
01. I. Allegro Orgoglioso
02. II. Andante
03. III. Allegro Comodo
04. IV. Finale

Symphony No. 6
05. I. Tempo Giusto
06. II. Humoreske – Allegretto
07. III. Proposta Seria – Adagio
08. IV. Tema Con Variazioni – Allegro

DISCO 02

Symphony No. 2 ‘The Four Temperaments’
01. I. Allegro collerico
02. II. Allegro comodo e flemmatico
03. III. Andante malincolico
04. IV. Allegro sanguineo

Symphony No. 3 ‘Espansiva’
05. I. Allegro espansivo
06. II. Andante pastorale
07. III. Allegretto Un Poco
08. IV. Finale – Allegro

DISCO 03

Symphony No. 4 ‘The Inextinguishable’
01. I. Allegro
02. II. Poco Allegretto
03. III. Poco Adagio Quasi Andante
04. IV. Con Anima, Allegro

Symphony No. 5, Op. 50
05. I. Tempo Giusto
06. II. Adagio Non Troppo
07. III. Allegro
08. IV. Presto
09. V. Andante Un Poco Tranquillo
10. VI. Allegro

San Francisco Symphony
Herbert Blomstedt, regente

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Blomstedt (11 de julho de 1927) tem 95 anos aninhos, gente.

Carlinus

Carl Nielsen (1865-1931): Concertos para Flauta e Clarinete / Quinteto de Sopros (Meyer, Pahud, Berliner Philh., Rattle)

Carl Nielsen (1865-1931): Concertos para Flauta e Clarinete / Quinteto de Sopros (Meyer, Pahud, Berliner Philh., Rattle)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Difícil encontrar um CD melhor do que este. Falo sério. Esplêndidos solistas, repertório pouco usual e do mais alto nível, uma orquestra perfeita. Tudo ficou lindo. Sempre foi o sonho de Emmanuel Pahud — primeiro flautista da BPO — gravar o Concerto para Flauta de Nielsen. Sabine Meyer é também ex-membro da Filarmônica de Berlim e prima donna absoluta do clarinete em âmbito mundial. Ela foi a escolha natural para fazer parceria com Pahud no disco. O resultado, tanto nos Concerto como no espetacular Quinteto, é arrasador. Dito isto, você teria que ser louco para não reconhecer o alto padrão de realização deste disco. É ótimo ver essa música recebendo a atenção que merece fora da Escandinávia. Trata-se de uma bela coleção representativa do amor de Nielsen pela família dos sopros em contextos de câmara e orquestrais (de fato, há passagens no último movimento do quinteto que soam quase orquestrais). Aliás, o Quinteto é uma joia que conheci durante a adolescência, O Minueto, o Tema com Variações (e o resto) são excepcionais! Recomendadíssimo!

Carl Nielsen (1865-1931): Concertos para Flauta e Clarinete / Quinteto de Sopros (Meyer, Pahud, Berliner Philh., Rattle)

Flute Concerto FS119 (19:32)
1 Allegro Moderato 11:57
2 Allegretto-Adagio Ma Non Troppo- Allegretto- Tempo Di Marcia 7:35

Clarinet Concerto Op.57 FS129 (23:29)
3 Allegretto Un Poco 7:45
4 Poco Adagio 5:01
5 Allegro Non Troppo 6:39
6 Allegro Vivace 4:03

Wind Quintet Op.43 FS100 (26:01)
7 Allegro Ben Moderato 8:34
8 Menuet 4:51
9 Praeludium: Adagio 2:14
10 Tema Con Variazoni: Un Poco Andantino 10:21

Bassoon – Stefan Schweigert (tracks: 7 to 10)
Clarinet – Sabine Meyer (tracks: 3 to 10)
Conductor – Sir Simon Rattle (tracks: 1 to 6)
Cor Anglais – Jonathan Kelly (3) (tracks: 7 to 10)
Flute – Emmanuel Pahud (tracks: 1, 2, 7 to 10)
French Horn – Radek Baborák (tracks: 7 to 10)
Oboe – Jonathan Kelly (3) (tracks: 7 to 10)
Orchestra – Berliner Philharmoniker (tracks: 1 to 6)

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Abaixo, uma sessão de fotos de Carl Nielsen. Não sei de sua circunstância, mas gosto de pensar que haveria alguma relação com sua Sinfonia The Four Temperaments. Sei lá, deve ser imaginação minha. Descubram.

 

PQP

Carl Nielsen (1865-1931) & Jean Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino – Johan Dalene – Royal Stockholm Philharmonic Orchestra & John Storgårds ֍

Carl Nielsen (1865-1931) & Jean Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino – Johan Dalene – Royal Stockholm Philharmonic Orchestra & John Storgårds ֍

Nielsen & Sibelius

Concertos para Violino

Johan Dalene

Royal Stokholm PO

John Storgårds

Semana passada aqui em casa estava uma delícia, com a visita de filho, nora e (é claro) a netinha. Mas, ouvir música ficou restrito aos headphones – a Galinha Pintadinha e sua trupe reinaram aqui…

Hoje, domingo à noite, depois que lá se foram, o lugar ficou terrivelmente quieto e decidi escolher algo diferente para ouvir. Diferente dos quase sempre concertos para piano – violino então. Há um certo tempo queria conhecer o Concerto para Violino de Nielsen e uma busca me levou a este disco da postagem. Primeiro a dobradinha Nielsen e Sibelius, antecipando pelo menos uma obra que já gosto muito. E como também gosto de novidades e novos intérpretes, a escolha se definiu na hora.

Johan Dalene

Johan Dalene é um jovem violinista de 22 anos, mas perfeitamente qualificado para a tarefa. Ele ganhou em 2019 a Nielsen Competition tocando exatamente o Concerto de Nielsen com perfeita técnica, mas também com domínio artístico que se espera de um intérprete mais maduro.

Johan começou a tocar violino aos quatro anos e pouco depois já dava seus primeiros concertos. Em 2016 teve participação no Verbier Festival como student-inresidence e em 2018 foi aceito no programa norueguês Crescendo, onde teve como mentores artistas como Janine Jansen, Leif Ove Andsnes e Gidon Kremer. Em um artigo no The Strad, ele conta que estudou desde os dez anos com o mesmo professor, Per Enokssen, primeiro violino da Gothenburg Symphony Orchestra.

O disco ganhou ótima resenha na Gramaphone e tenho certeza que, se você gosta de concertos para violino, vai ganhar espaço na sua playlist!!

Carl Nielsen (1865 – 1931)

Concerto para Violino, Op. 33

  1. Praeludium
  2. Allegro cavalleresco
  3. Poco adagio
  4. Rondo

Jean Sibelius (1865 – 1957)

Concerto para Violino em ré menor, Op. 47

  1. Allegro moderato
  2. Adagio di molto
  3. Allegro, ma non tanto

Johan Dalene, violino

Royal Stockholm Philharmonic Orchestra

John Storgårds

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MP3 | 320 KBPS | 168 MB

Dalene adorou aparecer no PQP Bach, mas achou que o pessoal poderia ter feita a reforma do prédio antes de sua visita…

Veja o que Andrew MacGregor, da BBC, disse sobre o jovem violinista: Tecnique obviously, toughness when needed, and he can make it sing and spin out those long phrases.

Nielsen e especialmente Sibelius acharam ótimas as interpretações de Johan Dalene…

Aproveite!

René Denon

Tchaikovsky / Nielsen: Concertos para Violino (Frang)

Tchaikovsky / Nielsen: Concertos para Violino (Frang)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vilde Frang é muitas vezes comparada com a jovem Anne-Sophie Mutter e elas muitas vezes tocam juntas. É merecido. Surgiram muitas violinistas depois de Mutter e Mullova, mas a única que pode conversar com elas no mesmo degrau é Frang. Fico feliz por tê-la descoberto sem ter lido nada antes a respeito. Cruzei com um CD dela e disse logo de cara: isso não é normal!

Bem, voltemos. Aqui, Vilde Frang interpreta o muito amado Concerto de Tchaikovsky e nos dá sua terceira versão para o Concerto de Nielsen. Note que ela tinha 25 anos quando gravou este CD e já estava na terceira versão (hoje tem 29). No Tchai, Frang demonstra um virtuosismo seguro mas, longe de soltar fogos de artifício vazios, ela usa sua incrível técnica para reduzir um pouco a emoção habitual dos violinistas que costumam enfrentar a peça de forma ardente. A coisa fica mais sofisticada. O resultado final é uma gravação verdadeiramente notável — de cair o queixo — deste cavalo de batalha. Tudo o que se ouve desmente a juventude de Frang. Peça difícil e célebre, é complicado demonstrar novidades nela, só que a menina consegue. Já o Concerto de Nielsen mora em seu coração. Composto por Nielsen na terra natal da solista, a Noruega, foi estreado na Dinamarca. Vilde sempre foi louca por ele. O trabalho é muito escandinavo: melodias simples e sinceras colocadas em locais espaçosos e varridos pelo vento. Ouça com atenção. Frang é a violinista.

E nasceu num 19 de agosto, o que é um selo de alta qualidade.

Em colaboração com mamãe Mutter
Em colaboração com Mutter
E recebendo nosso aplauso
E ambas recebendo nosso aplauso

Tchaikovsky: Violin Concerto in D Major, Op. 35
1 I. Allegro moderato 18:33
2 II. Canzonetta (Andante) 6:27
3 III. Finale (Allegro vivacissimo) 10:10

Nielsen: Concerto for Violin and Orchestra Opus 33
4 I. Part I: Praeludium – Largo 6:47
5 II. Part I: Allegro cavalleresco 13:09
6 III. Part 2: Poco Adagio 6:14
7 IV. Part 2: Rondo: Allegretto scherzando 10:25

Vilde Frang
Danish National Symphony Orchestra
Eivind Gullberg Jensen

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Se eu tivesse o talento dela, jamais pararia de rir.
Se eu tivesse o talento dela, jamais pararia de rir.

PQP

Great Works for Flute and Orchestra – Sharon Bezaly, Residentie Orkest den Haag

Sharon Bezaly é um dos grandes nomes da flauta na atualidade. É jovem (ou ao menos aparenta, já que nasceu em 1972), ou seja, tem muito a contribuir ainda, muito versátil, e encara com tranquilidade petardos como este Concerto de Nielsen que temos neste CD, e o de Kachaturian, que pretendo trazer amanhã, ou depois de amanhã. Destaque especial para o arranjo que Kalevi Aho fez em 2008 do “Vôo do Besouro” de Korsákov e lhe dedicou e que fecha este CD.
Aqui nesta gravação ela é acompanhada pelo experiente maestro Neeme Järvi, que conduz a Residentie Orkest den Haag.

P.S. O booklet com maiores informações está anexo ao arquivo compactado.

NIELSEN, Carl (1865–1931) Concerto for Flute and Orchestra, FS119 (1926)
I. Allegro moderato
II. Allegretto, un poco – Adagio ma non troppo – Allegretto – Poco Adagio – Tempo di Marcia

GRIFFES, Charles Tomlinson (1884–1920) Poem for Flute and Orchestra(1918)
Andantino

REINECKE, Carl (1824–1910) Concerto for Flute and Orchestra in D major Op.283 (1908)
I. Allegro molto moderato 7’02
II. Lento e mesto 4’44
III. Finale. Moderato 6’08

CHAMINADE, Cécile (1857–1944) Concertino for Flute and Orchestra (Enoch & Cie) Op.107 (1902)
Moderato

TCHAIKOVSKY, Pyotr Ilyich (1840–93) adapted by Ernest Sauter
Largo and Allegro for two flutes and strings (1863–64) Version for solo flute and strings (Verlag Walter Wollenweber)

POULENC, Francis (1899–1963) orch. Lennox Berkeley Flute Sonata (1956–57) (Chester Music) 11’27
I. Allegro malinconico 4’22
II. Cantilena. Assez lent 3’32
III. Presto giocoso 3’21

RIMSKY-KORSAKOV, Nikolai (1844–1908) arr. Kalevi Aho 2008 –dedicated to Sharon Bezaly The Flight of the Bumblebee (1899–1900) (Fennica Gehrman)

Presto

Sharon Bezaly flute
Residentie Orkest Den Haag
Neeme Järvi conductor

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Carl Nielsen (1865-1931): Sinfonias Nº 1 & 3

Carl Nielsen (1865-1931): Sinfonias Nº 1 & 3

Um excelente disco gravado por quem conhece profundamente Nielsen. Esta interpretação da Espansiva é realmente uma joia. O primeiro movimento, que parece ser tão difícil de ser entendido por algumas orquestras não escandinavas, aqui aparece com o brilho da alegria requerida pelo compositor. Das gravações que ouvi, apenas Bernstein acertou em cheio, mas Lenny sempre acertava. Oramo dá um show com a a orquestra de Estocolmo. Nielsen, segundo violino numa orquestra dinamarquesa, era capaz de grandes alegrias, como mostra a foto abaixo. E Oramo responde de forma… expansiva.

Carl Nielsen (1865-1931): Symphonies Nos. 1 & 3

Symphony No. 1 in G mino Op. 7
01. I. Allegro orgoglioso
02. II. Andante
03. III. Allegro comodo – Andante sostenuto – Tempo I
04. IV. Finale. Allegro con fuoco

Symphony No. 3, ‘Sinfonia espansiva’ Op. 27
05. I. Allegro espansivo
06. II. Andante pastorale
07. III. Allegretto un poco
08. IV. Finale. Allegro

Royal Stockholm Philharmonic Orchestra
Sakari Oramo

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Carl Nielsen gostava de brincar com sua máquina fotográfica
Sim, este é Carl Nielsen em momento de bom humor

PQP

100 anos de Leonard Bernstein – Carl Nielsen – Concerto for Flute & Orchestra, Concerto for Clarinet and Orchestra – Bernstein, Baker, Drucker, New York Philharmonic

100 anos de Leonard Bernstein – Carl Nielsen – Concerto for Flute & Orchestra, Concerto for Clarinet and Orchestra – Bernstein, Baker, Drucker, New York Philharmonic

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Leonard Bernstein (Lawrence, 25 de agosto de 1918 – Nova Iorque, 14 de outubro de 1990). Aqui, todas as postagens desta série.

Nesta homenagem aos 100 anos de seu nascimento, talvez tenhamos centralizado muito as postagens de Bernstein com cds dos últimos anos de sua vida, e esquecemos de trazer sua produção dos anos 60, importantíssima, quando se firmou como o grande maestro que era, dirigindo a New York Philharmonic e gravando muito pelo selo CBS, que posteriormente foi adquirido pela Sony.

A postagem anterior que trouxe, com sua histórica performance com Rudolf Serkin do Concerto Imperador de Beethoven é uma pequena amostra daqueles áureos tempos.

Esta gravação dos Concertos para Flauta e para Clarinete de Carl Nielsen são também daquela época. Ele também gravou a integral das sinfonias deste compositor, não lembro se já a trouxemos.

P.S. Uma curiosidade a respeito desta gravação: ambos os solistas, Julius Baker e Stanley Drucker,  são músicos da própria Orquestra, primeiro flautista e primeiro clarinetista, respectivamente.

01. Concerto for Flute and Orchestra [Baker, fl] , I. Allegro moderato
02. Concerto for Flute and Orchestra [Baker, fl], II. Allegretto
03. Concerto for Clarinet and Orchestra [Drucker, cl]

Julius Baker – Flute
Stanley Drucker – Clarinet
New York Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor

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FDP

Bruckner : Sinfonia Nº 9 / Sibelius: Sinfonia Nº 2 / Nielsen: Sinfonias Nº 5 e Nº 4

Bruckner : Sinfonia Nº 9 / Sibelius: Sinfonia Nº 2 / Nielsen: Sinfonias Nº 5 e Nº 4

Clipboard01Ouvi apenas uma vez este CD. Nele, temos uma versão convincente da 9ª de Bruckner, uma versão opaca da 2ª de Sibelius e excelentes versões da 4ª e 5ª de Nielsen. É claro que esta é uma avaliação ultra superficial e discutível, mas sou assim mesmo, fazer o quê? Muito mais importante é garantir pra 6 tudo que é um álbum triplo com belíssimo repertório sinfônico interpretado por um grande regente com uma excelente orquestra à frente. Mas há um problema: o Vivacissimo – Attacca da Sinfonia de Sibelius está com defeito. É pouco se considerarmos o restante, mas se alguém aê conseguir nos mandar o mp3 do movimento faltante ficaríamos encantados. Beijo na bunda.

Bruckner : Sinfonia Nº 9 / Sibelius: Sinfonia Nº 2 / Nielsen: Sinfonias Nº 5 e Nº 4

CD1
Symphony No. 9 In D Minor (Edition: Leopold Nowak)
Composed By – Anton Bruckner
(65:18)
1-1 I Feierlich. Misterioso 25:29
1-2 II Scherzo. Bewegt, Lebhaft – Trio. Schnell 10:42
1-3 III Adagio. Langsam, Feierlich 29:05

CD2
Symphony No. 2 In D Major Op. 43
Composed By – Jean Sibelius
(44:48)
2-1 I Allegretto 10:19
2-2 II Tempo Andante, Ma Rubato 14:18
2-3 III Vivacissimo – Attacca: 6:05
2-4 IV Finale. Allegro Moderato 14:02

CD3
Symphony No. 5 Op. 50 (FS 97)
Composed By – Carl Nielsen
3-1 I Tempo Giusto – 8:50
3-2 Adagio Non Troppo 8:56
3-3 II Allegro – 5:52
3-4 Presto – Andante Un Poco Tranquillo – Allegro 10:11

Symphony No. 4 Op. 29 (FS 76) “The Inextinguishable”
Composed By – Carl Nielsen
(35:28)
3-5 I Allegro – Attacca: 11:16
3-6 II Poco Allegretto – Attacca: 4:56
3-7 III Poco Adagio Quasi Andante – Attacca: 9:57
3-8 IV Allegro 9:19

Orquestra Sinfônica de Gotemburgo
Gustavo Dudamel

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Dudamel com a orquestra de Gotemburgo -- sangue latino.
Dudamel com a orquestra de Gotemburgo — sangue latino.

PQP

Nielsen (1865-1931), Gade (1817-1890), Syberg (1904-1955), Nørgård (1932): Commotio e outras obras dinamarquesas para órgão

Nielsen (1865-1931), Gade (1817-1890), Syberg (1904-1955), Nørgård (1932): Commotio e outras obras dinamarquesas para órgão

CommotioEste é um belo disco, mas tenho discordâncias com os produtores. OK, Commotio é uma obra do maior compositor dinamarquês, Carl Nielsen, porém para meu gosto, a composição mais satisfatória do CD é a Partita Concertante de Nørgård, cujo segundo movimento é absolutamente sublime e o restante não fica abaixo. Os donos do disco — cliquem na imagem ao lado —  eliminaram da capa (de mau gosto) qualquer referência que não fosse a Nielsen. Tudo bem, Commotio é ótima, mas pobres dos outros. Eu acho que vale a pena baixar o CD, viram?

Nielsen (1865-1931), Gade (1817-1890), Syberg (1904-1955), Nørgård (1932): Commotio e outras obras dinamarquesas para órgão

Niels W. Gade
1. Tre Tonestykker, Op. 22: I Moderato 5:27
2. Tre Tonestykker, Op. 22: II Allegretto 2:32
3. Tre Tonestykker, Op. 22: III Allegro con fucco 4:11

Franz Syberg
4. Präludium, Intermezzo og Fugato: I Präludium – Allegro Moderato 5:58
5. Präludium, Intermezzo og Fugato: II Intermezzo – Adagio 5:03
6. Präludium, Intermezzo og Fugato: III Fugato 6:10

Per Nørgård
7. Partita Concertante, Op. 23: I Fantasia – Allegro vigoroso 7:06
8. Partita Concertante, Op. 23: II Canto variato 5:56
9. Partita Concertante, Op. 23: III Toccata – Allegro 6:42

Carl Nielsen
10. Commotio, Op. 58: Commotio 21:09

Kevin Bowyer, órgão

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Per Nørgård
Per Nørgård

PQP

Jean Sibelius (1865-1957) – Violin Concerto, op. 47, Carl Nielsen (1865-1931) – Violin Concerto, op. 33 – Baiba Skride, Tampere Philharmonic Orchestra, Santtu-Matias Rouvali

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LINK CORRIGIDO EM 30/12/2021

PQPBach é doido por essa moça nascida na Letônia há pouco mais de trinta e sete anos, Baiba Skride. Postou dois cds dela no começo do ano tecendo altos elogios. Resolvi então trazer para os senhores um pouco mais do talento dessa moça, tocando um dos monumentos violinísticos do romantismo, o belíssimo concerto de Sibelius. A moça sua sangue e tira leite de pedra aqui. Vale cada minuto da audição. Como comentei em postagem anterior, vamos dar voz à nova geração, pois ela tem muito a dizer. Pelo menos aqui na música.
Bem, não estou trazendo apenas o Concerto de Sibelius, mas também o de Nielsen, com o qual não mantenho uma relação muito amistosa, mas deve ser alguma mania minha. Talvez se o ouvir mais, com atenção, possa vir a admirá-lo. Então, um sueco e um finlandês, direto das terras geladas, e tocados com uma paixão que poucas vezes ouvi nestas obras, principalmente no Sibelius. Lembro de Viktoria Mullova em começo de carreira, lá nos anos 80, encarando-o com Seiji Ozawa, mas Baiba Skride também bate um bolão aqui. Vale conferir.

CD 1

01. Violin Concerto in D minor, Op.47 – I. Allegro moderato
02. Violin Concerto in D minor, Op.47 – II. Adagio di molto
03. Violin Concerto in D minor, Op.47 – III. Allegro, ma non tanto
04. Serenade in D major
05. Serenade in G minor

CD 2

01. Violin Concerto – I. Präludium Largo
02. Violin Concerto – II. Allegro cavalleresco
03. Violin Concerto – III. Poco Adagio
04. Violin Concerto – IV. Rondo Allegretto scherzando

Baiba Skride – Violin
Tampere Philharmonic Orchestra
Santtu-Matias Rouvali – Conductor

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Baiba Skride
Baiba Skride em momento fashion

Carl Nielsen (1865–1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 4 e Nº 6 (final)

Carl Nielsen (1865–1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 4 e Nº 6 (final)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Ai, os discos de Karajan…! Grandes gravações, grandes fracassos, o cara não se contentava com nada comum! Mediocridade não era com ele. A primeira vez que vi a Inextinguível à venda foi num lançamento da DG sob a batuta do HvK. A capa era tão espetacular, com um sol vermelho no horizonte, mais arco-íris e silhueta de montanhas e aquele enorme Inextinguishable de lado a lado com o nome do regente em letras um pouco menores, que era impossível não comprar. Mas que bosta de disco! Como ele teve a coragem de gravar aquilo? Mas tudo muda nesta gravação da Chandos.

Não é a minha sinfonia preferida de Nielsen. Esta 4ª, escrita em 1916, me parece dotada de um senso de estilo um tanto vacilante, apesar de vários bons momentos. De indiscutível mesmo, há o quarto movimento, absolutamente arrebatador nesta gravação e mesmo com Karajan. É obra desigual, em minha opinião.

Já a 6ª Sinfonia, “Simples”, escrita às portas da morte, é sensacional. Cheia de sarcasmo, antecipa em poucos anos o que faria Dmitri Shostakovich em seus momentos de humor mais dantesco. A intenção de Nielsen, em muitos momentos, parece ser a de chocar. Ele anuncia que fará, a gente fica meio na dúvida, mas ele faz até mais do que se espera. Sempre dou risadas quando volto a ouvi-la após algum tempo. O tema de abertura não pode ser mais Shosta e Nielsen não estava brincando quando chamou o segundo movimento de Humoreske. Mais: Nielsen devia estar dando barrigadas de riso quando criou o Thema med Variationer, que acaba com um fagote meio incerto, sei lá. Há casos assim: o sujeito está doente, sabe que vai morrer e solta a franga. Novamente, o trabalho da orquestra escocesa faz jus tanto a gritos de Bravo! quanto aos melhores uísques.

Baita CD!

Carl Nielsen (1865 – 1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 4 e Nº 6 (final)

Symphony No. 4, ‘Det Uundslukkelige’, ‘The inextinguishable’, Op. 29 (FS 76)
1. I Allegro
2. II Poco allegretto
3. III Poco adagio quasi andante
4. IV Allegro – glorioso – Tempo giusto

Symphony No. 6, ‘Sinfonia semplice’ Op. 116 (FS 116)
5. I Tempo giusto – Allegro passionato – Lento, ma non troppo – Tempo 1 (giusto)
6. II Humoreske. Allegretto
7. III Proposta Seria. Adagio
8. IV Thema med Variationer. Allegro – Tema: Allegretto un poco – Variations I-IX – Fanfare

Royal Scottish National Orchestra
Bryden Thomson

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E daí se eu gosto do meu cabelo pra cima?
E daí se eu gosto do meu cabelo pra cima?

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Carl Nielsen (1865–1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 3 e Nº 5

Carl Nielsen (1865–1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 3 e Nº 5

 IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais 10 anos e, em 1911, apareceu a “Espansiva”. Meu conhecimento de Nielsen deu-se através das muitas emissões que a rádio da UFRGS fazia desta extraordinária obra. Hoje, talvez eu não dissesse que é a melhor de todas, diria que é a mais alegre, espetacular e contrastante. O movimento inicial é arrebatador com seus momentos de valsa e otimismo. É exuberante e contrasta fortemente com o idílico segundo movimento, onde os cantores parecem desejar o paraíso. A “Espansiva” finaliza com um belíssimo Allegro de tema majestoso e grudante.

A 5ª Sinfonia pertence a outro mundo. Escrita entre 1921 e 1922 mostra o mundo e a linguagem musical desintegrando-se. Homem de seu tempo, Nielsen provocou irritação, principalmente pelo trecho onde indica que a percussão deve fazer barulho sem especificar de que tipo… Ou melhor, Nielsen instrui literalmente a percussão a tentar parar a progressão da música a qualquer custo, sem ter explicado o que deviam fazer… Os bagunceiros escoceses da orquestra de Thomson, acostumados às brigas de rua e ao quebra-quebra de bêbados, fazem grandes esforços. O originalíssimo primeiro movimento divide-se em 2 partes e 3 planos tonais; o ritmo é monótono, militaresco e torna-se aterrorizante, ainda mais quando os percussionistas decidem acabar com a música (há algo mais óbvio para 1922?); há um Andante que possui duas fugas, uma lenta e outra rápida; o primeiro movimento retorna menos agressivo ao final, mas ameaçador. Vale a pena conhecer esta obra curiosíssima e ultra-clara em sua determinação de mostrar o ambiente político que se criava. Destaque para os percussionistas da orquestra: era para eles darem um show e eles não se fizeram de salames.

Duas esplêndidas obras num só CD.

Carl Nielsen (1865 – 1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 3 e Nº 5

Symphony No. 3, Op 27/FS 60 “Sinfonia espansiva”
1. I Allegro espansivo
2. II Andante pastorale
3. III Allegretto un poco
4. IV Finale. Allegro

Catherine Bott, soprano
Stephen Roberts, baixo
Royal Scottish National Orchestra
Bryden Thomson

Symphony No. 5, Op 50/FS 97
5. I Tempo giusto
6. I Tempo giusto – Adagio non troppo
7. II Allegro
8. II Allegro – Presto
9. II Allegro – Andante un poco tranquillo
10. II Allegro – Allegro

Royal Scottish National Orchestra
Bryden Thomson

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Carl Nielsen vale muito
Carl Nielsen vale muito

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Carl Nielsen (1865–1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 1 e Nº 2

Carl Nielsen (1865–1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 1 e Nº 2

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Já que nos fizeram um monte de pedidos nas últimas semanas, pincei cuidadosamente algo que ninguém pedira, mas que é esplêndido. O quase desconhecido — ao menos sob minha perspectiva — Bryden Thomson opera um verdadeiro milagre nestas suas notáveis interpretações das sinfonias de Nielsen para a Chandos. Meus amigos, que discos! Comprei-os há 22 anos. No álbum triplo — existe a versão em 3 CDs avulsos –, está escrito meu nome acompanhado do ano: 1993.

Gosto muito da Sinfonia Nº 1 e ainda mais das outras. Esta sinfonia foi escrita entre os anos de 1890 e 1892 e já mostra um compositor pronto. Não é obra de ensaio. Perguntei a um professor do Instituto de Música (Belas Artes) da UFRGS sobre o que ele achava das sinfonias de Nielsen, sobre sua evolução compositor, a qualidade musical das peças, essas coisas, e ele me replicou mui doutamente: “Olha, PQP, todas são do caralho”. Então tá, quem sou eu para contestar uma autoridade com doutorado na Alemanha? Gosto muito do primeiro movimento. Tenho uma certa resistência ao Andante, mas o resto é mesmo duca.

A Sinfonia Nº 2 tem cada movimento representando um dos 4 temperamentos (colérico, fleumático, melancólico e sanguíneo). Sim, foi uma boa ideia esta de transformar os 4 movimentos clássicos da sinfonia em características das personalidades humanos. O resultado é excelente. Foi escrita nos anos de 1901 e 1902, 10 anos após a primeira, portanto. O primeiro movimento é colérico, mas há espaço para se ouvir oboés, clarinetes, fagotes e outros instrumentos ruins de berro. É sensacional. Oxalá todas as cóleras fossem assim. O fleugmático é perfeito não tanto por sua exatidão programática, mas pela qualidade musical: é belíssimo. O melancólico me parece mais dramático ou desesperado do que propriamente melancólico, mas valeu pela tentativa. E o sanguíneo último movimento é um consistente e bom rondó.

Carl Nielsen (1865 – 1931): Integral das Sinfonias – Sinfonias Nº 1 e Nº 2

Symphony No. 1 in G minor, Op 7/FS 16
1. Allegro orgoglioso
2. Andante
3. Allegro comodo
4. Finale: Allegro con fuoco

Symphony No. 2 (“The Four Temperaments”), Op. 16 (FS29)
5. Allegro collerico
6. Allegro comodo e flemmatico
7. Andante malincolico
8. Allegro sanguineo – Marziale

Royal Scottish National Orchestra
Bryden Thomson

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Gênio
Gênio

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Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino e Sinfonia Nº4, “Inextinguível”

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino e Sinfonia Nº4, “Inextinguível”

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sibelius é considerado o grande compositor escandinavo da virada do século. Nada contra o grande careca, mas Nielsen merece ter sua posição revista, o cara foi genial e mereceria estar ao lado do finlandês. Seu Concerto para Violino e Orq. é belíssimo. Por alguma razão, é muito estimulante ouvi-lo. (Seria a introdução de plácidos temas folclóricos no primeiro movimento e seus desenvolvimentos?) E o excelente violinista Arve Tellefsen sendo regido pelo também violinista e lenda Yehudi Menuhin? Que show! O mesmo se pode dizer da Sinfonia Nº 4, Inextinguível, um petardo para ser tocado em um movimento. De peças que deveriam fazer parte do repertório de orquestras e conjuntos de sopros, Nielsen tem seis sinfonias — todas merecem ser conhecidas –, um Quinteto de Sopros e concertos para violino, flauta e clarinete.

Crescido no seio de uma família de poucos recursos financeiros, Nielsen foi maestro, violinista e professor da Real Academia de Música Dinamarquesa. Durante a sua vida, a reputação de Nielsen era considerada como marginal, tanto no seu país como internacionalmente. Apenas mais tarde é que os seus trabalhos foram incluídos no repertório internacional, sendo a década de 1960 um marco de aumento da sua popularidade através de Leonard Bernstein e outros. Na Dinamarca, a sua reputação ficou definitivamente marcada em 2006 quando três das suas composições passaram a ser consideradas nos Cânones da Cultura Dinamarquesa entre as doze grandes peças musicais da música daquele país. Durante muitos anos, sua imagem apareceu em notas de dinheiro dinamarquesas. O Museu Carl Nielsen em Odense, documenta a sua vida e a da sua mulher. Entre 1994 e 2009, a Real Biblioteca Dinamarquesa, completou a Edição Carl Nielsen, disponível na internet, contendo a história e as pautas dos trabalhos de Nielsen, algumas das quais nunca publicadas.

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino
1. I Praeludium: Largo –
2. Allegro Cavalleresco
3. II Poco Adagio –
4. Rondo: Allegretto Scherzando

Carl Nielsen (1865-1931): Sinfonia Nº4, “Inextinguível”
5. I Allegro -/II Poco Allegretto –
6. III Poco Adagio Quasi Andante – Con Anima -/IV Allegro

Arve Tellefsen, violino
Royal Philharmonic Orchestra
Yehudi Menuhin

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Carl Nielsen num momento assim.
Carl Nielsen num momento assim.

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Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Clarinete & outros trabalhos orquestrais

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Clarinete & outros trabalhos orquestrais

De 1928, o Concerto para Clarinete de Nielsen foi dedicado ao clarinetista dinamarquês Aage Oxenvad. Dizem que este Oxenvad era um doido varrido, mas não temos nada a ver com isso. O compositor tinha prometido escrever um concerto para cada membro do quinteto de sopros do qual Oxenvad fazia parte. Em 1922, Nielsen compusera seu espetacular Quinteto, Op. 43, para o mesmo grupo. O concerto é uma obra importante na literatura do instrumento do século XX. É a última obra de grande porte da vida de Nieelsen, que morreu em 1931. Ele estava sofrendo uma série de ataques cardíacos que acabaram por vitimá-lo em 1931. O Concerto foi escrito em um movimento sem pausas, mas nem sempre uma coisa é o que parece. Nielsen fez uma divisão em suas cartas. Haveria um primeiro movimento Allegretto un pocoAllegro non tropo, Più Allegro e Tempo I, um segundo movimento Poco Adagio, um terceiro Allegro non tropo, Poco più mosso e um quarto Allegro Vivace, Poco adagio e Allegro. O CD é completado por outras obras orquestrais. Gostei muito da pastoral Pan & Syrinx. Ah, o belga Walter Boeykens é um baita instrumentista e não nega fogo neste CD da Harmonia Mundi.

Nielsen: Clarinet Concerto & Works for Clarinet & Orchestra.

1 Clarinet Concerto, Op. 57 25:15

2 Pan & Syrinx. Pastorale, Op. 49 8:18

3 Amor & Digteren. Love and the Poet, overture, Op. 54 4:47

4 Little Suite for strings, Op. 1: I. Präludium. Andante con moto 3:30
5 Little Suite for strings, Op. 1: II. Intermezzo. Allegro moderato 5:24
6 Little Suite for strings, Op. 1: III. Finale. Andante con moto 6:57

Walter Boeykens
Beethoven Academie
Jan Caeyers

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Walter Boeykens, uma lição de clarinete pra o povo pequepiano
Walter Boeykens, uma lição de clarinete para o povo pequepiano

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Nielsen/Khachaturian: Flute Concertos – Rampal [link atualizado 2017]

khachaturian_Nielsen_fluteconcertosEste CD resume, de forma bastante contundente, a grandeza do talento de Jean-Pierre Rampal (1922-2000), um dos maiores mestres da milenar arte de tocar flauta.

As duas obras são raras de se ouvir, e de execução dificílima, mas o som de Rampal as faz parecer simples como atirei-o-pau-no-gato. O concerto de Nielsen tem uma conotação mais despojada e moderna. O dinamarquês, autor de 6 belíssimas sinfonias (que considero dentre as melhores escritas no século XX) tem algumas obras que definitivamente saem dos padrões convencionais. Este concerto é uma delas. Apenas 2 movimentos, mas muito densos, de clima frio e sóbrio. Um concerto quase experimental.

Mas em termos de virtuosismo, a vedete é o concerto de Khachaturian. Foi o próprio Rampal que sugeriu a Aram um concerto para flauta, mas ele, por algum motivo, fez uma contra-proposta: transcrever seu concerto para violino, dando autorização a Rampal para fazê-lo. O resultado é realmente impressionante. devo dizer que para quem não conhece o concerto para violino, esta transcrição para flauta cumpre todas as exigências.

A gravação da CBS é um pouco rara de se achar, e nem a amazon tinha uma imagem decente do CD. Por essas e outras é que é mais um item imperdível!

Nielsen / Khachaturian: Flute Concertos

Nielsen: Flute Concerto
I – Allegro Moderato
II – Allegretto
Jean Frandsen: Sjaellands Symphony Orchestra

Khachaturian: Flute Concerto
I – Allegro Con Fermezza
II – Andante Sostenuto
III – Allegro Vivace
Jean Martinon – Orchestre de O.R.T.F

Jean-Pierre Rampal, flute

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Chucruten
Repostado por Bisnaga

Carl Nielsen (1865-1931): Symphony Nº 5, Concertos, Wind Quintet

A Sinfonia Nº 5 de Nielsen é absurdamente bela. O Quinteto de Sopros é algo que me deixa feliz e os 3 Concertos de Nielsen — são só três — são também esplêndidos, com ligeira preferência minha pelo para violino. A regência da Sinfonia e do Concerto para Violino é de Kubelik… Então dizer o quê? Que desejo um bom sábado para vocês? Sim, também. Uma vez disse que os escandinavos, muito organizados, parecem ter acertado que cada país teria seu compositor importante na música erudita. A Noruega ficou com Grieg, a Suécia com Berwald, a Finlândia com Sibelius e a Dinamarca com Nielsen. E, putz, Nielsen é desprezadíssimo. Que injustiça.

A 5ª Sinfonia pertence a outro mundo. Escrita entre 1921 e 1922 mostra o mundo e a linguagem musical desintegrando-se. Homem de seu tempo, Nielsen provocou irritação, principalmente pelo trecho onde indica que a percussão deve fazer barulho sem especificar de que tipo… Ou melhor, Nielsen simplesmente instrui a percussão a tentar parar a progressão da música a qualquer custo, sem explicar o que deviam fazer para isso… Na gravação de Kubelik, a coisa até que vai calma, mas tenho outra em CD de uns bagunceiros escoceses acostumados à brigas de rua e aos quebra-quebra habituais dos bêbados, onde esforços maiores são feitos (Royal Scottish National Orchestra / Bryden Thomson, aqui, aqui e aqui). O originalíssimo primeiro movimento divide-se em 2 partes e 3 planos tonais; o ritmo é monótono, depois torna-se militaresco e até aterrorizante, ainda mais quando os percussionistas decidem acabar com a música. Vale a pena conhecer por inteiro esta obra curiosíssima e ultraclara em sua determinação de mostrar o ambiente político que se criava.

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Carl Nielsen (1865-1931): Symphony Nº 5, Concertos, Wind Quintet

CD1
1. Symphony No.5, Op.50 – I. Tempo Giusto 11:41
2. Symphony No.5, Op.50 – Adagio Non Troppo 9:46
3. Symphony No.5, Op.50 – II. Allegro 6:21
4. Symphony No.5, Op.50 – Presto 3:14
5. Symphony No.5, Op.50 – Andante Poco Tranquillo 4:21
6. Symphony No.5, Op.50 – Allegro 3:21

Danish Radio Symphony Orchestra
Rafael Kubelik

7. Violin Concerto, Op. 33 – I. Praeludium – Largo 6:33
8. Violin Concerto, Op. 33 – II. Allegro Cavalleresco 12:49
9. Violin Concerto, Op. 33 – III. Poco Adagio 6:53
10. Violin Concerto, Op. 33 – IV. Rondo_ Allegretto Scherzando 11:05

Arve Tellefsen, violin
Danish Radio Symphony Orchestra
Herbert Blomstedt

CD 2
1. Flute Concerto – I – Allegro moderato 11:28
2. Flute Concerto – II – Allegretto 7:44

Frantz Lemmser, flute
Danish Radio Symphony Orchestra
Herbert Blomstedt

3. Clarinet Concerto, Op 57: Allegretto un poco – Poco adagio – Allegro non troppo – Adagio – Allegro vivace 25:46

Kjell-Inge Stevensson, clarinet
Danish Radio Symphony Orchestra
Herbert Blomstedt

4. Wind Quintet in A major, Op.43: I Allegro ben moderato 8:20
5. Wind Quintet in A major, Op.43: II Menuet 4:37
6. Wind Quintet in A major, Op.43: III Praeludium (Adagio) – Tema con variazioni (Un poco andantino) 10:59

Melos Ensemble

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Grieg (1843-1907), Nielsen (1865-1931), Sibelius (1865-1957) – Intimate Voices (Voces Intimae)

Dentro as novidades que ouvi em 2007, esta foi o melhor CD de todas. Quando ganhei de presente o excelente calhamaço “1001 Classical Recordings You Must Hear Before You Die”, fiquei impressionado com a beleza do livro e, de forma um tanto sacana, resolvi procurar um grande CD que não estivesse ali. Fui direto atrás do Intimate Voices do Emerson String Quartet e ele estava lá, na página 575… (o livro é de 2008). Passei e respeitar o livro que, depois vi, tinha textos extraordinários e é muito informativo. Aliás, virou meu livro de cabeceira.

Pois bem, o assunto principal do CD é o quarteto de Sibelius, mas quem rouba a cena é Grieg.

Seu quarteto é o melhor do disco e o Emerson resolveu colocá-lo em primeiro lugar para tivéssemos logo o choque. Mas a história da composição de Sibelius é mais interessante. Situado cronologicamemente entre a terceira e quarta sinfonias, marca um período em que o compositor lutava contra um câncer na garganta (1909). Sibelius venceu o câncer através de várias operações. Durante aquele difícil período, produziu obras bem fechadas. Os quartetos preferem ignorar a existência deste estranho e íntimo quarteto, mas o Emerson abraça a causa e demonstra não ser ela perdida. A interpretação, grave e respeitosa, está como deve ser.

Já o único quarteto de Grieg nos deixa encantado com seu início raivoso, interrompido com episódios melodiosos. Aliás, estes os únicos quartetos de cordas de ambos. Sibelius tinha mais dois, mas destruiu-os. A peça de Grieg é fácil de assimilar e é estranho que seja em tom menor, tal sua alegria. A dança do segundo movimento e o vivaz final valem várias audições, mas nada como o belíssimo primeiro movimento. O Nielsen deste disco não compromete o trabalho, mas é apenas simpático.

Edvard Grieg – Quarteto de Cordas, Op. 27
1. I. Un Poco Andante-Allegro Molto Ed Agitato
2. II. Romanze: Andantino
3. III. Intermezzo: Allegro Molto Marcato-Piu Vivo Scherzando
4. IV. Finale: Lento-Presto Al Saltarello

Carl Nielsen – Ved en ung kunstners baare, Op. 58
5. Ved En Ung Kunstners Baare, Op.58

Jean Sibelius – Quarteto de Cordas, Op. 56 “Voces Intimae”
6. I. Andante-Allegro Molto Moderato
7. II. Vivace
8. III. Adagio Di Molto
9. IV. Allegretto (Ma Pesante)
10. V. Allegro

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Carl Nielsen (1865-1931) – Os Três Concertos

Os escandinavos, muito organizados, parecem ter acertado que cada país teria seu compositor importante de música erudita. A Noruega ficou com Grieg, a Suécia com Berwald, a Finlândia com Sibelius e a Dinamarca com Nielsen.

Carl Nielsen é mais conhecido como grande sinfonista. É justo e eu, P.Q.P., poderia postar a integral aqui, comprada há muitos anos e bastante ouvida por mim. Mas seus concertos – que receberam poucas gravações – não são de se jogar fora. São belos trabalhos. O longo concerto para violino, o instrumento de Nielsen, foi dedicado ao enteado do compositor, o violinista Emil Telmáyi. O concerto para clarinete é bastante bom, assim como o para flauta. Nielsen escrevia muito bem para sopros e isto pode ser notado em suas sinfonias assim como em seu famoso quinteto para sopros, que infelizmente só tenho em vinil.

Importante: Nielsen escreveu apenas estes 3 concertos: um para violino, o segundo para clarinete e o terceiro para flauta. Temos aqui, portanto, mais uma integral. Afinal, este blog parece ter viciado nelas…

Violin Concerto, Op. 33
Performed by: Bournemouth Symphony Orchestra
Conducted by: Kees Bakels
Jonathan Carney, violin
1. Praeludium: Largo – Allegro cavalleresco 18:54
2. Poco adagio 06:26
3. Rondo: Allegretto scherzando 10:36

Clarinet Concerto, Op. 57
Performed by: Bournemouth Symphony Orchestra
Conducted by: Kees Bakels
Kevin Banks, clarinet
4. Clarinet Concerto, Op. 57 24:41

Flute Concerto (1926)
Performed by: Bournemouth Symphony Orchestra
Conducted by: Kees Bakels
Gareth Davies, flute
5. Allegro moderato 11:06
6. Allegretto 07:14

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