Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock)

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock)

Então é Natal — que lindo –, os sinos badalam, neva em Porto Alegre e estou inteiramente tomado de boas intenções, com o coração cheio de Cristo. Bem, tá bom. É brincadeira deste ateu mau e comedor de criancinhas. Nada de pedofilia, trata-se de gastronomia mesmo. Como os comunas faziam, lembram? Somos apreciadores das vitelas swiftianas. Mas este CD traz Trevor Pinnock e seu The English Concert num agradável programa natalino, um presentão para nossos leitores-ouvintes. Há música muito boa, mas as melhores vão para as figurinhas carimbadas de sempre: Vivaldi, Handel e Corelli. O restante do recheio é passa de uva. O trio citado é o licor. Desejo-lhes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Que o Menino Jesus ilumine suas vidas!

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock

Marc-Antoine Charpentier – Noels Sur Les Instruments
1. 1. Vous qui désirez sans fin
2. 2. A la venue de Noël
3. 3. Or nous dites, Marie
4. 4. Où s’en vont ces gais bergers?

Johann Melchior Molter – Concerto Pastorale In G Major
5. 1. Larghetto – Allegro e forte – (Larghetto)
6. 2. Aria 1: a tempo giusto – Aria 2: Lento e sempre piano – Aria 3: Tempo die Menuetto

Antonio Vivaldi – Concerto For 2 Trumpets In C Major, Rv 537
7. 1. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
8. 2. Largo – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
9. 3. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock

Giuseppe Baldassare Sammartini – Pastorale In G Major
10. Pastorale in G major – Andante sostenuto

Georg Philipp Telemann – Concerto Polonois In G Major
11. 1. Dolce
12. 2. Allegro
13. 3. Largo
14. 4. Allegro

George Frideric Handel – Concerto A Due Cori In B Flat Major, Hwv 332
15. 1. Ouverture
16. 2. Allegro ma non troppo
17. 3. Allegro
18. 4. Largo
19. 5. A tempo ordinario
20. 6. Alla breve. Moderato
21. 7. Menuet (Allegro)

Arcangelo Corelli – Concerto Grosso In G Minor
22. 1. Vivace – Grave
23. 2. Allegro
24. 3. Adagio – Allegro – Adagio
25. 4. Vivace
26. 5. Allegro
27. 6. Pastorale: Largo

The English Concert
Trevor Pinnock

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George Friedrich Handel (1685-1759): Italian Cantatas (Kozená / Minkowski)

George Friedrich Handel (1685-1759): Italian Cantatas (Kozená / Minkowski)

Uma imensa cantora e uma baita orquestra para revelar as Cantatas Italianas de Handel, antes desconhecidas para mim. O alemão não consegue ser “italiano” como foi depois “inglês”, mas as cantatas são de muito alto nível musical. Marc Minkowski e Magdalena Kozená matam a pau. A cantora realiza mais uma de suas grandes atuações, e Minkowski traz seu habitual entusiasmo e qualidade. Notem como o jovem Handel já estava interessado nos colorido orquestral, algo nada comum numa época em que os timbres não eram considerados conteúdo, sendo até intercambiáveis.

George Friedrich Handel (1685-1759): Italian Cantatas (Kozená / Minkowski)

Il deliro amoroso “Da quel giorno fatale”
1) Sonata (Introduzione) [4:44]
2) Recitativo “Da quel giorno fatale” [0:55]
3) Aria “Un pensiero voli in ciel” [8:24]
4) Recitativo “Ma fermati pensier” [1:14]
5) Aria “Per te lasciai la luce” [7:36]
6) Non ti bastava, ingrato [0:59]
7) Aria “Lascia omai”/Recitativo “Ma siamo” [5:29]
8. Entree [2:06]
9) Arietta e Recitativo “In queste amene piagge” [2:35]

La Lucrezia “O Numi eterni”, Cantata HWV 145
10) Recitativo “O Numi eterni” [1:01]
11) Aria “Giù superbo del mio affanno” [5:20]
12) Recitativo “Mai voi, forse nel cielo” [0:44]
13) Aria “Il suol che preme” [2:50]
14) Recitativo “Ah! che ancor”/Furioso [1:28]
15) Arioso “Alla salma infedel” [3:00]
16) Recitativo “A voi, a voi padre” [0:54]
17) Arioso “Già nel seno”/Furioso [1:37]

Il consiglio “Tra le fiamme”, Cantata HWV 170
18) Aria “Tra le fiamme tu scherzi”/Recitativo [6:35]
19) Aria “Pien di nuove”/Recitativo [4:17]
20) Aria “Voli per l’aria”/Recitativo [2:52]
21) Aria “Tra le fiamme” – Da capo/A [2:30]

Magdalena Kozená
Les Musiciens du Louvre
Marc Minkowski

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Sei lá, eu gosto.
Sei lá, eu gosto.

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G. F. Handel (1685-1759): Water Music / Music for the Royal Fireworks (Savall)

G. F. Handel (1685-1759): Water Music / Music for the Royal Fireworks (Savall)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Acho que estou passando por um Período Savall. Mas não creio que vocês tenham vontade de reclamar. Este é um disco festivo e luminoso como são a Música Aquática e a Música para os Reais Fogos de Artifício. Savall e sua orquestra dão um banho como o que aconteceu na estreia da Música para os Reais Fogos de Artifício.

A Música Aquática (Water Music) é uma suíte orquestral cuja estreia ocorreu em 17 de julho de 1717, após o rei Jorge I encomendar um concerto para ser executado sobre o rio Tâmisa. O concerto foi interpretado originalmente por cerca de 50 músicos que ficavam sobre uma barca próxima ao barco real, a partir do qual o monarca escutava a peça com sua corte. O rei teria gostando tanto das suítes que pediu a seus músicos, já esgotados, que tocassem-na por três vezes…

No dia 21 de Abril de 1749, contra a vontade do compositor, realizou-se a estreia da Música para os Reais fogos de Artifício. Handel escreveu-a para comemorar a assinatura do tratado de Aix-la-Chapelle, que pôs fim à Guerra da Sucessão da Áustria. A primeira apresentação desta obra, no dia 21 de Abril, foi mais um ensaio público do que uma estreia, pois a estreia estava marcada para o dia 27. No entanto, este ensaio juntou 12.000 pessoas, causando enorme engarrafamento na ponte de Londres. Da estreia propriamente dita, o mínimo que se pode dizer é que foi atribulada. Aconteceu no dia 27 de Abril de 1749 e a emoção não esteve ausente: a estrutura montada especialmente para a ocasião incendiou parcialmente, além de ter chovido durante o concerto, o que apagou os fogos-de-artifício, além de molhar o público.

Georg Friederich Handel: Water Music / Music for the Royal Fireworks

1. Water Music, Ste I: Prld
2. Water Music, Ste I: Menuet I
3. Water Music, Ste I: Menuet II
4. Water Music, Ste I: Rigaudon I
5. Water Music, Ste I: Rigaudon II
6. Water Music, Ste I: Menuet I
7. Water Music, Ste I: Menuet II
8. Water Music, Ste I: Gigue I
9. Water Music, Ste I: Gigue II
10. Water Music, Ste I: Bourree
11. Water Music, Ste I: Lentement
12. Water Music, Ste I: Alla Hornpipe

13. Water Music, Ste II in F: Ov
14. Water Music, Ste II in F: Adagio E Staccato
15. Water Music, Ste II in F: Allegro
16. Water Music, Ste II in F: Andante, Allegro
17. Water Music, Ste II in F: Menuet
18. Water Music, Ste II in F: Air
19. Water Music, Ste II in F: Bourree
20. Water Music, Ste II in F: Hornpipe
21. Water Music, Ste II in F: Aria
22. Water Music, Ste II in F: Menuet

23. Music For The Royal Fireworks, Ov: Adagio
24. Music For The Royal Fireworks: Allegro-Lentement-Allegro
25. Music For The Royal Fireworks: Bourree
26. Music For The Royal Fireworks, La Paix: Largo Alla Siciliana
27. Music For The Royal Fireworks, La Rejouissance: Allegro
28. Music For The Royal Fireworks: Menuet II – Menuet I – Menuet II

Le Concert Des Nations
Jordi Savall

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Jordi Savall: gênio
Jordi Savall: gênio

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Handel (1685 – 1759): Concerti grossi & Overtures – B’Rock Orchestra ֎

Handel (1685 – 1759): Concerti grossi & Overtures – B’Rock Orchestra ֎

HANDEL

Concertos e Aberturas

Handel era grande – grandioso! – e opulência uma de suas marcar registradas. Lembremos que escreveu música real. Nascido no mesmo ano que Johann Sebastian Bach e Domenico Scarlatti era também imensamente talentoso, tanto compositor quanto instrumentista. Foi um cidadão do mundo europeu e dominou com maestria os estilos e gêneros então praticados.

Neste interessante disco temos uma mostra de sua produção orquestral. A orquestra ‘from Ghent to the world’ com o provocador nome B’Rock Orchestra usa instrumentos de época e, apesar de não ser muito grande, produz um som à altura do George. A escolha de repertório é para fisgar os que (ainda) não conhecem a música de Handel e para lembrar aos que a conhecem de quanto é boa.

Dois concertos grossi, um de cada coleção, opus 3 e opus 6. Eu simplesmente adoro o Primeiro Concerto do opus 6. Aberturas de algumas óperas completam este delicioso programa que deve render uma boa hora de barroco prazer.

Concerto Grosso No. 4 in F Major, Opus 3, HWV 315
  1. Andante
  2. Allegro
  3. Allegro
  4. Minuetto Alternativo
Flavio, HWV 16 – Ouverture
  1. (Grave)
  2. Allegro
Lotario, HWV 26 – Ouverture
  1. Ouverture
  2. Gavotta
Concerto Grosso No. 1 in G Major, Opus 6, HWV 319
  1. A Tempo Giusto
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro
  5. Allegro
II Pastor Fido, HWV 8 – Ouverture
  1. Ouverture
  2. Largo
  3. Allegro
  4. Allegro
  5. Largo
  6. Allegro

B’Rock Orchestra

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MP3 | 320 KBPS | 177 MB

B’Rock Orchestra has the Baroque era at heart. Our intuitive, ambitious and connective approach has made us one of today’s most successful and forward-thinking period orchestras.

Aproveite!

René Denon

O pessoal do B’Rock em frente ao quartinho de ‘guardar tudo’ do PQP Bach…

Se você gostou desse post, pode querer visitar este aqui…

Handel (1685 – 1759): Concerti grossi Op. 6 – Combattimento Consort Amsterdam & Jan Willem de Vriend ֎

Georg Friedrich Händel (1685-1759): O Messias (Karl Richter)

Georg Friedrich Händel (1685-1759): O Messias (Karl Richter)

O horror, o horror… Para nostálgicos — detesto-os! — que negam-se a reciclar as versões que ouviram no passado: exato, a gravação de Richter. Meu colega Ciço Villa-Lobos me presenteou com a gravação através da qual tomei meu primeiro contato com O Messias, lá no começo dos anos 70. Karl Richter era a maior das maravilhas. Esta gravação e a da Missa em Si Menor de Bach que ele fez com a Orquestra Bach de Munique eram referências absolutas e imbatíveis. Porém, nada envelheceu tanto quando os registros de música barroca daqueles anos e dos anteriores. Suas sonoridades são encorpadas demais, modernas demais, potentes demais. Com o passar dos anos, a música historicamente informada, com suas belas sonoridades rarefeitas, tomaram conta do mundo e de meu cérebro. Mas há quem ainda goste desses monstros jurássicos. Eu fora!

Georg Friedrich Händel (1685-1759): O Messias (Karl Richter)

Disc: 1
1. Symphony (Grave-Allegro Moderato)
2. Accompagnato (Tenor): Comfort Ye My People
3. Aria (Tenor): Ev’ry Valley Shall Be Exalted
4. Chorus: And The Glory Of The Lord Shall Be Revealed
5. Accompagnato (Bass): Thus Saith The Lord Of Hosts
6. Aria (Bass): But Who May Abide The Day Of His Coming
7. Chorus: And He Shall Purify
8. Recitative (Contralto): Behold, A Virgin Shall Conceive/Aria (Contralto): O Thou That Tellest Good
9. Chorus: O AThou That Tellest Good Tidings
10. Accompagnato (Bass): For Behold, Darkness Shall Cover
11. Aria (Bass): The People That Walked In Darkness
12. Chorus: For Unto Us A Child Is Born
13. Pifa (Pastoral Symphony)
14. Recitative (Soprano): There Were Shepherds Abiding In The Fields
15. Chorus: Glory To God In The Highest
16. Aria (Soprano): Rejoice Greatly, O Daughter Of Zion
17. Recitative (Contralto): Then Shall The Eyes Of The Blind /Duet: (Contralto, Soprano): He Shall Feed
18. Chorus: His Yoke Is Easy, His Burthen Is Light
19. Chorus: Behold The Lamb Of God
20. Aria (Contralto): He Was Despised
21. Chorus: Surely, He Hath Borne Our Griefs

Disc: 2
1. Chorus: And With His Stripes We Are Healed
2. Chorus: All We Like Sheep Have Gone Astray
3. Accompagnato (Tenor): All They That See Him
4. Chorus: He Trusted In God
5. Accompagnato (Tenor): Thy Rebuke Hath Broken His Heart
6. Arioso (Tenor): Behold, And See If There Be Any Sorrow
7. Accompagnato (Tenor): He Was Cut Off Out Of The Land/ Aria (Tenor): But Thou Didst Not leave His So
8. Chorus: Lift Up Your Heads, O Ye Gates
9. Recitative (Tenor): Unto Which Of The Angels/Chorus: Let All The Angels Of God Worship Him
10. Aria (Contralto): Thou Are Gone Up On High
11. Chorus: The Lord Gave The Word
12. Aria (Soprano): How Beautiful Are The Feet
13. Arioso (Tenor): Their Sound Is Gone Out
14. Aria (Bass): Why Do The Nations So Furiously Rage
15. Chorus: Let Us Break Their Bonds Asunder
16. Recitative (Tenor): He That Dwelleth In Heaven/Aria (Tenor): Thou Shalt Break Them
17. Chorus: Hallelujah
18. Chorus: Since By Man Came Death
19. Accompagnato (Bass): Behold, I Tell You A Mystery/Aria (Bass): The Trumpet Shall Sound
20. Recitative (Contralto): Then Shall Be Brought To Pass/Duet (Contralto, Tenor): O Death, Where Is Th
21. Aria (Soprano): If God Be For Us
22. Chorus: Worthy Is The Lamb That Was Slain
23. Chorus: Amen

Anna Reynolds
Donald McIntyre
Edgar Krapp
Helen Donath
Gordon Webb
Stuart Burrows

Hedwig Bilgram, órgão
London Philharmonic Orchestra
Karl Richter

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Georg Friederich Händel (1685-1759): Ode for St. Cecilia’s Day (Mields, Wilde, Helbich)

Georg Friederich Händel (1685-1759): Ode for St. Cecilia’s Day (Mields, Wilde, Helbich)

IM-PER-DÍ-VEL

Handel escreveu vários sambas-enredo. Há Messias, por exemplo, onde ele fantasia coisas sobre um personagem ficcional, e há muitas daquelas coisas que chamamos de óperas que são empolados sambas-enredos. A Ode para Santa Cecília — porta-bandeira da música — é uma tremenda obra que deixará os pequepianos boquiabertos. Os sambas são fenomenais. Cuidem a dolência de What passion cannot Music raise. É espetacular, perfeito. Ouçam os corais como estão afinados ao puxador de samba, sem atravessar nunca. Tudo isto é uma Cantata escrita por John Dryden. O tema é menos fantasioso do que os dos sambas-enredo habituais: trata da teoria de Pitágoras da Harmonia Mundi, onde a música era uma força central na criação da Terra. Tudo bem, né? Fazer o quê?

CD da Naxos. (Além de perfeito para um domingo de Carnaval).

Georg Friederich Händel (1685-1759): Ode for St. Cecilia’s Day (Mields, Wilde, Helbich)

1. Overture 00:03:35
2. Interlude 00:01:23
3. Recitative: From harmony, from heav’nly harmony 00:03:20
4. Chorus: From harmony 00:03:27
5. Air: What passion cannot Music raise 00:08:19
6. Air and chorus: The trumpet’s loud clangour 00:03:25
7. March 00:02:02
8. Air: The soft complaining flute 00:05:08
9. Air: Sharp violins proclaim 00:04:10
10. Air: But oh! what art can teach 00:04:15
11. Air: Orpheus could lead the savage race 00:01:46
12. Recitative: But bright Cecilia 00:00:42
13. Air and chorus: As from the powers of sacred lays 00:07:11

Total Playing Time: 00:48:43

Dorothee Mields
Mark Wilde
Alsfelder Vocal Ensemble
Concerto Polacco
Wolfgang Helbich

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Na boa, eu amo esta mulher. Ela canta maravilhosamente. Ela é Dorothee Mields.

PQP

Del barroco y del romanticismo ao siglo XXI (Carlos Prieto / Edison Quintana / Juan Luis Prieto)

Del barroco y del romanticismo ao siglo XXI (Carlos Prieto / Edison Quintana / Juan Luis Prieto)

Faz muito tempo que não é postado um CD com obras para violoncelo e piano aqui no blog. Aí vai um, com o maior violoncelista mexicano da atualidade, Carlos Prieto. Algumas dentre as primeiras peças são transcrições, mas a maioria é original. O cello de Prieto tá meio fraquinho (detesto cello que canta “pra dentro”), porém, assim como no post da semana passada, vale pela peça de Marlos Nobre – e também pela de Ernst Mahle, pela de Mignone, pela do mexicano Eugenio Toussaint e pela do americano Lukas Foss.

***

Del barroco y del romanticismo ao siglo XXI (Carlos Prieto / Edison Quintana / Juan Luis Prieto)

1 Passacaglla (para violín y violonchelo)
Adapted By – Johan Halvorsen
Composed By – Georg Friedrich Händel
7:09
2 Pezzo capriccioso Op. 62 (para violonchelo y piano)
Composed By – Pyotr Ilyich Tchaikovsky
6:09
3 Vocalise, op. 34, Nº 14 (para violonchelo y piano)
Composed By – Sergei Vasilyevich Rachmaninoff
5:52
4 Introduction et Polonaise Brillante Op. 3 (para violonchelo y piano)
Adapted By – Emanuel Feuermann
Composed By – Frédéric Chopin
8:40
5 Capriccio (para violonchelo y piano)
Composed By – Lukas Foss
6:05
6 Modinha (para violonchelo y piano)
Composed By – Francisco Mignone
3:38
7 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 1. Allegro alla marcia. Lidio – menor
Composed By – Ernst Mahle
2:29
8 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 2. Moderato. Lidio – mixolidio
Composed By – Ernst Mahle
2:29
9 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 3. Allegro moderato. Frigio – dórico
Composed By – Ernst Mahle
1:22
10 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 4. Un poco vivo. Tonos enteros
Composed By – Ernst Mahle
1:37
11 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 5. Allegro. Lidio – gitano
Composed By – Ernst Mahle
2:07
12 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 6. Con moto. Tono octotónico
Composed By – Ernst Mahle
2:12
13 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 7. Andante. Frigio – mayor
Composed By – Ernst Mahle
1:59
14 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 8. Andantino. Frigio – gitano
Composed By – Ernst Mahle
2:27
15 Partita Latina (2001 – Estreno mundial, para violonchelo y piano). I. Lento. Estático
Composed By – Marlos Nobre
6:14
16 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). II. Appassionato
Composed By – Marlos Nobre
1:03
17 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). III. Scherzando (Poco Vivo)
Composed By – Marlos Nobre
1:56
18 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). IV. Calmo
Composed By – Marlos Nobre
2:34
19 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). V. Profundo. Molto Lento
Composed By – Marlos Nobre
2:46
20 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). VI. Vivo
Composed By – Marlos Nobre
1:10
21 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). VII. Grave
Composed By – Marlos Nobre
2:51
22 Pour Les Enfants (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano)
Composed By – Eugenio Toussaint
6:46

Piano – Edison Quintana (tracks: 2, 3, 4, 5, 6,15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22)
Violin – Juan Luis Prieto (tracks: 1)
Violoncello – Carlos Prieto, Juan Hermida (3) (tracks: 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14)

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Carlos Brianco

CVL

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Música Aquática / Música para os Reais Fogos de Artifício (Pinnock)

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Música Aquática / Música para os Reais Fogos de Artifício (Pinnock)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este CD entrou merecidamente na Coleção “The Originals” das melhores gravações da DG e Archiv. Trata-se de uma joia. O comando de Trevor Pinnock da Water Music e do Royal Fireworks, ambos ouvidas completas, são instantaneamente recomendáveis. A pompa e a cerimónia são captadas de forma brilhante, assim como a graça e leveza dos vários movimentos de dança, especialmente na Música Aquática, embora em nenhum momento Pinnock nos deixe esquecer que esta também é uma música de grande ousadia e originalidade. Uma das qualidades mais memoráveis ​​da sua abordagem é que ela realmente nos permite ouvir a música num ambiente instrumental que certamente teria sido familiar ao próprio compositor. Na grandiloquente Música para os Reais de Fogos de Artifício, duvido que as concessões de escala — não imagino que Pinnock tenha usado os 24 oboés, as dúzias de fagotes e os incontáveis metais que Handel tinha à sua disposição em 1748! — influam muito, dada a espontaneidade e o perfeição dessas interpretações.

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Música Aquática / Música para os Reais Fogos de Artifício (Pinnock)

Water Music Suite In F Major HWV 348
1. Ouverture (Largo – Allegro) 3:19
2. Adagio E Staccato 2:14
3. (Allegro) – Andante – (Allegro Da Capo) 7:49
4. (Menuet) 3:14
5. Air 3:02
6. Menuet 3:24
7. Bourrée 2:08
8. Hornpipe 2:38
9. (Andante) 3:07

Water Music Suite In D/G Major HWV 349/350
10. (Ouverture) 2:08
11. Alla Hornpipe 4:16
12. (Menuet) 2:54
14. Rigaudon 2:45
14. Lentement 2:03
15. Bourrée 1:21
16. Menuet 1:07
17.(Andante) 1:39
18. (Country Dance I/II) 1:29
19. Menuet 3:26

Music For The Royal Fireworks HWV 351
1. Ouverture (Adagio – Allegro – Lentement – Allegro) 7:21
2. Bourrée 1:37
3. La Paix 4:11
4. La Réjouissance 2:09
5. Menuet I 1:29 / Menuet II 1:37

The English Concert
Trevor Pinnock

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O grande Pinóquio.

PQP

Handel (1685 – 1759): Water Music & Fireworks – Le Concert Spiritual & Hervé Niquet ֎

Handel (1685 – 1759): Water Music & Fireworks – Le Concert Spiritual & Hervé Niquet ֎

HANDEL

Water Music

Music for the Royal Fireworks

Le Concert Spiritual

Hervé Niquet

Handel havia caído das graças do rei George I e andava amargando um misere medonho sem as bonanças reais – fornecedores de carnes, embutidos, queijos, vinhos e perucas andavam arredios e Handel na maior secura.

Mas, sempre cercados de amigos nobres e influentes, ele logo teve a sua chance. O rei decidiu oferecer um festival aquático, afinal as margens do Tâmisa são lindas.

Handel preparou para a ocasião uma excelente suíte orquestral, com oboés e todos os instrumentos de sopros que tanto agradavam ao rei, mas disso para ele nada contaram, seria uma surpresa.

No momento certo a orquestra tocou sob a regência de Handel e a música agradou tanto sua majestade que vários trechos tiveram que ser repetidos. O próprio rei exigiu a presença do responsável por aquelas belezuras. Como não se deve negar qualquer coisa ao rei, os nobres levaram à presença real o outro George… Nem precisa dizer que Handel voltou a ficar de boas com o rei, para grande alegria dos seus fornecedores e nossa também, que a música é ouvida até hoje.

Maestros tais como Sir Thomas Beecham, Rafael Kubelik e George Szell estão entre os que deixaram registros dessa música usando orquestras convencionais, mas depois do surgimento dos grupos historicamente informados, esse tipo de abordagem ficou anacrônico. Temos tantas e tão boas gravações com estas orquestras que é até difícil escolher. Os conhecidos Pinnock, Hogwood, Manitas-de-Piedra-Gardiner, Savall são algumas que não podemos esquecer, mas há muitas mais. Para essa postagem iniciei com a gravação da orquestra belga B’Rock, mas acabei chegando a essa outra gravação, de Hervé Niquet e Le Concert Spiritual, que acabei favorecendo, mas a decisão precisou do uso de VAR.

Este disco foi gravado para celebrar o 15º aniversário do grupo Le Concert Spirituel reunindo uma centena de músicos no Arsenal, na cidade de Metz, um espaço cultural que é a sede da Orquestra Nacional da Lorraine, para recriar com exatidão o evento original, regido por Handel:

Foi uma longa e luxuosa noite; um exercício de relações públicas, poder e política, e um entretenimento privado muito público. Na noite amena de 17 de julho de 1717, a um custo de “cento e cinquenta libras apenas para os músicos”, o rei George I entrou na Barca Real em Whitehall e navegou em uma flotilha de cortesãos e diplomatas para a casa de Lord Ranelagh, em Chelsea, onde jantou.

Com o ouvido embevecido por três suítes orquestrais que sintetizavam estilos francês, italiano e inglês com instrumentação inédita (acredita-se que a suíte G maior de contornos mais suaves pode ter sido tocada dentro de casa), o rei gostou tanto da criação de Handel que pediu que ela fosse tocada uma segunda e terceira vez.

Pois então, você precisa ouvir para crer – um som realmente majestoso, dignos dos Georges em questão…

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Water Music Suite No. 1 in F major, HWV348

  1. Overture – II. Adagio e staccato
  2. Allegro
  3. Andante
  4. Allegro da capo
  5. Passepied
  6. Air
  7. Menuet
  8. Bouree – IX. Hornpipe
  9. Air: Allegro

Water Music Suite No. 2 in D major, HWV349

  1. Prelude: Allegro
  2. Alla Hornpipe
  3. Menuet
  4. Lentement
  5. Bourree

Water Music Suite No. 3 in G major, HWV350

  1. Sarabande
  2. Rigaudon I-II
  3. Menuet I-II
  4. Gigue I-II

Music for the Royal Fireworks, HWV351

  1. Overture Adagio
  2. Overture: Allegro
  3. Bourree
  4. La paix
  5. La rejouissance
  6. Menuet I – VI. Menuet II

Special track

  1. Joyeux Anniversaire

Le Concert Spirituel

Hervé Niquet

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MP3 | 320 KBPS | 154 MB

Hervé pousando em frente às colunas do PQP Bach Hall de Metz…

Handel Royal Fireworks Music; Water Music

Veja essa crítica para maiores detalhes sobre os instrumentos usados…

Massed bands for Handel in exhilarating period performances by Hervé Niquet 

“Under Niquet’s high-adrenalin direction the instruments bray, rasp and swagger to gloriously raucous effect. You will not hear a more elementally exciting Fireworks than this.” The Daily Telegraph

A equipe de artes do PQP Bach mandou essa ilustração para a postagem do mighty George…

Aproveite!

René Denon

Bach / Jiří Benda / Händel / Sarasate / Vivaldi / Wieniawski: Obras para Violino(s) com David & Igor Oistrakh

Bach /  Jiří Benda / Händel / Sarasate / Vivaldi / Wieniawski: Obras para Violino(s) com David & Igor Oistrakh

A série The Originals, da DG, costuma ser tiro certo. Apesar da absoluta confusão do repertório, este CD é maravilhosamente bem interpretado pelos Oistrakh em diversas formações orquestrais. As obras são tão díspares entre si que dá vontade de ouvir tudo separadamente. Mas, enfim, eram outros tempos e ninguém morria por falta de coerência. Posto este CD por ele ter sido uma audição habitual na casa de meus pais (os outros). É um disco muito alegre do começo ao fim. De certa forma, proporciona um contraste muito caloroso com a preferência contemporânea por performances de época para a maioria destas peças. (Nota: eu AMO e PREFIRO performances de época!). Prezo especialmente os duetos de Wieniawski porque raramente são gravadas. O que é mais legal é que muitas dessas peças são populares entre estudantes de violino, e ter dois violinistas estelares tocando-as é muito gostoso de ouvir.

Bach / Jiří Benda / Händel / Sarasate / Vivaldi / Wieniawski: Obras para Violino(s) com David & Igor Oistrakh

Obras para Violino(s) com David & Igor Oistrakh

Antonio Vivaldi:
1. Concerto grosso for 2 violins, strings and continuo in A minor, Op.3/8 , RV 522 – 1. Allegro 3:58
2. Concerto grosso for 2 violins, strings and continuo in A minor, Op.3/8 , RV 522 – 2. Larghetto 4:24
3. Concerto grosso for 2 violins, strings and continuo in A minor, Op.3/8 , RV 522 – 3. Allegro 4:00

J. S. Bach:
4. Sonata in C, BWV 1037 Anh.III 187 – 1. Adagio 4:29
5. Sonata in C, BWV 1037 Anh.III 187 – 2. Allabreve 2:53
6. Sonata in C, BWV 1037 Anh.III 187 – 3. Alla breve 2:35
7. Sonata in C, BWV 1037 Anh.III 187 – 4. Presto 4:56

G.F. Handel:
8. Trio Sonata for 2 Flutes and Continuo in G minor, Op.2, No.6, HWV 391 – 1. Andante – Allegro 5:12
9. Trio Sonata for 2 Flutes and Continuo in G minor, Op.2, No.6, HWV 391 – 2. Arioso 3:36
10. Trio Sonata for 2 Flutes and Continuo in G minor, Op.2, No.6, HWV 391 – 3. Allegro 2:01

J. G. Benda:
11. Trio Sonata in E major for 2 violins and piano – 1. Moderato 6:37
12. Trio Sonata in E major for 2 violins and piano – 2. Largo 5:27
13. Trio Sonata in E major for 2 violins and piano – 3. Allegro 2:42

H. Wieniawski:
14. Etudes-Caprices for 2 violins, Op.18 – No.2 in E flat major 5:14
15. Etudes-Caprices for 2 violins, Op.18 – No.5 in E major 1:55
16. Etudes-Caprices for 2 violins, Op.18 – No.4 in A minor 1:31

P. de Sarasate:
17. Navarra for two violins, Op.33

David Oistrakh (Conductor, Violin),
Igor Oistrakh (Violin)
Franz Konwitschny (Conductor),
Gewandhaus Orchestra
Royal Philharmonic Orchestra e outros

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Filho e pai, bem felizinhos.

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 3, Nos. 1-6 (Northern Sinfonia, Creswick)

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 3, Nos. 1-6 (Northern Sinfonia, Creswick)

Os seis Concerti Grossi Op. 3 de Handel nunca sofreram uma superexposição no catálogo de CDs e, de fato, a atenção consideravelmente maior dada ao Op. 6 é justificada. Com exceção do Concerto nº 4, estes são exemplos bastante comuns da habilidade de Handel como melodista. Não me interpretem mal, esta não é música de segunda categoria, mas é menor do que as do habitual Handel, o de primeira categoria. Ao contrário das obras posteriores do gênero, a maioria delas dá um papel solo dominante ao oboé (ou oboés) e, o que não é incomum para Handel, ele às vezes recicla material usado em outros lugares. O Concerto nº 4 é a única obra deste grupo que realmente se destaca das demais, desde a abertura francesa. Aqui temos não somente um gostinho do trabalho de um mestre talentoso, mas de um compositor superior. Em tudo isso, a Northern Sinfonia vai muito bem. É certamente agradável de ouvir, mas dá vontade de ouvir aquele outro Handel.

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 3, Nos. 1-6 (Northern Sinfonia, Creswick)

Concerto Grosso in B-Flat Major, Op. 3, No. 1
1 I. Allegro 02:48
2 II. Largo 04:42
3 III. Allegro 01:20

Concerto Grosso in B-Flat Major, Op. 3, No. 2, HWV 313
4 I. Vivace 01:48
5 II. Largo 02:43
6 III. Allegro 01:55
7 IV. Moderato 01:57
8 V. Allegro 03:23

Concerto Grosso in G Major, Op. 3, No. 3
9 I. Largo, e staccato 00:23
10 II. Allegro 02:27
11 III. Adagio 00:59
12 IV. Allegro 02:59

Concerto Grosso in F Major, Op. 3, No. 4
13 I. Andante – Allegro 03:51
14 II. Andante 02:08
15 III. Allegro 01:25
16 IV. Minuetto alternativo: Allegro 02:44

Concerto Grosso in D Minor, Op. 3, No. 5
17 I. Largo 01:38
18 II. Fuga: Allegro 02:08
19 III. Adagio 01:36
20 IV. Allegro, ma non troppo 01:57
21 V. Allegro 02:43

Concerto Grosso in D Major, Op. 3, No. 6, HWV 317
22 I. Vivace 02:38
23 II. Allegro 03:53

Total Playing Time: 54:05

Conductor(s): Creswick, Bradley
Northern Sinfonia

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O pessoal está ensaiando, mas Handel só quer saber das moças. (Marco Ricci, 1709)

PQP

Georg Friedrich Handel (1685-1759): Sonatas para Violino e Cravo (Kurosaki, Christie)

Georg Friedrich Handel (1685-1759): Sonatas para Violino e Cravo (Kurosaki, Christie)

É um excelente CD, tão bom quanto aquele que postei dia desses com Andrew Manze e Richard Egarr. Acho que a dupla nipo-americana tem mais humor que Manze-Egarr. Há falhas em duas faixas (arquivos) da primeira sonata do CD — elas terminam abruptamente –, mas não tenho como fazer a correção, pois encontrei-as na rede. Christie é o regente, criador e dono do excelente conjunto Les Arts Florissants e Kurosaki seu primeiro violinista. Hiro Kurosaki traz uma técnica poderosa e bom senso musical às sonatas para violino de Handel. Na primeira Sonata deste CD, a HWV372, ele toca o Adagio de abertura de maneira suave e doce, e traz uma articulação esplendidamente nítida ao Allegro que se segue, com suas múltiplas paradas, e é igualmente enérgico no final. Admirei, também, a cantilena expressiva no movimento de abertura da HWV 364 e, ainda que um pouco ofegante, a execução rápida e vistosa do segundo movimento e também a execução suave e sutil da giga final. Um belo trabalho.

Devo mencionar que o CD começa e termina com sonatas que a maioria das autoridades considera não serem de Handel, os HWV372 e 370.  São peças menores, mas a autoria de Handel não pode ser totalmente descartada.

Georg Friedrich Handel (1685-1759): Sonatas para Violino e Cravo (Kurosaki, Christie)

Violin Sonata In A Major Hwv 372 Op 1/10
1. Adagio
2. Allegro
3. Largo
4. Allegro

Violin Sonata In G Minor Hwv 364 Op 1/6
5. Larghetto
6. Allegro
7. Adagio
8. Allegro

Violin Sonata In D Major Hwv 371 Op 1/13
9. Affettuoso
10. Allegro
11. Larghetto
12. Allegro

Violin Sonata In A Major Hwv 361 Op 1/3
13. Andante
14. Allegro
15. Adagio
16. Allegro

Violin Sonata In D Minor Hwv 359a
17. Grave
18. Allegro
19. Adagio
20. Allegro

Violin Sonata In G Major Hwv 358
21. (Allegro)
22. (Adagio)
23. (Allegro)

Violin Sonata No 12 In F Major Hwv 370
24. Adagio
25. Allegro
26. Largo
27. Allegro

Hiro Kurosaki, violino.
William Christie, cravo, órgão.

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PQP

Vários Compositores: Amour Fou -Chansons d’amour à travers les àges- Myriam Leblanc (soprano) & Ensemble Mirabilia ֍

Vários Compositores: Amour Fou -Chansons d’amour à travers les àges- Myriam Leblanc (soprano) & Ensemble Mirabilia ֍

Amor Louco

Canções de amor através dos tempos

Myriam Leblanc, soprano

Ensemble Mirabilia

 

Amour Fou é um título talvez provocativo para um disco, assim como a sua capa, mas ao ouvir suas canções você entenderá. E a ideia de reunir canções falando de amor, de paixão, compostas ao longo de vários séculos e por compositores das mais diversas culturas, é ótima.

Temos assim um disco que pede para ser desfrutado a dois, com tempo de sobra, que isso sempre é bom. Mas, não importa como você o ouça, seja no sistemão de som da sala de estar, seja no compacto do seu ambiente de leituras, ou mesmo ao headphone com o ipod ou celular, não deixe de enredar-se e deliciar-se com essas maravilhosas canções.

Barbara

Entremeadas às canções temos uns poucos números instrumentais, mas sempre no espírito apaixonado. Muitas canções são em francês que o pessoal do disco é de Montreal, mas também há umas em italiano e em inglês. A mais antiga é de compositor anônimo do século XIII e fecha o disco. O desfile continua passando pela Itália de Monteverdi e Vivaldi, Inglaterra de Thomas Campion, Purcell. Os franceses vão de Fauré, que abre o disco com a maravilhosa Au bord de l’eau, e também Blavet, Ballard, Clérambault, dos mais antigos, mas também os mais recentes Barbara e Jacques Brel. Eu descobri a espetacular, maravilhosa Barbara, que já passou para minha playlist. Tanto que escolhi ilustrar a lista dos compositores a seguir apenas com uma imagem dela…

Veja alguns versos dessas canções…

« Amour, le départ d’un amant a comblé mes douleurs, mais malgré tant de maux, si tu me le ramènes, je te pardonne tes rigueurs. »

« Amor, a partida de um amante me encheu de dor, mas apesar de tantos males, se você o trouxer de volta, eu lhe perdôo seus rigores. »

« Passo di pena in pena come la navicella ch’in quest’in quell’altr’onda urtando và. »

« Vou passando de tristeza em tristeza como o barquinho que se vai a bater de onda em onda. »

« Ton image me hante, je te parle tout bas, et j’ai le mal d’amour, et j’ai le mal de toi. »

« Sua imagem me persegue, falo com você baixinho e estou apaixonada, e estou farta de você. »

Quando você escolher alguns versos significativos, mande para mim…

Lista de Canções e Peças

Gabriel Fauré (1845–1924)

  1. Au bord de l’eau, Op. 8 No. 1 (Prudhomme)

Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (1567–1643)

  1. Pur ti miro (de L’Incoronazione di Poppea)

Antonio Vivaldi (1678–1741)

  1. Passo di pene in pena (da Cantate Amor hai vinto, RV651)

Michel Blavet (1700 – 1768), Jean-Baptiste de Bousset (1662 – 1725)

  1. Airs sérieux et à boire par Monsieur Bousset, XVIe Livre: Pourquoy doux rossignol ? (Arr. para conjunto de câmara por Grégoire Jeay)

Jean Philippe Rameau (1683–1764)

  1. La Cupis, em ré menor (Instrumental)

Barbara (1930 – 1997)

  1. Dis, quand reviendras-tu?

Christophe Ballard (1641 – 1715)

  1. Brunettes ou Petits airs tendres, avec les doubles et la basse-continue, mêlés de chansons à danser, Tome I: J’avois crû qu’en vous aimant (Arr. para conjunto de câmara por Grégoire Jeay)

George Frideric Handel (1685-1759)

  1. Sonate pour flûte no 2 en mi mineur, HWV 375, « Halle »: IV. Menuet (Instrumental)

Thomas Campion (1567–1620)

  1. Fain Would I Wed a Fair Young Man
  2. It fell on a summer’s day

John Bartlet (fl.1606, d.1610)

  1. Of all the Birds that I do know

Carl Friedrich Abel (1723-87)

  1. 27 pièces pour basse de viole – Le manuscrit Drexel 5871: No. 20: [Arpeggio] en ré mineur, WK 205 (Instrumental)

Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (1567–1643)

  1. Si dolce e’l tormento, SV332

Louis-Nicolas Clérambault (1676-1749)

  1. Recueil d’airs variés: Amour, cruel amour

Jacques Brel (1929 – 1978)

  1. Ne me quitte pas

Giuseppe Sammartini (1695-1750)

  1. Sonata quarta pour flûte et basse continue: Allegro (Instrumental)

Henry Purcell (1659–95)

  1. I love and I must (‘Bell Barr’), Z382

Thomas Campion (1567–1620)

  1. When to her lute Corinna sings

Anônimo (Século XIII)

  1. Bele Doëtte

Myriam Leblanc, soprano

Ellen Torrie, soprano (2, 19 e guitarra em 13)

Ensemble Mirabilia

Grégoire Jeay, flautas diversas e arranjos

 

Ellen Torrie

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MP3 | 320 KBPS | 163 MB

 

M Leblanc

Na coluna ‘The Book is on the Table’ de hoje: “It’s like a brandy distillate, absolutely transparent … Her name is Myriam Leblanc and in my opinion she has been one of the most beautiful voices, perhaps the most beautiful, to come out of the Quebec breeding ground in the past 10 years …”

Christophe Huss, Samedi et rien d’autre, December 2020

Myriam, Ellen e Barbara me encantaram…

Aproveite!

René Denon

Myriam Leblanc e membros de Ensemble Mirabilia

Handel (1685 – 1759): Messias (Highlights) & Bach (1685 – 1750): Oratório de Natal (Highlights) – solistas, coros, RSO Stuttgart & Sir Neville Marriner / ASMF & Sir Philip Ledge ֍

Handel (1685 – 1759): Messias (Highlights) & Bach (1685 – 1750): Oratório de Natal (Highlights) – solistas, coros, RSO Stuttgart & Sir Neville Marriner / ASMF & Sir Philip Ledge ֍

Handel: Messias & Bach: Oratório de Natal

Natal Barroco

 

Impossível evitar, o espírito de Natal está no ar. Meu vizinho colocou em sua casa tantas luzes com motivos natalinos que até a NASA já detectou o nosso bairro em seu mapa mundi de luminosidade. Fora isso, com as economias devidamente empregadas em bacalhau, a ceia deverá ser farta.  

De qualquer forma, Natal remete à família e eu penso um pouco na minha. O ano teve, como deve ter acontecido na sua, altos e baixos. Impossível ser diferente, está nos genes.

Aqui comemoramos o primeiro ano de aniversário de minha neta mais nova, que está em ótimo desenvolvimento, assim como sua irmãzinha, um ano mais velha. Essa já conta até 10, reconhece e nomeia todas as cores. Ela repete tudo o que ouve, haja cuidado com o que se diga perto dela.  

Uma querida cunhada está se despedindo da vida, uma nota de tristeza. Mas que vida cheia de amor e dedicação que tem sido essa. Força pedimos, confiança temos.  

Assim vamos exercitando ao máximo a prática de esticar o tempo para conseguir fazer tudo o que planejamos, como o catártico escrever desta postagem.  

Enfim, o que queremos para a noite de Natal? Eu quero estar rodeado de pessoas queridas, ouvir vozes e risos familiares. Ganhar abraços e beijos. Dar e receber aqueles telefonemas ou ZAP-mensagens que nos aproximam daquelas vozes que por alguma razão não podem estar ao pé de nós. Mas que no ano que vem, quem sabe?  

Para a postagem, escolhi um álbum tipicamente produzido para a ocasião. Metade do disco com números do Messias de Handel, cantado em alemão (pasmem!), mas regido pelo inglês Sir Neville Marriner. A outra metade tem números do Oratório de Natal do imenso João Sebastião Ribeiro, padroeiro do blog. Aqui, forças mistas, anglo-germânicas. São vozes conhecidas para os que já ouvem música há algum tempo e precisam ser ouvidas pelos que ainda estão se aventurando nessas águas. Tudo muito lindo.

Aleluia! 

 

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Messiah – Der Messias HWV 56 (Highlights)

(sung in German)

  1. 2 Tröste dich, mein Volk … & Nr.3 Alle Tale macht hoch erhaben (Accompagnato & tenor arie)
  2. 4 Denn die Herrlichkeit Gottes (Chorus)
  3. 8 O du, der Wonne verkündet in Zion (Contralto aria)
  4. 11 Denn es ist uns ein Kind geboren (Chorus)
  5. 12 Pifa
  6. 14 Und alsbald war da bei dem Engel (Accompagnato sopran)
  7. 15 Ehre sei Gott in der Höhe (Chorus)
  8. 36 Warum denn rasen und toben die Heiden im Zorne (Bass aria)
  9. 39 Hallelujah! (Chorus)
  10. 40 Ich weiß, daß mein Erlöser lebet (Soprano aria)
  11. 47 Würdig ist das Lamm, das da starb (Chorus)

Lucia Popp (soprano)

Brigitte Fassbaender (contralto)

Robert Gambill (tenor)

Robert Holl (bass)

Südfunkchor  (Klaus Martin Ziegler)

Radio-Sinfonieorchester Stuttgart des SWR

Sir Neville Marriner

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Christmas Oratorio, BWV 248 (Highlights)

  1. 1 Jauchzet, frohlocket, auf, preiset die Tage (Chorus)
  2. 4 Bereite dich, Zion (Contralto aria)
  3. 5 Wie soll ich dich empfangen (Chorus)
  4. 8 Grosser Herr und starker König (Bass aria)
  5. 24 Herrscher des Himmels (Chorus da capo)
  6. 43 Ehre sei dir, Gott, gesungen (Chorus)
  7. 64 Nun seid ihr wohl gerochen (Bass aria)

Dame Janet Baker (mezzo-soprano)

Dietrich Fischer-Dieskau (bass-baritone)

Choir of King’s College Cambridge,

Academy of St Martin in the Fields

Philip Ledger

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MP3 | 320 KBPS | 202 MB

Que tudo corra bem na sua Noite de Natal!

Com carinho, do René Denon

George Frideric Händel (1685-1759): Un’Alma Innamorata (Francesca Aspromonte, Boris Begelman, Arsenale Sonoro)

Talvez este seja um dos mais belos CDs que postei nestes dezessete anos de PQPBach. A música de Handel é tão poderosa e intensa, mas ao mesmo tempo tão delicada e sutil !!! E quando o repertório são as  Cantatas em italiano, aí a coisa fica melhor ainda.

Assim a magnífica soprano Francesca Aspromonte nos apresenta o CD (em uma livre tradução):

“Un’alma innamorata” é um programa sobre… amor. Apenas mais um recital sobre o amor. Bem, não exatamente.
Desta vez, ninguém está tentando condenar o garotinho que atira flechas. Pobre Cupido… Ele não é nenhum tirano, nenhum deus cruel, nenhum sádico jogando dardos com carne humana. A culpa é nossa!
Através da série de eventos felizes e infelizes da vida, o amor é uma das experiências mais bonitas, mas complicadas que os humanos enfrentam.
E como lidar com isso? Gostamos de responsabilizar o próprio Amor, gostamos de responsabilizar o próprio Amor por nossos sentimentos, cantando árias incrivelmente bonitas, longos lamentos líricos, coloratura desesperada, raivosa… mas ainda argumentando que somos vítimas de um pequeno mestre do mal.
“O amor me fez fazer isso!”
Não. É hora de assumir a responsabilidade, hora de escolher se as paixões e Mágoas vão definir como vivemos nossa vida. Os amantes abandonados, rejeitados ou traídos protagonizando essas cantatas, em
uma formação totalmente Handel, na verdade nos levar ao longo do caminho e através de seus
cantando parece ouvi-los dizer: “Estou apaixonado… e eu tenho que lidar com isso”.

Como não poderia deixar de ser, temos aqui mais um impecável CD do selo Pentatone, em um registro magnífico e tremendamente bem interpretado.

Em anexo ao arquivo segue o booklet com todas as informações necessárias e as letras das canções.

Com certeza leva o selo de IM-PER-DÍ-VEL !!!

1. Handel: Mi palpita il cor, HWV 132c: Aria. Mi palpita il cor – Recitativo. Tormento e gelosia
2. Handel: Mi palpita il cor, HWV 132c: Aria. Ho tanti affani in petto
3. Handel: Mi palpita il cor, HWV 132c: Recitativo. Clori, di te mi lagno
4. Handel: Mi palpita il cor, HWV 132c: Aria. Se un dì m’adora
5. Handel: Violin Sonata in G Minor, HWV 364a: I. Larghetto
6. Handel: Violin Sonata in G Minor, HWV 364a: II. Allegro
7. Handel: Violin Sonata in G Minor, HWV 364a: III. Adagio
8. Handel: Violin Sonata in G Minor, HWV 364a: IV. Allegro
9. Handel: Un’alma innamorata, HWV 173: Recitativo. Un’alma innamorata
10. Handel: Un’alma innamorata, HWV 173: Aria. Quel povero core
11. Handel: Un’alma innamorata, HWV 173: Recitativo. E pur benché egli veda
12. Handel: Un’alma innamorata, HWV 173: Aria. Io godo, rido e spero
13. Handel: Un’alma innamorata, HWV 173: Recitativo. In quanto a me, ritrovo
14. Handel: Un’alma innamorata, HWV 173: Aria. Ben impari come s’ama
15. Handel: Sonata a tre in G Minor, Op. 2 No. 6, HWV 391: I. Andante
16. Handel: Sonata a tre in G Minor, Op. 2 No. 6, HWV 391: II. Allegro
17. Handel: Sonata a tre in G Minor, Op. 2 No. 6, HWV 391: III. Arioso
18. Handel: Sonata a tre in G Minor, Op. 2 No. 6, HWV 391: IV. Allegro
19. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Sonata
20. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Recitativo. Tu fedel, tu costante
21. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Aria. Cento belle ami, Fileno
22. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Recitativo. L’occhio nero vivace
23. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Aria. Se Licori, Filli ed io
24. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Recitativo. Ma, se non hai più d’un sol cuore
25. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Aria. Se non ti piace amarmi
26. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Recitativo. Ma il tuo genio incostante
27. Handel: Tu fedel, tu costante, HWV 171: Aria. Sì, crudel, ti lascierò
28. Handel: S’un dì m’appaga la mia crudele, HWV 223

Francesca Aspromonte – Soprano
Boris Begelman – Violin, Conductor
Arsenale Sonoro

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FDP

Calcutta 1789 – Na encruzilhada entre Europa e Índia – Notturna e Christopher Palameta ֍

Calcutta 1789 – Na encruzilhada entre Europa e Índia – Notturna e Christopher Palameta ֍

At the Crossroads

Between Europe and India

 

Purcell – Handel

JC Bach – CF Abel

 

Você ainda não viu Uma passagem para a Índia, do David Lean? Então veja, pois o filme é ótimo. Na história se opõem duas culturas: os ingleses tentando manter seus hábitos em um ambiente impregnado de sabores, cheiros e cores exóticas, muito diferentes das que eles conheciam na terrinha deles. O filme originou de um livro escrito por Edward Morgan Forster – E.M. Forster. É uma linda história que descreve esta colisão de culturas, da qual as duas saem modificadas.

O disco desta postagem traz um paralelo sonoro a esse tipo de situação, mas remonta a um período anterior àquela descrita no filme – Calcutá, 1789. O programa descreve o que pode ter sido um concerto realizado em Calcutá naquela época.

Calcutá fica na província de Bengala e foi fundada em 1609 como um posto de troca pela Companhia Britânica das Índias Orientais. A cidade se tornou um cruzamento de culturas, o Ocidente se encontra com o Oriente, gerando uma colorida fusão de comidas, música e artes em geral. Por volta de 1780, a colônia inglesa residente em Calcutá era da ordem de 4000 pessoas. Entre eles, os nababos, ricos representantes do comércio onde permaneciam anos ou mesmo décadas e se cercavam de uma pequena corte, com músicos, cozinheiro e artistas.

Neste ambiente também floresciam empresários musicais, tais como William Hamilton Bird, que organizavam concertos com subscrição e que apresentavam até mesmo Oratórios. O gosto musical era afinado com o que se ouvia em Londres, onde reinava a dupla germânica formada por Carl Friedrich Abel e Johann Christian Bach, o Bach inglês. Músicos das gerações anteriores, como Purcell e Handel também constavam nos programas. É claro que a música era adaptada às disponibilidades locais. Aqui temos quartetos e quintetos com oboé, flauta, cordas e cravo. Mas o que mais coloriu o disco, assim como deve ter feito nos concertos daquela época, são os números musicais com influência da cultura local.

As mulheres desses altos funcionários da Companhia das Índias eram educadas e sabiam tocar cravo. Os nomes de duas delas aparecem no libreto. São as amigas Sophia Plowden, de Lucknow, e Margaret Fowke, de Benares. Elas assistiam a espetáculos de música e dança dos artistas locais e depois arranjavam para cravo aquelas peças que mais gostavam. Algumas dessas árias coletadas foram arranjadas e publicadas por William Hamilton Bird. Todo esse material está reunido na Coleção Fitzwilliam, em Cambridge.

Assim como deve ter ocorrido nos concertos em Calcutá, temos essas pioneiras peças de world music, que funcionam como interlúdios para as peças ocidentais, nas quais brilham também os instrumentos locais, como a tabla e o sitar. A primeira faixa é realmente fascinante. Inicia com solo no cravo e é uma transcrição de uma ária hindustani, ao qual se juntam os instrumentos locais, assim como flauta, oboé, violino violoncelo, numa verdadeira jam session que vale o download. 

Tradicional

  1. Sakia (ária hindustani) (Arr. para grupo de câmera feito por Notturna)

Johann Christian Bach (1735 – 1782)

Quinteto para flauta, oboé, violino, violoncelo e cravo, Op. 22, No. 2

  1. Allegro commodo
  2. Tempo di minuetto

Quinteto para flauta, oboé, violino, violoncelo e cravo, Op. 22, No. 1

  1. Andantino

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Sonata em sol maior para oboé, dois violinos e b. c. – ‘My song shall be away’

  1. Largo e staccato
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro

Henry Purcell (1659 – 1695)

(Arr. para grupo de câmera feito por Notturna)

  1. If love’s a sweet passion (de The Fairy Queen, Z628)
  2. Fairest Isle (de King Arthur)

Carl Friedrich Abel (1723 – 1787)

Quarteto em si bemol maior, Op. 12 No. 5, WK 71

  1. Un poco allegro
  2. Rondo

William Hamilton Bird (1750 – 1805)

Oriental Miscellany

(Arr. para grupo de câmera feito por Notturna)

  1. Rekhtah “Mera peara ab ia re”

George Frideric Handel (1685 – 1759)

(Arr. para grupo de câmera feito por Notturna)

  1. Ahi perche, giusto ciel (de Rodelinda)
  2. Solomon: Will the Sun Forget to Streak?
  3. Falsa imagine (de Ottone)

William Hamilton Bird (1750 – 1805)

Oriental Miscellany

  1. 13: Terana « Dandera vakee » para cravo e sitar

Henry Purcell (1659 – 1695)

The Indian Queen, Z630

  1. Rondeau

Notturna

Christopher Palameta, oboé e direção artística

Mika Putterman, flauta transversa
Olivier Brault, violino
Dorian Bandy, violono e viola
Susie Napper, violoncelo
Brice Sailly cravo
Uwe Neumann, sitar
Shawn Mativetsky, tabla

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MP3 | 320 KBPS | 156 MB

Parte do elenco do filme de D. Lean relaxando no palácio do PQP Bach em Mumbai

Calcutá 1789 é um retrato fascinante da vida musical do século 18 na Índia durante o período colonial britânico.

Sob a direção de Christopher Palameta, o programa combina música tradicional indiana com obras de Purcell, Handel, J.C. Bach e C. F. Abel.

Aos instrumentistas de época de Notturna juntam-se os sons voluptuosos do sitar, tocado por Uwe Neumann, e da tabla, tocada por Shawn Mativetsky.

Inspirada em um programa de concertos de 1789 descoberto nos arquivos de Calcutá, a gravação reconstrói o rico intercâmbio cultural que se desenvolveu entre músicos indianos e ingleses que foram trazidos para a Índia como parte da comitiva da Companhia Britânica das Índias Orientais.

Aproveite!

René Denon

O Dep. de Artes do PQP Bach forneceu esta ilustração para a postagem… acho que eles se confundiram um pouco. Quel cul t’as!

Arnold Schoenberg (1874 – 1951): Concerto for string quartet & orchestra (after Handel’s Concerto Grosso, Op.6/7) (Lark)

Arnold Schoenberg (1874 – 1951): Concerto for string quartet & orchestra (after Handel’s Concerto Grosso, Op.6/7) (Lark)

Imaginem Handel, no anos 1930, escrevendo um concerto para quarteto de cordas e grande orquestra? Schoenberg fez aqui um milagre: vestiu o barroco com uma roupagem moderna numa magnífica transcrição do concerto grosso op.6/n.7 de Handel, onde é possível até perceber traços de Brahms (início do último movimento, por exemplo). Eu acho que até os puristas vão adorar. A gravação é raríssima e excelente.

As outras obras do disco resolvi omitir para uma futura postagem.

Arnold Schoenberg (1874 – 1951): Concerto for string quartet & orchestra (after Handel’s Concerto Grosso, Op.6/7)

1. 1. Largo
2. 2a. Allegro
3. 2b. Largo
4. 3. Allegretto grazioso
5. 4. Hornpipe – Moderato

Performed by San Francisco Ballet Orchestra
with Lark Quartet
Conducted by Jean-Louis LeRoux

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Schoenberg dando uma aulinha pro pessoal do PQP. Eu dormi.

CDF

G. F. Handel (1685-1759): Ariodante (Minkowski)

G. F. Handel (1685-1759): Ariodante (Minkowski)

Considerada a ópera mais perfeita de Handel, Ariodante apresenta algumas das árias mais emblemáticas do repertório barroco. Tem três atos, com libreto anônimo em italiano, baseado na obra de Antonio Salvi. A estreia foi realizada no Covent Garden, Londres, em 8 de janeiro de 1735. Apesar do sucesso inicial, caiu no esquecimento por mais de duzentos anos. Uma edição da partitura foi publicada no início dos anos 1960, a partir da Hallische Händel Ausgabe. Na década de 1970, o trabalho foi relançado e voltou ao repertório regular de óperas barrocas. Inspirado no Orlando furioso de Ariosto, o libreto nos transporta para a Escócia medieval, onde o amor entre o cavaleiro Ariodante e Ginevra é frustrado pelas intrigas sombrias de Polinesso. Mas uma reviravolta final salvará o herói do desespero e da cegueira, num inesperado final feliz…

G. F. Handel (1685-1759): Ariodante (Minkowski)

Ouverture
1-1 (Without Tempo Indication) 3:25
1-2 (Without Tempo Indication) 1:40

Atto Primo
Scena 1
1-3 Vezzi, Lusinghe, E Brio 2:21
1-4a Ami Dunque, O Signore? 0:50

Scena 2
1-4b Ginevra?/ Tanto Ardire?
1-5 Orrida Agli Occhi Miei 2:14

Scena 3
1-6 Orgogliosa Beltade! 0:28
1-7 Apre Le Luci 3:15

Scena 4
1-8 Mie Spiranze, Che Fate? 0:26
1-9 Coperta La Frode 3:31

Scena 5
1-10 Qui D’Amor, Nel Suo Linguaggio? 2:10
1-11 T’Amerò Dunque Sempre, Idolo Mio 0:41
1-12 Prendi Da Questa Mano 1:36

Scena 6
1-13 Non Vi Turbate 1:13
1-14 Volate, Amori 3:30

Scena 7
1-15 Vanne Pronto, Odoardo 0:39
1-16 Voli Colla Sua Trombra 3:41

Scena 8
1-17 Oh! Felice Mio Core! 0:11
1-18 Con L’Ali Di Costanza 6:16

Scena 9
1-19 Conosco Il Merto Tuo, Cara Dalinda 1:25
1-20 Spero Per Voi, Si, Si 3:26

Scena 10
1-21 Dalinda, In Occidente 0:32
1-22 Del Mio Sol Vezzosi Rai 4:41

Scena 11
1-23 Ah! Che Quest’Alma Amante 0:11
1-24 Il Primo Ardor 3:02

Scena 12
1-25a Pare, Ovunque Mi Aggiri 0:44

Scena 13
1-25b E Qual Propizia Stella
1-26 Sinfonia 0:45
1-27 Se Rinasce Nel Mio Cor 1:05
1-28 Si Godete Al Vostro Amor 0:54
1-29 Gavotte 0:57
1-30 Musette I: Lentement 2:03
1-31 Musette II: Andante 0:48
1-32 Allegro 1:37
1-33 Si Godete Al Vostro Amor 0:58

Atto Secondo
Scena 1
2-1 Sinfonia 1:10
2-2a Di Dalinda L’Amore 1:36

Scena 2
2-2b Eccolo, O Amico
2-3 Tu, Preperati A Morire 3:48
2-4 Ginevra? / O Mio Signore! 0:24
2-5 Tu Vivi, E Punito 3:14

Scena 3
2-6 E Vivo Ancora? 0:24
2-7 Scherza Infida In Grembo Al Drudo 11:52

Scena 4
2-8 Lo Stral Ferì Nel Segno 0:35
2-9 Se Tanto Piace Al Cor 3:02

Scena 5
2-10 Felice Fu Il Mio Inganno 0:12
2-11 Se L’ Inganno Sortisce Felice 3:55

Scena 6
2-12 Andiam, Fidi, Al Consiglio 1:21
2-13 Invida Sorte Avara 5:32

Scena 7
2-14 Mi Palpita Il Core 2:12
2-15a Sta’ Lieta, O Principessa! 2:24

Scena 8
2-15b Mio Re! / Lurcanio! Oh Dei!
2-16 Il Tuo Sangue, Ed Il Tuo Zelo 3:47

Scena 9
2-17 Quante Sventure Un Giorno 0:22

Scena 10
2-18 A Me Impudica? 2:08
2-19 Il Mio Crudel Martoro 9:25
2-20 Entrée Des Songes Agréables 1:55
2-21 Entrées Des Songes Funestes 1:31
2-22 Entrée Des Songes Agréables Effrayés 0:50
2-23a Combat Des Songes Funestes Et Agréables 1:42
2-23b Che Vidi? Oh Die!

Atto Terzo
Scena 1
3-1 Numi! Lasciarmi Vivere 1:43
3-2 Perfidi! Io Son Tradita! 1:17
3-3 Cieca Notte, Infidi Sguardi 6:09

Scena 2
3-4 Ingrato Polinesso! 0:15
3-5 Neghittosi, Or Voi Che Fate? 2:32

Scena 3
3-6 Sire, Deh, Non Negare 0:28
3-7 Dover, Giustizia, Amor 3:06
3-8a Or Venga A Me La Figlia 1:13

Scena 4
3-8b Ecco La Figlia / Padre: Ahi, Dolce Nome!
3-9 Io Ti Bacio, O Mano Augusta 3:20
3-10 Figlia, Da Dubbia Sorte 0:33
3-11 Al Sen Ti Stringo, E Parto 3:37

Scena 5
3-12 Così Mi Lascia Il Padre? 0:22
3-13 Si, Morrò 1:28
3-14a Sinfonia 2:40

Scena 6
3-14b Arrida Il Cielo Alla Giustizia

Scena 7
3-14c Ferma, Signor

Scena 8
3-14d E Dalinda Dov’è?
3-15 Dopo Notte, Atra E Funesta 6:45

Scena 9
3-16 Dalinda! Ecco Risorge 0:26
3-17 Dite Spera, E Son Contento 4:29

Scena 10
3-18 Da Dubbia Infausta Sorte 0:50
3-19a Manca, Oh Dei! 1:20

Scena 11
3-19b Sinfonia
3-20 Figlia! Innocente Figlia! 1:07
3-21 Bramo Aver Mille Vite 4:28

Scena Ultima
3-22 Ognuno Acclami Bella Virtute 2:00
3-23 (Balletto) 1:17
3-24 Rondeau 0:48
3-25 Sa Trionfar Ognor Virtute In Ogni Cor 1:36

Ariodante: Anne Sofie von Otter
Ginevra: Lynne Dawson
Polinesso: Ewa Podles
Dalinda: Verónica Cangemi
Lurcanio: Richard Croft
Il Re di Scozia: Denis Sedov
Odoardo: Luc Coadou

Les Musiciens du Louvre
dir. Marc Minkowski

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G. F. Handel: Feioso, né?
G. F. Handel: Feioso, né?

PQP

Handel (1685 – 1759): Algumas Suítes para Piano – Dina Ugorskaja ֎

Handel (1685 – 1759): Algumas Suítes para Piano – Dina Ugorskaja ֎

 

Handel

Cinco Suítes para Piano

Dina Ugorskaja

 

 

As suítes para teclado de Handel nunca ganharam a mesma popularidade que as suítes de Bach (Suítes Francesas, Suítes Inglesas, Partitas) ou as sonatas de seu contemporâneo italiano Domenico Scarlatti. São obras muito atraentes, com características handelianas sintetizando as características de teclado do sul da Alemanha e da Itália em um estilo e estrutura franceses muito rigorosos. Embora não sejam obviamente virtuosísticas, certamente representam um desafio para o intérprete, e o conteúdo musical é definitivamente o de Handel dos grandes oratórios, óperas e músicas orquestrais: audaz, dramático e festivo ou afetuoso.

Nas interpretações gravadas neste disco, pela pianista Dina Ugorskaja, essas características estão bastante presentes. Com tempos mais largos o aspecto mais grandioso dessas peças fica enfatizado.

Lamentavelmente, Dina Ugorskaja morreu muito cedo, em setembro de 2019. Ela era filha do pianista Anatol Ugorsky e da musicologista e artista Maja Elik. Dina estudou inicialmente com seu pai, mas toda a sua formação se deu na Alemanha, para onde a família buscou abrigo em 1990, deixando a então União Soviética.

Veja o que nos diz a abertura de sua página: Dina Ugorskaja é uma musicista reservada e profundamente intensa, séria e de voz suave, sonhadora e radiante. Sua excelência musical foi internalizada, realizada e agora nos é transmitida apenas por meio dessas incríveis gravações, como as suítes de Handel, o Cravo Bem Temperado de Bach, as obras tardias de Beethoven e Schubert.

PS: Esta postagem foi escrita antes de 5 de setembro de 2023, dia que Anatol Ugorsky faleceu, em Detmold, na Alemanha.

George Frideric Handel (1685 – 1750)

Suítes para Piano

Suíte No. 2 em fá maior, HWV 427

  1. Adagio
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro

Suíte No 6 em fá sustenido menor, HWV 431

  1. Prélude
  2. Largo
  3. Allegro
  4. Gigue – Presto

Suíte No. 3 em ré menor, HWV 428

  1. Prélude – Presto
  2. Allegro
  3. Allemande
  4. Courante
  5. Air – Double 1-5
  6. Presto

Suíte No. 4 em mi menor, HWV 429

  1. Allegro
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Sarabande
  5. Gigue

Suíte No. 5 em mi maior, HWV 430

  1. Prélude
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Air – Double 1-5

Dina Ugorskaja, piano

Gravação de julho de 2009

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MP3 | 320 KBPS | 184 MB

 

Dina Ugorskaja

Seção ‘The-book-is-on-the-table’: Handel was known as a superb keyboard player, and these dance suites exploit the expressive and technical resources of his instrument with no less mastery than that of his Leipzig counterpart, and with a joie de vivre that makes listening a constant diversion and delight.

Anatol Ugorsky (1942 – 2023)

G. F. Handel (1685-1759): Water Music (Akademie für Alte Musik Berlin)

G. F.  Handel (1685-1759): Water Music (Akademie für Alte Musik Berlin)

Tantas vezes postamos a Música Aquática que desta vez vamos apenas aos detalhes históricos e um pouco de opinião depois. Música Aquática (em inglês: Water Music) é uma coleção de movimentos orquestrais, frequentemente divididos em três suítes — but not here –, compostas por Handel. Sua estreia se deu em 17 de julho de 1717, após o rei Jorge I encomendar um concerto para ser executado sobre o rio Tâmisa. O concerto foi executado originalmente por cerca de 50 músicos, situados sobre uma barca nas proximidades da barca real, a partir da qual o monarca escutava a peça com seus amigos mais próximos, incluindo Anne Vaughan, Duquesa de Bolton, a Duquesa de Newcastle, a Condessa de Darlington, Condessa de Godolphin, Madame Kilmarnock, e o Earl das Órcades. As barcas dirigiam-se a Chelsea ou Lambeth. O rei Jorge teria gostando tanto das suítes que pediu a seus músicos, já esgotados, que tocassem-na por três vezes durante o tempo do percurso.

A Akademie für Alte Musik Berlin dá esplêndida interpretação às obras. Os caras parecem ter certa predileção por suítes, pois já fizeram misérias em obras análogas de Telemann.

G. F. Handel (1685-1759): Water Music

Suite No. 1 In F Major (26:40)
1 I. Overture : Largo – Allegro 3:12
2 II. Adagio E Staccato 2:08
3 III. [Allegro 2:08
4 IV. Andante – III. [Allegro] Da Capo 4:30
5 V. Allegro 2:47
6 VI. Air 3:11
7 VII. Minuet 2:23
8 VIII. Bourrée 1:10
9 IX. Hornpipe 1:30
10 X. [Allegro Moderato] 3:41

Suite No. 2 In D Major (11:07)
11 XI. [Allegro] 2:00
12 XII. [Alla Hornpipe] 3:43
13 XIII. [Minuet] 2:49
14 XIV. [Rigaudon 1] 1:07
15 XV. [Rigaudon 2] – XIV. [Rigaudon 1] 1:28

Suite No. 3 In G Major (10:35)
16 XVI. Lentement 1:59
17 XVII. [Bourrée] 1:14
18 XVIII. Menuet [1] 0:56
19 XIX. [Menuet 2] 1:36
20 XX. [Gigue 1] – XXI. [Gigue 2] Da Capo 2:11
21 XXII. Menuet (Coro) 2:39

Akademie für Alte Musik Berlin

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Ponte de Westminster no dia da Música Aquática, de Canaletto, 1746 (detalhe)
Ponte de Westminster no dia da Música Aquática, de Canaletto, 1746 (detalhe)

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Alexander’s Feast (completo) (Gardiner)

G. F. Handel (1685-1759): Alexander’s Feast (completo) (Gardiner)

Este grande CD duplo está na coleção The Originals, da Deutsche Grammophon, o que já é uma baita credencial.

Alexander’s Feast ou O Poder da Música é baseado numa ode de John Dryden em comemoração ao Dia de Santa Cecília, a padroeira da música. As conexões diretas entre a santa e o texto de Dryden são poucas. O texto faz referência a ela apenas em suas páginas finais. Ele foi organizado para Handel em uma sequência de recitativos, árias, coros e elenco, em duas partes. Quem fez o resumão foi Newburgh Hamilton, um escritor menor.

O ‘entretenimento’, como foi descrito, tem seu cenário na festa de Alexandre na celebração da conquista de Persépolis. Há pouco desenvolvimento dramático, não é uma ópera, mas sobre as imagens pitorescas de Dryden, Handel produz soberbas variações. Há cinco solistas (SAATB), coro e grande orquestra com flautas, oboés, fagotes, trompas, trompetes, tímpanos e cordas.

A estreia da peça foi em Covent Garden em 19 de fevereiro de 1736. Naquela ocasião, o concerto — certamente interminável — foi complementado por vários concertos, incluindo o Concerto Grosso hoje conhecido como Alexander’s Feast.

John Eliot Gardiner dá um banho num repertório que é seua. Stephen Varcoe, Nigel Robson, Donna Brown e Carolyn Watkinson realizam excelentes trabalhos.

A gravação é de 1987.

G. F. Handel (1685-1759): Alexander’s Feast (completo)

Alexander’s Feast Or The Power Of Music
“Alexander’s Feast”, Part One = Erster Teil = Première Partie = Parte Prima
1-1 Overture: (Larghetto E Staccato) – Allegro – Adagio – Andante 6:12
1-2 Recitative: “‘Twas At The Royal Feast” (Tenor) 0:49
1-3 Air And Chorus: “Happy, Happy, Happy Pair!” (Tenor, Chorus, Soloists) 4:45
1-4 Recitative: “Timotheus Placed On High” (Tenor) 0:19
1-5 Accompanied Recitative: “The Song Began From Jove” (Soprano) 0:19
1-6 Chorus: “The Listening Crowd Admired The Lofty Sound!” 2:16
1-7 Air: “With Ravish’d Ears” (Soprano) 3:25
1-8 Recitative: “The Praise Of Bacchus Then” (Tenor) 0:29
1-9 Air And Chorus: “Bacchus, Ever Fair And Young” (Bass, Chorus) 4:40
1-10 Recitative: “Soothed With The Sound, The King Grew Vain” (Tenor) 0:34
1-11 Accompanied Recitative: “He Chose A Mournful Muse” (Contralto) 1:20
1-12 Air: “He Sung Darius, Great And Good” (Contralto) 3:20
1-13 Accompanied Recitative: “With Downcast Looks The Joyless Victor Sate” (Contralto) 0:53
1-14 Chorus: “Behold Darius Great And Good” 3:06
1-15 Recitative: “The Mighty Master Smiled To See” (Countertenor) 0:28
1-16 Air: “Softly Sweet In Lydian Measures” (Countertenor) 3:00
1-17 Air: “War, He Sung, Is Toil And Trouble” (Tenor) 5:19
1-18 Chorus: “The Many Rend The Skies With Loud Applause” 3:56
1-19 Air: “The Prince, Unable To Conceal His Pain” (Soprano) 6:05
1-20 Chorus (Da Capo): “The Many Rend The Skies With Loud Applause” 4:02

Concerto Grosso In C, “Alexander’s Feast”
2-1 Allegro 3:31
2-2 Largo – Adagio 1:51
2-3 Allegro – Adagio 3:25
2-4 Andante Non Presto 4:06

“Alexander’s Feast”, Part Two = Zweiter Teil = Seconde Partie = Parte Seconda
2-5.1 Accompanied Recitative With Chorus: “Now Strike The Golden Lyre Again” (Tenor) 2:20
2-5.2 “Break His Bonds Of Sleep Asunder” (Chorus)
2-5.3 “Hark, Hark! The Horrid Sound” (Tenor)
2-6.1 Air: “Revenge, Revenge, Timotheus Cries” (Bass) 5:06
2-6.2 Accompanied Recitative: “Behold, A Ghastly Band” (Contralto)
2-7 Accompanied Recitative: “Give The Vengeance Due” (Tenor) 1:46
2-8 Air: “The Princes Applaud With A Furious Joy” (Tenor) 2:07
2-9.1 Air: “Thaïs Led The Way” (Soprano) 5:27
2-9.2 Chorus: “The Princes Applaud With A Furious Joy”
2-10 Accompanied Recitative: “Thus, Long Ago” (Tenor) 2:47
2-11 Chorus: “At Last Divine Cecilia Came” 3:08
2-12 Recitative: “Your Voices Tune, And Raise Them High” (Countertenor) 0:32
2-13 Duet: “Let’s Imitate Her Notes Above!” (Soprano, Countertenor) 2:28
2-14 Recitative: “Let Old Timotheus Yield The Prize” (Tenor, Bass) 0:20
2-15 “Let Old Timotheus Yield The Prize” (Soloists, Chorus) 3:46

Donna Brown
Nigel Robson
Ashley Stafford
Stephen Varcoe
Carolyn Watkinson
English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner

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PQP

Henry Purcell, Georg Friedrich Händel, Joseph Haydn: To Saint Cecilia (Les Musiciens Du Louvre, Minkowski)

Henry Purcell, Georg Friedrich Händel, Joseph Haydn: To Saint Cecilia (Les Musiciens Du Louvre, Minkowski)

Roubo? Mas é claro! E digo de onde. Foi roubado do Átila do Prato Feito, um excelente blog. Tudo porque seduziu-me a ideia do CD duplo e o excelente conjunto que interpreta o repertório. O estranho é que não gostei muito da amada (por mim) Ode de Handel, levada um tanto em ponto morto, sem a densidade emocional que PQP exigiria em seus sonhos. Mas pensem bem: três Cecílias, três vezes a padroeira da música, uma vez por Purcell, depois por Handel e Haydn. Não, só roubando mesmo. Leiam o post do Átila, muito melhor do que aquilo que escrevo aqui.

Purcell, Handel e Haydn: To Saint Cecilia

Hail, bright Cecilia, Z 328 “Ode on St Cecilia’s Day” by Henry Purcell
1. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Symphony) 9:49
2. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘Hail! Bright Cecilia!’) 4:03
3. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘Hark, Each Tree’) 3:45
4. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘Tis Nature’s Voice’) 4:28
5. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Soul of the World’) 2:07
6. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Thou Tun’st this World’) 5:11
7. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘With That Sublime Celestial Lay’) 2:49
8. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Wond’rous Machine’) 2:12
9. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘The Airy Violin’) 1:16
10. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (In Vain the Am’rous Flute’) 6:36
11. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘The Fife and All the Harmony of War’) 2:52
12. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (‘Let These Amongst Themselves Contest’) 2:22
13. To Saint Cecilia – Hail! Bright Cecilia (Ode À Sainte Cécile) (Hail! Bright Cecilia!’) 4:09

Ode for St Cecilia’s Day, HWV 76 by George Frideric Handel
14. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (Overture: Larghetto e staccato – Allegro – Minuetto I – Minuetto II) 5:14
15. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘From Harmony’) 0:30
16. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘When Nature’) 2:54
17. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘From Harmony’) 3:17
18. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘What Passion Cannot Music Raise’) 10:12
19. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘The Trumpet’s Loud Clangor’) 3:12
20. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (March) 1:39

Disc 2:
1. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘The Soft Complaining Flute’) 6:28
2. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘Sharp Violins Proclaim’) 3:34
3. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘But Oh! What Art Can Teach’) 5:43
4. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘Orpheus Could Lead’) 1:29
5. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘But Bright Cecilia’) 0:54
6. A Song for St Cecilia’s Day (Ode À Sainte Cécile) (‘As From the Pow’r of Sacred lays’) 7:52

Missa Cellensis in honorem, H 22 no 5 “Cäcilienmesse” by Franz Joseph Haydn
7. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Kyrie I’) 3:09
8. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Christe’) 3:02
9. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Kyrie II’) 2:51
10. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Gloria In Excelsis Deo’) 2:37
11. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Laudamus Te’) (‘Laudamus Te’) 3:35
12. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Gratias Agimus Tibi’) (‘Gratias Agimus Tibi’) 2:49
13. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Domine Deus’) 5:03
14. Cäcilienmessemissa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Qui Tollis Peccata Mundi’) 5:15
15. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Quoniam Tu Solus Sanctus’) (‘Quoniam Tu Solus Sanctus’) 2:53
16. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Cum Sancto Spiritu’) (‘Cum Sancto Spiritu’) 0:27
17. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘In Gloria Dei Patris’) (‘In Gloria Dei Patris’) 3:03
18. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Et Incarnatus Est’) (‘Et Incarnatus Est’) 8:33
19. Cäcilienmesse|Missa Cellensis In Honorem Beatissimæ Virginis Mariæ Hob. Xxii:5 1766 (‘Et Resurrexit’) (‘Et Resurrexit’) 4:36

Anders J. Dahlin (Tenor)
Lucy Crowe (Soprano)
Richard Croft (Tenor)
Nathalie Stutzmann (Alto)
David Bates (Countertenor)
Luca Tittoto (Bass)
Neil Baker (Baritone)

Regência: Marc Minkowski
Les Musiciens du Louvre
Choeur des Musiciens du Louvre

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Mendelssohn não sabe o que está fazendo aqui.

PQP

Handel (1685-1759) & Brahms (1833-1897): O Projeto Handel (Peças para Piano) – Seong-Jin Cho ֍

Handel (1685-1759) & Brahms (1833-1897): O Projeto Handel (Peças para Piano) – Seong-Jin Cho ֍

Handel

3 Suítes Grandes

Brahms

Variações Handel

Seong-Jin Cho, piano

 

A ideia não é nova – András Schiff gravou um disco para a TELDEC em 1994 reunindo peças de Handel, Brahms e Reger. Confesso que não lembro da peça de Max Reger, mas certamente me lembro das peças de Handel e Brahms.

Seong-Jin Cho

A reverência de certos compositores para com mestres do passado quase sempre resulta em boa música. Ravel é um desses e Stravinsky, a seu modo, também. Foi com essa perspectiva que abordei esse disco que achei excelente. Três suítes de Handel, incluindo aquela que termina com variações e fuga – O Ferreiro Harmonioso – seguidas das Variações e Fuga sobre um tema de Handel, de Brahms. Como bônus, a título de encores, mais uma peça de Handel e um arranjo do venerando Wilhelm Kempff.

Outro grande pianista que dedicou parte de um álbum a música de Handel é Murray Perahia. O paralelo não termina aqui. Após anos de dedicação à música dos períodos clássico e romântico, Perahia que passava por um período afastado do piano devido à uma lesão, mergulhou na música do período barroco – Handel, Scarlatti e Bach – e em seu retorno à atividade ganhamos alguns ótimos discos. Felizmente Seong-Jin Cho não precisou se machucar para encontrar na música para teclado do período barroco novos estímulos para sua arte.

George Handel (1685–1759)

Suíte No. 2 em fá maior HWV 427

  1. Adagio
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro [Fugue]

Suíte No. 8 em fá menor HWV 433

  1. Prélude
  2. Allegro [Fugue]
  3. Allemande
  4. Courante
  5. Gigue

Suíte No. 5 em mi maior HWV 430

  1. Prélude
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Air – Double I–V [Air com 5 Variações “The Harmonious Blacksmith”]

Johannes Brahms (1833–1897)

  1. Variações e Fuga sobre um Tema de Handel em si bemol maior op. 24

George Handel (1685–1759)

  1. Sarabande em si bemol maior HWV 440/3 (3º. Mov. da Suíte No. 7 em si bemol maior)
  2. Menuetto em sol menor (Arr. Wilhelm Kempff) anteriormente tratado como 4º. Mov. da Suíte em si bemol maior, HWV 434

Seong-Jin Cho, piano

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FLAC | 210 MB

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MP3 | 320 KBPS | 153 MB

 “For me, Handel’s music comes directly from the heart, so people can easily follow it.”, says Cho. He was also keen to explore the ways in which Handel influenced later composers and so chose to record Brahms’s enormously creative response to music from one of the suites as well. Brahms based his twenty-five variations on the Air from Handel’s Suite No. 3 in B flat major HWV 434, a simple theme on which Handel himself built four short variations. 

Espero que você goste deste álbum tanto quanto eu…

Aproveite!

René Denon

Seong-Jin Cho achando o Salão de Pianos do PQP Bach Co-op um ‘must’…

Handel (1685-1759): Um Jantar com o Sr. Handel – Mr. Handel’s Dinner – La Cetra & Maurice Steger ֎

Handel (1685-1759): Um Jantar com o Sr. Handel – Mr. Handel’s Dinner – La Cetra & Maurice Steger ֎

Handel

Sonatas e Concertos

La Cetra Barockorchester

Maurice Steger

 

Nas décadas de 1720 e 1730 a cidade de Londres passou por enormes transformações. Estava em curso a Revolução Industrial e a cidade crescia e mudava constantemente. Essas mudanças também ocorriam na cultura e nas artes. Neste período ocorreu a publicação do livro Robinson Crusoe de Daniel Defoe, a produção por William Hogarth de uma série de pinturas e gravuras chamada The Rake’s Progress, a apresentação de The Beggar’s Opera de John Gay, com arranjos musicais de Johann Christoph Pepusch.

Dois teatros inaugurados nessa época estão ativos até hoje: Haymarket Theatre e o Covent Garden. Handel compôs e apresentou obras nesses teatros, no fim da década de 1730, quando então compunha oratórios. Na década de 1720 ele reinou absoluto compondo e produzindo ópera séria (italiana). Essas produções eram riquíssimas e reuniam músicos e artistas que tocavam na orquestra e cantavam. Nos intervalos dessas produções Handel reunia convidados – nobres e artistas – para desfrutarem de jantares, que Handel era amante da boa mesa. E a plateia deliciava-se com números musicais tocados nessas ocasiões (e com a sua própria comida e bebida), repletos de ‘citações’ das melodias ‘favoritas’ do compositor. Essa prática, de usar o mesmo material das árias e números das óperas ou oratórios em sonatas ou concertos era uma maneira de se manter na memória do público.

Esse disco é alusivo a essa prática, na qual alguns membros da orquestra ou o próprio compositor tocavam essas melodias handelianas na forma de sonatas ou concertos. E a música seria posteriormente impressa e devidamente vendida… Um concerto para flauta doce contralto que começou a vida como uma sonata para flauta (HWV 369) é transformada em um de seus muitos concertos para órgão, o qual ele mesmo usava para entreter a plateia entre os atos de um de seus oratórios (HWV 293), aqui encontra uma versão entre as duas possibilidades, com Steger improvisando entre o segundo e o terceiro movimento. Música de outros compositores contemporâneos, desde que boa, também poderia ser usada…

Eu sei, um disco com proeminência de flauta doce pode ser uma coisa perigosa, mas não há o que temer aqui, apesar do virtuosismo de todos os envolvidos. Um disco extravagante, bigger than life, como era o saxão mais inglês que já houve.

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Concerto para flauta doce em fá maior

  1. Larghetto. Adagio
  2. Allegro
  3. [Improvisation]
  4. Alla Siciliana
  5. Presto

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Suíte de Danças

  1. Chaconne. Tanz der spanischen Damen und Cavallier (de Almira, HWV 1)
  2. Bourrée (de Almira, HWV 1)
  3. Sarabanda (de Almira, HWV 1)
  4. Ritornello (de Almira, HWV 1)
  5. Rondeau (de Almira, HWV 1)
  6. Rigaudon (de Almira, HWV 1)
  7. Allegro (do Concerto para Oboé, HWV 287)

Francesco Geminiani (1687 – 1762)

Concerto para flauta em sol maior

  1. Preludio. Adagio
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Vivace
  5. Gavotta. Allegro

Gottfried Finger (1660 – 1730)

A Ground em ré menor para flauta doce

  1. Ground

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Sonata em lá menor para flauta doce e contínuo, HWV362, Op. 1 No. 4

  1. Larghetto
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Passacaille em sol maior, HWV 399

  1. Passacaille

William Babell (1690 – 1723)

Concerto for descant recorder e cordas em dó maior Op. 3 No. 1

  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Trio Sonata, HWV 386a em dó menor, Op. 2 No. 1a

  1. Cantabile
  2. Allegro
  3. Andante
  4. Allegro

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Suite em sol maior, HWV 435

  1. Chaconne

La Cetra Barockorchester

Maurice Steger, flauta doce e direção

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MP3 | 320 KBPS | 184 MB

Para quem acha que é mole levar a vida na flauta…

London in the 1730s – musical life was flourishing around the figure of Handel. The Saxon composer also served as director; at the height of his fame he surrounded himself with the finest London musicians and was joined by many foreign composers to occupy the long breaks between the acts of his oratorios. Their musical interludes accompanied lavish dinners, during which Mr Handel escaped from the pit to indulge his gourmet tendencies.

This isn’t an album over which the wind is always whistling in your ears, though. For instance, there’s Gottfried Finger’s ground: always a bewitching number but here especially so with its luscious bass-line continuo richness and its luminous timbres. I’m really not sure what Steger can do to top this album. Although, knowing him, I suspect he might

Steger’s latest offering is a funfilled imagining of the sorts of musical interludes that might have accompanied Handel’s interval dinners while his operas ruled the roost on London’s various stages …extreme ensemble virtuosity, and the crackest of crack continuo units, are absolute non-negotiables when Steger’s around and La Cetra deliver on these throughout in joyous spadefuls.  [Gramophone]

Aproveite!
René Denon

Maurice adorando dar um passeio de barco pela Baía da Guanabara…

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Concerti Grossi Op. 3 – Concerto Doppio (Rovaris, Silete Venti!)

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Concerti Grossi Op. 3 – Concerto Doppio (Rovaris, Silete Venti!)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Fazia algum tempo que o rótulo acima não aparecia. Mas este CD torna obrigatório seu retorno. Os Concerti Grossi Opus 3 de Händel são provavelmente o conjunto de peças orquestrais mais famoso e executado do compositor. E embora estas peças sejam tantas vezes apresentadas, o conjunto Silete Venti!, sob a regência de Corrado Rovaris, realizou algo único. Sim, são italianos como o espírito destas peças e tiveram uma compreensão superior delas. O disco é complementado com uma gravação de estreia mundial do Concerto oppio “di Signore Handel”, com os ótimos solistas Simone Toni (oboé) e Laurent Le Chenadec (fagote). Esta obra, cuja autoria não pode ser atribuída com absoluta certeza a Handel, impressiona pelo maravilhoso desenvolvimento de temas que ficam imediatamente na memória do ouvinte.

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Concerti Grossi Op. 3 – Concerto Doppio (Rovaris, Silete Venti!)

Concerto Doppio “del Signor Haendel” in G minor
01. I. Adagio
02. II. Allegro
02. III. Adagio (affettuoso)
04. IV. Tempo di minuetto

Concerto Grosso in B flat major Op. 3 No. 1 HWV 312
05. I. Allegro
06. II. Largo
07. III. Allegro

Concerto Grosso in B flat major Op. 3 No. 2 HWV 313
08. I. Vivace
09. II. Largo
10. III. Allegro
11. IV. Moderato (minuetto)
12. V. Allegro (gavotte)

Concerto Grosso in G major Op. 3 No. 3 HWV 314
13. I. Largo e Staccato
14. II. Allegro
15. III. Adagio
16. IV. Allegro

Concerto Grosso in F major Op. 3 No. 4 HWV 315
17. I. Andante – Allegro (Ouverture)
18. II. Andante
19. III. Allegro
20. IV. Minuetto alternativo: Allegro

Concerto Grosso in D minor Op. 3 No. 5 HWV 316
21. I. Largo (Ouverture)
22. II. Fuga: Allegro
23. III. Adagio
24. IV. Allegro ma non troppo
25. V. Allegro

Concerto Grosso in D major Op. 3 No. 6 HWV 317
26. I. Vivace
27. II. Cadenza
28. III. Allegro

Simone Toni, oboe
Laurent Le Chenadec, bassoon
Silete Venti!
Corrado Rovaris, director

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Pro 6, uma parte do Silete Venti! Eles estavam visitando a sede da PQP Bach Corp. em Florença.

PQP