G. F. Handel (1685-1759): Giulio Cesare (Jacobs)

G. F. Handel (1685-1759): Giulio Cesare (Jacobs)

Júlio César merece uma gravação tão completa e de primeira qualidade como esta. Elenco perfeito, encabeçado por Jennifer Larmore, de esplêndida performance. O som, como é habitual na Harmonia Mundi, não poderia ser melhor. O Concerto Köln, liderado por René Jacobs (ex-contratenor, especialista neste gênero de repertório) toca com a paixão e precisão necessárias ao trabalho. Recomendo aos malucos pelo barroco. (São mais de quatro horas de música. Fui claro?) Acho que vale pra caralho ouvir este quarteto de CDs que disponibilizamos em um só arquivão.

Estreada em 1724, em Londres, é uma ópera em três atos, com libreto de Nicola Francesco Haym, inspirado em episódios da história de César e Cleópatra. Mas, como em quase toda a arte barroca, o interesse real não está na fidelidade histórica, e sim na paixão, na astúcia política e na teatralidade dos afetos humanos. É uma obra monumental, em que Handel leva o gênero da ópera séria ao seu auge: recitativos expressivos, árias deslumbrantes e uma orquestração cheia de cor e energia. Cada personagem é musicalmente individualizado — César é nobre e heroico; Cleópatra, espirituosa e sedutora; Tolomeo (Ptolomeu), tirânico e caprichoso; Cornélia e Sesto, tomados pela dor e pela vingança. Handel conjuga majestade e intimidade — alterna o esplendor das trompas e cordas com momentos de pura melancolia. Mais do que uma narrativa sobre Roma e o Egito, Giulio Cesare é um estudo sobre o poder e o desejo: o domínio militar e o encantamento erótico, a política e o teatro da sedução. É também um retrato da habilidade barroca — aquele momento em que a emoção é tão cuidadosamente construída que parece natural. Hoje, é considerada a obra-prima operística de Handel, uma das óperas barrocas mais encenadas no mundo, admirada tanto por sua beleza musical quanto pela profundidade psicológica das personagens.

G. F. Handel (1685-1759): Giulio Cesare (Jacobs)

Disc: 1
1. Ov – Con Koln/Rene Jacobs
2. Act 1, Scene 1. Cesare E Curio: Viva Il Nostro Alcide – Con Koln/Rene Jacobs
3. Act 1, Scene 1. Cesare E Curio: Aria: Presti Omai/Scene 2. Cornelia, Sesto E Detti – Jennifer Larmore
4. Act 1, Scene 3. Achilla, E Detti: Aria: Empio, Diro – Jennifer Larmore
5. Act 1, Scene 4. Curio, Sesto E Cornelia: Aria: Priva Son D’Ogni Conforto – Bernarda Fink
6. Act 1, Scene 4. Curio, Sesto E Cornelia: Aria: Svegliatevi Nel Core – Marianne Rorholm
7. Act 1, Scene 5. Cleopatra, Poi Nireno, E Dopo Tolomeo: Aria: Non Disperar – Barbara Schlick
8. Act 1, Scene 6. Tolomeo, Ed Achilla: Aria: L’Empio, Sleale – Derek Lee Ragin
9. Act 1, Scene 7. Cesare, E Poi Curio Che Introduce Cleopatra E Nireno: Aria: Alma Del Gran Pompeo – Jennifer Larmore
10. Act 1, Scene 7. Cesare, E Poi Curio Che Introduce Cleopatra E Nireno: Aria: Non E Sivago – Jennifer Larmore
11. Act 1, Scene 7. Cesare, E Poi Curio Che Introduce Cleopatra E Nireno: Aria: Tutto Puo – Barbara Schlick
12. Act 1, Scene 8. Cornelia, E Poi Sesto; Cleopatra E Nireno In Disparte: Aria: Nel Tuo Seno – Bernarda Fink
13. Act 1, Scene 8. Cornelia, E Poi Sesto; Cleopatra E Nireno In Disparte: Aria: Cara Speme – Marianne Rorholm
14. Act 1, Scene 8. Cornelia, E Poi Sesto; Cleopatra E Nireno In Disparte: Aria: Tu La Mia Stella – Barbara Schlick

Disc: 2
1. Act 1, Scene 9. Cesare, Tolomeo Ed Achilla: Cesare, Alla Tua Destra/Aria: Va Tacito/Scene 10… – Derek Lee Ragin/Jennifer Larmore
2. Act 1, Scene 11. Cornelia, Sesto, Ed Achilla: Aria: Tu Sei Il Cor – Furio Zanasi
3. Act 1, Scene 11. Cornelia, Sesto, Ed Achilla: Son Nata A Lagrimar – Bernarda Fink/Marianne Rorholm
4. Act 2, Scene 1. Cleopatra, E Nireno: Eseguisti, O Niren – Barbara Schlick
5. Act 2, Scene 2. Nireno, E Poi Cesare: Sinf – Con Koln/Rene Jacobs
6. Act 2, Scene 2. Nireno, E Poi Cesare: Aria: V’Adoro, Pupille – Barbara Schlick
7. Act 2, Scene 2. Nireno, E Poi Cesare: Aria: Se In Fiorito – Jennifer Larmore
8. Act 2, Scene 3. Cornelia, E Poi Achilla – Bernarda Fink/Furio Zanasi/Derek Lee Ragin
9. Act 2, Scene 4. Cornelia, Tolomeo: Aria: Se A Me Non Sei Crudele – Furio Zanasi
10. Act 2, Scene 4. Cornelia, Tolomeo: Aria: Si Spietata/Scene 5. Cornelia, E Poi Sesto – Derek Lee Ragin
11. Act 2, Scene 6. Nireno, E Detti: Aria: Cessa Omai – Bernarda Fink
12. Act 2, Scene 6. Nireno, E Detti: Aria: L’Angue Offeso – Marianne Rorholm
13. Act 2, Scene 7. Cleopatra, E Poi Cesare: Aria: Venere Bella – Barbara Schlick/Olivier Lallouette
14. Act 2, Scene 8. Curio, E Detti: Aria: Al Lampo Dell’ Armi – Jennifer Larmore

Disc: 3
1. Act 2, Scene 8. Curio, E Detti: Che Sento?/Aria: Se Pieta – Barbara Schlick
2. Act 2, Scene 9. Tolomeo, Cornelia, E Poi Sesto: Aria: Belle Dee/Scene 10. Achilla, E Detti – Derek Lee Ragin
3. Act 2, Scene 11. Sesto, E Cornelia. Aria: L’Aura Che Spira – Marianne Rorholm
4. Act 3, Scene 1. Achilla: Aria: Dal Fulgor – Furio Zanasi
5. Act 3, Scene 2. Tolomeo, Cleopatra: Sinf – Con Koln/Rene Jacobs
6. Act 3, Scene 2. Tolomeo, Cleopatra: Aria: Domero – Derek Lee Ragin
7. Act 3, Scene 3. Cleopatra, Solo Con Guardie: E Pur Cosi/Aria: Piangero – Barbara Schlick
8. Act 3, Scene 4. Cesare, Poi Sesto, Nireno, Ed Achilla: Aria: Dall’ Ondoso/Aure, Deh, Per Pieta – Jennifer Larmore
9. Act 3, Scene 4. Cesare, Poi Sesto, Nireno, Ed Achilla: Aria: Quel Torrente – Jennifer Larmore
10. Act 3, Scene 5. Sesto, E Nireno: Aria: La Giustizia – Marianne Rorholm
11. Act 3, Scene 6. Cleopatra, E Poi Cesare: Voi, Che Mie Fide Ancelle – Barbara Schlick
12. Act 3, Scene 6. Cleopatra, E Poi Cesare: Aria: Da Tempeste/Scene 7. Cornelia, E Tolomeo – Barbara Schlick
13. Act 3, Scene 8. Sesto, E Detti: Aria: Non Ha Piu – Bernarda Fink

Disc: 4
1. Act 3, Scene Ultima. Cesare, Cleopatra, Curio, Nireno, Sesto E Cornelia: Sinf – Con Koln/Rene Jacobs
2. Act 3, Scene Ultima. Cesare, Cleopatra, Curio, Nireno, Sesto E Cornelia: Caro/Bella – Barbara Schlick/Jennifer Larmore
3. Act 3, Scene Ultima. Cesare, Cleopatra, Curio, Nireno, Sesto E Cornelia: Ritorni Omai – Con Koln/Rene Jacobs
4. Appendix: Aria: Qui Perde Un Momento – Dominique Visse

Jennifer Larmore (alto – Giulio Cesare)
Barbara Schlick (soprano – Cleopatra)
Bernarda Fink (mezzo-soprano – Cornelia)
Marianne Rorholm (soprano – Sesto)
Derek Lee Ragin (counter-tenor – Tolomeo)
Furio Zanasi (voice, bass – Achille)
Dominique Visse (counter-tenor – Nireno)
Olivier Lallouette (bass – Curio)

Concerto Köln
René Jacobs

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René Jacobs

PQP

G. F. Handel (1685-1759): O Triunfo do Tempo e do Desengano (Il Trionfo del Tempo a del Disinganno) (Haim / Le Concert d’Astree)

G. F. Handel (1685-1759): O Triunfo do Tempo e do Desengano (Il Trionfo del Tempo a del Disinganno) (Haim / Le Concert d’Astree)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este não é apenas um oratório ou ópera que tem o mais belo título que conheço, é MUITO BOA música. Handel era jovem, tinha 22 anos, estava com todo o leite e não perdeu a viagem, fez grande música! No texto do oratório as personagens Beleza, Prazer, Desengano e Tempo levam um papo. Imaginem um menino de 22 anos musicando algo sobre a vitória do Tempo e do Desengano sobre a Beleza e o Prazer.  Mas vamos ao curioso tema da obra. Aliás, antes disso, digo que quem ouviu as Cantatas Italianas de Handel (publicadas neste blog — 7 CDs) deve ter ficado com a certeza de que o jovem Handel foi muitíssimo inspirado, talentoso e foda, para usar um termo mais técnico. Até melhor do que o Handel inglês. Falo sério.

Em vez de personagens históricos ou mitológicos, encontramos figuras abstratas que disputam a alma humana: a Beleza — a juventude sedutora, a promessa de prazer –, o Prazer — o hedonismo elegante e persuasivo –, o Tempo e o Desengano/Desilusão — forças severas, inevitáveis, que apontam para a finitude e a verdade. A trama é simples: Beleza, seduzida pelo Prazer, tenta viver sem limites, mas acaba reconhecendo que o tempo destrói tudo o que é superficial, e que apenas as verdades permanecem. É, portanto, uma meditação barroca sobre vaidade, efemeridade e tentação. Musicalmente, é uma obra radiante: melodias exuberantes, linhas vocais virtuosísticas e momentos de introspecção que já anunciam o Handel maduro dos oratórios ingleses. Dela vem uma das árias mais sublimes do barroco, Lascia la spina, cogli la rosa — tema que mais tarde o compositor reutilizaria em Rinaldo. Aqui, porém, sua melancolia tem algo de mais íntimo. No fim, O Triunfo do Tempo e do Desengano é menos um sermão moral, menos do que um Memento mori dito num mosteiro, do que uma poesia sonora sobre o destino humano: no choque entre brilho e decadência, juventude e consciência, Handel captura a eterna tensão entre o mundo que seduz e o tempo que revela.

Agora, deem uma olhada abaixo no nome de quem regeu a estreia da obra… Olhem, olhem!

IL TRIONFO DEL TEMPO E DEL DISINGANNO
Oratorio in 2 parti
Libretto di Benedetto Pamphili

Musica di Georg Friedrich Händel
Roma, Collegio Clementino , giugno 1707
PERSONAGGI VOCI
BELLEZZA Soprano (Beauty)
PIACERE Soprano (Pleasure)
DISINGANNO Alto (Disillusion)
TEMPO Tenor (Time)

Direttore: Arcangelo Corelli

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Estava falando com um amigo agora pelo Whats:

[11:03, 01/11/2025] Bernardo: Eu não consigo parar de escutar isso
[11:04, 01/11/2025] Bernardo: E, sabe o que é mais emocionante?
[11:04, 01/11/2025] Bernardo: Eu imaginei um fedelho de 22 anos chegando em Roma
[11:04, 01/11/2025] Bernardo: Vertendo testosterona pelas orelhas
[11:05, 01/11/2025] Bernardo: E escrevendo uma música de uma maturidade que denota uma compreensão sobre o tema que pouquíssimos atingem
[11:05, 01/11/2025] Eu: É uma perspectiva curiosa…
[11:06, 01/11/2025] Bernardo: A imagem de Händel, muito jovem, em Roma fazendo uma música de tanta vitalidade é muito poderosa
[11:06, 01/11/2025] Bernardo: A música é cinematográfica
[11:06, 01/11/2025] Bernardo: Acompanha e enriquece profundamente o texto
[11:07, 01/11/2025] Bernardo: Ele leu, compreendeu e deu dimensão musical ao texto
[11:07, 01/11/2025] Bernardo: Um trófeu dos afetos, tão caro ao barroco…
[11:07, 01/11/2025] Bernardo: Estava vendo um vídeo agora e lembrei de ti também

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G. F. Handel (1685-1759): O Triunfo do Tempo e do Desengano (Il Trionfo del Tempo a del Disinganno) (Haim / Le Concert d’Astree)

Disc 1:
1. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707): Overture 4:54
2. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria : “Fido specchio” (Bellezza) 4:59
3. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Io che sono il Piacere” (Bellezza/Piacere) 0:25
4. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Fosco genio, e nero duolo” (Piacere) 3:08
5. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Ed io, che’l Tempo sono” (Disinganno/Tempo) 0:21
6. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Se la Bellezza perde vaghezza” (Disinganno) 4:03
7. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.:”Dunque si predan l’armi” (Bellezza/Piacere) 0:15
8. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Una schiera de piaceri” (Bellezza) 3:28
9. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “I colossi del sol” (Tempo) 0:15
10. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Urne voi, che racchiudete” (Tempo) 7:04
11. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Sono troppo crudeli” (Piacere) 0:10
12. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Duo: “Il voler nel fior degl’anni” (Bellezza/Piacere) 5:01
13. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Della vita mortale” (Bellezza/Disinganno) 0:29
14. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Un pensiero nemico di pace” (Bellezza) 3:54
15. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recti.: “Folle, tu niegh’l tempo” (Bellezza/Piacere/Disinganno) 0:56
16. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Nasce l’uomo” (Tempo) 2:14
17. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “L’uomo sempre se spesso” (Disinganno) 2:35
18. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Questa è la reggia mia” (Piacere) 1:30
19. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Sonata: “Taci, qual suono ascolto!” (Bellezza) 2:35
20. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Un leggiadro giovinetto” (Piacere) 3:43
21. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Fra nella destra l’ali” (Bellezza) 0:13
22. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria “Venga il Tempo” (Bellezza) 3:18
23. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Crede l’uom ch’egli riposi” (Disinganno 7:53
24. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “Tu credi che sia lungi” (Bellezza/Disinganno/Tempo) 0:50
25. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Aria: “Folle, dunque tu sola presumi” (Tempo) 3:28
26. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Recit.: “La reggia del Piacer vedesti” (Disinganno/Tempo) 0:18
27. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part One: Quartetto: “Se non sei più ministro” (Bellezza/Piacere/Disinganno/Tempo) 4:09

Disc 2:
1. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Se del faso Piacere” (Tempo) 0:59
2. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Chiudi, chiudi vaghi rai” (Piacere) 3:21
3. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “In tre parti divise” (Tempo) 0:46
4. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Io sperai trovar nel vero” (Bellezza) 6:57
5. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Tu vivi invan dolente” (Piacere) 0:13
6. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Tu giurasti di mai non lasciarmi” (Piacere) 3:58
7. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Sguardo, che inferno ai rai” (Tempo) 0:21
8. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Io vorrei due cori in seno” (Bellezza) 3:45
9. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Io giurerei, che tu chiudesti” (Bellezza) 0:39
10. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Più non cura” (Disinganno) 4:51
11. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “E un’ ostinato errore” (Tempo) 0:12
12. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “E ben folle quel nocchier”(Tempo) 2:15
13. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Dicesti il vero” (Bellezza) 0:18
14. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Quartetto: “Voglio Tempo” (Bellezza/Piacere/Disinganno/Tempo) /Ann Hallenberg/Sonia Prina/Pavol Breslik 3:53

15. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Presso la reggia ove’l Piacer” (Bellezza/Disinganno) 1:14
16. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Lasci la spina” (Piacere) 6:25
17. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Con troppo chiare note” (Bellezza/Disunganno) 0:28
18. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Voglio cangiar desio” (Bellezza) 5:17
19. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Or che tiene la destra” (Bellezza) 0:16
20. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Chi già fu del bondo crine” (Disinganno) 2:12
21. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Mà che beggio? Che miro?” (Bellezza) 0:39
22. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Rico pino, nel cammino” (Bellezza) 4:03
23. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Si bella penutenza” (Bellezza) 0:45
24. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Duetto: “Il bel pianto dell’Aurora” (Disinganno/Tempo) 6:24
25. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Piacer, che meco già vivesti” (Bellezza) 0:28
26. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Come membo que fugge” (Piacere) 5:29
27. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Recit.: “Pure del cielo intelligenze” (Bellezza) 0:47
28. Il Trionfo del Tempo a del Disinganno, Oratorio in two parts HWV 46 a (1707), Part Two: Aria: “Tu del ciel ministro eletto” (Bellezza) 6:05

Natalie Dessay
Sonia Prina
Ann Hallenberg
Pavol Breslik
Patrick Beaugiraud
Astushi Sakai

Emmanuelle Haim
Le Concert d’Astree

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Handel pensando num futuro sem Bolsonaro

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Handel Arias (Danielle de Niese, Christie)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O aparecimento de Danielle de Niese foi assombroso. Imaginem que ela estrou no Met com 19 anos… Em 2007, aos 28, fez sua estreia com este disco que hoje disponibilizamos para vocês. Hoje, ela já tem 46 e cresceu bem bonita. Este CD trata-se de um notável recital de árias de óperas de Handel, algumas familiares e outras relativamente obscuras. A forma espontânea de de Niese dá-nos a fantasia de que está cantando apenas para seu próprio prazer. Faz as pirotecnias exigidas por Handel com leveza, bom humor e segurança, mas está também em casa na gravidade emocional dos lamentos Lascia Ch’io Pianga, de Rinaldo, e Piangerò la sorte mia, de Giulio Cesare. William Christie conduz maravilhosamente a Les Arts Florissants. Um disco espetacular. Não gostou? Morra!

G. F. Handel (1685-1759): Handel Arias (Danielle de Niese)

1. Giulio Cesare / Act 3 – “Da tempeste il legno infranto” 6:16
2. Rinaldo / Act 2 – “Lascia ch’io pianga” 5:02
3. Alcina / Act 1 – Tornami a vagheggiar 4:32
4. Teseo, HWV 9 / Act 2 – Dolce riposo 3:51
5. Teseo, HWV 9 / Act 2 – Ira, sdegni…O stringerò nel sen 4:36
6. Apollo e Dafne (La terra è liberata) – Aria: “Felicissima quest’alma” 5:49
7. Ariodante HWV 33 / Act 2 – “Il mio crudel martoro” 11:11
8. Rinaldo / Act 2 – Vo’ far guerra 7:31
9. Amadigi di Gaula / Act 1 – Ah! Spietato! 5:33
10. Semele HWV 58 / Act 3 – Myself I shall adore 7:34
11. Giulio Cesare / Act 3 – “Piangerò la sorte mia” 6:20
12. Semele HWV 58 / Act 1 – Endless Pleasure, Endless Love 3:32

Danielle de Niese
Les Arts Florissants
Conducted by William Christie

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Danielle é um espanto só.

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Il Delirio Amoroso (Dessay / Haïm)

G. F. Handel (1685-1759): Il Delirio Amoroso (Dessay / Haïm)

A soprano Natalie Dessay e a cravista e regente Emmanuelle Haim unem-se neste belo programa de duas cantatas solo de Handel, além de uma importante ária de Aci, Galatea e Polifemo (a versão italiana, não a em inglês, composta dez anos depois). Estas duas musicistas francesas já tinham unido suas forças em duas magníficas gravação de 2004: L’Orfeo de Monteverdi e outro Handel delicioso: Arcadian Duets. A voz de Dessay fez dela uma famosa intérprete de Mozart e músicas do bel canto, mas ultimamente ela tem feito incursões por Strauss e Massenet. No entanto, ela parece especialmente adequada para Handel. Le Concert d’Astrée é uma excelente orquestra. A cantata de abertura, Il Delirio Amoroso, com texto do cardeal Pamphili, é o lamento de Clori sobre a morte de Tirsi e inclui solos de destaque para oboé, violino, violoncelo e flauta. Da mesma forma, a ária de Aci – a mais longa e indiscutivelmente a melhor faixa do disco – enfatiza o solo vocal através de um instrumental brilhante que, paradoxalmemente, serve para lembrar o narrador de sua solidão. Parecido com a cantata de abertura, mas mais conciso, Mi palpita il cor também lida com a angústia de amor perdido e, novamente, um solo de oboé faz dueto com Dessay em contraponto melódico. Um baita disco.

G. F. Handel (1685-1759): Il Delirio Amoroso (Dessay / Haïm)

1) Introduzione
2) Recitative: Da Quel Giorno Fatale
3) Aria (Allegro): Un Pensiero Voli In Ciel
4) Recitative: Ma Fermati Pensier
5) Aria: Per Te Lasciai La Luce
6) Recitative: Non Ti Bastava Ingrato
7) Aria: Lascia Omai Le Brune Vele
8. Recitative: Ma Siamo Giunti In Lete
9) Entrée
10) Minuet: Inquesto A Mene Piaggie Serene
11) Recitative: Si Disse Clori
12) Minuet
Aci, Galatea E Polifemo
13) Aria: Qui L’augel Da Pianta In Pianta Lieto Vola (Aci)
Mi palpita Il Cor
14) Adagio: Mi Palpita Il Cor
15) Allegro: Agitata É L’alma Mia
16) Recitativo: Tormento E Gelosia
17) Aria (Largo): Ho Tanti Affanni In Petto
18) Recitativo: Clori Dite Mi Lagno
19) Aria (Allegro): S’un Di M’adora La Mia Crudele

Natalie Dessay, soprano
Le Concert D’Astrée
Emmanuelle Haïm, direction

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Dessay e Haïm trabalhando para você.

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G. F. Handel (1685-1759): Saeviat tellus / Laudate Pueri / Salve Regina / Dixit Dominus (Minkovski)

G. F. Handel (1685-1759): Saeviat tellus / Laudate Pueri / Salve Regina / Dixit Dominus (Minkovski)

A música vocal de Handel é uma das alegrias da vida. Mas este CD não me deixou especialmente tocado. Nada interrompeu minha leitura. OK, o livro que estou lendo — Diante do Manto do Soldado, de Lídia Jorge — é bom demais. Só o Dixit Dominus dividiu minha atenção. Mas a orquestra, coro e solistas são geniais. Deu para notar claramente em quão perfeita forma estavam Kozená e Massis na época da gravação. Eu tenho enorme paixão por Kozená, reconheço sua voz de longe. Gosto também de sua mania de se apresentar tantas vezes sem maquiagem, apesar da idade. As mulheres ficam espantadas quando ela chega na Filarmônica de Berlim com um belo vestido, mas de cara lavada… De resto, futebol é bola na rede.

G. F. Handel (1685-1759): Saeviat tellus / Laudate Pueri / Salve Regina / Dixit Dominus (Minkovski)

Saeviat Tellus Inter Rigores HWV 240: Motetto Per La Madonna Santissima Del Carmine (17:29)
1 “Saeviat Tellus” 5:42
2 “Carmelitarum Ut Confirmet” 0:38
3 “O Nox Dulcis” 6:04
4 “Stellae Fidae” 2:53
5 “Sub Tantae Virginis Tutela” 0:21
6 “Alleluia” 1:51

Laudate Pueri Dominum HWV 237 (16:46)
7 “Laudate Pueri” 3:02
8 “Sit Nomen Domini” 1:57
9 “A Solis Ortu” 1:20
10 “Excelsus Super Omnes” 1:55
11 “Quis Sicut Dominus” 1:43
12 “Suscitans A Terra Inopem” 2:15
13 “Qui Habitare Facit” 1:30
14 “Gloria Patri” 3:04

Salve Regina HWV 241 (12:28)
15 “Salve Regina” 2:55
16 “Ad Te Clamamus” 3:48
17 “Eia Ergo, Advocata Nostra” 3:41
18 “O Clemens, O Pia” 2:04

Dixit Dominus HWV 232 (30:39)
19 “Dixit Dominus” 5:07
20 “Virgam Virtutis” 2:44
21 “Tecum Principium” 2:28
22 “Juravit Dominus” 2:16
23 “Tu Es Sacerdos” 1:30
24 “Dominus A Dextris Tuis” 6:14
25 “De Torrente In Via Bibet” 4:10
26 “Gloria Patri” 6:10

Annick Massis, soprano
Magdalena Kozená, mezzo-soprano, soprano
Sara Fulgoni, alto
Patrick Henckens, tenor
Kevin McLean-Mair, tenor
Marcos Pujol, bass

Les Musiciens du Louvre
Choeur des Musiciens du Louvre
dir. Marc Minkovski

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Magdalena Kozená

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G. F. Handel (1685-1759): La Diva – Árias para Cuzzoni (Kermes, Katschner)

G. F. Handel (1685-1759): La Diva – Árias para Cuzzoni (Kermes, Katschner)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Então, você chega ao PQP Bach e lê: árias para Cuzzoni, de Händel. Não, não pode ser! Esses caras estão de brincadeira! Não, nada de brincadeiras — você adorará as árias para Cuzzoni.

Na verdade, talvez eu devesse escrever: Árias compostas por George Friderich Händel para Francesca Cuzzoni. Francesca foi uma superdiva que juntou-se em 1718 ao London’s Royal Academy of Music. Cuzzoni era tão boa cantora que Händel escrevia coisas cada vez maiores e mais difíceis a fim de analisar suas possibilidades. Mas não pensem que Händel gostava de Cuzzoni. Como toda diva, ela era insuportável a ponto de Händel ter ameaçado lançá-la pela janela, se não cooperasse. A fama de Cuzzoni é atestada pelo grande volume de histórias que sobre ela que chegaram a nós. Ela tinha um ciúme doentio de uma diva rival, Faustina Bordoni, e dizem que costumava desmaiar se ouvisse tal nome. Como era de esperar, Cuzzoni despertou paixões em seu tempo. Ainda hoje… Bem, deixa pra lá.

Simone Kermes tem bela voz e sua Cuzzoni é magnífica. Sem dúvida alguma, este CD vai entrar pros anais de nosso blog PQP Bach!

Georg Friedrich Händel – La Diva – Árias para Cuzzoni
1) Scipione: Scoglio d’immota fronte [5:05]
2) Giulio Cesare: V’adoro pupille [4:39]
3) Giulio Cesare: Piangerò [7:02]
4) Giulio Cesare: Se pietà di me non senti [9:47]
5) Alessandro: No, più soffrir non voglio [4:01]
6) Rodelinda: Ombre, piante (1st Version) [2:24]
7) Rodelinda: Ahi perché, giusto ciel (1st Version) [6:55]
8. Siroe: Or mi perdo di speranza [4:10]
9) Siroe: Mi lagnerò tacendo [6:46]
10) Siroe: Torrente cresciuto [4:19]
11) Tolomeo: Fonti amiche [5:00]
12) Flavio: Amante stravagante [3:36]
13) Riccardo primo: Morte vieni [2:45]
14) Admeto: Io ti bacio [3:15]

Simone Kermes
Lautten Compagney
Wolfgang Katschner

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Kermes: alta voz e cabelos
Kermes: alta voz e cabelos

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G. F. Handel (1685-1759): Händel Arien (Kirchschlager, Cummings)

G. F. Handel (1685-1759): Händel Arien (Kirchschlager, Cummings)

A mezzo-soprano austríaca Angelika Kirchschlager é uma especialista em Handel, Händel ou Haendel. Aqui, ela nos dá uma hora de boas árias, muitas delas raras, principalmente as árias de Ariana em Creta. Estas foram compostas provavelmente para a mezzo-soprano Durastanti ou o castrato Carestini. O CD apresenta não apenas Kirchschlager, mas também a Kammerorchester Basel, em excelente forma. Bom disco, mas nada comparável ao portento que postarei às 16h30.

G. F. Handel (1685-1759): Händel Arien (Kirchschlager)

1) Qui d’amor from Ariodante
2) T’amerò dunque…Con l’ali from Ariodante
3) Scherzo infida from Ariodante
4) Dopo notte from Ariodante
5) Svegliatevi nel core from Giulio Cesare
6) Cara speme from Giulio Cesare
7) L’angue offeso from Giulio Cesare
8. Sdegnata sei from Arianna
9) Oh patria!…Sol ristoro from Arianna
10) Salda quercia from Arianna
11) Qual Leon from Arianna
12) Ove son…Qui ti sfido from Arianna

Angelika Kirchschlager
Kammerorchester Basel
Laurence Cummings

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A mezzo-soprano austríaca Angelika Kirchschlager

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Marais (1656 – 1728), Destouches (1672 – 1749), Handel (1685 – 1759): Sémélé – Les Ombres – Margaux Blanchard & Sylvain Sartre (direção artística) ֍

Marais (1656 – 1728), Destouches (1672 – 1749), Handel (1685 – 1759): Sémélé – Les Ombres – Margaux Blanchard & Sylvain Sartre (direção artística) ֍

O sleep, again deceive me,
To my arms restore my wand’ring love!

Uma das coisas que me impede de ouvir mais obras barrocas com vozes e coro – oratórios, música sacra, óperas – é a duração dessas obras. Oratório tal de tal compositor, 3 CDs! Ópera deste ótimo compositor, mais outros tantos CDs. E tem a minha mania (cada dia mais fraca) de ouvir a obra toda. Imaginar essas peças completas no nosso dia-a-dia provoca, senão um choque cultural, pelo menos um pequeno abalo. Entender isso deve ser um bom tema para uma dissertação de mestrado em antropologia, talvez. O tempo que as pessoas dispunham para esses entretenimentos nos dias de suas criações, muito provavelmente era diferente do que dispomos hoje para os nossos próprios entretenimentos. Isso sem contar as infinitas possibilidades de que dispomos para as nossas escolhas de diversão.

Talvez isso explique o sucesso de lindas peças mais ‘curtas’ do período barroco, como o Glória, de Vivaldi, ou o Stabat Mater, de Pergolesi. Mas, divago… O que eu quero dizer é que achei muito interessante essa proposta do grupo Les Ombres, de montar um espetáculo, que posteriormente rendeu o álbum. Eles reuniram peças e trechos de obras de diferentes compositores do mesmo período cultural para montar uma ‘narrativa’ que justapõem o mito de Sêmele, que é muito bonito, com a (des)aventura de Ícaro.

Cena de uma das apresentações…

No caso de Sêmele, a história vai, mais ou menos, assim: ela teve um caso com Zeus (que surpresa!), o que gerou ciúmes em Hera, que resolveu vingar-se da rival. (Ciúmes, vingança… bom, não é?) Hera astuciosamente transmutou-se na aia de Sêmele e lhe sugeriu que pedisse ao deus que lhe mostrasse toda a sua ‘majestade divina’. O deus a alertou que isso poderia ser um pouquinho demais, mas ela, atiçada pelas pérfidas e invejosas (outro sentimento danado de bom nessas histórias) irmãs Ino e Agave, insistiu com o deus. Como Zeus estava sob juramento de cumprir a todos os desejos de Sêmele, foi obrigado a exibir seus raios e trovões, que acabou incendiando o palácio onde estavam e tudo o mais, matando a pobre Sêmele.

Zeus então retirou o feto calcinado fruto desse amor e o implantou em sua própria coxa, donde nasceu o deus Dionísio (Viva Bacchus, Bacchus viva!).

O mito de Ícaro é mais conhecido, pelo menos eu creio. Dédalo e seu filho Ícaro ‘voam’ da Ilha de Creta usando asas construídas pelo engenhoso Dédalo com cera e penas. A despeito dos conselhos do pai (desde aqueles dias, filhos davam trabalho) Ícaro voa perigosamente perto do Sol e acaba (a cera derrete, essas coisas…) com os burros n’água, mitologicamente.

O programa do álbum inicia com uma sinfonia de pífaros, de ótimo augúrio, seguido de uma suíte de danças, com uma ária, com trechos de Marais. A seguir, uma cantata de Destouches, ‘Sémélé’. Até aí, tudo em francês.

Quando entra Handel, percebemos na hora, um de seus lindos concerti grossi, seguido da belíssima ária de sua ‘Semele’, da qual ‘roubei’ dois versinhos finais e coloquei no início da postagem, a título de preâmbulo… Divino, para mim, vale o disco. Uma ‘aria’ para a flauta e, na sequência, uma cantata em italiano “Tra le fiamme’, sobre o mito de Ícaro, que termina com os seguintes versos, a título de ‘moral’:

Sì, sì, pur troppo è vero:

nel temerario volo

molti gl’lcari son, Dedalo un solo.

Para terminar, uma exibição de gala das habilidades do saxão, árias de Semele e Theodora, lindamente acompanhadas por orquestra. Maraviglia!

Marin Marais (1656 – 1728)

Sémélé (Excerpts From Opera, 1709)

  1. Marche D’ægipans Et de Ménades
  2. Ouverture
  3. Air « Quel Bruit Nouveau Se Fait Entendre »
  4. Deuxième Air Des Guerriers
  5. Chaconne

André-Cardinal Destouches (1672 – 1749)

Sémélé (Cantata, 1719)

  1. Récitatif « Déjà Par Un Serment Terrible »
  2. Air « Ne Cesse Point de M’enflammer »
  3. Récitatif « Aussitôt Le Bruit Du Tonnerre »
  4. Air « Est-il Un Destin Plus Heureux »
  5. Récitatif « Elle Finit, Elle Est Toute Embrasée »
  6. Air « Régnez Sans Partage »

George Friedric Handel

Concerto Grosso No. 4 En Fa Majeur, HWV 315, Op. 3

  1. Largo – Allegro – Largo
  2. Andante
  3. Allegro

Semele, HWV 58 (From Opera 1743)

  1. Air « Oh Sleep »

Il Penseroso Ed Il Moderato, HWV 55 (1740)

  1. Air « Sweet Bird » (instrumental)

Tra Le Fiamme, HWV 170 (1707)

  1. Air « Tra Le Fiamme »
  2. Récitatif « Dedalo Già »
  3. Air « Pien di Nuovo E Bel Diletto »
  4. Récitatif « Sì, Sì, Purtroppo è Vero »
  5. Air « Voli Per L’Aria »
  6. Récitatif « L’uomo Che Nacque Per Salire Al Cielo »
  7. Air « Tra Le Fiamme »

Semele, HWV 58 (From Opera, 1743)

  1. Symphonie
  2. Récitatif « Iris Impatient Of Thy Stay »
  3. Air « Endless Pleasure »
  4. Récitatif « No More »
  5. Air « Hence, Iris, Hence Away »

Theodora (From Opera, 1750):

  1. Symphonie
  2. Air « To Thee, Thou Glorious Son Of Worth »

Chantal Santon, soprano

Mélodie Ruvio, contralto

Les Ombres (Ensemble)

Sylvain Sartre, violino, flauta, direção artística

Margaux Blanchard, viola da gamba, direção artística

Recording in June 2013 at Espace Bonnet de Jujurieux, France

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MP3 | 320 KBPS | 179 MB

Les Ombres (quase foi traduzido por Os Ombros)

De uma entusiástica crítica amadora: Pour qui aime la musique baroque! Ce CD est magnifique, la musique de Marin Marais, coule comme un ruisseau! On a envie de le suivre!  [Para quem ama música barroca! Este CD é magnífico, a música de Marin Marais flui como um riacho! Queremos segui-la!]

O já conhecido Departamento de Artes do PQP Bach Coop. enviou esse instantâneo de Marin Marais tomado em sua última visita aos nossos headquarters…

A grana que eles ganhavam com música ia quase toda para as parrucchieres…

Uma opção para ouvir o disco:

George Friedrich Händel (1685-1759): Concerto Grosso Alexander’s Feast, 3 Oboe Concertos, Sonate a cinque (The English Concert, Pinnock)

George Friedrich Händel (1685-1759): Concerto Grosso Alexander’s Feast, 3 Oboe Concertos, Sonate a cinque (The English Concert, Pinnock)

Ao contrário de Bach, Händel viajou bastante. passou seus anos jovens na Itália e depois foi fazer um sucesso estrondoso em Londres com suas óperas e oratórios. Aqui estão algumas obras orquestrais e para solistas. Os intérpretes são o excelente conjunto inglês “The English Concert”, especializado no repertório barroco, e dirigido pelo incansável Trevor Pinnock. O belo Concerto Grosso “Alexander`s Feast” foi baseado no poema de John Dryden (1697), que narra um banquete oferecido por Alexandre, o Grande, após a conquista de Persépolis. Nele, o músico Timóteo toca sua lira, despertando em Alexandre emoções variadas — desde a nostalgia até a fúria guerreira — mostrando o poder transformador da música. Handel sabia que o público associaria a música ao drama do poema (já famoso na época). O tema de Alexandre era popular no século XVIII, simbolizando poder, luxo e emoção. No concerto, o segundo movimento (Allegro) reflete a “fúria de Alexandre” descrita na ode, com ritmos incisivos. O Adagio lembra o momento em que Timóteo acalma o rei com música suave. O final é apenas bonito e é meu movimento preferido.

George Friedrich Händel (1685-1759): Concerto Grosso Alexander’s Feast, 3 Oboe Concertos, Sonate a cinque (The English Concert, Pinnock)

Concerto grosso Alexander’s Feast in C major, HWV 318
01 – I. Allegro
02 – II. Largo
03 – III. Allegro
04 – IV. Andante, ma non presto

Sonata a cinque in B flat major, HWV 288
05 – I. Andante
06 – II. Adagio
07 – III. Allegro

Concerto No. 1 for Oboe and String Orchestra in B flat major, HWV 301
08 – I. Adagio
09 – II. Allegro
10 – III. Siciliana. Largo
11 – IV. Vivace

Concerto No. 2 for Oboe and String Orchestra in B flat major, HWV 302a
12 – I. Vivace
13 – II. Fuga. Allegro
14 – III. Andante
15 – IV. Allegro

Concerto No. 3 for Oboe and String Orchestra in G minor, HWV 287
16 – I. Grave
17 – II. Allegro
18 – III. Sarabande. Largo
19 – IV. Allegro

The English Concert
Trevor Pinnock – Director
Simon Standage – Violino
David Reichemberg – Oboe

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Georg Friedrich Händel (1685-1759): Ombra Mai Fu (Andreas Scholl, Akademie Für Alte Musik Berlin)

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Ombra Mai Fu (Andreas Scholl, Akademie Für Alte Musik Berlin)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Muito bom CD produzido por dois craques: a Akademie Für Alte Musik Berlin e Andreas Scholl. São aberturas para orquestra e árias de Händel interpretadas com a habitual competência dos citados craques. Händel dominava a arte de transformar emoção em melodia e suas árias continuam sendo desafios vocais e tesouros expressivos até hoje. Handel compôs mais de 40 óperas, muitas para o Royal Opera House de Londres. As árias deste CD foram escritas para castrati, mas hoje são cantadas por contraltos ou contratenores como Scholl, claro. São são pilares do repertório barroco, conhecidas por sua expressividade dramática, virtuosismo vocal e estruturas que variam entre árias da capo (A-B-A) e árias di bravura (de exibição técnica).

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Ombra Mai Fu (Andreas Scholl, Akademie Für Alte Musik Berlin)

Admeto, Rè Di Tessaglia
1 Ouverture 5:55
2 Ballo Di Larve 3:18
3 Recitativo-accompagnato – Orride Larve 3:30
4 Aria – Chiudetevi, Miei Lumi (Atto I, Scena 1) 3:49

Serse
5 Sinfonia 1:12
6 Recitativo – Frondi Tenere 0:40
7 Aria – Ombra Mai Fù (Atto I, Scena 1) 3:03

Giulio Cesare In Egitto
8 Aria – Se In Fiorito Prato (Atto II, Scena 2) 7:53
9 Gigue 1:55
10 Aria – Va Tacito (Atto I, Scena 9) 6:51

Radamisto
11 Passacaille 4:33
12 Gigue 1:03
13 Passepied 0:32
14 Rigaudon 1:06

Rodelinda, Regina De Langobardi
15 Sinfonia / Recitativo – Pompe Vano Di Morte 2:28
16 Aria – Dove Sei (Atto I, Scena 6) 5:01
17 Sinfonia 1:34
18 Accompagnato – Sì, L’infida Consorte 0:31
19 Aria – Confusa Si Miri (Atto I, Scena 6) 4:45

Alcina
20 Aria – Verdi Prati (Atto II, Scena 1) 3:50

Alexander’s Feast
21 Allegro 3:22
22 Largo 2:26
23 Allegro 3:20
24 Andante Non Presto 3:29

Bassoon – Christian Beuse, Frank Heintze (faixas: 8)
Cello – Jan Freiheit, Sibylle Huntgeburth
Countertenor Vocals – Andreas Scholl
Double Bass – Matthias Winkler
Harpsichord – Raphael Alpermann
Horn – Christian-Friedrich Dallmann
Lute – Wolfgang Katschner
Oboe – Alessandro Piqué*, Ann-Kathrin Brüggemann
Orchestra – Akademie Für Alte Musik Berlin
Organ – Tobias Schade (faixas: 21 to 24)
Viola – Anja-Regine Graewel, Clemens Nußbaumer, Sabine Fehlandt
Violin – Dörte Wetzel, Edburg Forck, Georg Kallweit, Gudrun Engelhardt, Kerstin Erben, Ulrike Kunze, Uta Peters
Violin [Solo] – Bernhard Forck, Midori Seiler

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Scholl garantindo que não votou em Trump nem em Bolsonaro.

PQP

In Memoriam Arthur Moreira Lima – Coleção Meu Piano/Três Séculos de Música para Piano – Parte 1 de 11: Volumes 1, 3 & 12 (Clássicos Favoritos I, II & III)

Arthur Moreira Lima, um dos maiores brasileiros de todos os tempos (e percebam que nem mencionei seu instrumento!), completaria hoje 85 anos. Para celebrar seu legado extraordinário e honrar sua memória, publicaremos a integral da coleção Meu Piano/Três Séculos de Música para Piano – seu testamento musical – de hoje até 30 de outubro, primeiro aniversário de seu falecimento. Esta é a primeira das onze partes de nossa eulogia ao gigante.

Partes:     |   II   |   III   |   IV   |   V   |   VI   |   VII   |   VIII   |   IX   |   X   |   XI


Se me perguntassem qual minha primeira memória de Arthur Moreira Lima, eu provavelmente lhes diria que ela é tão remota quanto a que eu tenho de um pianista. Nasci sob o Terror e cresci entre os ventos da Abertura que traziam de volta quem partira em rabos de foguete. Em minha casa ouvia-se muita música – nenhuma que atraísse cassetetes, e quase sempre daquela prevalente em elevadores e consultórios odontológicos. Ainda assim, era música bastante para que a aparição de um pianista na tela da TV, daquelas de antenas finamente ajustadas com palha de aço, não fosse sumariamente rechaçada por uma mudança de canal para a novela da vez. E o pianista, bem, ele era sempre o mesmo: aquele tipo de perfil pontiagudo, olhos a um só tempo alheios e dardejantes, de postura algo gibosa ao teclado e a drapejar sua cabeleira enquanto debulhava com os dedos coisas que eu não imaginava possíveis a mim, menino telespectador. Ele tocava de tudo, e em todo lugar, e ante centenas, milhares, dezenas de milhares de pessoas, e sozinho, e com orquestras, e em toda e qualquer companhia. No programa que teve na TV aberta, inimaginável nesses nossos tristes tempos de Tigrinho, dividiu a ribalta com chorões e roqueiros, seresteiros e jazzistas; mostrou-me Ney Matogrosso pela primeira vez de cara limpa e apresentou-me o semideus Raphael Rabello, que toca, como Gardel canta para os argentinos, cada dia melhor. Entre um número e outro, com o maroto sotaque que nunca renegou seu berço, entrevistava seus convidados com muita descontração – tanta que promoveu o seguinte diálogo entre meus genitores:

– Esse é aquele pianista?
– É.
– Bem informal, hein?
– Sim.
– Nem parece pianista…

O programa saiu do ar sem-cerimoniosamente, e eu, exceto por um LP e outro que encontrava em briques, fiquei sem saber do madeixudo carismático, até o dia em que, exaurido por um plantão no pronto-socorro e disposto a tudo para ver algo que não fosse sangue ou pus, encontrei um palco montado no meio do maior parque de minha Dogville natal. Sobre ele, um piano, e ante este – sim, adivinharam! – o pianista que nem parecia pianista, e que, contrariando tudo o que se dizia dele – que não estudava, que não se levava a sério, que estava decadente – despachava com segurança os arpejos do Estudo Op. 10 no. 1 de Chopin sob o olhar tietante duns gatos-pingados aos quais me juntei, lá na fila do gargarejo. Emendou, em seguida, o “Revolucionário“, o “Tristesse“, o das teclas pretas, e foi esgotando o Op. 10, estudo a estudo, inteiros ou em parte, até que faltou somente…

– O número 2, Arthur.
– Hein?
– Faltou o número 2.
– Cê me odeia, né? – gargalhava – Mas certamente não tanto quanto eu odeio o número 2.

E atacou o temido Op. 10 no. 2, com aquelas escalas rapidíssimas todinhas com os dedos fracos da mão direita, enquanto resmungava das tendinites que ele lhe trouxera.

– Que mais cês querem?
– …
– Digam logo, que daqui a pouco vão me levar à força pro camarim.
– Piazzolla, então!

E nos deu um Adiós Nonino com a mesma eletricidade que pôs suas madeixas em riste na memorável capa do álbum que dedicou a Astor. Ao terminar, com o produtor já a olhar com ganas de arrancá-lo do palco, um dos gatos-pingados lhe alcançou um número de telefone:

– Volto hoje para o Rio – explicava-se, enquanto guardava o papelucho na casaca – mas não deixo de te ligar.
– A costela está assando desde que saí de casa. Eu e ela te aguardamos.
– E a cerveja?
– Ela também. Mais gelada que em Moscou.

E foi arrastado para as coxias, de onde voltou para tocar um Tchaikovsky furioso com a Sinfônica de Dogville. Nunca soube se ele, enfim, telefonou para o churrasqueiro. Imagino que sim. Afinal, aquele ex-menino prodígio, de nobre arte forjada no Brasil e burilada na França e na União Soviética, capaz de dialogar com bolcheviques e mencheviques, maragatos e chimangos, cronópios e famas, sempre foi também um perfeito exemplo do que em minha terra se chama de “pau de enchente” –  aquele tipo que, como os galhos de árvores levados pelas enxurradas, vai parando aqui e ali – e nunca perdeu qualquer oportunidade de falar, de ouvir e de aprender.

– Decadente.
– Quê?
– Sim. Olha aí: tá vendendo disco na Caras!
– Eita…

O brasileiro não é gentil com seus heróis, e desancaram o heroico Sr. Pau de Enchente quando ele lançou sua antologia pianística a preços módicos e acessível em qualquer banca de revistas. Onde outros viam dinheirismo e decadência, eu, seu desde sempre tiete, só via generosidade – a mesma que o fez tocar para aquelas centenas, aqueles milhares, aquelas dezenas de milhares de gentes, a brilhar na TV e matar de inveja tantos colegas de ofício, a implodir o Muro da Vergonha entre os assim chamados “erudito” e “popular’, e que o levaria, em seu caminhão-teatro feito Caravana Rolidei, a tocar para compatriotas que nunca tinham visto um piano na vida.

Eu nunca consegui lhe agradecer, que se dirá o bastante – se é que haveria gratidão suficiente para tanta dedicação aos ouvidos de seu país! Até tive oportunidades: afinal, tanto eu quanto Sr. De Enchente escolhemos a mesma ilha para passar nossos últimos anos. Por algum tempo, inclusive, compartimos a mesma praia em que, vez que outra, nossos percursos se cruzavam. Numa delas, ele jogava bola com uma criança que, com um pontapé somado ao vigor do Vento Sul, mandou a redondinha na minha direção. Eu, que tenho dois pés esquerdos, devolvi-a com uma vergonhosa rosca para os devidos donos. Já me conformava com a ideia de ir buscá-la ainda mais longe, quando, antes mesmo dela quicar no chão, aquele torcedor doente do Fluminense Football Club aparou a pelota com um golpe seco que orgulharia o Príncipe Etíope e, com um toque de letra digno de Super Ézio, devolveu-a à remetente.

– Valeu, meu bom!

Craque com as mãos e com os pés, o Pelé e o Garrincha do Piano Brasileiro, gênio da raça: também tocas cada dia melhor! Venero-te tanto que jamais te conseguirei ser crítico. Se os leitores-ouvintes o quiserem, que assim sejam – mas minha homenagem aqui, ela terá só carinho e saudade ❤️.

Em memória de Fluminense Moreira Lima (16 de julho de 1940, Rio de Janeiro – Florianópolis, 30 de outubro de 2024) em seu 85º aniversário.


 

ARTHUR MOREIRA LIMA – MEU PIANO/TRÊS SÉCULOS DE MÚSICA PARA PIANO
Coleção publicada pela Editora Caras entre 1998-99, em 41 volumes
Idealizada por Arthur Moreira Lima
Direção artística de Arthur Moreira Lima e Rosana Martins Moreira Lima

Volume 1: CLÁSSICOS FAVORITOS I

Johann Sebastian BACH (1685-1750)
Transcrição de Myra Hess (1890-1965)
Da Cantata “Herz und Mund und Tat und Leben“, BWV 147:
1 – Coral: Jesus bleibet meine Freude

Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)
Da Sonata para piano no. 11 em Lá maior, K. 331:
2 –  Alla Turca: Allegretto

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Bagatela em Lá menor, WoO 59, “Für Elise”
3 – Poco moto

Carl Maria Friedrich Ernst Freiherr von WEBER (1786-1826)
Da Sonata para piano no. 1 em Dó maior, Op. 24:
4 – Rondo: Presto (“Perpetuum mobile“)

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)
Das Fantasiestücke, Op. 12:
5 – No. 3: “Warum?”

Ferenc LISZT (1810-1886)
Dos Grandes Estudos de Paganini, S. 141:
6 – No. 3: La Campanella

Jules Émile Frédéric MASSENET (1842-1912)
De Thaïs, ópera em três atos:
7 – Méditation (transcrição do compositor)

Jakob Ludwig Felix MENDELSSOHN Bartholdy (1809-1847)
Da Música Incidental para Ein Sommernachtstraum (“Sonho de uma Noite de Verão”), de William Shakespeare, Op. 61:
8 – No. 9: Marcha nupcial (transcrição do compositor)

Pyotr Ilyich TCHAIKOVSKY (1840-1893)
Das Dezoito Peças para piano, Op. 72:
9 – No. 2: Berceuse

Sergei Vasilievich RACHMANINOFF (1873-1943)
Dos Morceaux de Fantaisie, Op. 3:
10 – No. 2: Prelúdio em Dó sustenido menor

Anton Grigorevich RUBINSTEIN (1829-1894)
Das Duas Melodias, Op. 3:
11 – No. 1: Melodia em Fá maior

Alexander Nikolayevich SCRIABIN (1872-1915)
Dos Doze Estudos, Op. 8:
12 – No. 12 em Ré sustenido menor, “Patético”

Achille Claude DEBUSSY (1862-1918)
Da Suite Bergamasque, L. 75:
13 – No. 3: Clair de Lune

Manuel DE FALLA y Matheu (1876-1946)
De El Amor Brujo, balé em um ato:
14 – Dança Ritual do Fogo (transcrição do compositor)

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Volume 3: CLÁSSICOS FAVORITOS II

Johann Sebastian BACH (1685-1750)
Transcrição de Ferruccio Busoni (1866-1924)

Da Toccata e Fuga em Ré menor para órgão, BWV 565:
1 – Toccata

Giuseppe Domenico SCARLATTI (1685-1757)
2 – Sonata em Mi Maior, L. 23 (K. 380)

Carl Philipp Emanuel BACH (1714-1788)
3 – Solfeggietto em Dó menor, H 220, Wq. 117:2

Georg Friedrich HÄNDEL
Da Suíte para Teclado no. 5 em Mi maior, HWV 430:
4 – No. 4: Ária com Variações, “The Harmonious Blacksmith”

Ludwig van BEETHOVEN
5 – Seis Escocesas, WoO 83

Fryderyk Franciszek CHOPIN (1810-1849)
6 – Fantasia-Improviso em Dó sustenido menor, Op. 66

Gioachino Antonio ROSSINI (1792-1868)
Das Soirées Musicales:
7 – No. 8: La Danza (Tarantella Napolitana)

Felix MENDELSSOHN
Das Canções sem Palavras:
8 – Allegro non troppo (Op. 53 no. 2) – Allegretto grazioso (Op. 62 no. 6, Frühlingslied) – Presto (Op. 67 no. 4, La Fileuse)

Ferenc LISZT
Dos Liebesträume, Noturnos para piano, S. 541:
9 – No. 3 em Lá bemol maior

Edvard Hagerup GRIEG (1843-1907)
Do Peças Líricas, Livro III, Op. 43:
10 – No. 1: Papillon

Antonín Leopold DVOŘÁK (1841-1904)
Das Oito Humoresques, Op. 101:
11 – No. 7 em Sol bemol maior

Pyotr TCHAIKOVSKY
Das Estações, Op. 37a:
12 – No. 11: Novembro (Troika)

Sergey Sergeyevich PROKOFIEV (1891-1953)
Das Dez Peças para piano, Op. 12:
13 – No. 2: Gavota em Sol menor

Claude DEBUSSY
14 – La Plus que Lente, L. 121

Isaac Manuel Francisco ALBÉNIZ y Pascual (1860-1909)
Da Suíte Espanhola no. 1, Op. 47:
15 – No. 3: Sevilla

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Volume 12: CLÁSSICOS FAVORITOS III

Johann Sebastian BACH
Concerto em Ré menor, BWV 974 (transcrição do Concerto para oboé de Alessandro Marcello):
1 – Allegro
2 – Adagio
3 – Allegro

Ludwig van BEETHOVEN
Transcrição de Ferenc Liszt (S. 464)
Da Sinfonia no. 5 em Dó menor, Op. 67:
4 – Allegro con brio

Franz Peter SCHUBERT (1797-1828)
Dos Improvisos para piano, Op. 90 (D. 899):
5 – No. 2 em Mi bemol maior

Robert SCHUMANN
6 – Arabeske em Dó maior, Op. 18

Ferenc LISZT
Das Soirées de Vienne d’après Schubert, S. 427:
7 – No. 6: Valse-caprice

Claude DEBUSSY
Das Deux Arabesques, L. 66:
8 – No. 1 em Mi maior

Christian August SINDING (1856-1941)
Das Seis Peças, Op. 32:
9 – No. 3: Frühlingsrauschen

Manuel de FALLA
De La Vida Breve, ópera em dois atos:
10 – Dança Espanhola no. 1 (arranjo do compositor)

Pyotr TCHAIKOVSKY
Das Estações, Op. 37:
11 – No. 6: Junho (Barcarola)

Sergei RACHMANINOFF
Dos Études-Tableaux, Op. 39:
12 – No. 9 em Ré maior

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Arthur Moreira Lima, piano

Gravações realizadas na Saint Philip’s Church em Londres, Reino Unido, em 1998
Piano Steinway and Sons
Engenheiro de som: Peter Nichols
Direção Musical, produção, edição e masterização por Rosana Martins Moreira Lima



Fãs de Arthur encontram-se doravante INTIMADOS a ouvir o podcast “Conversa de Pianista”, do Instituto Piano Brasileiro, em que nosso ídolo conversa com o incrível Alexandre Dias, e que foi ao ar em 2020:

“1ª parte da entrevista do pianista Arthur Moreira Lima a Alexandre Dias, em que ele falou sobre como o piano começou em sua vida, suas primeiras aulas em família, seus primeiros recitais quando criança prodígio, e suas aulas com a grande professora Lúcia Branco, que o levou a participar do I Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro do 1957. Também comentou sobre grandes pianistas a que assistiu nas décadas de 1940 e 1950. Foram mencionados alguns dos assuntos que serão conversados nos próximos episódios, com especial atenção para sua rica discografia, e também sua premiação em importantes concursos internacionais de piano, como o Concurso Chopin (1965), Concurso de Leeds (1969) e o Concurso Tchaikovsky (1970). Nossa homenagem e agradecimento ao grande pianista Arthur Moreira Lima, que em 2020 completa 80 anos”.

Quem apreciar a entrevista encontra-se também intimado a apoiar o Instituto Piano Brasileiro, desde o Brasil ou do Exterior.

Em mais uma homenagem a Fluminense Moreira Lima, oferecer-lhe-emos um álbum de figurinhas com os heróis da final da Copa Rio de 1952, que certamente fizeram Arthurzinho chorar de alegria. Eis o arqueiro Carlos José Castilho, o Castilho (1927-1987).

Vassily

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Aberturas (Pinnock)

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Aberturas (Pinnock)

Não sei se Pinnock e seu The English Concert gravaram o Messias antes deste disco de 1986, apenas sei que, há 30 anos atrás, eles já estavam preparados para fazerem aquele que é, na minha opinião, o melhor registro do famoso oratório de Händel. Pois esta turma tem (ou tinha) Händel no DNA. Essas aberturas, ouvidas juntas, guardam algo de pomposo, talvez de repetitivo, mas a sonoridade da orquestra de Pinnock estava finamente preparada para mais. Como amo a música barroca, me lambuzei e me satisfiz mesmo aqui. Um belo disco.

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Aberturas

Alceste;
HWV 45 Act 1: Grand Entrée
1 Maestoso 2:46
Agrippina;
HWV 6 Sinfonia:
2 Without Tempo Indication – Allegro – Adagio 4:04
Il Pastor Fido; HWV 8a
3 Without Tempo Indication – Lentement 4:12
4 Largo 3:53
5 Allegro 2:12
6 (Menuet) 2:00
7 Adagio 8:20
8 (Allegro) 3:24
Saul; HWV 53
Act 1: Sinfonia

9 Allegro 4:05
10 Larghetto – Adagio 2:42
11 Allegro 2:38
12 Andante Larghetto 2:40
Act 2: Sinfonia “Wedding Symphony”
13 Largo _ Allegro 4:44
Teseo; HWV 9
Ouverture

14 Largo – Without Tempo Indication 5:19
Samson; HWV 57
15 Andante – Adagio 3:53
16 Allegro 1:42
17 Menuetto 2:17

The English Concert
Trevor Pinnock

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O gordo mestre da ópera barroca
O gordo mestre da ópera barroca

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Suites for Keyboard (Keith Jarrett)

G. F. Handel (1685-1759): Suites for Keyboard (Keith Jarrett)
Version 1.0.0

Mais uma excelente gravação de Keith Jarrett no terreno da música erudita. Diferentemente do que fez com Bach, aqui Keith utiliza o piano em vez do cravo. Sem problemas. A gravação de Jarrett destas sete suites de Handel é deliciosa. Sempre a serviço do compositor, ele é consistentemente lírico, nunca é apressado ou agitado, sempre tem algo quente e rico a dizer. Cada suíte tem personalidade própria e Jarrett trata de impregná-las com profundidade e humanidade diversas. Estão notáveis o prelúdio da Suite 1, No. 1 (HWV 426), a pureza da allemande que a segue assim como a melancolia da courante. E o que dizer do adágio de abertura da Suite 1, No. 2 (HWV 427) e da peculiar beleza que Jarrett dá ao prelúdio-fuga da Suite 1, No. 8 (HWV 433)?

Baixa logo, meu.

G. F. Handel (1685-1759): Suites for Keyboard (Keith Jarrett)

1. Suite in G minor, HWV 452 – 1. Allemande 2:47
2. Suite in G minor, HWV 452 – 2. Courante 3:00
3. Suite in G minor, HWV 452 – 3. Sarabande 2:15
4. Suite in G minor, HWV 452 – 4. Gigue 1:21

5. Suite No.15 in D minor for Harpsichord, HWV 447 – 1. Allemande 2:06
6. Suite No.15 in D minor for Harpsichord, HWV 447 – 2. Courante 2:31
7. Suite No.15 in D minor for Harpsichord, HWV 447 – 3. Sarabande 1:51
8. Suite No.15 in D minor for Harpsichord, HWV 447 – 4. Gigue 1:05

9. Harpsichord Suite Set II No.7 in B flat major, HWV 440 – 1. Allemande 2:00
10. Harpsichord Suite Set II No.7 in B flat major, HWV 440 – 2. Courante 2:05
11. Harpsichord Suite Set II No.7 in B flat major, HWV 440 – 3. Sarabande 2:38
12. Harpsichord Suite Set II No.7 in B flat major, HWV 440 – 4. Gigue 1:22

13. Harpsichord Suite Set I No.8 in F minor, HWV 433 – 1. Prélude – Fuga 5:03
14. Harpsichord Suite Set I No.8 in F minor, HWV 433 – 2. Allemande 2:54
15. Harpsichord Suite Set I No.8 in F minor, HWV 433 – 3. Courante 2:39
16. Harpsichord Suite Set I No.8 in F minor, HWV 433 – 4. Gigue 2:09

17. Harpsichord Suite Set I No.2 in F major, HWV 427 – 1. Adagio 2:45
18. Harpsichord Suite Set I No.2 in F major, HWV 427 – 2. Allegro 2:48
19. Harpsichord Suite Set I No.2 in F major, HWV 427 – 3. Adagio 1:46
20. Harpsichord Suite Set I No.2 in F major, HWV 427 – 4. Allegro 2:00

21. Harpsichord Suite Set I No.4 in E minor, HWV 429 – 1. Fuga 3:37
22. Harpsichord Suite Set I No.4 in E minor, HWV 429 – 2. Allemande 2:07
23. Harpsichord Suite Set I No.4 in E minor, HWV 429 – 3. Courante 2:53
24. Harpsichord Suite Set I No.4 in E minor, HWV 429 – 4. Sarabande 3:23
25. Harpsichord Suite Set I No.4 in E minor, HWV 429 – 5. Gigue 1:52

26. Harpsichord Suite Set I No.1 in A major, HWV 426 – 1. Prelude 2:31
27. Harpsichord Suite Set I No.1 in A major, HWV 426 – 2. Allemande 3:29
28. Harpsichord Suite Set I No.1 in A major, HWV 426 – 3. Courante 3:13
29. Harpsichord Suite Set I No.1 in A major, HWV 426 – 4. Gigue 3:15

Keith Jarrett, piano

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PQP

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock)

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock)

Então é Natal — que lindo –, os sinos badalam, neva em Porto Alegre e estou inteiramente tomado de boas intenções, com o coração cheio de Cristo. Bem, tá bom. É brincadeira deste ateu mau e comedor de criancinhas. Nada de pedofilia, trata-se de gastronomia mesmo. Como os comunas faziam, lembram? Somos apreciadores das vitelas swiftianas. Mas este CD traz Trevor Pinnock e seu The English Concert num agradável programa natalino, um presentão para nossos leitores-ouvintes. Há música muito boa, mas as melhores vão para as figurinhas carimbadas de sempre: Vivaldi, Handel e Corelli. O restante do recheio é passa de uva. O trio citado é o licor. Desejo-lhes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Que o Menino Jesus ilumine suas vidas!

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock

Marc-Antoine Charpentier – Noels Sur Les Instruments
1. 1. Vous qui désirez sans fin
2. 2. A la venue de Noël
3. 3. Or nous dites, Marie
4. 4. Où s’en vont ces gais bergers?

Johann Melchior Molter – Concerto Pastorale In G Major
5. 1. Larghetto – Allegro e forte – (Larghetto)
6. 2. Aria 1: a tempo giusto – Aria 2: Lento e sempre piano – Aria 3: Tempo die Menuetto

Antonio Vivaldi – Concerto For 2 Trumpets In C Major, Rv 537
7. 1. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
8. 2. Largo – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
9. 3. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock

Giuseppe Baldassare Sammartini – Pastorale In G Major
10. Pastorale in G major – Andante sostenuto

Georg Philipp Telemann – Concerto Polonois In G Major
11. 1. Dolce
12. 2. Allegro
13. 3. Largo
14. 4. Allegro

George Frideric Handel – Concerto A Due Cori In B Flat Major, Hwv 332
15. 1. Ouverture
16. 2. Allegro ma non troppo
17. 3. Allegro
18. 4. Largo
19. 5. A tempo ordinario
20. 6. Alla breve. Moderato
21. 7. Menuet (Allegro)

Arcangelo Corelli – Concerto Grosso In G Minor
22. 1. Vivace – Grave
23. 2. Allegro
24. 3. Adagio – Allegro – Adagio
25. 4. Vivace
26. 5. Allegro
27. 6. Pastorale: Largo

The English Concert
Trevor Pinnock

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George Friedrich Handel (1685-1759): Italian Cantatas (Kozená / Minkowski)

George Friedrich Handel (1685-1759): Italian Cantatas (Kozená / Minkowski)

Uma imensa cantora e uma baita orquestra para revelar as Cantatas Italianas de Handel, antes desconhecidas para mim. O alemão não consegue ser “italiano” como foi depois “inglês”, mas as cantatas são de muito alto nível musical. Marc Minkowski e Magdalena Kozená matam a pau. A cantora realiza mais uma de suas grandes atuações, e Minkowski traz seu habitual entusiasmo e qualidade. Notem como o jovem Handel já estava interessado nos colorido orquestral, algo nada comum numa época em que os timbres não eram considerados conteúdo, sendo até intercambiáveis.

George Friedrich Handel (1685-1759): Italian Cantatas (Kozená / Minkowski)

Il deliro amoroso “Da quel giorno fatale”
1) Sonata (Introduzione) [4:44]
2) Recitativo “Da quel giorno fatale” [0:55]
3) Aria “Un pensiero voli in ciel” [8:24]
4) Recitativo “Ma fermati pensier” [1:14]
5) Aria “Per te lasciai la luce” [7:36]
6) Non ti bastava, ingrato [0:59]
7) Aria “Lascia omai”/Recitativo “Ma siamo” [5:29]
8. Entree [2:06]
9) Arietta e Recitativo “In queste amene piagge” [2:35]

La Lucrezia “O Numi eterni”, Cantata HWV 145
10) Recitativo “O Numi eterni” [1:01]
11) Aria “Giù superbo del mio affanno” [5:20]
12) Recitativo “Mai voi, forse nel cielo” [0:44]
13) Aria “Il suol che preme” [2:50]
14) Recitativo “Ah! che ancor”/Furioso [1:28]
15) Arioso “Alla salma infedel” [3:00]
16) Recitativo “A voi, a voi padre” [0:54]
17) Arioso “Già nel seno”/Furioso [1:37]

Il consiglio “Tra le fiamme”, Cantata HWV 170
18) Aria “Tra le fiamme tu scherzi”/Recitativo [6:35]
19) Aria “Pien di nuove”/Recitativo [4:17]
20) Aria “Voli per l’aria”/Recitativo [2:52]
21) Aria “Tra le fiamme” – Da capo/A [2:30]

Magdalena Kozená
Les Musiciens du Louvre
Marc Minkowski

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Sei lá, eu gosto.
Sei lá, eu gosto.

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Water Music / Music for the Royal Fireworks (Savall)

G. F. Handel (1685-1759): Water Music / Music for the Royal Fireworks (Savall)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Acho que estou passando por um Período Savall. Mas não creio que vocês tenham vontade de reclamar. Este é um disco festivo e luminoso como são a Música Aquática e a Música para os Reais Fogos de Artifício. Savall e sua orquestra dão um banho como o que aconteceu na estreia da Música para os Reais Fogos de Artifício.

A Música Aquática (Water Music) é uma suíte orquestral cuja estreia ocorreu em 17 de julho de 1717, após o rei Jorge I encomendar um concerto para ser executado sobre o rio Tâmisa. O concerto foi interpretado originalmente por cerca de 50 músicos que ficavam sobre uma barca próxima ao barco real, a partir do qual o monarca escutava a peça com sua corte. O rei teria gostando tanto das suítes que pediu a seus músicos, já esgotados, que tocassem-na por três vezes…

No dia 21 de Abril de 1749, contra a vontade do compositor, realizou-se a estreia da Música para os Reais fogos de Artifício. Handel escreveu-a para comemorar a assinatura do tratado de Aix-la-Chapelle, que pôs fim à Guerra da Sucessão da Áustria. A primeira apresentação desta obra, no dia 21 de Abril, foi mais um ensaio público do que uma estreia, pois a estreia estava marcada para o dia 27. No entanto, este ensaio juntou 12.000 pessoas, causando enorme engarrafamento na ponte de Londres. Da estreia propriamente dita, o mínimo que se pode dizer é que foi atribulada. Aconteceu no dia 27 de Abril de 1749 e a emoção não esteve ausente: a estrutura montada especialmente para a ocasião incendiou parcialmente, além de ter chovido durante o concerto, o que apagou os fogos-de-artifício, além de molhar o público.

Georg Friederich Handel: Water Music / Music for the Royal Fireworks

1. Water Music, Ste I: Prld
2. Water Music, Ste I: Menuet I
3. Water Music, Ste I: Menuet II
4. Water Music, Ste I: Rigaudon I
5. Water Music, Ste I: Rigaudon II
6. Water Music, Ste I: Menuet I
7. Water Music, Ste I: Menuet II
8. Water Music, Ste I: Gigue I
9. Water Music, Ste I: Gigue II
10. Water Music, Ste I: Bourree
11. Water Music, Ste I: Lentement
12. Water Music, Ste I: Alla Hornpipe

13. Water Music, Ste II in F: Ov
14. Water Music, Ste II in F: Adagio E Staccato
15. Water Music, Ste II in F: Allegro
16. Water Music, Ste II in F: Andante, Allegro
17. Water Music, Ste II in F: Menuet
18. Water Music, Ste II in F: Air
19. Water Music, Ste II in F: Bourree
20. Water Music, Ste II in F: Hornpipe
21. Water Music, Ste II in F: Aria
22. Water Music, Ste II in F: Menuet

23. Music For The Royal Fireworks, Ov: Adagio
24. Music For The Royal Fireworks: Allegro-Lentement-Allegro
25. Music For The Royal Fireworks: Bourree
26. Music For The Royal Fireworks, La Paix: Largo Alla Siciliana
27. Music For The Royal Fireworks, La Rejouissance: Allegro
28. Music For The Royal Fireworks: Menuet II – Menuet I – Menuet II

Le Concert Des Nations
Jordi Savall

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Jordi Savall: gênio
Jordi Savall: gênio

PQP

Handel (1685 – 1759): Concerti grossi & Overtures – B’Rock Orchestra ֎

Handel (1685 – 1759): Concerti grossi & Overtures – B’Rock Orchestra ֎

HANDEL

Concertos e Aberturas

Handel era grande – grandioso! – e opulência uma de suas marcar registradas. Lembremos que escreveu música real. Nascido no mesmo ano que Johann Sebastian Bach e Domenico Scarlatti era também imensamente talentoso, tanto compositor quanto instrumentista. Foi um cidadão do mundo europeu e dominou com maestria os estilos e gêneros então praticados.

Neste interessante disco temos uma mostra de sua produção orquestral. A orquestra ‘from Ghent to the world’ com o provocador nome B’Rock Orchestra usa instrumentos de época e, apesar de não ser muito grande, produz um som à altura do George. A escolha de repertório é para fisgar os que (ainda) não conhecem a música de Handel e para lembrar aos que a conhecem de quanto é boa.

Dois concertos grossi, um de cada coleção, opus 3 e opus 6. Eu simplesmente adoro o Primeiro Concerto do opus 6. Aberturas de algumas óperas completam este delicioso programa que deve render uma boa hora de barroco prazer.

Concerto Grosso No. 4 in F Major, Opus 3, HWV 315
  1. Andante
  2. Allegro
  3. Allegro
  4. Minuetto Alternativo
Flavio, HWV 16 – Ouverture
  1. (Grave)
  2. Allegro
Lotario, HWV 26 – Ouverture
  1. Ouverture
  2. Gavotta
Concerto Grosso No. 1 in G Major, Opus 6, HWV 319
  1. A Tempo Giusto
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro
  5. Allegro
II Pastor Fido, HWV 8 – Ouverture
  1. Ouverture
  2. Largo
  3. Allegro
  4. Allegro
  5. Largo
  6. Allegro

B’Rock Orchestra

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MP3 | 320 KBPS | 177 MB

B’Rock Orchestra has the Baroque era at heart. Our intuitive, ambitious and connective approach has made us one of today’s most successful and forward-thinking period orchestras.

Aproveite!

René Denon

O pessoal do B’Rock em frente ao quartinho de ‘guardar tudo’ do PQP Bach…

Se você gostou desse post, pode querer visitar este aqui…

Handel (1685 – 1759): Concerti grossi Op. 6 – Combattimento Consort Amsterdam & Jan Willem de Vriend ֎

Georg Friedrich Händel (1685-1759): O Messias (Karl Richter)

Georg Friedrich Händel (1685-1759): O Messias (Karl Richter)

O horror, o horror… Para nostálgicos — detesto-os! — que negam-se a reciclar as versões que ouviram no passado: exato, a gravação de Richter. Meu colega Ciço Villa-Lobos me presenteou com a gravação através da qual tomei meu primeiro contato com O Messias, lá no começo dos anos 70. Karl Richter era a maior das maravilhas. Esta gravação e a da Missa em Si Menor de Bach que ele fez com a Orquestra Bach de Munique eram referências absolutas e imbatíveis. Porém, nada envelheceu tanto quando os registros de música barroca daqueles anos e dos anteriores. Suas sonoridades são encorpadas demais, modernas demais, potentes demais. Com o passar dos anos, a música historicamente informada, com suas belas sonoridades rarefeitas, tomaram conta do mundo e de meu cérebro. Mas há quem ainda goste desses monstros jurássicos. Eu fora!

Georg Friedrich Händel (1685-1759): O Messias (Karl Richter)

Disc: 1
1. Symphony (Grave-Allegro Moderato)
2. Accompagnato (Tenor): Comfort Ye My People
3. Aria (Tenor): Ev’ry Valley Shall Be Exalted
4. Chorus: And The Glory Of The Lord Shall Be Revealed
5. Accompagnato (Bass): Thus Saith The Lord Of Hosts
6. Aria (Bass): But Who May Abide The Day Of His Coming
7. Chorus: And He Shall Purify
8. Recitative (Contralto): Behold, A Virgin Shall Conceive/Aria (Contralto): O Thou That Tellest Good
9. Chorus: O AThou That Tellest Good Tidings
10. Accompagnato (Bass): For Behold, Darkness Shall Cover
11. Aria (Bass): The People That Walked In Darkness
12. Chorus: For Unto Us A Child Is Born
13. Pifa (Pastoral Symphony)
14. Recitative (Soprano): There Were Shepherds Abiding In The Fields
15. Chorus: Glory To God In The Highest
16. Aria (Soprano): Rejoice Greatly, O Daughter Of Zion
17. Recitative (Contralto): Then Shall The Eyes Of The Blind /Duet: (Contralto, Soprano): He Shall Feed
18. Chorus: His Yoke Is Easy, His Burthen Is Light
19. Chorus: Behold The Lamb Of God
20. Aria (Contralto): He Was Despised
21. Chorus: Surely, He Hath Borne Our Griefs

Disc: 2
1. Chorus: And With His Stripes We Are Healed
2. Chorus: All We Like Sheep Have Gone Astray
3. Accompagnato (Tenor): All They That See Him
4. Chorus: He Trusted In God
5. Accompagnato (Tenor): Thy Rebuke Hath Broken His Heart
6. Arioso (Tenor): Behold, And See If There Be Any Sorrow
7. Accompagnato (Tenor): He Was Cut Off Out Of The Land/ Aria (Tenor): But Thou Didst Not leave His So
8. Chorus: Lift Up Your Heads, O Ye Gates
9. Recitative (Tenor): Unto Which Of The Angels/Chorus: Let All The Angels Of God Worship Him
10. Aria (Contralto): Thou Are Gone Up On High
11. Chorus: The Lord Gave The Word
12. Aria (Soprano): How Beautiful Are The Feet
13. Arioso (Tenor): Their Sound Is Gone Out
14. Aria (Bass): Why Do The Nations So Furiously Rage
15. Chorus: Let Us Break Their Bonds Asunder
16. Recitative (Tenor): He That Dwelleth In Heaven/Aria (Tenor): Thou Shalt Break Them
17. Chorus: Hallelujah
18. Chorus: Since By Man Came Death
19. Accompagnato (Bass): Behold, I Tell You A Mystery/Aria (Bass): The Trumpet Shall Sound
20. Recitative (Contralto): Then Shall Be Brought To Pass/Duet (Contralto, Tenor): O Death, Where Is Th
21. Aria (Soprano): If God Be For Us
22. Chorus: Worthy Is The Lamb That Was Slain
23. Chorus: Amen

Anna Reynolds
Donald McIntyre
Edgar Krapp
Helen Donath
Gordon Webb
Stuart Burrows

Hedwig Bilgram, órgão
London Philharmonic Orchestra
Karl Richter

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PQP

Georg Friederich Händel (1685-1759): Ode for St. Cecilia’s Day (Mields, Wilde, Helbich)

Georg Friederich Händel (1685-1759): Ode for St. Cecilia’s Day (Mields, Wilde, Helbich)

IM-PER-DÍ-VEL

Handel escreveu vários sambas-enredo. Há Messias, por exemplo, onde ele fantasia coisas sobre um personagem ficcional, e há muitas daquelas coisas que chamamos de óperas que são empolados sambas-enredos. A Ode para Santa Cecília — porta-bandeira da música — é uma tremenda obra que deixará os pequepianos boquiabertos. Os sambas são fenomenais. Cuidem a dolência de What passion cannot Music raise. É espetacular, perfeito. Ouçam os corais como estão afinados ao puxador de samba, sem atravessar nunca. Tudo isto é uma Cantata escrita por John Dryden. O tema é menos fantasioso do que os dos sambas-enredo habituais: trata da teoria de Pitágoras da Harmonia Mundi, onde a música era uma força central na criação da Terra. Tudo bem, né? Fazer o quê?

CD da Naxos. (Além de perfeito para um domingo de Carnaval).

Georg Friederich Händel (1685-1759): Ode for St. Cecilia’s Day (Mields, Wilde, Helbich)

1. Overture 00:03:35
2. Interlude 00:01:23
3. Recitative: From harmony, from heav’nly harmony 00:03:20
4. Chorus: From harmony 00:03:27
5. Air: What passion cannot Music raise 00:08:19
6. Air and chorus: The trumpet’s loud clangour 00:03:25
7. March 00:02:02
8. Air: The soft complaining flute 00:05:08
9. Air: Sharp violins proclaim 00:04:10
10. Air: But oh! what art can teach 00:04:15
11. Air: Orpheus could lead the savage race 00:01:46
12. Recitative: But bright Cecilia 00:00:42
13. Air and chorus: As from the powers of sacred lays 00:07:11

Total Playing Time: 00:48:43

Dorothee Mields
Mark Wilde
Alsfelder Vocal Ensemble
Concerto Polacco
Wolfgang Helbich

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Na boa, eu amo esta mulher. Ela canta maravilhosamente. Ela é Dorothee Mields.

PQP

Del barroco y del romanticismo ao siglo XXI (Carlos Prieto / Edison Quintana / Juan Luis Prieto)

Del barroco y del romanticismo ao siglo XXI (Carlos Prieto / Edison Quintana / Juan Luis Prieto)

Faz muito tempo que não é postado um CD com obras para violoncelo e piano aqui no blog. Aí vai um, com o maior violoncelista mexicano da atualidade, Carlos Prieto. Algumas dentre as primeiras peças são transcrições, mas a maioria é original. O cello de Prieto tá meio fraquinho (detesto cello que canta “pra dentro”), porém, assim como no post da semana passada, vale pela peça de Marlos Nobre – e também pela de Ernst Mahle, pela de Mignone, pela do mexicano Eugenio Toussaint e pela do americano Lukas Foss.

***

Del barroco y del romanticismo ao siglo XXI (Carlos Prieto / Edison Quintana / Juan Luis Prieto)

1 Passacaglla (para violín y violonchelo)
Adapted By – Johan Halvorsen
Composed By – Georg Friedrich Händel
7:09
2 Pezzo capriccioso Op. 62 (para violonchelo y piano)
Composed By – Pyotr Ilyich Tchaikovsky
6:09
3 Vocalise, op. 34, Nº 14 (para violonchelo y piano)
Composed By – Sergei Vasilyevich Rachmaninoff
5:52
4 Introduction et Polonaise Brillante Op. 3 (para violonchelo y piano)
Adapted By – Emanuel Feuermann
Composed By – Frédéric Chopin
8:40
5 Capriccio (para violonchelo y piano)
Composed By – Lukas Foss
6:05
6 Modinha (para violonchelo y piano)
Composed By – Francisco Mignone
3:38
7 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 1. Allegro alla marcia. Lidio – menor
Composed By – Ernst Mahle
2:29
8 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 2. Moderato. Lidio – mixolidio
Composed By – Ernst Mahle
2:29
9 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 3. Allegro moderato. Frigio – dórico
Composed By – Ernst Mahle
1:22
10 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 4. Un poco vivo. Tonos enteros
Composed By – Ernst Mahle
1:37
11 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 5. Allegro. Lidio – gitano
Composed By – Ernst Mahle
2:07
12 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 6. Con moto. Tono octotónico
Composed By – Ernst Mahle
2:12
13 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 7. Andante. Frigio – mayor
Composed By – Ernst Mahle
1:59
14 Ocho Duos Modales (para dos violonchelos). 8. Andantino. Frigio – gitano
Composed By – Ernst Mahle
2:27
15 Partita Latina (2001 – Estreno mundial, para violonchelo y piano). I. Lento. Estático
Composed By – Marlos Nobre
6:14
16 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). II. Appassionato
Composed By – Marlos Nobre
1:03
17 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). III. Scherzando (Poco Vivo)
Composed By – Marlos Nobre
1:56
18 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). IV. Calmo
Composed By – Marlos Nobre
2:34
19 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). V. Profundo. Molto Lento
Composed By – Marlos Nobre
2:46
20 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). VI. Vivo
Composed By – Marlos Nobre
1:10
21 Partita Latina (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano). VII. Grave
Composed By – Marlos Nobre
2:51
22 Pour Les Enfants (2001 – Estreno Mundial, Para Violonchelo y Piano)
Composed By – Eugenio Toussaint
6:46

Piano – Edison Quintana (tracks: 2, 3, 4, 5, 6,15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22)
Violin – Juan Luis Prieto (tracks: 1)
Violoncello – Carlos Prieto, Juan Hermida (3) (tracks: 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14)

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Carlos Brianco

CVL

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Música Aquática / Música para os Reais Fogos de Artifício (Pinnock)

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Música Aquática / Música para os Reais Fogos de Artifício (Pinnock)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este CD entrou merecidamente na Coleção “The Originals” das melhores gravações da DG e Archiv. Trata-se de uma joia. O comando de Trevor Pinnock da Water Music e do Royal Fireworks, ambos ouvidas completas, são instantaneamente recomendáveis. A pompa e a cerimónia são captadas de forma brilhante, assim como a graça e leveza dos vários movimentos de dança, especialmente na Música Aquática, embora em nenhum momento Pinnock nos deixe esquecer que esta também é uma música de grande ousadia e originalidade. Uma das qualidades mais memoráveis ​​da sua abordagem é que ela realmente nos permite ouvir a música num ambiente instrumental que certamente teria sido familiar ao próprio compositor. Na grandiloquente Música para os Reais de Fogos de Artifício, duvido que as concessões de escala — não imagino que Pinnock tenha usado os 24 oboés, as dúzias de fagotes e os incontáveis metais que Handel tinha à sua disposição em 1748! — influam muito, dada a espontaneidade e o perfeição dessas interpretações.

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Música Aquática / Música para os Reais Fogos de Artifício (Pinnock)

Water Music Suite In F Major HWV 348
1. Ouverture (Largo – Allegro) 3:19
2. Adagio E Staccato 2:14
3. (Allegro) – Andante – (Allegro Da Capo) 7:49
4. (Menuet) 3:14
5. Air 3:02
6. Menuet 3:24
7. Bourrée 2:08
8. Hornpipe 2:38
9. (Andante) 3:07

Water Music Suite In D/G Major HWV 349/350
10. (Ouverture) 2:08
11. Alla Hornpipe 4:16
12. (Menuet) 2:54
14. Rigaudon 2:45
14. Lentement 2:03
15. Bourrée 1:21
16. Menuet 1:07
17.(Andante) 1:39
18. (Country Dance I/II) 1:29
19. Menuet 3:26

Music For The Royal Fireworks HWV 351
1. Ouverture (Adagio – Allegro – Lentement – Allegro) 7:21
2. Bourrée 1:37
3. La Paix 4:11
4. La Réjouissance 2:09
5. Menuet I 1:29 / Menuet II 1:37

The English Concert
Trevor Pinnock

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O grande Pinóquio.

PQP

Handel (1685 – 1759): Water Music & Fireworks – Le Concert Spiritual & Hervé Niquet ֎

Handel (1685 – 1759): Water Music & Fireworks – Le Concert Spiritual & Hervé Niquet ֎

HANDEL

Water Music

Music for the Royal Fireworks

Le Concert Spiritual

Hervé Niquet

Handel havia caído das graças do rei George I e andava amargando um misere medonho sem as bonanças reais – fornecedores de carnes, embutidos, queijos, vinhos e perucas andavam arredios e Handel na maior secura.

Mas, sempre cercados de amigos nobres e influentes, ele logo teve a sua chance. O rei decidiu oferecer um festival aquático, afinal as margens do Tâmisa são lindas.

Handel preparou para a ocasião uma excelente suíte orquestral, com oboés e todos os instrumentos de sopros que tanto agradavam ao rei, mas disso para ele nada contaram, seria uma surpresa.

No momento certo a orquestra tocou sob a regência de Handel e a música agradou tanto sua majestade que vários trechos tiveram que ser repetidos. O próprio rei exigiu a presença do responsável por aquelas belezuras. Como não se deve negar qualquer coisa ao rei, os nobres levaram à presença real o outro George… Nem precisa dizer que Handel voltou a ficar de boas com o rei, para grande alegria dos seus fornecedores e nossa também, que a música é ouvida até hoje.

Maestros tais como Sir Thomas Beecham, Rafael Kubelik e George Szell estão entre os que deixaram registros dessa música usando orquestras convencionais, mas depois do surgimento dos grupos historicamente informados, esse tipo de abordagem ficou anacrônico. Temos tantas e tão boas gravações com estas orquestras que é até difícil escolher. Os conhecidos Pinnock, Hogwood, Manitas-de-Piedra-Gardiner, Savall são algumas que não podemos esquecer, mas há muitas mais. Para essa postagem iniciei com a gravação da orquestra belga B’Rock, mas acabei chegando a essa outra gravação, de Hervé Niquet e Le Concert Spiritual, que acabei favorecendo, mas a decisão precisou do uso de VAR.

Este disco foi gravado para celebrar o 15º aniversário do grupo Le Concert Spirituel reunindo uma centena de músicos no Arsenal, na cidade de Metz, um espaço cultural que é a sede da Orquestra Nacional da Lorraine, para recriar com exatidão o evento original, regido por Handel:

Foi uma longa e luxuosa noite; um exercício de relações públicas, poder e política, e um entretenimento privado muito público. Na noite amena de 17 de julho de 1717, a um custo de “cento e cinquenta libras apenas para os músicos”, o rei George I entrou na Barca Real em Whitehall e navegou em uma flotilha de cortesãos e diplomatas para a casa de Lord Ranelagh, em Chelsea, onde jantou.

Com o ouvido embevecido por três suítes orquestrais que sintetizavam estilos francês, italiano e inglês com instrumentação inédita (acredita-se que a suíte G maior de contornos mais suaves pode ter sido tocada dentro de casa), o rei gostou tanto da criação de Handel que pediu que ela fosse tocada uma segunda e terceira vez.

Pois então, você precisa ouvir para crer – um som realmente majestoso, dignos dos Georges em questão…

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Water Music Suite No. 1 in F major, HWV348

  1. Overture – II. Adagio e staccato
  2. Allegro
  3. Andante
  4. Allegro da capo
  5. Passepied
  6. Air
  7. Menuet
  8. Bouree – IX. Hornpipe
  9. Air: Allegro

Water Music Suite No. 2 in D major, HWV349

  1. Prelude: Allegro
  2. Alla Hornpipe
  3. Menuet
  4. Lentement
  5. Bourree

Water Music Suite No. 3 in G major, HWV350

  1. Sarabande
  2. Rigaudon I-II
  3. Menuet I-II
  4. Gigue I-II

Music for the Royal Fireworks, HWV351

  1. Overture Adagio
  2. Overture: Allegro
  3. Bourree
  4. La paix
  5. La rejouissance
  6. Menuet I – VI. Menuet II

Special track

  1. Joyeux Anniversaire

Le Concert Spirituel

Hervé Niquet

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FLAC | 339 MB

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MP3 | 320 KBPS | 154 MB

Hervé pousando em frente às colunas do PQP Bach Hall de Metz…

Handel Royal Fireworks Music; Water Music

Veja essa crítica para maiores detalhes sobre os instrumentos usados…

Massed bands for Handel in exhilarating period performances by Hervé Niquet 

“Under Niquet’s high-adrenalin direction the instruments bray, rasp and swagger to gloriously raucous effect. You will not hear a more elementally exciting Fireworks than this.” The Daily Telegraph

A equipe de artes do PQP Bach mandou essa ilustração para a postagem do mighty George…

Aproveite!

René Denon

Bach / Jiří Benda / Händel / Sarasate / Vivaldi / Wieniawski: Obras para Violino(s) com David & Igor Oistrakh

Bach /  Jiří Benda / Händel / Sarasate / Vivaldi / Wieniawski: Obras para Violino(s) com David & Igor Oistrakh

A série The Originals, da DG, costuma ser tiro certo. Apesar da absoluta confusão do repertório, este CD é maravilhosamente bem interpretado pelos Oistrakh em diversas formações orquestrais. As obras são tão díspares entre si que dá vontade de ouvir tudo separadamente. Mas, enfim, eram outros tempos e ninguém morria por falta de coerência. Posto este CD por ele ter sido uma audição habitual na casa de meus pais (os outros). É um disco muito alegre do começo ao fim. De certa forma, proporciona um contraste muito caloroso com a preferência contemporânea por performances de época para a maioria destas peças. (Nota: eu AMO e PREFIRO performances de época!). Prezo especialmente os duetos de Wieniawski porque raramente são gravadas. O que é mais legal é que muitas dessas peças são populares entre estudantes de violino, e ter dois violinistas estelares tocando-as é muito gostoso de ouvir.

Bach / Jiří Benda / Händel / Sarasate / Vivaldi / Wieniawski: Obras para Violino(s) com David & Igor Oistrakh

Obras para Violino(s) com David & Igor Oistrakh

Antonio Vivaldi:
1. Concerto grosso for 2 violins, strings and continuo in A minor, Op.3/8 , RV 522 – 1. Allegro 3:58
2. Concerto grosso for 2 violins, strings and continuo in A minor, Op.3/8 , RV 522 – 2. Larghetto 4:24
3. Concerto grosso for 2 violins, strings and continuo in A minor, Op.3/8 , RV 522 – 3. Allegro 4:00

J. S. Bach:
4. Sonata in C, BWV 1037 Anh.III 187 – 1. Adagio 4:29
5. Sonata in C, BWV 1037 Anh.III 187 – 2. Allabreve 2:53
6. Sonata in C, BWV 1037 Anh.III 187 – 3. Alla breve 2:35
7. Sonata in C, BWV 1037 Anh.III 187 – 4. Presto 4:56

G.F. Handel:
8. Trio Sonata for 2 Flutes and Continuo in G minor, Op.2, No.6, HWV 391 – 1. Andante – Allegro 5:12
9. Trio Sonata for 2 Flutes and Continuo in G minor, Op.2, No.6, HWV 391 – 2. Arioso 3:36
10. Trio Sonata for 2 Flutes and Continuo in G minor, Op.2, No.6, HWV 391 – 3. Allegro 2:01

J. G. Benda:
11. Trio Sonata in E major for 2 violins and piano – 1. Moderato 6:37
12. Trio Sonata in E major for 2 violins and piano – 2. Largo 5:27
13. Trio Sonata in E major for 2 violins and piano – 3. Allegro 2:42

H. Wieniawski:
14. Etudes-Caprices for 2 violins, Op.18 – No.2 in E flat major 5:14
15. Etudes-Caprices for 2 violins, Op.18 – No.5 in E major 1:55
16. Etudes-Caprices for 2 violins, Op.18 – No.4 in A minor 1:31

P. de Sarasate:
17. Navarra for two violins, Op.33

David Oistrakh (Conductor, Violin),
Igor Oistrakh (Violin)
Franz Konwitschny (Conductor),
Gewandhaus Orchestra
Royal Philharmonic Orchestra e outros

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Filho e pai, bem felizinhos.

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 3, Nos. 1-6 (Northern Sinfonia, Creswick)

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 3, Nos. 1-6 (Northern Sinfonia, Creswick)

Os seis Concerti Grossi Op. 3 de Handel nunca sofreram uma superexposição no catálogo de CDs e, de fato, a atenção consideravelmente maior dada ao Op. 6 é justificada. Com exceção do Concerto nº 4, estes são exemplos bastante comuns da habilidade de Handel como melodista. Não me interpretem mal, esta não é música de segunda categoria, mas é menor do que as do habitual Handel, o de primeira categoria. Ao contrário das obras posteriores do gênero, a maioria delas dá um papel solo dominante ao oboé (ou oboés) e, o que não é incomum para Handel, ele às vezes recicla material usado em outros lugares. O Concerto nº 4 é a única obra deste grupo que realmente se destaca das demais, desde a abertura francesa. Aqui temos não somente um gostinho do trabalho de um mestre talentoso, mas de um compositor superior. Em tudo isso, a Northern Sinfonia vai muito bem. É certamente agradável de ouvir, mas dá vontade de ouvir aquele outro Handel.

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 3, Nos. 1-6 (Northern Sinfonia, Creswick)

Concerto Grosso in B-Flat Major, Op. 3, No. 1
1 I. Allegro 02:48
2 II. Largo 04:42
3 III. Allegro 01:20

Concerto Grosso in B-Flat Major, Op. 3, No. 2, HWV 313
4 I. Vivace 01:48
5 II. Largo 02:43
6 III. Allegro 01:55
7 IV. Moderato 01:57
8 V. Allegro 03:23

Concerto Grosso in G Major, Op. 3, No. 3
9 I. Largo, e staccato 00:23
10 II. Allegro 02:27
11 III. Adagio 00:59
12 IV. Allegro 02:59

Concerto Grosso in F Major, Op. 3, No. 4
13 I. Andante – Allegro 03:51
14 II. Andante 02:08
15 III. Allegro 01:25
16 IV. Minuetto alternativo: Allegro 02:44

Concerto Grosso in D Minor, Op. 3, No. 5
17 I. Largo 01:38
18 II. Fuga: Allegro 02:08
19 III. Adagio 01:36
20 IV. Allegro, ma non troppo 01:57
21 V. Allegro 02:43

Concerto Grosso in D Major, Op. 3, No. 6, HWV 317
22 I. Vivace 02:38
23 II. Allegro 03:53

Total Playing Time: 54:05

Conductor(s): Creswick, Bradley
Northern Sinfonia

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O pessoal está ensaiando, mas Handel só quer saber das moças. (Marco Ricci, 1709)

PQP

Georg Friedrich Handel (1685-1759): Sonatas para Violino e Cravo (Kurosaki, Christie)

Georg Friedrich Handel (1685-1759): Sonatas para Violino e Cravo (Kurosaki, Christie)

É um excelente CD, tão bom quanto aquele que postei dia desses com Andrew Manze e Richard Egarr. Acho que a dupla nipo-americana tem mais humor que Manze-Egarr. Há falhas em duas faixas (arquivos) da primeira sonata do CD — elas terminam abruptamente –, mas não tenho como fazer a correção, pois encontrei-as na rede. Christie é o regente, criador e dono do excelente conjunto Les Arts Florissants e Kurosaki seu primeiro violinista. Hiro Kurosaki traz uma técnica poderosa e bom senso musical às sonatas para violino de Handel. Na primeira Sonata deste CD, a HWV372, ele toca o Adagio de abertura de maneira suave e doce, e traz uma articulação esplendidamente nítida ao Allegro que se segue, com suas múltiplas paradas, e é igualmente enérgico no final. Admirei, também, a cantilena expressiva no movimento de abertura da HWV 364 e, ainda que um pouco ofegante, a execução rápida e vistosa do segundo movimento e também a execução suave e sutil da giga final. Um belo trabalho.

Devo mencionar que o CD começa e termina com sonatas que a maioria das autoridades considera não serem de Handel, os HWV372 e 370.  São peças menores, mas a autoria de Handel não pode ser totalmente descartada.

Georg Friedrich Handel (1685-1759): Sonatas para Violino e Cravo (Kurosaki, Christie)

Violin Sonata In A Major Hwv 372 Op 1/10
1. Adagio
2. Allegro
3. Largo
4. Allegro

Violin Sonata In G Minor Hwv 364 Op 1/6
5. Larghetto
6. Allegro
7. Adagio
8. Allegro

Violin Sonata In D Major Hwv 371 Op 1/13
9. Affettuoso
10. Allegro
11. Larghetto
12. Allegro

Violin Sonata In A Major Hwv 361 Op 1/3
13. Andante
14. Allegro
15. Adagio
16. Allegro

Violin Sonata In D Minor Hwv 359a
17. Grave
18. Allegro
19. Adagio
20. Allegro

Violin Sonata In G Major Hwv 358
21. (Allegro)
22. (Adagio)
23. (Allegro)

Violin Sonata No 12 In F Major Hwv 370
24. Adagio
25. Allegro
26. Largo
27. Allegro

Hiro Kurosaki, violino.
William Christie, cravo, órgão.

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PQP