Restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827): Aberturas

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Esta gravação das Aberturas de Beethoven dá o que pensar. Meu pai amava estas músicas — tinha todos os vinis do mundo do homem que jamais comeu a Amada Imortal — e, após ouvir Harnoncourt com a Chamber Orchestra of Europe, começo a concordar com ele. Sempre ouvi com reservas estas peças. Mas Harnoncourt quebrou o gelo com uma interpretação verdadeiramente estupenda.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Aberturas

1. Coriolan Overture in C minor, Op. 62
2. Creatures of Prometheus, Op. 43: Overture
3. Ruins of Athens, Op. 113: Overture
4. Fidelio, Op. 72: Overture in E major
5. Leonore Overture no 1 in C major, Op. 138
6. Leonore Overture no 2 in C major, Op. 72
7. Leonore Overture no 3 in C major, Op. 72a
8. Egmont, Op. 84: Overture

Chamber Orchestra of Europe
Nikolaus Harnoncourt

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Harnoncourt: é isso aí, o negócio é espremer os músicos até sair algo que preste
Harnoncourt: é isso aí, o negócio é espremer os músicos até sair algo que preste

PQP [restaurado por Vassily em 17/6/2020]

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto in D Major, op. 61, Jean Sibelius (1865-1957) – Violin Concerto in D Minor, op. 47 – Haendel, Ancerl, CPO

41l0Vve0J3LDia destes encontrei nosso sumido colaborador Vassily Grienrikovich para trocarmos algumas palavras, entre goles de cerveja e xícaras de café. E como um encontro destes nunca demora menos de três horas, conseguimos trocar muitas palavras, em sua maoria, sobre música. O cara é uma enciclopédia musical ambulante, por isso quando falei em Ida Haendel ele não se fez de rogado e me perguntou se eu já tinha ouvido seu Sibelius. Neguei, envergonhado, dizendo que conhecia mais a fama de Ida Haendel.

Voltei para a minha cidade e procurei em meu acervo este CD e resolvi ouvi-lo com atenção. Senhores, só posso dizer que os céus conspiraram neste encontro histórico entre Ida Haendel e o célebre maestro Karel Ancerl. Claro que não posso omitir deste comentário o talento destes dois excepcionais músicos. Se o Beethoven já é espetacular, o Sibelius com certeza vai deixá-los loucos de pedra. Em minha modesta opinião, esta é gravação definitiva do concerto de Sibelius. Ouçam e depois me digam se não tenho razão.

E vamos ao que viemos.

1 Concerto for Violin and Orchestra in D major, Op. 61: I. Allegro ma non troppo
2 Concerto for Violin and Orchestra in D major, Op. 61: II. Larghetto (Attaca)
3 Concerto for Violin and Orchestra in D major, Op. 61: III. Rundo, Allegro (Attaca)
4 Concerto for Violin and Orchestra in D minor, Op. 47: I. Allegro moderato
5 Concerto for Violin and Orchestra in D minor, Op. 47: II. Adagio di molto
6 Concerto for Violin and Orchestra in D minor, Op. 47: III. Allegro ma non troppo

Ida Haendel – Violin
Czech Philharmonic Orchestra
Karel Ancerl – Conductor

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Ida Haendel – Absoluta @!@@#

A ‘jam session’ de Beethoven com o violinista negro Bridgetower (Op.47) e seu ‘jazz 120 anos antes’ (Op.111)

Publicado originalmente em 02.07.2010

Juro que tentei fazer mais curto, isto que o Grão-Mestre PQP, o Filho de Bach, chamou de ‘post-tese’… mas acho que a história a seguir é saborosa demais pra ser escondida, e outra chance não haverá. Só espero que vocês concordem! Trata-se do encontro entre Beethoven e o outro violinista negro com George no nome, mencionado de passagem na nossa primeira postagem sobre o Cavaleiro de Jorge francês (Chevalier de Saint-George).

John Frederick Bridgetower era um valete negro numa residência polonesa dos príncipes Esterházy do Império Austro-Húngaro. Lê-se que provavelmente havia fugido da escravidão em Barbados (novamente o Caribe), mas também que alegava ser um príncipe de seu próprio povo.

Sabemos por outros casos que isso não seria impossível, e, verdade ou não, John parece ter vivido nas cortes como um peixe n’água. Ainda na Polônia casou-se com Marianna Ursula – que uns creem suábia, outros polonesa – e aí mesmo, em 1778, nasceu-lhes George Augustus Polgreen Bridgetower – o que definitivamente não parece nome de filho de alguém que se considerasse servo.

George Bridgetower jovem http://i47.tinypic.com/112a0ic.jpg

Quanto a ‘George’, de certa forma também presente no nome daquele outro mestiço, Joseph Bologne, Chevalier de Saint-George – será mera coincidência? Pode ser, mas… um ano antes Mozart havia encontrado a vida musical de Paris dominada pela figura do violinista mestiço. Os Bridgetower viviam dentro da corte austríaca – e muito, muito cedo o pequeno Geoge Bridgetower também estava com o violino nas mãos. Nunca encontrei uma linha sobre isso, mas acho difícil não especular uma relação!

Mesmo se com o nome não houve mais que coincidência, é de fato improvável que não tenham sabido um do outro mais tarde: logo a família passou a servir no próprio Castelo Esterházy, onde atuava ninguém menos que Haydn – tão empregado dos Esterházy quanto os pais de George – e segundo algumas fontes, este logo teve o privilégio de aulas com o gigante.

Ora, se é verdade que Saint-George foi pessoalmente à Áustria encomendar as seis Sinfonias Parisienses (oferecendo por elas um valor que o pobre Haydn jamais havia sonhado), pode ter encontrado aí o pequeno George com 6 ou 7 anos. E mesmo se não foi pessoalmente, não deixou de haver correspondência entre o compositor de Paris e o austríaco que ele evidentemente admirava – pois empenhou-se em promovê-lo numa Paris que ainda não se havia dado conta da sua importância, como se vê no surpreso encantamento registrado nos jornais após essa estréia sêxtupla regida por Saint-George.

Para completar, aos 11 anos George Bridgetower faz seu début como virtuose do violino justamente no Concert Spirituel de Paris – do qual Saint-George havia sido diretor, se é que já havia deixado de ser.

A esta altura o pai aparentemente já não servia aos Esterházy, pois pelas cortes da Europa se comentava da finesse e desenvoltura em cinco idiomas com que empresariava os concertos do filho-prodígio – e este aos 13 anos cai nas graças de mais um George: o Príncipe de Gales, futuro George IV da Inglaterra e Hannover. Este lhe banca estudos de violino, teclado e composição com os maiores mestres da Londres da época – em troca, obviamente, do “passe” do menino.

Aos 25 anos, em licença, George chega a Viena, onde Beethoven, com 33, já pontificava. A amizade parece ter sido imediata, informal e entusiástica: Beethoven retoma alguns esboços, e em uma semana conclui a nona e mais importante das suas sonatas para violino e piano. Vão estreá-la juntos em 25/05/1803, com Bridgetower – acreditem ou não – tocando boa parte à primeira vista, e ainda lendo por sobre o ombro do compositor, pois nem tinha havido tempo para copiar a parte do violino.

Mas o melhor da história vem no segundo movimento, quando o piano reapresentava sozinho uma idéia exposta antes pelo violino – e Bridgetower ousou improvisar comentários uma oitava acima em vez de aguardar. Beethoven teria saltado do piano e… ao contrário do que se poderia esperar do seu gênio, teria abraçado o violinista com palavras que se traduzem perfeitamente por “Mais, camaradinha, mais!” – o que me faz perguntar: terá sido essa a primeira jam session da história?

Que o clima era de divertimento, atesta-o também o título que aparece no manuscrito original: nada menos que “Sonata mulattica, composta per il mulatto Brischdauer [grafia jocosa do nome], gran pazzo [grande maluco] e conpositore mulattico” – havendo referência ainda à anotação “Sonata per un mulattico lunatico”.

Tão informal, porém… que segundo um relato da época os dois teriam comemorado a estréia com uma bebedeira homérica, no meio da qual Beethoven teria se dado por ofendido por uma observação de Bridgetower sobre determinada mulher… A amizade teria terminado aí, e seria por isso que pouco tempo depois Beethoven enviou a sonata com dedicatória ao francês Rodolphe Kreutzer, violinista mais famoso da época.

Outros veem uma razão mais pragmática: com brigas ou não, Beethoven planejava uma temporada em Paris e pensou que dedicar a sonata a Kreutzer podia ajudar no projeto. O fato é que a viagem não se concretizou, e Kreutzer, por sua vez, apenas passou os olhos e disse que a obra era um nonsense inexecutável, e que de resto não lhe interessava porque ‘nem era virgem’ (a expressão é minha)… Nunca tocou a peça que imortalizou seu nome injustamente, enquanto o de Bridgetower só recentemente vem sendo recuperado.

Mas não pensem que para este a briga com Beethoven – se é que houve – tenha sido o fim: em 1811 bacharelou-se em Música em Cambridge ‘defendendo’ um anthem para coro e orquestra (e eu fiquei extremamente surpreso de saber que já existia isso em música na época); deixou ainda peças para piano, canções, suítes de arranjos de danças, e ao que parece dois concertos e uma sinfonia desaparecidos (nunca encontrei referência a nenhuma gravação de suas peças, infelizmente). Foi membro das associações profissionais mais importantes, e parece ter tido considerável papel como professor, do que é documento uma carta de Vincent Novello, pioneiro do revival de Bach na Inglaterra, assinada como “seu antigo aluno e admirador profissional sempre”. Bridgetower viveu ainda alguns períodos em Roma e fez diversas viagens pela Europa, até morrer em Londres com 82 anos, em 1860.

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Quanto à música, é de notar que esta Sonata op.47 tenha sido composta no mesmo ano que a Eroica, tida por um marco no estabelecimento do romantismo em música. As duas têm praticamente o dobro da duração das obras anteriores do mesmo gênero, e são saltos definitivos no sentido da pessoalidade da linguagem. (Quanto ao fato de anteriormente Beethoven já ter publicado 8 sonatas para violino e só 2 sinfonias, me faz pensar numa imensa preparação interior para revolucionar esta forma antes de poder adotá-la como seu campo privilegiado de expressão pessoal).

Este blog já tem outra gravação da Sonata “a Kreutzer” (argh!), e com ninguém menos que Yehudi Menuhin – mas fui ouvi-la e achei um tanto fria, e sobretudo daquela solenidade pedante que se costumava atribuir a Beethoven, mas que – como vimos – não tem nada a ver com o clima da criação da obra. Preferi esta gravação recente do austro-canadense Corey Cerovsek com o finlandês Paavali Jumppanen – apesar de a qualidade de som deixar a desejar, nesta versão ao vivo (que não é a mesma do CD acima).

Mas a postagem ainda me parecia incompleta, e aí lembrei daquela outra obra de Beethoven, onde, incompreensivelmente, sua experimentação resultou em cinco minutos que soam literalmente como o mais legítimo jazz pianístico de 120-150 anos depois: sua última sonata para piano, a famosa Opus 111. Para isso escolhi mais uma gravação ao vivo recente, a do inglês Paul Lewis (e, mais uma vez, o selo da Amazon se refere à versão de estúdio. Lewis, a propósito, já fez a integral das sonatas).

Beethoven muitas vezes abriu mão do processo clássico de desenvolvimento de idéias musicais em favor da forma tema-e-variações, tida pela musicologia como de origem espanhola. Uma das vezes foi no 2.º movimento da sonata estreada com Bridgetower. Outra, no 2.º e (de modo incomum) último movimento da op. 111, o que lá pelas tantas ‘vira jazz’.

Também em muito de Saint-Georges parecemos encontrar uma opção pela apresentação de um tema e sua variação, em lugar de um desenvolvimento propriamente dito.

Haverá algo de uma ‘sensibilidade negra’ nessa opção pela variação – que, afinal, é o próprio processo estrutural do jazz? E teria Beethoven sido tocado de algum modo por essa sensibilidade negra através do seu encontro com Bridgetower, ou mesmo de um nada impossível contato com obras de Saint-George?

Talvez não – mas também não seria impossível. E se é certo que nunca teremos certeza, também me parece extremamente estimulante mantê-lo como hipótese em aberto, ‘talvez não, talvez sim…’ Afinal, não se tratando de questões de sobrevivência, a certeza é tanto desnecessária quanto empobrecedora – e sobretudo anti-poética, incompatível com a natureza da arte!

Faixa 1
Sonata para violino e piano n.º 9, op. 47 – ‘Mullatica’, ‘Kreutzer’ (1803)
. . 00:00 Adagio sostenuto – Presto
. . 13:40 Andante con variazioni
. . 28:50 Presto
Corey Cerovsek, violino – Paavali Jumppanen, piano
Gravação ao vivo disponibilizada na internet.
Gravação de estúdio pelos mesmos artistas: Claves Records, 2007

Faixa 2
Sonata para piano n.º 32, op. 111 (1822)
. . 00:00 Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
. . 08:45 Arietta – Adagio molto semplice e cantabile
. . . . (‘jazz’ de 13:59 a 17:40)
Paul Lewis (Inglaterra), piano
Gravação ao vivo disponibilizada na internet.
Gravação de estúdio pelo mesmo artista: Harmonia Mundi, 2008

. . . . . BAIXE AQUI – download here

Ranulfus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonaten – Baremboim

frontTrês pilares da leitura pianística em uma interpretação muito pessoal de Daniel Baremboim. Trata-se de um CD que não consideraria imperdível, mas interessante de se ouvir. O ritmo lento que ele imprime na Sonata ao Luar talvez aborreça alguns que preferem um andamento um pouco mais rápido, mas trata-se de gosto pessoal. Eu particularmente prefiro Kempff e Rubinstein neste repertório, mas cada um é cada um. De qualquer forma trata-se de Beethoven com suas magníficas sonatas. Ainda mais em se tratando destas três aqui gravadas.

01 – Piano Sonata No.14 in C sharp minor, Op.27 No.2 -”Moonlight” – 1. Adagio sostenuto
02 – Piano Sonata No.14 in C sharp minor, Op.27 No.2 -”Moonlight” – 2. Allegretto
03 – Piano Sonata No.14 in C sharp minor, Op.27 No.2 -”Moonlight” – 3. Presto agitato
04 – Piano Sonata No.8 in C minor, Op.13 -”Pathétique” – 1. Grave – Allegro di molto e con brio
05 – Piano Sonata No.8 in C minor, Op.13 -”Pathétique” – 2. Adagio cantabile
06 – Piano Sonata No.8 in C minor, Op.13 -”Pathétique” – 3. Rondo (Allegro)
07 – Piano Sonata No.23 in F minor, Op.57 -”Appassionata” – 1. Allegro assai
08 – Piano Sonata No.23 in F minor, Op.57 -”Appassionata” – 2. Andante con moto
09 – Piano Sonata No.23 in F minor, Op.57 -”Appassionata” – 3. Allegro ma non troppo

Daniel Baremboim – Piano

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Sonatas – CD 3 de 3 – Ibragimova, Cedric Tiberghien

51q2+WXnA4LVamos então concluir a série, com o terceiro CD desta bela coleção que conta com o talento, beleza e graça de Alina Ibragimova, uma das mais talentosas violinistas de sua geração.

Lembro que estas gravações foram realizadas ao vivo em Londres, em uma de suas mais tradicionais salas de concertos, a Wigmore Hall. O destaque fica por conta da ‘Sonata a Kreutzer’. Portanto relaxem, sentem em sua melhor poltrona, abram uma boa garrafa de vinho para melhor poderem degustar estas verdadeiras obras primas do repertório beethoveniano.

01. Violin Sonata No.6 in A major, Op.30 No.1 – I. Allegro
02. Violin Sonata No.6 in A major, Op.30 No.1 – II. Adagio molto espressivo
03. Violin Sonata No.6 in A major, Op.30 No.1 – III. Allegretto con variazioni
04. Violin Sonata No.3 in E flat major, Op.12 No.3 – I. Allegro con spirito
05. Violin Sonata No.3 in E flat major, Op.12 No.3 – II. Adagio con molta espressione
06. Violin Sonata No.3 in E flat major, Op.12 No.3 – III. Rondo. Allegro molto
07. Violin Sonata No.9 in A major, Op.47 ëKreutzerí – I. Adagio sostenuto ñ Presto
08. Violin Sonata No.9 in A major, Op.47 ëKreutzerí – II. Andante con variazioni
09. Violin Sonata No.9 in A major, Op.47 ëKreutzerí – III. Presto

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Sonatas – CD 2 de 3 – Ibragimova, Cedric Tiberghien

71IjD-qdM6L._SX522_Dando continuidade a essa belezura de gravação, com uma das melhores violinistas de sua geração, temos aqui então o segundo CD das nossas tão amadas sonatas para violino de Beethoven, já postadas aqui inúmeras vezes, com os mais diversos solistas. Mas como primamos pela qualidade e não pela quantidade, também temos por objetivo mostrar aos senhores as mais diversas possibilidades de interpretação, das mais diferentes épocas. No caso dessa versão da bela Alina Ibragimova, trata-se de versão recente, gravada em 2009.

01 Beethoven Violin Sonata in F major Op.24 Allegro
02 Beethoven Violin Sonata in F major Op.24 Adagio molto espressivo
03 Beethoven Violin Sonata in F major Op.24 Scherzo_ Allegro molto
04 Beethoven Violin Sonata in F major Op.24 Rondo_ Allegro ma non troppo
05 Beethoven_ Violin Sonata in A major, Op. 12, No.2-Allegro vivace
06 Beethoven Violin Sonata in A major Op.12 No.2 Andante
07 Beethoven_ Violin Sonata in A major, Op. 12, No.2-Allegro piacevole
08 Beethoven Violin Sonata in G major Op.96 Allegro moderato
09 Beethoven Violin Sonata in G major Op.96 Adagio espressivo
10 Beethoven Violin Sonata in G major Op.96 Scherzo_ Allegro
11 Beethoven Violin Sonata in G major Op.96 Poco allegretto – allegro

Alina Ibragimova – Violin
Cédric Tiberghein – Piano

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Sonatas – CD 1 de 3 – Ibragimova, Cedric Tiberghien

71Dpw+XH93L._SX522_Esta postagem dedico ao meu amigo e mentor PQPBach, um apaixonado por estas sonatas, mas antes de tudo, um apaixonado por belas mulheres. E quando a bela mulher ainda é uma violinista brilhante, então o quadro se completa. Ah, e para o quadro ficar ainda mais completo, estas gravações foram realizadas na Wigmore Hall em Londres, sala que ele bem conhece.  Considere estas gravações como um presente de Natal atrasado, meu caro PQPBach.

01 Violin Sonata in D major Op.12 No.1 – 1. Allegro con brio
02 Violin Sonata in D major Op.12 No.1 – 2. Them and variations_ Andante con moto
03 Violin Sonata in D major Op.12 No.1 – 3. Rondo_ Allegro
04 Violin Sonata in A major Op.23 – 1. Presto
05 Violin Sonata in A major Op.23 – 2. Andante scherzoso, pi_àöœÄ Allegretto
06 Violin Sonata in A major Op.23 – 3. Allegro molto
07 Violin Sonata in G major Op.30 No.3 – 1. Allegro assai
08 Violin Sonata in G major Op.30 No.3 – 2. Tempo di minutetto, ma molto moderato e grazioso
09 Violin Sonata in G major Op.30 No.3 – 3. Allegro vivace
10 Violin Sonata in C minor Op.30 No.2 – 1. Allegro con brio
11 Violin Sonata in C minor Op.30 No.2 – 2. Adagio cantabile
12 Violin Sonata in C minor Op.30 No.2 – 3. Scherzo_ Allegro
13 Violin Sonata in C minor Op.30 No.2 – 4. Finale_ Allegro – Presto

Alina Ibragimova – Violin
Cedric Tiberghien – Piano

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Alina Ibragimova – Beleza e talento a serviço da música

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Triple Concerto – Gabetta, Carmignola, Lazic, Kammerorchester Basel,, Antonini

81402TkO6ZL._SL1417_Problemas relacionados a questões técnicas estão me impedindo de postar com maior frequência, e infelizmente este problema surgiu exatamente no período de festas de final de ano, quando jamais conseguimos encontrar um técnico especializado qualquer. Enfim, escrevo este texto no primeiro dia do ano, mas sem ter a exata noção de quando vai ao ar.

Estou postando este CD mais como uma curiosidade, apesar de reconhecer suas qualidades.  A proposta é interessante: dois especialistas no repertório barroco, Antonini e Carmignola, juntam-se ao furacão argentino, a linda e talentosíssima Sol Gabetta e uma excelente orquestra de câmera suiça, para encararem o Concerto Triplo de Beethoven.

Gostei da proposta e do CD, e acho que os senhores também irão gostar. Beethoven nunca é demais, ainda mais nas mãos desses excepcionais músicos.

1. Die Geschöpfe des Prometheus, Op. 43: Overture
2. Violin, Cello, and Piano in C Major, Op. 56, “Triple Concerto”: I. Allegro
3. Concerto for Violin, Cello, and Piano in C Major, Op. 56, “Triple Concerto”: II. Largo
4. Concerto for Violin, Cello, and Piano in C Major, Op. 56, “Triple Concerto”: III. Rondo alla Polacca
5. Egmont, Op. 84: Overture
6. Coriolan Overture, Op. 62

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Franz Schubert (1797-1827), Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Musik für Violine & Orchester – Kremer, LSO, Tchakarov

frontOutra preciosidade que precisava compartilhar com os senhores é este CD, também perdido no meio de minha bagunça, que creio que esteja fora do catálogo da Deutsche Grammophon, o que considero uma lástima, pois é magnífico.
Não, aqui não tem o famigerado e maravilhoso Concerto para Violino, op. 61, do Ludovico, mas para compensar tem uma raridade intitulada Konzertsatz für Violine und Kammerorchester, WoO 5, obra pouco conhecida e gravada, e o Romanze G-Dur, meu favorito.
O repertório de Schubert também é belíssimo, e Kremer está impecável neste repertório, acompanhado pela Sinfônica de Londres, dirigida por Emil Tchakarov.
Volto a recomendar com todas as letras esse belo CD, gostoso de se ouvir, despretensioso, e com melodias facilmente assimiláveis destes dois gênios da música.

01. Konsertsatz Für Violine Und Kammerorchester WoO 5
02. Romanze Für Violine Und Orchester Op.40
03. Polonaise Für Violine Und Kleines Orchester D 580
04. Konzertstück Für Violine Mit Begleitung D 345
05. Rondo Für Violine Und Streichquartett D 438

Gidon Kremer – Violin
London Symphony Orchestra
Emil Tchakarov – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Moonlight, Waldstein, Storm – Alexei Lubimov

CoverInteressantíssima essa gravação de Lubimov, que se utiliza de um piano fabricado de acordo com um modelo de 1802. Curioso para entendermos como era a sonoridade dos instrumentos da época, e para entendermos como soava para os contemporâneos de Beethoven estas suas três obras primas, as nossas mui amadas “Sonata ao Luar”, a “Waldstein” e a “Sonata Tempestade”. Excelente a escolha do pianista.

Como falei, aqueles que não estão muito familiarizados com a sonoridade destes pianos, em um primeiro momento vão estranhar, mas é uma questão de acostumar os ouvidos, a música faz o resto.

Espero que apreciem. O selo Alpha prima pela qualidade de suas gravações.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Moonlight, Waldstein, Storm

01. Piano Sonata No. 14 in C-sharp minor ‘Quasi una fantasia’ Op. 27 No. 2 I. Adagio sostenuto
02. II. Allegretto
03. III. Presto agitato
04. Piano Sonata No. 21 in C major Op. 53 I. Allegro con brio
05. II. Introduzione Adagio molto – attacca (in F major)
06. III. Rondo. Allegretto moderato – Prestissimo
07. Piano Sonata No. 17 in D minor Op. 31 No. 2 I. Largo – Allegro
08. II. Adagio
09. III. Allegretto

Alexei Lubimov – Pianoforte Erard 1802 copy by Christopher Clarke

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pianoforte Erard
Instrumento utilizado por Lubimov para estas gravações .

Restaurado – Os DOIS encontros de Guiomar e Beethoven no Quarto – e ainda Ao Luar!

Restaurado – Os DOIS encontros de Guiomar e Beethoven no Quarto – e ainda Ao Luar!

http://www.tropis.org/imagext/guiomar novaes beethoven swarowsky.jpgIM-PER-DÍ-VEL !!!

Publicado originalmente em 07.05.2010

Este post só foi possível graças a uma rede de colaborações. Primeiro, nosso leitor Eduardo Maia Bandeira de Melo enviou a gravação do concerto com Klemperer. Eu só conhecia a outra, e fiquei pasmo de ouvir como a mesma pianista pôde produzir duas versões tão diferentes da mesma obra – e as duas antológicas.

Aí veio a vontade irresistível de ouvi-las lado a lado – e obviamente de compartilhar essa audição com vocês – mas trombei com que a versão com Swarowsky anda inincontrável em CD e internet. E aí entrou nosso companheiro de equipe Avicenna, grande mestre em ripagem de LPs de vinil e pós-processamento dos arquivos. E de repente…

… eis que ouço saindo pela primeira vez do micro aqueles sons que me atingiam vindos da vitrola de meu pai quando eu ainda nem havia saído da barriga da minha mãe. (Parece que eram esse concerto e a Pastoral com Walter Goehr. Pouco depois esta era o único jeito de acalmar um certo sujeito um tanto indignado por ter nascido…)

Aí, uma decisão delicada: o CD oferecido pelo Eduardo contém mais 7 peças de recital, desacompanhadas, de Bach-Silotti, Brahms, Gluck-Sgambatti, Saint-Saëns sobre Gluck… em interpretações espantosas por diferentes motivos. Imperdível, mas inseridos artificialmente no mesmo disco. Totalmente fora do campo desse Beethoven. E decidi transferi-las para outro post, a ser feito em breve.

Por outro lado, o disco de Swarowsky contém ainda a Sonata ao Luar – provavelmente a leitura mais clássica, desapaixonada, cool, que já ouvi dessa obra. Ela ficaria totalmente desenturmada entre aquelas outras peças (quando vocês ouvirem vão entender…) e definitivamente não destoa do clima geral deste post. E então ficou aqui, de bis – ou tris, pois aparece depois que o concerto inteiro é bisado!

Antes de deixar com vocês, só quero dizer que não vejo o objetivo de “eleger a melhor” nessa audição lado a lado; acho mesmo que seria uma atitude mesquinha demais para matérias desta ordem. São diferentes, e ponto. Mas confesso que tendo a achar Klemperer mais interessante nos movimentos rápidos, enquanto o Andante com Swarowsky… ouçam em silêncio e atenção até a ÚLTIMA nota e depois me digam.

E ainda: Klemperer perderá um pouco na qualidade de som, e não por culpa do Eduardo: a gravação é de 1951 (informação do leitor Flavio Dutra), e a de Swarowsky foi lançada em 1962 já em stereo.

Finalmente: não parece notável que as duas versões tenham sido gravadas em Viena – a cidade que Beethoven adotou, e onde compôs e apresentou ao mundo esta música toda?

Beethoven, Concerto para piano e orquestra n.º 4, em Sol, op.58
Orquestra Sinfônica de Viena – Regente: Otto Klemperer
Solista: Guiomar Novaes

Ano de lançamento: 1951

01 I Allegro moderato
02 II Andante con moto
03 III Rondo, Vivace

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As outras peças contidas no mesmo CD (Bach, Brahms, Gluck etc.) serão postadas separadamente.

Beethoven, Concerto para piano e orquestra n.º 4, em Sol, op.58
Orquestra Pro-Musica de Viena – Regente: Hans Swarowsky
Solista: Guiomar Novaes

Ano de lançamento: 1962

01 I Allegro moderato
02 II Andante con moto
03 III Rondo, Vivace

Beethoven, Sonata para piano n.º 14, em Do sustenido menor, op.27 nº 2
“Ao Luar”, “Moonlight”, “Mondschein”
Pianista: Guiomar Novaes

Incluído no LP (vinil) do 4.º Concerto com Swarowsky (1962)

04 (faixa única)
. . . 0:00 I Adagio Sostenuto
. . . 5:20 II Allegreto
. . . 7:42 III Presto Agitato

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Guiomar, dois encontros com homens diferentes
Guiomar, dois encontros com homens diferentes

Ranulfus

[restaurado por Vassily em 22/5/2020]

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Music To Goethe’s Tragedy “Egmont”, Op.84; Overture “Coriolan”, Op.62; The Creatures Of Prometheus, Op.43; Overture “Leonore No.2”, Op.72a; Overture Fidelio, Op.72; Overture “Leonore No.3”, Op.72b – Böhm, Wiener Philharmoniker

4794371Finalmente a Deutsche Grammophon faz uma homenagem a um de seus principais maestros, Karl Böhm, e o faz com uma caixa de 23 cds com as últimas gravações que o maestro realizou em vida, diante de três orquestras, a saber, Sinfônica de Londres, de Viena e a de Dresden. Com o tempo trarei alguns cds dessa coleção.
Começo com algumas aberturas de Beethoven, e Böhm conhecia muito bem esse repertório, e também essa orquestra. Portanto, é difícil alguma coisa dar errada por aqui.

Espero que apreciem.

1. Music To Goethe’s Tragedy “Egmont” Op.84
2. Overture “Coriolan”, Op.62
3. The Creatures of Prometheus, Op.43

Wiener Philharmoniker
Karl Böhm – Conductor

Fidelio op.72
4. Overture 6:19
5. Overture “Leonore No.3”, Op.72b

Staatskapelle Dresden
Karl Böhm – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – The Five Cello Sonatas – Tortelier, Heidsieck

frontFaz algum tempo que estas sonatas para violoncelo e piano de Beethoven não aparecem por aqui. Lembro de ter trazido a histórica gravação do selo Philips com a dupla Rostropovich / Richter, mas com certeza o link já expirou há muito tempo.
E como são lindas estas sonatas e como fazem falta… Paul Tortelier foi um dos grandes violoncelistas do século XX. Estas gravações foram realizadas em 1972, esse que vos escreve ainda era uma criança com pouca compreensão da realidade e da vida que o cercava, ainda ia demorar um pouco para entender os mistérios da existência humana.
Mas vamos ao que viemos. Beethoven está em muitas boas mãos.

CD 1

01. Sonata No.1 in F – I. Adagio sostenuto – Allegro
02. Sonata No.1 in F – II. Allegro vivace
03. Sonata No.2 in G minor – I. Adagio Sostenuto ed espressivo
04. Sonata No.2 in G minor – II. Allegro molto più tosto presto
05. Sonata No.2 in G minor – III. Rondo (Allegro)

CD 2

01. Sonata No.3 in A – I. Allegro, ma non tanto
02. Sonata No.3 in A – II. Scherzo (Allegro molto)
03. Sonata No.3 in A – III. Anadante cantabile – Allegro vivace
04. Sonata No.4 in C – I. Andante – Allegro vivace
05. Sonata No.4 in C – II. Adagio – Tempo d’Andante – Allegro vivace
06. Sonata No.5 in D – I. Allegro con brio
07. Sonata No.5 in D – II. Adagio con molto sentimento d’affetto
08. Sonata No.5 in D – III. Allegro – Allegro fugato

Paul Tortelier – Violoncelo
Eric Heidsieck – Piano

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphony No.5 in C minor, Op.67, Robert Schumann – Symphony No.3 In E Flat, Op.97 – Rhenish – Giulini, LAPO

41PQMW6EW1LJá fazia algum tempo que a Quinta Sinfonia de Beethoven não aparecia por aqui. O que é uma pena, convenhamos. A temos em tão alto grau de estima e a sabemos de cor, tudo bem, mas faz bem ao espírito ouvir o tchatchatchatchan. Ela faz parte de nossa vida, está embrenhada em nossa cabeça de tal forma que não há como nos desvencilharmos dela. E nem queremos também.
Para suprir essa falta que ela nos faz, trago uma versão diferente das demais, ao menos para mim. O maestro Carlo Maria Giulini é o destaque desta versão regendo a Filarmônica de Los Angeles.
A outra obra desse cd no mínimo diferente, devido a escolha do repertório, é a Terceira Sinfonia de Schumann, conhecida com Renana. Adoro seu primeiro movimento, ele é de uma beleza ímpar, com uma linha melódica tipicamente romântica, que amplia nossos sentidos. Uma verdeira obra prima.

01 – Beethoven – Symphony No.5 in C minor, Op.67 – 1. Allegro con brio
02 – 2. Andante con moto
03 – 3. Allegro
04 – 4. Allegro
05 – Schumann – Symphony No.3 In E Flat, Op.97 – Rhenish – 1. Lebhaft
06 – 2. Scherzo (Sehr mäßig)
07 – 3. Nicht schnell
08 – 4. Feierlich
09 – 5. Lebhaft

Los Angeles Philharmonic Orchestra
Carlo Maria Giulini – Conductor

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Beethoven (1770-1827): Os 5 Concertos para Piano com Paul Lewis (revalidado)

Conheci Paul Lewis através de uma gravação ao vivo da última sonata de Beethoven, a Op. 111. Realização extraordinária, cuja aparente simplicidade e profunda verdade cativaram minha atenção ao pianista para sempre.

Não muito tempo depois consegui a gravação integral das sonatas em estúdio, que Paul Lewis realizou entre 2006 e 2008 (disponibilizada aqui), e viciei: confesso que de lá pra cá raramente consigo suportar ouvi-las nas realizações de outros pianistas.

Nada mais natural, portanto que também quisesse disponibilizar os concertos de Beethoven com Lewis – o que fiz aqui originalmente em 16/09/2012 – mas confesso que não senti o mesmo entusiasmo que com as sonatas. Na ocasião levantei a hipótese de que o maestro não estivesse à altura da genialidade interpretativa do pianista –

… mas admito que pode ser um julgamento totalmente injusto. O fato é que qualquer interpretação de Lewis (inclusive as das sonatas) exige algum tempo de convívio, de audição repetida, até chegarmos a reconhecer toda a sua sutil grandeza. E é engraçado como a idade vem me tirando o gosto de ouvir massas orquestrais, me deixando cada vez mais fã da beleza do pequeno… E então simplesmente não parei para ouvir estas gravações por tanto tempo quanto a das sonatas. Quer dizer: ainda não me concedi a chance de me entusiasmar.

Seja como for, a esta altura já não dá pra falar de piano de Beethoven no século XXI sem levar Paul Lewis em conta. No mínimo por isso, estas gravações merecem ser conhecidas. Por isso tratei de incluí-las logo na “campanha de revalidação” dos links das postagens de Ranulfus (iniciada há poucos dias com as duas postagens de Porgy and Bess: na versão original e integral de Gershwin, e na extraordinária releitura de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald).

Mas, enfim, falávamos de Beethoven; vamos a ele, então!

BEETHOVEN: OS CINCO CONCERTOS PARA PIANO
BBC Symphony Orchestra regida por Jirí Belohlávek
Piano: Paul Lewis

Concerto No 1, em Do Maior, op.15 (1796-97)
I. Allegro con brio
II. Largo
III. Rondò: Allegro scherzando

Concerto No 2, em Si b Maior, op.19 (1787-89-95)
I. Allegro con brio
II. Adagio
III. Rondò: Molto allegro

Concerto No 3, em Do menor, op.37 (1800)
I. Allegro con brio
II. Largo
III. Rondò: Allegro

Concerto No 4, em Sol Maior, op.58 (1805-06)
I. Allegro moderato
II. Andante con moto in E minor
III. Rondò (Vivace)

Concerto No 5, em Mi b Maior, op. 73, “Imperador” (1809-11)
I. Allegro
II. Adagio un poco mosso
III. Rondò: Allegro ma non troppo

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Ranulfus, com a colaboração de FDP Bach

Guia dos Instrumentos antigos 8/8 – Classicismo + LIVRO 200 pág. [link atualizado 2017]

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Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

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Chegamos, após uma semana toda de deleites arcaicizantes, à última, derradeira e gloriosa postagem desta série!

Espero que para vocês, nossos estimados usuários-ouvintes, esse passeio pela música com instrumentos de época tenha sido tão prazeroso quanto o foi para mim.

E hoje, neste ensolarado dia das mães (pelo menos aqui na cidade da minha, no pujante interior de paulista – aliás, previsão de sol, porque eu escrevi o texto na véspera), brindemos a completude desta pequena mas valorosa coleção com mais pesos-pesados como Haydn, Mozart e Beethoven, primorosamente escolhidos e executados por instrumentistas dos mais gabaritados.

E, como prometido inicialmente, sege, logo após o link para o 8º CD, o enlace para o riquíssimo livro dos instrumentos, uma pesquisa minuciosa e de uma qualidade inquestionável.

Esquema do funcionamento de um órgão de foles na página 152.
Na página 114, uma iluminura com uma gaita de foles e uma Musette de Cour, utilizada na faixa 14 deste CD.

Essa sequência de superlativações não é à toa: estamos diante de um material estupendo, que auxiliará muitos profissionais e amantes da música a conhecerem e ensinarem outras pessoas a se apaixonarem ainda mais por esse universo maravilhoso!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se, sem medida!!!

Guide des Instruments Anciens – CD8
Classicismo

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Pronto! Finalmente toda a coleção está aqui: CD1CD2, CD3, CD4, CD5, CD6 e CD7. Ouça!

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

– Ó, disse pra eu ficar à vontade, já fui ficando, tá?

Avicenna & Bisnaga

Jean Pierre Rampal – Le Flûte Enchantée

51oXC-PjV5LJean Pierre Rampal foi um dos maiores flautistas do século XX, quiçá o maior. Creio que a primeira vez que o ouvi foi exatamente com essas obras de Bach aqui presentes. Fiquei muito impressionado, mas como vivemos no Brasil, e ainda estávamos no início da década de 80, era muito difícil encontrar seus discos em minha pequena cidade do interior. Mesmo quando ia para a capital, também era difícil achar alguma coisa.
Mas com o passar do tempo, consegui localizar alguns discos dele, e encantamento foi ainda maior. Essa série de quatro cds que estou trazendo hoje é exatamente para mostrar-lhes a evolução do gênio em seu instrumento. Tem de Bach a Honneger, ou seja, o repertório é bem eclético, abrangendo dos séculos XVIII ao século XX.  Claro que falta muita coisa, mas serve como aperitivo para os senhores melhor conhecerem o talento desse cara.

CD 1

1 – 9 – J.S. Bach (1685-1750) – Sonates pour flûte & clavecin BWV 1030-1032
10-20 – J.S. Bach – Sonates pour flûte & continuo BWV 1033-1035
21-24 – J.S. Bach – Sonate pour flûte seule BWV 1013

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Clavecin

CD 2

1 – G.P.Teleman (1681-1767) – Concerto en sol majeur pour flûte & cordes – 1 Allegro ma non troppo
2 – Adagio
3 – Allegro
4 – Suite en la mineur pour flûte & cordes – 1 Ouverture
5 2 Les Plaisirs
6 3 Air á l’italliane
7 4 Menuets
8 5 Réjouissances
9 6 Passapied
10 7 Polonaise
11-13 Sonates pour flûte & clavecin
14 Concerto pour flûte & clavecin

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Clavecin
Orchestre de chambre de la Sarre
Karl Ristenpart – Conductor

CD 3

1-3 Joseph Haydn (1732-1809) – Sonate pour flûte & Piano
4-9 Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sérenade pour flûte, violin & alto
10 Franz Schubert (1797-1828) – Introduction &a variations sur le theme “Ihr Blümlein alle”
11-13 Robert Schumann (1810-1856) – 3 Romances op. 94

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Piano
Gérrard Jarry – Violin
Serge Collot – Alto

CD 4

1-3 Claude Debussy (1862-1918) – Sonate pour flûte, alto & harpe

Jean Pierre Rampal – Flûte
Odette Le Dentu – Harpe
Pierre Pasquier – alto

4 – Maurice Ravel – Introduction & allegro pour harpe, flûte,  clarinet & quatour à cordes

Jean Pierre Rampal – Flûte
Lily Laskine – Harpe
Ulysse Delécluse – Clarinette
Quatour Pascal

5-7 Albert Roussel (1869-1937) – Sérenade pour flûte, harpe & Trio à cordes
Jean Pierre Rampal – Flûte
Lily Laskine – Harpe
Trio Pasquier

8-10 Arthur Honegger (1892-1955) – Concertino da camara pour flûte, cor anglais & orchestre à cordes

Jean Pierre Rampal – Flûte
Pierre Pierlot – Cor anglais
Association des Concerts de Chambre de Paris
Fernand Oubradous – Conductor

11 Arthur Honneger – Romance
12 Amable Massis (1893-1980) – Pastorale
13 Henri Gagnebin (1886-1977) – Marche des gais lurons

Jean Pierre Rampal – Flûte
Françoise Gobet – Piano

 

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FDPBach

542

Corigliano (1938), Beethoven (1770-1827), Pärt (1935): Credo (com Hélène Grimaud)

Corigliano (1938), Beethoven (1770-1827), Pärt (1935): Credo (com Hélène Grimaud)


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Hélène Grimaud é uma mulher inteligente, claro. Bem, na verdade o que quero dizer é que este disco de Hélène Grimaud é inteligente. Não sei o que acontece com a maioria das pessoas que fazem os programas de discos e de concertos. Há pouca criatividade quando bastaria conhecer o repertório e pensar um pouquinho. Mas Hélène Grimaud, que além de inteligente é linda, não padece deste mal. Vejam bem.

No repertório deste CD, há vários tipos de correspondências, musicais ou não, que conferem unidade a esta aparentemente mistura eclética de obras. A Fantasia de John Corigliano, que abre o disco — e que nos chega através de um desempenho sensacional, cheio de poesia e mistério, de Grimaud –, baseia-se no Allegretto da Sétima de Beethoven. De forma análoga, o Credo de Pärt cita Bach. Além disso, a Fantasia Coral de Beethoven e o Credo são escritos para uma combinação incomum de piano, coro e orquestra, e em suas absolutamente diferentes formas procuram trazer a ordem a partir do caos. Credo é, enfim, um álbum conceitual muito atraente. Quase como a pianista.

Corigliano (1938), Beethoven (1770-1827), Pärt (1935): Credo (com Hélène Grimaud)

Fantasia on an Ostinato by John Corigliano
1. Fantasia on an Ostinato, for piano

Sonata for Piano no 17 in D minor, Op. 31 no 2 “Tempest” by Ludwig van Beethoven
2. Piano Sonata No. 17 in D minor (‘Tempest’), Op. 31/2: 1. Largo – Allegro
3. Piano Sonata No. 17 in D minor (‘Tempest’), Op. 31/2: 2. Adagio
4. Piano Sonata No. 17 in D minor (‘Tempest’), Op. 31/2: 3. Allegretto

Fantasia in C minor, Op. 80 “Choral Fantasy” by Ludwig van Beethoven
5. Fantasia for piano, chorus, and orchestra (‘Choral Fantasy’), Op. 80: Adagio
6. Fantasia for piano, chorus, and orchestra (‘Choral Fantasy’), Op. 80: Finale

Credo by Arvo Pärt
7. Credo, for piano, chorus & orchestra

Hélène Grimaud, piano
Swedish Radio Symphony Orchestra, Swedish Radio Chorus
Esa-Pekka Salonen

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Hélène (suspiro) Grimaud
Hélène (suspiro) Grimaud…

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concerto nº 5 in E Flat major, op. 73 – Emperor

71p4KBXsj5L._SX425_Recém postei o mesmo Concerto “Imperador” de Beethoven com outro Arthur, só que o Rubinstein. E agora o italiano Arturo Benedetti Michelangeli mostra a que veio ao mundo, e nos traz uma versão quase que imbatível do mesmo concerto, completando o ciclo das gravações dos concertos de Beethoven que realizou com o Giulini:

Here three Titian’s- Arturo Benedetti Michelangeli, Carlo Maria Giulini, and the Vienna Symphony Orchestra unite in one of the greatest performances of Beethoven’s Emperor Concerto available. Michelangeli’s unparalleled precision aided by Giulini and the Vienna forces lush support particularly in the outer movements is particularly astounding. Deutsche Grammophon’s sound slightly favors the soloist though otherwise fully captures this extraordinary event famously.

Ludwig would be proud”
An “Emperor” that ennobles the listener
“Aristocratic pianism!”

O primeiro comentário acima é dos editorialistas da amazon, que colocam esta gravação como uma das maiores gravações de todos os tempos deste concerto. Os outros três comentários são de clientes da mesma amazon. E lhes garanto que neste caso aqui a unanimidade não é burra, como apregoava Nelson Rodrigues. Ah, esta gravação foi realizada ao vivo, com direito a palmas e tudo. Preparem seus corações, seu cálice e seu vinho favoritos e sentem-se em suas poltronas favoritas para melhor poderem apreciar, e claro, para serem transportados ao Éden, ao Valhala, ou sei lá qual paraíso que escolherem.

01. Konzert für Klavier und Orchester Nr. 5 Es-Dur, op. 73 I. Allegro
02. Konzert für Klavier und Orchester Nr. 5 Es-Dur, op. 73 II. Adagio un poco mosso –
03. Konzert für Klavier und Orchester Nr. 5 Es-Dur, op. 73 III. Rondo. Allegro

Arturo Benedetti Michelangeli – Piano
Wiener Symphoniker
Carlo Maria Giulini – Conductor

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Michelangeli-Arturo-Benedetti-02
Então, Carlo, vamos botar pra quebrar de novo?

Ludwig van Beethoven – Piano Concerto nº5, “Emperor”, Piano Sonata nº 18 in E Flat, op. 31-3

20 (1)Segundo o Dicionário Aurélio, entre outras tantas definições dadas para a palavra gênio, uma que se encaixa bem no que pretendo expor é “Altíssimo grau, ou o mais alto, de capacidade mental criadora, em qualquer sentido”, ou então “indivíduo de extraordinária potência intelectual”. Creio que ambas as definições  se encaixam perfeitamente à Arthur Rubinstein, um indívíduo que esteve sempre à frente de seu tempo, e que soube como poucos transmitir emoções indescritíveis quando sentava-se frente a um piano. Sempre digo que existem músicos e “músicos”. Dentro desta segunda categoria, incluo facilmente Rubinstein, Heifetz e Oistrakh, a minha trinca de ouro, meus instrumentistas favoritos, aqueles que estiveram à frente no seu tempo, e que continuam até hoje a influenciar dezenas de novos músicos.

Arthur Rubinstein viveu noventa e cinco anos, quase um século, e até o final da vida, manteve-se fiel ao seu instrumento, realizando recitais no mundo inteiro, mesmo depois de completar noventa anos de idade. Tinha uma memória incrível e uma postura clássica impecável quando estava sentado em frente ao seu companheiro fiel. Olhos fechados, concentração absoluta.

Esta gravação que ora vos trago foi realizada entre 1975 e 1976, quando já estava chegando nos noventa anos. Não é a minha gravação favorita do Concerto Imperador entre as diversas que ele realizou no correr de sua vida (conheço cinco), mas mesmo assim, podemos identificar aqui sua genialidade. Ele impera soberano. O então jovem Daniel Baremboim apenas faz a sua parte, sem intervir muito, conduzindo a Filarmônica de Londres com a devida cautela, digamos assim. É assim que devemos nos portar diante de alguém que está em um degrau acima, alguém que admiramos a vida inteira, e que de repente, nos dá a oportunidade de acompanhá-lo. Lembro-me de uma frase, retirada de uma carta de Isaac Newton que diz que ” If I have seen further it is by standing on the shoulders of Giants.”.  Em uma tradução livre, Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes”.

São estes os gigantes que nos guiam, que nos orientam, mesmo que seja “apenas” tocando piano.

1 Beethoven Piano Concerto No.5 in E-flat, Op.73 ‘Emperor’ – I. Allegro
2 Beethoven Piano Concerto No.5 in E-flat, Op.73 ‘Emperor’ – II. Adagio un poco
3 Beethoven Piano Concerto No.5 in E-flat, Op.73 ‘Emperor’ – III. Rondo. Allegro
4 Beethoven Piano Sonata No.18 in E-flat, Op.31, No.3 – I. Allegro
6 Beethoven Piano Sonata No.18 in E-flat, Op.31, No.3 – III. Menuetto. Moderato
7 Beethoven Piano Sonata No.18 in E-flat, Op.31, No.3 – IV. Presto con fuoco

Arthur Rubinstein – Piano
London Philharmonic Orchestra
Daniel Baremboim – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto, Romances for Violin and Orchestra, Accardo, Giulini, La Scala Philharmonic Orchestra

CoverTalvez esta seja a versão mais longa que já ouvi deste concerto de Beethoven. Até conhecê-la, era a versão de Nigel Kennedy, gravada com Klaus Tenstedt a campeã. Mas independente de tempos escolhidos pelo maestro e pelo seu solista, o que temos aqui é uma possibilidade de leitura que a muita gente pode parecer estranho. 25 minutos para o primeiro movimento pode até parecer uma eternidade.

A leveza e a sofisticação da regência de Giulini, já no final de sua vida, é bom lembrar, mostra nuances e detalhes da orquestração que podem passar desapercebidas em outras gravações com o andamento mais rápido. É como se Giulini e a excelente Filarmônica do Teatro Scala aproveitassem para explorar cada nota em toda a sua extensão. E Salvatore Accardo, com sua maestria de sempre, mostra-se totalmente à vontade em tocar seu violino com essa concepção diferente. Deixa de lado a técnica apuradíssima que sabemos possuir para nos envolver totalmente, às vezes parecendo um tanto quanto displicente, como comentou um cliente da Amazon. Não há pressa nenhuma. Apenas se utilizou de um caminho mais longo para chegar ao destino. Curiosamente, quando vi os nomes envolvidos nesta gravação, pensei, puxa, o que todo esse bando de italianos vai fazer com o sacrossanto concerto de Beethoven? Deve ser incendiária. Mas depois de ouvir atentamente, pensei com meus botões novamente: O que Carlo Maria Giulini e Salvatore Accardo ainda precisam provar? Já cumpriram e muito bem o seu “dever” na terra. Vamos então dar-lhes a oportunidade de mostrar outras facetas da genialidade de Beethoven.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto, Romances for Violin and Orchestra

1 Concerto for Violin and Orchestra in D major,Op.61, I. Allegro ma non troppo
2 Concerto for Violin and Orchestra in D major,Op.61, II. Larghetto
3 Concerto for Violin and Orchestra in D major,Op.61, III. Rondo.  Allegro
4 Romance for Violin and Orchestra No.1 in D major,Op.40
5 Romance for Violin and Orchestra No.2 in F major,Op.50

Salvatore Accardo – Violin
La Scala Philharmonic Orchestra
Carlo Maria Giulini – Conductor

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Beethoven: Variações sobre um tema de Diabelli / Bach: Partita Nº 4

Beethoven: Variações sobre um tema de Diabelli / Bach: Partita Nº 4

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Duas obras-primas em mãos competentes. Não poderia dar errado e não deu mesmo. As luminosas 33 Variações sobre uma Valda de Diabelli, de Beethoven, e a Partita Nº 4, de Bach, recebem o banho de talento de um dos pianistas preferidos de meu irmão FDP Bach. Não há reparos a fazer, resta apenas deliciar-se ouvindo este filho de um croata e de uma californiana. Ele tem bom gosto, tanto que foi o terceiro marido de Martha Argerich. Espero que os pequepianos não imaginem o que ambos faziam com os dedos, mas informo que eles têm uma filha fotógrafa, Stéphanie.

Beethoven – 33 Variations in C on a Waltz by Anton Diabelli, op.120 (51min24)

01 Tema: Vivace  0.45
02 I AlIa marcia maestoso 1.24
03 II Poco allegro  0.40
04 III L’istesso tempo 1.19
05 IV Un poco più vivace 0.52
06 V Allegro vivace 0.53
07 VI Allegro ma non troppo e serioso 1.48
08 VII Un poco più allegro 1.02
09 VIII Poco vivace 1.34
10 IX Allegro pesante e risoluto 1.41
11 X Presto 0.36
12 XI Allegretto 1.03
13 XII Un poco più moto 0.52
14 XIII Vivace 0.58
15 XIV Grave e maestoso 4.13
16 XV Presto scherzando 0.31
17 XVI Allegro 0.57
18 XVII Allegro 1.03
19 XVIII Poco moderato 1.26
20 XIX Presto 0.50
21 XX Andante 2.18
22 XXI Allegro con brio – Meno allegro 1.03
23 XXII Allegro molto  0.38
24 XXIII Allegro assai 0.54
25 XXIV Fughetta: Andante 3.11
26 XXV Allegro 0.43
27 XXVI Piacevole 1.14
28 XXVII Vivace 0.56
29 XXVIII Allegro 0.52
30 XXIX Adagio ma non troppo 1.19
31 XXX Andante, sempre cantabile 1.59
32 XXXI Largo, molto espressivo  4.56
33 XXXII Fuga: Allegro  2.55
34 XXXIII Tempo di menuetto moderato 4.04

Bach Partita No. 4 in D Major BWV 828  (26min07)

35 I Ouverture 5.54
36 II Allemande 7.36
37 III Courante 2.24
38 IV Aria 1.32
39 V Sarabande 3.55
40 VI Menuet 1.27
41 VII Gigue 2.44

Total timing: 77min32

Stephen Kovacevich, piano

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Stephen Kovacevich: que belo registro de duas obras-primas!
Stephen Kovacevich: que belo registro de duas obras-primas!

PQP

Beethoven (1770-1827): as 32 Sonatas para piano por Paul Lewis (2006-08) – REVALIDADO

Que mistério tem Paul Lewis? Pra ser sincero, conheço uma carrada de pianistas que passam, bem mais que ele, impressões de profundidade, expressividade, grandiosidade no que fazem. Quanto mais ouço, mais me convenço de que Lewis usa, digamos, uma paleta limitada de climas, cores, efeitos –

… entre eles, é verdade, o uso mais afetuosamente aveludado do pedal ‘una corda’ que já ouvi – sem falar da capacidade de fazer cada nota soar audível por si, sem jamais virar mera componente de massas. Mas por magistrais que sejam essas habilidades, continuam sendo parte de um quadro bastante limitado.

E no entanto eu não consigo parar de ouvir! Que mistério tem o Paul?

Tento levantar hipóteses. Penso em chamar sua abordagem de “vitória da simplicidade”, quem sabe até “apoteose”. Suponho uma opção de não carregar a música com emoções e interpretações pessoais, para deixar transparecer com pureza a vida mental-emocional do próprio compositor, corporificada na estrutura mesma da música com tanta clareza que – como a Marina morena que já é bonita com o que Deus lhe deu – torna supérfluo ou contraproducente qualquer tipo de maquiagem.

Será por aí? Venho apostando que sim, mas com uma dimensão adicional: vejo (com os ouvidos) Lewis abordar Beethoven com uma forma eminentemente clássica de tocar, não romântica. Tocá-lo como quem tocasse Mozart, Haydn ou – mais ainda – aquela enxurrada de música mais ou menos didática para teclado deixada pelos Diabellis e Clementis da vida.

Mas isso não seria rebaixá-lo, de certa maneira? Fazê-lo retroceder?

É aí que estaria a genialidade da sacada de Lewis: tocando ao modo romântico, Beethoven pode soar “pré” alguma coisa: estilisticamente, uma espécie precursor imaturo de um Schumann, um Brahms, até um Tchaicóvski… Tocado como clássico, no entanto, desaparece qualquer ideia de “pré”, e em seu lugar se ergue retumbante um “pós-“, um “trans”, um “meta-“,

… a dilatação de uma linguagem até os seus limites e, de repente, para além deles, por territórios que simplesmente não existiam antes – e, se não existiam, nem eles nem os que vieram depois, a troco de quê considerá-los um “pré”?

Se é por isso não sei, mas meu antigo preconceito contra as peças mais antigas do Ludovico desta vez não resistiu: fui ouvir a primeira de todas as sonatas – que é Opus 2, quer dizer: apenas a segunda obra publicada pelo nosso compositor… e já achei música madura, consistente – e estilisticamente (mais uma vez) um passo além de Mozart e Haydn com segurança, sem titubear. E ainda mais: música com conteúdo emocional denso, sem absolutamente nada que se pudesse julgar “banal” (embora, curiosamente, eu não consiga evitar uma impressão de banalidade em vários trechos – trechos, nunca peças inteiras – de obras bem posteriores, como p.ex. da Sonata 18 e mesmo da 28, apesar de esta de certa forma já integrar o Himalaia final, constituído pelas Sonatas 29 [Hammerklavier], 31 e 32, com esta 28 e a 30 como vales surgidos da mesma rocha, no entremeio).

Me perdoem a prolixidade, mas acontece que, apesar de meus pais terem usado um disco da Pastoral (a sinfonia) pra me fazerem dormir no berço (juro!), foi só agora, meio século e meia década mais tarde, que tive a oportunidade de conhecer as 32 sonatas como conjunto – e não há como não estar embriagado. Queria mesmo é falar horas sobre este e aquele detalhe desta e daquela sonata, mas, sosseguem, só vou registrar umas poucas impressões:
• Cada vez mais encantado por diferentes aspectos da Waldstein (nº 21)… e da Tempestade (nº 17).
• Entre as popularmente famosas, parece que a Appassionata (nº 23) é de longe a mais consistente.
• Alguém aí já prestou atenção na “despretensiosa” nº 27? Coisa gostosa, sô!
• Ainda não contabilizei quantos dos 102 movimentos são séries de variações – mas são um monte, dentre eles algumas das criações máximas do Ludovico (vide Opus 111). Ele chega ao cúmulo de abrir a nº 12 com um Andante con variazioni – o que parece uma negação da própria ideia de sonata!
Por outro lado, seu cabelo preto e olhos castanhos têm provocado muitos a supor uma ancestralidade espanhola, e até moura, através do lado flamengo da família (isto é, de região dominada pela Espanha por alguns séculos). E a Espanha é tida como pioneira na construção de peças na forma tema-e-variações, na música europeia. Não tem como evitar uma vontade danada de especular relações… mas a verdade é que, se eu tenho algum bom senso, o que ele diz dessa hipótese é “bullshit!”. Abobrinha pura.
• O Himalaia I: quer me parecer que foi só na Hammerklavier (Op.106, de 1819) que Beethoven transcendeu de vez o uso clássico do teclado, com sua herança cravística ou clavicordística. Os acordes massivos nas duas mãos – que soam como produzidos por 20 dedos, não 10 -, as explorações dos extremos do teclado – parecem estabelecer de uma vez, numa obra só, a linguagem pianística do romantismo e, no último movimento, já grande parte do que o século XX viria a explorar.
• O Himalaia II. A Opus 110 (nº 31) é uma joia de primeira grandeza que nunca deveria ser deixada na sombra da Opus 111, como tantas vezes se faz. Aliás, olhando o conjunto de cada uma dessas quatro ou cinco como sonata, a Opus 111 não é de modo nenhum a melhor. Mas quem diz que a esta altura estamos falando de sonatas? A altitude chegou a tanto que as formas começaram a se evaporar, a sequência de variações virou uma trilha, uma passagem… (Para o quê? Melhor não tentar explicar!)

Voltando a Lewis, pra terminar: ao falar de “modo clássico de tocar”, longe de mim a ilusão de que Lewis toque precisamente como um Mozart ou um Clementi tocariam! Afinal, ele vive hoje, ouviu tudo o que veio depois… mas parece dar preferência a deixar entrever que ouviu jazz, e até mesmo tango, a deixar transparecer que ouviu Chopin ou Liszt ou Brahms, em sua preparação para abordar o Ludovico.

Talvez venha daí um tanto do encanto desta sua realização das sonatas – um encanto que talvez não seja imortal: talvez fique para sempre atrelado a este momento ‘pós-moderno’ que vivemos. Mas mesmo sabendo disso… torço pra que seja infinito enquanto dure!

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As sonatas estão postadas aqui em sua ordem cronológica, que não foi seguida nos 10 CDs da gravação de Lewis, lançados de 2006 a 2008. Se alguém quiser ouvir na ordem dos CDs, é a seguinte:
CD 01: Sonatas 16, 17 e 18 · CD 02: Sonatas 08, 11 e 28 · CD 03: Sonatas 09, 10, 21 e 24
CD 04: Sonatas 25, 27 e 29 · CD 05: Sonatas 01, 02 e 03 · CD 06: Sonatas 04, 22 e 23
CD 07: Sonatas 12, 13 e 14 · CD 08: Sonatas 05, 06 e 07 · CD 09: Sonatas 15, 19, 20 e 26
CD 10: Sonatas 30, 31 e 32
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BEETHOVEN: AS 32 SONATAS PARA PIANO em sua ordem original

ATENÇÃO: os mp3 estão soltos dentro dos arquivos rar; sugiro criar uma pasta e extrair o conteúdo dos 4 arquivos rar dentro dela. Mp3 files are loose within the rar files; the best way to manage them is creating a folder to extract all 4 rar files into it.

Arquivo 1 : Sonatas 1 a 7 : BAIXE AQUI – download here

Arquivo 2 : Sonatas 8 a 15 : BAIXE AQUI – download here

Arquivo 3 : Sonatas 16 a 24 : BAIXE AQUI – download here

Arquivo 4 : Sonatas 25 a 32 : BAIXE AQUI – download here

• • • • • • • • • • ARQUIVO / FILE 1 • • • • • • • • • •
Sonata no.01 in F minor, Op.2 no.1 – 1795
..1………01.1………Allegro
..2………01.2………Adagio
..3………01.3………Menuetto: Allegretto
..4………01.4………Prestissimo

Sonata no.02 in A major, Op.2 no.2 – 1795
..5………02.1………Allegro vivace
..6………02.2………Largo appassionato
..7………02.3………Scherzo: Allegretto
..8………02.4………Rondò: Grazioso

Sonata no.03 in C major, Op.2 no.3 – 1795
..9………03.1………Allegro con brio
10………03.2………Adagio
11………03.3………Scherzo
12………03.4………Allegro assai

Sonata no.04 in E flat major, Op.7 ‘GRAND SONATA’ – 1797
13………04.1………Allegro molto e con brio
14………04.2………Largo con gran espressione
15………04.3………Allegro
16………04.4………Rondò: Poco allegretto e grazioso

Sonata no.05 in C minor, Op.10 no.1 – 1798
17………05.1………Allegro molto e con brio
18………05.2………Adagio molto
19………05.3………Finale: Prestissimo

Sonata no.06 in F major, Op.10 no.2 – 1798
20………06.1………Allegro
21………06.2………Allegretto
22………06.3………Finale: Presto

Sonata no.07 in D major, Op.10 no.3 – 1798
23………07.1………Presto
24………07.2………Largo e mesto
25………07.3………Menuetto: Allegro
26………07.4………Rondò: Allegro

• • • • • • • • • • ARQUIVO / FILE 2 • • • • • • • • • •
Sonata no.08 in C minor Op.13 ‘PATHETIQUE’- 1798
27………08.1………Grave – Allegro di molto e con brio
28………08.2………Andante cantabile
29………08.3………Rondò: Allegro

Sonata no.09 in E major Op.14 no.1 – 1798
30………09.1………Allegro
31………09.2………Allegretto
32………09.3………Rondò: Allegro commodo

Sonata no.10 in G major Op.14 no.2 – 1798
33………10.1………Allegro
34………10.2………Andante
35………10.3………Scherzo: Allegro assai

Sonata no.11 in B flat major Op.22 – 1800
36………11.1………Allegro con brio
37………11.2………Adagio con molto espressione
38………11.3………Tempo di menuetto
39………11.4………Rondò: Allegretto

Sonata no.12 in A flat major, Op.26 ‘MARCIA FUNEBRE’- 1801
40………12.1………Andante con variazioni
41………12.2………Scherzo: Allegro molto
42………12.3………Marcia funebre sulla morte d’un eroe
43………12.4………Allegro

Sonata no.13 in E flat major, Op.27 no.1 ‘QUASI UNA FANTASIA I’ – 1801
44………13.1………Andante
45………13.2………Allegro molto e vivace
46………13.3………Adagio con espressione
47………13.4………Finale. Allegro vivace

Sonata no.14 in C sharp minor, Op.27 no.2
‘QUASI UNA FANTASIA II’, ‘MOONLIGHT’, ‘AO LUAR’ – 1801
48………14.1………Adagio sostenuto
49………14.2………Allegretto
50………14.3………Presto agitato

Sonata no.15 in D major, Op.28 ‘PASTORALE’ – 1801
51………15.1………Allegro
52………15.2………Andante
53………15.3………Scherzo: Allegro vivace
54………15.4………Rondò: Allegro ma non troppo

• • • • • • • • • • ARQUIVO / FILE 3 • • • • • • • • • •
Sonata no.16 in G major, Op.31no.1 – 1802
55………16.1………Allegro vivace
56………16.2………Adagio grazioso
57………16.3………Rondò: Allegretto

Sonata no.17 in D minor, Op.31 no.2 ‘TEMPEST’, ‘A TEMPESTADE’- 1802
58………17.1………Largo
59………17.2………Adagio
60………17.3………Allegretto

Sonata no.18 in E flat major, Op 31 no.3 ‘LA CACCIA’, ‘A CAÇA’ – 1802
61………18.1………Allegro
62………18.2………Allegretto vivace
63………18.3………Menuetto: Moderato e grazioso
64………18.4………Presto con fuoco

Sonata no.19 in G minor, Op.49 no.1 – 1805
65………19.1………Andante
66………19.2………Rondò: Allegro

Sonata no.20 in G major, Op.49 no.2 – 1805
67………20.1………Allegro ma non troppo
68………20.2………Tempo di menuetto

Sonata no.21 in C major Op.53 ‘WALDSTEIN’ – 1803
69………21.1………Allegro con brio
70………21.2………Introduzione. Adagio molto
71………21.3………Rondò: Allegretto moderato

Sonata no.22 in F major, Op.54 – 1804
72………22.1………In tempo di menuetto
73………22.2………Allegretto

Sonata no.23 in F minor, Op.57 ‘APASSIONATA’ – 1805
74………23.1………Allegro assai
75………23.2………Andante con moto
76………23.3………Allegro ma non troppo

Sonata no.24 in F sharp major Op.78 ‘A THERESE’ – 1809
77………24.1………Allegro ma non troppo
78………24.2………Allegro vivace

• • • • • • • • • • ARQUIVO / FILE 4 • • • • • • • • • •
Sonata no.25 in G major Op.79 ‘ALLA TEDESCA’ – 1809
79………25.1………Presto alla tedesca
80………25.2………Andante
81………25.3………Vivace

Sonata no.26 in E flat major, Op.81a ‘LEX ADIEUX’, ‘LEBEWOHL’ – 1810
82………26.1………Adagio – Allegro (Les Adieux)
83………26.2………Andante espressivo (L’Absence)
84………26.3………Vivacissimamente (Le Retour)

Sonata no.27 in E minor Op.90 – 1814
85………27.1………Allegro: Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung und Ausdruck
86………27.2………Rondò: Nicht zu geschwind und sehr singbar vorzutragen

Sonata no.28 in A major Op.101 – 1816
87………28.1………Allegretto ma non troppo. Etwas lebhaft
88………28.2………Vivace alla marcia. Lebhaft
89………28.3-4……Adagio ma non troppo – Allegro ma non troppo

Sonata no.29 in B flat major Op.106 ‘HAMMERKLAVIER’ – 1819
90………29.1………Allegro
91………29.2………Scherzo: Assai vivace
92………29.3………Adagio sostenuto: Appassionato e con molto sentimento
93………29.4………Largo – Allegro risoluto

Sonata no.30 in E major, Op.109 – 1820
94………30.1………Vivace ma non troppo. Adagio espressivo
95………30.2………Prestissimo
96………30.3………Andante: Gesangvoll mit innigster empfindung, mezza voce

Sonata no.31 in A flat major, Opus 110 – 1821
97………31.1………Moderato cantabile molto espressivo
98………31.2………Allegro molto
99………31.3………Adagio ma non troppo – Allegro ma non troppo (Fuga)

Sonata no.32 in C minor, Opus 111 – 1822
100………32.1………Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
101………32.2………Arietta: Adagio molto semplice e cantabile

Ranulfus (postado originalmente em 20.10.2012)

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos nºs 3 & 4 – Maria João Pires, SRDO, Harding

frontMaria João Pires já se estabeleceu como um dos grandes nomes do instrumento deste novo século. Tenho acompanhado de perto sua carreira, desde que adquiri pela primeira vez um cd dela. Tratavam-se dos Impromptus schubertianos, um cd chamado “Le Voyage Magnifique”, o nome já diz tudo, que assim que possível lhes trago.
Mas a portuguesa completou 70 anos de idade, imaginem. Nem aparenta, talvez devido ao cabelo curto, que dizem remoçar as pessoas. Ou então à incrível energia que se consegue extrair de seu piano. É incrível. Um fenômeno, eu diria, se não fosse a idade. Na verdade, trata-se de talento nato, que foi esculpido no correr dos anos pela experiência. Era uma das pianistas favoritas de Claudio Abbado.
Mas Claudio Abbado se foi, infelizmente, mas a vida continua, e Maria João segue em frente com sua carreira impecável. Então neste ano de 2014 juntou-se ao jovem Daniel Harting para gravar Beethoven, seus concertos de nº 3 e de nº 4. Apenas.
Tenho certeza de que os senhores estarão em boas mãos, afinal de contas é Beethoven, ora pois, nas mãos de uma das maiores pianistas da atualidade.

01. Piano Concerto no.3 in C minor op.37 – I. Allegro con brio
02. Piano Concerto no.3 in C minor op.37 – II. Largo
03. Piano Concerto no.3 in C minor op.37 – III. Rondo Allegro
04. Piano Concerto no.4 in G major op.58 – I. Allegro moderato
05. Piano Concerto no.4 in G major op.58 – II. Andante con moto
06. Piano Concerto no.4 in G major op.58 – III. Rondo Vivace

Maria João Pires – Piano
Swedish Radio Symphony Orchestra
Daniel Harting – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

[restaurado por Vassily em 11/5/2020]

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Quartetos de Cordas (Kodály) (CD 9 de 9)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Quartetos de Cordas (Kodály) (CD 9 de 9)


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Enfim, chegamos ao final de mais uma série! O Op. 135 é menor em tamanho e nele há temas que aparecem acenar ao Op. 64 de Haydn, principalmente no primeiro movimento. Mas quando pensamos que Beethoven tornou-se mais clássico na forma, ele ataca novamente com seus temas curtos e afirmativos no segundo movimento e volta a expor uma longa reflexão no terceiro movimento. Mesmo assim, acho que nossos leitores-ouvintes, não ficariam escandalizados se eu dissesse que o Op. 135 é a Oitava Sinfonia deste grupo final. É menor e mais relaxado.

O mesmo não se pode dizer do Op. 131. Cheio de abismos e de contrastes, traz grande parte daquilo que Shostakovich faria depois. É. Confiram! Não estou dizendo que falte originalidade à Shosta, estou apenas comentando que ele foi à melhor fonte para fazer a melhor música. Alguns bebem de fontes mais impuras; Shosta caiu de cabeça na melhor delas. Porém, tergiverso. Analisando rapidamente temos um L-R-R-L-R-L-R (L=Lento, R=Rápido). Sim, sim, o homem estava escrevendo novamente em chinês e este quarteto deve ter sido detestadíssimo pelo público. Concordas, Flávio? (Quem trouxe o chinês à baila foste tu!) Na verdade, estou meio divagativo e fico pensando na impressão que aquele público da década de 20 do século XIX teve de um quarteto como este… Sorrio para o monitor como se estivesse vendo suas caras de pasmo ou talvez de indignação. Mal sabiam eles que estavam vendo o futuro. Se os movimentos fossem mais curtos e as mudanças de humor mais constantes, eles estariam DENTRO futuro e Beethoven seria internado.

Não obstante esta apresentação irônica, trata-se de música seríssima e adorada por mim. Sugiro uma audição muito atenta do Andante ma non troppo e molto cantabile. Há algo naquele violoncelo que parece negar toda a tranquilidade ao movimento. Acompanhem-no. É como se Beethoven, inteiramente neurótico como qualquer cidadão de nossa época, nos dissesse: a calma e a beleza, qualquer calma e beleza, meus amigos, são absolutamente falsas.

O Op. 131 é a música que perpassa todo o belíssimo filme "O Último Quarteto" de Yaron Zilberman
O Op. 131 é a música que perpassa todo o belíssimo filme “O Último Concerto” de Yaron Zilberman

Ludwig van Beethoven

String Quartet No. 16 in F major, Op. 135
I. Allegretto 00:06:01
II. Vivace 00:03:14
III. Lento assai, cantante e tranquillo 00:06:39
IV. Grave ma non troppo tratto – Allegro 00:07:03

String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131
I. Adagio ma non troppo e molto espressivo 00:08:01
II. Allegro molto vivace 00:03:00
III. Allegro moderato 00:00:50
IV. Andante ma non troppo e molto cantabile 00:13:43
V. Presto 00:05:19
VI. Adagio quasi un poco andante 00:02:02
VII. Allegro 00:07:06

Kodaly Quartet

Total Playing Time: 01:02:58

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Beethoven dando uma voltinha pelas redondezas
Beethoven dando uma voltinha pelas redondezas

PQP