Steve Reich (1936) — 80 anos: Phases: A Nonesuch Retrospective (5 CDs)

Steve Reich (1936) — 80 anos: Phases: A Nonesuch Retrospective (5 CDs)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Steve Reich completou 80 anos no último dia 3 de outubro. Ele é o mais embasbacante e interessante dos minimalistas. É música para ser ouvida com grande atenção, pois as aparentes repetições contém variações que ocorrem a cada momento, criando climas inesperados. Com a cabeça quase sempre tapada por um boné e agora com oito décadas de vida, Reich vai montando uma obra que dialoga com o popular (Tehillim, por exemplo) e com a política (Different Trains).

Eu, PQP, amo sua música.

Steve Reich nasceu em Nova Iorque, a 3 de Outubro de 1936. Diplomou-se primeiro em Filosofia na Cornell University em 1957. Depois, foi estudar composição na Juilliard School of Music e trabalhou com Luciano Berio e Darius Milhaud.

Tornou-se na década de 60 uma das mais proeminentes figuras do Minimalismo. No final dos anos sessenta e início dos setenta aplicou técnicas de música gravada à composição acústica. Nos anos 70, uma viagem a África abriu-lhe novos horizontes na área da percussão. A peça Drumming deu origem ao seu grupo Steve Reich and Musicians. Em 1974 escreveu a obra-prima Music for 18 Musicians, considerada uma revolução na música. Aquele vinil da ECM do início dos anos 80 jamais será esquecido!

Nos anos 80, a obra de Reich tomou novas direções ao procurar temas políticos e religiosos. A década seguinte trouxe obras de grande envergadura sobre as origens das religiões cristã, judaica e islâmica, bem como sobre outros problemas e conflitos das sociedades modernas. Nesse período foi nomeado membro da Academia Americana das Artes e Letras e da Academia de Belas Artes da Baviera, e recebeu a Comenda da Ordem das Artes e Letras de França.

Em 2000 recebeu o Prémio Schuman da Columbia University, Montgomery Fellowship do Dartmouth College, Regent’s Lectureship na University of California at Berkeley, um doutoramento honorário do California Institute of the Arts e foi nomeado Compositor do Ano pela revista Musical America. Em 2007 recebeu o Polar Prize da Academia Real Sueca de Música, e em 2009 o Prémio Pulitzer em Música pela composição Double Sextet. 

Music For 18 Musicians
1-1 Pulses 5:26
1-2 Section I 3:58
1-3 Section II 5:13
1-4 Section IIIA 3:55
1-5 Section IIIB 3:46
1-6 Section IV 6:37
1-7 Section V 6:49
1-8 Section VI 4:54
1-9 Section VII 4:19
1-10 Section VIII 3:35
1-11 Section IX 5:24
1-12 Section X 1:51
1-13 Section XI 5:44
1-14 Pulses 6:11

Different Trains
2-1 America – Before The War 8:59
2-2 Europe – During The War 7:31
2-3 After The War 10:21

Tehillim
2-4 Part I: Fast 11:45
2-5 Part II: Fast 5:54
2-6 Part III: Slow 6:19
2-7 Part IV: Fast 6:24

2-8 Eight Lines 17:29

You Are (Variations)
3-1 You Are Wherever Your Thoughts Are 13:14
3-2 Shiviti Hashem L’negdi (I Place The Eternal Before Me) 4:15
3-3 Explanations Come To An End Somewhere 5:24
3-4 Ehmor M’aht, V’ahsay Harbay (Say Little And Do Much) 4:04

New York Counterpoint
3-5 Fast 5:03
3-6 Slow 2:44
3-7 Fast 3:32

3-8 Cello Counterpoint 11:36

Electric Counterpoint
3-9 Fast 6:51
3-10 Slow 3:22
3-11 Fast 4:30

Triple Quartet
3-12 First Movement 7:10
3-13 Second Movement 4:05
3-14 Third Movement 3:28

4-1 Come Out 12:48

4-2 Proverb 14:04

The Desert Music
4-3 First Movement (Fast) 7:54
4-4 Second Movement (Moderate) 6:59
4-5 Third Movement, Part One (Slow) 7:00
4-6 Third Movement, Part Two (Moderate) 5:54
4-7 Third Movement, Part Three (Slow) 5:55
4-8 Fourth Movement (Moderate) 3:35
4-9 Fifth Movement (Fast) 10:48

5-1 Music For Mallet Instruments, Voices, And Organ 16:50

Drumming
5-2 Part I 17:30
5-3 Part II 18:11
5-4 Part III 11:13
5-5 Part IV 9:50

Eu tô quase sempre de boné
Eu tô quase sempre de boné

Credits
Alto Vocals – Alice Murray (tracks: 3-1 to 3-4), Amy Fogerson (tracks: 3-1 to 3-4), Jay Clayton (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5), Kim Switzer (tracks: 3-1 to 3-4), Nancy Sulahian (tracks: 3-1 to 3-4), Sarona Farrell (tracks: 3-1 to 3-4), Tracy Van Fleet (tracks: 3-1 to 3-4)
Bass – Donald Palma (tracks: 4-3 to 4-9), Oscar Hildago* (tracks: 3-1 to 3-4)
Cello – Delores Bing (tracks: 3-1 to 3-4), Greg Passelink* (tracks: 2-8), Jeanne LeBlanc (tracks: 1-1 to 1-14), Jennifer Culp (tracks: 3-12 to 3-14), Joan Jeanrenaud (tracks: 2-1 to 2-3), Mark Stewart (4) (tracks: 2-8), Maurice Grant* (tracks: 3-1 to 3-4), Maya Beiser (tracks: 3-8), Roger LeBow (tracks: 3-1 to 3-4), Sharon Prater (tracks: 4-3 to 4-9)
Clarinet – Evan Ziporyn (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 3-5 to 3-7), Helen Goode-Castro (tracks: 3-1 to 3-4), James Faschia (tracks: 3-1 to 3-4), Larry Hughes (tracks: 3-1 to 3-4), Leslie Scott (tracks: 1-1 to 1-14), Michael Lowenstern (tracks: 2-8)
Flute – Geri Ratella* (tracks: 3-1 to 3-4), Sara Weisz (tracks: 3-1 to 3-4)
Guitar – Pat Metheny (tracks: 3-9 to 3-11)
Maracas, Marimba, Glockenspiel – Thad Wheeler (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)
Maracas, Piano – Philip Bush (tracks: 1-1 to 1-14)
Marimba – John Magnussen (tracks: 3-1 to 3-4), Mike Englander (tracks: 3-1 to 3-4), Tom Raney (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Wade Culbreath (tracks: 3-1 to 3-4)
Marimba, Glockenspiel – Ben Harms (tracks: 5-2 to 5-5), Gary Schall (tracks: 5-2 to 5-5), Glen Velez (tracks: 5-2 to 5-5)
Marimba, Piano, Xylophone, Glockenspiel – Garry Kvistad (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1)
Marimba, Xylophone, Vibraphone – Russell Hartenberger* (tracks: 1-1 to 1-14, 4-2, 5-1 to 5-5)
Mezzo-soprano Vocals – Ananda Goud (tracks: 2-4 to 2-7), Yvonne Benschop (tracks: 2-4 to 2-7)
Oboe – Joan Elardo (tracks: 3-1 to 3-4), Joel Timm (tracks: 3-1 to 3-4)
Piano – Brian Pezzone* (tracks: 3-1 to 3-4), Gloria Cheng (tracks: 3-1 to 3-4), Jay Clayton (tracks: 1-1 to 1-14), Lisa Edwards (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Vicki Ray (tracks: 3-1 to 3-4)
Piano, Marimba – Steve Reich (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)
Piano, Organ [Electric] – Edmund Niemann (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 4-2), Nurit Tilles (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 4-2, 5-1)
Piccolo Flute – Mort Silver (tracks: 5-2 to 5-5)
Piccolo Flute, Flute – David Fedele (tracks: 2-8), Patti Monson (tracks: 2-8)
Soprano Vocals – Allison Zelles (tracks: 4-2), Andrea Fullington (tracks: 4-2), Barbara Borden (tracks: 2-4 to 2-7), Cheryl Bensman Rowe (tracks: 1-1 to 1-14, 4-3 to 4-9), Claire Fedoruk (tracks: 3-1 to 3-4), Emily Lin (tracks: 3-1 to 3-4), Marie Hodgson (tracks: 3-1 to 3-4), Marion Beckenstein (tracks: 1-1 to 1-14), Phoebe Alexander (tracks: 3-1 to 3-4), Rachelle Fox (tracks: 3-1 to 3-4), Rebecca Armstrong (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1), Sonja Rasmussen (tracks: 4-2), Tania Batson (tracks: 3-1 to 3-4), Tannie Willemstijn (tracks: 2-4 to 2-7)
Tenor Vocals – Alan Bennett (3) (tracks: 4-2), Fletcher Sheridan (tracks: 3-1 to 3-4), Joseph Golightly* (tracks: 3-1 to 3-4), Kevin St.Clair (tracks: 3-1 to 3-4), Pablo Cora (tracks: 3-1 to 3-4), Paul Elliott (tracks: 4-2), Sean McDermott (tracks: 3-1 to 3-4), Shawn Kirchner (tracks: 3-1 to 3-4)
Viola – Darren McCann* (tracks: 3-1 to 3-4), Francesca Martin (tracks: 4-3 to 4-9), Hank Dutt (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Catherine Reddish* (tracks: 3-1 to 3-4), Martha Mook* (tracks: 2-8), Ron Lawrence (tracks: 2-8), Victoria Miskolcsky* (tracks: 3-1 to 3-4)
Violin – David Harrington (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Deborah Redding (tracks: 4-3 to 4-9), Elizabeth Knowles (tracks: 2-8), Elizabeth Lim (tracks: 1-1 to 1-14), Gregor Kitzis (tracks: 2-8), Jacqueline Carrasco (tracks: 2-8), John Sherba (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Julie Rogers (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Ralph Morrison (tracks: 3-1 to 3-4), Samuel Fischer (tracks: 3-1 to 3-4), Steve Scharf (tracks: 3-1 to 3-4), Susan Reddish (tracks: 3-1 to 3-4), Tamara Hatwan (tracks: 3-1 to 3-4), Todd Reynolds (tracks: 2-8)
Voice [Long Tones] – Pamela Wood Ambush (tracks: 5-1 to 5-5)
Xylophone, Marimba – Tim Ferchen* (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1)
Xylophone, Marimba, Vibraphone – Bob Becker (tracks: 1-1 to 1-14, 4-2, 5-1 to 5-5)
Xylophone, Piano, Vibraphone – James Preiss (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)

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Eu bato em tudo o que vejo
E bato em tudo o que vejo

PQP

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances / Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine (Rattle)

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances / Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine (Rattle)


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em termos de qualidade, creio que a trindade do minimalismo estadunidense seja formada por Reich, Riley e Adams. John Adams é daqueles caras que os críticos ouviram e logo disseram que ia desaparecer assim como chegou. Nada disso, muito pelo contrário. Adams já é figurinha comum no repertório das orquestras e, por exemplo, sua ópera Nixon in China tem sido repetidamente montada. Este disco — com luxuosa regência de Simon Rattle — mostra um repertório exuberante e dá ideia do tamanho de Adams.

(É claro que vocês sabem que Rattle pediu demissão da Filarmônica de Berlim, não? Fez bem. A liberdade de repertório que ele tinha na CBSO era o ar de que se alimentava. Esperamos que Rattle volte com outra orquestra e com tudo, novamente!).

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances
/ Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine

1. Harmonielehre: Part I 17:29
2. Harmonielehre: Part II – The Anfortas Wound 12:26
3. Harmonielehre: Part III – Meister Eckhardt and Quackie 10:34

4. The Chairman Dances – Foxtrot for orchestra 12:47

Two Fanfares:

5. Tromba lontana 4:07

6. Short Ride in a Fast Machine – Fanfare for orchestra 4:24

City Of Birmingham Symphony Orchestra
Sir Simon Rattle

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Adams: um dia vocês vão ouvir falar MUITO nele
Adams: um dia vocês vão ouvir falar MUITO nele

PQP

A música do tempo dos “Castrati”

A música do tempo dos “Castrati”

amyikes1_loisinorUma bela coletânea de árias originalmente escritas para castrati. As gravações não são muito novas e envolvem vários contratenores e orquestras. Se há alguém vindo de Marte frequentando nosso blog, explicamos: Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde a das vozes femininas, seja de soprano, mezzo-soprano, ou contralto. Esta faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada “mudança de voz” não ocorre. A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a libertação para a corrente sanguínea das hormônios sexuais produzidas pelos testículos, as quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba. Quando o jovem castrato chega à idade adulta, o seu corpo desenvolve-se em termos de capacidade pulmonar e força muscular, mas a sua laringe não. A sua voz adquire assim uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade muito diferentes, tanto da voz da mulher adulta, como da voz mais aguda do homem não castrado (contratenor). Por outro lado, a maturidade e a crescente experiência musical do castrato tornavam a sua voz marcadamente diferente da de um jovem. O termo castrato designa não só o cantor mas também o próprio registro da sua voz.

A música do tempo dos “Castrati”

Christoph Willibald Gluck
Orfeo ed Euridice (Italian version), opera in 3 acts, Wq. 30
1 Act 2. Scene 2. “Les Champs-Elysées (symphonie descriptive-danse-arioso) 6:21

Antonio Vivaldi
Montezuma, opera in 3 acts, RV 723
2 Act 3. Scene 10. Aria. “Dov’è la figlia” 6:02

Gregorio Allegri
3 De ore prudentis, motet for 3 voices & continuo 1:54

Antonio Vivaldi
4 Dixit Dominus (Psalm 109), for 4 voices, double chorus, 2 trumpets, 2 oboes, solo strings, strings & continuo D major, RV 594 2:17

Marc-Antoine Charpentier
5 Salve Regina à trois voix pareilles, motet for 3 voices & continuo, H. 23 8:16

Christoph Willibald Gluck
Orfeo ed Euridice (Italian version), opera in 3 acts, Wq. 30
6 Act 3. Scene 1. “Che faró senza Euridice?” 3:28

Antonio Vivaldi
Montezuma, opera in 3 acts, RV 723
7 Act 1. Scene 2. Aria. “Gl’oltraggidella sorte” 3:30

Gregorio Allegri
8 Repleti sunt omnes, motet for 3 voices & continuo 1:41

Antonio Vivaldi
Nisi Dominus (Psalm 126), for 3 voices, viola d’amore, chalumeau, violin, strings & continuo in A major, RV 803
9 Sicut erat-Amen 2:47

Riccardo Broschi
10 Son Qual Nave ch’agitata 8:09

James Bowman
Ewa Malas-Godlewska
Derek Lee Ragin
Gerard Lesne
John Elves
Josep Cabre
Dominique Visse
La Grande Ecurie et la Chambre du Roy
Ensemble a Sei Voci
Le Concert des Nations
Les Talens Lyriques
Jean-Claude Malgoire
Bernard Fabre-Garrus
Christophe Rousset

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James Bowman: "Nenhum cantor sofreu maus tratos durante as gravações".
James Bowman e PQP Bach asseveram que “Nenhum cantor sofreu maus tratos durante as gravações”.

PQP

Louis Marchand (1669-1732), Jacques Duphly (1715-1789), Armand-Louis Couperin (1727-1789), Claude-Bénigne Balbastre (1727-1799), Michel Corrette (1709-1795), Joseph Nicolas Pancrace Royer (1705-1755): A French Collection

Louis Marchand (1669-1732), Jacques Duphly (1715-1789), Armand-Louis Couperin (1727-1789), Claude-Bénigne Balbastre (1727-1799), Michel Corrette (1709-1795), Joseph Nicolas Pancrace Royer (1705-1755): A French Collection

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Eu recomendo fortemente este grande CD de Skip Sempé. É complicado pedir coesão numa coletânea, a gente apenas pede que as músicas sejam boas e que combinem entre si, sem chocar, por exemplo, meus ouvidos que hoje foram apresentados a Lady Gaga e que por isso estão em estado de choque. O inesperado aqui é a notável qualidade das peças. Sempre uso de indulgência para com os franceses, mas na época barroca esta não é necessária. Caramba, os caras faziam grande música! Como todo bom recital, Sempé — o espetacular Sempé — finaliza o disco com uma obra capaz de fazer o mais sonolento dos ouvintes acordar e, ao final, saltar da cadeira como se tivesse uma mola na bunda para aplaudir em pé.

Skip Sempé: A French Collection

1. Louis Marchand : Prélude 2:37
2. Jacques Duphly : La de Belombre (Vivement) 2:33
3. Jacques Duphly : Les Grâces (Tendrement) 5:05
4. Jacques Duphly : La Félix (Noblement) 3:06
5. Jacques Duphly : Rondeau (Tendre) 2:31
6. Louis Marchand : Chaconne 3:53
7. Armand-Louis Couperin : L’Intrépide, Rondeau (Marqué) 2:17
8. Jacques Duphly : La Forqueray, Rondeau 5:15
9. Claude-Bénigne Balbastre : La Lugéac, Giga (Allegro) 1:54
10. Jacques Duphly : Chaconne 6:26
11. Michel Corrette : Les Etoiles (Légèrement et Modérément) 2:24
12. Claude-Bénigne Balbastre : La Suzanne (Noblement et Animé / Gracieusement) 3:37
13. Joseph Nicolas Pancrace Royer : Allemande 3:37
14. Claude-Bénigne Balbastre : La d’Héricourt (Noblement, sans lenteur) 3:01
15. Claude-Bénigne Balbastre : La de Caze, Ouverture (Fièrement et Marqué) 3:26
16. Jacques Duphly : La Pothoüin, Rondeau (Modérément) 4:44
17. Joseph Nicolas Pancrace Royer : La Marche des Scythes (Fièrement) 5:37

Skip Sempé, cravo
(after 18th century French models by Bruce Kennedy [1985])

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Skip Sempé preparando-se para estudar
Skip Sempé preparando-se para estudar.

PQP

G. F. Handel (1685-1759): O Messias (Pinnock)

G. F. Handel (1685-1759): O Messias (Pinnock)

IM-PER-DÍ-VEL !!! (Mas esta versão aqui é ainda melhor).

Depois de muito ouvir e pensar cheguei à conclusão de que esta gravação de Pinnock é DO CARALHO. Solistas, coro, orquestra, não há do que reclamar. E parece que todos estão felizes, é simplesmente maravilhoso. E o pior é que um de vocês, meus amigos, foi quem mandou esta jóia para meu e-mail. E, bem, EU NÃO LEMBRO QUEM FOI! Mas agradeço muito. Vocês todos também agradecerão depois de baixá-lo.

O que estão esperando?

O Messias é o oratório mais popular de Handel. É grande número dos corais que atacam, confiantes e sorridentes, o coral Hallelujah. Eles estão certos, não serei eu que irei criticá-los. Só que esta peça está longe de figurar entre o que há de melhor neste oratório cheio de lirismo e de um melodismo raro, riquíssimo. É difícil de se encontrar árias mais inspiradas do que He shall feed His flock, Ev`ry valley shall be exalted, Why do the nations?, corais como For unto us a child is born, And the glory of the Lord, And He shall purify, além da ária-coral O thou thet tellest good tidings to Zion. Handel era genial e aqui tem seu ponto mais alto. A popularidade de O Messias é merecida.

O Messias normalmente ouvido por nós, principalmente no célebre Hallelujah, está bem longe daquilo que foi planejado originalmente por Handel. Pode parecer surpreendente a muitos o fato de que Handel, enquanto compunha o Oratório, lutava contra problemas administrativos que o levaram a utilizar um grupo pequeno de músicos, pela simples razão de que não os havia na Dublin de 1742 e de que era oneroso buscá-los em outras cidades. Handel dispunha apenas de 16 cantores-solistas e uma orquestra mínima e a estréia foi assim mesmo. No curso destes mais de 260 anos, o popular Messias foi executado de todas as formas imagináveis. Nas antigas gravações da obra e até hoje, são ouvidos enormes corais, oboés dobrando as vozes – não há oboés na versão original -, fagotes no baixo contínuo – fagotes, que fagotes? – etc., etc.

Nos anos 70, quando ouvi esta obra prima pela primeira vez, foi na mastodôntica versão de Karl Richter. Achei uma maravilha o que hoje acho estranho. Richter usou enorme coral e um potente conjunto instrumental, tudo muito pouco barroco. Só que a gravação era linda, avassaladora. Ouvia-se ali o precursor do Beethoven da 9ª Sinfonia. Só que os anos seguintes nos trouxeram as gravações em instrumentos originais, com as obras sendo executadas dentro da exata formação prescrita pelo compositor e muitas obras foram definhando em potência sonora para ganhar outros coloridos. A partir da década de 80, fomos nos acostumando a deixar o volume sonoro para compositores mais modernos e a fruir da delicadeza barroca. Não, não é proibido ouvir as velhas gravações que utilizam exércitos fortemente armados na interpretação deste oratório – e nem as novas que ainda fazem o mesmo! -, mas alguém com tendências puristas como eu, teve de acostumar-se ao uso de forças menores na interpretação do powerful Messiah. Hoje, parece a mim uma desonestidade ouvir uma obra interpretada dentro de uma concepção tão longínqua das intenções do compositor, ou seja, tão longe daquilo que Handel ouvia. Sei que estou em terreno perigoso e que há fóruns que estão discutindo isto há anos. Tudo começa com alguém perguntando “Mas, e se Handel dispusesse de um coral de 96 elementos e pudesse quadruplicar a orquestra, a música seria diferente?”. Tenho posições nestas questões, porém aqui a intenção é a de modestamente descrever e louvar um pouco de O Messias, esta delicada e poderosa obra de câmara…

É lendária velocidade com que Handel escrevia suas obras. Imaginem que os mais de 140 minutos deste oratório foram escritos em apenas 21 dias. É lendária a velocidade com que a obra tinha sido escrita, mas ao consultar meus alfarrábios descobri que ele sempre produzia assim. Porém, seus doze concerti grossi, opus 6, foram escritos em 24 dias, quando há pessoas que não conseguiriam sequer copiá-los neste período! Quando inspirado, o homem era rápido mesmo.

Mais curiosidades? Quando houve a elogiada e aplaudidíssima estréia em Dublin (em 13 de abril de 1742), Londres recebeu a obra com calculado distanciamento pela simples razão de que os londrinos não podiam ouvi-la. Ocorria que era proibido falar de coisas sagradas nos teatros e não se podia trazer profissionais dos teatros para cantarem numa igreja. Então o oratório, tal qual uma alma penada, caiu no limbo espírita. Só com alguns de atraso e bem velho, Handel pode ver seu oratório triunfar na capital.

Handel – O Messias

Disc: 1
1. Part 1. 1. Sinfony (Grave – Allegro moderato)
2. Part 1. 2. Accompagnato. Comfort ye my people
3. Part 1. 3. Air. Ev’ry valley shall be exalted
4. Part 1. 4. Chorus. And the glory of the Lord shall be revealed
5. Part 1. 5. Accompagnato. Thus saith the Lord of Hosts
6. Part 1. 6. Air. But who may abide the day of his coming
7. Part 1. 7. Chorus. And he shall purify
8. Part 1. 8. Recitative. Behold, a virgin shall conceive
9. Part 1. 9. Air. O thou that tellest good tidings
10. Part 1. 10. Accompagnato. For behold, darkness shall cover
11. Part 1. 11. Air. The people that walked in darkness
12. Part 1. 12. Chorus. For unto us a Child is born
13. Part 1. 13. Pifa (Pastoral Symphony)
14. Part 1. 14. Recitative. There were shepherds abiding in the field / Accompagnato. And lo, the angel
15. Part 1. 17. Chorus. Glory to God in the highest
16. Part 1. 18. Air. Rejoice greatly, O daughter of Zion
17. Part 1. 19. Recitative. Then shall the eyes of the blind
18. Part 1. 20. Air. He shall feed his flock
19. Part 1. 21. Chorus. His yoke is easy, his burthen is light
20. Part 2. 22. Chorus. Behold the Lamb of God
21. Part 2. 23. Air. He was despised

Disc: 2
1. Part 2. 24. Chorus. Surely he hath borne our griefs
2. Part 2. 25. Chorus. And with his stripes we are healed
3. Part 2. 26. Chorus. All we like sheep have gone astray
4. Part 2. 27. Accompagnato. All they that see him
5. Part 2. 28. Chorus. He trusted in God
6. Part 2. 29. Accompagnato. Thy rebuke hath broken his heart
7. Part 2. 30. Arioso. Behold, and see if there be any sorrow
8. Part 2. 31. Accompagnato. He was cut off out of the land
9. Part 2. 32. Air. But thou didst not leave his soul
10. Part 2. 33. Chorus. Lift up your heads, O ye gates
11. Part 2. 34. Recitative. Unto which of the angels
12. Part 2. 35. Chorus. Let all the angels of God worship him
13. Part 2. 36. Air. Thou art gone up on high
14. Part 2. 37. Chorus. The Lord gave the word
15. Part 2. 38. Air. How beautiful are the feet
16. Part 2. 39. Chorus. Their sound is gone out
17. Part 2. 40. Air. Why do the nations so furiously rage
18. Part 2. 42. Recitative. He that dwelleth in heaven
19. Part 2. 43. Air. Thou shalt break them
20. Part 2. 44. Chorus. Hallelujah
21. Part 3. 45. Air. I know that my Redeemer liveth
22. Part 3. 46. Chorus. Since by man came death
23. Part 3. 47. Recitative. Behold, I tell you a mystery
24. Part 3. 48. Air. The trumpet shall sound
25. Part 3. 49. Recitative. Then shall be brought to pass
26. Part 3. 50. Duet. O death, where is thy sting?
27. Part 3. 52. Air. If God be for us
28. Part 3. 53. Chorus. Worthy is the Lamb that was slain – Amen

Arleen Auger
Anne Sofie von Otter
Michael Chance
Howard Crook
John Tomlinson

Trevor Pinnock
The English Concert & Choir

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Na categoria e no grito.
Na categoria e no grito.

PQP

Serguei Prokofiev (1891-1953): Sinfonias Completas (Gergiev)

Serguei Prokofiev (1891-1953): Sinfonias Completas (Gergiev)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Gergiev está no seu elemento nas sinfonias de Prokofiev. Aqui temos uma grande versão das sinfonias do homem que morreu no mesmo dia em que Stalin deixou este mundo. Não sobraram flores para Prokofiev e nem se deram conta de que algo muito mais humano tinha falecido naquela dia de 1953. Bem, o russo Gergiev sempre teve um talento especial para a emoção visceral da música de seu país, cheia de momentos extremos, líricos, leves e sofisticados, grotescos, sarcásticos e violentos. Gergiev pegou um pouco pesado na Sinfonia Nº 1, “Clássica”, homenagem de Prokofiev a Haydn e Mozart. Mas o que ele faz nas quatro sinfonias de aço de idade adulta é esplêndido. A 5ª está maravilhosa, inesquecível. As negligenciadas 4ª e 6ª aparecem como a grandíssima música que são. Porém, o mais surpreendente é a 7ª de Gergiev. Um peça melodiosíssima — por vezes zombeteira — a qual é dada uma interpretação natural e fluida, a melhor interpretção que já ouvi dela. A Orquestra Sinfônica de Londres é grande parte do sucesso do conjunto. É uma das grandes orquestras do mundo. Ah, as gravações foram registradas ao vivo. É mole?

CD1

01. Sergei Prokofiev – Symphony No. 1 in D major, op. 25 ‘Classical’ – I. Allegro
02. Sergei Prokofiev – Symphony No. 1 in D major, op. 25 ‘Classical’ – II. Larghetto
03. Sergei Prokofiev – Symphony No. 1 in D major, op. 25 ‘Classical’ – III. Gavotta, Non troppo allegro
04. Sergei Prokofiev – Symphony No. 1 in D major, op. 25 ‘Classical’ – IV. Finale, Molto vivace

05. Sergei Prokofiev – Symphony No.4 in C major, op. 112, 1947 revised – I. Andante, Allegro eroico
06. Sergei Prokofiev – Symphony No.4 in C major, op. 112, 1947 revised – II. Andante tranquillo
07. Sergei Prokofiev – Symphony No.4 in C major, op. 112, 1947 revised – III. Moderato, quasi allegretto
08. Sergei Prokofiev – Symphony No.4 in C major, op. 112, 1947 revised – IV. Allegro risoluto

CD2

09. Sergei Prokofiev – Symphony No. 2 in D minor, op. 40 – I. Allegro ben articolato
10. Sergei Prokofiev – Symphony No. 2 in D minor, op. 40 – II. Theme and variations

11. Sergei Prokofiev – Symphony No. 3 in C minor, op. 44 – I. Moderato
12. Sergei Prokofiev – Symphony No. 3 in C minor, op. 44 – II. Andante
13. Sergei Prokofiev – Symphony No. 3 in C minor, op. 44 – III. Allegro agitato
14. Sergei Prokofiev – Symphony No. 3 in C minor, op. 44 – IV. Andante mosso, Allegro agitato

CD3

15. Sergei Prokofiev – Symphony No. 4 in C major, op. 47, 1930 original – I. Andante assai, Allegro eroico
16. Sergei Prokofiev – Symphony No. 4 in C major, op. 47, 1930 original – II. Andante tranquillo
17. Sergei Prokofiev – Symphony No. 4 in C major, op. 47, 1930 original – III. Modertato, quasi allegretto
18. Sergei Prokofiev – Symphony No. 4 in C major, op. 47, 1930 original – IV. Allegro risoluto

19. Sergei Prokofiev – Symphony No. 5 in B flat major, op. 100 – I. Andante
20. Sergei Prokofiev – Symphony No. 5 in B flat major, op. 100 – II. Allegro marcato
21. Sergei Prokofiev – Symphony No. 5 in B flat major, op. 100 – III. Adagio
22. Sergei Prokofiev – Symphony No. 5 in B flat major, op. 100 – IV. Allegro giocoso

CD4

23. Sergei Prokofiev – Symphony No. 6 in E flat minor, Op. 111: 1. Allegro moderato
24. Sergei Prokofiev – Symphony No. 6 in E flat minor, Op. 111: 2. Largo
25. Sergei Prokofiev – Symphony No. 6 in E flat minor, Op. 111: 3. Vivace

26. Sergei Prokofiev – Symphony No. 7 in C sharp minor, Op. 131: 1. Moderato
27. Sergei Prokofiev – Symphony No. 7 in C sharp minor, Op. 131: 2. Allegretto
28. Sergei Prokofiev – Symphony No. 7 in C sharp minor, Op. 131: 3. Andante espressivo
29. Sergei Prokofiev – Symphony No. 7 in C sharp minor, Op. 131: 4. Vivace

London Symphony Orchestra
Valery Gergiev

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Prokofiev posando para a Caras soviética
Prokofiev posando para a Caras soviética

PQP

J. S. Bach (1685-1750): 6 Partitas, BWV 825-830 (Pinnock – Hänssler)

J. S. Bach (1685-1750): 6 Partitas, BWV 825-830 (Pinnock – Hänssler)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu sei que Trevor Pinnock tem grandes trabalhos como regente — seu Messiah é difícil de bater — , mas foi aqui, com as Partitas para teclado de Bach, que ele foi imbatível. A música é extraordinária, da lavra do melhor e mais inspirado Bach, e a resposta de Pinnock foi na mesma altura. E não ignoro que há adversários imensos, como Staier e Perahia. Este é um CD que todos deveriam ter. Ah, o álbum duplo original tem as Partitas em outra ordem. Aqui, eu as coloquei na ordem de 1 a 6. Fica melhor, né?

Ninguém vai se arrepender de ouvir.

J. S. Bach (1685-1750): 6 Partitas, BWV 825-830

1. Partita No. 1 in B flat major, BWV 825 : I. Prelude 2:08
2. Partita No. 1 in B flat major, BWV 825 : II. Allemande 4:06
3. Partita No. 1 in B flat major, BWV 825 : III. Corrente 2:59
4. Partita No. 1 in B flat major, BWV 825 : IV. Sarabande 5:28
5. Partita No. 1 in B flat major, BWV 825 : V. Menuet 1 and 2 2:40
6. Partita No. 1 in B flat major, BWV 825 : VI. Gigue 2:26

7. Partita No. 2 in C minor, BWV 826 : I. Sinfonia 4:49
8. Partita No. 2 in C minor, BWV 826 : II. Allemande 5:06
9. Partita No. 2 in C minor, BWV 826 : III. Courante 2:09
10. Partita No. 2 in C minor, BWV 826 : IV. Sarabande 3:37
11. Partita No. 2 in C minor, BWV 826 : V. Rondo 1:32
12. Partita No. 2 in C minor, BWV 826 : VI. Capriccio 3:48

1. Partita No. 3 in A minor, BWV 827 : I. Fantasia 2:14
2. Partita No. 3 in A minor, BWV 827 : II. Allemande 3:24
3. Partita No. 3 in A minor, BWV 827 : III. Corrente 2:53
4. Partita No. 3 in A minor, BWV 827 : IV. Sarabande 4:28
5. Partita No. 3 in A minor, BWV 827 : V. Burlesca 2:05
6. Partita No. 3 in A minor, BWV 827 : VI. Scherzo 1:15
7. Partita No. 3 in A minor, BWV 827 : VII. Gigue 3:43

8. Partita No. 4 in D major, BWV 828 : I. Overture 6:36
9. Partita No. 4 in D major, BWV 828 : II. Allemande 10:14
10. Partita No. 4 in D major, BWV 828 : III. Courante 3:28
11. Partita No. 4 in D major, BWV 828 : IV. Aria 2:18
12. Partita No. 4 in D major, BWV 828 : V. Sarabande 5:57
13. Partita No. 4 in D major, BWV 828 : VI. Menuet 1:25
14. Partita No. 4 in D major, BWV 828 : VII. Gigue 4:05

15. Partita No. 5 in G major, BWV 829 : I. Prelude 2:50
16. Partita No. 5 in G major, BWV 829 : II. Allemande 5:26
17. Partita No. 5 in G major, BWV 829 : III. Corrente 1:57
18. Partita No. 5 in G major, BWV 829 : IV. Sarabande 5:24
19. Partita No. 5 in G major, BWV 829 : V. Tempo di Minuetta 1:51
20. Partita No. 5 in G major, BWV 829 : VI. Passepied 1:34
21. Partita No. 5 in G major, BWV 829 : VII. Gigue 4:13

13. Partita No. 6 in E minor, BWV 830 : I. Toccata 7:20
14. Partita No. 6 in E minor, BWV 830 : II. Allemande 3:44
15. Partita No. 6 in E minor, BWV 830 : III. Corrente 4:28
16. Partita No. 6 in E minor, BWV 830 : IV. Air 1:40
17. Partita No. 6 in E minor, BWV 830 : V. Sarabande 5:48
18. Partita No. 6 in E minor, BWV 830 : VI. Tempo di Gavotta 2:08
19. Partita No. 6 in E minor, BWV 830 : VII. Gigue 6:23

Trevor Pinnock, cravo

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Trevor Pinnock: o maior trabalho de sua vida
Trevor Pinnock: o maior trabalho de sua vida

PQP

Paul Hindemith (1895-1963): Konzertmusik, Mathis der Maler e Symphonic Metamorphosis

Paul Hindemith (1895-1963): Konzertmusik, Mathis der Maler e Symphonic Metamorphosis

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sensacional álbum que contém as obras mais populares de Hindemith para orquestra, incluindo as Metamorfoses Sinfônicas coreografadas por Balanchine e a Sinfonia “Matias, o Pintor”, interpretadas com precisão lapidar e grande empatia pela Orquestra Escocesa da BBC sob a batuta de Martyn Brabbins, intérpretes consumados deste compositor que só faz crescer na discografia erudita. Cresce porque é bom demais. Hindemith escreve para sopros como ninguém. Não confirmando sua velha reputação de um compositor por demais complexo, este Hindemith genuinamente agradável, ao mesmo tempo inteligível e intelectual, tão divertido quanto finamente trabalhado.

Konzertmusik for brass and strings Op 50 [17’45]
1 Mässig schnell, mit Kraft – Sehr breit, aber stets fliessend [8’59]
2 Lebhaft – Langsam – In ersten Zeitmass [8’46]

Symphony ‘Mathis der Maler’ [26’55]
3 Engelkonzert [9’06]
4 Grablegung [4’11]
5 Versuchung des heiligen Antonius [13’38]

Symphonic Metamorphosis after themes by Carl Maria von Weber [21’18]
6 Allegro [4’17]
7 Scherzo: Turandot [7’53]
8 Andantino [4’19]
9 Marsch [4’49]

BBC Scottish Symphony Orchestra
Martyn Brabbins

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Hindemith: vá ser contrapontístico assim na pqp!
Hindemith: vá ser contrapontístico assim na pqp!

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Concertos de Brandenburgo e Suítes Orquestrais – Masaaki Suzuki / Bach Collegium Japan

J. S. Bach (1685-1750): Concertos de Brandenburgo e Suítes Orquestrais – Masaaki Suzuki / Bach Collegium Japan

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Nota inicial de Ranulfus: Há um mês o mesmo repertório deste CD (Brandenburgos e Aberturas) voltou à baila executado pelos canadenses da Taffelmusik, em postagem do colega FDP Bach. Ouvi, gostei e recomendo – mas para meu gosto pessoal esta realização de Masaaki Suzuki continua campeã absoluta. Baste dizer que eu sempre havia considerado o 1º Brandenburgo um tanto massudo em comparação com os demais, até chato… mas ao arrancá-lo do salão para o galpão, recuperando a energia e rusticidade das trompas não sem razão chamadas “de caça”, Mr Suzuki conseguiu transformá-lo para mim, de golpe, em uma das peças mais excitantes e queridas do velho Bach!

Daí o meu choque ao descobrir que os links desta postagem estavam vencidos há anos. Inconformado, tomei a postagem de assalto e renovei os links, com ligeira reformulação da apresentação, sem nem pedir licença ao autor da postagem, nosso Grão-Mestre PQP Bach – esperando que ele abrevie em pelo menos dois anos minha condenação às galés pelo fato de preservar a seguir o seu texto original:

É óbvio que as pessoas que mantêm o PQP Bach têm vários parafusos soltos. Em primeiro lugar pela constância e absoluto saco de fazer os ups, em segundo lugar (há vários outros “lugares”) por inventar efemérides onde não há. E a moda do momento é fazer o 200º post de Bach. Nós simplesmente adotamos o desafio do “Raphael – Cello” de chegar JÁ ao post 200 e entramos num alucinado tour de force. Pois agora eu respondo ao Carlinus com o mesmo repertório de seu post de ontem, só que na interpretação de Masaaki Suzuki e do Bach Collegium Japan. Acho que ninguém vai reclamar de novos Concertos de Brandenburgo e Suítes Orquestrais, né? As duas versões que apresentamos hoje são esplêndidas, o que destrói qualquer tentativa de encontrar um registro mais correto, pois ambas são NOTÁVEIS e MUITO DIFERENTES.

Comprovem dando uma ouvida com que fez Suzuki no 2º movimento do 3º Brandenburguês. Sim, cinco minutos onde não há nada (na minha gravação da Orq. de Freiburg este movimento tem 13 segundos !!!).

Ah, e UM FELIZ DIA DOS PAIS A JOHANN SEBASTIAN !!! ESTEJA ONDE ESTIVER, ELE É VERDADEIRO PAI DE TODOS OS QUE AMAM A MÚSICA !!!

J. S. Bach (1685-1750): Concertos de Brandenburgo e Suítes Orquestrais – Masaaki Suzuki / Bach Collegium Japan

Brandenburg Concerto No. 1 in F major, BWV 1046
1.1. (No tempo indication)
1.2. Adagio
1.3. Allegro
1.4. Menuet – Trio – Menuet – Polonaise – Menuet – Trio – Menuet

Brandenburg Concerto No. 2 in F major, BWV 1047
2.1. (No tempo indication)
2.2. Andante
2.3. Allegro

Brandenburg Concerto No. 3 in G major, BWV 1048
3.1. (No tempo indication)
3.2. Adagio
3.3. Allegro

Brandenburg Concerto No. 4 in G major, BWV 1049
4.1. Allegro
4.2. Andante
4.3. Presto

Brandenburg Concerto No. 5 in D major, BWV 1050
5.1. Allegro
5.2. Affettuoso
5.3. Allegro

Brandenburg Concerto No. 6 in B flat major, BWV 1051
6.1. (No tempo indication)
6.2. Adagio ma non tanto
6.3. Allegro

Orchestral Suite No. 1 in C major, BWV 1066
1.1. Ouverture
1.2. Courante
1.3. Gavotte 1/2
1.4. Forlane
1.5. Menuet 1/2
1.6. Bourrée 1/2
1.7. Passepied 1/2

Orchestral Suite No. 3 in D major, BWV 1068
3.1. Ouverture
3.2. Air
3.3. Gavott 1/2
3.4. Bourrée
3.5. Gigue

Orchestral Suite No. 4 in D major, BWV 1069
4.1. Ouverture
4.2. Bourrée 1/2
4.3. Gavotte
4.4. Menuet 1/2
4.5. Réjouissance

Orchestral Suite No. 2 in B minor, BWV 1067
2.1. Ouverture
2.2. Rondeau
2.3. Sarabande
2.4. Bourrée 1/2
2.5. Polonaise – Double
2.6. Menuet
2.7. Badinerie

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Suzuki, um monstro
Suzuki, um monstro

PQP

Domenico Zipoli (1688-1726) – Música Sacra de las Misiones

Domenico Zipoli (1688-1726) – Música Sacra de las Misiones

zipoliUm grande CD apenas encontrável atualmente na Amazon da Inglaterra – a preço proibitivo – e na alemã, cujo link colocamos na figura ao lado. Música de primeira linha, extremamente bem gravada e com bons solistas. Imperdível!

A seguir, um artigo publicado pelo diario ÚLTIMA HORA (El Correo Semanal), 1-2 de enero de 2000 (Asunción,Paraguay).

Por muchas razones la figura de Doménico Zípoli (1688-1726) está ligada al patrimonio musical que legaron las Reducciones Jesuíticas. Nacido en Prato (Italia) y dueño de una sólida formación musical con maestros de la talla de Alessandro Scarlati y reconocido por su talento como compositor, su vida cambió de manera radical cuando, motivado por la vocación sacerdotal, viajó a Sevilla (España), donde ingresó a la Compañia de Jesús. En 1717 partió una expedición, organizada por los jesuitas, rumbo al Río de la Plata. Tenían como misión trabajar en las ya célebres Reducciones Jesuíticas del Paraguay. La enorme provincia virreynal abarcaba incluso el Convento de los Jesuitas en Córdoba, lugar donde se estableció.

En los ocho años y cinco meses de actividad en las Reducciones, Zípoli compuso una gran cantidad de música que luego se enviaba, por medio de emisarios, a los treinta pueblos que formaban parte de las Reducciones. Cuando España ordenó la expulsión de los jesuitas, en 1767, la mayor parte de sus composiciones fueron destruidas.

Fue recién en 1959 que el musicólogo estadounidense Robert Stevenson halló en Sucre (Bolivia) copias de su Misa en Fa, copiada en Potosí a pedido del Virrey de Lima. En 1972; en la Reducción de Chiquitos (Bolivia), se encuentran más de diez mil manuscritos, un hallazgo considerado como trascendental para el conocimiento de la musicología hispanoamericana. Entre esos manuscritos se pudieron rescatar obras de Zípoli, como Misas, Motetes, Himnos y piezas de órganos.

Pero todo ese material esta sin clasificar. Fue el maestro Luiz Szarán, en Paraguay, quien inició la recopilación, construcción, publicación e interpretación de las composiciones de Zípoli a través de un centenar de conciertos llevados a cabo en el país y en el exterior, como Argentina, Uruguay y Brasil; en la Exposición Universal de Sevilla, de 1992; en el Auditorio Nacional de España, en 1995, se verificó el estreno mundial del conjunto de Vísperas Solemnes.

En nuestro país podemos apreciar la labor de Luis Szarán en un compacto titulado ”Música de las Reducciones Jesuíticas”. Así pudimos acercarnos a un patrimonio invalorable, que habla del legado musical de un hombre que, de no ser por los estudiosos, podría haber quedado en el olvido.

Zípoli murió en Santa Catalina (a 50 kilómetros de Córdoba) a los 38 años de edad, de teberculosis. A quienes deseen ahondar en la vida de este músico recomendamos consultar el Diccionario de la Música en el Paraguay, de autoría de Luis Szarán.

Composer: Domenico Zipoli (1688 – 1726)
Performers: Mario Videla (Organo y clave), Haydee Francia (Violin solista), Claudio Baraviera (Cello), Margarita Zimermann (Contralto) et al.
Orchestra/Ensemble: Cantoría de la Basilica Nuestra Señora del Socorro
Conductor: Monseñor Jesús Gabriel Segade

Domenico Zipoli (1688 – 1726)
01. Misa en Fa Mayor para coro, solistas, cuerdas y bajo continuo – I. Kyrie
02. Misa en Fa Mayor para coro, solistas, cuerdas y bajo continuo – II. Gloria
03. Misa en Fa Mayor para coro, solistas, cuerdas y bajo continuo – III. Credo
04. Misa en Fa Mayor para coro, solistas, cuerdas y bajo continuo – IV. Sanctus
05. Sonata en La Mayor para violín y bajo continuo
06. Cantata para solistas y bajo continuo – Dell’ofesse a vendicarmi

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Zipoli: se não foi santo, esteve perto
Zipoli: se não foi santo, esteve perto

PQP / Avicenna

Steve Reich (1936): Tehillim, The Desert Music

Steve Reich (1936): Tehillim, The Desert Music

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Temos que celebrar os 80 anos do grande Steve Reich, ocorridos em 3 de outubro. Logo publicarei uma coleção de 5 CDs com seus maiores trabalhos gravados pela Nonesuch Records. A monumental gravação de hoje é da nova-iorquina Cantaloupe Music.

Tehillim e The Desert Music estão entre as peças mais grandiosas de Reich. Os dois grupos, Ossia e Alarm Will Sound, beneficiaram-se das ligações muito estreitas que têm com o compositor. Além disso, Alan Pierson, o regente, preparou tudo fazendo constantes consultas a Reich. São peças ágeis, típicas da fase dos anos 80 de Reich. São brilhantes, cheias de luz e precisão. Vozes e cordas sempre foram um problema dentro das texturas percussivas de Reich, mas aqui os cantores e cordas mantém uma vitalidade rítmica impressionante. Pura energia e clareza, fazendo com que o gênio de Reich surja a cada momento.

Tehillim (1981)
01. I. Psalm 19: 2-5 [11:13]
02. II. Psalm 34: 13-15 [5:52]
03. III. Psalm 18: 26-27 [7:47]
04. IV. Psalm 150: 4-6 [5:59]

The Desert Music (1984, revised chamber version 2001)
Text by William Carlos Williams
05. I. (Fast) [7:09]
06. II. (Moderate) [5:51]
07. III. Part I (Slow) [6:55]
08. III. Part II (Moderate) [5:12]
09. III. Part III (Slow) [5:59]
10. IV. (Moderate) [3:03]
11. V. (Fast) [9:38]

‘Tehillim’ Performers:
Ossia
Conductor: Alan Pierson
High soprano: Elizabeth Phillips
Lyric sopranos: Akiko Fujimoto, Carolyn Dorey
Alto: Kirsten Sollek-Avella
Percussion: Clay Greenberg, Payton Macdonald, Karen Minzer, Ian Quinn, Jason Treuting, Lawson White
Flute: Jessica Johnson
Piccolo: Ann Choomack
Oboe: Michael Miller
English horn: Jeffrey L. Paul Ii
Clarinets: Elisabeth Stimpert, Andrea Levine
Organs: John Orfe, Rob Haskins
Violins: Susanna Cortesio (Principal), Terra Peach, Caleb Burhans, David Wish
Violas: Kara Poorbaugh, John Pickford Richards
Cellos: Stefan Freund, Luke Pomorski
Bass: Sara Lukjanovs
Assistant conductor: Clay Greenberg

‘The Desert Music’ Performers:
Alarm Will Sound and Ossia
Conductor: Alan Pierson
Female voices: Martha Cluver, Akiko Fujimoto, Heather Gardner,
Pam Igelsrud, Beth Meyers, Kirsten Sollek-Avella
Male voices: Caleb Burhans, Clay Greenberg, Will Jennings, Daniel Toven
Flutes/Piccolos: Jessica Johnson, Justin Berrie, Meg Sippey, Rachel Roberts
Horns: Matt Marks, Kate Sheeran
Trumpets: Lisa Edelman, Leah Schumann
Trombones: James Hirschfeld, David Beauchesne, Mike Dowden
Keyboards: Clay Greenberg, Solungga Fang-Tzu Liu, Tom Rosenkranz, Ian Quinn, Jen Snyder
Percussion: Dennis Desantis, Clay Greenberg, Beth Meyers, Payton Macdonald, Alex Postelnek,
Mike Tetreault, Jason Treuting, Lawson White, Pete Zlotnick
Violins: Courtney Orlando (Principal), Andrew Fouts, David Wish,
Yuki Numata, Autumn Inglin Shepherd, Michael Jorgensen
Violas: John Pickford Richards, Justin Caulley, Kara Poorbaugh
Cellos: Susie Kelly, Stefan Freund, Norbert Lewandowski
Basses: Ike Sturm, Brent Bulmann
Assistant conductor: Ian Quinn

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Gênio.
Gênio.

PQP

The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 8 e 9 de 27)

The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 8 e 9 de 27)


IM-PER-DÍ-VEL!!!

Toda a série está aqui, ó.

CD 8
A Sinfonia Nº 12… Bem, é fraca…

SYMPHONY No.12 in D Minor, Op.112, “1917”
5. Revolutionary “Petrograd”: Moderato, Allegro
6. Allegro
7. Aurora: Allegro
8. Down of Humanity: Allegro, Allegretto

WDR Sinfonieorchester,
Rudolf Barshai

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CD 9
Sinfonia Nº 13 (Babi Yar), Op. 113 (1962)

Após o equívoco da Sinfonia Nº 12 – lembrem que até Beethoven escreveu uma medonha Vitória de Wellington, curiosamente estreada na mesma noite da sublime 7ª Sinfonia, mas este é outro assunto… -, Shostakovich inauguraria sua última fase como compositor começando pela Sinfonia Nº 13, Babi Yar. Iniciava-se aqui a produção de uma seqüência de obras-primas que só terminaria com sua morte, em 1975. Esta sinfonia tem seus pés firmemente apoiados na história da União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. É uma sinfonia cantada, quase uma cantata em seu formato, que conta com a nada desprezível colaboração do grande poeta russo Evgeny Evtuchenko (conforme alguns, como a Ed. Brasilinense, porém pode-se encontrar a grafia Ievtuchenko, Yevtuchenko ou Yevtushenko, enfim!)

O que é, afinal, Babi Yar? Babi Yar é o nome de uma pequena localidade situada perto de Kiev, na atual Ucrânia, cuja tradução poderia ser Barranco das Vovós. Ali, em 29 e 30 de setembro de 1941, teve lugar o assassinato de 34 mil judeus pelos nazistas. Eles foram mortos com tiros na cabeça e a participação comprovada de colaboradores ucranianos no massacre permanece até hoje tema de doloroso debate público naquele país. Nos dois anos seguintes, o número de mortos em Babi Yar subiu para 200 mil, em sua maioria judeus. Perto do fim da guerra, os nazistas ordenaram que os corpos fossem desenterrados e queimados, mas não conseguiram destruir todos os indícios. Ievtuchenko criticou a maneira que o governo soviético tratara o local. O monumento em homenagem aos mortos referia-se às vítimas como ucranianas e russas, o que também eram, apesar de saber-se que o fato determinante de suas mortes era o de serem judeus. O motivo? Ora, Babi Yar deveria parecer mais uma prova do heroísmo e sofrimento do povo soviético e não de uma fatia dele, logo dele, que seria uma sociedade sem classes nem religiões… O jovem poeta Ievtuhenko considerou isso uma hipocrisia e escreveu o poema em homenagem aos judeus mortos. O que parece ser uma crítica de importância relativa para nós, era digna de censura, na época. O poema fui publicado na revista Literatournaia Gazetta e causou problemas a seu autor e depois, também a Shostakovich, ao qual foram pedidas alterações que nunca foram feitas na sinfonia. No Ocidente, Babi Yar foi considerado prova da violência anti-semita na União Soviética, mas o próprio Ievtuchenko declara candidamente em sua Autobiografia Precoce (Ed. Brasiliense, 1987) que a tentativa de censura ao poema não teve nada a ver com este gênero de discussão e que, das trinta mil cartas que recebeu falando em Babi Yar, menos de trinta provinham de anti-semitas…

O massacre de Babi Yar é tão lembrado que não serviu apenas a Ievtuchenko e a Shostakovich, tornando-se também tema de filmes e documentários recentes, assim como do romance Babi Yar de Anatoly Kuznetsov. Não é assunto morto, ainda.

O tratamento que Shostakovich dá ao poema é perfeito. Como se fosse uma cantata em cinco movimentos, os versos de Ievtuchenko são levados por um baixo solista, acompanhado de coral masculino e orquestra. É música de impressionante gravidade e luto; a belíssima linha melódica ora assemelha-se a um serviço religioso, ora ao grande modelo de Shostakovich, Mussorgski; mesmo assim, fiel a seu estilo, Shostakovich encontra espaço para seu habitual sarcasmo.

A seguir, aproveitarei a excelente descrição que Clovis Marques fez para o concerto que incuía a Sinfonia Nº 13, Babi Yar, realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 27 de julho de 2006:

Chostakovich, ‘for ever’ – Clovis Marques – Opinião & Noticia
30/07/2006

O contato em condições ideais com uma obra-prima do século XX é raro na vida musical de um mortal carioca. Na última quinta-feira, a Sinfonia nº 13 de Chostakovich passou pelo Teatro Municipal com uma carga tão densa de significado e beleza que quase não surpreendeu que a interpretação e o acabamento, a cargo da Petrobrás Sinfônica, estivessem também em esferas muito altas.

“Babi Yar” é como ficou conhecida esta sinfonia-cantata para coro masculino, baixo e orquestra composta e estreada em 1962 em Moscou. O título vem do poema de Ievgueni Evtuchenko que causara rebuliço ao ser publicado no ano anterior na “Literaturnaia Gazeta”, tocando na chaga do anti-semitismo a propósito do massacre cometido pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, no local conhecido como “ravina das mulheres”, perto de Kiev.

A partir desse texto de dura indignação, e apesar dos problemas que uma tal inspiração de “protesto” ainda geraria na União Soviética pós-stalinista, Chostakovich construiu um painel de extraordinária força em torno de duas ou três mazelas trágicas do seu tempo: o medo e a opressão, o conformismo e o carreirismo, o massacre quotidiano num Estado policial e a possibilidade de superação pelo humor e a intransigência.

Em linguagem quase descritiva, contrastando a severidade da orquestra com a impostação épica das vozes, “Babi Yar” tem um poder de evocação propriamente cinematográfico: raramente se ouviu música tão plástica e de poder de invenção tão sustentado, com um grau de concentração expressiva que sublima a revolta, o negrume e a angústia como poucas vezes na música pós-romântica.
O realismo e a concisão imagética dos poemas são admiravelmente esposados pelo estilo alternadamente sombrio e irruptivo da música de Chostakovich, que apesar da forma atípica, para uma sinfonia, dota a obra de continuidade estrutural e organicidade musical mesmerizantes – para não falar da invenção melódica tão sua, que associamos indelevelmente à Rússia soviética. Não obstante o grande efetivo orquestral e a tensão dos clímaxes, as texturas são parcimoniosas e o coro, declamando ou murmurando, canta quase sempre em uníssono ou em oitavas – mais um elemento dessa pungência feita de desolação e sobreexcitação nervosa.

O primeiro movimento alterna estrofes que exploram o horror e a culpa de Babi Yar com relatos de dois outros episódios, sobre Anne Frank e um menino massacrado em Bielostok. No segundo movimento, os tambores em ritmo marcado, a maior animação da música e o tom enfático das vozes falam da resistência que o “Humor” jamais deixará de oferecer à tirania. “Na loja”, o Adagio que se segue, descreve pictoricamente as filas de humilhadas donas-de-casa em uma linha sinuosa nas cordas graves, entrelaçada a outra que, no registro médio, evoca a maneira como elas se insinuam cautelosas até o balcão. “Elas nos honram e nos julgam”, diz o poema, enquanto blocos e castanholas fazem as vezes de panelas e garrafas se entrechocando. A reserva da estupefação moral explode na última estrofe: “Nada está fora do alcance da força delas”.

A subjugada linha sinuosa torna-se reta, com permanente vibração surda na percussão, ao prosseguir sem interrupção no episódio seguinte, em ameaçador ‘sostenuto’ das cordas graves sob solo da tuba: é o “Medo”, componente constante da vida soviética. Frente ao negrume até aqui prevalecente, a sinfonia conclui em uma satírica meditação sobre o que é seguir “Carreira”. Em orquestração e harmonização reminiscentes da música do tcheco Martinu (1890-1959), no emprego de flautas e oboés oscilantes em ritmo de valsa lenta, ficamos sabendo que a verdadeira carreira não é a dos que se submetem, mas a de Galileu, Shakespeare ou Pasteur, Newton ou Tolstoi: “Seguirei minha carreira de tal forma que não a esteja seguindo”, conclui o baixo, com o eco do sino que abrira pesadamente a sinfonia, agora aliviado pela sonoridade onírica da celesta.

A Orquestra Petrobrás Sinfônica esteve esplêndida, tocando como gente grande em cada naipe e coletivamente, sob a batuta do jovem maestro chileno Rodolfo Fisher. O barítono americano David Pittman-Jennings, embora não tenha aquele baixo profundo que impressiona nas interpretações russas, ostentou o metal nobre, a projeção plena e a capacidade de nuançar que permitiram total imersão nessa escorchante fantasia pânica. O Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, dirigido por Julio Moretzsohn, esteve mais coeso e homogêneo que nunca, em sua formação exclusivamente masculina.

Faltou apenas a reprodução/tradução dos poemas.

MAS AO P.Q.P. BACH NÃO FALTA:

Babi Yar

Tenho medo.
Tenho hoje tantos anos
quanto o próprio povo judeu.

Parece que agora sou um judeu.
Perambulo no Egito antigo.
E eis-me na cruz, morrendo.
E ainda trago em mim a marca dos pregos.
Parece que Dreyfus sou eu.
Os filisteus são os que me denunciam e são o meu juiz.
Estou atrás das grades.
Estou cercado,
perseguido, cuspido, caluniado.
E as mocinhas, com suas rendas de Bruxelas,
rindo, me enfiam a sombrinha na cara.

(…)

Eu, chutado por uma bota, sem forças,
em vão peço piedade aos pogromistas.

(…)

Que a Internacional ressoe
quando enterrarem para sempre
o último anti-semita da terra.
Não há sangue judeu no meu sangue,
mas sou odiado com todas as forças
por todos os anti-semitas, como se judeu fosse.
E é por isso que sou um verdadeiro russo.

Humor

Czares, reis, imperadores
soberanos do mundo inteiro,
comandaram as paradas
mas ao humor não puderam controlar.

Ó euzinho aqui!
De repente me desembaraço de meu casaco,
faço um gesto com a mão e “Tchau!”.

Na loja

Dar-lhes o troco errado é uma vergonha,
enganá-las no troco é um pecado.

(…)

E, enquanto enfio no bolso as minhas massas,
olho, solene e pensativo,
cansadas de carregar seus sacos de compras,
as suas nobres mãos.
Elas nos honram e nos julgam,
nada está fora do alcance de suas forças.

Medos

Lembro do tempo em que ele era todo-poderoso,
na corte da mentira triunfante.
O medo se esgueirava por toda parte, como uma sombra,
infriltava-se em cada andar.
Agora é estranho lembrarmo-nos disso,
o medo secreto que alguém nos delate,
o medo secreto de que venham bater à nossa porta.
E depois, o medo de falar com um estrangeiro…
com um estrangeiro? até mesmo com sua mulher!
E o medo inexplicável de, depois de uma marcha,
ficar sozinho com o silêncio.

Não tínhamos medo de construir em meio à tormenta,
nem de marchar para o combate sob o bombardeio,
mas tínhamos às vezes um medo mortal,
de falar, nem que fosse com nós mesmos.

Uma Carreira

Os padres diziam que Galileu era mau e doido.
Que Galileu era doido.
Mas, como o tempo o demonstrou,
o doido era o mais sábio.
Um cientista da época de Galileu,
não era menos sábio que Galileu.
Ele sabia que a Terra girava,
mas tinha uma família
e, ao subir com sua mulher na carruagem,
achava que tinha feito sua carreira,
quando, na realidade, a tinha destruído.

Para compreender nosso planeta,
Galileu correu riscos.
É isso — eu penso — que é uma carreira.
Por isso, viva sua carreira,
quando é uma carreira como
a de Shakespeare e Pasteur,
Newton e Tolstói.
Liev?
Liev!
Por que eles foram caluniados?
Talento é talento,
digam o que disserem.
Os que insultaram estão esquecidos,
mas nós lembramos dos que foram insultados.

SYMPHONY No.13 in B flat minor, Op.113
For Bass Solo, Bass Choir and Orchestra in B Flat Minor, Op.113, “Babi Yar”
1. Babi Yar (Adagio)
2. Yumor – Humour (Allegretto)
3. V Magazine – In the Store (Adagio)
4. Strachi – Fears (Largo)
5. Kariera – A Career (Allegretto)

Sergei Aleksashkin, Bass
The Choral Academy Moscow
WDR Sinfonieorchester,
Rudolf Barshai

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O grande Yevgeny Yevtushenko
O grande Yevgeny Yevtushenko

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The Dmitri Shostakovich Edition (CD 7 de 27)

The Dmitri Shostakovich Edition (CD 7 de 27)


IM-PER-DÍ-VEL!!!

Toda a série está aqui, ó.

CD 7

Sinfonia Nº 11, Op. 103 – O Ano de 1905 (1957)

Esta sinfonia talvez seja a maior obra programática já composta. Há grandes exemplos de músicas descritivas tais como As Quatro Estações de Vivaldi, a Sinfonia Pastoral de Beethoven , a Abertura 1812 de Tchaikovski, Quadros de uma Exposição de Mussorgski e tantas outras, mas nenhuma delas liga-se tão completa e perfeitamente ao fato descrito do que a décima primeira sinfonia de Shostakovich.

Alguns compositores que assumiram o papel de criadores de “coisas belas”, vêem sua tarefa como a produção de obras tão agradáveis quanto o possível. Camille Saint-Saëns dizia que o artista “que não se sente feliz com a elegância, com um perfeito equilíbrio de cores ou com uma bela sucessão de harmonias não entende a arte”. Outra atitude é tomada por Shostakovich, que encara vida e arte como se fosse uma coisa só, que vê a criação artística como um ato muito mais amplo e que inclui a possibilidade do artista expressar – ou procurar expressar – a verdade tal como ele a vê. Esta abordagem foi adotada por muitos escritores, pintores e músicos russos do século XIX e, para Shostakovich, a postura realista de seu ídolo Mussorgsky foi decisiva. A décima primeira sinfonia de Shostakovich tem feições inteiramente mussorgkianas e foi estreada em 1957, ano do quadragésimo aniversário da Revolução de Outubro. Contudo, ela se refere a eventos ocorridos antes, no dia 9 de janeiro de 1905, um domingo, quando tropas czaristas massacraram um grupo de trabalhadores que viera fazer um protesto pacífico e desarmado em frente ao Palácio de Inverno do Czar, em São Petersburgo. O protesto, feito após a missa e com a presença de muitas crianças, tinha a intenção de entregar uma petição – sim um papel – ao czar, solicitando coisas como redução do horário de trabalho para oito horas diárias, assistência médica, melhor tratamento, liberdade de religião, etc. A resposta foi dada pela artilharia, que matou mais de cem trabalhadores e feriu outros trezentos.

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O primeiro movimento descreve a caminhada dos trabalhadores até o Palácio de Inverno e a atmosfera soturna da praça em frente, coberta de neve. O tema dos trabalhadores aparecerá nos movimentos seguintes, porém, aqui, a música sugere uma calma opressiva.

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O segundo movimento mostra a multidão abordar o Palácio para entregar a petição ao czar, mas este encontra-se ausente e as tropas começam a atirar. Shostakovich tira o que pode da orquestra num dos mais barulhentos movimentos sinfônicos que conheço.

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O terceiro movimento, de caráter fúnebre, é baseado na belíssima marcha de origem polonesa Vocês caíram como mártires (Vy zhertvoyu pali) que foi cantada por Lênin e seus companheiros no exílio, quando souberam do acontecido em 9 de janeiro.

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O final – utilizando um bordão da época – é a promessa da vitória final do socialismo e um aviso de que aquilo não ficaria sem punição.

Symphony No. 11 in G minor Op. 103 “The Year 1905”
1. The Palace Square (Adagio)
2. January 9th (Allegro)
3. In Memoriam (Adagio)
4. Tocsin (Allegro non troppo)

WDR Sinfonieorchester,
Rudolf Barshai

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Franz Schubert (1797-1828): Quinteto “A Truta” / Sonata Arpeggione / Canção (Lied) A Truta

Franz Schubert (1797-1828): Quinteto “A Truta” / Sonata Arpeggione / Canção (Lied) A Truta

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma escolha perfeita para quem deseja entrar na área dos eruditos. Grandes artistas, em seus respectivos auges, interpretando o mais melodioso dos compositores. Porque meu jesus cristinho, que CD bom! Creio que Schubert deva ter sido o maior inventor de melodias de todos os tempos. A junção de três obras schubertianas de primeira linha — onde as melodias vão brotando em superfetação — e um conjunto de técnica superior e enorme tesão, comandados pela notável dupla Ax-Ma, fazem deste trabalho um CD obrigatório. É difícil de acontecer, mas não faço reparo algum à interpretação do extraordinário grupo de músicos. Eles fazem o melhor Schubert. E ponto final.

Franz Schubert (1797-1828): Trout Quintet / Arpeggione Sonata / Die Forelle

1. Quintet in A Major for Piano and Strings, Op. post. 114, D. 667 “The Trout”: I. Allegro vivace 13:14
2. Quintet in A Major for Piano and Strings, Op. post. 114, D. 667 “The Trout”: II. Andante 6:37
3. Quintet in A Major for Piano and Strings, Op. post. 114, D. 667 “The Trout”: III. Scherzo. Presto – Trio 3:51
4. Quintet in A Major for Piano and Strings, Op. post. 114, D. 667 “The Trout”: IV. Theme & Variations. Andantino 7:46
5. Quintet in A Major for Piano and Strings, Op. post. 114, D. 667 “The Trout”: V. Finale. Allegro giusto 6:20

6. Sonata in A minor for Piano and Arpeggione (Cello). D. 821: I. Allegro moderato 11:11
7. Sonata in A minor for Piano and Arpeggione (Cello). D. 821: II. Adagio 4:21
8. Sonata in A minor for Piano and Arpeggione (Cello). D. 821: III. Allegretto 8:55

9. Die Forelle, D. 550 2:16

Emanuel Ax, piano
Pamela Frank, violino
Rebecca Young, viola
Yo-Yo Ma, violoncelo
Edgar Meyer, contrabaixo
Barbara Bonney, soprano

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Vai escrever melodias assim na...
Schubert: o maior melodista de todos os tempos?

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Serguei Prokofiev (1891-1953): Os 5 Concertos para Piano

Serguei Prokofiev (1891-1953): Os 5 Concertos para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Clica antes aqui, malandro! Depois clica ali embaixo no melhor disco de 2014 na categoria Concerto da revista Gramophone. Ah, pois é, né?

Este é daqueles discos que você tem por dois motivos: pela qualidade dos concertos e por amor a sua coleção ou discoteca. Bavouzet não é Argerich, mas é quase — é excelente e faz jus aos concertos de Prokofiev. Estes concertos pedem um alongamento espiritual que nem todo pianista alcança. Vão do rapidíssimo ao lerdo, do selvagem ao sublime muito subitamente. Parece que existe uma gravação da mesma parceria para os Concertos de Bartók. Gostaria de ouvir, imagina se não.

Serguei Prokofiev (1891-1953): Os 5 Concertos para Piano

Piano Concerto No. 1 in D-Flat Major, Op. 10

1 Allegro brioso – 3:27
2 Meno mosso – 3:16
3 Andante assai – 4:20
4 Allegro scherzando – 4:28

Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16

5 I. Andantino – Allegretto – 11:09
6 II. Scherzo. Vivace – 2:31
7 III. Intermezzo. Allegro moderato – 6:19
8 IV. Finale. Allegro tempestoso – 11:22

Piano Concerto No. 3 in C Major, Op. 26

9 I. Andante – Allegro – 9:18
10 II. Tema con variazioni – 8:57
11 III. Allegro ma non troppo – 9:35

Piano Concerto No. 4 in B-Flat Major, Op. 53

1 I. Vivace – 4:25
2 II. Andante – 9:33
3 III. Moderato – 8:09
4 IV. Vivace – 1:35

Piano Concerto No. 5 in G Major, Op. 55

5 I. Allegro con brio – 4:54
6 II. Moderato ben accentuato – 3:41
7 III. Toccata. Allegro con fuoco – 1:54
8 IV. Larghetto – 7:07
9 V. Vivo – 5:32

Jean-Efflam Bavouzet, piano
BBC Philharmonic
Gianandrea Noseda

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Jean-Efflam Bavouzet observa seu piano: funciona bem
Jean-Efflam Bavouzet observa seu piano: funciona bem, sim

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Franz Schubert (1797-1828): Lieder

Franz Schubert (1797-1828): Lieder

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Ah, o CD ao lado é a nova edição — de 2007 — em álbum duplo destas canções Schubert gravadas por Hendricks e Lupu. Ela junta dois CDs lançados separadamente. Aqui temos um deles. O melhor. 

Uma boa cantora, um bom pianista que saiba ser discreto e Schubert. Gol certo. Este CD não existe mais, tendo sido relançado em mp3 juntamente com outro que Hendricks e Lupu gravaram depois. É de 1986. A seleção de Lieder é excelente e temos vários grandes momentos, mas creio que se compara à leveza que a dupla alcançou na delicada Im Frühling, cuja simplicidade e ritmo me fazem desejar (calma, gente, só desejar) sair dançando pela sala.

Grande CD!

Schubert: Lieder

01. Der Wanderer An Den Mond D.870
02. Der Blinde Knabe D.833
03. Der Einsame D.800
04. Nacht Und Traüme D.827
05. Suleika I, D.720
06. Ganymed D.544
07. Rastlose Liebe D.138
08. Wanderers Nachtlied D.768
09. Die Forelle D.550 (La Truite)
10. Suleika II, D.717
11. Der Musensohn D.764
12. Lied Der Mignon D.877
13. Der König In Thule D.367
14. Gretchen Am Spinnrade D.118
15. Du Bist Die Ruh D.776
16. Im Frühling D.882

Barbara Hendricks
Radu Lupu, piano

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Essa canta, meu!
Essa canta, meu!

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Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Suítes para teclado (Hewitt)

Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Suítes para teclado (Hewitt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quando eu ouço um CD ou um concerto de música barroca tocado no cravo, passo a achar o piano pesado demais. Foi o caso deste. Ele só começou a entrar na minha cabeça, quando ouvi os fantásticos pássaros do movimento Le rappel des oiseaux, esplêndida quinta faixa deste CD. E então, minha cabeça foi até os pássaros de outro francês, Messiaen, cuja certa música só pode ser apreciada após uma visita a um parque arborizado e cheio de pássaros. E retornei à primeira faixa, já achando tudo normal e Angela Hewitt uma gênia. Olha, um baita CD.

Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Suítes para teclado

1. Allemande (Suite in E minor – Pieces de clavecin)
2. Courante
3. Gigue en rondeau I
4. Gigue en rondeau II
5. Le rappel des oiseaux
6. Rigaudons I and II
7. Museete edn rondeau
8. Tambourin
9. La villageoise

10. Les tricotets (Suite in G minor-nouvelles suites de pieces de clavecin)
11. L’indifferente
12. Menuets I and II
13. La poule
14. Les triolets
15. Les sauvages
16. L’enharmonique
17. L’egiptienne

18. Allemande (Suite in A minor – Nouvelles suites de pieces de clavecin)
19. Courante
20. Sarabande
21. Les trios mains
22. Fanfarinette
23. La triomphante
24. Gavote
25. Double 1
26. Double 2
27. Double 3
28. Double 4
29. Double 5
30. Double 6

Angela Hewitt, piano

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A inglesa Angela Hewitt: gênia absoluta
A canadense Angela Hewitt: gênia absoluta

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W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para flauta e harpa (K. 299), Andante para flauta (K.315), Concerto para fagote (K.191) e para flauta (K.313) (Hogwood, Beznosiuk, Kelly, Bond)

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para flauta e harpa (K. 299),  Andante para flauta (K.315), Concerto para fagote (K.191) e para flauta (K.313) (Hogwood, Beznosiuk, Kelly, Bond)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Do que Mozart era capaz, hein? Nas suas mãos, até um instrumento como a harpa faz música! Desculpem, não gosto do som da harpa. É inacreditável o ponto de delicadeza que este gênio encontrou, fazendo com que a harpa não pisasse de modo algum na vulgaridade na qual outros compositores a deixam sempre. Só Mozart conseguiu! Este CD de 1987 é uma joia de absoluta gentileza e musicalidade. Todos os concertos são bons, Hogwood e seus solistas estiveram no mesmo estado de graça de Karl Böhm, Nicanor Zabaleta e Wolf Schultz em sua famosa gravação do Concerto para Flauta e Harpa de 1977 para a DG. Só que aqui os concertos que acompanham o K. 299 são melhores, fazendo um disco bem mais equilibrado do que aquele. Um grande CD!

Mozart – Concerto para flauta e harpa (K.299), Andante para flauta (K.315), Concerto para fagote (K.191) e para flauta (K.313)

1. Fl And Hp Con in C, K299: I. Allegro – Lisa Beznosiuk / Frances Kelly
2. Fl And Hp Con in C, K299: II. Andantino – Lisa Beznosiuk / Frances Kelly
3. Fl And Hp Con in C, K299: III. Rondeau: Allegro – Lisa Beznosiuk / Frances Kelly

4. Andante in C, K315 – Lisa Beznosiuk

5. Bn Con in B flat, K191: I. Allegro – Danny Bond
6. Bn Con in B flat, K191: II. Andante Ma Adagio – Danny Bond
7. Bn Con in B flat, K191: III. Rondo: Tempo Di Menuetto – Danny Bond

8. Fl Con NO.1 in G, K313: I. Allegro Maestoso – Lisa Beznosiuk
9. Fl Con NO.1 in G, K313: II. Adagio Ma Non Troppo – Lisa Beznosiuk
10. Fl Con NO.1 in G, K313: III. Rondo: Tempo Di Menuetto – Lisa Beznosiuk

Lisa Beznosiuk (Flauta),
Danny Bond (Fagote)
Frances Kelly (Harpa)

The Academy of Ancient Music
Christopher Hogwood

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O velho e bom Chistopher Hogwood
O velho e bom Chistopher Hogwood

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W. A. Mozart (1756-1791) / J. Brahms (1833-1897): Clarinet Quintets

W. A. Mozart (1756-1791) / J. Brahms (1833-1897): Clarinet Quintets

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os clarinetistas nasceram com o rabo virado para a lua, conforme diria minha mãe. Tanto Mozart quanto Brahms ficaram amigos de clarinetistas ao final de suas vidas, sendo convencidos por este seres soprantes a comporem para o instrumento justo em seus respectivos auges. E houve ainda outros clarinetistas e compositores no mesmo caso, mas Mozart e Brahms foram os mais notórios. Tal fato deu ao instrumento um tremendo repertório. Imaginem que Brahms ainda escreveu duas excepcionais Sonatas para Clarinete e Piano e Mozart seu Concerto K. 622! Bem, este CD é uma joia. Ah, sabem porque os livros de memórias de Erico Verissimo chamam-se Solo de Clarineta I e II? Sim, em função do belíssimo Quinteto de Brahms que comparece neste CD. A coisa é de arrepiar. Vai lá e ouve logo, bagual! Tá esperando o quê?

W. A. Mozart (1756-1791) / J. Brahms (1833-1897): Clarinet Quintets

1 Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581 – 1. Allegro 9:20
2 Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581 – 2. Larghetto 6:41
3 Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581 – 3. Menuetto 6:45
4 Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581 – 4. Allegretto con variazioni 9:00

5 Brahms: Clarinet Quintet in B minor, Op.115 – 1. Allegro 13:09
6 Brahms: Clarinet Quintet in B minor, Op.115 – 2. Adagio 11:07
7 Brahms: Clarinet Quintet in B minor, Op.115 – 3. Andantino – Presto non assai, ma con sentimento 4:49
8 Brahms: Clarinet Quintet in B minor, Op.115 – 4. Con moto 8:50

David Shifrin, clarinete
Emerson String Quartet

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Mandando bala: Emerson String Quartet, da esquerda para a direita: Eugene Drucker, Philip Setzer, David Shifrin, David Finckel e Lawrence Dutton, durante o Quinteto para Clarinete de Mozart
Mandando bala: o Emerson String Quartet com Shifrin. Acompanhe da esquerda para a direita: Eugene Drucker, Philip Setzer, David Shifrin, David Finckel e Lawrence Dutton, durante o Quinteto para Clarinete de Mozart

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Paul Hindemith (1895-1963): Violin Concerto, Violin Sonatas

Paul Hindemith (1895-1963): Violin Concerto, Violin Sonatas

Tenho especial predileção por Hindemith, um cara que fazia uma música moderna, muito contrapontística e bela. Suas obras foram consideradas degeneradas pelos nazistas, o que não deixa de ser um elogio. Neste concerto e nas sonatas que o seguem, está boa parte das características do compositor. Ele buscava uma “música utilizável”, e uma “música para brincar”. Vocês facilmente reconhecerão estas duas vertentes neste CD. Suas maiores obras são as peças intituladas “Música de Câmara” para várias formações, lembrando um pouco os Concertos de Brandenburgo de J. S. Bach.

Paul Hindemith (1895-1963): Violin Concerto, Violin Sonatas

1 Violin Concerto: I. Massig bewegte Halbe 00:09:05
2 Violin Concerto: II. Langsam 00:08:41
3 Violin Concerto: III. Lebhaft 00:09:45

Violin Sonata, Op. 31, No. 2, ‘Es ist so schones Wetter draussen’

4 Violin Sonata, Op. 31, No. 2, “Es ist so schones Wetter draussen”: I. Leicht bewegte Viertel 00:01:57
5 Violin Sonata, Op. 31, No. 2, “Es ist so schones Wetter draussen”: II. Ruhig bewegte Achtel 00:02:21
6 Violin Sonata, Op. 31, No. 2, “Es ist so schones Wetter draussen”: III. Gemachliche Viertel 00:01:10
7 Violin Sonata, Op. 31, No. 2, “Es ist so schones Wetter draussen”: IV. 5 Variationen uber deas lied “Komm, lieber Mai” 00:03:49

Violin Sonata in E flat major, Op. 11, No. 1

8 Violin Sonata in E flat major, Op. 11, No. 1: I. Frisch 00:04:20
9 Violin Sonata in E flat major, Op. 11, No. 1: II. Im Zeitmass eines langsamen, feierlichen Tanzes 00:04:31

Violin Sonata in E major

10 Violin Sonata in E major: I. Ruhig bewegt 00:03:39
11 Violin Sonata in E major: II. Langsam – Sehr Lebhaft 00:05:41

Violin Sonata in C major

12 Violin Sonata in C major: I. Lebhaft 00:02:11
13 Violin Sonata in C major: II. Langsam 00:03:59
14 Violin Sonata in C major: III. Fuge: Ruhig bewegt 00:07:02

Frank Peter Zimmermann, Violino
Enrico Pace, piano

Frankfurt Radio Symphony Orchestra
Paavo Jarvi

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Hindemith:
Hindemith, o bom gordão: muita coisa saiu desta cabeça de ovo

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.: interlúdio :. Meredith Monk: Piano Songs

.: interlúdio :. Meredith Monk: Piano Songs

Não chega a ser uma maravilha. Aqui, Meredith Monk aparece com obras que parecem a música de Erik Satie para dois pianos. A nova-iorquina Monk é compositora, performer, diretora, vocalista, cineasta e coreógrafa. Desde os anos sessenta, Monk tem criado trabalhos multidisciplinares que combinam música, teatro e dança, gravando sempre para a ECM. Este disco dá uma boa ideia de seu trabalho, mas nada se compara ao vinil Dolmen Music (1979). Ela é minimalista, mas aqui exagerou no mínimo.

Meredith Monk: Piano Songs

1 Monk: Obsolete Objects 1:59
2 Monk: Ellis Island 3:02
3 Monk: Folkdance 4:03
4 Monk: Urban March (Shadow) 3:08
5 Monk: Tower 1:37
6 Monk: Paris 3:11
7 Monk: Railroad (Travel Song) 2:15
8 Monk: Parlour Games 7:37
9 Monk: St. Petersburg Waltz 7:04
10 Monk: Window In 7’s 2:46
11 Monk: Totentanz 3:07
12 Monk: Phantom Waltz 7:14

Ursula Oppens e Bruce Brubaker, pianos.

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Meredith Monk e suas famosas tranças.
Meredith Monk e suas famosas tranças.

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J. S. Bach (1685-1750): Os Concertos para Cravo (completos) – Staier, Freiburger Barockorchester

J. S. Bach (1685-1750): Os Concertos para Cravo (completos) – Staier, Freiburger Barockorchester

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Na opinião deste bastardo, a Orquestra Barroca de Freiburg é a melhor do gênero em atividade. Isso há vários anos. Aí, eles convidam Andreas Staier para ser o solista e os Concertos são de Bach. É uma verdadeira covardia. Tipo 7 x 1, só que a favor do ouvinte. Para quem não conhece muito os Concertos de Bach, saiba que há três que são transcrições do próprio autor de seus Concertos para Violino. Estes sete concertos são notavelmente inventivos e uma etapa chave na história da forma concertante. O conjunto foi escrito durante os anos de Leipzig de Bach, enquanto dirigia o Collegium Musicum. Nas interpretações de Andreas Staier e da Freiburger Barockorchester, estas obras ganham vida nas leituras alegres que merecem. A gravação da Harmonia Mundi, sua qualidade de som, é algo espetacular.

A Orquestra Barroca de Freiburg. Quem o chefão? O primeiro loirinho cabeludo sentado à direita,
A Orquestra Barroca de Freiburg. Quem é o chefão? O primeiro loirinho cabeludo sentado à direita.

J. S. Bach (1685-1750): Os Concertos para Cravo (completos) – Staier, Freiburger Barockorchester

Concerto No.1 BWV 1052 in D minor
01. I. Allegro 7’48
02. II. Adagio 7’06
03. III. Allegro 8’05

Concerto No.2 BWV 1053 in E major
04. I. – 8’31
05. II. Siciliano 4’43
06. III. Allegro 6’38

Concerto No.7 BWV 1058 in G minor
07. I. – 3’36
08. II. Andante 5’46
09. III. Allegro assai 4’06

Concerto No.3 BWV 1054 in D major
10. I. – 7’41
11. II. Adagio e piano sempre 6’39
12. III. Allegro 2’41

Concerto No.4 BWV 1055 in A major
13. I. Allegro 4’24
14. II. Larghetto 5’14
15. III. Allegro ma non troppo 4’20

Concerto No.5 BWV 1056 in F minor
16. I. – 3’05
17. II. Largo 2’40
18. III. Presto 3’36

Concerto No.6 BWV 1057 in F major
19. I. – 6’52
20. II. Andante 3’32
21. III. Allegro assai 4’50

Andreas Staier, cravo
Freiburger Barockorchester

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Staier, um monstro
Staier, um monstro

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Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonia Nº 6, Patética / Abertura 1812 / Valsa de A Bela Adormecida

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonia Nº 6, Patética / Abertura 1812 / Valsa de A Bela Adormecida

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Eu não sou exatamente um tarado pelas gravações do passado, mas quando se trata de Ferenc Fricsay (1914-1963) sou obrigado a ouvir. Mesmo com um som de segunda linha, aqui temos mais uma comprovação do toque de Midas de Fricsay.  Esta gravação é lá do início dos anos 50 e é absolutamente espetacular, uma referência mesmo. A construção para o grande clímax do primeiro movimento é calculada mantendo um delicado equilíbrio entre os extremos. O controle magistral de Fricsay neste movimento é provavelmente o melhor na história, superando até mesmo Mravinsky. O segundo e terceiro movimentos estão bem equilibrados e matizados, pena o som apenas bom. E o final é tão comovente como podemos esperar que depois de três movimentos soberbamente executados.

Symphonie No. 6 Patética
1 Adagio – Allegro Non Troppo
2 Allegro Con Grazia
3 Allegro Molto Vivace
4 Finale: Adagio Lamentoso

5 Abertura 1812
6 Valsa de A Bela Adormecida

Berliner Philharmoniker
RIAS-Symphonie-Orchester Berlin y RIAS Kammerchor (faixas 5 e 6)
Ferenc Fricsay

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Fricsay: um gênio da regência que, infelizmente, faleceu precocemente
Fricsay: um gênio da regência que, infelizmente, faleceu precocemente

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Fodor (1768-1846), Schmitt (1734-1791) & Wilms (1772-1847): Concertos holandeses para piano

Fodor (1768-1846), Schmitt (1734-1791) & Wilms (1772-1847): Concertos holandeses para piano

Mais um belo disco com repertório desconhecido. A Holanda sempre se destacou na pintura e menos na música, né? O Concerto de Wilms é muito bom — tem um adágio inesquecível –, o de Schmitt é alegre e mozartiano e o de Fodor não deixa o cachimbo cair. A interpretação segue o alto padrão da gravadora Alpha. São concertos daquela época meio estranha: o barroco já fora embora, mas os clássicos ainda não estavam estabelecidos, ainda mais na Holanda da época, longe do glamour de Viena, Paris e da grande música alemã. A música de Fodor, esta sim já tinha a grandiosidade do clássico, apesar de um “Finale Turco”, que talvez provoque risos em nossa amiga Asli Berktay. A orquestra de Fodor já é mais potente e as introduções são longas como mandava o figurino da época. Bom disco, muito agradável!

Fodor (1768-1846), Schmitt (1734-1791) & Wilms (1772-1847): Concertos holandeses para piano

Johann Wilhelm Wilms
Concerto Pour Le Clavecin Ou Le Pianoforte Avec Plusieurs Instruments En Mi Majeur, Opus 3
1 – Allegro 12:45
2 – Poco Adagio 6:54
3 – Rondo Allegro 6:59

Joseph Schmitt
Quatuor Pour Le Pianoforte, Traverso, Violon & Violoncelle En Do Majeur, Opus 9 No.1
4 – Allegro Moderato 4:45
5 – Adagio 5:34
6 – Allegro Molto 2:16

Carolus Antonius Fodor
Concerto Pour Le Clavecin Ou Le Pianoforte Avec Plusieurs Instruments En Sol Mineur, Opus 12
7 – Allegro Con Fuoco 13:02
8 – Adagio Non Tanto 5:41
9 – Rondo Alla Turque, Allegro Non Troppo 8:04

Arthur Schoonderwoerd
Ensemble Cristofori

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Vai ter Fodor, ops, nada disso. O título do quadro é "Boas Notícias" e é do belga Edward Antoon Portielje (1861-1949)
Vai ter Fodor, ops, nada disso. O título do quadro é “Boas Notícias” e é do belga Edward Antoon Portielje (1861-1949)

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J. S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Savall)

J. S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Savall)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Se alguém perguntar ao PQP quais são as dez obras musicais que ele mais ama, ele apontará vários autores, mas dentre as escolhas estarão certamente duas obras: A Oferenda Musical e as Variações Goldberg. São composições  de estrutura semelhante que para mim são muito caras e consoladoras. Jordi Savall tem sempre algo de bom a acrescentar e ele novamente faz isso nesta gravação impecável e mais à flor da pele que a maioria. Eu, se fosse você, prestaria muita atenção à Oferenda; talvez até me fizesse acompanhar de um bom vinho. Vale a pena, ô se vale.

E olha a turma do Savall! Irmãos Hantaï, Cocset, Valetti… Só podia ser uma gravação campeã!

J. S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Savall)

1. Thema Regium – Traverso Solo (Bach) 0:30
2. Ricercar A 3 – Clavecin (Bach) 6:25
3. Canon Perpetuus Super Thema Regium (7) (Bach) 2:28
4. Canon 1 A 2 (Cancrizans) – Clavecin (Bach) 1:55
5. Canon 2 A 2 Violini In Unisono (Bach) 1:34
6. Canon 3 A 2 Per Motum Contrarium (Bach) 2:06
7. Canon 4 (A) Per Augmentationem, Contrario Motu (Bach) 2:36
8. Ricercar A 6 – Clavecin (Bach) 8:48
9. Sonata Sopr’ll Soggetto Reale: Largo (Bach) 6:30
10. Sonata Sopr’ll Soggetto Reale: Allegro (Bach) 5:30
11. Sonata Sopr’ll Soggetto Reale: Andante (Bach) 3:21
12. Sonata Sopr’ll Soggetto Reale: Allegro (Bach) 2:53
13. Canon A 2 Quarendo Invenietis (9A) – Clavecin (Bach) 1:41
14. Canon A 2 Quarendo Invenietis (9B) – Clavecin (Bach) 1:08
15. Canon 5 A 2 Per Tonos “Ascendenteque Modulatione Ascendat Gloria Regis” (Bach) 3:30
16. Fuga Canonica In Epidiapente (6) (Bach) 2:20
17. Canon4 (B) Per Augmentationem, Contrario Motu (Bach) 3:07
18. Canon Perpetuus (Per Justi Intervali) (8) (Bach) 3:28
19. Canon A 4 (10) (Bach) 4:41
20. Ricercar A 6 – Ensemble (Bach) 7:15

Le Concert Des Nations
Jordi Savall

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Saval e seu Le Concert de Nations: talento assombroso
Savall e seu Le Concert de Nations: talento assombroso

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