Korngold / Zemlinsky: Piano Trios – Beaux Arts Trio

Erich Wolfgang Korngold (1897-1957) foi um dos grandes fenômenos musicais que o século XX produziu. Menino prodígio, aos 11 anos já tinha sido reconhecido e elogiado por Mahler, que o recomendou para estudar com Zemlinsky e Richard Strauss, deixando-os, cada um à sua maneira, completamente atônitos com seu talento precoce e espontâneo. Escreveu sua primeira obra orquestral completa aos 14 e sua primeira ópera aos 16. Sua ópera de maior sucesso, Die tote Stadt, foi escrita quando ele contava 23 anos. Esse pequeno currículo já nos dá uma boa base da qualidade da música que vamos ouvir. É sempre bom lembrar que Korngold foi solicitado por Hollywood para escrever música de cinema, e acabou ficando por lá por conta da perseguição nazista que assolava a Europa no final da década 30. Apesar das trilhas sonoras de qualidade incomparável (que, a bem da verdade, ensinaram aos americanos como escrever para cinema), ele acabou decepcionado com oamerican way of life e faleceu em 1957 bastante desgostoso. Mas a obra ora apresentada faz parte da sua impetuosa juvenília, e deve-se procurar ouví-la sem saber que tinha 12 anos quando a escreveu (é seu opus 1). É obra de um compositor maduro.

O outro compositor, Alexander Zemlinsky (1871-1942), já foi apresentado aqui em outro post, mas fica a dica: trata-se de uma obra surpreendente, música de câmara da melhor qualidade, diria: brahmsiana. Também é obra de juventude e já demonstra o potencial da competência musical de Zemlinsky.

O que é bacana neste CD é ouvir uma espécie de retrato de uma época, virada de século, novas idéias, e, principalmente, duas obras muito próximas, escritas uma pelo mestre (Zemlinsky), e outra por seu pupilo (Korngold). Comprei este CD sem saber nada dessas obras e devo dizer com satisfação que nunca me arrependi; pelo contrário, cada vez recomendo mais.

Korngold: Piano Trio In D, Op. 1
1. Allegro Non Troppo, Con Espressione
2. Scherzo – Trio. Viel langsamer, innig – Allegro
3. Larghetto. Sehr langsam
4. Finale: Allegro Molto E Energico

Zemlinsky: Piano Trio In D Minor, Op. 3
1. Allegro Ma Non Troppo
2. Andante
3. Allegro

BEAUX ARTS TRIO

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CHUCRUTEN

Alberto Nepomuceno: Quartetos de Cordas 1 e 3

Uma singela contribuição do Chucruten para o Acervo PQP de Música Brasileira, dois quartetos de Nepomuceno que são verdadeiras jóias da música erudita no Brasil. Acho que os méritos deste compositor dispensam maiores apresentações, principalmente por aqui. Trata-se de um compositor de primeiríssima grandeza, e só é pouco conhecido no mundo porque é brasileiro…

Ele foi, juntamente com Henrique Oswald, o grande expoente do romantismo na música erudita do Brasil, e estes quartetos são, além de lindos, de uma eloquência musical privilegiada.

A gravação é do acervo Funarte, e as obras são interpretadas pelo Quarteto de Cordas da Rádio MEC. No CD original não havia mudança de faixas entre os movimentos (o CD só tinha 2 faixas, uma para cada quarteto), o que também revela nosso grau de entendimento e compromisso com a cultura brasileira. Fiz a gentileza de separar os movimentos, espero que gostem.

Nepomuceno: Quarteto de Cordas no.1 em Si menor
1.allegro agitato
2.andante
3.scherzo
4.allegro spiritoso

Nepomuceno: Quarteto de Cordas no.3 em Ré menor
1.allegro moderato
2.andante
3.intermezzo
4.allegretto

Quarteto de Cordas da Rádio MEC

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Chucruten

Gershwin: Rhapsody in Blue (1925 piano roll), An American in Paris etc – Thomas

Este é um disco muito particular da deliciosa Rhapsody in Blue, que gerou certa polêmica e opiniões críticas bastante controversas. A razão disso é que trata-se de uma gravação feita por cima de um registro do próprio Gershwin em uma pianola. A pianola era um piano que tinha a capacidade de tocar “sozinho” a partir de um rolo perfurado, e, apesar de existir uma gravação em cera de Gershwin tocando (lá pelos idos dos anos 20), esta é obviamente superior em termos de sonoridade, já que foi gravado na década de 70 com equipamento moderno. Com a pianola tocando o registro de Gershwin, Michael Tilson Thomas a acompanha com a Columbia Jazz Band, o que tb é surpreendente, pois trata-se da versão original para banda de Jazz, e não da orquestração posterior que Ferde Grofé fez para a obra, e que acabou se tornando mais popular.

Eu gosto muito desta Rhapsody, e o mais das vezes a prefiro à versão orquestral. Nem todos os críticos foram unânimes, e muitos torceram o nariz para esta “aberração”.

Mas este CD, além disso, é uma grande homenagem ao gênio de Gershwin, pois conta com uma excelente versão do American in Paris com a Filarmônica de NY (para mim, umas das melhores que já ouvi) e faixas de bonus tracks (que o LP não tinha) com algumas das suas aberturas para os musicais da Broadway. Pouco conhecidas, estas aberturas são verdadeiras pérolas da música americana. Só para constar, quando Gershwin encontrou Ravel em Paris e lhe pediu aulas de música (principalmente orquestração), Ravel disse: “mas você é o famoso compositor de musicais da Broadway, quanto você ganha para fazer um musical?” Quando Gershwin, de forma um pouco ingênua, respondeu, Ravel replicou: “então, você é que devia me dar aulas”.

Divirtam-se!

George Gershwin:
Rhapsody In Blue (1925 piano roll)
George Gershwin, Piano Roll
Columbia Jazz Band, Michael Tilson Thomas

An American In Paris

New York Philharmonic
Michael Tilson Thomas

Oh Kay! Overture
Funny Face Overture
Overture To Girl Crazy
Strike Up The Band Overture
Of Thee I Sing Overture
Let ‘Em Eat Cake Overture

Buffalo Philharmonic
Michael Tilson Thomas

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Chucruten

Johannes Brahms (1833-1897): Violin Concerto, Op. 77

Johannes Brahms (1833-1897): Violin Concerto, Op. 77

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O pessoal da Philips deve ter enlouquecido com esta performance ao vivo do Concerto para Violino de Brahms gravado em Tóquio, em 1992. Caso contrário, é difícil entender porque lançaram um CD de apenas 39 min. Não há nada além do concerto no CD, nadica de nada. Para mim, o que eles ouviram foi uma leitura incrível espontaneidade. Na verdade, o concerto de Brahms, parece ter importância fundamental nas vidas de Mullova e Abbado, e eles dão tudo.

Mullova vem romântica e quente, toda coleante em floreios expressivos. Nenhuma nota é menos do que bela. Normalmente, isso não é uma vantagem em Brahms, mas ela é uma baita cantora, se me entendem. Pura emoção.

Johannes Brahms (1833-1897): Violin Concerto, Op. 77

1. Allegro non troppo
2. Adagio
3. Allegro giocoso, ma non troppo vivace – Poco piu presto

Viktoria Mullova, violino
Berlin Philharmonic Orchestra
Claudio Abbado

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Este blog ama Mullova
Este blog ama Mullova

PQP

Ninguém merece mais

Ninguém merece mais

Steve Reich recebeu na Espanha o prêmio da Fundação BBVA Fronteiras do Conhecimento por seus esforços em construir pontes entre culturas e por “tratar de questões atuais, desde o conflito palestino-israelense e o 11 de setembro e até a relação entre religião, arte e ciência”.

O prêmio é de 40 mil euros e um bom jantar comemorativo. Na boa, ninguém merece mais do que ele.

É difícil encontrar uma foto de Reich sem boné.
É difícil encontrar uma foto de Reich sem boné.

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Nielsen/Khachaturian: Flute Concertos – Rampal [link atualizado 2017]

khachaturian_Nielsen_fluteconcertosEste CD resume, de forma bastante contundente, a grandeza do talento de Jean-Pierre Rampal (1922-2000), um dos maiores mestres da milenar arte de tocar flauta.

As duas obras são raras de se ouvir, e de execução dificílima, mas o som de Rampal as faz parecer simples como atirei-o-pau-no-gato. O concerto de Nielsen tem uma conotação mais despojada e moderna. O dinamarquês, autor de 6 belíssimas sinfonias (que considero dentre as melhores escritas no século XX) tem algumas obras que definitivamente saem dos padrões convencionais. Este concerto é uma delas. Apenas 2 movimentos, mas muito densos, de clima frio e sóbrio. Um concerto quase experimental.

Mas em termos de virtuosismo, a vedete é o concerto de Khachaturian. Foi o próprio Rampal que sugeriu a Aram um concerto para flauta, mas ele, por algum motivo, fez uma contra-proposta: transcrever seu concerto para violino, dando autorização a Rampal para fazê-lo. O resultado é realmente impressionante. devo dizer que para quem não conhece o concerto para violino, esta transcrição para flauta cumpre todas as exigências.

A gravação da CBS é um pouco rara de se achar, e nem a amazon tinha uma imagem decente do CD. Por essas e outras é que é mais um item imperdível!

Nielsen / Khachaturian: Flute Concertos

Nielsen: Flute Concerto
I – Allegro Moderato
II – Allegretto
Jean Frandsen: Sjaellands Symphony Orchestra

Khachaturian: Flute Concerto
I – Allegro Con Fermezza
II – Andante Sostenuto
III – Allegro Vivace
Jean Martinon – Orchestre de O.R.T.F

Jean-Pierre Rampal, flute

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Chucruten
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Havergal Brian: Symphony no.1 “The Gothic” [link atualizado 2017]

Este post tem a intenção de ser mais sensacionalista que musical. A razão disso é o contexto curioso (para dizer o mínimo) em que se insere, tanto a obra como o autor. Havergal Brian é o “mais estranho fenômeno na música britânica do séc. XX”, segundo o encarte do próprio CD. Nascido em 1876, de uma família pobre de operários do interior da Inglaterra, trabalhou na juventude em minas de carvão, paralelamente a um estudo irregular, mas entusiasmado, de música, movido por um “irresistível desejo de compor”.

Afora algumas tentativas de lançar pequena obras (sempre ofuscadas pelos compositores britânicos mais festejados, como Elgar, Vaughan Williams e Holst), só pode se dedicar completamente à música quando já tinha 43 anos de idade, justamente quando começou a compor sua Primeira Sinfonia.

Talvez por conta de inúmeros aspectos, de técnicos a psicológicos (o desejo reprimido de tantos anos, a vontade de se projetar rapidamente no cenário musical, ou mesmo a inexperiência no campo da escrita de música), Brian começou a escrever uma obra que consta até hoje no Guiness Book of the Records: a mais longa sinfonia da história, e a que exige o maior número de pessoas para execução. São nada menos que quase 2 horas (1 hora e 55 minutos para ser mais exato), excedendo em muito a mais longa até então, a 3a. de Mahler, e com a seguinte instrumentação:
8 flautas (com piccolo), 6 oboés (incluindo o baixo e o d´amore), 2 cornes-ingleses, 11 clarinetes (incluindo os agudos, baixos e contra-baixos), 5 fagotes (com o 2 contras), 16 trompas (sendo 8 fora de cena), 2 cornetas e 13 trompetes (sendo 1 baixo e 8 fora de cena), 11 trombones tenos (8 fora de cena), 1 trombone baixo e 1 contra-baixo, mais 2 eufônios e 2 tubas. A percussão, além dos 6 sets de tímpanos (4 fora de cena), toda a que pudermos imaginar, inclusive máquina de trovão e 6 pares de pratos. Seção de cordas compatível com esse contingente. Fora isso, 4 solistas vocais (SATB), 4 coros mistos SATB, coro infantil, órgão, celesta, e 2 harpas (bastante economico neste item). Toda a excentricidade dos mestres pós-românticos no quesito orquestração ficam no chinelo. Nem Mahler, Strauss e Schoenberg chegaram num efetivo assim, exigindo bem mais que 1000 pessoas para uma performance completa.

A obra é dividida em duas partes, a primeira totalmente orquestral, inspirada no Fausto de Goethe (Mahler reigns) e a segunda de caráter sacro, mais bruckneriana, como uma grande missa gótica, inclui os solistas e os coros entoando o texto do Te Deum. são ao todo 6 movimentos, o mais longo com quase 40 minutos.

Brian escreveu ao todo 32 sinfonias, e, curiosamente, 14 delas quando já tinha mais de 80 anos, e 7 depois dos 90. Faleceu em 1972, aos 96 anos, reconhecido, gravado e cultuado, tendo sido formada até mesmo uma  The Havergal Brian Society na Inglaterra, que inclusive patrocinou muitas de suas gravações recentes.

Esta obra, pelas dimensões e pelo custo, foi gravada apenas 3 vezes, por Adrian Boult em 1966 (sua estréia oficial), Ondrej Lenárd em 1989 pela Naxos e Martyn Brabbins pela Hyperion em 2002. Esta gravação é a da Naxos, com Ondrej Lenard e um contingente bem grande de gente. O CD original divide um monte de faixas dentro dos movimentos, mas todas sem nome (nem indicam o tempo), e por isso compilei cada movimento em uma só faixa.

Devo ainda acrescentar que os exageros da obra se justificam mais na proposta que no material musical. É música desordenada, mas sincera, vulcânica, e merece ser conhecida. Boa audição!

HAVERGAL BRIAN: Symphony no.1 “The Gothic”

CD1:
Part 1 – I – Allegro Assai (range)
Part 1 – II – Lento Espressivo E Solenne (range)
Part 1 – III – Vivace (range)
Part 2 – IV – Te Deum Laudamus (range)
CD 2:
Part 2 – V – Judex Crederis Esse Venturus (range)
Part 2 – VI – Te Ergo Quaesumus (range)
Eva Jenisóva, sopran
Dagmar Pecková, Alto
Vladimir Dolezal, Tenor
Peter Mikulas, Bass
Slovak Opera Chorus, Slovak Folk Ensemble Chorus, Lucnica Chorus, Bratslava City Choir, Bratislava Children´s Choir, Youth Echo Choir, Slovak Radio Symphony Orchestra, Slovak Philharmonic and Choir
Ondrej Lenárd

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Heavy Metal no PQP: Brass Splendour – Philip Jones Brass Ensemble [link atualizado 2017]

Para quem gosta – como eu – de metal pesado, esse CD é um prato fino. Um excelente grupo inglês formado apenas por instrumentos de metal, criado em 1951 pelo trompetista Philip Jones, numa época em que não existia nada parecido no mundo, nem ao menos um repertório formado apenas para metais. Um conjunto pioneiro, formado por líderes de naipe de orquestras inglesas, neste CD apresenta um pot-pourri que vai do barroco profundo (Giovanni Gabrieli, Sonata Pian´e forte) ao moderno (Aaron Copland, Fanfarre to the commom man), passando por clássicos e românticos, tendo seus pontos altos na abertura da Royal Fireworks Music de Haendel (um excelente arranjo, às vezes prefiro ouvir este ao original de Trevor Pinnock), na valsa da Bela Adormecida de Tchaikovsky, num arranjo para 4 tubas (todas tocadas pelo mesmo músico) e no contagiante final, uma versão do Baba yaga e Great Gate of Kiev  do Mussorgsky (uma alternativa à de Ravel, que acho que são propostas diferentes e não devem ser comparadas).

Enfim, este CD é puro Heavy metal, aproveitem!

BRASS SPLENDOUR

Haendel: Overture to the Royal Fireworks Music
J.S.Bach: Christmas Oratorio – Nun seid Ihr wohl gerochen
J.S.Bach: Christmas Oratorio – Ach, mein herzliches Jesulein
Gabrielli: Sonata pian’e forte
Clarke: Trumpet Voluntary
Byrd: The Battell: The Marche to the Fighte; Retraite
Purcell: Trumpet Tune and Air
Scheidt: Galliard Battaglia
C.P.E.Bach: March
Richard Strauss – Fanfare from ‘Festmusik der Stadt Wien’
Dvorak: Humoresque, Op. 101, No. 7
Tchaikovsky: Waltz from “Sleeping Beauty”
Copland: Fanfare for the Common Man
Mussorgsky: Pictures at an Exhibition – Baba-Yaga & The Great Gate of Kiev

PHILIP JONES BRASS ENSEMBLE

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Francis Poulenc (1899-1963): Concertos for Keyboard Instruments

Francis Poulenc (1899-1963): Concertos for Keyboard Instruments

Reza a lenda que Poulenc era “meio monge, meio mau rapaz”. Conhecendo sua biografia, talvez a forma mais clara de decodificação da lenda seja dizer logo que ele era um gay assumido e tranquilo (“Sabes que sou sincero na minha fé católica, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade Parisiense”). E que compunha muito boa música, acrescentamos.

O disco que postamos é maravilhoso, trazendo algumas de suas obras mais presentes no repertório. Acho que só não são mais divulgadas em função de ele gostar da utilização do órgão nelas. Ele dá um colorido especialíssimo às obras do compositor, mas, fala sério, é um trambolho.

A música de Poulenc é de primeira linha. É moderna, elegante, tem profundidade e um estranho doce-amargo fruto de sua personalidade ao mesmo tempo alegre e melancólica. Vale a pena ouvir!

Francis Poulenc (1899-1963): Concertos for Keyboard

1. Concerto for 2 Pianos in D Minor, FP 61: I. Allegro ma non troppo 8:05
2. Concerto for 2 Pianos in D Minor, FP 61: II. Larghetto 5:19
3. Concerto for 2 Pianos in D Minor, FP 61: III. Finale: Allegro molto 5:59

4. Concert champetre, FP 49: I. Allegro 10:54
5. Concert champetre, FP 49: II. Andante 6:28
6. Concert champetre, FP 49: III. Finale: Presto 8:31

7. Organ Concerto in G Minor 21:54

Hansjörg Albrecht, órgão e regência
Yara Tal e Andreas Groethuysen, pianos
Peter Kofler, cravo
Babette Haag, percussão e tímpanos
Bach Collegium München

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Poulenc com um amigo
Poulenc com um amigo

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Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736): Stabat Mater / Concerto para Flauta / Sinfonia / Salve Regina

Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736): Stabat Mater / Concerto para Flauta / Sinfonia / Salve Regina

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um CD da mais alta qualidade. Grande interpretação do Stabat Mater, principal obra desta compositor que, infelizmente, faleceu aos 26 anos, vítima da tuberculose. A imagem de Pergolesi fixou-se tendo por base poucas obras. Stravinsky era tarado por ele. É considerado o “pai” da ópera cômica, vide La Serva Padrona. Só recentemente é que foi recuperada toda a extensão da sua obra, através de um exaustivo trabalho de investigação. As suas obras sacras são caracterizadas tanto pela solenidade e imponência, como pelo intimismo, onde o sagrado é entendido como fonte de experiência emocional. Baixe logo porque vale a pena.

Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736):
Stabat Mater / Concerto para Flauta / Sinfonia / Salve Regina

1 Stabat Mater: Stabat Mater 3:57
2 Stabat Mater: Cujus animam gementem 2:28
3 Stabat Mater: O quam tristis 2:10
4 Stabat Mater: Quae moerebat et dolebat 2:14
5 Stabat Mater: Quis est homo 3:16
6 Stabat Mater: Vidit suum dulcem Natum 3:36
7 Stabat Mater: Eja Mater 2:14
8 Stabat Mater: Fae ut ardeat cor meum 2:13
9 Stabat Mater: Saneta Mater 5:34
10 Stabat Mater: Fac ut portem 3:39
11 Stabat Mater: Inflammatus et accensus 2:01
12 Stabat Mater: Quando corpus – Amen 4:33

13 Flute Concerto in G Major: Spiritoso 4:15
14 Flute Concerto in G Major: Largo 4:11
15 Flute Concerto in G Major: Allegro spiritoso 4:35

16 Sinfonia in F Major for Cello and Continuo: Comodo 1:10
17 Sinfonia in F Major for Cello and Continuo: Allegro 1:48
18 Sinfonia in F Major for Cello and Continuo: Adagio 2:10

20 Salve Regina in F Minor: Salve Regina 4:11
21 Salve Regina in F Minor: Ad te clamamus 4:36
22 Salve Regina in F Minor: Eja ergo, advocata nostra 1:32
23 Salve Regina in F Minor: Et Jesum 2:17
24 Salve Regina in F Minor: O clemens 1:47

Elin Manahan Thomas, soprano
Robin Blaze, tenos
Ashley Solomon, flauta
Jennifer Morsches, violoncelo
Florilegium,

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pergolesi

PQP

Claudio Abbado (1933-2014)… IN MEMORIAM

Retirado daqui.

CLAUDIO ABBADO

Se ha ido el Gran Maestro, y todo el mundo de la Gran Música hoy lo llora.
*
Se veía venir, pero no por ello el impacto emocional deja de ser intenso. Casi quince años de lucha

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contra un cáncer de estómago, al que logró mantener a raya y que nunca le hizo dejar caer la batuta, en una olímpica lección de vida. Hoy finalmente se marcha el gran maestro a seguir haciendo Música en la eternidad.
*
Lo recordaremos no sólo como un gran intérprete de los más diversos repertorios, desde el clásico hasta el más vanguardista, sino como un forjador y formador de orquestas. No sólo las grandes agrupaciones orquestales del mundo lo tuvieron como titular, asociado ó invitado, sino que excelsos ensembles como la Gustav Mahler Jugendorchester y la Mozart Orchestra son producto de su iniciativa.
*
La discografía que deja Abbado es amplísima y vaya que ha ayudado a generaciones de melómanos a amar la Música en otras dimensiones y a vivirla con inusitadas intensidades. Sus conciertos en video demuestran en todo momento a un director comprometido completamente con la música y con el apego a la partitura. Nunca olvidaré aquella 6ta de Mahler en Lucerna, donde después de un cataclismo sinfónico sin parangón, al concluir la obra y tras un silencio sobrecogedor, un Maestro, agotado y conmovido derrama unas lágrimas de satisfacción por la muestra de perfección lograda, logro que sólo alcanza quien realmente ha llegado a la cumbre de la verdadera grandeza.
*
Descanse en paz, querido Maestro, gracias por el inmenso legado musical que nos deja. Durante éste mes entero del 20 de enero al 20 de Febrero, ARPEGIO se dedicará a un homenaje permanente a la obra musical de Claudio Abbado, una de las últimas grandes batutas del siglo XX.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O outro nome das 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli deveria ser Como fazer música sublime a partir de quase nada.

As 33 Variações sobre uma Valsa de Anton Diabelli foram concluídas em 1823. Alfred Brendel as descreveu como a maior de todas as obras para piano em seu livro Structural Functions of Harmony. Arnold Schoenberg escreveu que, em relação às características harmônicas, é o trabalho mais radical de Beethoven. A peça foi composta depois que Diabelli, um editor de música bem conhecido e que também compunha, enviou sua valsinha para todos os compositores importantes do Império Austríaco, pedindo a cada um deles uma variação. Seu plano era publicar todas as variações em uma antologia cuja renda beneficiaria os órfãos e as viúvas das Guerras Napoleônicas. Mas Beethoven escreveu 33… Diabelli ficou enlouquecido, proclamando-as como uma grande e importante obra-prima, digna das criações imperecíveis e que ocuparia um lugar ao lado de famosas peças análogas de Johann Sebastian Bach. Tinha razão. Por outro lado, Paul Lewis é um gênio, o novo Rei de Beethoven.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli

1. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Thème. Vivace – Var. I. Alla Marcia maestoso 2:27
2. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. II. Poco allegro 0:58
3. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. III. L’istesso tempo 1:24
4. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. IV. Un poco più vivace 1:07
5. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. V. Allegro vivace 0:56
6. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. VI. Allegro ma non troppo e serioso 1:44
7. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. VII. Un poco più allegro 1:18
8. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. VIII. Poco Vivace 1:36
9. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. IX. Allegro pesante e risoluto 1:35
10. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. X. Presto 0:39
11. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XI. Allegretto 1:10
12. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XII. Un poco più moto 0:52
13. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. XIII. Vivace 1:02
14. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XIV. Grave e maestoso 3:53
15. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XV. Presto scherzando 0:36
16. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XVI. Allegro 0:58
17. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. XVII. 1:05
18. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. XVIII. Poco Moderato 1:52
19. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XIX. Presto 0:53
20. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XX. Andante 2:06
21. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XXI. Allegro con brio – Meno allegro 1:09
22. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxii. Allegro Molto 0:53
23. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxiii. Allegro Assai 0:47
24. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxiv – Fughetta. Andante 3:00
25. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XXV. Allegro 0:44
26. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxvi. 1:09
27. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxvii. Vivace 1:02
28. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxviii. Allegro 0:57
29. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxix. Adagio Ma Non Troppo 1:16
30. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XXX. Andante, sempre cantabile 1:51
31. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxxi. Largo, Molto Espressivo 4:34
32. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxxii – Fuga. Allegro – Poco Adagio 2:53
33. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxxiii. Tempo Di Menuetto Moderato 4:08

Paul Lewis, piano

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Paul-Lewis-007

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Ginastera / Dvorak / Shostakovich: Quartetos de Cordas

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os violinistas Alejandro Carreno e Boris Suarez, o violista Ismel de Campos e o violoncelista Aimon Mata são spallas da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar e, neste CD da DG, interpretam espetacularmente três extraordinárias composições do repertório para quarteto de cordas.

Nem Hugo Chávez, nem José Antonio Abreu imaginaram que El Sistema daria neste vendaval, pois nos últimos anos a Venezuela tornou-se um dos mais importantes centros da música erudita mundial. E nem precisamos de Gustavo Dudamel para comprovar o fato.

O particularmente difícil Quarteto de Cordas Nº 1 do argentino Alberto Ginastera, foi inspirado nos ritmos de danças hermanas. Depois temos uma interpretação perfeita do belo “Quarteto Americano” de Dvorak, escrito quando de sua visita aos EUA. (Atenção à interpretação dada ao movimento Lento!) O CD é finalizado pelo quarteto profundamente pessoal que Shostakovich dedicou às vítimas do fascismo e da guerra.

Audição obrigatória!

Ginastera / Dvorak / Shostakovich: Quartetos de Cordas

1. Ginastera: String Quartet No. 1, Op.20 – 1. Allegro violento ed agitato 4:21
2. Ginastera: String Quartet No. 1, Op.20 – 2. Vivacissimo 3:32
3. Ginastera: String Quartet No. 1, Op.20 – 3. Calmo e poetico 8:54
4. Ginastera: String Quartet No. 1, Op.20 – 4. Allegramente rustico 3:59

5. Dvorák: String Quartet No.12 in F major, Op.96 – “American” B.179 – 1. Allegro ma non troppo 9:30
6. Dvorák: String Quartet No.12 in F major, Op.96 – “American” B.179 – 2. Lento 8:18
7. Dvorák: String Quartet No.12 in F major, Op.96 – “American” B.179 – 3. Molto vivace 3:47
8. Dvorák: String Quartet No.12 in F major, Op.96 – “American” B.179 – 4. Finale (Vivace ma non troppo) 5:09

9. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 1. Largo 5:34
10. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 2. Allegro molto 2:30
11. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 3. Allegretto 4:17
12. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 4. Largo 4:56
13. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 5. Largo 4:02

Simon Bolivar String Quartet

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Melhor respeitar essa turma.
Melhor respeitar essa turma.

PQP

Dvořák: Stabat Mater; Suk Asraël Symphony [link atualizado 2017]

Mais algumas pérolas da gravação, desta vez vindas do leste europeu. O Stabat Mater de Dvořák é uma de suas raras inclusões no campo da música sacra, e foi motivada primeiramente pela morte de sua filha mais velha, ainda na infância. No período em que se sucedeu a composição, seus outros dois filhos também faleceram num curto espaço de tempo, e assim o Stabat Mater acabou tendo um tom bastante trágico, apesar do aparente otimismo de certas passagens. E, para constar, o casal Dvořák teve mais 6 filhos posteriormente.

Interessante é que uma das filhas de Dvořák, Otilie, casou-se com outro compositor, Josef Suk, que admirava profundamente a música de seu sogro. Quando Dvořák faleceu, em 1904, Suk também foi motivado a escrever um réquiem em sua homenagem, que chamou de “Asrael”, o anjo que acompanha as almas até o paraíso. Só que durante a composiçao do 4o. movimento, Otilie ficou doente e também faleceu, e ele acabou rasgando o adágio e substituindo por um novo: para Otilie.

O resultado é que são obras de um grande poder dramático, motivadas por sentimentos fúnebres angustiantes mas que se recusam a permanecer na desgraça e acabam por revelar sentimentos de esperança e triunfo, talvez remanescentes do amor que sentiam pelos entes representados.

Este CD reúne justamente estas duas obras que tem muito a dizer uma para a outra. A gravação é de 1952, e foi incluída por Norman Lebrecht no seu rol de “obras-primas: 100 marcos do século da gravação”, muito por conta do grande maestro Vaclav Talich, que conduz a obra num clima de guerra fria que muitos não ousariam enfrentar. A força e a esperança das obras foram traduzidas como poucas, e acabaram representando, também um grito de liberdade frente à política opressiva que os tchecos viviam.

É coisa realmente fina!

Václav Talich Special edition vol.10:
Dvořák: Stabat Mater; Suk: Asraël

DISC 1
Dvorák, Stabat Mater, Op.58 (B71, 1876-77)
1. Stabat Mater dolorosa. Andante con moto
2. Quis est homo, qui non fleret. Andante sostenuto
3. Eia, Mater, fons amoris. Andante con moto
4. Fac, ut ardeat cor meum. Largo
5. Tui nati vulnerati. Andante con moto, quasi allegretto
6. Fac me vere tecum flere. Andante con moto
7. Virgo virginum praeclara. Largo
8. Fac, ut oortem Christi mortem. Larghetto
9. Inflammatus et accensus. Andante maestoso
DISC 2
10. Quando Corpus Morietur
Suk: Asrael, Op. 27 –
1. Andante Sostenuto
2. Andante
3. Vivace
4. Adagio
5. Adagio E Maestoso
6. Václav Talich Speaks During The Recording Session On May 28, 1952

Drahomíra Tikalová,
Marta Krásová,
Beno Blachut,
Karel Kala?,
Czech Philharmonic Orchestra,
Prague Philharmonic Choir,
Václav Talich

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Tributo a Sir Colin Davis – parte 2

Te Deum

berlioz_tedeumAgora, um pouco da música sacra de Hector Berlioz: o Te Deum, op.22, sob a inspirada batuta de Colin Davis em mais um volume do ciclo completo de suas obras, editado pela Philips nos anos 90.

O próprio Berlioz deu a dica sobre o caráter da obra, escrevendo a Liszt quando terminou a composição: “o Réquiem tem um irmão”. Como não poderia deixar de ser, obra grandiosa do pai da orquestração moderna, é escrita para coro triplo, órgão, tenor solista e grande orquestra, o que suscita no ouvinte, à primeira vista, a ideia costumeira em Berlioz de uma orquestração desmedida e exagerada, a exemplo de seu Réquiem. Ledo engano.

A obra é uma das mais bem equilibradas de Berlioz, tanto em inventividade temática quanto em requintes de orquestração. Berlioz, finalmente, conseguiu estabelecer um convívio harmônico entre a massa instrumental, vocal e a diversidade de timbres da grande orquestra.

Muito deste preconceito quanto ao exagero  do tamanho da orquestra vem de seu “Tratado de instrumentação e orquestração”, o primeiro do gênero, em que sugere uma orquestra ideal para fins festivos com nada menos que 456 músicos, incluindo 120 primeiros violinos, 12 fagotes, 12 trombones, 30 harpas e 30 pianos. É de se perguntar se o tal preconceito tem ou não fundamento… mesmo Strauss, Mahler e Schoenberg não chegaram perto de tamanho delírio. Mas felizmente, ele nunca chegou a escrever efetivamente para este conjunto, até porque trata-se de uma triplicação para ser exibida em festivais.

No fim das contas, dos grandes delírios orquestrais de Berlioz, esse é um dos melhores.

Em tempo: quando Colin Davis resolveu gravar a obra completa de Berlioz com uma orquestra tipicamente britânica, perguntaram a ele porque os franceses não o fizeram, ele respondeu: os franceses não gostam de Berlioz.

Berlioz: Te Deum, Op. 22
I.Te Deum
II.Tibi omnes
III.Dignare
IV.Christe, rex gloriae
V.Te ergo quaesumus
VI.Judex crederis

London Symphony Orchestra & Chorus
Wandsworth School Boys´Choir
Franco Tagliavini, tenor
Nicolas Kynaston, organ
Sir Colin Davis

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Schubert & Schoenberg: Quinteto D. 956 e Noite Transfigurada

Schubert & Schoenberg: Quinteto D. 956 e Noite Transfigurada

Excelente interpretação da Noite de Schoenberg e um pouco de falta de charme no Schubert. É um problema. Sabe-se tocar bem o moderno mas depois entra duro demais no melodismo extremo de Schubby. Acho que assim dá para resumir este CD cuja estrela maior é a bela Janine Jansen. Mas o repertório é extraordinário. O Quintetão de Schubert é uma coisa e a Noite então?

Schubert & Schoenberg: Quinteto D. 956 e Noite Transfigurada

1. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 1. Sehr langsam (bar 1) 6:41
2. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 2. Breiter (bar 200) 6:27
3. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 3. Schwer betont (bar 201) 2:36
4. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 4. Sehr breit und langsam (bar 229) 9:40
5. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 5. Sehr ruhig (bar 370) 4:22

6. Schubert: String Quintet in C, D.956 – 1. Allegro ma non troppo 19:39
7. Schubert: String Quintet in C, D.956 – 2. Adagio 14:09
8. Schubert: String Quintet In C, D.956 – 3. Scherzo (Presto) – Trio (Andante sostenuto) 9:34
9. Schubert: String Quintet in C, D.956 – 4. Allegretto 9:49

Janine Jansen
Boris Brovtsyn
Amihai Grosz
Maxim Rysanov
Torleif Thedeen
Jens Peter Maintz

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Janine Jansen, Violine

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Feldman, Zimmermann, Schoenberg, Xenakis: Phantasy of Spring — Works for Violin and Piano

Um CD ouvido com pouca atenção por este que vos escreve. Mas acho que ele vale pelas obras de Zimmermann e Xenakis, assim como pelo lindo som extraído pela ruiva Carolin Widmann de seu violino. O repertório é raro, coerente e a ECM não costuma perder a viagem.

Aliás, vejo agora que o The Guardian elogiou muito o CD, conforme vocês podem ler a seguir:

Carolin Widmann follows her impressive survey of Schumann’s violin sonatas last year with something completely different and, in its own way, equally outstanding. These four 20th-century works for violin and piano are sharply contrasted from each other, too, and it’s a measure of Widmann’s excellence, and that of the pianist Simon Lepper, that they all ­receive performances of such idiomatic understanding. If Bernd Alois Zimmermann’s early, rather Bartók-like and ­Bartók-lite sonata is the least memorable of the pieces, Widmann presents the best case I’ve heard on disc for the ­communicative power of Schoenberg’s sometimes dry and forbidding Phantasy for violin with piano accompaniment. She makes light of the technical ­challenges of Xenakis’s rebarbative ­Dikthas, while at the other end of the postwar stylistic spectrum she and ­Lepper produce a beautifully voiced performance of Morton Feldman’s Spring of Chosroes. A very fine collection.

Feldman, Zimmermann, Schoenberg, Xenakis: Phantasy of Spring — Works for Violin and Piano

Morton Feldman
Spring of Chosroes, for violin and piano Work
1 Spring of Chosroes, for violin and piano 14:09

Bernd Alois Zimmermann
Sonate für Violine und Klavier
2 1.Sonata 4:32
3 2.Fantasia 5:39
4 3.Rondo 4:43

Arnold Schoenberg
5 Fantasy for Violin and Piano, Op.47 10:02

Iannis Xenakis
6 Dikhthas, for violin and piano 12:50

Carolin Widmann, violin
Simon Lepper, piano

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Carolin Widmann
Carolin Widmann. PQP Bach está, pessoalmente, em fase puramente violinística

PQP

Danças Antigas da Hungria

Danças Antigas da Hungria

Este CD é uma seleção de música antiga da Hungria, uma parte da Europa raramente incluída em coleções desse gênero. São peças incomuns, inusitadas, animadas e encantadoras, cada uma muito diferente das outras na textura e tom, interpretadas por instrumentos de época… Alguns bem estranhos. Um dos melhores discos de música antiga que ouvi nos últimos tempos. Ouvi-lo é como se você estivesse sentado com o Clemencic Consort numa pequena sala, cercado por um som muito rico e diferente.

Danças Antigas da Hungria

1. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Otodik Tancz
2. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Duch Pane swu Swatuny
3. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: U naseho Barty: (Erdelyi Hajdutanc: Chodila, chodila)
4. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Pro Clarinis XXIII & XXII
5. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Chorea hungarica: (Chorea Tancz)
6. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Pargamasca: (Corant, Sarabanda, Coranta, Gagliarda)
7. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Tantz: (Chorea Tantz, Ritka)
8. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: O Gloriosa Domina
9. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Alia chorea n 8: (Lopatkowany tanecz, Klobucky tanecz, Proportio, Alia chorea – Alia hungarica)
10. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Pro Clarinis III & XI
11. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Lapozskas tancz: (Tancz, Apor Lazar tancza)
12. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Olach tancz (1st part) – (Alia chorea, Alia polonica, Nerada robyla, Olach tancz (2nd part))

Clemencic Consort
Rene Clemencic

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René Clemencic
René Clemencic: bom menino

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Franz Schubert (1797-1828): Sonata para Piano Nº 14 / Momentos Musicais / Fantasia

Franz Schubert (1797-1828): Sonata para Piano Nº 14 / Momentos Musicais / Fantasia

Esta é uma gravação realizada na ex-URSS. Não tem som ruim em função disso, é claro, mas por ser certamente pirata (e odiamos piratas, como vocês bem sabem). Vocês sabem que aquele pequeno ser que era Schubert — 1,56 m — era uma fonte inesgotável de belas melodias e aqui ele dá mais uma tremenda demonstração disso sob as mãos deste monstro do piano que é Emil Gilels. Vale baixar, é óbio, apesar da baixa qualidade de som.

Franz Schubert (1797-1828): Sonata para Piano Nº 14 / Momentos Musicais / Fantasia

Piano Sonata 14 in A minor. Op. 143
01. I. Allegro Giusto (10:58)
02. II. Andante (4:51)
03. III. Allegro Vivace (4:59)

Moments musicaux. Op. 94
04. 1 in C major. Moderato (4:49)
05. 2 in A flat major. Andantino (6:25)
06. 3 in F minor. Allegretto moderato (1:54)
07. 4 in C sharp minor. Moderato (4:17)
08. 5 in F minor. Allegro vivace (1:51)
09. 6 in A flat major. Allegretto (7:12)

10. Fantasia in F minor. Op. 103 (17:26)

Emil Gilels, piano

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Emil Gilels: som ruim, excelente interpretação.
Emil Gilels: gravação ruim, excelente interpretação.

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Prokofiev: Piano Concerto no.3, Rachmaninov: Piano Concerto no.1 etc. Janis [link atualizado 2017]

Norman Lebrecht definiu a indústria da gravação de música clássica como “uma forma de arte”. E devo dizer que este CD é uma das pérolas desta arte.

A história da sua gravação foi uma novela épica: no auge da guerra fria, EUA e URSS procuraram compensar nas artes as dissimulações que viviam na política, e para manter certos protocolos de boa vizinhança, firmaram diversos acordos de cooperação cultural. Uma dessas foi a troca de músicos: solistas russos tocariam com orquestras nos EUA e orquestras americanas fariam tournées pelo soviete supremo. Consta que numa dessas, algum produtor bem louco teve a brilhante idéia de mandar um solista americano tocar Prokofiev e Rachmaninov na União Soviética, sob a batuta e acompanhamento de orquestra russa. De tão descabida, a ideia quase não saiu do papel, mas como as autoridades americanas acharam que seria interessante, e a gravadora iria lucrar com a polêmica, ficaram nada menos que 5 anos negociando quem, quando, onde e como seria feita a gravação. Para encurtar a história, a cortina de ferro finalmente autorizou, em 1962, Byron Janis e uma equipe de técnicos de gravação da Mercury a ir a Moscow gravar com Kirill Kondrashin regendo a filarmônica local. O resultado é surpreendente. Primeiro, como estavam sendo vigiados e não queriam revelar os segredos da gravação moderna aos sovièticos, levaram equipamento de gravação cinematográfico, e fizeram as matrizes em magnéticos perfurados de 35mm para cinema, dando à gravação uma sonoridade superior à qualquer outra da época. Segundo, para competir para ver quem era mais fiel à partitura, travaram uma espécie de disputa velada, e tanto Janis quanto a orquestra de Moscow fizeram uma performance pra lá de precisas. Parece que se ouve uma orquestra de câmara, de tão nítidos os sons dos instrumentos. Janis tinha uma intimidade muito grande com a obra de Prokofiev, e chegou a tocar este mesmo concerto quando veio ao Brasil na década de 80, razão pela qual ele arrancou elogios da crítica musical soviética, coisa quase surreal dado o contexto da situação. E, para mim, esta é a melhor leitura do concerto 3 de Prokofiev. Ever.

O CD ainda vem com outras obras para piano solo de Schumann, Prokofiev, Mendelssohn e Octavio Pinto (outra surpresa: compositor brasileiro, era o marido de Guiomar Novaes!), o que faz dele mais um item IMPERDÍVEL!

Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 1. Andante
Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 2. Theme & Variations
Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 3. Allegro Ma Non Troppo
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 1. Vivace
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 2. Andante
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 3. Allegro Vivace
Prokofiev: Toccata in D Minor, Op. 11
Schumann: Variations on a theme by Clara Wieck (“Quasi Variazioni”), Op. 5
Mendelssohn: Songs Without Words, Vol. 5, Op. 62 – 1. Andante Espressivo
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – Run, Run
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – March
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – Hobby-Horse

Byron Janis, piano
Kirill Kondrashin, Moscow Philharmonic Orchestra

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Tributo a Sir Colin Davis – Parte 1 [link atualizado 2017]

Eu realmente gosto de Colin Davis. Seu estilo honesto e requintado de reger deixou saudades. Sua leitura era sempre muito objetiva e pouco afetada; ademais, um sujeito que conseguia reger bem compositores tão díspares como Mozart e Stravinsky merece um bom crédito. Acho que foi um dos melhores de sua geração, e ela infelizmente está minguando sem deixar substitutos à altura. Uma pena.

De qualquer forma, graças a Deus que alguns loucos visionários do século XIX descobriram técnicas de registro sonoro, e, por conta disso, a gravação conseguiu fazer perpetuar algumas performances musicais que hoje nos enchem de deleite.

Uma delas é essa: a sinfonia Harold en Italie de Berlioz, pela batuta de Davis e o solo de Nobuko Imai. A obra em si já é curiosa: o mega popstar Paganini resolveu mostrar que era bom também na viola, e encomendou a alguns compositores obras com solo para este instrumento, entre eles Berlioz. Para ele, a escolha foi desastrosa; para o mundo da música, um tesouro. Berlioz nunca seria a pessoa mais indicada para escrever um concerto, já que o barato dele era – e sempre foi – escrever para orquestra. Aliás, Berlioz deve ser o único compositor que não tem nenhuma obra de câmara (até Bruckner tem!), e acabou escolhendo uma sinfonia descritiva sobre o personagem Byroniano Haroldo, sendo o dito representado pela viola. Paganini ficou furioso, pq a obra tinha pouco ou

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quase nada de passagens virtuosísticas (aqueles malabarismos musicais) que ele adorava apresentar, e nunca a tocou. E a sinfonia acabou sendo um sucesso berlioziano (se é que existe este termo), uma das mais hábeis e interessantes escritas para orquestra. Afinal, fazer uma grande orquestra berlioziana (gostei do termo) dialogar com uma viola, tem que saber onde se mete.

No mais, Davis gravou esta sinfonia outras vezes, a mais célebre tendo Menuhin como solista, mas eu sinceramente prefiro esta – não pelo solo, mas pela sonoridade da orquestra e da gravação. E Imai é um espetáculo à parte: uma japonesinha de meio metro de altura, mas que toca que é um gigante.

Esta gravação é de 1975, e foi lançada em CD pela Philips no Berlioz Complete Cycle em 1982. Vem, de lambuja, Tristia op.18 e o Preludio do III ato dos Troianos em Cartago. Como diz nosso amigo pqp, IMPERDÍVEL!

Berlioz: Harold en Italie, Tristia, Les Troyens Prélude

1 Harold en Italie, Op.16: 1. Harold aux montagnes (Adagio – Allegro)
2 Harold en Italie, Op.16: 2. Marche des Pèlerins (Allegretto)
3 Harold en Italie, Op.16: 3. Sérénade (Allegro assai – Allegretto)
4 Harold en Italie, Op.16: 4. Orgie des brigands (Allegro frenetico – Adagio – Allegro), Tempo I
5 Tristia, Op.18: 1. Méditation religieuse (after Thomas Moore)
6 Tristia, Op.18: 2. La mort d’Ophélie – Ballade (after Shakespeare)
7 Tristia, Op.18: 3. Marche funèbre pour la dernière scène d’Hamlet (Allegretto moderato)
8 Les Troyens à Carthage: Prélude à l’Acte II

Nobuko Imai, alto
Sir Colin Davis – London Symphony Orchestra

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Johann Pachelbel (1653-1706): Hexachordum Apollinis

Pachelbel é conhecido principalmente pelo seu Cânon, que até hoje recebe arranjos e abusos, sempre sobrevivendo aos mesmos. O compositor foi professor do irmão mais velho de meu pai, Johann Sebastian Bach, o qual, por sua vez, ensinou o irmão, que recebeu, assim, sua influência indireta. A música para órgão de Pachelbel é central em sia obra, incluindo 70 corais e 95 fugas.

E este CD é bastante bom, viram?

Johann Pachelbel (1653-1706): Hexachordum Apollinis

1 Chaconne in d
2 Hexachordum Apollinis: Aria Prima, in d
3 Hexachordum Apollinis: Aria Secunda, in e
4 Hexachordum Apollinis: Aria Tertia, in F
5 Hexachordum Apollinis: Aria Quarta, in g
6 Hexachordum Apollinis: Aria Quinta, in a
7 Hexachordum Apollinis: Aria Sexta, in f, ‘Aria Sebaldina’
8 Chaconne in f

John Butt, organ

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Pachelbel
Pachelbel

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Paul Hindemith (1895-1963): Quinteto, Quarteto, Sonata, todos para Clarinete, e 3 Peças Fáceis

Não pude fazer um bom trabalho de curadoria neste CD. Ouvi-o de longe, durante cerrada conversa com uma amiga no chat do Facebook. Mas, olha, desconheço composições de Hindemith que não sejam contrapontísticas e boas. Na verdade, deveria ouvir melhor o CD, mas como não temos previsão de outra postagem hoje, essa vai assim mesmo. A avaliação da crítica é muito positiva também. As composições são do final dos anos 30, melhor período de Hindemith. Também o Spectrum Concerts Berlin não costuma perder gols. Se fosse você, eu ouviria.

Paul Hindemith (1895-1963): Quinteto, Quarteto, Sonata,
todos para Clarinete, e 3 Peças Fáceis

1. Quartet for Clarinet and Piano Trio*: I. Massig bewegt 7:11
2. Quartet for Clarinet and Piano Trio*: II. Sehr langsam 9:41
3. Quartet for Clarinet and Piano Trio*: III. Massig bewegt 10:46

4. Clarinet Sonata: I. Massig bewegt 5:05
5. Clarinet Sonata: II. Lebhaft 3:01
6. Clarinet Sonata: III. Sehr langsam 7:42
7. Clarinet Sonata: IV. Kleines rondo, gemachlich 2:39

8. 3 Leichte Stucke: No. 1. Massig schnell, munter 1:10
9. 3 Leichte Stucke: No. 2. Langsam 2:48
10. 3 Leichte Stucke: No. 3. Lebhaft 2:07

11. Clarinet Quintet, Op. 30: I. Sehr lebhaft 2:04
12. Clarinet Quintet, Op. 30: II. Ruhig 7:11
13. Clarinet Quintet, Op. 30: III. Schneller Landler 5:48
14. Clarinet Quintet, Op. 30: IV. Arioso, sehr ruhig 3:03
15. Clarinet Quintet, Op. 30: V. Sehr lebhaft 2:14

Spectrum Concerts Berlin

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Hindemith borboleteando nos EUA
Hindemith: borboleteando no exílio norte-americano

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