IM-PER-DÍ-VEL !!!
Hoje é o dia dos 340 anos de nascimento do maior compositor de todos os tempos, do GOAT. Não poderíamos deixar a data passar em branco. Então, resolvemos partir para o ataque de uma forma diferente. Escolhemos um dos gêneros principais e mais esquecidos de sua obra. Pois o órgão é uma coisa tão fora de moda que a gente esquece que era o instrumento preferido de Bach. É imensurável o que se perde relegando as obras de Sebastião Ribeiro para órgão a um segundo ou terceiro plano. Reduzir sua obra para o instrumento à Toccata & Fuga em Ré Menor, BWV 565, deveria ser crime inafiançável.
As obras para órgão de Johann Sebastian Bach representam um dos pilares da música ocidental e são essenciais tanto para a música sacra e secular quanto para a evolução da técnica e do repertório do instrumento. Bach, que foi um virtuose do instrumento, assim como outro grande compositor, Bruckner, além de profundo conhecedor da construção e da sonoridade do órgão. Compôs uma vasta coleção de peças que abrangem diferentes formas e estilos, consolidando o instrumento como um veículo para expressão artística, espiritualidade e inovação técnica. Bach não apenas dominou as formas tradicionais da música para órgão, como o prelúdio, a fuga e o coral, mas também expandiu os limites do instrumento em termos de harmonia, contraponto e uso do pedal. Sua música exige do organista uma grande destreza técnica e uma compreensão profunda das texturas polifônicas. Muitas das obras para órgão de Bach foram compostas para o contexto da igreja luterana, servindo como acompanhamento para o culto e reforçando a conexão entre música e fé. Seus prelúdios corais e fantasias sobre corais são exemplos de como ele transformava melodias religiosas simples em peças de profunda expressividade e complexidade contrapontística. Bach escreveu diversas obras que se tornaram marcos na literatura para o órgão, incluindo a Tocata e Fuga em Ré Menor, BWV 565 (uma das peças mais conhecidas da música ocidental, famosa pelo impacto dramático e virtuosismo), vários Prelúdios e Fugas para órgão (obras que exploram o contraponto e a riqueza harmônica do instrumento), a Passacaglia e Fuga em Dó Menor, BWV 582 (uma das mais impressionantes variações sobre um baixo ostinato, demonstrando o domínio estrutural de Bach). A música para órgão de Bach influenciou gerações de compositores, de Mendelssohn a Reger e até no desenvolvimento da música romântica e contemporânea para o instrumento. Sua abordagem técnica e expressiva continua sendo uma referência para organistas e um desafio fascinante para intérpretes até hoje. As obras para órgão de Bach são uma síntese da genialidade musical barroca, combinando estrutura rigorosa, profundidade emocional e um domínio absoluto do instrumento. Elas não apenas marcaram a história da música, mas deveriam seguir vivas em concertos e celebrações litúrgicas ao redor do mundo, reafirmando a atemporalidade do seu legado.
Helmut Walcha (1907 – 1991) foi um organista , cravista, professor e compositor alemão especializado nas obras dos mestres barrocos holandeses e alemães. Cego desde a adolescência, ele é conhecido principalmente por esta série que ora vos posto, tocada inteiramente de memória. Nascido em Leipzig, Walcha ficou cego aos 19 anos após vacinação contra varíola. Apesar de sua deficiência, ele entrou no Conservatório da cidade e se tornou assistente de Günther Ramin na Thomaskirche (posição ocupada pelo próprio Bach). Em 1929, Walcha aceitou uma posição em Frankfurt na Friedenskirche e permaneceu lá pelo resto de sua vida. De 1933 a 1938, ele lecionou no Conservatório Hoch. Em 1938, foi nomeado professor de órgão na Musikhochschule em Frankfurt e organista da Dreikönigskirche em 1946. Ele se aposentou das apresentações públicas em 1981 e morreu em Frankfurt. Walcha gravou as obras completas para teclado solo de Bach duas vezes, uma vez em mono (1947–52) e novamente em estéreo de 1956 a 1971. O primeiro ciclo (mono) foi remasterizado digitalmente e relançado como um conjunto de 10 CDs em caixa. Este último ciclo estéreo (lançado em 10/09/2001) foi remasterizado e relançado em uma caixa de 12 CDs — a mesma deste post. Esta edição também contém a gravação de sua própria conclusão da última peça de A Arte da Fuga.
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Bach, Handel e Scarlatti nasceram em 1685. Handel em 23 de fevereiro, Bach em 21 de março, Scarlatti em 26 de outubro.
São três gigantes e o fato de terem nascido no mesmo ano já é coincidência suficiente. Bem que Rameau (1683) e Vivaldi (1678) poderiam ter esperado. Bem, mas isso talvez mudasse bastante a história da música, pois Bach foi muito influenciado pelo Prete Rosso (Padre Ruivo).
Vamos procurar mais coisas em comum entre nosso grande trio de compositores? O trio de 1685 foram figuras centrais do período barroco, contribuindo significativamente para a história e o repertório da arte musical e de meu período musical preferido, o barroco. Cada um à sua maneira e segundo o ambiente em que viveu, os três moldaram a estética e as técnicas musicais da época. Bach ficou conhecido tanto por suas obras sacras, quanto por sua música instrumental, incluindo aí obras que poderíamos chamar de conceituais. Handel tem sua música instrumental, mas destacou-se muito mais nas óperas e nos oratórios, enquanto Scarlatti foi um pioneiro da sonata para teclado, especialmente no cravo. Por obrigações empregatícias escreveu mais de 500 sonatas para cravo.
Outro ponto em comum entre eles é a influência italiana. O napolitano Scarlatti naturalmente não ficaria livre dela e incorporou o estilo italiano em suas obras, claro. O super estudioso Bach estudou e adaptou técnicas italianas, especialmente de Vivaldi, em suas composições. E Handel, alemão como Bach, passou boa parte de sua carreira na Itália e na Inglaterra, absorvendo e transformando o estilo italiano em suas óperas e oratórios. Aliás, as Cantatas Italianas de Handel, escritas em sua juventude na Itália, são esplêndidas!
Mas há mais. Bach, Handel e Scarlatti eram todos exímios tecladistas. Bach era respeitadíssimo como organista e cravista, Handel destacou-se como cravista, e Scarlatti foi um dos maiores virtuoses do instrumento em sua época. Suas obras para teclado continuam sendo pilares do repertório até hoje.
Aparentemente, os três nunca se encontraram pessoalmente, mas há várias lendas e talvez uma tentativa real de encontro. A principal lenda: Handel e Scarlatti supostamente competiram em um “duelo” de cravo em Roma, onde a turma do deixa disso declarou Scarlatti superior ao cravo e Handel no órgão. Um empate real ou arranjado? Enquanto eles duelavam, Bach devia estar bebendo cerveja ou brigando com seus empregadores, mas era um admirador de Handel e diz-se que tentaram entrar em contato, sem sucesso.
Como já disse, os três compositores trabalharam tanto com música sacra quanto profana. Bach é conhecido por suas obras sacras e também pela secular. Handel equilibrou óperas e oratórios, ficando mais na área da música vocal. Já Scarlatti foi muito mais focado na música instrumental, mas também compôs obras vocais sacras.
Outra coincidência é que os três morreram em um intervalo relativamente curto de tempo: Scarlatti em 1757, Handel em 1759 e Bach em 1750. Dá pra dizer que a período barroco é finalizado com suas mortes.
A última coincidência é triste e exclui Scarlatti. Bach e Handel, quando velhos, passaram a sofrer de catarata e foram operados por John Taylor (1703–1770). Pois bem, este médico charlatão britânico — doutor em autopromoção — cegou Bach e Handel, entre muitos outros. Taylor era um notório farsante. Ambos os compositores estavam com dificuldades de visão, mas depois das “cirurgias” de Taylor, ficaram irremediavelmente cegos. Taylor é famoso. Pesquisem.
Mas hoje é dia do nascimento de Bach. E pergunto: afinal, Bach nasceu em 21 ou 31 de março de 1685? No dia 21. Vamos falar de 1582? Naquele ano, o calendário gregoriano foi introduzido em alguns países da Europa, não em todos. A Itália, a Espanha, Portugal e a Polônia, os mais católicos, aceitaram a mudança ditada pela igreja, o resto não. Só depois é que todos os outros países aderiram. O 21 de março de 1685 da Alemanha não era o mesmo 21 de março de 1685 na Itália, Espanha etc. Havia 10 dias de diferença. O dia em que Bach nasceu foi “chamado” de 21 de março na Alemanha, onde eles ainda estavam usando o calendário juliano. Mas Bach nasceu num 31 de março, considerando o calendário que todos usam hoje, o gregoriano. O que vale? Ora, segundo os historiadores, vale o que está escrito lá na igreja onde Johann Sebastian Bach foi registrado. Vale o 21 de março. Perguntem ao Francisco Marshall que ele confirmará.
Da mesma forma, é muitas vezes dito que Shakespeare e Cervantes morreram exatamente no mesmo dia, 23 de abril de 1616. A rigor, não é verdade. As mortes foram separadas por 10 dias. A de Shakespeare ocorreu em 23 de abril de 1616 (juliano), que equivalente hoje a 3 de maio (gregoriano). A de Cervantes aconteceu no dia 23 gregoriano. Mas os historiadores dizem que o que vale é o que está escrito, então ambos morreram em 23 de abril, mas com uma diferença de dez dias. Então, eles morreram no mesmo dia, mas não ao mesmo tempo… Vá entender!
O que é certo é que podemos comemorar o(s) aniversário(s) de Bach, nosso maior ídolo, com (muita) cerveja. Bach a amava e era também uma questão de segurança, de saúde. Dizem que ele a produzia em quantidades industriais em sua própria casa. Mas esta é uma história pra a gente resolver pessoalmente, né?
J. S. Bach (1685-1750): Integral das Obras para Órgão (12 CDs – Walcha)
Toccata & Fugue In D Minor, BWV 565
1-1 Toccata: Adagio 2:38
1-2 Fuge 6:52
Toccata & Fugue In F Major, BWV 540
1-3 Toccata 9:33
1-4 Fuge 5:39
Toccata & Fugue BWV 538 ”Dorian”
1-5 Toccata 6:04
1-6 Fuge 7:08
Toccata, Adagio And Fugue In C Major, BWV 564
1-7 Toccata 5:24
1-8 Adagio 4:36
1-9 Fuge 5:11
Fantasia & Fugue In G Minor, BWV 542
1-10 Fantasia 6:11
1-11 Fuge 6:48
2-1 Fantasia In C Minor, BWV 562 4:40
Passacaglia & Fugue In C Minor, BWV 582
2-2 Passacaglia 7:55
2-3 Thema Fugatum 5:48
2-4 Fantasia In G Major, BWV 572 8:52
Fantasia & Fugue In C Minor, BWV 537
2-5 Fantasia 4:36
2-6 Fuga 4:23
Prelude & Fugue In E Minor, BWV 548
2-7 Praeludium 6:56
2-8 Fuga 7:43
Prelude & Fugue In C Major, BWV 547
2-9 Praeludium 5:02
2-10 Fuga 5:30
Prelude & Fugue In G Major, BWV 541
2-11 Praeludium 3:17
2-12 Fuga 5:25
Prelude & Fugue in B minor, BWV 544
3-1 Praeludium 6:56
3-2 Fuga 6:51
Prelude & Fugue In F Minor, BWV 534
3-3 Praeludium 4:32
3-4 Fuga 5:17
Prelude & Fugue In C Minor, BWV 546
3-5 Praeludium 6:58
3-6 Fuga 5:48
Prelude & Fugue In A Minor, BWV 543
3-7 Praeludium 4:03
3-8 Fuga 7:24
Trio Sonata No.1 In E Flat Major, BWV 525
3-9 1. (Allegro) 3:13
3-11 2. Adagio 5:39
3-12 3. Allegro 4:22
Trio Sonata No.6 In G Major, BWV 530
3-12 1. Vivace 4:25
3-13 2. Lento 5:09
3-14 3. Allegro 4:11
Trio Sonata No.2 In C Minor, BWV 526
4-1 1. Vivace 3:58
4-2 2. Largo 3:35
4-3 3. Allegro 4:42
Trio Sonata No.3 In D Minor, BWV 527
4-4 1. Andante 4:41
4-5 2. Adagio E Dolce 5:39
4-6 3. Vivace 3:59
Trio Sonata No.4 In E Minor, BWV 528
4-7 1. Adagio – Vivace 2:42
4-8 2. Andante 4:41
4-9 3. Un Poco Allegro 2:54
Trio Sonata No.5 In C Major, BWV 529
4-10 1. Allegro 5:26
4-11 2. Largo 5:39
4-12 3. Allegro 4:10
Prelude & Fugue In C Major, BWV 545
4-13 Praeludium 2:04
4-14 Fuga 3:58
Prelude & Fugue In A Major, BWV 536
4-15 Praeludium 1:58
4-16 Fuga 4:30
Prelude & Fugue In C Major, BWV 531
5-1 Praeludium 2:26
5-2 Fuga 4:23
Prelude & Fugue In E Minor, BWV 533
5-3 Praeludium 1:59
5-4 Fuga 2:22
Prelude & Fugue In D Major, BWV 532
5-5 Praeludium 4:33
5-6 Fuga 6:07
Prelude & Fugue In G Major, BWV 550
5-7 Praeludium 2:32
5-8 Fuga 4:17
Prelude & Fugue In D Minor, BWV 539
5-9 Praeludium 2:19
5-10 Fuga 5:39
Prelude & Fugue In A Minor, BWV 551
5-11 Praeludium 2:08
5-12 Fuga 3:15
5-13 Fugue On A Theme By Giovanni Legrenzi In C Minor, BWV 574
Composed By [Theme] – Giovanni Legrenzi
7:35
5-14 Fugue On A Theme By Arcangelo Corelli In B Minor, BWV 579
Composed By [Theme] – Arcangelo Corelli
5:52
Prelude & Fugue In G Minor, BWV 535
6-1 Praeludium 3:11
6-2 Fuga 4:27
6-3 Fugue In G Minor, BWV 578 4:07
6-4 Pastorale In F Major, BWV 590 12:17
6-5 Canzona In D Minor, BWV 588 6:00
6-6 Allabreve In D Major, BWV 589 4:50
Four Duettos From “Part III Of The Clavier-Übung”
6-7 Duetto I In E Minor, BWV 802 3:11
6-8 Duetto II In F Major, BWV 803 4:00
6-9 Duetto III In G Major, BWV 804 3:07
6-10 Duetto IV In A Minor, BWV 805 3:05
6-11 Contrapuntcus 18 In D Minor, From “The Art Of The Fugue”, BWV 1080
Composed By [Completed by] – Helmut Walcha
10:37
Orgelbüchlein BWV 599-644
7-1 Nun Komm, Der Heiden Heiland BWV 599 1:48
7-2 Gott, Durch Deine Güte BWV 600 1:10
7-3 Herr Christ, Der Ein’ge Gottes Sohn BWV 601 1:56
7-4 Lob Sei Dem Allmächtigen Gott BWV 602 0:50
7-5 Puer Natus In Bethlehem BWV 603 1:01
7-6 Gelobet Seist Du, Jesu Christ BWV 604 1:25
7-7 Der Tag, Der Ist So Freudenreich BWV 605 1:46
7-8 Vom Himmel Hoch, Da Komm Ich Her BWV 606 0:40
7-9 Vom Himmel Kam Der Engel Schar BWV 607 1:09
7-10 In Dulci Jubilo BWV 608 1:41
7-11 Lobt Got, Ihr Christen, Allzugleich BWV 609 0:51
7-12 Jesu, Meine Freude BWV 610 2:41
7-13 Christum Wir Sollen Loben Schon BWV 611 2:01
7-14 Wir Christenleut BWV 612 1:25
7-15 Helft Mir, Gottes Güte Preisen BWV 613 1:05
7-16 Das Alte Jahr Vergangen Ist BWV 614 2:12
7-17 In Dir Ist Freude BWV 615 2:49
7-18 Mit Fried Und Freud Ich Fahr Dahin BWV 616 2:21
7-19 Herr Gott, Nun Schleuß Den Himmel Auf BWV 617 2:29
7-20 O Lamm Gottes, Unschuldig BWV 618 3:54
7-21 Christe, Du Lamm Gottes BWV 619 1:27
7-22 Christus, Der Unst Selig Macht BWV 620 2:19
7-23 Da Jesus An Dem Kreuze Stund BWV 621 1:26
7-24 O Mensch, Bewein’ Dein’ Sünde Groß BWV 622 4:34
7-25 Wir Danken Dir, Herr Jesu Christ BWV 623 1:13
7-26 Hilf Gott, Daß Mir’s Gleinge BWV 624 1:33
7-27 Christ Lag In Todesbanden BWV 625 1:18
7-28 Jesus Christus, Unser Heiland BWV 626 1:00
7-29 Christ Ist Erstanden BWV 627 4:16
7-30 Erstanden Ist Der Heil’ge Christ BWV 628 0:43
7-31 Ercheinen Ist Der Herrliche Tag BWV 629 1:10
7-32 Heut’ triumphiert Gottes Sohn BWV 630 1:32
7-33 Komm, Gott Schöpfer, Heiliger Geist BWV 631 0:53
7-34 Herr Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend BWV 632 1:10
7-35 Liebster Jesu, Wir Sind Hier BWV 633 1:50
7-36 Dies Sind Die Heil’gen Zehn Gebot BWV 635 1:26
7-37 Vater Unser Im Himmelreich BWV 636 1:30
7-38 Durch Adams Fall Ist Ganz Verderbt BWV 637 2:04
7-39 Es Ist Das Heil Uns Kommen Her BWV 638 1:06
7-40 Ich Ruf’ Zu Dir, Herr Jesu Christ BWV 639 2:11
Orgelbüchlein (cont.)
8-1 In Dich Hab Ich Gehoffet, Herr BWV 640 1:08
8-2 Wenn Wir In Höchsten Nöten Sein BWV 641 1:47
8-3 Wer Nur Den Lieben Gott Läßt Walten BWV 642 2:06
8-4 Alle Menschen Müssen Sterben BWV 643 1:34
8-5 Ach Wie Nichtig, Ach Wie Flüchtig BWV 644 0:51
Chorale Settings
8-6 Herr Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend BWV 709 2:53
8-7 Herzlich Tut Mich Verlangen BWV 727 2:18
Part III Of The Clavier-Übung (“Organ-Mass”)
8-8 Prelude In E Flat Major, BWV 552/1 9:26
Chorale Settings
8-9 1. Kyrie, Gott Vater In Ewigkeit BWV 669 3:05
8-10 2. Christe, Aller Welt Trost BWV 670 4:01
8-11 3. Kyrie, Gott Heiliger Geist BWV 671 4:36
8-12 4. Kyrie, Gott Vater In Ewigkeit BWV 672 1:32
8-13 5. Christe, Aller Welt Trost BWV 673 1:20
8-14 6. Kyrie, Gott Heiliger Geist BWV 674 1:26
8-15 7. Allein Gott In Der Höh Sei Ehr BWV 675 3:21
8-16 8. Allein Gott In Der Höh Sei Ehr BWV 676 4:56
8-17 9. Fughetta Super: Allein Gott In Der Höh Sei Ehr BWV 677 1:10
8-18 10. Dies Sind Die Heil’gen Zehen Gebot BWV 678 4:31
8-19 11. Fughetta Super: Dies Sind Die Heil’gen Zehen Gebot BWV 679 2:11
8-20 12. Wir Glauben All An Einen Gott BWV 680 3:25
8-21 13. Fughetta Super: Wir Glauben All An Einen Gott BWV 681 1:14
8-22 14. Vater Unser Im Himmelreich BWV 682 6:22
8-23 15. Vater Unser Im Himmelreich BWV 683 1:41
9-1 16. Christ Unser Herr Zum Jordan Kam BWV 684 5:22
9-2 17. Christ Unser Herr Zum Jordan Kam BWV 685 1:14
9-3 18. Aus Tiefer Not Schrei Ich Zu Dir BWV 686 5:26
9-4 19. Aus Tiefer Not Schrei Ich Zu Dir BWV 687 4:32
9-5 20. Jesus Christus, Unser Heiland BWV 688 4:32
9-6 21. Fuga Super: Jesus Christus, Unser Heiland BWV 689 3:58
9-7 Fugue In E Flat Major, BWV 552/2 7:25
Chorale Settings
9-8 Fuga Sopra Il Magnificat BWV 733 4:36
9-9 Nun Freut Euch, Lieben Christen G’mein, Oder: Es Ist Gewißlich An Der Zeit BWV 734 2:22
9-10 Fuga Sopra: Vom Himmel Hoch, Da Komm Ich Her BWV 700 2:23
Canonic Varietions On The Christmas Hymn “Vom Himmel Hoch, Da Komm Ich Her” BWV 769
9-11 Variatio 1: Nel Canone All’ottava 1:29
9-12 Variatio 2: Alio Modo, Nel Canone Alla Quinta 1:26
9-13 Variatio 3: Canone Alla Settima 2:20
9-14 Variatio 4: Per Augmentationem, Nel Canone All’ottava 2:51
9-15 Variatio 5: L’altra Sorte Del Canone Al Rovescio: 1) Alla Sesta, 2) Alla Terza, 3) Alla Seconda E 4) Alla Nona 3:00
Vom Himmel Hoch, Da Komm Ich Her, Bwv 769
9-16 Chorale “An Wasserflüssen Babylon” BWV 653b 4:51
9-17 Chorale Setting “Valet Will Ich Dir Geben” BWV 736 4:09
Eighteen Chorales Of Diverse Kinds
10-1 1. Fantasia Super: Komm, Heiliger Geist BWV 651 6:01
10-2 2. Komm, Heiliger Geist BWV 652 6:48
10-3 3. An Waserflüssen Babylon BWV 653 5:11
10-4 4. Schmücke Dich, O Liebe Seele BWV 654 7:32
10-5 5. Trio Super: Her Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend BWV 655 3:57
10-6 6. O Lamm Gottes, Unschuldig (3 Versus) BWV 656 8:00
10-7 7. Nun Danket Alle Gott BWV 657 4:41
10-8 8. Von Gott Will Ich Nicht Lassen BWV 658 3:07
10-9 9. Nun Komm, Der Heiden Heiland BWV 659 3:43
10-10 10. Trio Super: Nun Komm, Der Heiden Heiland BWV 660 3:20
10-11 11. Nun Komm, Der Heiden Heiland BWV 661 2:56
10-12 12. Allein Gott In Der Höh Sei Ehr BWV 662 5:26
10-13 13. Allein Gott In Der Höh Sei Ehr BWV 663 7:23
10-14 14. Trio Super: Allein Gott In Der Höh Sei Ehr BWV 664 5:16
11-1 15. Jesus Christus, Unser Heiland BWV 665 4:45
11-2 16. Jesus Christus, Unser Heiland BWV 666 3:12
11-3 17. Komm, Gott Schöpfer, Heiliger Geist BWV 667 2:28
11-4 18. Vor Deinen Thron Tret Ich Hiermit BWV 668/668a 4:04
Six Chorales Of Diverse Kinds (“Schübler” Chorales)
11-5 1. Wachet Auf, Ruft Uns Die Stimme BWV 645 4:11
11-6 2. Wo Soll Ich Fliehen Hin, Oder: Auf Meinem Lieben Gott BWV 646 2:03
11-7 3. Wer Nur Den Lieben Gott Läßt Walten BWV 647 3:10
11-8 4. Meine Seele Erhebet Den Herrn BWV 648 1:52
11-9 5. Ach, Bleib Bei Uns, Herr Jesu Christ BWV 649 3:06
11-10 6. Kommst Du Nun, Jesu, Vom Himmel Herunter BWV 650 3:29
11-11 Chorale Partita “Sei Gegrüßet, Jesu Gütig” BWV 768 20:41
The Art Of Fugue In D Minor, BWV 1080
11-12 1. Contrapunctus 1 3:47
11-13 2. Contrapunctus 2 3:11
11-14 3. Contrapunctus 3 3:18
11-15 4. Contrapunctus 4 5:28
11-16 5. Contrapunctus 5 4:15
12-1 6. Contrapunctus 6, A 4, In Stylo Francese 4:12
12-2 7. Contrapunctus 7, A 4, Per Augmentationem Et Diminutionem 3:57
12-3 8. Contrapunctus 8, A 3 6:36
12-4 9. Contrapunctus 9, A 4, Alla Duodecima 4:15
12-5 10. Contrapunctus 10, A 4, Alla Decima 4:14
12-6 11. Contrapunctus 11, A 4 7:35
12-7 12. (15.) Canon Alla Ottava 3:02
12-8 13. (17.) Canon Alla Duodecima In Contrapuncto Alla Quinta 2:28
12-9 14. (16.) Canon Alla Decima In Contrapuncto Alla Terza 4:47
12-10 15. (14.) Canon Per Augmentationem In Contrario Motu 4:08
12-11 16. (13.) Contrapunctus, A 3 -rectus 2:52
12-12 16. (13.) Contrapunctus, A 3 -inversus 2:52
12-13 17. (12.) Contrapunctus, A 4 -rectus 3:04
12-14 17. (12.) Contrapunctus, A 4 -inversus 3:02
12-15 18. Fuga A 4 Soggetti (unfinished) 8:42
Helmut Walcha, órgão

PQP

Estava com saudades deste disco onde Egberto passa uma régua em suas composições até 1987. Tudo num disco solo, com ar de sarau caseiro e competência de clube de jazz americano ou londrino. Claro que é uma enorme redução e ninguém deve pensar que passa a conhecer o Egberto pré 1987 ouvindo Alma. Aquele foi um período tão criativo que Alma é uma passadinha pelos momentos mais curtos e melódicos do compositor. Por exemplo, como incluir em Alma o notável e irrepetível Dança das Cabeças? E todos as variações que resultaram em memoráveis discos da ECM? Bem, mas para quem quer conhecer um pouco ou lembrar Egberto, Alma é excelente.
Orfeu e Eurídice de Gluck é uma obra venerável e importante. Esta é uma bela versão da ópera. Trata-se de uma das primeiras óperas a manterem seu lugar no repertório. Seu compositor, Christoph Willbald Gluck (1714-1787), foi um dos verdadeiros revolucionários da música. Ele mudou o caráter da ópera de um veículo para exibições floridas de vocalistas para um drama no qual a música iluminava e fazia uma parceria com o texto. As três óperas revolucionárias de Gluck, Orfeu, Alceste e Paris e Helena foram escritas em Viena de 1762-1770 em estreita colaboração com o libertista, Ranieri d’Calabigi, em uma das colaborações mais movimentadas da história da música. Dessas três óperas, a mais conhecida de longe é Orfeu e Eurídice, escrita pela primeira vez em 1762.
Homenageamos com essa postagem o maior acordeonista brasileiro, Severino Dias de Oliveira, o Sivuca. Ficou mundialmente conhecido por seus arranjos e por seu dom ao tocar a sanfona, foi cultuado por fãs e instrumentistas, entretanto, nesse disco, felizmente, Sivuca deixou também sua voz gravada em algumas faixas. Participação de Fagner na faixa “No tempo dos quintais”, de Glorinha Gadelha na faixa “Macho e fêmea”, ambas composições de autoria do Sivuca em parceria com Paulinho Tapajós e participação especial de Clara Nunes na faixa “Estrela guia”, de Sivuca e Paulo César Pinheiro. Arranjos e regência de Sivuca, produção de Sivuca, Glórinha Gadelha e Talmo Scaranari, entre sambas e músicas instrumentais, uma obra prima, destaque para “Te pego na mentira” de Sivuca e Glorinha Gadelha.
Gravação de 1988. Eu tinha esta gravação em fita cassete… Jansons voltou a gravar esta Sinfonia com o Concertgebouw e o fez ainda melhor. Mas aqui nós temos a célebre orquestra de Leningrado, o que sempre dá arrepios em velhos comunas. Em 1988, eles ainda eram muito a orquestra de Mravinsky — ele se aposentou em 1988 depois de liderá-los com mão de ferro por cinquenta anos. O letão Jansons chegou ao pódio quase por direito de nascença. Seu pai, Arvids, tinha sido “maestro substituto” da orquestra atrás de Mravinsky e Sanderling. Mas Mariss, com 45 anos, não era um maestro jovem e inexperiente, e nasceu para isso. Aqui, tudo é vivacidade. Os músicos estão animados e o som é visceral. Como de costume para Leningrado, o som é o de estar na plateia, não somos jogados no meio da orquestra. Jansons não herdou a Filarmônica de Leningrado, nem seu pai, que morrera antes, em 1984. Essa honra coube ao grande Yuri Temirkanov, cuja gravação da Quinta pela RCA é um arraso. A 5ª simplesmente não tem momentos fracos. É uma tremenda sinfonia!




No ano passado, quando Bruckner completava 200 anos de nascimento, enchemos nosso blog com suas sinfonias. E, rapazes, este lançamento de 2024 da Hänssler é realmente muito bom, deveria estar lá no tsunami de Bruckner. O menino Schaller é um especialista no compositor. Schaller faz os dois primeiros movimentos mais rápidos do que a maioria, embora ele alivie tanto para o Scherzo quanto para o final; Solti, por exemplo, na gravação de 1992, é quase um minuto e mais de dois minutos mais rápido, respectivamente, nos dois últimos movimentos. E eu amo os dois últimos movimentos desta sinfonia. O demoníaco Scherzo atinge o alvo e eu gosto de ouvir a coda triunfante vibrantemente executado como aqui. O final também está perfeito. Podem se atirar porque esta é uma excelente gravação de uma grande música.



IM-PER-DÍ-VEL !!!

Esta coleção de sonatas para violino solo de Ysaÿe, mostra um desempenho impressionante de algumas das músicas mais difíceis do repertório erudito. Os modelos reconhecíveis de Ysaÿe foram Bach e Paganini, mas sua inspiração veio alegadamente de seis amigos e colegas a cujas sonatas são dedicadas e especialmente concebidas para seus dons interpretativos. Ysaÿe era violinista, claro, e derramou sobre estas sonatas seu conhecimento do violino e de seus recursos. Mas é também é música de primeira linha. Thomas Zehetmair recupera a tais músicas num grande CD que existe graças à ECM. Destaque para a Sonata Nº 2, onde o autor ter realiza uma brilhante “desconstrução” de uma Sonata de Bach para o mesmo instrumento solo. Este grande CD foi “Editor’s Choice” da Gramophone. Não deixe de conferir.



Gostava muito, mas no ano passado ouvi a Sinfonia Nº 7 de Mahler e tinha achado só mais ou menos. O que houve? Bem, agora botei a versão do Bernard Haitink com o Concertgebouw e, céus, que maravilha. Uma abordagem compreensiva e uma boa concepção são tudo! As duas canções da noite (Nachtmusik) estão muito sedutoras. A primeira das duas foi inspirada pela “Ronda Noturna”, de Rembrandt e a segunda é muito amorosa. O Scherzo é de verdade. O bandolim do Andante amoroso é ouvir ajoelhado. Se não me engano, Haitink gravou três vezes a sétima (1971, 83 e 95, as duas primeiras com o Concertgebouw). Estou ouvindo a versão de 1983.
Buenas, Alberto Lizzio novamente. Mais uma boa gravação com o maestro fictício criado por Alfred Scholz. Ou vi o CD com maior má vontade, mas ele me venceu. Não é nada de extraordinário, mas, contrariamente a Bolsonaro, Trump e outros mentirosos, passou pelo PQP Quality Control. Não que este seja muito rigoroso, somos mais fáceis do que muito(a) prostituto(a). Boa orquestra (qual será?), bons solistas dos quais não verifiquei a veracidade, enfim, um CD que dá para ouvir e que posto numa sexta-feira quentíssima — verdadeiramente insuportável — na cidade de Porto Alegre. Por falar nisso, ontem (06/02/2025), Trump cancelou US$ 4 bilhões para fundo climático da ONU. Mas, fiquem tranquilos, está tudo sob controle.
IM-PER-DÍ-VEL !!!
Um bom disco de algumas das “mais famosas” sinfonias de Haydn. Não digo “das melhores” porque, cada vez que penetro nas entranhas deste populoso mundo, encontro mais e mais joias. A 83 é a segunda sinfonia de Paris. As sinfonias de Paris são um grupo de seis sinfonias de Haydn encomendadas pelo Conde D’Ogny. A partir de 11 de janeiro de 1786, as chamadas Sinfonias de Paris (82-87) foram executadas na Salle des Gardes du Corps das Tulherias, conduzidas pelo regente, violinista e compositor africano Saint-Georges. Já as 
Um excelente CD. Não apenas pela grande música de Schütz, mas pelo trabalho de Jacobs. Como estou absolutamente sem tempo hoje, lá vão duas notícias biográficas de Schütz encontradas na rede:
As duas primeiras faixas deste disco pertencem àquele irritante grupo de obras de Mozart que parecem mais adequadas às caixinhas de música. Depois, a coisa ganha profundidade — diria enorme profundidade, até — e o CD de Anne Queffélec fica espetacular. A gente gosta é de drama e sangue, Anne e Wolfgang! A gente somos viscerais, sacou? A elegância e a articulação fluida da pianista nascida em Paris torna-a digna de seus professores Alfred Brendel, Jorg Demus e Paul Badura-Skoda. A interpretação que Queffélec dá às duas Fantasias e à Sonata são algo para ficar morando no coração da gente.


01 – Kyrie
01 – Kyrie
Bernd Alois Zimmermann tem sua maior obra em Requiem für einen jungen Dichter (Réquiem para um jovem poeta, 1967-69), uma estupenda realização escrita para três coros, soprano e baixo, que literalmente conversam entre si — sim, membros dos coros agem como atores –, órgão, gravações com sons de rua, um jazz combo e uma enorme orquestra. Trabalhando com uma multiplicidade de textos, Zimmermann tinha inicialmente planejado utilizar apenas textos de poetas suicidas, como, por exemplo, Vladimir Maiakovski. Porém, Zimmermann, vivendo a ebulição revolucionária do maio de 68 e o início do Baader-Meinhof na Alemanha, abriu-se a todos os tipos de fontes orais em múltiplos idiomas. Discursos políticos, passagens da Vulgata Latina, vozes de presidente Mao, Hitler e até mesmo “Hey Jude”, dos Beatles participam da obra. Zimmermann acabou construindo não apenas um poderoso réquiem dirigido aos poetas que de matam, mas para o próprio século XX e sua crise cultural.

Este é um disco de obras menores de Mozart. Nada aqui vai provocar sentimentos sublimes, mas algumas risadas vão ocorrer quando você ouvir Ein Musikalischer Spaß (Uma Piada Musical). O restante do CD é agradável. com destaque para os duos para trompas. Uma Piada Musical (em alemão: Ein musikalischer Spaß) K. 522, diversão para duas trompas em Fá e quarteto de cordas, é uma composição de Mozart cujo propósito é satírico. Suas gafes harmônicas e rítmicas servem para parodiar o trabalho de compositores amadores. Spaß não conota necessariamente o jocoso, para o qual a palavra Scherz provavelmente seria usada. Na opinião de Fritz Spiegl , uma tradução mais precisa seria Um Divertimento Musical. Outros apelidos às vezes mencionados são Dorfmusikantesextett (Sexteto dos músicos da aldeia) e Bauernsinfonie (Sinfonia dos fazendeiros) foram adicionados após a morte de Mozart.
Pura alegria. Este registro que foi relançado a baixo preço é uma pequena joia mozartiana que fez minha vizinha perguntar: “Qual era a música maravilhosa que tocaste ontem? Adorei!”. Dei uma bela explicação, ofereci uma cópia e ela aceitou. Deixo vocês utilizarem a gravação para o findi de vocês, OK? Fora de brincadeira, bom disco. A música é a do Mozart jovem, ainda sem a profundidade da maturidade. Como você esperaria de Mozart inicial — uma cascata de melodias que fluirá pela sua mente muito depois que os músicos terminarem. Ousadia leve, brilhante e alegre. A orquestra de Koopman está perfeita nesses divertimenti que à primeira vista, parecem simples, mas que mostram apenas como Mozart faz tudo parecer fácil.

IM-PER-DÍ-VEL !!!






