Um bom disco de algumas das “mais famosas” sinfonias de Haydn. Não digo “das melhores” porque, cada vez que penetro nas entranhas deste populoso mundo, encontro mais e mais joias. A 83 é a segunda sinfonia de Paris. As sinfonias de Paris são um grupo de seis sinfonias de Haydn encomendadas pelo Conde D’Ogny. A partir de 11 de janeiro de 1786, as chamadas Sinfonias de Paris (82-87) foram executadas na Salle des Gardes du Corps das Tulherias, conduzidas pelo regente, violinista e compositor africano Saint-Georges. Já as Sinfonias de Londres são doze (93-104), e às vezes são chamadas de Sinfonias de Salomon em homenagem ao empresário que as contratou, Johann Peter Salomon, que apresentou Londres a Joseph Haydn. Elas foram compostas entre 1791 e 1795 e podem ser categorizadas em dois grupos: o das Sinfonias nº 93–98, que foram compostas durante a primeira visita de Haydn a Londres, e o das Sinfonias nº 99–104, compostas em Viena e Londres para a segunda visita de Haydn. O inglês Barry Wordsworth faz valer suas palavras e nos dá uma execução correta destas obras-primas. Os eslovacos da Capella Istropolitana compreendem muito bem Wordworth e Haydn.
F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 83 “A Galinha”, Nº 94 “Surpresa” & Nº 101 “O Relógio” (Capella Istropoltana / Wordsworth)
Symphony No. 83 in G Minor, Hob.I:83, “La poule” (“The Hen”)
1 I. Allegro spiritoso 06:50
2 II. Andante 05:46
3 III. Menuet: Allegretto 03:50
4 IV. Finale: Vivace 03:53
Symphony No. 94 in G Major, Hob.I:94, “The Surprise”
5 I. Adagio: Vivace assai 08:44
6 II. Andante 05:33
7 III. Menuet: Allegro molto 05:03
8 IV. Allegro molto 04:18
Symphony No. 101 in D Major, Hob.I:101, “The Clock”
9 I. Adagio – Presto 08:07
10 II. Andante 07:52
11 III. Menuet: Allegretto 07:54
12 IV. Finale: Vivace 04:42
Conductor(s): Wordsworth, Barry
Orchestra(s): Capella Istropolitana

PQP
Esse toque de filme de terror à la Mary Shelley tornou todo o charme da publicação – como dizê-lo? – duplamente interessante… Kkkk!
Pensei em comentar sobre a obra, mas também me impressionei com o lance das caveiras…
Com muitos cumprimentos. Após a morte de Haydn, um estudante de anatomia craniana paga uma quantia considerável ao responsável pelo cemitério para levar a cabeça do corpo de Haydn à noite e entregá-la a ele. Anos depois, quando a família Esterházy constrói um túmulo para Haydn e transfere seu caixão para lá, eles descobrem que o esqueleto de Haydn está sem crânio. Com investigações policiais extensas, eles chegam até o estudante, que lhes entrega um crânio como se fosse o de Haydn. Anos depois, descobre-se que aquele crânio era falso e o crânio original é encontrado. Agora, Papa Haydn é o único compositor da história que possui dois crânios. Boa noite. Seja um bom menino e vá dormir. Caso contrário, direi aos crânios de Haydn que venham e te comam!!
Viva! A propósito da segunda frase do comentário, penso que seria interessante fazer um levantamento sobre o que o distinto público deste distinto site toma pelas “melhores” sinfonias de Haydn. Na minha lista a 101 está entre elas, sem qualquer dúvida. Abraços
Ando bastante enamorado das sinfonias 44 e 63 do velho Haydnão. Mas, confesso, essa sinfonia 101 tem um charme todo especial. Belo disco, muito obrigado.
Caro Henrique, agradecendo à “família” PQPBach pela oportunidade de um espaço como este, tenho minhas 12 (que são 15) indispensáveis, rigorosamente indispensáveis: a 44 está entre elas, mas começo pelo 31, depois vou para a 45, 52, 86, 88, 92, 97, 98, 101(!), 102 e 104. O que faz 12=15: 48, 70 e 82. E ainda tenho de arrumar lugar (o mais alto?) no pódio para a 49. E estou ouvindo zunirem nos meus ouvidos outros números, inconformados por terem tivessem sido preteridos.
Uma ótima lista, Pedro. Sem dúvidas, até algumas das próprias sinfonias concordam com a ordenação proposta por você.
Gosto muito da 22 e morreria sem a 26.
Curioso que a 49 se me tornou quase uma ideia fixa. O filme A comédia de Deus até que poderia ser uma obra prima, e nesse esboço de grandeza tem um momento que toca a sinfonia, algo bem marcante, um tanto misterioso e enigmático. Realmente não dá para contornar Haydn.
“Realmente não dá para contornar Haydn.”
QUE FRASE!
VOCÊS VÃO VER AS QUATRO PRÓXIMAS POSTAGENS !!!!
Como frequentador assíduo desse blog, me pergunto quando Dvorak e Smetana receberão uma série de postagens gloriosas como essas. O.O’
Já as vi: que maravilha reencontrar Pinnock e sua leitura das sinfonias Sturm und Drang! Grato pelo excelente trabalho, que reabilita Haydn e o apresenta a tanta gente que o desconhece!