Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – A Flauta Mágica (Die Zauberflöte) – ópera

Era agosto ou setembro de 2008. O período da estiagem estava atingindo o seu ponto mais crítico no Centro-Oeste. Nestes meses, Brasília se transforma num Saara brasileiro por conta do clima. A umidade do ar atinge níveis muito baixos. O calor é escaldante. Todavia, parece existir uma recompensa por conta desses rigores. Os dias quentes proporcionam fins de tardes fenomenais. Os ocasos são verdadeiros partos piscodélicos. A tintura vermelha do sol derrama-se por todos os lados. As nuvens no céu são como gases ensaguentadas. A vegetação seca. Uma névoa leitosa , empoeirada e espessa envolve todas as coisas. Esse era o cenário aqui em Brasília. Chovera em maio. Ou seja, o Planalto estava há três meses sem sentir o alívio da chuva. Por este tempo fiquei sabendo que a ópera A Flauta Mágica de Mozart seria apresentada no gramado da Esplanada dos Ministérios. Fiquei profundamente entusiasmado com a notícia. A regência seria do memorável maestro Silvio Barbato, morto em maio de 2009, ou seja, há quase 1 ano no vôo da Air France, infelizmente. Tive a oportunidade de ver o Barbato em outros eventos à frente da Sinfônica do Teatro Nacional aqui em Brasília regendo Mozart, Mahler e Brahms. O maestro era um empreendedor nesse sentido. Em 2006, quando da ocasião da comemoração dos 250 anos do nascimento de Mozart, Barbato resolveu homenagear o compositor promovendo 12 horas seguidas de música do gênio austríaco. Em outras ocasiões, quando era o regente titular da Sinfônica do Teatro Nacional, promovia concertos itinerantes pela cidades-satélites – Gama, Sobradinho, Ceilândia, Taguatinga. Isso consituía um ato de excelência no sentido de democratizar a música clássica. Mas voltemos ao evento que teria A Flauta Mágica. Era um sábado à noite. Um palco foi montado e um extraordinário cenário foi erguido para representação da obra. O público eclético estava nas arquiancadas. Barbato que um ano antes regera Carmen de Bizet, fez a devida apresentação da obra mozartiana. A orquestra fazia o seu trabalho, Barbato regia, os cantores no palco misturavam vozes com encenações teatrais; dois telões foram montados, mostrando o que acontecia no palco e ao mesmo tempo a tradução da obra que era cantada em alemão. Fantástico. Estava embasbacado. Uma estupefação tomava conta de mim, pois esta é uma das obras de Mozart que mais ouvi e gosto. Não costumo ouvir óperas, mas esta é diferente. Possui árias belíssimas. Uma temática mística que impressiona. O fato é que quando os cantores entoavam as árias mais suaves de A Flauta Mágica, eu me sentia preso àquela musicalidade. Mas o inusitado aconteceu: após três meses sem chuva, uma garoa fina começou a cair, levantando o cheiro de terra molhada. O maestro foi resistente aos primeiros pingos. Mas como a orquestra estava tocando ao ar livre, Barbato acabou explicando a necessidade de parar o concerto. Fiquei imensamente triste com aquilo. Tentei me refugiar em algum lugar. De repente, um milagre: a chuva parou. Todavia, a maioria do público abandonou o espetáculo. Barbato decidiu dar continuidade à obra. Novas sucessões de cantos extraordinárias. Até que a Rainha da Noite apareceu, cantou e a chuva tornou-se firme e aí Barbato com sua voz peculiar avisou: “Gente, infelizmente não dá para continuar. Temos aqui na orquestra instrumentos delicadíssimos e caros. Expô-los a água é perigoso, pois são imensamente sensíveis”. Aquilo me constenou. Como que fica sem chover por três meses e a chuva reaparece justamente naquela ocasião, quando a beleza estava sendo desvelada? São as ironias da natureza. Os segredos inopinados das horas, dos dias, do tempo. Aquela foi a última ocasião em que vi Silvio Barbato regendo. Que pena! Mas fica aqui a certeza de uma extraordinária peça. A Flauta Mágica é, se não estou enganado, a penúltima ópera de Mozart, posto que a última é A Clemência de Tito, de 1791. Ou seja, o ano da morte do compositor. A ópera acontece em dois atos. Abbado fica engarregado por conduzir esta gravação à frente da Mahler Chamber Orchestra. Foi realizada em 2006 em homenagem aos 250 anos do nascimento de Mozart. Comemoração mais que merecida. Não deixe de ouvir esta gravação e se deliciar com os elementos variados dessa, que é uma das maiores óperas de todos os tempos – alegria, amor, tristeza, ambição, poder, mistérios maçônicos, mitologia. Tudo isso pode ser encontrado nesta obra. Boa apreciação!

Para saber mais sobre a obra AQUI:

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – A Flauta Mágica (Die Zauberflöte)

CD 1

01. Ouverture
02. Nr. 1 Introduktion »Zu Hilfe! Zu Hilfe!« (Tamino, Die drei Damen)
03. Nr. 2 Arie »Der Vogelfanger bin ich ja« (Papageno)
04. »Papageno!« – »Ah! Das geht mich an!« (Die drei Damen, Papageno, Tamino)
05. Nr. 3 Arie »Dies Bildnis ist bezaubernd schon« (Tamino)
06. »Freue dich und fasse Mut, schoner Jungling!« (Die drei Damen, Tamino)
07. Nr. 4 Rezitativ und Arie »O zittre nicht, mein lieber Sohn!« (Königin der Nacht)
08. Nr. 5 Quintett »Hm, hm, hm« (Papageno, Tamino, Die drei Damen)
09. »Ha, ha, ha!« – »Pst, pst!« (Die drei Slaven)
10. Nr. 6 Terzett »Du feines Taubchen, nur herein!« (Monostatos, Pamina, Papageno)
11. »Bin ich nicht ein Narr« (Papageno, Pamina)
12. Nr. 7 Duett »Bei Mannern, welche Liebe fuhlen« (Pamina, Papageno)
13. Nr. 8 Finale »Zum Ziele fuhrt dich diese Bahn« (Die drei Knaben, Tamino, Priester, Sprecher, Chor)
14. »Wie stark ist nicht dein Zauberton« (Tamino)
15. »Schnelle Fube, rascher Mut« (Pamina, Papageno, Monostatos, Sklaven, Chor)
16. »Es lebe Sarastro! Sarastro soll leben!« (Chor, Pamina, Sarastro, Monostatos, Tamino)
17. Nr. 9 Marsch der Priester
18. »Ihr, in dem Weisheitstempel« (Sarastro, Zweiter Priester, Sprecher, Dritter Priester)
19. Nr. 10 Arie mit Chor »O Isis und Osiris« (Sarastro, Chor)
20. »Eine schreckliche Nacht!« (Tamino, Papageno, Sprecher, Zweiter Priester)
21. Nr. 11 Duett »Bewahret euch vor Weibertucken!« (Erster Priester, Zweiter Priester)

CD 2

01. Nr. 12 Quintett »Wie Wie Wie Ihr an diesem Schreckensort« (Die drei Damen, Papageno, Tamino, Priester
02. »Heil dir, Jüngling! Dein standhaft männliches Betragen« (Sprecher, Zweiter Priester, Papageno)
03. Nr. 13 Arie »Alles fühlt der Liebe Freuden« (Monostatos)
04. Nr. 14 Arie »Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen« (Königin der Nacht)
05. »Morden soll ich« (Pamina, Monostatos, Sarastro)
06. Nr. 15 Arie »In diesen heil’gen Hallen« (Sarastro)
07. »Hier seid ihr euch beide alleine überlassen« (Sprecher, Zweiter Priester, Papageno)
08. Nr. 16 Terzett »Seid uns zum zweitenmal willkommen« (Die drei Knaben)
09. »Tamino, wollen wir nicht speisen« (Papageno) – »Tamino! Du hier« (Pamina)
10. Nr. 17 Arie »Ach, ich fühl, es ist verschwunden« (Pamina)
11. »Nicht wahr, Tamino, ich kann auch schweigen« (Papageno)
12. Nr. 18 Chor der Priester »O Isis und Osiris (Chor)
13. »Prinz, dein Betragen war bis hieher männlich und gelassen« (Sarastro, Pamina)
14. Nr. 19 Terzett »Soll ich dich, Teurer, nicht mehr seh’n« (Pamina, Sarastro, Tamino)
15. »Tamino! Tamino! Willst du mich denn gänzlich verlassen« (Papageno, eine Stimme, Die drei Priester)
16. Nr. 20 Arie »Ein Mädchen oder Weibchen wünscht Papageno sich!« (Papageno)
17. »Da bin ich schon, mein Engel!« (Das alte Weib, Papageno)
18. Nr. 21 Finale »Bald prangt, den Morgen zu verkünden« (Die drei Knaben, Pamina)
19. »Der, welcher wandert diese Straße voll Beschwerden« (Die Geharnischten, Tamino, Pamina)
20. »Papagena! Papagena! Papagena! Weibchen! Täubchen!« (Papageno, Die drei Knaben, Papagena)
21. »Nur stille, stille, stille, stille!« (Monostatos, Königin der Nacht, Die drei Damen)

Mahler Chamber Orchestra
Claudio Abbado, regente
Arnold Schoenberg Chor
Sarastro—————René Pape
Rainha da Noite——–Erika Miklósa
Pamina—————-Dorothea Röschmann
Tamino—————-Christoph Strehl
Papageno————–Hanno Müller-Brachmann
Papagena————–Julia Kleiter
Sprecher————–Georg Zeppenfeld
Monostatos————Kurt Azesberger
3 Damen————–Caroline Stein, Heidi Zehder, Anne-Carolyn Schlüter
3 Knaben————-Alexander Lischke, Frederic Jost, Niklas Mallmann

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trio em Si bémol maior, Op. 11 e Trio em Mi bémol maior, Op. 38

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Quanto mais escuto Beethoven, mais robustece dentro de mim a percepção de que estou diante de uma dádiva, de um evento sacralizante. Beethoven era um homem de personalidade dura, indomável, mas de um gênio, de uma capacidade de fecundar ímpetos de sensibilidade. Não me canso de ouvir o mestre alemão. Minha paixão pela sua música é um acontecimento que me aviva. Faz surgir dentro de mim um contetamento ensolarado. Uma alegria silenciosa e reverente. Não é a alegria que surge de dentes escancarados, cínica, extravagante. É uma alegria que me leva a mim mesmo e me torna mais complacente para com comigo e para com os demais homens. Beethoven depura em mim o “sim”e o “não” da vida e me torna capaz de acreditar de que viver vale a pena. Estes dois deliciosos trios traduz em completa exatidão aquilo que minhas palavras parcas não foram capazes de pintar. Ouça e aprecie!

P.S. Encontrei o CD somente na Amazon francesa.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trio em Si bémol maior, Op. 11 e Trio em Mi bémol maior, Op. 38

Trio en Si bémol majeur, Op. 11
01. I. Allegro con brio
02. II. Adagio
03. III. Tema con variazioni ‘Pria ch’io l’impregno’

Trio en Mi bémol majeur, Op. 38
04. I. Adagio- Allegro con brio
05. II. Adagio cantabile
06. III. Tempo di minuetto
07. IV. Tema con variazioni
08. V. Scherzo
09. VI. Andante con moto alla marcia – Presto

Florent Héau, clarinete
Jérome Ducros, piano
Henri Demarquette, violoncelo

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Carlinus

Arnold Schoenberg (1874-1951) – Gurre-lieder

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Gurre-Lieder é uma cantata composta por Arnold Schoenberg a partir de uma obra do escritor dinamarquês Jens Peter Jacobsen (traduzido para o alemão por Robert Franz Arnold). A tradução para o português seria mais ou menos assim: “canções de Gurre”. Gurre é um castelo medieval situado na Dinamarca. O poema trata sobre amor, assassinato e revelações tenebrosas. A obra é dividida em três partes. Schoenberg someçou a composição desse monumental trabalho em 1900 e somente concluiu em 1911. É uma obra gigantesca, de quase 100 minutos, que exige bastante disciplina para ser ouvida. O Mi bemol inicial é sufocante como uma sauna a vapor – uma imitação do Anel de Wagner, já que estamos falando da fase inicial de Schoenberg? A gravação ora apresentada é ao vivo. Mais informações AQUI. As informações das faixas foram extraídas a partir de uma gravação de Simon Rattle encontrada na Amazon.

Arnold Schoenberg (1874-1951) – Gurre-lieder

1. Gurrelieder, Part One: Orchestral Prelude
2. Gurrelieder, Part One: Nun dämfpt die Dämm’rung (Waldemar)
3. Gurrelieder, Part One: O, wenn des Mondes Strahlen (Tove)
4. Gurrelieder, Part One: Ross! Mein Ross! (Waldemar)
5. Gurrelieder, Part One: Sterne jubeln (Tove)
6. Gurrelieder, Part One: So tanzen die Engel vor Gottes Thron nicht (Waldemar)
7. Gurrelieder, Part One: Nun sag ich dir zum ersten mal (Tove)
8. Gurrelieder, Part One: Es ist Mitternachtszeit (Waldemar)
9. Gurrelieder, Part One: Du sendest mir einen Liebesblick (Tove)
10. Gurrelieder, Part One: Du wunderliche Tove! (Waldemar)
11. Gurrelieder, Part One: Orchestral interlude
12. Gurrelieder, Part One: Tauben von Gurre (Waldtaube)
13. Gurrelieder, Part Two: Herrgott, weisst du, was du tatest
14. Gurrelieder, Part Three: Erwacht, König Waldemars Mannen wert! (Waldemar)
15. Gurrelieder, Part Three: Deckel des Sarges klappert (Bauer & Chor)
16. Gurrelieder, Part Three: Gegrüsst, o König (Waldermars Männen)
17. Gurrelieder, Part Three: Mit Toves stimme flüstert der Wald (Waldemar)
18. Gurrelieder, Part Three: ‘Ein seltsamer Vogel ist so’n Aal’ (Klaus-Narr)
19. Gurrelieder, Part Three: Du strenger Richter droben (Waldemar)
20. Gurrelieder, Part Three: Der Hahn erhebt den Kopf zur Kraht
21. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Orchestral Prelude
22. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Herr Gänsefuss, Frau Gänsekraut (Sprecher)
23. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Seht die Sonne (Chor)

 

Bavarian Radio Chorus Bavarian
Radio Symphony Orchestra

Zubin Mehta, regente

Sharon Sweet, Tove
Florence Quivar, Waldtaube
Jon Frederic West, Waldemar
Hans Hotter, Erzähler
Jon Garrison, Klaus Narr
David Wilson-Johnson, Bauer

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Carlinus

José Manuel Joly Braga Santos (1924-1988) – Sinfonias n° 1 a 6 (exceto a 4) + Fernando Lopes-Graça (1906-1994) – Sinfonia, Suíte rústica n° 1 e Canto de amor e morte

Os arquivos e comentários deste post foram enviados pelo José Eduardo. Acho que é a primeira postagem do blog sobre música portuguesa do séc. XX – mais uma lacuna aqui preenchida (update: deixou de ser com o post do mano CDF no início do mês). Realmente, como vocês podem ler abaixo e ouvir em seguida, Braga Santos tem pontos de semelhança com Camargo Guarnieri, que pensei ser um compositor sem paralelos. E tanto Braga Santos quanto Lópes-Graça são compositores de mão cheia.

CVL

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Fernando Lopes-Graça é provavelmente o principal compositor português, junto com Carlos Seixas e João Domingos Bomtempo (cada um de uma época, portanto). Ele se insere claramente na linha bartókiana de um modernismo bastante claro na forma, ritmicamente vigoroso, contrapontisticamente hiperativo e de harmonia com muitos toques modais, relativamente modesta no uso de dissonância e, sobretudo, que se apóia de maneira bastante inteligente no folclore e na cultura popular.

A Sinfonia que mandei, dita “Per orchestra”, é em três movimentos bem delineados, sendo o último uma passacaglia sobre um tema folclórico. É a única sinfonia do autor. Gosto muito da peça. O sabor modal lembra um pouco Vaughan Williams e Ernest Moeran, mas a ênfase rítmica e a limpidez incrível da forma o aproximam muito mais de Camargo Guarnieri.

A “Suíte rústica” no. 1 (ele escreveu mais duas, uma para orquestra de cordas e outra para piano) é uma peça em seis partes, cada uma baseada em um tema popular de uma região de Portugal: Oliveira do Hospital, Foz Côa, Reguengos de Monsaraz, Póvoa do Lanhoso, Pegarinhos e Beira. É uma delícia, os temas folclóricos são facilmente discerníveis e, ao mesmo tempo, são transformados por harmonia e orquestração bastante sofisticadas.

Joly Braga Santos teve uma carreira menos ilustre e foi menos reconhecido em vida. É, digamos, uma redescoberta mais recente, devida principalmente ao trabalho do regente Álvaro Cassuto. É o compositor português da moda nos países anglófonos. O David Hurwitz, do ClassicsToday, adora Braga Santos.

É um compositor praticamente contemporâneo de Lopes-Graça, porém pertencente a uma linha bem diferente, mais conservadora. Braga Santos foi um compositor precoce, e quatro de suas seis sinfonias foram escritas antes de seus 27 anos – são obras de juventude, surpreendemente bem realizadas.

Sua linguagem lembra Sibelius, Respighi e, principalmente, Vaughan Williams. A forma é bem expandida, os desenvolvimentos são alongados e comumente nascem de um estático inicial que vai acumulando tensão até um grande clímax. A harmonia mistura modalismo e cromatismo pós-wagneriano. As melodias são longas e muito bem desenhadas. A cor orquestral é costumeiramente escura, densa.

As duas sinfonias que mandei, a Segunda e a Terceira, são obras em grande escala. São bem parecidas, quase intercambiáveis entre si. Ambas têm quatro movimentos: os externos mais dramáticos, com longas introduções lentas; um segundo movimento adagio reflexivo; e um scherzo mais próximo do intermezzo brahmsiano do que do scherzo bruckneriano.

Elas surpreendem por terem sido escritas, e tão bem, por um compositor tão jovem. Mas, embora repletas de belíssimos momentos, são obras bastante derivativas. Overall, acho que valem sim a curiosidade.

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Sinfonia no. 2
Orquestra Sinfônica de Bournemouth
Álvaro Cassuto, regente

Sinfonia no. 3
Orquestra Sinfônica Portuguesa
Álvaro Cassuto, regente

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A gravação tem um som meio “de lata”, equalização alta – parece de música popular – e pobreza de detalhes. Ela faz parte de uma série de registros de música portuguesa realizada nos anos 90 no Leste Europeu, principalmente Hungria. É bastante curioso. Adoraria ouvir essas peças em som moderno e com intérpretes mais refinados. As sinfonias de Braga Santos tiveram mais sorte e foram magnificamente gravadas pela Marco Polo/Naxos.

Fernando Lopes-Graça (1906-1994)

Sinfonia “per orchestra”, op. 38
Suíte rústica no. 1, sobre temas folclóricos portugueses, op. 64

Orquestra Sinfônica Nacional Húngara
Tamás Pal, regente

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Joly Braga Santos

Sinfonia no. 6
Ana Ester Neves, soprano
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfônica Portuguesa
Álvaro Cassuto, regente

“Encruzilhada”, música para balé
Orquestra Sinfônica de Bournemouth
Álvaro Cassuto, regente

É o complemento dos CDs do Braga Santos que enviei antes. Tem a Sinfonia no. 6 e o balé “Encruzilhada”, todos da última fase, “abstrata” (apud CROWL, Harry), do compositor. Em geral, essa fase não me desperta, infelizmente, maior interesse.

A Sexta Sinfonia tem uma estrutura diferente das demais sinfonias de Braga Santos. É estruturada em seis movimentos executados em um só fôlego. A partir da segunda metade surgem as intervenções corais, com soprano solo (há texto, inclusive, de Camões).

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Joly Braga Santos

Sinfonia no. 1
Sinfonia no. 5
Orquestra Sinfônica Portuguesa

A Primeira é a minha sinfonia de Braga Santos favorita. Ela tem a mesma linguagem das quatro primeira sinfonias do autor – pós-romântica de toques modais alla Vaughan Williams – mas tem uma modelagem formal diferente. É em três movimentos, sendo que o último, batante poderoso, ainda não tem o início lento habitual do autor – ele prefere aqui incorporar ao finale um trio mais contemplativo, curiosamente parecido com o trio do scherzo da Segunda Sibelius (aquelas notas repetidas no oboé!). A sinfonia termina com um “apêndice” gradioso em estilo bruckneriano, culminando em fortes acordes espaçados (como na Quinta de Sibelius). As múltiplas influências indicam a relativa pouca maturidade do autor, mas a música é em muitos momentos realmente emocionante.

A Quinta pertence a fase posterior da carreira do Braga Santos. Sua linguagem é mais densa, dissonante, misteriosa. A música de Braga Santos já era densa, sombria. Aqui ela se torna realmente escura. Ao contrário das três sinfonias anteriores, a Quinta coloca o scherzo em segundo lugar, e é justamente ele o destaque da obra. Ele é inspirado em um ritmo moçambicano da região de Zavala. A peça mistura um ritmo constante nas percussões (xilofone, celesta) com uma harmonia fantasmagórica.

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Fernando Lopes-Graça

“Canto de amor e morte”
Orquestra Sinfônica Nacional Húngara
Tamás Pal, regente

É o complemento do álbum da Sinfonia e da Suíte rústica no. 1, que já mandei. É, segundo várias fontes, uma grande obra-prima da música portuguesa. Foi composta em 1961 para piano e quinteto de cordas, e orquestrada no ano seguinte. É uma espécie de longo poema sinfônico, de forma livre, em estilo cromático-extremado-quase-não-tonal. É música grave, seriíssima, sisuda, carrancuda. Talvez seja por essa cara feia e sem humor que eu, mesmo reconhecendo sua potência e relevância, nunca tenha sido frequentador assíduo da obra.

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Noneto, Quarteto simbólico e peças para violão

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Este CD importado traz – não sei por que motivo, mas agradeço – duas interpretações do Noneto e duas do Quarteto Simbólico, sendo completado – também sem razão aparente – por algumas peças para violão. As interpretações das duas obras principais não fazem frente à de Gil Jardim, postada no início do ano aqui no blog, mas valem como preciosidade; até porque as peças para violão estão nas mãos de Bream, Segovia e Laurindo Almeida.

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Villa-Lobos: Nonetto; Quatuor

1. Noneto, for chorus & orchestra (‘Impressão rápida de todo o Brasil’), A. 191
2. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: First Movement – Allegro con moto
3. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Second Movement – Andantino
4. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Third Movement – Allegro deciso
5. Noneto, for chorus & orchestra (‘Impressão rápida de todo o Brasil’), A. 191
6. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: First Movement
7. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Second Movement
8. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Third Movement
9. Estudio, for guitar No. 8 in C sharp minor, A. 235/8
10. Prelúdio, for guitar No. 3 in A minor, A. 419/3
11. Estudio, for guitar No. 1 in E minor, A. 235/1
12. Prelúdio, for guitar No. 2 in E major, A. 419/2
13. Prelúdio, for guitar No. 4 in E minor, A. 419/4
14. Prelúdio, for guitar No. 5 in D major, A. 419/5
15. Gavotta-Chôro, for guitar (Suite populaire brésilienne No. 4), A. 020/4

# Performer: Concert Arts Ensemble, Andrés Segovia, Julian Bream, Laurindo Almeida, Elsie Houston
# Orchestra: The Brazilian Festival Orchestra, The Brazilian Festival Quartet
# Conductor: Roger Wagner, Hugh Ross

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CVL

Coleção Grandes Compositores 02/33: W.A. Mozart (1756-1791)

Atendendo a pedidos, estarei continuando a Coleção Grandes Compositores, que teve início com Tchaikóski no primeiro volume.

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Qual teria sido a inspiração de Mozart para compor suas três últimas sinfonias? Apesar de quase dois séculos de sérias pesquisas e da criação de várias histórias de ficção (inclusive a peça e o filme Amadeus, de grande sucesso), os últimos anos da vida de Mozart permanecem envoltos em mistério. Persistem muitas questões acerca de sua morte, das circunstâncias financeiras e de seu casamento, mas nada disso é mais intrigante do que o aparecimento de sua famosa “trilogia final” – Sinfonia Nº 39, 40 e 41 – após seis semanas de febril criação, no verão de 1788.

Raramente Mozart produzia trabalhos substanciais sem ter em mãos uma encomenda, ou pelo menos uma perspectiva de apresentação; no entanto, ninguém jamais soube de alguma ocasião planejada para a apresentação dessas sinfonias. Simplesmente, não sabemos o que inspirou tal criação extraordinária e nem mesmo se Mozart chegou a ouvir essas composições, que coroaram suas realizações no campo da música orquestral.

A questão causa ainda maior perplexidade se considerarmos a totalidade da obra sinfônica de Mozart. Pois, embora ele já registrasse a autoria de mais de quatro dúzias de sinfonias na ocasião em que passou para o papel a trilogia final, a maioria dessas peças datava de sua juventude. Mozart chegou à sinfonia, assim como a todos os gêneros musicais, em idade muito tenra. Suas primeiras obras sinfônicas datam de 1764 e foram produzidas sob o olhar vigilante de J. C. Bach, filho mais novo de Johann Sebastian, que por amizade auxiliou o compositor de 8 anos de idade durante sua estadia em Londres, em uma de suas famosas tournées de menino prodígio.

Talvez a explicação mais convincente para as sinfonias de 1788 seja que Mozart as escreveu para atender a uma necessidade artística interior – um desejo de dar livre curso a seus poderes de criação e fazer um ” apelo à eternidade”, conforme sugere Alfred Einstein, eminente estudioso de Mozart. A música, com certeza, apoia esse ponto de vista, pois em momento algum Mozart superou essas sinfonias, tanto em beleza formal quanto em profundidade de expressão.

Nenhum compositor se exprimiu em tão múltiplas facetas quanto Mozart. Ele criou música virtualmente em todas as formas a seu alcance – concertos, sonatas, sinfonias, óperas, música de câmara – , infundindo seu gênio em cada nova peça. Uma serenata casual para a festa nos jardins de um nobre, um simples quarteto de cordas ou o acompanhamento de uma missa, podiam ser o estímulo para sua imaginação musical. Conforme observa Alfred Einstein: “Mesmo quando Mozart tem uma tarefa rotineira a realizar, ele a toma para si como se fosse muito mais que uma rotina.”

Fonte: Trechos retirados do encarte do cd

Boa audição!

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Coleção Grandes Compositores Vol. 02: W.A. Mozart

DISCO A
Sinfonia Nº 40 em Sol Menor, K. 550

01. I. Molto Allegro (8:29)
02. II. Andante con moto (8:13)
03. III. Menuetto: Allegretto (4:50)
04. IV. Allegro assai (9:13)
Orquestra Filarmônica de Viena, Leonard Bernstein

Sinfonia Nº 41 em Dó, K. 551 “Júpiter”
05. I. Allegro vivace (11:55)
06. II. Andante cantabile (9:07)
07. III. Menuetto: Allegretto (5:14)
08. IV. Molto Allegro (11:38)
Orquestra Filarmônica de Viena, Leonard Bernstein

DISCO B
Abertura, As Bodas de Fígaro, K. 492

01. Presto (4:09)
Academia de St. Martin in the Fields, Sir Neville Marriner

Concerto para Piano Nº 21 em Dó, K. 467
02. I. Allegro (14:49)
03. II. Andante (7:01)
04. III. Allegro vivace assai (6:33)
Mitsuko Uchida, piano
Orquestra de Câmara Inglesa, Jeffrey Tate

Serenata em Sol, “Eine Kleine Nachtmusik”, K. 525
05. I. Allegro (5:47)
06. II. Romance: Andante (5:55)
07. III. Menuetto: Allegretto (2:03)
08. IV. Rondó: Allegro (3:54)
Conjunto de Câmara da Academia St. Martin in the Fields

Sonata para Paino Nº 15 em Dó , K. 545
09. I. Allegro (4:33)
10. II. Andante (7:00)
11. III. Rondó: Allegretto (2:00)
Mitsuko Uchida, piano

BAIXE AQUI – DOIS DISCOS / DOWNLOAD HERE – TWO DISCS

Marcelo Stravinsky

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Violin Concertos (complete)

Já fazia algum tempo que eu havia separado este CD para postar. Não sei o porquê de ter demorado tanto para trazê-lo à tona. Talvez estivesse tentando achar uma ocasião especial. Mas sou sabedor de que para postar Mozart não existe uma condicional. Wolfgang é bem vindo todos os dias, independente da ocasião. E digo mais: não se trata de qualquer post de Mozart. Traz os 5 concertos para violino, algo para o qual dispensamos maiores comentários. Vale um pequeno adendo sobre o violinista. Simplesmente Giuliano Carmignola, um dos maiores nomes para o instrumento na atualidade. É uma grande gravação na qual conseguimos perceber toda mestria e versatilidade do moço interpretando esses magníficos concertos compostos por Mozart no ano de 1775. Carmignola toca em um violino de época, o Pietro Guarnieri di Venezia, de 1733. Vale a pena conferir. Boa apreciação!

P.S. Quem quiser ter um extraordinário encontro com esses concertos, numa fusão de belas cenas naturais, poesia e literatura, assista ao filme sino-francês Balzac e a costureirinha chinesa.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Violin Concertos (complete)

Disco 1

Violin Concerto No. 1 in B flat major, KV 207
01. Allegro moderato
02. Adagio
03. Presto

Rondo for violin & orchestra in flat major, KV 269
04. Allegro

Violin Concerto No. 2 in D major, KV 211
05. Allegro moderato
06. Andante
07. Rondeau, allegro

Violin Concerto No. 3 in G major, KV 216
08. Allegro
09. Adagio
10. Rondeau, allegro

Disco 2

Violin Concerto No. 4 in D major, KV 218
01. Allegro
02. Andante cantabile
03. Rondeau, andante grazioso-allegro ma non troppo

Violin Concerto No. 5 in A major, KV 219
04. Allegro aperto
05. Adagio
06. Rondeau, tempo di menuetto

Adagio for violin & orchestra in E major, KV261
07. Adagio for violin & orchestra in E major, KV261

Rondo for violin & orchestra in C major, KV 373
08. Rondo for violin & orchestra in C major, KV 373

Il Quartettone
Carlo de Martini, diretor
Giuliano Carmignola, violino

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

Carlinus

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2004

Aqui vai o terceiro CD (na verdade, o primeiro dos três) com Minczuk e a Orquestra Acadêmica de Campos do Jordão – assim, vocês poderão apreciar melhor a peça de Marlos Nobre que o Dudamel regeu no YouTube – e ainda tem a bela oitava sinfonia de Dvorák.

01-04. Sinfonia n° 8, de Dvorák
05. Kabbalah, de Marlos Nobre
06. Dança húngara n° 5, de Brahms

BAIXE AQUI

CVL

Eli-Eri Moura (1963) – Música instrumental

Ao se ouvir a obra de Eli-Eri Moura, há de se distinguir dois compositores: o acessível, que compõe obras tonalíssimas como a ópera Dulcineia e Trancoso e o Réquiem Contestado, e o hermético, do CD com obras de câmara postado aqui no blog no início do ano.

No presente álbum vocês poderão comparar as duas tendências do compositor paraibano juntas. Se em Circumsonantis e Nouer III o ouvinte mais convencionalista pode tomar abuso ou arrumar outra coisa pra fazer, em Recordabilis Bach ele pode imaginar a neve caindo dentro de seu próprio quarto e ser impelido a montar um presépio fora de época (ouça pra saber por quê).

E não há nenhuma discrepância ou indissociabilidade entre as duas facetas de Eli-Eri: ele simplesmente parte de uma ideia musical e a articula conforme as linguagens que lhe permitirem melhor expressão.

***

Saiba tudo sobre o CD neste link. Por lá mesmo você pode baixar todas as faixas e respectivas partituras (quer dizer, as partituras não achei), senão baixe as faixas AQUI.

CVL

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2006

Hoje vai o CD com a Orquestra Acadêmica tocando as Ritmetrias do Edino Krieger. A captação de som desses CDs em Campos do Jordão ficou longe das melhores, mas é louvável a iniciativa de se lançarem esses discos com os registros do melhor festival de inverno da América Latina. Por isso, aproveitem.

***

01 Glinka – Abertura da Ópera Russlan e Ludmila 5m45s
02 I – Andante sostenuto 18h21s
03 II – Andantino in modo canzona 8m55s
04 III – Scherzo – Allegro 5m32s
05 IV – Allegro con fuoco 8m56s
06 Edino Krieger – Ritmetrias – Variações rítmicas sobre um metro contínuo 6m52s

Roberto Minczuk e a Orquestra Acadêmica

BAIXE AQUI

CVL

Frédéric Chopin (1810-1849) – Mazurkas (CDs 9 e 10 de 13)

Mazurka é uma dança folclórica polonesa. As mazurkas ficaram conhecidas e imortalizadas por causa das composições de Frédéric Chopin. O compositor deu um caráter diferenciado a esse tipo de construção. O polonês imprimiu um sentido mais clássico a essas composições, incluindo nisso contraponto e fugas. Estes dois CDs são uma ótima oportunidade para um devaneio nesta noite de sexta-feira. FDP (acho) postou há algum tempo atrás as Mazurkas de Chopin com Arthur Rubinstein. Boa apreciação!

Frédéric Chopin (1810-1849) – Mazurkas

Disco 09

01 – Mazurka No.1 in F sharp minor, Op.6 No.1
02 – Mazurka No.2 in C sharp minor, Op.6 No.2
03 – Mazurka No.3 in E, Op.6 No.3
04 – Mazurka No.4 in E flat minor, Op.6 No.4
05 – Mazurka No.5 in B flat, Op.7 No.1
06 – Mazurka No.6 in A minor, Op.7 No.2
07 – Mazurka No.7 in F minor, Op.7 No.3
08 – Mazurka No.8 in A flat, Op.7 No.4
09 – Mazurka No.9 in C, Op.7 No.5
10 – Mazurka No.10 in B flat, Op.17 No.1
11 – Mazurka No.11 in E minor, Op.17 No.2
12 – Mazurka No.12 in A flat, Op.17 No.3
13 – Mazurka No.13 in A minor, Op.17 No.4
14 – Mazurka No.14 in G minor, Op.24 No.1
15 – Mazurka No.15 in C, Op.24 No.2
16 – Mazurka No.16 in A flat, Op.24 No.3
17 – Mazurka No.17 in B flat minor, Op.24 No.4
18 – Mazurka No.18 in C minor, Op.30 No.1
19 – Mazurka No.19 in B minor, Op.30 No.2
20 – Mazurka No.20 in D flat, Op.30 No.3
21 – Mazurka No.21 in C sharp minor, Op.30 No.4
22 – Mazurka No.22 in G sharp minor, Op.33 No.1
23 – Mazurka No.23 in D, Op.33 No.2
24 – Mazurka No.24 in C, Op.33 No.3
25 – Mazurka No.25 in B minor, Op.33 No.4
26 – Mazurka No.26 in C sharp minor, Op.41 No.1
27 – Mazurka No.27 in E minor, Op.41 No.2
28 – Mazurka No.28 in B, Op.41 No.3
29 – Mazurka No.29 in A flat, Op.41 No.4

Disco 10

01 – Mazurka No.30 in G, Op.50 No.1
02 – Mazurka No.31 in A flat, Op.50 No.2
03 – Mazurka No.32 in C sharp minor, Op.50 No.3
04 – Mazurka No.33 in B, Op.56 No.1
05 – Mazurka No.34 in C, Op.56 No.2
06 – Mazurka No.35 in C minor, Op.56 No.3
07 – Mazurka No.36 in A minor, Op.59 No.1
08 – Mazurka No.37 in A flat, Op.59 No.2
09 – Mazurka No.38 in F sharp minor, Op.59 No.3
10 – Mazurka No.39 in B, Op.63 No.1
11 – Mazurka No.40 in F minor, Op.63 No.2
12 – Mazurka No.41 in C sharp minor, Op.63 No.3
13 – Mazurka No.42 in G, Op.posth.67 No.1 (BI 93)
14 – Mazurka No.43 in G minor, Op.posth.67 No.2 (BI 167)
15 – Mazurka No.44 in C, Op.posth.67 No.3 (BI 93)
16 – Mazurka No.45 in A minor. Op.posth.67 No.4 (BI 163)
17 – Mazurka No.46 in C, Op.posth.68, No.1 (BI 38)
18 – Mazurka No.47 in A minor, Op.posth.68 No.2 (BI 18)
19 – Mazurka No.48 in F, Op.posth.68 No.3 (BI 34)
20 – Mazurka No.49 in F minor, Op.posth.68 No.4 (BI 168) (reconstruction by J. Ekier)
21 – Mazurka in A minor, Op.posth.S2 No.5 (BI 140) (à Émile Gaillard)
22 – Mazurka in A minor, Op.posth.S2 No.4 (BI 134) (Notre Temps)
23 – Mazurka in B flat, Op.posth.S1 No.2b (BI 16) (Prague)
24 – Mazurka in G, Op.posth.S1 No.2a (BI 16)
25 – Mazurka in A flat, Op.posth.P2 No.4 (BI 85) (Szymanowska)
26 – Mazurka in C, Op.posth.P2 No.3 (BI 82)
27 – Mazurka in B flat, Op.posth.P2 No.1 (BI 73) (for Alexandra Wolowska)
28 – Mazurka in D, Op.posth.P2 No.2 (BI 71)
29 – Mazurka in D, Op.posth.A1 No.1 (BI 4) (Mazurek)
30 – Mazurka No.49 in F minor, Op.posth.68 No.4 (BI 168) (revised version)

Vladimir Ashkenazy, piano

BAIXAR AQUI CD 09
BAIXAR AQUI CD 10

Carlinus

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2005

O vídeo de Marlos Nobre ontem me fez ir até a gaveta onde estão guardados os CDs com a Orquestra Acadêmica do FIICJ e postá-los aqui no blog – na verdade ia compartilhar só o CD com a Kabballah, mas pra não ficar indo e voltando presenteio-lhes com os três álbuns de uma vez. Vai primeiro este, duplo, com as excelentes Variações Sinfônicas do Almeida Prado ao final.

CD 1

01 Samuel Barber: Adagio para Cordas, Op. 11 7m26s
02 Johannes Brahms: Abertura Festival Acadêmico em Dó Menor, Op. 80 10m01s
03 a 06 Gustav Mahler: Sinfonia No. 1 em Ré Maior 50m55s
07 Antonín Dvorák: Dança Eslava em Mi Menor, Op. 72 5m38s

Regência: Kurt Masur

01 a 15 Modest Mussorgsky / Maurice Ravel: Quadros de uma Exposição 32m26s
16 Carlos Gomes: Abertura da Ópera O Guarani 8m02s
17 a 27 Almeida Prado: Variações Sinfônicas (Primeira Gravação e Estréia Mundial) 15m25s

Regência: Roberto Minczuk

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Gravado no Auditório Cláudio Santoro em julho de 2005 e na Sala São Paulo em 31 de julho de 2005, durante o 36° Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão

CVL

 

Francis Poulenc (1899-1963): Concert Champêtre / Suite Française / Sinfonietta etc

Continuando a minha verdadeira compulsão por Poulenc e a música francesa do século XX, quero chamar a atenção para o singular e apaixonante Concert Champêtre, que assim como o Concerto para Cravo de Falla, logo se transformou numa das minhas peças prediletas para o instrumento. Este concerto para cravo e orquestra foi composto entre 1927 e 1928 para a cravista polonesa Wanda Landowska, que foi responsável pela composição de várias outras peças, no revival do século XX para o instrumento, como por exemplo: o Concerto para Cravo e Cinco Instrumentos e O Retábulo de Mestre Pedro de Manuel de Falla.

A peça escrita nos tradicionais três movimentos de concerto, rápido-lento-rápido, evoca o período Barroco, quando o cravo era um instrumento comum, tanto em termos de sua linguagem melódica e harmônica, quanto  em sua estrutura.

Boa audição!

.oOo.

Francis Poulenc: Concert Champêtre / Suite Française / Sinfonietta etc

Sinfonietta pour orchestre
1.  I. Allegro con fuoco (8:37)
2. II. Molto vivace (5:54)
3. III. Andante cantabile (7:22)
4. IV. Finale (6:24)

Concert Champêtre
5.  I. Allegro molto (10:36)
6. II. Andante (6:04)
7. III. Finale (8:06)

Hommage à Albert Roussel for small orchestra
8. Pièce brève sur le nom d’Albert Roussel (2:07)

Variations sur le nom de Marguerite Long
9. Bucolique (2:26)

10. Fanfare (2:51)

Deux Marches et un Intermède
11. I. Marche (1889) (1:34)
12 II. Intermède champêtre (1:49)
13. III. March (1937) (1:50)

Suite française for small orchestra
14. I. Bransle de Bourgogne (1:22)
15. II. Pavane (2:25)
16. III. Petite marche militaire (1:06)
17. IV. Complainte (1:29)
18. V. Bransle de Champagne (1:41)
19. VI. Sicilienne (1:53)
20. VII. Carillon  (1:37)

Pascal Rogé, cravo
Orchestre National de France, Charles Dutoit

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

Marcelo Stravinsky

Art Metal Quinteto – Dezenovevinteeum

Não conheço muito sobre esse grupo e o repertório (quase todo de arranjos) não se eleva do patamar de partitura de banda de coreto – vale só pelo registro inédito das obras e pelo trabalho de resgate empreendido pelo quinteto.

A resenha abaixo copiei daqui.

Quintetos para metais I

Desde o século XIX o Brasil forma bons instrumentistas de metais, principalmente em bandas militares. No entanto, o número de obras originais para trompete, trompa, trombone e tuba, em qualquer combinação, sempre foi reduzido. Esse fato motivou o Art Metal Quinteto, cujo primeiro trompete é o pernambucano Nailson Simões, a empreender um primoroso resumo de obras e transcrições para quintetos de metais (e percussão) da monarquia aos dias de hoje, abrangendo a música clássica e a popular. Assim, este CD contempla quase anônimos, como João Elias da Cunha e Zulmira Canavarros, e nomes de peso, como Pixinguinha, Anacleto de Medeiros e Camargo Guarnieri. O Nordeste está representado por Maestro Duda e sua suíte Música para metais n° 4. (CEA)

Dezenovevinteeum – Art Metal Quinteto, Ágapa, R$ 25,00

***

PS.: O primeiro trompete do Art Metal Quinteto atualmente é David Alves.

***

Art Metal Quinteto – Dezenovevinteeum

1. Dança Brasileira
2. Os Mártires de Canudos
3. Marreco Quer Água
4. O Bom Filho a Casa Torna
5. A Grande Batalha no Avaí
6. A Grande Batalha no Avaí
7. A Grande Batalha no Avaí
8. A Grande Batalha no Avaí
9. Fantasia e Rondó
10. Fantasia e Rondó
11. Beiraçeas
12. Uma Recordação de Amor
13. Cabeça de Boi
14. Voltando de Acari
15. Música para Metais Nº 4

(Agradeço ao Adriano Holtz pelo envio da relação das faixas.)

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CVL

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Cello Concertos

Fica difícil falar qualquer coisa depois de ouvir esse disco com obras do Shosta. São dois dos melhores concertos para violoncelo de todos os tempos (e morte pra quem disser o contrário por aqui). Vocês podem encontrar interpretações melhores e mais celebradas, mas a senhora Natalia Gutman conquistou o primeiro lugar da minha lista.
De brinde uma das mais virtuosas e empolgantes obras de Schnittke – Dialogue, for cello & 7 instruments. Esta obra escrita em 1965 é totalmente atonal e dentro dos moldes do modernismo pós-guerra, no entanto sua estrutura percorre todo tipo de ritmos e sentimentos (humor, raiva, leveza,..), antevendo o período poliestilístico do compositor.
Enfim, um cd IM-PER-DÍ-VEL…não, esse mote é do meu outro brother. Vou colocar meu próprio stamp: cd do CA-RA-LHO!

Faixas:

Dmitri Shostakovich (1906-1975)
1. Cello Concerto No. 1 op. 107 (1959) – Allegretto
2. Moderato
3. Cadenza – Allegro con moto
NATALIA GUTMAN, Violoncello
The USSR Radio and TV Symphony Orchestra
KYRILL KONDRASHIN

4. Cello Concerto No. 2 op. 126 (1966) – Largo
5. Allegretto – Allegretto
NATALIA GUTMAN, Violoncello
Moscow State Philharmony,
DMITRI KITAJENKO

Alfred Schnittke (1934-1998)
6. Dialogue for Violoncello and Seven Instruments (1965)
NATALIA GUTMAN, Violoncello
Gnessin Chamber Orchestra,
YURI NIKOLAEVSKY

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cdf

Dmtri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia No. 5 em Ré menor, Op. 47 e Sinfonia No. 6 em Si menor, Op. 54

Apesar de ter uma quantidade considerável de música para postar, hoje me bateu uma profunda indecisão sobre o que trazer à tona. Olhei, analisei e acabei encontrando esta maravilha. Duas sinfonias – as de números 5 e 6 – de um dos meus compositores favoritos – Shostakovich. E não se trata de qualquer gravação. A regência das mencionadas sinfonias do Shosta é executada pelo deus da regência – Evgeny Mravinsky – e por Mstslav Rostropovich. Apenas fazendo uma digressão: encontrava-me entendiado antes de ouvir a música de Shosta com Mravinsky e após a sonoridade inconfundível da Filarmônica de Leningrado entrar pelos meus ouvidos e tomar todo o meu ser com a Quinta Sinfonia, fui acometido por um profundo entusiasmo. Boa apreciação desse CD que podemos chamar de IM-PER-DÍ-VEL.

Dmtri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia No. 5 em Ré menor, Op. 47 e Sinfonia No. 6 em Si menor, Op. 54

Sinfonia No. 5 em Ré menor, Op. 47
01. Moderato
02. Allegretto
03. Largo
04. Allegro non troppo

Leningrad Philharmonic Orchestra
Evgeny Mravinsky, regente

Sinfonia No. 6 em Si menor, Op. 54
05. Largo
06. Allegro
07. Presto

National Symphony Orchestra
Mstislav Rostropovich, regente

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Carlinus

Eufonium Brasileiro – Fernando Deddos

A resenha abaixo foi retirada deste link aqui. Particularmente, achei muito boa a iniciativa de se abrir repertórios para o eufônio/bombardino e este álbum apresenta uma diversidade de linguagens muito salutar e rica. Vale a pena, no mínimo, baixar para apreciar as obras, o belo som do eufônio e a competência do intérprete.

***

Por Ricardo Prado

“Eufonium Brasileiro” é o primeiro CD do compositor e eufonista Fernando Deddos, um desses artistas poderosos cuja paixão por seu instrumento é capaz de nos iluminar de uma música inesperada e bela.

Eufônio vem de Euphonium, que significa “som bonito”. Ele é o bombardino das bandas militares e escolares – essas matriarcas da música no Brasil. Fernando chama o instrumento carinhosa, poeticamente, de “o querido bombardino”. O compositor Harry Crowl – que está presente com a obra “Diálogo sonoro sob as estrelas”, dedicada ao intérprete -, escreve: “Sempre me intrigou o fato de o bombardino, ou eufônio, não ser um instrumento mais valorizado como solista. Normalmente utilizado para fazer o contracanto nos dobrados e outras obras da tradição brasileira para banda militar, o eufônio também aparece em algumas obras orquestrais como um instrumento exótico. Mas, como podemos constatar, esse instrumento não fica nada a dever para uma trompa e tem mais possibilidades técnicas que um trombone”.

Além das obras de Fernando Deddos, marcadas pela inventividade e, frequentemente, por essa forma agudar de inteligência que é o humor, o CD conta composições de Carlos Gomes, Francisco Braga, Isidoro de Assumpção, Hermeto Paschoal, Carlos da Costa Coelho e Isaac Varzim: uma variedade de estilos que, além de demonstrar as imensas possibilidades do instrumento, forma um panorama da imensa riqueza da criação musical brasileira. Para tanto, Deddos reuniu um elenco de convidados que lhe permite ganhar deles e compartilhar conosco música tão singela quanto imensa.

O disco é, para mim, uma revelação comovente, uma lição de música que Fernando Deddos oferece e que precisa ser aceito e mantido por perto, ao alcance da mão, cotidiano.

***

Eufonium Brasileiro

1 – Saudação (Tradicional brasileira)
2 – Frevo do Besouro (Fernando Deddos)
3 – Diálogo sonoro sob as Estrelas (Harry Crowl)
4 – Fantasia Fandango (Fernando Deddos)
5 – Ratatá! (Fernando Deddos)
6 – Interferência
7 – Quem Sabe!? (Carlos Gomes)
8 – Diálogo Sonoro ao Luar (Francisco Braga)
9 – Saudades de Minha Terra (Isidoro C. de Assumpção)
10 – Rabecando (Fernando Deddos)
11 – Chorinho pra Ele (Hermeto Pascoal)
12 – Ferme les Yeux (Carlos Coelho)
13 – Impropus (Fernando Deddos)
14 – Eletrofônio (Isaac Varzim)

Fernando Deddos, eufônio e compositor
Participações musicais: Rodrigo Capistrano, saxofone alto. Adailton Pupia, viola caipira. Rafael Buratto, violoncelo. Thiago Teixeira, Davi Sartori e Carlos Assis, piano. Danilo Köch Jr., caixa clara. Vina Lacerda, pandeiro. Danilo Koch Jr, marimba.

Selo independente

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CVL

Universo Clássico 25 – Gershwin

Esse CD, de uma coleção lançada aqui no Brasil década passada, deve ser de gravações originais lançadas em outros discos. Aproveitem porque são excelentes.

1. Rapsódia in blue, com Leonard Bernstein solando e regendo a Sinfônica de Columbia
2. Três prelúdios, com Oscar Levant
3. Concerto em fá – III. Allegro agitato, com André Previn, e Andre Kostelanetz regendo sua orquestra
4. Um americano em Paris, com Eugene Ormandy regendo a Orquestra da Filadélfia
5. Porgy and Bess – Um quadro sinfônico (trechos) – arranjado por Robert Russell Bennett, também com Eugene Ormandy regendo a Orquestra da Filadélfia

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CVL

The Sacred Bridge

Se os CDs que postei dos grupos Syntagma, Anima e Carmina formam uma progressão, esse aqui é o orgasmo. Pena que não é brasileiro, mas, fosse de onde fosse, só o fato de terem achado o elo perdido entre o cantochão e a salmodia judaica (faixa 3 – In Exitu Israel) já faz com que esse disco mereça nossa atenção de cabo a rabo. Vale o IM-PER-DÍ-VEL.

***

The Sacred Bridge: Jews and Christians in Medieval Europe

1. Boray Ad Ana/Criador Hasta Quando
2. Al Naharto Bavel
3. In Exitu Israel/B’tset Yisrael
4. Mi Al Har Horeb
5. Par Grand Franchise
6. Wa Heb’ Uf
7. Lou Tragediou de la Reine Esther: Cansoun d’Ester
8. Eftach Sefatai
9. Communaute Juive Espagnole en Exil
10. Morena Me Llaman
11. Yo Hanino Tu Hanina
12. Desde Hoy Mas Mi Madre
13. Rosa Enfloresce
14. Respondemos Dio de Abraham
15. Virgen Madre Gloriosa
16. Kaddish
17. Dos Oge Mas Quer Eu Trobar
18. Gran Dereit
19. Cuando el Rey Nimrod
20. Ahot Ketanta
21. Muit E Benaventurado
22. Nora Alila

Joel Cohen (Performer, Conductor), Anonymous (Composer), Sephardic Traditional (Composer), Spanish Anonymous (Composer), Boston Camerata (Performer), Michael Collver (Performer), John Collver (Performer), Anne Azema (Performer), Ellen Harbis (Performer), Lynn Torgove (Performer), Ellen L. Hargis (Performer), John Fleagle (Performer)

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CVL

Leonard Bernstein (1918-1990) – American Portraits

Quase todas as gravações da coleção American Portraits são muito vagabundas, mais parecem feitas aqui no Brasil (dadas as devidas exceções, claro), mas são europeias – a falta de qualidade se deveu à falta de feeling e apuro ao lidar com as obras estadunidenses*. Mesmo assim, por conta de duas obras do presente CD, vale a indicação ao menos deste álbum: Halil, um noturno para flauta, harpa e percussão pouco conhecido aqui no Brasil, e o balé Fancy Free, que parafraseia o estilo das big bands dos anos 40 contando as diversões de três marinheiros pela Big Apple (vide argumento aqui).

* Uma curiosidade é que Villa-Lobos integra essa coleção, mesmo sendo dedicada a norte-americanos: honrosa deferência.

***

American Portraits: Leonard Bernstein

1. Overture to Candide, for orchestra
2. West Side Story, musical: [Unspecified] Melodies
3. Halil, nocturne for flute solo, piccolo, alto flute, percussion & harp; also for flute, piano & percussion
4. Fancy Free, ballet: Enter Three Sailors
5. Fancy Free, ballet: Scene At The Bar
6. Fancy Free, ballet: Pas de Deux
7. Fancy Free, ballet: Variation I
8. Fancy Free, ballet: Variation II
9. Fancy Free, ballet: Variation III
10. Fancy Free, ballet: Finale

Intérpretes: vide link Amazon

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CVL

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Piano concerto No. 1 in B flat minor, op. 23 e Violin concerto in D major, op. 35

O Strava ontem lembrou do aniversário de 170 anos do nascimento de um dos mais importantes músicos de todos os tempos, Tchaikovsky. Eu não poderia passar batido. Sou fã da sua música.  Por isso resolvi fazer duas postagens. A primeira é este CD fantasticamente imperdível. Destacarei apenas o Concerto para violino em Ré maior, op. 35, um dos concertos mais belos, conhecidos e tecnicamente difíceis para o instrumento. Quando compôs a obra, Tchaikovsky estava se recuperando de uma depressão causada pela relação desastrosa com Antonina Miliukova, sua esposa. A primeira apresentação foi realizada em 1881, tornando-se de lá para cá uma referência necessária quando mencionamos o termo: “concerto para violino e orquestra”.  Ainda aparece neste registro o Concerto para piano e orquestra, o opus 23, com Gilels e Mehta. Ou seja, é para ouvir e se impressionar. Boa apreciação!

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Piano concerto No. 1 in B flat minor, op. 23 e Violin concerto in D major, op. 35

Concerto para piano e orquestra No. 1 in B flat minor, op. 23
01. I. Allegro non troppo e molto maestoso
02. II. Andantino semplice
03. III. Allegro con fuoco

New York Philharmonic
Emil Gilels, piano
Zubin Mehta, regente

Concerto para violino em D major, op. 35
04. I. Allegro moderato
05. II. Canzonetta. Andante
06. III. Finale. Allegro vivacissimo

The Philadelphia Orchestra
David Oistrakh, violino
Eugene Ormandy, regente

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – As Quatro Sinfonias – Toscanini (1952)

O escritor Sylvio Lago Júnior no seu livro A Arte da Regência, um calhamaço de quase 700 páginas, afirma que “Toscanini passou para a história dos maestros como um dos seus maiores, e o ponto de interseção das mudanças consideráveis de estilo, técnica e concepção da regência do século XX. Pela extraordinária inteligência ordenadora, pelas sábias recriações das grandes obras, pela generosidade de sua natureza e, principalmente, pela influência poderosa que exerceu sobre toda a direção no século XX, o maestro italiano foi responsável, pela transição da regência do século XIX para os modernos conceitos de intérpretes de nosso tempo”. São por essas e outras que eu não deveria de deixar de postar essa integral das sinfonias de um dos meus compositores favoritos com um excelente regente. Além do que, esta postagem é para atender uma solicitação de FDP que muito queria estas sinfonias com Toscani. Solicitou ainda Wilhelm Furtwängler, mas este pedido somente será atendido na próxima semana. Já separei as  quatro sinfonias com o  Furtwängler. Por enquanto, divirtam-se com esta gravação histórica realizada sob a batuta do mitológico Arturo Toscanini. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – As Quatro Sinfonias – Toscanini (1952)

Disco 1

Applause
01. Applause

British National Anthem
02. British National Anthem

Tragic Overture, Op. 81
03. Tragic Overture, Op. 81

Symphony No. 1 in C minor, Op. 68
04. I. Un poco sostenuto – Allegro
05. II. Andante sostenuto
06. III. Un poco allegretto e grazioso
07. IV. Adagio – Più andante – Allegro non troppo, ma con brio

Disco 2

Symphony No. 2 in D major, Op. 73
01.I. Allegro non troppo
02. II. Adagio non troppo
03. III. Allegretto grazioso (Quasi andantino – Presto, ma non assai
04. IV. Allegro con spirito

British National Anthem
05. British National Anthem

Variations on a Theme by Haydn, Op. 56a
06. Chorale (St. Antoni)
07. I. Poco più animato
08. II. Più vivace
09. III. Con moto
10. IV. Andante con moto
11. V. Vivace
12. VI. Vivace
13. VII. Grazioso
14. VIII. Presto non troppo
15. Finale

Disco 3

Symphony No. 3 in F major, Op. 90
01. I. Allegro con brio – Un poco sostenuto – Tempo I
02. II. Andante
03. III. Poco allegretto
04. IV. Allegro – Un poco sostenuto

Symphony No. 4 in E minor, Op. 98
05. I. Allegro non troppo
06. II. Andante moderato
07. III. Allegro giocoso – poco meno presto
08. IV. Allegro energico e passionato – Più allegro

Live Royal Festival Hall, London, England
Philharmonia Orchestra
Arturo Toscanini, regente

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Carlinus

Harry Crowl (1958) – Contemplações

Aqui vai mais um CD com obras de câmara de Harry Crowl, dileto visitante deste blog e um dos compositores mais destacados do Brasil na atualidade.

As obras de Crowl me lembram em certa medida as de Eli-Eri Moura (a do Eli-Eri hermético, não do acessível – noutro post, explicarei) em sua dificuldade de serem assimiladas à primeira escuta: elas pedem que o ouvinte conheça códigos e procedimentos composicionais não disponíveis a priori, para que não se estranhe sua manifestação sonora. Dito de outro modo, o ouvinte precisa pegar a partitura ou conversar com o compositor para destrinchar as obras. Assim fica mais palatável – ou menos árido – apreciar as partituras. No caso de Crowl, quase todas as suas obras partem de um processo abstrato de tradução de elementos literários, pictóricos ou mesmo idílicos para termos musicais, e isso não é extremamente difícil de perceber de cara se não houver uma chave. Qualquer coisa, o compositor estará por perto para dialogar com vocês. Boa audição.

***

Contemplações

1. Tahghai’urun, para piano
2. Jeremie Prophetae: Uma Epígrafe, para piano
3. Música para Flávia, para piano
4. Aethra III, para violino solo e piano obligato
5. Paisagem de Inverno, para clarineta em lá, violino e piano
6. Umbrae et Lúmen, para flauta (+ fl. baixo, fl. alto e flautim), clarineta (+ req.), fagote, sax (alto e sop.), trombone (ten. e alto), violino e contrabaixo

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CVL

170º Aniversário de Nascimento de Piotr Ilyitch Tchaikóvski: Coleção Grandes Compositores 01/33

“Eu Componho”, declarou Piotr Ilyitch Tchaikóvski, “[de forma que] através da música eu possa extravasar meus humores e sentimentos”. De fato, a vívida expressão de emoções é a marca registrada do estilo de Tchaikóvski; o júbilo e o sofrimento se expressam em suas partituras com uma intensidade raramente igualada por outro compositor. As paixões incandescentes das quais sua música parece feita são as de um artista sensível, que conhecia o triunfo, tanto quanto a tragédia. Pois, embora tenha vivido o bastante para se ver consagrado como o maior compositor da Rússia, Tchaikóvski foi atormentado durante toda a sua vida pela solidão, por conflitos sexuais e pela insegurança.

Apesar de seu temperamento romântico, Tchaikóvski soube equilibrar posturas musicais ardentes com uma graça natural e com poética sensibilidade. O mesmo compositor que produzira a bombástica Abertura 1812 considerava o refinamento clássico do trabalho de Mozart como a maior conquista da música; a complexa elaboração que isso sugere se refletia na riqueza da obra do compositor russo. As partituras de Tchaikóvski nos oferecem drama, sensualidade e elegância, por meio de melodias memoráveis e de brilhantes orquestrações.

Fonte: Encarte do cd

Feliz aniversário a um dos maiores mestres da música universal!

Boa Audição!

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Coleção Grandes Compositores Vol. 01 – Piotr Tchaikóski

Disco A
Concerto para Piano e Orquestra Nº 1 em Si Bemol Menor, Op. 23

01 Allegro non troppo e molto maestoso; Allegro con spirito (21:08)
02 Andantino semplice (7:28)
03 Allegro con fuoco (6:48)
Piano: Martha Argerich
Royal Philharmonic Orchestra. Regente: Charles Dutoit

Capriccio Italien, Op. 45
04 Andante un poco rubato; Allegro moderato; Andante; Presto; Allegro moderato; Presto; Prestíssimo (15:52)
Orquestra Filarmônica de Israel. Regente: Leonard Bernstein

Abertura 1812, Op. 49
05 (15:34)
Orquestra Filarmônica de Israel. Regente: Leonard Bernstein

Disco B
Sinfonia Nº 6 em Si Menor, Op. 74 (Patética)
01 Adagio; Allegro non troppo (19:10)
02 Allegro con grazzia (7:59)
03 Allegro molto vivace (8:25)
04 Finale: adagio lamentoso; andante (11:10)
Philharmonia Orchestra. Regente: Wladmir Ashkenazy

Suíte de “O Lago dos Cisnes”, Op. 20
05 Cena (Ato II) (2:39)
06 Valsa (Ato I) (6:50)
07 Dança dos cisnes (Ato II) (1:29)
08 Cena – Pas d’action (Ato II) (6:29)
09 As czardas (Ato III) (2:48)
10 Cena (Ato IV) (4:14)
Orquestra Filarmônica de Israel. Regente: Zubin Mehta

BAIXE AQUI – DOIS DISCOS / DOWNLOAD HERE – TWO DISCS

Marcelo Stravinsky