Alfred Reed (1921-2005): Viva Música, First Suite for Band e Second Suite for Band ( Latinomexicana )

Isso que eu posto aqui hoje, não é um CD, e sim um fragmento de dois CD’s que eu não encontrei na Amazon. Penso que Alfred Reed tenha sido um dos mestres do século. Sempre compondo com gosto. Fazendo sempre bem feito o seu trabalho.
A orquestração para bandas sinfônicas é tida com muito preconceito. Tida como sendo um ramo da música que cresceu defeituoso. Acho que tudo isso seja ”prosopopéia flácida para acalentar bovinos.”
Vamos falar do post..
Eu já tive o prazer de tocar todas as músicas presentes neste post, e posso dizer com muita firmeza: É muito difícil. Alfred Reed. Reed ”contraponteia” toda a melodia. Ainda a melodia é toda quebrada nos instrumentos. Isso dá a impressão de união do conjunto. Como se o conjunto tocasse uma coisa só. É uma técnica muito utilizada, e tem resuldatos.

Composta em 1983, Viva Música é uma ”Abertura de Concerto” ( assim vem escrito na partitura: A Concert Overture for Winds ) ou seja, mostra toda a sonoridade que se pode extraír do conjunto. Mostra o som de todos, eu disse TODOS, os instrumentos seja como for. Desde a Clarineta até o Pandeiro. Ainda assim essa música é o terror na vida dos trompista, porque caso vocês escutem, tem um solo de trompa ( 1:16min. ) com sax alto. Os intervalos entre as notas são grandes, o que facilita muito mais as coisas para o músico. O compasso é um ”mix” de 7/8 e 8/8. Os atentos irão perceber que por mais que o compasso seja composto e sem o chamado ”tempo forte” a música flui muito bem. Os compassos 7/8 tem a concheia como principal figura rítmica. Reed agrupa as 3 primeiras colcheias no primeiro tempo, e as 4 seguidas, duas em um tempo e duas no outro tempo. Assim ficamos com 3 tempos em um compasso 7/8. Interpretando cada “I” como se fosse uma colcheira e o espaço entre eles a divisão do tempo ficaria assim ( III – II – II ). O interessante é que o compasso 8/8 funciona da mesma maneira ( III – III – II ). Eu fiquei embasbacado como esse cara conseguiu bolar isso. É uma música que eu recomendo ouvir atentamente. Cada segundo ouvindo é um aprendizado. Vale a pena tentar adivinhar qual o instrumento está tocando tal trecho.

A First Suite for Band é dividida entre uma abertura, em ritmo de marcha. esse movimento não quer expressar a música das ” bandas marciais” mas sim como um tema de aventura. Reed era trompetista. Isso faz com que ele utilize muito os naipes de metais. Principalmente trompa e trompete ( cornet, flugelhorn….. )

O segundo movimento é a coisa mais bela que eu já ouvi na vida. Me dá vontade de chorar toda vez que o ouço. É a coisa mais bela e melodiosa que eu já pude tocar. Não sei como descrever. Poderia ficar um mês inteiro atribuindo adjetivos para esse movimento mas deixo a voces a missão de dizer o que acharam deste movimento na caixa de comentário.

O terceiro movimento é um Rag. Isso nos trás às origens de da Música classica americana. Profetizada por Dvorák o Ragtimes é uma forma de compor nascida nos EUA. Aqui em baixo um trcho tirado da wikipédia sobre o Ragtimes.

”Ragtime (também ragged-time) é um gênero musical norte-americano que teve seu pico de popularidade entre os anos 1897 e 1918. Tal gênero tem tido vários períodos de renascimento, ainda hoje são produzidas composições. O ritmo foi o primeiro gênero musical autentico norte-americano, superando o jazz.[1] Começou como música de dança com cunho mais popular, anos antes de ser publicado como partitura popular para piano. Sendo *uma modificação da marcha foi primeiramente escrita na tempos 2/4 ou 4/4 com uma predominância da left hand pattern de notas graves em batidas com tempos diferentes e acordes em números de batidas pares, acompanhando uma melodia sincopada na mão direita. Uma composição nesse estilo é chamada de “rag”. Uma rag escrita em 3/4 é uma “valsa ragtime”.
Ragtime não é um “tempo” (métrica no mesmo sentido que a métrica marcial é 2/4 e a valsa com métrica 3/4). No entanto, é um gênero musical que usa um efeito que pode ser aplicado à qualquer métrica. A característica que define a música ragtime é um tipo específico de sincopação na qual os acentos melódicos ocorrem entre as batidas métricas. Isso resulta em uma melodia que parece evitar algumas batidas na métrica do acompanhamento, através da ênfase de notas que tanto antecipam ou seguem a batida. A última e (intencional) efeito no ouvinte é de fato acentuar a batida, sendo assim induzindo o ouvinte a vibrar com a música.”

Não preciso dizer mais nada né ?

Sobre o último movimento, não tenho nada a dizer. Só a escutar. É muito engraçado. Dá para rir ouvindo.

Sobre a Second Suite for Band.

Quando Alfred Reed compos essa peça, imagino que ele queria juntar rítmos presentes na América latina, Principalmente na parte colonizada por espanhóis. O Son Motuno é um rítmo proveniente da área Cubanda, Muitos estudiosos dizem que o Tango, a Salsa e outrs rímos saíram do Son Motuno. É uma peça que a pessoa que está ouvindo tem vontada de levantar e sair dançando.

Para não ficar confuso, o começo do segundo movimento ( Tango ) quer representar ondas do mar. Pode-se perceber que em toda a exucução da música tem o ”vai e vem” das ondas do mar. Isso foi uma grande sacada da parte de reed. Ainda prefiro a segundo movimento da Primeira Suíte.

Guaracha, o própio nome quer dizer sobre o que se trata este movimento. É o mais curto de todos. Cerca de 2 minutos. Ainda assim é muito divertido. Ouvir este movimento é como ouvir uma criança brincando. Não tenho como descrever este movimento. Lá para o 1:17, sempre que tive a oportunidade de tocar esse solo me dava vontade de rir. Não sei porque. Simplesmente é muito belo e muito engraçado. 😀

Ahhhh, agora eu vou falar ! O 4º Movimento quer expressar toda a emoção de uma tourada. Quem não conhece o toque de trompete presente no 0:18 deste música ? Reed cria um eco, primeiro da clarineta, depois da flauta. Daí entra o Corne ingles e a clarineta tocando como um tema fúnebre. Um solo de Clarineta. O Lamento. Depois um compasso sincopado 5/4 deixa claro a corrida, a emoção. Entra as castanholas e as flautas. Intervenções de trompete. Tudo mais.

Vai-se para o compasso 3/4, como se representa uma dança, uma valsa. Ou até mesmo um ciclo de transe que as pessoas ficam. Peço atenção ao período da 3:10 até 3:30. É fantástico. Diz tudo, expressa tudo. Toda a emoção. O solo de Xilofone ao fundo é dificílimo de ser executado. É executado junto com trompetes com surdina e fica mais difícil pois ambos tem que tocar juntos. Sem nenhuma marca de erro e atraso. Neste período volta ao compasso 5/4 que ao mesmo tempo não te dá a sensação de estabilidade musical mas ao mesmo tempo não deixa a melodia depravada. Pelo contrário deixa ainda mais rica.

Bom, espero que gostem, e digam o que acham.

Alfred Reed (1921-2005): Viva Música, First Suite for Band e Second Suite for Band ( Latinomexicana ) – Tokio Kosei Wind Orchestra

1 – Viva Música
2 – First Suite for Band – March
3 – First Suite for Band – Melody
4 – First Suite for Band – Rag
5 – First Suite for Band – Gallop
6 – Second Suite for Band (Latino Mexicana) – Son Montuno
7 – Second Suite for Band (Latino Mexicana) – Tango (“Sargasso Serenade”)
8 – Second Suite for Band (Latino Mexicana) – Guaracha
9 – Second Suite for Band (Latino Mexicana) – Paso Double (“A la Corrida!”)

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Gabriel Clarinet

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 6 – Trágica – R.Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

Estava tentando terminar a série das sinfonias de Mahler até o final do ano. Mas pelo visto não conseguirei. Estou tendo sérios problemas com a Oi e sua péssima internet.
Aí vai mais uma….
SINFONIA No.6
Apelido: Trágica (não-oficial)
Tonalidade principal: Lá menor
Composição: 1903-1905
Revisão: 1908
Estréia: Essen, 27 de maio de 1906 (regência de Mahler)
1a.Publicação: 1906 (Leipzig, C.F. Kahnt Nachf)
Instrumentação:
Piccolo
4 Flautas (flautas 3 e 4 alt. piccolos)
4 oboés
Corne-Inglês
Clarinete em Mib (tb como 4o. clarinete)
3 clarinetes (Sib, Lá)
Clarone
4 fagotes
Contrafagote
8 trompas
6 trompetes
3 trombones
Trombone baixo
Tuba
Tímpanos
Sinos
Sinos de vaca
Glockenspiel
Xilofone
Celesta (2 ou mais se possível)
Triângulo
Tam-Tam
Pratos
Caixa Clara
Tamburim
Bombo
Martelo
2 harpas
Quinteto de cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos)
Duração: aprox. 80 minutos
Movimentos:
I- Allegro energico, ma non troppo. Heftig aber markig
II- Scherzo (Wuchtig)
III- Andante moderato
IV- Finale: Allegro moderato
Comentários: Considerada por muitos como a mais ‘difícil’ sinfonia de Mahler, ela é uma espécie de antítese da Quinta, pois cria uma compexa gama de tensões harmônicas, formais e dinâmicas sem resolvê-las no esperado final. É a mais ‘clássica’ de todas, com uma forma rigidamente sonata, estrutura quase beethoviana, mas, não obstante, sua mais pesada e tensa obra, e que lhe rendeu, muito propriamente, o apelido. O último movimento contém 3 estrondos monumentais, de simbologia um pouco obscura, mas de visão apocalíptica, composto estranhamente num dos períodos mais calmos e felizes de sua vida.

retirado daqui: http://repertoriosinfonico.blogspot.com/2007/06/sinfonias-informaes-tcnicas.html

Filipe Salles escreveu:
A antítese da Quinta é a Sexta, sinfonia que começa nos mesmos moldes, mas que não termina na resolução dos conflitos propostos, conservando as tensões harmônicas até o final, sendo por isso, conhecida como Sinfonia Trágica. Mahler a escreveu em 1905, quando descobriu que era portador de uma doença genética no coração, e que iria matá-lo em breve. Poucas obras musicais revelam com tamanha perfeição o conflito pessoal que o sufocava, tomando consciência de maneira bastante dura e irrevogável de sua condição humana, e, portanto, mortal. É uma sinfonia pesada, de orquestração maciça, harmonias fortes, mas também não sem encantos, sendo seu Andante uma das páginas mais apaixonadas de Mahler. De qualquer modo, não é uma sinfonia facilmente digerível; o clima angustiante de um herói às voltas com seu próprio limite permeia toda a sinfonia, incessantemente. Ao terminá-la, apesar de estar passando por um período relativamente tranqüilo de vida, viu expurgados anseios íntimos, antigas preocupações lhe afloraram.
FDP Bach escreveu:
Gosto muito desta sinfonia, principalmente de seu primeiro movimento, de caráter marcial. Nas mãos de Bernstein torna-se ainda mais incrível.
Ah, existe uma pequena controvérsia referente ao Scherzo e ao andante, melhor detalhada aqui. A opção de Bernstein será a primeira adotada por Mahler, a saber, primeiro o Scherzo, depois o andante. Outros regentes, farão a inversão dos movimentos, como Abbado.
Com relação ao tempo de duração, esta gravação tem 1h e 27 min. Ou seja, não caberia em apenas 1 cd, algo que outros regentes já conseguiram fazer, como o próprio Bernstein, em seu registro de 1967 com a Filarmônica de New York. Só para efeito de comentário, nesta versão que ora posto, o último movimento dura 33:16, enquanto que na versão anterior dura 28m:38s. É uma diferença considerável… mas, enfim, são detalhes referentes às escolhas que são feitas pelos regentes e seus produtores, e sobre isso já fiz outra comparação, que se vai encontrar nos comentários da postagem da sinfonia nº 5.

retirado daqui: http://www.sul21.com.br/blogs/pqpbach/gustav-mahler-1860-1911-sinfonia-n%C2%BA-6-e/

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 6 – Trágica – R.Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

1 – Allegro energico, ma non troppo. Heftig, aber markig.
2 – Andante moderato
3 – Scherzo: Wuchtig
4 – Finale: Sostenuto – Allegro moderato – Allegro energico

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Gabriel Clarinet

Marcílio Onofre (1982) – Capricho Medonho e Eatenus

[Post publicado pela primeira vez em 10 de junho de 2010, com acréscimos atualizados em itálico.]

Esse “grande público” distinguiu-se com frequência, nos últimos três séculos, por seu conservadorismo estético: por vezes se queixa das mudanças que lhe tornam a música “incompreensível”, e sua preocupação em compreender (tão estranha diante de uma arte não significante) torna-se obsessiva. Mas não se deve ser sistemático: o artista profético à frente de seu tempo é um lugar-comum da história da música. A defasagem sempre existe, mas, de ordinário, é sempre superada: percebidas a princípio como anomalias, as novidades são integradas à tradição, servindo, por sua vez, para controlar novos progressos. A recusa categórica da música da música moderna por parte de uma maioria do público é uma singularidade de nosso tempo.

Roland de Candé, em História Universal da Música, vol. 1

Sábado passado postei o Concertino para violoncelo e cordas de Clóvis Pereira aqui no blog. Não tenho queixa quanto ao número de downloads, mas creio que se não fosse pelos figurões (Meneses e Haydn) aquele CD não seria tão acessado.

Transcrevi essa epígrafe acima para reforçar uma cantilena que expus tempos atrás. Não sei quantos pararam para ouvir Gilberto Agostinho, Eli-Eri Moura, Clóvis Pereira, Harry Crowl ou Dimitri Cervo, mas sei que o desconhecimento dos nomes espanta os menos ousados. Que alguém não goste de ouvir aquilo com que teve contato é compreensível; estranho é o arraigamento da rejeição àquilo que não se conhece. Daí fica meu convite, mais uma vez, para baixarem obras postadas por mim, CDF, Ranulfus e itadakimasu e comentarem o que quer que seja (desde que não seja para apontar erros gramaticais e de digitação, pois cachorros mortos não serão chutados: serão cremados mesmo aqui no nosso filtro da wordpress).

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Preparei e publiquei o presente post, originalmente, na terça-feira de madrugada [antes do dia 10 de junho] e pouquíssimos puderam vê-lo. Nele, eu falava de como o Compomus (o Laboratório de Composição Musical da UFPB) tornou-se o maior celeiro de compositores nacionais durante esta última década e das parcerias entre esses compositores e grupos musicais locais, como o Brassil. [Só que aí a mudança de servidor mandou os textos do blog daquela semana pro beleléu e eu chutei o balde: reescrevi aquilo que pude recordar.]

Destaquei em particular o jovem Marcílio Onofre, que passou de aluno a professor do Compomus em poucos anos, e esta magnífica obra dele [- o Capricho medonho – ] cujo áudio descobri no YouTube, interpretada pelo próprio Onofre junto com a Sinfônica Jovem da Paraíba – orquestra que dedica um concerto por ano para estrear obras dos alunos do Laboratório (nem orquestras profissionais fazem isso no Brasil, atualmente).

[Removi o link porque recebi este arquivo e o seguinte de um colega meu que garantiu que o compositor não tem a menor bronca com downloads.]

No mais, boa audição. Vale a pena dar uma conferida.

BAIXE AQUI

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Fiquei (e continuo) muito bem impressionado com o Capricho medonho acima. Mas medonha é a presente partitura, Eatenus (algo que em latim quer dizer “longe pra caralho, nos confins das pregas do universo”), para flauta, clarineta, fagote, trompa, violino, viola, violoncelo e contrabaixo. As duas obras, lado a lado, mostram uma tendência observada entre os compositores da Paraíba: a de comporem peças experimentais um tanto áridas (como Eatenus) – ligadas às pesquisas desenvolvidas nas áreas de música, musicologia e tecnologia – e a de, consequentemente, terem cabedal para criar obras competentíssimas seguindo referências tradicionais (como o Capricho, que seria digno de ter sido escrito por aluno de Prokofiev ou Bartók caso conhecesse a música modal nordestina).

A interpretação é do grupo residente do Festival de Inverno de Campos do Jordão 2009.

BAIXE AQUI

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Nos próximos cinco dias, fiquem com o reload dos Quartetos de Cordas do Villa (que já estavam agendados antes do “apagão”) enquanto ajeito os posts do box de música sacra da Harmonia Mundi.

[Deixei esse trecho pra todo mundo voltar a ficar puto com o veto que levamos, de privar vocês das obras do Villa.]

CVL

Os melhores do ano segundo CDF

Eu sempre fui muito influenciado por listas. Se encontro algo dizendo “Os Dez melhores…” procuro uma canetinha para anotar. Pensando bem, quase tudo que conheço (música, livros,…) foi por indicação. Claro que com a idade ganhei certa autonomia nas escolhas. Mas se alguém diz “você deve ler esse livro”, vou na loja comprar. Li até Paulo Coelho. Por outro lado, minha capacidade de convencer outra pessoa é sofrível. Já dei livros e discos a torto e a direito sem nenhum feedback. Por essas e por outras é que fiquei motivado a fazer essa pequena listas dos 5 melhores discos que ouvi esse ano. Pois esse frustrado que vos fala se realiza por aqui, com a boa vontade e interesse de vocês. Não tive preocupação de escolher esses discos por período ou ano que foi realizado, foi simplesmente pelos números de vezes que coloquei no meu toca-discos esse ano.
Começo com Haydn, o maior dos compositores. Bach, Mozart ou Beethoven quase nos convencem de uma certa transcendência; com Haydn, isso não acontece. Ele sempre nos coloca no chão, na vida real. Mesmo em suas missas ou oratórios a celebração não é para Deus, mas à Natureza e ao homem. Por isso o século do romantismo rejeitou o mestre da luz. Em suas óperas, tanto tempo desprezadas, podemos também encontrar a ironia e clareza que também não cativam aqueles de coração mole. “Il Mondo della luna” e “Orlando Paladino” são óperas imperdíveis, que desnudam o lado bom e engraçado da natureza humana. Sorte nossa que Haydn ganhou fôlego com sua visita a Inglaterra, lugar único na valorização de um gênio. Áustria sempre foi injusta com seus compositores em vida: Mozart, Haydn, Schubert, Mahler e Schoenberg. Salzburg, terra onde Mozart nasceu, era o lugar mais provinciano do mundo. As recordações de Mozart daquele lugar sempre foram as piores possíveis, hoje essa cidade sobrevive do turismo em cima do filho que tanto desprezou, vendendo chocolate e camisinhas com a marca Mozart. Com Haydn aconteceu a mesma coisa, sempre foi tratado como serviçal na Áustria. Já na Inglaterra, foi recebido como celebridade, vindo a ganhar um bom dinheiro, o suficiente para comprar uma bela casa e viver independente. O disco “Haydn in London” mostra um desses frutos preciosos que devemos a Londres. Na verdade, são trios para piano, flauta e violoncelo cuja riqueza está justamente em sua simplicidade cristalina.
Mahler foi outro que também passou por dificuldades na Áustria, principalmente quando dirigia a ópera de Viena. Mas ele foi tão genial que conseguiu respirar um pouco a brisa do triunfo. Só que depois de sua morte, em 1911, Mahler ainda continuou sendo desprezado por seu país por um longo tempo. Foi pela boa vontade de seus amigos Bruno Walter, Mengelberg, Klemperer e outros que sua música ainda continuou sendo ouvida nas décadas que se seguiram. Trago para vocês o ciclo de canções orquestrais “Das Knaben Wunderhorn” interpretado por Dietrich Fischer-Dieskau, Elisabeth Schwarzkopf, regida por George Szell (meu maestro preferido junto com Carlos Kleiber). Eu tenho ótimas versões dessa obra, mas aqui o negócio é diferente. O disco já começa com Revelge, a canção militarizada com toda aquela pompa instrumental, como se tivéssemos assistindo uma parada do exército rumo à um bela batalha, mas a ironia do “tralali, tralalei, tralalera” e a sensação de desastre iminente é bem típica do maior profeta da música.
Vamos agora para a Rússia, com o Grand Duet (1959) para violoncelo e piano de Ustvolskaya. A compositora, morta em 2006, teve um caso amoroso com Shostakovich; talvez um pouco traumático, já que aquela, nos últimos anos de sua vida, vilipendiava a imagem do compositor. A mulher era o cão, sua música retrata bem essa personalidade. O Grand Duet tem cinco longos movimentos com nenhum momento de alívio ou encanto. Uma obra genial por sua economia e sonoridade. No disco ainda temos a segunda sonata para cello e piano de Schnittke, no mesmo nível de “humor”. Engraçado é encontrar no início do disco uma peça de Piazzolla; bem fora do contexto, mas genial. Interpretação de Rostropovich.
Os próximos dois discos, Canções de Brahms com a mezzo-soprano argentina Bernada Fink e “Dream of Gerontius” de Elgar, foram meus preferidos esse ano. Pois é, senhores, Elgar sim. Tenho raiva do compositor por tratar sua genialidade com pouco rigor. Se ele tivesse enxugado um pouco mais suas obras, ele chegaria no primeiro escalão. Mas os momentos geniais de “Dream of Gerontius” valem o esforço de ouvir passagens pouco inspiradas. As canções de Schubert e Schumann são bem gravadas e conhecidas, mas não tanto as canções de Brahms. Depois de ouvir esse disco encantador, é difícil entender porque. Estão entre as melhores de todos os tempos. A interpretação de Bernarda Fink é soberba.

Ok, pessoal, encerro minha lista esperando convencer vocês 🙂

Feliz Ano Novo!!!

cdf

Baixe Aqui – Haydn in London
Baixe Aqui – Mahler – Das Knaben Wanderhorn
Baixe Aqui – Ustvolskaya
Baixe Aqui – Elgar- Dream of Gerontius – Disco 1
Baixe Aqui – Elgar- Dream of Gerontius – Disco 2
Baixe Aqui – Brahms

Krzysztof Penderecki (1933-) Symphony No.2 ‘Christmas Symphony’, Te Deum, Lacrimosa, Magnificat e Kanon

Como estamos no período do Natal, achei oportuno fazer a postagem desse extraordinário CD.  O fato é que a moçada aqui do PQP Bach anda numa fase fabulosa de postagens antológicas. FDP andou tirando umas preciosidades do Piazzolla da manga; Ranulfus sacou um oratório do Saint-Säens que eu nem sonhava que existisse; PQP desferiu um golpe no qual ficamos atordoados – postou 8 CDs com “padre vermelho”, Antonio Vivaldi, Telemann e outros. Pelo que tenho escutado nos bastidores, outras coisinhas surgirão para deslumbrar. Imaginem! FDP preparou o Oratório de Natal de Bach com Richter. Irá ao ar à meia-noite. Ranulfus está preparando uma de suas postagens cheias de erudição e bom gosto. Avicenna com sua alma filosoficamente cândida, deve também trazer algo especial. PQP deve está em alguma floresta traçando uma ninfa, como um fauno voraz que é, mas também deve trazer algo muito bom. Eu que não sou bobo, resolvi postar este baita CD  do compositor polonês Krzysztof Penderecki, uma das personalidades marcantes da música contemporânea. Advirto: é preciso ter nervos de  aço e um estômago musical forte para ouvir o polonês. A música é bastante condimentada. Densa. De emoções ásperas, trágica. A Sinfonia No. 2, “Sinfonia de Natal”, é uma daqueles obras que ouvimos, ouvimos e ouvimos; e em cada nova audição somos surpreendidos. Não disponho informações quanto ao regente e quanto aos cantores. Nosso Natal com Penderecki será ríspido, trágico. Mas nem por isso, deixará de ser belo. Imagine se não iremos para o Paraíso e teremos 20 virgens cada um para nos embriagarmos de amor!? Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

*Desejo a todos paz, saúde e muita alegria.

Krzysztof Penderecki (1933-) Symphony No.2 ‘Christmas Symphony’, Te Deum, Lacrimosa, Magnificat e Kanon

DISCO 01

Symphony No.2 ‘Christmas Symphony’
01. Symphony No.2 ‘Christmas Symphony’

Polish Radio National Symphony Orchestra

Te Deum
02. Te Deum

Polish Radio National Symphony
Orchestra
Polish Radio Chorus Of Krakow

DISCO 02

Lacrimosa
01. Lacrimosa

Polish Radio Chorus Of Krakow

Magnificat
02. I. Fuga (Quia respexit) – Et misericordia
03. II. Fecit potentiam
04. III. Passacaglia (Desposuit potentes)
05. IV. Sicut locutus est – Gloria

Polish Radio National Symphony Orchestra
Polish Radio Chorus Of Krakow
Krakow Philharmonic Chorus

Kanon
06. Kanon

Polish Radio National Symphony Orchestra

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

Carlinus

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Fidelio, Op. 72 (ópera em 2 atos) – Klemperer

Fidelio é uma ópera de Beethoven. O trabalho está dividido em dois atos. A seguir está escrita de forma mais pormenorizada uma explicação da Wikipédia:

Personagens

Don Fernando, (Ministro de Estado) baixo
Don Pizarro, (Governador da Prisão) baixo
Florestan, (Esposo de Leonore, prisioneiro político) tenor
Leonore, (Esposa de Florestan, mas disfarçada de Fidélio) soprano
Rocco, (Carcereiro-Chefe) baixo
Marzelline, (filha de Rocco) soprano
Jaquino, (Porteiro da prisão) baixo

Ato I

Pátio do presídio, Marzelline, filha do carcereiro-chefe Rocco, engoma à porta da casa de seu pai, enquanto sonha com a felicidade de viver junto do homem que ama. Chega Jaquino, porteiro da prisão, que aproveita o seu encontro a sós com a moça para paquerá-la. Porém, Marzelline não presta o menor interesse às suas intenções amorosas: apesar de estar prometida a Jaquino, ama na verdade Fidelio, um jovem, que é há pouco tempo ajudante de Rocco. Entra em cena Rocco, seguido de Fidelio, que carrega as correntes consertadas pelo ferreiro. Fidelio é, na verdade, a jovem mulher do nobre espanhol Florestan. Sob a aparência masculina, Leonore infiltrou-se na prisão para investigar se o seu marido desaparecido, está escondido na prisão. Florestan poderá ter sido preso injustamente pelo seu inimigo, Don Pizarro, governador da prisão. Dada as circunstancias, Leonore, que também aos olhos de Rocco é preferível a Jaquino, como futuro marido de Marzelline, vê-se obrigada a aceitar o afeto da filha do carcereiro-chefe para não levantar suspeitas sobre sua identidade. Num quarteto, os quatro personagens expressam os seus diferentes sentimentos: Marzelline e Rocco, manifestam o seu desejo de um futuro casamento entre a jovem e Fidelio; Leonore declara a sua angústia pelo marido e a sua preocupação perante a paixão que despertou em Marzelline, Jaquino, por sua vez, apercebe-se que o coração da sua namorada se encontra cada vez mais longe de si, e sai de cena. Rocco revela a Marzelline e a Fidelio o seu desejo de um rápido casamento entre ambos e, de seguida, declara a sua fé, na importância do dinheiro como elemento de estabilidade num casal. Mas Fidelio acrescenta uma circunstancia que será igualmente vital para a sua própria felicidade: que Rocco permita que o ajude nas suas tarefas mais árduas, pois tem a secreta esperança de poder entrar nas masmorras, onde tem esperança de encontra o seu marido ainda vivo lá. O carcereiro-chefe fala-lhe então de um prisioneiro desconhecido que, por ordem do governador da prisão, está sendo alimentado somente com pão e água. Leonore, angustiada perante a possibilidade de que o torturado seja o seu marido desaparecido, insiste no seu pedido e convence, finalmente, o carcereiro-chefe a pedir permissão ao governador para poder o acompanhar nas masmorras. Uma marcha anuncia a entrada de Pizarro. Os guardas abrem a porta ao governador que surge em cena acompanhado por vários oficiais. À sua chegada, Pizarro recebe a notícia da intenção do ministro de investigar a situação dos prisioneiros do Estado presos na Fortaleza, perante os rumores da sua repressão em condições desumanas. Alarmado pela futura descoberta de sua crueldade para com os prisioneiros, o governado ordena a um oficial que quando avistar o ministro chegar que toque na trombeta com um sinal. Em seguida, paga a Rocco para que ele cave uma fossa na cisterna para Florestan, a quem, para além disso, terá que assassiná-lo. Contudo, o carcereiro-chefe nega-se a fazer o papel de carrasco. Perante a recusa do seu empregado, Pizarro lhe comunica a sua intenção de se disfarçar e ele próprio assassinar Florestan. Ambos homens abandonam a cena e entra Leonore, que amaldiçoa com raiva o cruel e tirano governador e, em seguida, sai para o jardim. Surge Marzelline seguida de Jaquino, que se queixa ao carcereiro-chefe das evasivas de sua filha. Chega então Leonore, que pede a Rocco que permita que os prisioneiros saiam para o jardim, para tomar um banho de sol, aproveitando a ausência do governador. O carcereiro-chefe decide atender o pedido de seu genro: Lenore e Jaquino abrem as portas das celas e, lentamente, surgem o pobres presioneiros, que expressam a sua felicidade e agradecimento pelo favor que foi lhes concedido. Após o coro dos prisioneiros, Rocco comunica a Leonore que lhe foi concedido a permissão para que Leonore o acompanhe nas masmorras para ajuda-lo, assim como o seu concentimento para que possa celebrar o seu casamento com Marzelline. Finalmente, acrescenta que Leonore o há de acompanhar à cisterna para que o ajude a cavar a cova do prisioneiro desconhecido, que vai ser assassinado pelo próprio Pizarro. Leonore, visivelmente aflita, aceita a tarefa de modo a aproximar-se daquele que poderá o seu marido. Entram subitamente Marzelline e Jaquino. A moça avisa ao seu pai de que o governador ficou com muita raiva ao tomar conhecimento de que os prisioneiros foram libertados da prisão para o jardim. Surge Pizarro, enfurecido, e acompanhado por vários oficiais e guardas, a quem Rocco consegue acalmar, explicando-lhe que tal favor se deve ao fato de, neste dia, se celebrar o aniversário do rei. Os presos voltam, desolados, para suas celas e Pizarro ordena ao carcereiro-chefe que cumpra imediatamente a tarefa que o mandou fazer. Fim do 1º Ato.

Ato II

Numa masmorra subterrânea e sombria. Florestan, preso, lamenta o seu amargo destino. Num momento de delírio pensa ver a sua esposa em forma de anjo que o conduz ao descanso eterno. Depois, desolado e esgotado, deita-se sobre um banco de pedra com o rosto entre as mãos. Rocco e Leonore descem com as ferramentas para cavar a cova. Quando chegam a cisterna, encontram o condenado à morte, aparentemente imóvel. Apesar de suas tentativas, Leonore não consegue reconhecer o rosto de seu marido e então decide ajudar Rocco a cavar a cova. Num momento de descanso, Leonore consegue ver o rosto de Florestan, que se reanima por breves instantes. O preso pergunta a Rocco, quem é o governador da prisão, Rocco lhe diz que se trata de Don Pizarro. Florestan pede-lhe que procure por Leonore em sevilha, mas Rocco afirma que não pode lhe conceder o seu desejo, pois seria sua perdição, limitando-se a oferecer-lhe um pouco de vinho. Depois, Leonore oferece com emoção um pedaço de pão ao seu marido, que o consome com rapidez. Florestan, profundamente comovido, agradece aos seus carcereiros as suas amostras de solidariedade. Chega em seguida o cruel Don Pizarro, que oculto por uma capa, está disposto para concluir seu propósito. O governador anuncia a Florestan que o vai matar para se vingar dele, que um dia o tentou derrubar, tirando um punhal. Mas, no momento em que vai meter-lhe o punhal, Leonore interpõe-se e revela, perante os três homens surpreendidos, qual é a sua verdadeira identidade. Soa nesse momento a trompeta que avisa a eminente chegada do ministro de Sevilha. Leonore e Florestan abraçam-se apaixonadamente perante a admiração do malvado Don Pizarro. Surge então Jaquino, acompanhado por vários oficiais e soldados, comunicando a chegada do ministro. O criminoso governador, enfurecido e desesperado perante o seu previsível destino, abandona a cena.No pátio de armas da prisão. Os prisioneiros e os parentes do presos recebem com alegria o ministro Don Fernando que anuncia, por ordem do rei, a imediata libertação dos presos políticos. Aparecem, procedentes da cisterna: Rocco, Florestan e Leonore. O carcereiro-chefe reclama justiça para o casal. Don Fernando reconhece o réu, que é o seu amigo Florestan e que pensava estar morto. Rocco dá então a conhecer ao ministro a proeza de Leonore – para visível surpresa de Marzelline – revelando-lhe como o cruel Pizarro queria tirar a vida de Florestan. Don Fernando ordena de imediato a prisão do cruel governador e pede a Leonore que liberte o seu marido das suas injustas correntes. Todos os presentes exaltam o amor e a coragem da mulher, que conseguiu com a sua resolução o triunfo final da justiça. Fim do 2º ato.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Fidelio, Op. 72 (ópera em 2 atos)

DISCO 01

01 Ouverture

Ato I

02. Jetzt, schätzchen, jetzt sind wir allein
03. Der arme Jaquino dauert mich beinahe
04. O wär’ ich schon mit dir vereint
05. Guten Tag, Marzeline. Ist Fidelio noch nicht zurück _
06. Mir ist so wunderbar
07. Höre, Fidelio, weist du, was ich tue _
08. Hat man nicht auch Gold beineben
09. Ihr könnt das leicht sagen, Meister Rocco
10. Gut, Söchnchen, gut, hab’ immer Mut
11. Der Gouverneur … der gouverneur soll heut’ erlauben
12. Nur auf der Hut, dann geht es gut
13. March (orchestra)
14. Wo sind die Depeschen _
15. Ha! Welch’ ein Augenblick!
16. Hauptmann, besteigen Sie mit einem Trompeter sogleich den Turm
17. Jetzt, Alter, jetzt hat es Eile!
18. Abscheulicher! Wo eilst du hin_
19. Komm, Hoffnung, lass den letzten Stern
20. Rocco, Ihr verspracht mir so oft
21. O welche Lust!
22. Wir wollen mit Vertrauen auf Gottes Hülfe bauen
23. Nun sprecht, wie ging’s
24. Ach! Vater, eilt!
25. Verwegener Alter
26. Leb wohl, du warmes Sonnenlicht

DISCO o2

01. Introduktion

Ato II

02. Gott! Welch’ Dunkel hier!
03. In des Lebens Frühlingstagen
04. Und spür’ ich nicht linde
05. Wie kalt ist es
06. Nur hurtig fort, nur frisch gegraben
07. Er erwacht!
08. Euch werde Lohn in besser’n Welten
09. Alles ist bereit
10. Er sterbe!
11. Vater Rocco!
12. Es schlägt der Rache Stunde!
13. O namenlose Freude!
14. Heil sei dem Tag
15. Des besten Königs Wink und Wille
16. Wohlan! So helfet, helft den Armen!
17. Du schlossest auf des Edlen Grab
18. O Gott! O welch’ ein Augenblick!
19. Wer ein holdes Weib errungen

20. Ouvertüre- Leonore Nr. 3

Philharmonia Chorus & Orchestra
Otto Klemperer, regente
Gottlob Frick, Gerhard Unger,
Raymond Wolansky, Christa Ludwig,
Kurt Wehofschitz, Jon Vickers,
Franz Crass, Walter Berry,
Ingeborg Hallstein

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Carlinus

[restaurado por Vassily em 18/7/2020]

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 5 – Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

SINFONIA No.5
Tonalidade principal: Dó sustenido menor
Composição: 1901-1902
Revisão: 1904, 1905, 1907 e 1909
Estréia: Colônia, 18 de outubro de 1904 (regência de Mahler)
1a.Publicação: 1905 (Leipzig, C.F.Peters)
Instrumentação:
4 flautas (flautas 3 e 4 alternam com piccolos)
3 oboés (oboe 3 alt. corne-inglês)
3 clarinetes (Lá, Sib, Dó – 3o. tb clarinete em ré)
Clarone
2 Fagotes
Contrafagote (tb como 3o. fagote)
6 trompas
4 trompetes
3 trombones
Tuba
Tímpanos
Glockenspiel
Pratos
Bombo
Caixa Clara
Triângulo
Tam-Tam
Harpa
Quinteto de cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos)
Duração: aprox. 75 minutos
Movimentos:
Parte I
I -Trauermarsch. In gemessenem Schritt. Streng. Wie ein Kondukt
II-Stürmisch bewegt. Mit grösser Vehemenz
Parte II
III – Scherzo. Kräftig. Nich zu schnell
Parte III
IV- Adagietto. Sehr langsam
V- Rondo-Finale. Allegro. Allegro giocoso. Frisch

retirado daqui : http://repertoriosinfonico.blogspot.com/2007/06/sinfonias-informaes-tcnicas.html

Sinfonia no.5 em Dó # menor
A quinta é uma obra importante, talvez sua mais conhecida obra, e também divisora de águas. É quando Mahler pela primeira vez prescinde da voz humana e consegue conceber um grande universo apenas de sons instrumentais, sem textos explícitos. É a primeira sinfonia que nada deve (pelo menos de maneira clara) às canções do Wunderhorn. Escrita entre 1901-2 e revista em 1910, ela representa o mais puro ideal sonoro que antes já havia dirigido Mahler nas sinfonias precedentes: a evolução do trágico ao triunfo, da condenação à redenção. Pela importância estrutural e metafísica desta obra que, apesar de não conter palavras, diz muito, sua interpretação é igualmente complexa. Sua performance satisfatória depende de um domínio técnico absoluto da arte da regência, para que a imaginação e a sensibilidade do maestro estejam livres para poder dar vida a esta criação sublime.

retirado daqui: http://www.gustavmahlerfanclub.hpg.ig.com.br/gravacoes/sinfonias.htm

Na opinião do crítico e historiador musical Deryck Cooke, a quinta sinfonia de Mahler possui caráter “esquizofrênico”, já que nela, convivem perfeitamente separados o mais trágico e o mais alegre dos mundos. Consta de cinco movimentos, sendo os dois primeiros quase temáticos, explorando o lado trágico da vida. O primeiro movimento, uma escura marcha fúnebre, começa com uma fanfarra de trompetes que aparecerá repetidamente, dando-lhe uma atmosfera especial de inquietude e desolação. O segundo, um frenético allegro, muda completamente o espírito do movimento anterior; seu caráter histérico alterna com o de marcha fúnebre, onde ao final da exposição parece triunfar um relativo otimismo, para cair novamente na angústia e na escuridão. É no scherzo, do terceiro movimento, que surge com maior clareza o citado caráter esquizofrênico, em absoluta contradição com a atmosfera nihilista anterior, saltamos, sem solução de continuidade, à visão mais alegre da vida. São dois modos de ver a existência impossível de reconciliar. Tanto o ländler como a valsa do trio estão, ainda com seu ar de nostalgia, muito longe do desespero inicial da sinfonia. O famoso adagietto para cordas e harpas, constituindo o Quarto movimento, é um remanso de paz entre a força do scherzo e do último movimento, estando impregnado de um desejo de distanciar-se das tensões e lutas para refugiar-se da solidão interior. O quinto movimento finale, parte de motivos populares, possuindo um caráter exuberante e alegre. Em seu clímax final recupera e funde o caráter angustiante dos primeiros dois movimentos com a alegria dos últimos, combinando assim os elementos tão díspares de escuridão e luz que convivem na Sinfonia.

retirado daqui : http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinfonia_n.%C2%BA_5_(Mahler)

É isso,

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 5 – Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

1 – Marcha fúnebre
2 – Allegro
3 – Scherzo
4 – Adagietto
5 – Finale Rondó

Clique aqui para fazer o download – Megaupload

Gabriel Clarinet

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 4 – Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

Dando continuidade a série, que eu pretendo terminar até o final do ano, temos hoje a 4ª Sinfonia de Mahler. Tida como uma sinfonia de ”transparência e beleza”. Naquele mesmo ”esquema”, peguei textos de outros blogs e coloquei aqui.

SINFONIA No.4 (para soprano e orquestra)
Tonalidade principal: Sol maior
Composição: 1899-1901
Revisão: 1910
Estréia: Munique, 25 de Novembro de 1901 (Margarete Michalek, soprano e regência de Mahler)
1a.Publicação: 1902 (Viena, Waldheim-Eberle)
Instrumentação:
4 flautas (2 alternando com piccolos)
3 oboés (um alternando com corne-inglês)
3 clarinetes (um alternando com clarone)
3 fagotes (um alternando com contrafagote)
4 trompas
3 trompetes
Tímpano
Sinos
Pratos
Glockenspiel
Triângulo
Tam-Tam
Bombo
Harpa
Quinteto de cordas (violinos I, II, Violas, cellos e baixos)
Soprano solo
Duração: aprox. 60 minutos
Movimentos:
I- Bedächtig. Nicht eilen
II- In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
III- Ruhevoll (poco adagio)
IV- Sehr Behaglich
Texto:”Das himmlische Leben” (vida celeste), da ‘Trompa mágica do menino’
Comentários: Muito diferente das anteriores, apesar de manter íntima relação com as canções do Das Knaben Wunderhorn, a Quarta é uma sinfonia de rara transparência e beleza. Mahler, que recentemente havia travado contato mais profundo com a obra de J.S. Bach, procurou nela fugir dos grandes efeitos de massa e encontrar na simplicidade da combinação timbrística e contrapontística o ponto de equilíbrio desta obra. Assim, prescindiu dos metais pesados (trombones e tubas) e trabalhou com uma orquestração extraordinariamente econômica para seus padrões. Seu final estava originalmente programado para encerrar a Terceira, mas Mahler, muito sabiamente, escreveu para aquela um outro.

retirado daqui : http://repertoriosinfonico.blogspot.com/2007/06/sinfonias-informaes-tcnicas.html

A quarta sinfonia de Mahler foi composta entre 1893 e 1896, mas estreou somente em 1901. Curiosamente, a obra começou a ser escrita pelo quarto movimento, originalmente concebido como passagens na terceira sinfonia. Mahler, entretanto optou por escrever uma nova sinfonia tomando por base essa composição, acrescentando-lhe as três partes iniciais.

Sinfonia 4, Primeiro Movimento, Mahler

O primeiro movimento é absolutamente clássico na forma, com suas três seções principais (exposição, desenvolvimento e recapitulação) claramente delimitadas. Até mesmo a escolha das tonalidades em que são expostos os dois temas principais (tônica e dominante, respectivamente) é rigorosamente formal, tal como numa sinfonia de Haydn. Chama a atenção, entretanto, a figura inicial dos guizos (instrumentos tradicionalmente atrelados a cavalos), que parece convidar o ouvinte para uma longa viagem. De fato, esses mesmos guizos aparecerão novamente no quarto movimento, onde se conhecerá o destino da viagem. Uma breve prévia de temas da Sinfonia 5 em Do sustenido menor se desenha, apresentando sugestões que serão melhor trabalhadas nessa sinfonia alguns anos depois. A pintura que executei inspirada nesse movimento foi um anjo sentado sobre um globo, onde ele observa algo no céu cima dele. A exploração de algo que ainda não sabemos, de uma viagem pelo desconhecido. A trombeta em seu colo repousa, marcando que algo certamente será anunciado.

Sinfonia 4, Segundo Movimento, Mahler

Também o segundo movimento tem forma clássica – um scherzo com dois trios. A inspiração aqui é uma pintura de Arnold Böcklin, intitulada “Freund Hein spielt auf” (O amigo Hein toca). O tal amigo Hein, esclareça-se, é uma representação alegórica da morte, que traz um inocente violino no lugar da foice. Com fina ironia, Mahler aqui escreve um solo de violino em scordatura (quando as cordas do violino são afinadas de maneira especial) que soa propositadamente estridente. Nos dois trios, o tom sarcástico do scherzo cede lugar ao ländler – danças folclóricas alemãs que lembram o antigo minueto. A pintura que executei é clara: a morte e seu violino, ao invés da foice. Sua forma lânguida, seus cabelos brancos e pele claríssima a tornam uma figura incomum, mas previamente reconhecível. Diferente do conceito de morte que nos é passado no decorrer da vida. Devo ressaltar, que Mahler não somente enchergava a morte de forma pesarosa e de perda, mas também a via de forma gloriosa, à qual deveremos chegar triunfantes e merecedore de sua graça. Quem desse violino a melodia ouvir, flanará com o que se decorre após.

Sinfonia 4, Terceiro Movimento, Mahler

O terceiro movimento, lento e melancólico, tem a placidez de uma lápide. O tema principal, inicialmente apresentado pelos violoncelos, passa por diversas variações em que o ritmo vai se intensificando. Este tema é às vezes intercalado por outro em que se cria no ouvinte uma expectativa frustrada: quando se espera o clímax, sobrevém na verdade o colapso de toda música. Esta atitude é muito comum na obra de Mahler. Pouco antes do final deste movimento, entretanto, aparece um exuberante clímax verdadeiramente mahleriano, na tonalidade de mi maior, justamente aquela em que se encerrará a sinfonia. A pintura aqui nos passa algo de total perda e tristeza. Como uma lápide, a imagem esguia apenas lamenta, sem lágrimas. Parafraseando uma passagem famosa de Drummond, “A vontade de chorar é tanta, que perplexa ela se cala.”

Sinfonia 4, Quarto Movimento, Mahler
Das Himmlisches Leben

O quarto movimento é o ponto focal da sinfonia. Aqui aparece a soprano solista, cantando “Das himmlische Leben” (A Vida no Paraíso) – poema popular alemão, de autoria desconhecida, parte do ciclo “Des Knaben Wunderhorn” (O Garoto e sua Trompa Mágica), utilizado por Mahler em várias composições. “Das himmlisches Leben” é o canto de uma criança que morreu e nos descreve o paraíso, com suas comidas deliciosas e abundantes, seus personagens e afazeres, sua música perfeita. As estrofes são intercaladas por breves interlúdios orquestrais, onde se sobressai o guizo do primeiro movimento. Nas duas primeiras estrofes a música vai se esvanecendo, terminando em total placidez nas notas mais graves da harpa e do contrabaixo. Na pintura desse anjo que executei, passo o ritmo da melodia serena deste quarto movimento da sinfonia. Como se quem canta é ele, ou quem nos traz a melodia no ar é ele. A mão segura algo. O que?! Uma áurea de mistério. O que nos anuncia? A letra da música nos dira, mas muito suscintamente. Uma prévia do que Mahler acredita encontraremos.

Excertos de texto do Maestro Flavio Florence, titular da Orquestra Sinfônica de Santo André de 1988 até 2008, quando faleceu. Discussão e montagem por Felipe de Moraes.

As sinfonias de Mahler costumam ser divididas em três períodos. E cada período faz com que as obras se relacionem entre si, tornando a produção artística de Mahler um universo único e constante que merece ser compreendido em sua totalidade.

As sinfonias do Primeiro Período são conhecidas como Sinfonias Wunderhorn, e abrangem as sinfonias 2, 3 e 4. Elas têm esse nome porque têm vínculos com as canções feitas por Mahler do ciclo de poemas conhecido como Das Knaben Wunderhorn, já mencionados acima. Pode-se dizer que elas representam a busca de Mahler por uma fé firme e ao mesmo tempo uma busca para suas respostas acerca da existência.

A Sinfonia 1 usa elementos das canções do ciclo de poemas Lieder Eines Fahrenden Gesellen (Canções de um Viajante Errante) e Das Klagend Lied (A Canção do Lamento). É puramente instrumental e também tem certa relação com Das Knabem Wunderhorn, ainda que de maneira mais indireta.

As sinfonias do Segundo Período, a 5, a 6 e a 7, costumam ser chamadas de Sinfonias Rückert. Elas têm esse nome porque a composição delas foi influenciada pelas canções que Mahler compôs sobre os poemas de Friedrich Rückert (1788-1866). Elas são puramente instrumentais e as mais trágicas do ciclo sinfônico.

O Último Período não tem nome e abrange as últimas obras do artista: as sinfonias 8, 9 e a inacabada 10, além da sinfonia canção Das Lied von Der Erde (A Canção da Terra). A voz humana é usada em grande arte da Sinfonia 8, e ela costuma ser chamada às vezes de Sinfonia Coral.

As sinfonias 9 e 10 são instrumentais, e o poema sinfônico Das Lied von Der Erde é cantado, ao redor do qual existe um certo mistério. A princípio era para ser a Sinfonia 9, mas por superstição, Mahler preferiu que fosse conhecida como um poema sinfônico.

Abaixo, faço a postagem do pacote com a Sinfonia e um pequeno libreto com a letra do quarto movimento, como de costume. Mas infelizmente não tenho a partitura da Sinfonia 4, fico devendo e quando conseguir, farei novamente a postagem.

A interpretação que ouviremos é executada por Daniel Harding ao comando da Orquestra de Câmara Mahler, tendo como soprano solista Dorothea Röschmann, no quarto movimento. Gravação realizada nos dias 27 e 28 de janeiro de 2004, no Auditório G. Agnelli, no Centro Congressi Lingotto, em Turim, Itália.

Gosto muito dessa interpretação, ela explora profundamente a dinâmica, indo do extremo pianíssimo ao extremo fortíssimo. O colorido orquestral dos instrumentos é muito bem calculado e equilibrado. Uma referência para a interpretação dessa obra. Dorothea Röschmann não menos esbanja elegância, charme e intensidade interpretativa.

Gustav Mahler (1860-1911)
Sinfonia n.º 4 em Sol maior
I – Bedächtig. Nicht eilen – Recht gemächlich
II – In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
III – Ruhevoll
IV – Sehr behaglich

Das himmlisches Leben

Wir genießen die himmlischen Freuden,
d’rum tun wir das Irdische meiden.
Kein weltlich Getümmel
hört man nicht in Himmel!
Lebt alles in sanftester Ruh!

Wir führen ein englisches Leben!
Sind dennoch ganz lustig daneben!
Wir tanze und springen,
wir hümpfen und singen!
Sankt Peter im Himmel sieht zu!

Johannes das Lämmlein auslasset,
der Metzger Herodes drauf passet!
Wir führen ein geduldig’s,
unschuldig’s, geduldig’s,
ein lieblisches Lämmlein zu Tod!

Sankt Lukas den Ochsen tät schlachten
ohn’ einig’s Bedenken und Achten;
der Wein kost’kein Heller
im himmlischen Keller;
die Englein, die backen das Brot.
Gut’ Kräuter von allerhand Arten,
die wachen im himmlischen Garten!

Gut’ Spargel, Fisolen
und was wir nur wollen!
Ganze Schüsseln voll sin duns bereit!
Gut’ Äpfel, gut’ Birn’ und gut’ Trauben,
die Gärtner, die alles erlauben!
Willst Rehbock, willst Hasen?
Auf offener Straßen
sie laufen herbei!

Sollt ein Fasttag etwa kommen,
alle Fische gleich mit Freude angeschwommen !
Dort läuft schon Sankt Peter
mit Netz und mit Köder
zum himmlischen Weiher hinein.
Sankt Martha die Köchin muss sein!

Kein Musik ist ja nicht ayf Erden,
die unsrer verglichen kann warden.
Elftausend Jungfrauen
zu tanze sich trauen!
Sankt Ursula selbst dazu lacht!

Cäcelia mit ihren Verwandten
sind treffliche Hofmusikanten!
Die englischen Stimmen
ermuntern die Sinnen,
dass alles für Freuden erwacht.

A Vida no Paraíso

Nos divertimos com os deleites do Paraíso,
então evitamos todas as coisas terrestres.
Nenhum clamor mundano
é ouvido no Paraíso
Tudo vive na mais gentil paz!

Levamos uma vida angelical!
Mas somos completamente alegres!
Dançamos e saltamos,
saltitamos e cantamos!
São Pedro no Paraíso observa!

João deixa o pequeno cordeiro livre,
o açougueiro Herodes o vigia!
Conduzimos docilmente,
inocente, docilmente,
doce pequeno cordeiro à sua morte!

São Lucas o boi abate
sem sequer um pensamento ou cuidado;
o vinho custa nem um centavo
na adega do Paraíso;
os anjos, eles que assam o pão.
Finas ervas de variados tipos,
crescem no Jardim do Paraíso!

Requintados aspargos, feijões
e qualquer coisa que queiramos!
Pratos inteiros são para nós preparados!
Boas maçãs, boas peras e boas uvas,
os jardineiros, nos permitem tê-las todas!
Quer carne de veado ou de lebre?
Nas largas alamedas
eles correm livres!

Se o dia de jejum se aproxima,
todos os peixes vêm alegremente nadando!
Correndo vem São Pedro
com sua rede e suas iscas
dentro da lagoa divina.
Santa Marta deve ser a cozinheira!

Não há música na Terra
que possa ser comparada com a nossa.
Onze mil virgens
se lançam à dança!
Santa Úrsula, entretanto, ri!

Cecília e seus parentes
são excelentes músicos de corte!
As angelicais vozes
deleitam os sentidos,
para que todos acordem para a alegria.

retirado daqui : http://felipedemoraes.blogspot.com/2009/03/mahler-sinfonia-n-4.html

A Quarta Sinfonia em sol maior de 1899-1900 pode ser considerada um epílogo para as três primeiras sinfonias. É a sinfonia mais intimista e em menor escala de Mahler, com orquestra reduzida e virtualmente nenhum efeito grandioso. Não se pode falar de simplismo ingênuo em ligação com uma composição tão sutil e disciplinada, mas a atmosfera é certamente infantil, de modo sumamente apropriado. Não admira que seja a mais popular e acessível sinfonia de Mahler, e é a primeira em que ele se conservou fiel aos quatro movimentos do modelo clássico. Pensou em subintitulá-la Humoresque – uma pista (se alguma fosse necessária) para suas ligacoes com as canções Wunderhorn e, em especial, com Wir geniessen die himmlischen Freuden, composta em março de 1892. Um dos primeiros planos para a sinfonia mostra que sua concepção precedeu a Segunda e a Terceira – mais uma prova de que as sinfonias de Mahler são uma cadeia contínua e interligada ou, para usar um paralelo literário, uma vasta novela autobiográfica, da qual cada sinfonia é um capítulo. A teoria de Paul Bekker, depreciada por Neville Cardus, de que toda a sinfonia foi germinada por essa canção, parece-me convincente. Cada movimento está tematicamente inteligado à maneira usual e alusivamente sutil de Mahler. Em todo caso, eis as próprias palavras de Mahler a Natalie Bauer-Lechner em 1901 : “Eu queria realmente escrever uma humoresque sinfônica que acabou se convertendo numa sinfonia completa, enquanto que antes, quando queria que se tornasse uma sinfonia, ganhou o tamanho de três (dois pontos) as minhas Segunda e Terceira”.

O primeiro movimento é melodicamente profuso, sua tessitura e estrutura constituindo um avanço sobre tudo o que Mahler compusera até então. Nunca um contraponto foi mais inventivo. A lucidez e o frescor do material recordam, com freqüência, mais Haydn do que Schubert. O estado de espírito de Mahler é aqui dominado pela descontração, o mundo dos conflitos e agressões é ignorado, quando não esquecido. É inesquecível a sua vibrante abertura – ele qualificou-a de “melodia divinamente alegre e profundamente melancólica” (…).

Dessa obra tão conhecida e amada dificilmente será necessário fazer mais do que lembrar suas belezas : a delicada coda do primeiro movimento, por exemplo – sancta simplicitas, se alguém jamais a ouviu; e o levemente fantasmagórico scherzo, associado de forma tão maravilhosa por Cardus às sombras projetadas pela luz de vela na parede de um quarto de criança. Nessa fantasia-Ländler, Mahler faz muito uso de um violino solo, com uma scordatura que permite tocar um tom inteiro mais alto do que o resto e faz o instrumento soar como “ein Fiedel”, o precursor medieval do violino e a origem da palavra inglesa fiddle. Num dos primeiros esboços, Mahler escreveu dessa passagem : “Freund Hain spielt auf”. O amigo Hain que toca era um violino espectral que guiava o caminho para a eternidade ou a perdição. Os demônios de Mahler estão de folga nessa sinfonia e o amigo Hain é mais pitoresco do que macabro. Entretanto, cumpre recordar a descrição que Mahler fez da composição dessa sinfonia:

Por causa da lógica irresistível de uma peça que tive de alterar, todo o trabalho subseqüente tornou-se confuso para mim e, para minha estupefação, eu tinha penetrado num domínio totalmente diferente, tal como num sonho nos imaginamos vagueando pelos jardins do Eliseu, entre flores de suaves aromas, e subitamente o sonho converte-se num pesadelo em que nos vemos lançados num Hades cheio de terrores. As pistas e emanações desses mundos, para mim horrendos e misteriosos, são freqüentemente encontradas em minhas composições. Desta vez, é uma floresta com todos os seus mistérios e horrores que força minha mão e se entretece em minha obra. Está ficando cada vez mais claro para mim que um indivíduo não compõe, mas esta sendo composto.

Daí o calafrio que, com freqüência, se apodera dessa obra luminosa, mesmo no adágio.

O final do scherzo, após uma sutil alusão ao tema do finale, tem um toque de severidade que se dissipa no adágio, o mais sereno movimento de Mahler, embora seu fluir tranqüilo seja interrompido, primeiro por dança e, depois, por uma “desintegração” apaixonada, tão poderosa quanto qualquer outra passagem da Quinta e da Sexta Sinfonias e, obviamente, o “Hades cheio de horrores” acima mencionado. Numa soberba passagem perto do final, a música explode sobre o ouvinte como um religioso afresco do Paraíso. Mahler usou a forma variação nesse movimento e pode assim, com extraordinária habilidade, manter lado a lado e interligadas as atmosferas de contentamento infantil do céu, um “céu azul sem nuvens” com Marta cozendo o pão e vozes angélicas entoando hinos a Santa Cecília.

A Sinfonia em sol maior foi publicada em 1902, mas Mahler reviu-a diversas vezes. É difícil acreditar que uma obra tão encantadora pudesse ter tido um acolhimento inicial tão frio – até mesmo a Alma ela desagradou – e que Mahler a descrevesse como uma “enteada perseguida”. Sua revisão final, para suas duas récitas de Nova York, foi feita em 11 de outubro de 1910, mas Erwin Stein, na década de 1920, descobriu uma coleção de provas com revisões ainda mais extensas visando, como de costume, uma clareza cada vez maior. Incluíam mudanças de dinâmica e de sinais de expressão, e alterações tais na partitura como o reforço da melodia do oboé em quatro compassos no movimento lento pelo trompete com surdina, corne inglês e trompa, e uma redução do acompanhamento no finale. Também foram mudadas varias direções de ritmo. É como se Mahler, toda vez que regia suas próprias obras, voltasse a compô -las.

(KENNEDY, Michael. Mahler. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988 P. 109-112).

retirado daqui :http://www.sul21.com.br/blogs/pqpbach/gustav-mahler-1860-1911-sinfonia-n%C2%BA-4-cd-4-de-14/

É isso aí.
Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 4 – Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

1 – Bedächtig. Nicht eilen
2 – In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
3 – Ruhevoll (poco adagio)
4 – Sehr Behaglich

Clique aqui para fazer o download – Megaupload

Gabriel Clarinet

Almeida Prado (1943-2010): Cartas Celestes 3 e 4 (Fernando Lopes, piano)

Sou fã do Almeida Prado, e particularmente de sua música para piano. Embora ele se expressasse bem em peças orquestrais e em música de câmara, na primeira eu tenho a impressão de que, às vezes, a densidade acabava por ser excessiva e, na segunda, muitas vezes, acabava faltando um pouco (sobretudo quando o compositor avançou para uma linguagem mais lírica a partir de meados de 80; antes densidade não faltava, aliás, sempre sobrava, mas o lirismo fazia falta às vezes). A música para piano solo é, no entanto, cheia de achados em todas as épocas e tem uma imponência e uma variedade suficientes para tachá-lo como um dos grandes compositores para o instrumento. Merecia e muito estar sempre presente em programas de recitais. Desde preciosas miniaturas como alguns do Momentos, passando por peças deslumbrantes, como Rios, Ilhas e Savanas, desembocando na grandiosa série das Cartas Celestes, sem esquecer algumas tantas sonatas, estudos, prelúdios etc. E há de se dizer que é impressionante o tamanho da obra do compositor para seu instrumento predileto. Tão acostumados estamos a falar dos excessos de Villa-Lobos que até esquecemos de quão prolífero Almeida Prado foi.

O ideal, para esta homenagem, seria postar o álbum com os três LPs que Fernando Lopes lançou em 1982. Tristemente, no momento, o único que tenho em mp3 com boa qualidade é o segundo deles. Os outros tristemente aguardam nos vinis. Para muitos, emblemáticas mesmo são as Cartas Celestes I, dada a novidade técnica e estética, mas as seguintes não são menos significativas (particularmente babo pelo lirismo que transborda na sexta). Por hora ficamos com as Cartas 3 e 4, que são grandes obras.

A quarta abre com sensações mistas, entre graves transcendentes e um lirismo delicadíssimo, e caminha cada vez mais para introspecção. A terceira é muito incisiva, o que fica bem patente pela interpretação de Fernando Lopes. Há ainda outra gravação que pretendo postar, com Caio Pagano (a quem a obra é dedicada). A interpretação, neste caso, é bem mais cristalina e plástica. Vale a pena comparar.

José Antonio Resende de Almeida Prado (1943-2010)

Disco 2

01 Cartas Celestes III (1981)

02 Cartas Celestes IV (1981)

Fernando Lopes, piano

BAIXE AQUI

itadakimasu

José Antônio de Almeida Prado morre em São Paulo aos 67 anos

Acabo de ler a notícia da morte do Almeida Prado (AQUI). Acho que muito cedo: 67 anos. Não sou um grande conhecedor da sua obra, mas do que conheci sempre me agradou seu empenho em unir as técnicas de composição contemporâneas com uma postura poética, até lírica (no sentido poético da palavra, não no do canto).

Vi Almeida Prado ao vivo uma única vez: num concerto da Orquestra Sinfônica de Santos, sua cidade natal, em comemoração aos seus 60 anos. Foram tocados o seu Concerto para Violino, solado por sua própria filha – que privilégio mais lindo! – e além disso a Sétima de Beethoven, obra indicada por ele, a pedido da orquestra, como sua favorita de Beethoven. Não há como não me emocionar ao lembrar disso agora e… sim, sete anos depois disso foi pouco, muito pouco.

Mas agora começa a NOSSA parte: não deixar esquecer. Goste-se mais, goste-se menos, não importa: trata-se, sim, de um criador cultural brasileiro de primeira linha, e não acho que seria digno da nossa parte deixar de investir no conhecimento da sua obra por questões de gosto pessoal. Mas infelizmente as poucas coisas dele que tenho estão em vinil: alguém da nossa turma terá opções mais fáceis de postar?

 

Ranulfus

HOMENAGEM PELO 4º ANIVERSÁRIO DO BLOG P. Q. P. BACH!!!! Antonio Vivaldi (1678-1741): Pyrotechnics – Opera Arias

Em comemoração ao 4º Aniversário do Blog P. Q. P. Bach, quero compartilhar com nossos leitores essa maravilhosa gravação com árias virtuosísticas do Padre Ruivo, além de um texto bastante interessante retirado de um encarte de um vinil antigo. O texto nos apresenta uma noção da rivalidade entre Antonio Vivaldi e Benedetto Marcello. Vale a pena ouvir e ler.

***

Na época de Vivaldi o gênero operístico estava numa fase de glória. Havia em Veneza dez teatros; encenavam-se anualmente pelo menos sessenta espetáculos. Certas características básicas eram comuns a quase todos eles: a opulência dos cenários, o luxo das vestimentas e o virtuosismo dos cantores. Esses elementos Satisfaziam as exigências do público. A música propriamente dita assumia importância secundária.

Apesar de seus encargos na direção musical da “Pietà” e do trabalho de criar peças instrumentais, Vivaldi ainda encontrava tempo para compor óperas (em média uma por ano), dirigir a sua encenação, fazer a cenografia, reger a orquestra e cuidar dos detalhes administrativos. Sucediam-se os êxitos e, em conseqüência, os compromissos. Mantendo contato permanente com as cidades de Ferrara, Mântua, Verona, Florença e Ancona, o “Padre Ruivo” supervisionava à distância a organização dos espetáculos, exercendo também a função de empresário. Era um personagem único no cenário musical e desfrutava um prestígio extraordinário.

Tinha bom senso bastante para não tentar introduzir inovações revolucionárias na ópera. O gosto do público era muito definido e arraigado para que sua iniciativa pessoal pudesse modificá-lo, Entretanto, por trabalhar cuidadosamente a parte musical das suas peças, recebia o rótulo de modernista, bem como ataques mordazes da crítica.

Num desses libelos, embora não mencionasse diretamente o nome de Vivaldi, pois usou o anagrama “Aldiviva”, o compositor Benedetto Marcello o satirizou sem piedade, através de uma definição do que era necessário para um músico ser atual e conquistar sucesso. Dizia ele: “O moderno compositor de música não deverá ter conhecimento algum das regras de bem compor, salvo alguns princípios universais e práticos. Pouco deverá saber ler, muito menos escrever e, por conseguinte, não compreenderá a língua latina. Da mesma forma, não se perceberá as propriedades dos instrumentos de arco, se for tocador de cravo; e se tocar instrumentos de arco e sopro não se preocupará em entender de clavicórdio. Antes de por mãos à obra, visitará as virtuoses e lhes prometerá adaptar-se às suas particularidades. Evitará com empenho a leitura de todo o libreto, para não se atrapalhar; ao contrário, comporá verso por verso, servindo-se dos motivos já preparados para a moda do ano e, se as referidas árias não combinarem com as notas (o que costuma acontecer frequentemente), atormentará de novo o poeta até ficar plenamente satisfeito. O moderno regente, se der lições a alguma virtuose de ópera, deverá aconselhá-la a pronunciar mal e, para esse fim, ensinar-lhe-á grande quantidade de quebras de dicção e de passagens, a fim de que não se entenda palavra alguma, contribuindo, assim, para o destaque e a melhor compreensão da música. O moderno compositor adulará com a maior prudência todas as virtuoses da ópera, afirmando a cada uma delas que a obra só se mantem de pé graças à virtude da cantora, e dirá o mesmo a cada um dos músicos executantes, a todo comparsa, figurante, etc…”

Não obstante o sarcasmo de Marcello, as criações de Vivaldi para vozes atingiam nível muito bom. Em Veneza, dezoito das suas óperas tiveram êxito inicial confirmado por constantes apresentações. A encenação de “Ipermestra”, composta pelo padre veneziano, realizou em 1727 algo que já era considerado praticamente impossível em Florença: a restauração das periclitantes finanças do teatro local. E em Roma, os entusiastas aguardavam com ansiedade os trabalhos operísticos do Mestre Vivaldi, depois que ele aí regera “Ercole sul Termodonte” (1723), “Il Giustino” e “Tigrane” (1724).

Fonte: Trecho retirado de encarte da
Coleção Grandes Compositores da Música Universal (1968)

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Vivaldi: Pyrotechnics – Opera Arias

01. Catone In Utica: Come In Vano Il Mare Irato (05:27)
02. Semiramide: E Prigioniero E Re (04:55)
03. La Fida Ninfa: Alma Oppressa (05:10)
04. Griselda: Agitata Da Due Venti (05:20)
05. La Fida Ninfa: Destin Nemico….Destin Avaro (05:55)
06. Il Labbro Ti Lusinga (07:29)
07. Ipermestra: Vibro Il Ferro (03:50)
08. Farnace: No, Ch’amar Non È Fallo In Cor Guerriero….Quell’usignolo (07:50)
09. Tito Manlio: Splender Fra ‘l Cieco Orror (04:49)
10. Rosmira Fedele: Vorrei Dirti Il Mio Dolore (06:52)
11. Catone In Utica: Chi Può Nelle Sventure….Nella Foresta (07:25)
12. Farnace: Ricordati Che Sei (03:43)
13. Sin Nel Placido Soggiorno (06:50)

Europa Galante (orchestra)
Vivica Genaux, mezzo-soprano
Fabio Biondi, violin, direction

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Marcelo Stravinsky

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concertos para piano e orquestra números 1, 2, 3 e 4

Que me perdoem a compulsão. Embora esta seja uma página dos filhos de Bach, busco sempre postar alguma coisa de Beethoven – meu compositor favorito. E o que dizer dos concertos para piano e orquestra escritos pelo compositor alemão? Eles possuem uma linguagem que me envolve, segredam-me coisas grandes e ocultas. É música plena, absoluta. Não wagneriana (risos!). São o resultado da genialidade do mestre de Bonn. Tenho inúmeras gravações desses concertos para piano de Beethoven. Esta com Gilels e Szell é do cacete. A próxima será com Ivan Fischer e Richard Goode. Aguardem. É assim: cai em minhas mãos uma gravação, escuto, e posto para a devida comparação. Esta gravação com o Gilels é formidável. Não chega, em minha opinião singela, a ser melhor que a do Pollini com o Abbado. Afirmo isso por uma questão de preferência. É que sou aficcionado pelo trabalho do Maurizio. Mas fica aqui a certeza de uma gravação imponente do mestre Emil Gilels com George Szell. Vão os primeiros quatro concertos. O concerto número 5 – “Imperador” – está num CD em separado. Um bom deleite!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concertos para piano e orquestra números 1, 2, 3 e 4

Disco 1

Concerto para piano e orquestra No. 1 em C, Op. 15
01. I – Allegro con brio
02. II – Largo
03. III – Rondo (Allegro scherzando)

Concerto para piano e orquestra No. 2 em B flat, Op. 19
04. I – Allegro con brio
05. II – Adagio
06. III – Rondo (Molto allegro)

Disco 2

Concerto para piano e orquestra No. 3 em C menor, Op. 37
01. I – Allegro con brio
02. II – Largo
03. III – Rondo (Allegro-Presto)

Concerto para piano e orquestra No. 4 em G, Op. 58
04. I – Allegro moderato
05. II – Andante con moto
06. III – Rondo Vivace

Cleveland Orchestra
George Szell, regente
Emil Gilels, piano

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas para Clarinete & Piano Nos. 1 e 2, Op. 120, Scherzo e Lieder, Op.91

Uma afirmação acerca de Brahms é exatamente correta: “o verdadeiro classicismo é aquele que nasce da subjugação de emoções românicas pela disciplina severa”. Essa é uma das afirmações mais plausíveis sobre a arte do compositor. Brahms foi um homem severo, amante da arte severa. Sua solidão era um dos principais elementos de sua inspiração. É preciso aprender a apreciar a Brahms. Quem se recusa a ouvi-lo, certamente deixa desaparecer um patrimônio espiritual não-morredouro. O opus 120, encontrado aqui neste registro é música plena, absoluta. É música para ouvirmos em dias frios e nublados. Feito isso, alcançamos a possibilidade de reflexões duras, severas e exatas. Aparecem ainda dois lieds (canções) tristes, eivados por um espírito de melancolia solitária. Acredito que a música de Brahms, a exemplo da que aqui está posta neste registro, não é bem aceita pelo coração do homem moderno – dos nossos dias. Vivemos a época dos contatos epidêrmicos, das algazarras barulhentas; da ostentação banal, dos aglomerados heterôgeneos; da sede pela matéria; da fuga das reflexões capazes de transformar os homens em seres humanos. Este é um aspecto impensado em nossos dias, portanto, indesejado. A música de Brahms é um portal dimensional que nos conduz a possibilidades existenciais; capazes de “aquietar” o coração. Não deixe de ouvir esse excelente registro com um pouco da arte extraordinária de Johannes Brahms, um alemão fundamental. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas para Clarinete & Piano Nos. 1 e 2, Op. 120, Scherzo e Lieder, Op.91

Sonata para clarinete e piano, Op. 120, No. 1
01. Allegro appassionato
02. Andante, un poco adagio
03. Allegretto grazioso
04. Vivace

Sonata em E flat major para Clarinete e Piano, Op.120, No.2
05. Allegro amabile
06. Allegro, molto appassionato
07. Andante con moto – Allegro

Sonatensatz- Scherzo
08 – Sonatensatz- Scherzo

Lieder, Op.91- No.1
09. Gestillte Sehnsucht

Lieder, Op.91- No.2
10. Geistliches Wiegenlied

Kálman Berkes, clarinete
Jenó Jandó, piano

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Carlinus

Benjamin Britten (1913-1976) – Sinfonia Primavera, Op. 44, Cantata Acadêmica, Op. 62 e Hino à Santa Cecília, Op. 27 – (text oy W. H. Auden)

Ao meu modo de ver, Britten foi o maior compositor inglês de todos os tempos. O sujeito não era brincadeira. Era imensamente habilidoso. Não descarto a importância de Purcell, Elgar, Vaughan Williams e outros – gosto deles -, mas Britten se sobressai de modo sempre brilhante. Sua importância não se circunscreve apenas à geografia inglesa. Britten foi um dos maiores compositores do século XX. Um exemplo disso pode se constatar nesse brilhante trabalho que segue – A Sinfonia Primavera. A obra teve a sua estreia em 1949 quando o compositor desfrutava apenas de 35 anos de idade. É um dos trabalhos mais brilhantes de Britten. Trata-se de uma sinfonia coral, escrita para soprano, contralto e tenores solistas. Surgem ainda no post a Cantata Acadêmica e o Hino a Santa Cecília. Trabalhos belíssimo.s Ouçamos. Apreciemos. Bom deleite!

Benjamin Britten (1913-1976) – Sinfonia Primavera, Op. 44, Cantata Acadêmica, Op. 62 e Hino à Santa Cecília, Op. 27 – (text oy W. H. Auden)

Sinfonia Primavera, Op. 44

Parte I

01. I. Introduction_ ‘Shine Out’ (Anon.)
02. II. The merry cuckoo (Spenser)
03. III. Spring, the sweet spring (Nashe)
04. IV. When as the rye (The Driving Boy) (Peele Clare)
05. V. Now the bright morning star (Milton)

Parte II

06. VI. Welcome Maids of honour (Herrick)
07. VII. Waters above (Vaughan)
08. VIII. Out on the lawn I lie in bed (Auden)

Parte III

09. IX. When will my May come (Barnefield)
10. X. Fair and fair (Peele)
11. XI. Sound the flute (Blake)

Parte IV

12. XII. Finale_ London, to thee I do present (Beaumont, Fletcher)

Orchestra and Chorus of the Royal Opera House, Convent Garden Boys from Emanuel School, Wandsworth
Benjamin Britten, regente
Jennifer Vivyan, soprano
Norma Procter, contralto
Peter Pears, tenor

Cantata Acadêmica, Op. 62

Parte I

13. I. Bonorum summum omnium
II. quae bene beateque vivendi
14. III. At huius caelestis
IV. Maiorum imprimum virtus
V. tum vero Aeneas Sylvius
15. VI. Et gubernacula mundi qui tenet
VII. ut ad longaeva tempora

Parte II

16. VIII. Docendi ac discendi aequitati
17. IX. Rhenana erga omnes urbs
X. Fair and fair
XI. Sound the flute!
18. XII. Nos autem cuncti hoc festo die

London Symphony Ochestra
George Malcolm, regente
Jennifer Vyvyan, soprano
Helen Watts, contralto
Peter Pears, tenor
Owen Brannigan, baixo
Harold Lester, piano

Hino à Santa Cecília, Op. 27 – (text oy W. H. Auden)

19. I. In a garden shady
20. II. I cannot grow
21. III. O ear whose creatures cannot wish to fall

London Symphony Orchestra
George Malcolm, regente

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Carlinus

Richard Wagner (1813-1883) – Lohengrin (ópera em três atos)

Mais uma ópera de Wagner. Não estamos numa empreitada wagneriana. Verdade. Apenas, talvez, suprindo uma lacuna aqui do PQP Bach. Sei que existem inúmeros fãs da música do alemão e tantos outros que desejam conhecê-la. Eu, particularmente, não me entusiasmo com Wagner. Postarei em alguns dias Parsifal com Kubelik. Não pretendo postar todas as óperas de Wagner. FDP objetiva, futuramente, postar o ciclo do Anel. Aguardem. Não quero atrapalhá-lo nesse sentido. Por enquanto, fiquemos com Lohengrin. A próxima será Parsifal. Até lá!

Abaixo dados extraídos da Wikipédia:

Lohengrin é uma ópera romântica em três atos de Richard Wagner, que também foi responsável pelo libreto. Sua estréia aconteceu em Weimar, Alemanha em 28 de agostode 1850 sob direção de Franz Liszt, amigo próximo de Wagner. A história do protagonista foi retirada de uma novela germânica medieval, a história de Perceval e seu filho Lohengrin.
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A trama é ambientada durante a primeira metade do século X no Ducado de Brabante (na atual região de Antuérpia, Bélgica, no rio Escalda). Concepção artística da chegada do cavaleiro desconhecido à Brabante.

Ato I

O ato começa com a chegada do rei Henrique I da Germânia à região após anúncio de seu arauto para convocar as tribos alemãs para expulsar os húngaros de suas terras. O conde Friederich de Telramund age como regente do duque Gottfried de Brabante, herdeiro do trono de Brabante mas que ainda era menor de idade, e cuja irmã era Elsa de Brabante, a virgem. Gottfried havia desaparecido misteriosamente e, coagido por sua esposa Ortrud, Telramund acusa Elsa de assassinato ao irmão e exige o título do ducado para si.
Rodeada de suas damas de honra surge Elsa, que, sabendo ser inocente, declara estar disposta a se submeter ao julgamento de Deus através do combate. Ela então invoca o protetor com o qual sonhou uma noite, e eis que surge no julgamento um cavaleiro num barco puxado por um cisne. A chegada havia acontecido somente após a segunda requisição do arauto. Ele aceita lutar por ela desde que ela nunca pergunte seu nome ou sua origem, proposta essa prontamente aceita. Telramund também aceita o desafio do julgamento pelo combate para provar a palavra de sua acusação.
O cavaleiro derrota Telramund num duelo, provando assim sua proteção divina e a inocência da princesa. Entretanto, poupa a vida do perdedor, declara Elsa inocente e a pede em casamento.

Ato II

O ato inicia na parte externa da catedral durante a noite. Juntos, Telramund e Ortrud lamentam sua atual situação, banidos moralmente da comunidade. Ortrud é pagã e lida com a magia, e esquema um plano de vingança para que Elsa pergunte ao cavaleiro as perguntas proibidas, fazendo com que ele vá embora. Com as primeiras luzes da manhã, Elsa aparece na sacada, vê Ortrud no pátio, lamenta sua situação e a convida para participar da cerimônia de casamento. Sem ter sido observado, Telramund retira-se do local. Ortrud começa a conspiração, argumentando que deve haver algo na vida do cavaleiro que o envergonha, algo que o faça querer negar seu passado.
Em outra cena, a população se amontoa e o arauto anuncia que o rei ofereceu ao cavaleiro o ducado de Brabante. Ele entretanto recusa a oferta, desejando ser conhecido somente como “Protetor de Brabante”. Enquanto o rei, o cavaleiro desconhecido, Elsa e suas damas de honra estavam prestes a entrar na igreja, Ortrud aparece e acusa o cavaleiro de ser um mágico, razão pela qual ele venceu a disputa, e cujo nome Elsa não sabe. Telramund também aparece e alega ter sido vítima de uma fraude pois nem o nome de seu oponente sabe. O cavaleiro se recusa a revelar a identidade, dizendo que somente Elsa possui o direito de conhecer a resposta, nem mesmo o rei é digno. Elsa, apesar de abalada pelas alegações de Ortrud e Telramund, assegura ao cavaleiro sua lealdade e eles entram na igreja.

Ato III

A cerimônia de casamento ocorre, e os dois expressam seu amor com o outro. Mas Elsa, persuadida por Ortrud, rompe o pacto com o cavaleiro e agora seu marido, fazendo-lhe as perguntas proibidas. Na mesma cena, Telramund aparece para atacar o cavaleiro, mas é morto por ele, que então se volta para Elsa e pede que ela o acompanhe para a presença do rei, para a revelação do mistério.
Muda-se a cena, e volta-se ao local do primeiro ato. As tropas chegam para a guerra. O corpo de Telramund e trazido, e o cavaleiro explica-se perante o rei o assassinato. O cavaleiro então anuncia diante de todos sua verdadeira identidade: Lohengrin, um cavaleiro do Santo Graal, filho do rei Parsifal. Revela também que foi enviado pelo cálice, mas que era hora de retornar, tendo aparecido somente para provar a inocência de Elsa.
Para tristeza de Elsa, o cisne reaparece, indicando a ida de Lohengrin. Ele ora pela volta do irmão de Elsa, desaparecido. O cisne desaparece nas águas e reaparece na forma do jovem Gottfried, que havia sido transformado em animal pelo feitiço de Ortrud. Um pombo então aparece do céu, e assumindo o lugar do cisne guia Lohengrin de volta para o castelo do Santo Graal.

Extraído DAQUI
Mais informações sobre o personagem da ópera AQUI

Richard Wagner (1813-1883) – Lohengrin (ópera em três atos)

DISCO 1

01. Act 1: Vorspiel
02. Act I, Scene 1: Hört! Grafen, Edle, Freie von Brabant!
03. Act I, Scene 1: Dank, König, dir, daß du zu richten kamst!
04. Act I, Scene 1: Welch fürchterliche Klage sprichst du aus!
05. Act I, Scene 2: Seht hin! Sie naht, die hart Beklagte!
06. Act I, Scene 2: Einsam in trüben Tagen
07. Act I, Scene 2: Bewahre uns des Himmels Huld
08. Act I, Scene 2: Des Ritters will ich wahren
09. Act I, Scene 2: Wer hier im Gotteskampf zu streiten kam
10. Act I, Scene 2: Du trugest zu ihm meine Klage
11. Act I, Scene 3: Nun sei bedankt, mein lieber Schwan!
12. Act I, Scene 3: Heil König Heinrich!
13. Act I, Scene 3: Wenn ich im Kampfe für dich siege
14. Act I, Scene 3: Welch holde Wunder muß ich sehn?
15. Act 1, Scene 3: Nun hört! Euch Volk und Edlen
16. Act I, Scene 3: Nun höret mich, und achtet wohl
17. Act I, Scene 3: Mein Herr und Gott, nun ruf’ ich Dich
18. Act I, Scene 3: Durch Gottes Sieg ist jetzt dein Leben mein
19. Act II: Vorspiel
20. Act II, Scene 1: Erhebe dich, Genossin meiner Schmach!

DISCO 2

01. Act II, Scene 1: Was macht dich in so wilder Klage doch vergehn?
02. Act II, Scene 1: Du wilde Seherin!
03. Act II, Scene 1: Der Rache Werk sei nun beschworen
04. Act II, Scene 2: Euch Lüften, die meine Klagen
05. Act II, Scene 2: Elsa!…Wer ruft?
06. Act II, Scene 2: Entweihte Götter!
07. Act II, Scene 2: Ortrud, wo bist du?
08. Act II, Scene 2: Du Ärmste kannst wohl nie ermessen
09. Act II, Scene 2: So zieht das Unheil in dies Haus!
10. Act II, Scene 3: In Frühn versammelt uns der Ruf
11. Act II, Scene 3: Des Königs Wort und Wlll’ tu ich euch kund
12. Act II, Scene 3: Nun hört, dem Lande will er uns entführen!
13. Act II, Scene 4: Gesegnet soll sie schrieten
14. Act II, Scene 4: Zurüch, Elsa!
15. Act II, Scene 4: Du Lästerin! Ruchlose Frau!
16. Act II, Scene 5: Heil! Heil dem König!
17. Act II, Scene 5: O König! Trugbertörte Fürsten!
18. Act II, Scene 5: Den dort im Glanz ich vor mir sehe
19. Act II, Scene 5: Welch ein Geheimnis muß der Held bewahren?

DISCO 3

01. Act II, Scene 5: Mein Held! Entgegne kühn dem Ungetreuen!
02. Act II, Scene 5: In deiner Hand, in deiner Treu’
03. Act III: Vorspiel
04. Act III, Scene 1: Treulich gefürht ziehet dahin
05. Act III, Scene 2: Das süße Lied verhallt
06. Act III, Scene 2: Wie hehr erkenn’ ich unsrer Liebe Wesen!
07. Act III, Scene 2: Atmest du nicht mit mir die süßen Düfte?
08. Act III, Scene 2: Höchstes Vertraun hast du mir schon zu danken
09. Act III, Scene 2: Hilf Gott, was muß ich hören!
10. Act III, Scene 2: Ach nein!
11. Act III, Scene 2: Weh! Nun ist all unser Glück dahin!
12. Act III, Scene 3: Heil König Heinrich!
13. Act III, Scene 3: Was bringen die?
14. Act III, Scene 3: Mein Herr und König, laß dir melden
15. Act III, Act 3: In fernem Land
16. Act III, Scene 3: Mir schwank der Boden!
17. Act III, Scene 3: O bleib, und zieh uns nicht von dannen!
18. Act III, Scene 3, Mein lieber Schwan!
19. Act III, Scene 3: Weh! Du edler, holder Mann!

Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan, regente
Anna Tomowa-Sintow,
Dunja Vejzovic,
Josef Becker,
Karl Ridderbusch,
Martin Vantin

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Carlinus

Quintetos de sopro brasileiros (1926-1974) – Quinteto Villa-Lobos

Em razão da postagem com obras para sopros solistas de Mozart, me lembrei deste CD duplo do Quinteto Villa-Lobos que estava aqui guardado, esperando para ser postado. Ainda não estou de volta à ativa – vou demorar mais alguns meses em banho-maria – mas pude dar conta desta postagem porque não tenho muitas apreciações a fazer sobre o álbum: é uma compilação (a primeira) de obras importantes do ponto de vista histórico para esta formação instrumental, e algumas são muito bem escritas, mas não consigo ver transcendência, ousadia ou empolgação em quase nenhuma delas (a exceção no terceiro quesito ficou por conta do terceiro movimento dos quintetos de Marlos Nobre e Bruno Blauth; já ousadia, só encontrei no quinteto de Lindembergue Cardoso, mas aviso aos ouvidos menos afeitos à música do séc. XX que a obra é dissonante e fragmentária de cabo a rabo). Espero que vocês possam apreciá-las de alguma forma.

***

Quintetos de sopro brasileiros (1926-1974) – Quinteto Villa-Lobos

CD1
Oscar Lorenzo Fernandez – Suite para Quinteto de Sopros, Op.37
1. Pastoral. Crepúsculo no Sertão
2. Fuga. Saci Pererê
3. Canção. Canção da Madrugada
4. Scherzo. Alegria da Manhã

Claudio Santoro – Quinteto de Sopros
5. Alegre
6. Lento
7. Vivo

Osvaldo Lacerda – Variações e Fuga
8. 1º versão 1962, 2º versão, revista e reformulada 1994

José Vieira Brandão – Divertimento nº 1 para Quinteto de Sopros
9. Allegro Moderato
10. Andante Sostenuto
11. Allegro com Moto

Marlos Nobre – Quinteto de Sopro, Op.29
12. Lento. Animato
13. Lento
14. Vivo

Ernst Mahle – Quinteto
15. Poco Lento e Rubato-Vivace
16. Andantino “Noturno”
17. Vivo “Rondo”

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CD2
Mozart Camargo Guarnieri
1. Choro nº 3

José Siqueira
2. Brincadeira a Cinco

Francisco Mignone – 1º Quinteto para Sopros
3. Andante Calmo (Misterioso). Allegro. Andante Calmo
4. Scherzo
5. Adagio
6. Finale

Brenno Blauth – Quinteto para Sopros T.18
7. Moderado
8. Lento
9. Movido

Ricardo Tacuchian – Suite Brasileira para Quinteto de Sopros
10. Canto Místico
11. Canto Sentimental
12. Canto Festivo

Sergio Vasconcellos Correia – Dez Cantos Populares Infantis
13. Seu Sabiá, Terezinha de Jesus, A Moda da Carranquinha, Sapo Cururu, O Castelo Pegou Fogo, O Barqueiro, A Ponte do Avião, Cachorrinho, Você Gosta de Mim?, Eu sou Mineiro de Minas

Lindembergue Cardoso
14. Quinteto

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CVL

W.A. Mozart (1756 – 1791) – Wind Concertos

Nesse CD constam os concertos para Flauta( Flute ), Oboé( Oboe ), Fagote( Bassoon ) e o Concerto para Trompa( Horn ) Nº 1. Quando me perguntam sobra Mozart sempre costumo falar que ele é tarado por uma escala até o tom que completa a frase. Um trinadinho aqui e ali para chegar a nota resolutiva é característico também. Mas é claro que o povo leva na brincadeira, eu sei que são características Clássicas e por aí vai. Mas eu gostaria de chamar atenção para o concerto para Fagote. Muitas pessoas acham desnecessário fagotes na orquestra, ou que o som deles é feio. Neste concerto Mozart consegue tirar toda a beleza do instrumento. Poucas vezes o fagote é usado para solos e fraseados.
Neste CD não tem o concerto para Clarineta in A. Mas tudo bem, nem tudo se resume ao tubo preto, cilíndrico e grande. Sabe como são as coisas né….
Brincadeiras a parte, boa audição.

W. A. Mozart – Wind Concertos – Concertgebouw Chamber Orchestra

1. Horn Concerto No. 1 in D major, K. 412: I. (Allegro), K. 412 Jacob Slagter
2. Horn Concerto No. 1 in D major, K. 412: II. Allegro, K. 514 Jacob Slagter
3. Flute Concerto No. 1 in G major, K. 313: I. Allegro maestoso Emily Beynon
4. Flute Concerto No. 1 in G major, K. 313: II. Adagio non troppo Emily Beynon
5. Flute Concerto No. 1 in G major, K. 313: III. Rondo: Tempo di menuetto Emily Beynon
6. Bassoon Concerto in B flat major, K. 191: I. Allegro Gustavo Nunez
7. Bassoon Concerto in B flat major, K. 191: II. Andante ma adagio Gustavo Nunez
8. Bassoon Concerto in B flat major, K. 191: III. Rondo: Tempo di menuetto Gustavo Nunez
9. Oboe Concerto in C major, K. 314: I. Allegro aperto Alexei Ogrintchouk
10. Oboe Concerto in C major, K. 314: II. Adagio non troppo Alexei Ogrintchouk
11. Oboe Concerto in C major, K. 314: III. Rondo: Allegretto Alexei Ogrintchouk

Concertgebouw Chamber Orchestra

Jacob Slagter – Horn
Emily Beynon – Flute
Gustavo Nunez – Basson
Alexei Ogrintchouk – Oboe

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Gabriel Clarinet

Dmitri Shostakovich (1905-1976) – Sonata para piano e violino, Op. 134 e Sonata para piano e viola, Op. 147

Meus amigos, que CD! Dispensa comentários. A seguir, segue um texto escrito por PQP Bach. Como estou numa inanição terrível, não vou escrever nada. O calor chafurda minhas forças. Um langor terrível fermenta minha melancolia, assim como na música de Shosta. Estou pegajoso. Segue o texto bem urdido: “Esta é a última composição de Shostakovich e uma de minhas preferidas [Op.147]. Ele começou a escrevê-la em 25 de junho de 1975 e, apesar de ter sido hospitalizado por problemas no coração e nos pulmões neste ínterim, terminou a primeira versão rapidamente, em 6 de julho. Para piorar, os problemas ortopédicos voltaram: “Eu tinha dificuldades para escrever com minha mão direita, foi muito complicado, mas consegui terminar a Sonata para Viola e Piano”. Depois, passou um mês revisando o trabalho em meio aos novos episódios de ordem médica que o levaram a falecer em 9 de agosto. Sentindo a proximidade da morte, Shostakovich escreveu que procurava repetir a postura estóica de Mussorgski, que teria enfrentado o inevitável sem auto-comiseração. E, ao ouvirmos esta Sonata, parece que temos mesmo de volta alguma luz dentro da tristeza das últimas obras. A intenção era a de que o primeiro movimento fosse uma espécie de conto, o segundo um scherzo e o terceiro um adágio em homenagem a Beethoven. O resultado é arrasadoramente belo com o som encorpado da viola dominando a sonata”. O outro trabalho do post é a sonata para viola e piano, Op. 134. Boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1905-1976) – Sonata para piano e violino, Op. 134 e Sonata para piano e viola, Op. 147

Sonata para piano e violino, Op. 134
01. I. Andante
02. II. Allegretto
03. III. Largo

Oleg Kagan, violino
Sviatoslav Richter, piano

Sonata para piano e viola, Op. 147
04. I. Moderato
05. II. Allegretto
06. III. Adagio

Yiuri Bashmet, viola
Sviatoslav Richter, piano

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Carlinus

Antonin Dvorak (1841-1904) – Concerto para violoncelo e orquestra em Si menor, Op. 104

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De todos os grandes compositores, Antonin Dvorák (nascido em Nelahozeves, 8/9/1841; falecido em Praga, 1/5/1904) foi o mais diretamente inspirado por temas e idiomas folclóricos que ele havia assimilado quando ainda era uma criança talentosa no interior da Boêmia, antes de conhecer os grandes mestres clássicos. Estas características simplesmente constituiam a linguagem de Dvorak; sua realização consistiu em utilizá-las de modo convincente em grandes formas sinfônicas.

São 2 os Cello Concertos

Ele já alimentava a idéia de um concerto para violoncelo havia trinta anos quando finalmente compôs a obra que conhecemos hoje, o Concerto para Violoncelo e Orquestra em Si menor, Op. 104, obra em 3 movimentos: Allegro, Adagio ma non troppo, Finale (Allegro moderato), composto no inverno de 1894, quando o compositor estava nos Estados Unidos. Este concerto está fortemente associado a um dos amores da vida do compositor, sua cunhada Josephina.
Embora esse seja o único concerto de Dvorák para violoncelo e orquestra correntemente executado, existe ainda um concerto anterior, escrito por ele em 1865 para seu amigo e celista Ludevit Peer, mas que jamais foi orquestrado como Dvorák pretendia. Trata-se de um concerto em Lá Maior, em 3 movimentos, cujos manuscritos se encontram no Museu Britânico. As casas de concerto nunca conheceram essa obra executada com orquestra, mas apenas na orquestração para piano feita em 1930 por Jamil Burghauser. Desse concerto existem 2 gravações, por Milos Sádlo e por Werner Thomas-Mifune.

Extraído DAQUI

Antonin Dvorak (1841-1904) – Concerto para violoncelo e orquestra em Si menor, Op. 104
01. I. Allegro
02. II. Adagio, ma non troppo
02. III. Finale. Allegro moderato

Estocolmo, Konserthus, noviembre de 1967
Você pode comprar na Amazon

Swedish Radio Symphony Orchestra
Sergiu Celibidache, regente
Jacqueline du Pré, violoncelo

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Carlinus

J. S. Bach (1685 – 1750) – Concertos de Brandenburgo Nos. 6, 3, 5 e 2 (transcrição para violão)

Interessante esta transcrição dos imortais Concertos de Brandenburgo de Johann Sebastian Bach. Ouça e tire suas conclusões. Estou de saída. Preciso ir a uma comemoração de aniversário. Até mais! Bom deleite!

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750) – Concertos de Brandenburgo Nos. 6, 3, 5 e 2 (transcrição para violão)

Brandenburg Concerto No. 6 in B flat major, BWV 1051
1. Allegro Moderato
2. Adagio Ma Non Tanto
3. Allegro

Brandenburg Concerto No. 3 in G major, BWV 1048
4. Allegro
5. Adagio
6. Allegro

Brandenburg Concerto No. 5 in D major, BWV 1050
7. Allegro
8. Affetuoso
9. Allegro

Brandenburg Concerto No. 2 in F major, BWV 1047
10) Allegro Moderato
11) Andante
12) Allegro Assai

Amsterdam Guitar Trio

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Carlinus

Leonard Bernstein (1918-1990) – Sinfonia No. 1 – "Jeremias" e Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 4 em Sol

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A Sinfonia No. 1 de Bernstein – “Jeremias” – estreou no mundo da música em 1944. Foi considerado o melhor trabalho daquele ano nos Estados Unidos. Particularmente, eu gosto bastante deste trabalho de Bernstein. É uma obra programática feita a partir da história do profeta judeu Jeremias. Bernstein utiliza o drama vivido pelo profeta, bem como textos do livro de Lamentações de Jeremias, um poema acróstico, narrando a destruição de Jerusalém pelos babilônicos, 6 séculos antes de Cristo, e as desventuras do referido profeta. Entre os profetas judeus, Jeremias certamente seja um dos que mais sofreram. Sujeito de emoções à flor da pele, Jeremias absorve todas as dores de Jerusalém quando a cidade é completamente sitiada e queimada. Antes disso, passara 40 anos advertindo o povo para que se voltasse para o Deus de Israel sem que tivesse qualquer êxito. Vale a pena conferir o trabalho de Bernstein. Aparece ainda no post a maravilhosa Sinfonia no. 4 de Mahler. Não é natural que vejamos, mas a regência fica com Marin Alsop, uma mulher (sic.). Em alguns dias postarei o próprio Bernstein regendo a Sinfonia Jeremias. Uma boa apreciação!

Leonard Bernstein (1918-1990) – Sinfonia No. 1 – “Jeremias”
01. I. Profecia
02. II. Profanação
03. III. Lamentação

Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 4 em Sol
04. I. Bedächtig. Nicht eilen
05. II. In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
06. III. Ruhevoll
07. IV. Das himmlische Leben. Sehr behaglich

Bournemouth Symphony Orchestra
Marin Alsop, regente
Lisa Milne, soprano

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Carlinus

Daniel Kientzy interpreta Horia Şurianu

Pretendia postar algo diferente antes de voltar ao sax e aos romenos, mas o que realmente queria postar vai me demandar um pouco mais de tempo para organizar. Enquanto isso, vamos ao sax e aos romenos. Aqui está uma de minhas peças favoritas, o Concerto para saxofones e orquestra de Horia Şurianu, acompanhado por uma peça de câmara, Esquisse pour un Clair-Obscur (algo como Esboço para um Claro-Escuro).

Horia Şurianu nasceu em 1952, em Timișoara (Romênia), mas vive na França desde 1983 (naturalizou-se francês). É ligado à música espectral de uma maneira bem óbvia, como vocês poderão notar pelas duas obras aqui apresentadas. Sua obra, no entanto, é muito difícil de ser encontrada. Mesmo com enormes esforços, não tenho mais do que seis peças dele.

O Concerto para saxofones (sopranino e tenor) é uma obra muito enérgica, rítmica, pulsante, com dois movimentos rápidos entremeados por um central bem introspectivo. Apesar da linguagem moderna, é obra extremamente acessível pelo seu ânimo caloroso.

Esquisse pour un clair-obscur
foi composto para saxofone soprano e um conjunto instrumental formado por flauta, clarinete, violino, violoncelo e piano. Embora não seja uma obra hermética, já não tem aquela pulsação que torna o concerto tão acessível. É obra mais introspectiva no todo, um pouco mais áspera, mas possui, curiosamente, uma delicadeza estranha que me agrada muito.

Boa audição!

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Horia Şurianu (1952- )

01 Concerto para saxofones e orquestra

02 Esquisse pour un clair-obscur, para saxofone e conjunto de câmara

Daniel Kientzy, saxofones
Orchestre de Chambre de la Radio Nationale de Roumanie (faixa 1)
Neil Thomson, regente (faixa 1)
Ensemble Archaeus (faixa 2)
Liviu Danceanu, regente (faixa 2)

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PS: o cd pode ser encontrado na Amazon francesa.

itadakimasu

Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) – Sinfonia Manfredo em Si menor, Op. 58

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A Sinfonia Manfredo de Tchaikovsky foi composta no ano de 1885 e dedicada a Mily Balakirev. É baseado no poema dramático Manfredo de Lord Byron. A obra é o único trabalho sinfônico de Tchaikovsky que não recebeu uma numeração. É uma sinfonia programática de grande complexidade e extensão. No primeiro movimento Manfredo vaga pelos Alpes atormentado por dores espirituais atrozes. O segundo movimento é de um grande colorido orquestral, o que dá a ideia de um mundo mágico, frágil e sedutor. O terceiro movimento traz uma reflexão com elementos alpinos. E aos poucos retoma o tema do primeiro movimento. No quarto e último movimento, Manfredo aparece no mundo subterrâneo no meio de um bacanal. O herói morre após a visão de sua amada. É um trabalho que exige atenção pelas nuances que desperta. Escolhi esta versão com Svetlanov pela satisfação que gerou em mim. Inclusive, enquanto digito estas palavras, estou a ouvir este extraordinário trabalho. Boa apreciação!

P.S. Não achei o CD postado na Amazon, mas encontrei um outro com a mesma Sinfonia Manfredo gravado pelo mesmo Svetlanov

Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) – Sinfonia Manfredo em Si menor, Op. 58
01. I. Lento lugubre
02. II. Vivace con spirito
03. III. Andante con moto
04. IV. Allegro con fuoco

Na Amazon

State Symphony Orchestra of Russian Federation

Evgeny Svetlanov, regente

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Carlinus

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 3 – Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

Todas as Sinfonias de Mahler são ícones, mas penso que a 2ª, 3ª, 8ª, 9ª e 10ª são as mais importantes desse repertório. Gosto também muito deste sinfonia. Acho que é porque eu sou meio bucólico. Talvez ainda seja porque eu busco na natureza aquilo que não encontro em mim. Quando eu a ouvi pela primeira vez, eu odiei. Achei muito chata. Mas depois que eu comecei a ler e a freqüentar este blog as coisas começaram a mudar. Seja lá porque, eu gosto muito dessa sinfonia. Como de sempre, peguei alguns textos de outros blogs. Se alguém quiser complementar, fique à vontade.

SINFONIA No.3 (para contralto, coro feminino, coro infantil e orquestra)
Tonalidade principal: Ré menor
Composição: 1895-1896
Revisão: 1906
Estréia: Crefeld, 9 de junho de 1902, no festival da Allgemeine Deutsche Musikverein (regência de Mahler)
1a.Publicação: 1898 (Viena, Wenberger)
Instrumentação:
4 flautas (todas alternando com piccolos)
4 oboés (4o. oboé alternando com corne-inglês)
3 clarinetes (Sib e La- 3o. clarinete alterna com clarone)
2 clarinetes em Mib
4 fagotes (4o. fagote alterna com contrafagote)
8 trompas (Fa)
4 trompetes (Fa e Sib)
Flugelhorn (fora do palco)
4 trombones
Tuba contrabaixo
6 tímpanos (2 conjuntos de 3 cada)
2 glockenspiels
Tamburin
Tam-Tam
Triângulo
Prato suspenso
Caixa Clara
Bombo
Pratos
Caixas claras fora do palco
Sinos (afinados) fora do palco
2 Harpas
Quinteto de Cordas (violino I, II, violas, cellos e baixos com corda C grave)
Contralto solo
Coro feminino
Coro infantil
Duração: aprox. 100 minutos
Movimentos:
Part I
– I Kräftig. Entschieden
Part II
II- Tempo di Menuetto. Grazioso
III- Comodo. Scherzando. Ohne Hast
IV- Sehr langsam. Misterioso. Durchaus ppp.
V- Lustig im Tempo und keck im Ausdruck.
VI- Langsam. Ruhevoll. Empfundem
Texto: 2 textos:
1)”O mensch! Gib Acht!” de Friedrich Nietzsche (IV movimento)
2)”Es sungen drei Engel” da ‘Trompa mágica do menino’ (V movimento)
Programa: Mahler originalmente havia pensado em uma sinfonia programática que descreveria a natureza, por isso, iria chamá-la ‘Sinfonia pã’. Depois, quando decidiu incluir o texto de Nietzsche, pensou em chamá-la ‘Gaia Ciência’, com o subtítulo ‘Sonho de uma manhã de verão (segundo Bradford:1983, p.33) O programa original era assim:
I- Chega o verão
II- O que me dizem as flores do campo
III- O que me dizem os animais da floresta
IV- O que me diz a noite
V- O que me dizem os sinos da manhã
VI- O que me diz o amor
Esses pequenos índices, segundo Mahler, só foram conhecidos depois, na publicação de um programa de concerto.
Comentários: É a mais extensa sinfonia de Mahler e de todo o repertório romântico. De qualquer forma, é muito nítida a preocupação humanística e filosófica de Mahler, retratada de maneira entusiasmada nesta grande sinfonia.

*retirado daqui: http://repertoriosinfonico.blogspot.com/2007/06/sinfonias-informaes-tcnicas.html
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A sinfonia Nº3 em ré menor, de Gustav Mahler foi composta entre 1893 e 1896. É uma obra bastante longa (a maior sinfonia de Mahler), a mais longa do reportório romântico, aproximadamente cem minutos de música.

Estrutura

A sinfonia está dividida em seis andamentos:
Kräftig entschieden (forte e decisivo)
Tempo di Menuetto (Tempo de minueto)
Comodo (Scherzando) (confortável, como um scherzo)
Sehr langsam–Misterioso (muito lento, misteriosamente)
Lustig im Tempo und keck im Ausdruck (Alegre em tempo e atrevido em expressão)
Langsam–Ruhevoll–Empfunden (lento, tranquilo, profundo)
Em cada uma das primeiras quatro sinfonias de Gustav Mahler, o próprio criou uma explicação da narrativa destas sinfonias. Na terceira, a explicação de cada andamento, é a seguinte:
“Chega o Verão”
“O que me dizem as flores do campo”
“O que me dizem os animais da floresta”
“O que me dizem os homens”
“O que me dizem os anjos”
“O que me diz o amor”
Todos estes títulos foram publicados em 1898.
Originalmente a Sinfonia possuía um sétimo andamento, “O que me dizem as crianças”, porém este foi colocado na Sinfonia No.4, no último andamento.

** retirado daqui : http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinfonia_n.%C2%BA_3_(Mahler)

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Quarto Movimento

ZARATHUSTRAS MITTERNACHTSLIED (Canção da Meia-Noite de Zarathustra)

ALT (CONTRALTO):
O Mensch! Gib acht!
Was spricht die tiefe Mitternacht?
Ich schlief!
Aus tiefem Traum bin ich erwacht!
Die Welt ist tief!
Und tiefer als der Tag gedacht!
Tief ist ihr Weh!
Lust tiefer noch als Herzeleid!

Weh sprich: Vergeh!
Doch alle Lust will Ewigkeit.
Will tiefe, tiefe Ewigkeit!

Ó homem! Cuide-se!
O que faz a meia-noite profunda?
Adormeci!
De um sonho profundo Eu estou acordado!
O mundo é profundo!
E um pensamento mais profundo do que o dia!
Profunda é a sua desgraça!
Lust ainda mais profunda do que tristeza!

Ai a dizer: isso!
Mas toda a alegria quer a eternidade.
Will profunda, profunda eternidade!

***Retirado daqui :http://www.vagalume.com.br/gustav-mahler/sinfonia-n-3-quarto-movimento.html#ixzz136U7gXu0

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Quinto Movimento

ES SUNGEN DREI ENGEL (Três anjos cantaram)

KNABENCHOR (CORAL INFANTIL):
Bimm bamm, bimm, bamm…

FRAUENCHOR (CORAL FEMININO):
Es sungen drei Engel einen süßen Gesang,
Mit Freuden es selig in den Himmel klang:
Sie jauchzten fröhlich auch dabei,
Daß Petrus sei von Sünden frei.
Und als der Herr Jesus zu Tische saß,
Mit seinen zwölf Jüngern das Abendmahl aß
Da sprach der Herr Jesus: Was stehst du denn hier?
Wenn ich dich anseh’, so weinest du mir.”

ALT (CONTRALTO):
“Und sollt’ ich nicht weinen, du gütiger Gott”…

FRAUENCHOR (CORAL FEMININO):
Du sollst ja nicht weinen!

ALT (CONTRALTO):
Ich hab’ übertreten die zehn Gebot;
Ich gehe und weine ja bitterlich,
Ach komm und erbarme dich über mich!”

FRAUENCHOR (CORAL FEMININO):
“Hast du denn übertreten die Zehen Gebot,
So fall auf die Knie und bete zu Gott,
Liebe nur Gott in alle Zeit.
So wirst du erlangen die himmlische Freud!”
Die himmlische Freud’ ist eine selige Stadt;
Die himmlische Freud’, die kein Ende mehr hat.
Die himmlische Freud’ war Petro bereit’
Durch Jesum und allen zur Seligkeit.

Tradução
Boys Choir (CORAL INFANTIL):
BIMM Bamm, BIMM, bam …

CORO DA MULHER (Feminino CORAL):
Três anjos cantaram uma canção doce,
Abençoado com alegria, que soou no céu:
Ela gritou alegremente presentes,
Que Pedro estava livre do pecado.
E quando o Senhor Jesus sentado à mesa,
Com seus doze discípulos comeram a Última Ceia
Então disse o Senhor Jesus: O que você está fazendo aqui?
Quando eu olhar para você, e você chora comigo. ”

ALT (contralto):
“E eu não vou chorar, você bom Deus” …

CORO DA MULHER (Feminino CORAL):
Você não deve chorar!

ALT (contralto):
Eu quebrei os Dez Mandamentos;
Eu ando e chorar amargamente;
Oh, venha e tenha misericórdia de mim! ”

CORO DA MULHER (Feminino CORAL):
“Vocês quebraram os Dez Mandamentos,
Em seguida, cair de joelhos e rezar a Deus,
Só o amor de Deus em tudo.
A Sun irá levá-lo a alegria celestial! ”
A alegria celeste “é uma cidade abençoada;
A alegria celeste, que não tem fim.
A alegria celeste Petro estava pronto ‘
Através de Jesus e de todos para a salvação.

**** retirado daqui :http://www.vagalume.com.br/gustav-mahler/sinfonia-n-3-quinto-movimento.html#ixzz136UpaaMx

É isso

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Gabriel Clarinet

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Piano Sonata No.1, Op.12, 24 Preludes, Op.31, Piano Trio No.2, Op.67 e etc (CDs 4 e 5 de 5 – final)

Concluímos, assim, esta extraordinária série com 5 CDs com obras pianísticas e de câmara de Dmitri Shostakovich. Tenho um profundo entusiasmo pelas obras do russo. Shosta é uma paixão inexplicável. Há por trás de sua personalidade, uma turbilhão de fatos, eventos, sentimentos, emoções construídas com sangue, suor, medo e incertezas. Alguns o rotulam de covarde por ter silenciado ou ficado na União Soviética, quando uma safra de compositores e artistas decidiram deixar a pátria comunista. É muito fácil rotulá-lo, depreciá-lo, chamá-lo simplesmente de “covarde”. Uma faca foi posta em seus dentes. Um instrumento perfurador foi encostado em suas costelas. Qualquer movimento em falso representaria a fulminação. Todavia, Shosta permaneceu com sua personalidade ímpar – suportou com tremores, temores, ironias e anuências fingidas. Fez tudo isso, porque acreditava na música. Escreveu seu nome da história da cultura do século XX, como um dos maiores compositores de todos os tempos. Não deixe de ouvir estes dois últimos CDs. Boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Piano Sonata No.1, Op.12, 24 Preludes, Op.31, Piano Trio No.2, Op.67, Cello Sonata in D minor, Op.40, Moderato (for cello and piano), Two Pieces (for string quartet), Piano Quintet in G minor, Op.57

DISCO 4

Piano Sonata No.1, Op.12
01. Allegro –
02. Adagio
03. Adagio
04. Allegro – Poco meno mosso-
05. Adagio – Lento –
06. Allegro – Meno mosso – Moderato – Allegro

Lilya Zilberstein, piano

24 Preludes, Op.31
07. I. Moderato
08. II. Allegretto
09. III. Andante
10. IV. Moderato
11. V. Allegro vivace
12. VI. Allegretto
13. VII. Andante
14. VIII. Allegretto
15. IX. Presto
16. X. Moderato non troppo
17. XI. Allegretto
18. XII. Allegro non troppo
19. XIII.. Moderato
20. XIV. Adagio
21. XV. Allegretto
22. XVI. Andantino
23. XVII. Largo
24. XVIII. Allegretto
25. XIX. Andantino
26. XX. Allegretto furioso
27. XXI. Allegretto poco moderato
28. XXII. Adagio
29. XXIII. Moderato
30. XXIV. Allegretto

Olli Mustonen, piano

Piano Trio No.2, Op.67
31. I. Andante – Moderato – Poco più mosso
32. II. Allegro con brio
33. III. Largo –
43. IV. Allegretto – Adagio

Beaux Arts Trio
Isidore Cohen, violino
Bernard Greenhouse, cello
Menahen Pressler, piano

DISCO 5

Cello Sonata in D minor, Op.40
01. I. Allegro non troppo
02. II. Allegro
03. III. Largo
04. IV. Allegro

Moderato (for cello and piano)
05. Moderato (for cello and piano)

Lynn Harrell, cello
Vladimir Ashkenazy, piano


Two Pieces (for string quartet)
06. I. Elegy
07. II. Polka
Piano Quintet in G minor, Op.57
08. I. Prelude
09. II. Fugue
10. III. Scherzo
11. IV. Intermezzo
12. V. Finale

Fitzwilliam String Quartet
Vladimir Ashkenazy, piano
Lucy Russel, violino I
Jonathan Sparey, violino II
Alan George, viola
Andrew Skidmore, cello

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Carlinus