Georg Christoph Wagenseil (1715–1777): Concertos escolhidos (Echo Du Danube, Weimann)

Georg Christoph Wagenseil (1715–1777): Concertos escolhidos (Echo Du Danube, Weimann)
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IM-PER-DÍ-VEL !!! (para os amantes do barroco)

Você conhece Wagenseil? Provavelmente não, mas trata-se de um bom e divertido compositor que se encrava bem naquela época complicada do mano CPE Bach: Mozart ainda não era Mozart e Haydn estava meio enfurnado. Época estranha e das mais interessantes em que os homens que abriram caminho para Beethoven ainda não eram grandes.

Wagenseil nasceu em Viena e se tornou o pupilo favorito de Johann Joseph Fux, Kapellmeister da corte de Viena. Wagenseil compôs para a corte desde 1739 até a sua morte em 1777. Viajou muito pouco durante a sua vida e veio falecer em Viena, onde passou a maior parte de seu tempo. Foi uma figura muito conhecida em seu tempo, pois tanto Wolfgang Amadeus Mozart quanto Joseph Haydn tinham conhecimento e familiaridade com suas composições. Seus primeiros trabalhos possuem influência barroca, enquanto as obras posteriores seguem uma tendência do estilo galante. Ele compôs várias peças de óperas, corais, sinfonias, concertos, obras de câmara e para instrumentos de teclado.

Georg Christoph Wagenseil (1715–1777): Concertos escolhidos (Echo Du Danube, Weimann)

1. Concerto for oboe, bassoon, winds, strings & continuo in E flat major, WWV 345: Allegro assai
2. Concerto for oboe, bassoon, winds, strings & continuo in E flat major, WWV 345: Andantino più tosto Allegro
3. Concerto for oboe, bassoon, winds, strings & continuo in E flat major, WWV 345: Presto

4. Concerto for harp & strings in F major, WWV 281: Allegro
5. Concerto for harp & strings in F major, WWV 281: Andante
6. Concerto for harp & strings in F major, WWV 281: Tempo di Minuetto

7. Concerto for fortepiano, violin & strings in A major, WWV 325: Vivace
8. Concerto for fortepiano, violin & strings in A major, WWV 325: Larghetto
9. Concerto for fortepiano, violin & strings in A major, WWV 325: Tempo di Minuetto

10. Concerto for flute, strings & continuo in D major, WWV 342: Allegro
11. Concerto for flute, strings & continuo in D major, WWV 342: Largo
12. Concerto for flute, strings & continuo in D major, WWV 342: Allegro vivace

Echo Du Danube
Alexander Weimann

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Um belo tipo de homem, pensava a mãe dele.

PQP

Johann Nepomuk Hummel (1178-1837) – Sinfonias de Mozart de nº 35 a 41 em arranjo para Quarteto com Piano, Flauta, Violino e Violoncelo

É difícil para quem conhece estas obras há quase uma vida, em gravações históricas, com orquestras com diversos músicos, em gravações historicamente informadas ou não, enfim, é difícil absorver estas gravações destes arranjos das Sinfonias de Mozart para um quarteto formado por uma Flauta, um Piano, um Violino e um Violoncelo. Tudo bem que os arranjos foram feitos por Hummel, aluno e amigo de Mozart, e um dos grandes nomes do classicismo. Mesmo com todo o esforço e competência do ótimo quarteto de músicos reunidos para este projeto, fica a sensação de que falta alguma coisa. Ou não, dependendo do que se for esperar.

Como comentei acima, Hummel foi aluno de Mozart, este já um compositor estabelecido, entrando na fase final de sua vida, enquanto que o aluno ainda era uma criança. Mas se tratava de uma criança bem dotada, que foi um compositor interessante, com muitas obras publicadas, além de exímio pianista, e que acompanhou o mestre na fase de criação de obras primas como das óperas “Don Giovanni” e “Bodas de Fígaro”.

Trago dois CDs para os senhores. No primeiro teremos as Sinfonias de nº 35, 36 e a maior de todas, de nº 41. Deve ter sido uma tarefa difícil para Hummel fazer estes arranjos, afinal a riqueza da orquestração, adaptar os diferentes timbres para apenas quatro instrumentos, enfim, deve ter sido uma tarefa quase ingrata, mas podemos sentir nestes arranjos o amor e o respeito que ele sentia pela obra de Mozart. E ele encarou esta empreitada já na década de 1820, quando ainda era Kappelmeister em Weimar, já entrando nos últimos anos de sua vida, como comentei acima, era um compositor respeitado.

As três sinfonias favoritas de muita gente estão no segundo CD, as de nº 38, 39 e 40, a mais bela de todas, em minha humilde e inútil opinião. Lembro que ainda na adolescência ouvi esta de nº 40 em um belíssimo LP com o Karl Böhm, com a Orquestra Filarmônica de Viena (já postado por aqui). Foi paixão na primeira audição. Eu ainda era um adolescente aprendendo o básico da vida, e aquela música me deixou sem ação. É este o impacto que a música de Mozart provoca em nós em um primeiro momento: nos deixa sem direção, sem rumo.

Para alguns puristas, pode soar blasfêmia transformar estas obras primas orquestrais em um mero Quarteto com Flauta. Não sei, acho que a música de Mozart é tão intensa e perfeita que sempre vai soar bem de qualquer forma. Tirando o estranhamento inicial, as mudanças nos ritmos, a falta da massa orquestral, acabamos por nos acostumar, e de repente, aí está a genialidade mozartiana em todo o seu esplendor. Vale a pena conferir.

Symphony No. 36 in C major, ‘Linz’, K. 425
1 Adagio – Allegro spiritoso
2 Poco adagio
3 Menuetto
4 Presto
Symphony No. 35 in D major, ‘Haffner’, K. 385
5 Allegro con spirito
6 Andante
7 Menuetto
8 Presto
Symphony No. 41 in C major, ‘Jupiter’, K. 551
9 Allegro vivace
10 Andante cantabile
11 Menuetto: Allegretto
12 Molto allegro

Symphony No. 38 in D major, ‘Prague’, K. 504 (AE 546)
1 Adagio – Allegro
2 Andante
3 Presto
Symphony No. 40 in G minor,K. 550 (AE 547)
4 Allegro molto
5 Andante
6 Minuetto: Allegro
7 Finale: Allegro assai 4
Symphony No. 39 in E flat major, K. 543 (AE 548)
8 Adagio – Allegro
9 Andante
10 Minuetto: Allegretto
11 Finale: Allegro

Uwe Grodd – Flute
Friedemann Eichhorn – Violin
Martin Rummel – Cello
Roland Krüger – Piano

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D. Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 10 (Mravinsky)

D. Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 10 (Mravinsky)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma das melhores sinfonias que conheço. Tipo uma das músicas de minha vida. Uma daquelas obras-primas indiscutíveis. Se a sétima é misteriosa; a oitava é poderosa; a nona, jocosa; a décima, nervosa. Shosta foi um grande amigo de Mravinsky, que estreou a maioria de suas sinfonias até cagar-se de medo e ser substituído por Kondrashin da 13ª até o final. A décima foi a primeira sinfonia pós-Stalin e possuiria uma “homenagem” ao ditador. O Allegro seria uma descrição da personalidade do todo-poderoso recém falecido e o Allegretto insiste na sequência de notas D-S-C-H (o nome do compositor em alemão, com Sch, claro), uma presumível afirmação da permanência de Shostakovich. Hoje, há gravações bem melhores do que esta inicial e meio mal gravada de Mravinsky, mas ela é histórica, com a sensacional e histórica orquestra de Leningrado e o próprio Shosta deveria tê-la em casa.

Mravinsky conducts the Leningrad Philharmonic Orchestra in
Shostakovitch’s Symphony No. 10.

Symphony No. 10, in E minor, Op.93
1. Moderato (22.24)
2. Allegro (4.08)
3. Allegretto (11.10)
4. Andante – Allegro (11.17)

Leningrad Philharmonic Orchestra
Evgeny Mravinsky

Total playing time: 48:58

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Duas raras fotos de Shostakovich feliz:
Duas raras fotos de Shostakovich feliz: …
... ambas em jogos de futebol.
… ambas em jogos de futebol.

PQP

Suk / Herbert / Dvořák: Inspiration – Música para Cordas (Metamorphosen Berlin)

Suk / Herbert / Dvořák: Inspiration – Música para Cordas (Metamorphosen Berlin)

Um belo disco de capa feia. Recebi este CD da ex-esposa de um atual membro do dream team de postadores do PQP. Ela é uma das violas do grupo. Josef Suk foi um compositor e violinista tcheco que estudou com Antonín Dvořák e do qual arrebatou a filha, não o talento. A influência do sogrão deve ter sido enorme. Ele era uma sujeito meio mórbido, pois escreveu uma Marcha Fúnebre para si mesmo, o que revela que seu narcisismo era uma grande fonte de inspiração. Sua Serenata é bem boa. Victor Herbert era muito prolífico. Escreveu 43 operetas. Herbert nasceu em Dublin, mas adquiriu cidadania estadunidense. Foi violoncelista e maestro. Ele estudou piano, flauta e flautim, até finalmente chegar no cello. Sua música parece um doce de leite que não foi feito no Uruguai. O CD vale pela excelente versão da famosa Serenata, Op. 22, de Dvořák, que é um fenômeno escrito em menos de 15 dias. E vale pelo carinho da dedicatória. Desconheço quem seriam estes Elena e Milton.

Suk / Herbert / Dvořák: Inspiration – Música para Cordas (Metamorphosen Berlin)

Josef Suk
1 I. Allegro Con Moto – Metamorphosen Berlin
2 II. Allegro Ma Non Troppo E Grazioso
3 III. Adagio
4 IV. Allegro Giocoso, Ma Non Troppo Presto
5 Love Song, Op. 7, No. 1 – Metamorphosen Berlin

Victor Herbert
6 Yesterthoughts, Op. 37 – Metamorphosen Berlin
7 Puchinello, Op. 38 – Metamorphosen Berlin
8 Ghazel – Metamorphosen Berlin

Antonín Dvořák
9 I. Moderato – Metamorphosen Berlin
10 II. Tempo Di Valse
11 III. Scherzo. Vivace
IV. Larghetto
V. Finale. Allegro Vivace

Metamorphosen Berlin
Wolfgang E. Schmidt, conductor & cello
Indira Koch, concertmaster

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PQP

Thomas Linley, o Jovem (1756-1778): Music from The Tempest / Overture To The Duenna / Three Cantatas (The Parley Of Instruments Orchestra And Choir / Paul Nicholson)

Thomas Linley, o Jovem (1756-1778): Music from The Tempest /  Overture To The Duenna / Three Cantatas (The Parley Of Instruments Orchestra And Choir / Paul Nicholson)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Todos sabemos que o maior gênio do século XVII foi William Shakespeare, que a maior criatura do século XVIII foi Johann Sebastian Bach, que os gênios vencedores do século XIX foram Karl Marx e Charles Darwin, sobrando o século recém-findo para Sigmund Freud(post meu de 2008, não entendi nada).

Este é um grande CD da Hyperion e nem vou perder tempo escrevendo ou traduzindo coisas. Coloco abaixo, de forma desorganizada, uma série de notícias biográficas e citações sobre o excelente Linley

A composer who “had he lived, would have been one of the greatest ornaments of the musical world” – W.A. Mozart.

Thomas Linley the Younger (1756-1778)

Early Years
Thomas Linley the younger (the ‘English Mozart’) was born at the Abbey Green, Bath on 7th May 1756 and was baptised at St. James’s Church, Bath on 11th June.

He was the third child and second son of the composer, harpsichordist and singing teacher Thomas Linley (1733-1795) and his wife Mary. The whole family was remarkably musically talented; besides Thomas junior, their daughters Elizabeth Ann, Mary and Maria all became accomplished singers and their son Samuel a notable oboist.

Although it was fashionable for musically gifted young children to be brought to the public’s attention in concert rooms, Thomas Linley the younger was, by any standards, one of the most musically prodigiously talented individuals ever to have been seen in England.

The composer Matthew Cooke (1761-1829), in his biographical account of Linley entitled ‘Reminiscences’ (published 1826) states that he, gave such early and strong passion for music, as determined his Father to fix him in that Profession; and accordingly, the stripling studied the Rudiments of Music under his father, …..and was, by the tuition of his Parent, perfectly grounded in both Theory and Practice. The Child’s assiduity, and the rapid progress he made, called forth his Father’s approbation.

As no other member of the Linley family played the violin it is assumed that the young composer learnt his skill from John Richards who was a prominent soloist and orchestral leader in Bath during the 1750s and 1760s.

1763
The earliest known concert in which Linley played in was announced in Boddely’s Bath Journal of 25th July 1763, in which the following appeared, For the Benefit of Mr. Linley. At Loggan’s Room at the Hot Wells on the 29th Inst. Will be perform’d A Concert of Vocal and Instrumental Music. The Vocal Parts by Mr. Linley, Mr. Higgins and Master Linley. The First Violin by Mr Richards of Bath. End of the 1st Act a Concerto on the Violin by Master Linley, a child of seven years old. End of the 2nd Act an Elegy of Jackson’s by Mr. and Master Linley and Mr. Higgins.
In the same year the seven year old Linley commenced musical studies with William Boyce – lessons that were to continue over the next five years.

1767
At the age of 10, with his sister Elizabeth Ann, he appeared at Covent Garden Opera House playing the part of Puck in the Masque The Fairy Favour by Thomas Hull. The Lloyds Evening Post of 3rd February reported the occasion Nor can enough be said of the little boy, who plays the part of Puck; his singing, playing on the violin, and dancing the hornpipe, are all beyond expectation, and discover extraordinary abilities in one, who must be considered a child.

1768
In a letter to William Jackson dated 11th May 1768, the painter Thomas Gainsborough said, I have begun a large picture of Tommy Linley and Miss Linley and her Brother Thomas by Thomas Gainsborough c.1768 his sister………I suppose you know the Boy is bound for Italy at the first opportunity.
The 12 year old Linley left for Italy later the same year to study under the famous violinist Pietro Nardini (1722-1793).

1770 Meeting with Mozart

In April 1770 while still in Italy Linley met Mozart. They were exact contemporises and became firm friends, later regularly corresponding with one another.
On 21st April 1770 Mozart’s father, Leopold, writing to his wife Anna Maria said, In Florence we found a young Englishman who is a pupil of the famous violinist Nardini. This boy, who plays absolutely beautifully, and has Wolfgang’s height and age, came to the house of the learned poetess Sgr. Corelli, where we happened to be visiting on the recommendation of M. L’Augier. The two boys took turns performing all evening while constantly embracing one another. The next day, the little Englishman, a most charming boy, brought his violin to where we stayed and played all afternoon with Wolfgang accompanying him on the piano…….Little Thomaso accompanied us home and wept the bitterest tears because we were leaving the next day. The musical historian Charles Burney met Linley in Italy in the following September and wrote, The ‘Tommasino’, as he is called, and the little Mozart, are talked of all over Italy, as the most promising geniuses of this age.

1771
Linley, now 15 years old, returned to England to perform in the 17712 Bath concert season. He was regularly leader of the orchestra or soloist at Bath from 1772 to 1776 and at Drury Lane from 1773 and 1778 where he played concertos between the acts of oratorios. He returned to his studies with Boyce.

On 8th September 1773 Linley’s first large-scale work (Let God Arise) was performed. This was at the Worcester Festival. Matthew Cooke stated that, This Production confirmed his Talents with the Public. Linley was now much in demand as a violinist – as reported by Cooke, ……his industry and perseverance made him indefatigable. He was One of the most eminent Violin Performers of the age; between the years 1771 and 1776 he composed no less than Twenty Concertos for the violin….Many of these were performed by him…..at Drury Lane ….and were received with the most unbounded applause. It was around this time that he wrote such remarkable works as The Song of Moses and incidental music for The Tempest and Sheridan’s The Duenna.

1776
In 1776 Linley composed his magnificent Shakespeare Ode (Lyric Ode on the Fairies, Aerial Beings and Witches of Shakespeare). A writer in A Dictionary of Musicians in 1824 said, Neither Purcell nor Mozart ever gave stronger proofs of original genius than could be traced in this charming ode. The Morning Chronicle of 21st March 1776 gave a particularly enthusiastic account of a performance The composition must be allowed to be an extraordinary effort of genius in so young a man……..the fugue of the overture is masterly……..the song There in old Arden’s inmost shade…would not disgrace a Sacchini or Bach……….the oboe song in the second part…shews this young composer has the brilliancy and warmth of invention so peculiar attendant on the spring of life………….His merit, even at this early time of life, is certainly sufficient to challenge the warmest encouragement from the public, even though our Amateurs should not yet be brought to overlook the misfortune of his being – an Englishman.

The Morning Post of 16th March 1778 after a successful performance by Linley, also reveals an attitude of the general public towards English composers, …..the very warm applause he received last night proves that an English audience will give proper encouragement to true merit and genius, even though it is the production of their own country.

In July 1778 Linley went with his sisters to Grimsthorpe Castle, Lincolnshire as guests of the Duke of Ancaster and his family. On 5th August Linley went boating on the Castle lake with two friends. During a storm the boat overturned and, whilst attempting to swim ashore, the 22 year old Linley tragically drowned. It was reported in the Morning Chronicle on 11th August, On Wednesday last Mr. Thomas Linley……fell into a lake belonging to his Grace the Duke of Ancaster…..and was unfortunately drowned; he remained under water full forty minutes, so that every effort made to restore him to life proved ineffectual. This accident has deprived the profession to which he belonged of one its principal ornaments, and society of a very accomplished and valuable member.

Linley was buried on 11th August 1778 at Edenham Parish Church.

His sisters Maria, Mary and Elizabeth Ann died of consumption in 1784, 1787 and 1792 respectively and his brother Samuel drowned in 1795. Thomas Linley senior died in November of the same year, it was said at the time, of a broken heart.

‘Linley was a true genius’ (Mozart, 1784)
‘An outstanding disc in a trail-blazing series: highly recommended’ (BBC Music Magazine)
‘The irresistible music will compel you to acquire this recording’ (Early Music Review)
‘All parties sound as if they love every moment of this absorbing and enjoyable programme’ (American Record Guide)
‘Le programme est d’une parfaite cohérence et magistralement interpreté’ (Répertoire, France)
‘Il y a longtemps que le disque ne nous avait révélé un talent méconnu aussi brillant et attachant’ (Diapason, France)
‘…This collection of cantatas and theater music is simply stunning—rarely do we hear a composer of that age who even comes close to what Mozart was doing, but if any can make that claim, Linley certainly can… the freshness and invention—will strike you over and over…These period performances are sterling in concept and execution, and Hyperion’s midprice Helios label makes them almost irresistible’ (Audiophile, USA)

Thomas Linley, o Jovem (1756-1778): Music from The Tempest / Overture To The Duenna / Three Cantatas (The Parley Of Instruments Orchestra And Choir / Paul Nicholson)

Music For The Tempest (23:56)
Arise! Ye Spirits Of The Storm 5:56
O Bid Your Faithful Ariel Fly 4:42
Come Unto These Yellow Sands 4:00
Hark, Hark, The Watch-Dogs Bark 0:59
While You Here Do Sleeping Lie 1:57
Ere you Can Say ‘Come’ And ‘Go’ 2:53
Where The Bee Sucks, There Lurk I 2:47

Overture To The Duenna (5:33)
Allegro 2:25
Adagio 1:22
Rondeau (Allegro) 1:54

In Yonder Grove (13:44)
Recitative: In Yonder Grove 1:40
Air (Largo Andante): If Thy Too-Cruel Bow Be Bent 3:10
Recitative: Thus Sunk In Deep Distress 0:33
March 1:03
Recitative: As When The Sun 0:50
Air: Tune, Philomel 6:23

Ye Nymphs Of Albion’s Beauty-Blooming Isle (12:03)
Recitative: Ye Nymphs Of Albion’s Beauty-Blooming Isle 1:14
Air (Largo): Wrapt Close From Harm 3:58
Recitative: Thus Young Emira 0:44
Air (Molto Allegro): Fly, Damon, To Yon Secret Grove 6:04

Daughter Of Heav’n, Fair Art Thou! (Darthula) (17:00)
Recitative: Daughter Of Heav’n, Fair Art Thou! 1:02
Air (Andante): But Why Dost Thou Retire? 1:31
Recitative: Thus Sung Darthula 1:06
Air (Maestoso Allegro): My Arm Shall Lift The Spear 5:48
Recitative: He Clothed His Limbs In Steel 1:39
Air (Rondeau): When In Thy Beauty With Thou Rise 4:48
Arioso (Adagio): Retire, O Sun 1:01

Julia Gooding, soprano
Paul Goodwin, oboe
The Parley of Instruments Baroque Orchestra and Choir
Paul Nicholson, harpsichord and conductor

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Menino gênio: Thomas Linley, o Jovem, por Thomas Gainsborough (c.1772)

PQP

F. J. Haydn (1732-1809): String Quartets Op. 17 (completo) (London Haydn Quartet)

F. J. Haydn (1732-1809): String Quartets Op. 17 (completo) (London Haydn Quartet)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um compositor de primeira linha, um quarteto idem, uma baita gravadora (Hyperion), um repertório surpreendentemente raro. Os Quartetos de Cordas Op. 17 de Haydn foram escritos durante seu período mais produtivo, como empregado da família Esterházy. Haydn tinha um magnífico grupo de músicos ao seu dispor, incluindo o jovem violinista virtuoso Luigi Tomasini, cujo gênio pode ser espreitado ao longo destas composições, especialmente nos belíssimos adágios. Esses quartetos de cordas são indiscutivelmente grandiosos. Eles têm enorme seriedade e um domínio crescente do discurso e do desenvolvimento que estão há léguas de distância do divertimento dos quartetos anteriores. Aqueles que desejam gravações sempre em instrumentos “do período” não devem hesitar — é improvável que se ouça algo melhor neste repertório. A articulação é leve, precisa e cheia de nuances, o vibrato é dificilmente detectável e a entonação é impecável. Confira.

F. J. Haydn (1732-1809): String Quartets Op. 17 (completo) (London Haydn Quartet)

CD 1
1. String Quartet In C Minor, Op. 17/4 – 1. Moderato
2. String Quartet In C Minor, Op. 17/4 – 2. Menuetto; Trio
3. String Quartet In C Minor, Op. 17/4 – 3. Adagio Cantabile
4. String Quartet In C Minor, Op. 17/4 – 4. Allegro

5. String Quartet In E Flat, Op. 17/3 – 1. Andante Grazioso
6. String Quartet In E Flat, Op. 17/3 – 2. Menuetto; Trio: Allegretto
7. String Quartet In E Flat, Op. 17/3 – 3. Adagio
8. String Quartet In E Flat, Op. 17/3 – 4. Allegro Di Molto

9. String Quartet In F, Op. 17/2 – 1. Moderato
10. String Quartet In F, Op. 17/2 – 2. Menuetto: Allegretto
11. String Quartet In F, Op. 17/2 – 3. Adagio
12. String Quartet In F, Op. 17/2 – 4. Allegro Molto

CD 2
1. String Quartet In E, Op. 17/1 – 1. Moderato
2. String Quartet In E, Op. 17/1 – 2. Menuetto; Trio
3. String Quartet In E, Op. 17/1 – 3. Adagio
4. String Quartet In E, Op. 17/1 – 4. Presto

5. String Quartet In G, Op. 17/5 – 1. Moderato
6. String Quartet In G, Op. 17/5 – 2. Menuetto; Trio
7. String Quartet In G, Op. 17/5 – 3. Adagio
8. String Quartet In G, Op. 17/5 – 4. Presto

9. String Quartet In D, Op. 17/6 – 1. Presto
10. String Quartet In D, Op. 17/6 – 2. Menuetto; Trio
11. String Quartet In D, Op. 17/6 – 3. Largo
12. String Quartet In D, Op. 17/6 – 4. Finale: Allegro

The London Haydn Quartet

Catherine Manson: violin
Margaret Faultless: violin
James Boyd: viola
Jonathan Cohen: cello

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Os membros do quarteto foram ao PQP Park de Londres à procura das melhores madeiras para seus instrumentos.

PQP

Georg Phillipp Telemann (1681-1767): A Christmas Oratorio (Reinische Kantorei, Das Kleine Konzert, Hermann Max)

O texto abaixo tirei de um site alemão que comercializa CDs. Resume bem esse belíssimo CD do selo alemão CPO, sempre uma garantia de qualidade:

“Georg Philipp Telemann deixou para a posteridade uma obra de variedade e quantidade quase desconcertantes: A música de câmara vocal e instrumental, os concertos e as suítes orquestrais, os oratórios e as óperas amontoam-se para formar uma montanha que levará certamente gerações a analisar completamente. Só o número das suas cantatas de igreja (que sobreviveram) ronda os quatro dígitos, e é necessária uma determinação extraordinária para reunir um pasticcio significativo a partir desta superabundância, como Hermann Max fez para a presente produção: O diretor do Rheinische Kantorei e do Kleines Konzert trouxe à luz do dia cinco cantatas do período de Telemann em Hamburgo e Frankfurt que não tinham sido gravadas nem impressas até à data e combinou-as num “Oratório de Natal” que cobre a época festiva desde o nascimento de Jesus até à Epifania – uma hipótese, é certo, mas que pode extrair as mais belas justificações tanto das convenções históricas como dos seus resultados sonoros. As redescobertas musicais são as mais genuínas de Telemann, como revela a posição consistentemente operática das cantatas individuais e do oratório delas derivado: Recitativos dramáticos, cenas de diálogo e árias, bem como os coros, que não se limitam ao seu papel reflexivo, dão origem a um evento animado que outrora transformava o espaço da igreja num palco sublime no qual o inacreditável se transformava em fé.”

Nosso Grão – Mestre PQPBach intimou seus colaboradores a preparar material para a postagem de Natal, a Postagem do Natal em que o PQPBach completa sua maioridade. Não precisei procurar muito em meu acervo para encontrar essa maravilha de CD, um primor de execução e qualidade de gravação, tão característicos do selo CPO. Como conta o texto acima, o trabalho de arqueologia musical que Hermann Max fez nos brinda com cinco belíssimas cantatas que Telemann compôs, com temática natalina. Sim, algumas árias até tem um tom operístico, mas em se tratando de Telemann, nada mais nos surpreende.

Garanto para os senhores que o que ouvirão aqui é puro deleite musical, independente de suas crenças religiosas.

Desejo a todos um Feliz Natal e um 2025 cheio de realizações.

Siehe, ich verkündige euch große Freude TVWV 1:1333 (Kantate zum Ersten Weihnachtstag)
1  Arie: Siehe! Ich verkündige euch große Freude
2 Arie: Ihr Hirten, denket nicht
3 Choral: Dies hat er alles uns getan
Choral: Dies hat er alles uns getan
4 Rezitativ: O teuer wertes Wort des Lebens
5 Choral: Also hat Gott die Welt geliebt
6 Arie: Uns von allem Bösen zu erlösen
7 Chor: Gelobet sei der Herr
8 Choral: Drum, frommer Christ

Tönet die Freude, belebte Trompeten TVWV 1:1410 (Kantate zum Zweiten Weihnachtstag)

9 Arie: Tönet die Freude
10 Choral: Zwingt die Saiten in Cithara
11 Rezitativ: Ich hebe mich auf deiner Gnade Flügel
12 Chor: Amen! Lob und Ehre
13 Choral: Seligstes Wesen
14 Rezitativ: O schöne Nacht
15 Chor: Wir beben, Gott Jakobs
16 Rezitativ: Bote Gottes!
17 Arie: Tiefen ewig großer Milde
18 Choral: Heut hat der Herr den Jammerstand
19 Rezitativ: Messias kömmt
20 Choral: Herr, sei gebenedeit

Darzu ist erschienen die Liebe Gottes TVWV 1:166 (Kantate zum Dritten Weihnachtstag)

21 Arie: Darzu ist erschienen die Liebe Gottes
22: Rezitativ: Gott, deine Liebe ist ein Abgrund ohne Grund
23 Arie: Zion lobt dich in der Stille
24 Rezitativ: Wenn nach der Nacht der Glanz der Sonne wieder lacht
25 Duett: Wir sind frei von Kett und Banden
26 Rezitativ: Ja, ja, gelobet sei des Höchsten Name
27 Choral: Lob, Ehr und Dank sei dir gesungen

Wünschet Jerusalem Glück TVWV 1:1726 (Kantate zu Neujahr)
28 Chor: Wünschet Jerusalem Glück
29 Rezitativ: Das neue Jahr schenkt uns die ersten Blicke
30 Arie: Glück und Friede
31 Rezitativ: Ein einzig Wort
32 Arie: In Jesu Namen
33 Choral: Zu danken und zu loben dich

Ihr Völker, bringet her dem Herrn TVWV 1:1919 (Kantate zu Epiphanias)
34 Chor: Ihr Völker, bringet her dem Herrn
35 Rezitativ: Ich Armer, ach!
36 Arioso: Opfere Gott Dank
37 Rezitativ: Auf, auf, mein Herz
38 Arie: Auf, auf, mein Herz
39 Rezitativ: So lang ich’s noch in meinem Leibe trage
40 Choral: Du willst ein Opfer haben

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.: interlúdio :. Ella Wishes You a Swinging Christmas ∞ Ella Fitzgerald ֎

.: interlúdio :. Ella Wishes You a Swinging Christmas ∞ Ella Fitzgerald ֎

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Se você entende inglês, mesmo de maneira amadora, vai perceber que essas lindas canções, interpretadas magnificamente pela diva Ella Fitzgerald, falam de frio, neve, bonecos de neve e trenós, tudo muito contrastante com a realidade que vivemos essa época do ano, desse lado de cá do equador. Mas, há nesse período de festas e nessas canções também, algo universal, que é comum a todos, do Tahiti até a Kashmira. O Natal e as comemorações de Ano Novo exacerbam em nós a busca de estar com as pessoas que amamos, aquelas que nos fazem sentir parte de um grupo, de pertencimento. É claro que as canções são alegres e divertidas, afinal a ocasião é propícia. Mas essa animação pode esconder sentimentos de solidão ou de ausência de alguma querida pessoa. Você poderá perceber isso lá pela terceira canção do disco, onde o desejo é de apenas um momento de paz, de leveza, e na quarta canção – What are you doing for New Year’s Eve? – a busca por estar com alguém é ainda maior. Mas é apenas uma nota de melancolia, para lembrar nossas fragilidades, e depois a alegria já estará de volta, completando o disco com a canção White Christmas, uma forma de desejar um Natal perfeito!

Neste ano no qual o blog chegou à maioridade, é isso que desejamos a todos os nautas e simpatizantes, leitores assíduos ou casuais – um Natal Perfeito, seja lá como for, à sua moda!

E não esqueça: What are you doing for New Year’s Eve?

Ella Wishes You A Swinging Christmas

  1. Jingle Bells
  2. Santa Claus Is Coming To Town
  3. Have Yourself A Merry Little Christmas
  4. What Are You Doing New Year’s Eve?
  5. Sleigh Ride
  6. The Christmas Song
  7. Good Morning Blues
  8. Winter Wonderland
  9. Rudolph, The Red-Nosed Reindeer
  10. Frosty The Snow Man
  11. White Christmas
  12. Let It Snow, Let It Snow, Let It Snow

Ella Fitzgerald

Frank De Vol’s Orchestra

Produção: Norman Granz (Verve)

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MP3 | 320 KBPS | 83 MB

It’d be hard to imagine a happier wish than the one this jazz vocal legend offers her listeners on this urbane-yet-homey collection of holiday favorites. The First Lady of Song recorded these tunes in 1960, at the peak of her interpretive powers. As such, she puts her singular stamp on everything from a sultry vamp like “What Are You Doing New Year’s Eve” to the sweet and cozy “The Christmas Song.” Even potentially shopworn standards like “Santa Claus Is Comin’ to Town” sound fresher when they’re coming from Ella Fitzgerald. –David Sprague

Seria difícil imaginar um desejo mais feliz do que aquele que esta lenda vocal do jazz oferece aos seus ouvintes nesta coleção urbana, mas caseira, de canções de Natal. A Primeira Dama da Canção gravou essas músicas em 1960, no auge de sua capacidade interpretativa. Como tal, ela coloca sua marca singular em tudo, desde a sensual “What Are You Doing New Year’s Eve” até a doce e aconchegante “The Christmas Song”. Mesmo velhas canções potencialmente desgastadas como “Santa Claus Is Comin’ to Town” soam mais frescas quando cantadas por Ella Fitzgerald. –David Sprague

Aproveite!

René Denon

PS1: Há no Spotify uma versão desse álbum com canções adicionadas e até uma animação.

PS2: Se você gostou dessa postagem, poderá visitar:

.: interlúdio :. Ella and Louis ∞ Christmas ∞ Ella Fitzgerald & Louis Armstrong

.: interlúdio :. The Intimate Ella – Ella Fitzgerald & Paul Smith, piano

E não vá esquecer a mensagem do aniversariante – a importância do amor ao próximo, da justiça, do perdão!

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock)

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock)

Então é Natal — que lindo –, os sinos badalam, neva em Porto Alegre e estou inteiramente tomado de boas intenções, com o coração cheio de Cristo. Bem, tá bom. É brincadeira deste ateu mau e comedor de criancinhas. Nada de pedofilia, trata-se de gastronomia mesmo. Como os comunas faziam, lembram? Somos apreciadores das vitelas swiftianas. Mas este CD traz Trevor Pinnock e seu The English Concert num agradável programa natalino, um presentão para nossos leitores-ouvintes. Há música muito boa, mas as melhores vão para as figurinhas carimbadas de sempre: Vivaldi, Handel e Corelli. O restante do recheio é passa de uva. O trio citado é o licor. Desejo-lhes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Que o Menino Jesus ilumine suas vidas!

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock

Marc-Antoine Charpentier – Noels Sur Les Instruments
1. 1. Vous qui désirez sans fin
2. 2. A la venue de Noël
3. 3. Or nous dites, Marie
4. 4. Où s’en vont ces gais bergers?

Johann Melchior Molter – Concerto Pastorale In G Major
5. 1. Larghetto – Allegro e forte – (Larghetto)
6. 2. Aria 1: a tempo giusto – Aria 2: Lento e sempre piano – Aria 3: Tempo die Menuetto

Antonio Vivaldi – Concerto For 2 Trumpets In C Major, Rv 537
7. 1. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
8. 2. Largo – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
9. 3. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock

Giuseppe Baldassare Sammartini – Pastorale In G Major
10. Pastorale in G major – Andante sostenuto

Georg Philipp Telemann – Concerto Polonois In G Major
11. 1. Dolce
12. 2. Allegro
13. 3. Largo
14. 4. Allegro

George Frideric Handel – Concerto A Due Cori In B Flat Major, Hwv 332
15. 1. Ouverture
16. 2. Allegro ma non troppo
17. 3. Allegro
18. 4. Largo
19. 5. A tempo ordinario
20. 6. Alla breve. Moderato
21. 7. Menuet (Allegro)

Arcangelo Corelli – Concerto Grosso In G Minor
22. 1. Vivace – Grave
23. 2. Allegro
24. 3. Adagio – Allegro – Adagio
25. 4. Vivace
26. 5. Allegro
27. 6. Pastorale: Largo

The English Concert
Trevor Pinnock

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Anônimos / Charpentier / Monteverdi / Mozart, Franz Xaver / Purcell / Schein: A Baroque Christmas (The Boston Camerata / Joel Cohen)

Anônimos / Charpentier / Monteverdi / Mozart, Franz Xaver / Purcell / Schein: A Baroque Christmas (The Boston Camerata / Joel Cohen)

É Natal! Jesus nasceu e todos estão felizes fazendo compras como se o mundo fosse acabar. E aqui temos um excelente CD. SÉRIO! Bem, sei, melhor me acalmar. Um CD delicadíssimo e de alto nível artístico este da Nonesuch Records. Não é aquele barroco cheio de vigor, é tranquilo e autenticamente camarístico. As melhores obras do CD são as de Charpentier, o que não deixa de ser uma surpresa; afinal, Marc-Antoine é francês… Os americanos que o interpretam também são muito bons… Melhor rever meus conceitos (e preconceitos). Música sacra da melhor qualidade! Feliz Natal!

Anônimos / Charpentier / Monteverdi / Mozart, Franz Xaver / Purcell / Schein: A Baroque Christmas (The Boston Camerata / Joel Cohen)

1. A minuit fut fait un réveil / Anonymous (France), 17th century
2-6. Noëls pour les instruments/ Marc-Antoine Charpentier (1634-1704)
7. Hodie christus natus est/ Gregorian
8. Nun jauchzet mit hellem Ton / Johannes Schein (1586-1630)
9. Laudate dominum/ Claudio Monteverdi (1547-1643)
10. Non recedet laus tuus/ Gregorian
11. Salve Regina/ Claudio Monteverdi
12. The Blessed virgin’s expostulation/ Henry Purcell (1659-1695)
13-18. Messe de minuit sur des airs de Noël/ Marc-Antoine Charpentier

THE BOSTON CAMERATA
Anne Azéma, soprano
Elizabeth Weigle, soprano
Richard Duguay, tenor
Dan McCabe, baritone
Arizeder Urreiztieta, bass
Robert Mealy (concertmaster), baroque violin
Katherine Sutherland, baroque violin
Harold Lieberman, baroque viola
Carol Lewis, viola da gamba
Jesse Lepkoff, flute, recorder
Kathie Roth, flute
Owen Watkins, recorder
Michael Dolbow, violone
Olav Chris Henriksen, theorbo, baroque guitar
Frances Conover Fitch, organ

assisted by THE SCHOLA CANTORUM OF BOSTON
Frederick Jodry, director

Alice Dampman, Sandra Stuart, sopranos
Rob Dobson, Frederick Jodry, altos
John Delorey, Arthur Rawding, tenors
John Holyoke, bariton
Gregory Mancusi-Ungaro, bass

Joel Cohen, Director

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Johannes Brahms (1833-1897): Concertos para Piano e Orquestra (Gilels, Jochum, BPO)

Johannes Brahms (1833-1897): Concertos para Piano e Orquestra (Gilels, Jochum, BPO)

Envolvido com outras questões, como os 200 anos de nascimento de Wagner, e,  principalmente, com os problemas que estou tendo com minha operadora de telefonia, esqueci que um dos compositores favoritos do blog, Johannes Brahms, completaria hoje 180 anos de idade. Sim, o bom e velho Johannes está de aniversário.

O filósofo alemão Ernst Bloch, em sua obra “O Espírito da Utopia” faz a seguinte observação sobre a música de Brahms:

“Ele tem colorido: seu som orquestral tem sido comparado, não desfavoravelmente, á terra das urzes do norte da Alemanha, que de longe aparece como uma larga,monótona extensão, mas cujas cinzas, quando penetramos, subitamente se dissolvem numa miríade de pequeninas flores e partículas de cor”.

Malcolm McDonald, em sua excelente biografia de Brahms, de onde também tirei esta citação de Bloch, obrigatória para os apaixonados pela obra do compositor, assim inicia o prefácio dessa biografia:

“Brahms tinha uma forte consciência da importância de sua música, mas era menos seguro quanto a vir esta a ser entendida pela posteridade. Nos seus momentos de mais melancolia predisse que se tornaria um “mestre desprezado” e suas obras apenas um privilégio de especialistas, com as de Cherubini, que tanto admirava. Ficaria surpreso, e até um tanto constrangido, ao saber que desde sua morte nada chegou de fato a prejudicar o seu prestígio popular como um dos mestres supremos da música européia. Algumas obras podem ser menos ou mais queridas, mas de um modo geral em suas composições se mantém comodamente na principal vertente dos gêneros que ele mais enriqueceu: orquestral, de câmara, para piano, canções. (…).”

Em diversos momentos aqui no PQPBach demonstramos nossa afeição por esse gênio da música ocidental. A homenagem que ora faço, mesmo modesta, é de coração.Todos os que acompanham o blog há algum tempo sabem a admiração que tenho pelos concertos para piano do compositor, considero inclusive o segundo como o principal e melhor concerto já composto para o instrumento. E para prestar esta homenagem, resolvi trazer uma das melhores gravações que possuo, a que Emil Gilels realizou para a Deutsche Grammophon, acompanhado por Eugen Jochum, que rege a Filarmônica de Berlim. Definitivamente, trata-se de uma batalha de gigantes, onde não existem vencedores ou vencidos, apenas nós, meros e mortais ouvintes, que ficamos embevecidos com tamanha precisão, concisão e genialidade demonstradas por todas as partes envolvidas.

Sugiro também a leitura do blog de Milton Ribeiro, que ainda agora pouco, postou um belo texto em homenagem à data: https://miltonribeiro.ars.blog.br/2013/05/07/e-johannes-brahms-faz-180-anos/.

Uma boa audição.

Johannes Brahms (1833-1897): Concertos para Piano e Orquestra (Gilels, Jochum, BPO)

CD 1

01 Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15- Maestoso
02 Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15- Adagio
03 Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15- Rondo

CD 2

01 Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83- Allegro non troppo
02 Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83- Allegro appassionato
03 Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83- Andante
04 Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83- Allegretto grazioso

05 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 1 ‘Capricio’ in A minor
06 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 2 ‘Intermezzo’ in A minor
07 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 3 ‘Capriccio’ in G minor
08 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 4 ‘Intermezzo’ in E major
09 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 5 ‘Intermezzo’ in E minor
10 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 6 ‘Intermezzo’ in E major
11 Fantasias (7) for piano, Op. 116- No. 7 ‘Capriccio’ in D minor

Emil Gilels – Piano
Berliner Philharmoniker
Eugen Jochum – Conductor

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Brahms peidando

FDP

Antonio Vivaldi (1678-1741): As Sonatas Completas para Violoncelo (David Watkin With Members Of The King’s Consort)

Antonio Vivaldi (1678-1741): As Sonatas Completas para Violoncelo (David Watkin With Members Of The King’s Consort)

Este que é mais um CD obrigatório para quem gosta de música barroca. É outro Vivaldi. É um sujeito concentrado, melancólico, quase triste em sua expressão camarística através do cello. Demonstrando ser um compositor que adequava-se à sonoridade dos instrumentos para os quais escrevia – assim como fazia em suas óperas adequando-se aos temas narrados -, temos aqui um Vivaldi quase germânico, como se tivesse nascido em Eisenach. Confiram e depois me contem se estou mentindo. E, como senão bastasse, é música arrebatadora e nada esquecível. CDs belíssimos. O grupo de membros do “famigerado” King`s Consort é simplesmente extraordinário. Por que “famigerado”? Ora, por isso aqui.

Antonio Vivaldi (1678-1741): As Sonatas Completas para Violoncelo (David Watkin With Members Of The King’s Consort)

Sonata In B Flat Major RV47 (12:44)
1-1 Largo 3:53
1-2 Allegro 3:40
1-3 Largo 3:04
1-4 Allegro 1:54

Sonata In A Minor RV44 (11:23)
1-5 Largo 2:13
1-6 Allegro Poco 3:09
1-7 Largo 3:13
1-8 Allegro 2:39

Sonata In B Flat Major RV45 (13:55)
1-9 Largo 3:15
1-10 Allegro 2:48
1-11 Largo 4:36
1-12 Allegro 3:04

Sonata In E Flat Major RV39 (12:43)
1-13 Larghetto 3:55
1-14 Allegro 2:47
1-15 Andante 3:09
1-16 Allegro 2:39

Sonata In G Minor RV42 (14:49)
1-17 Preludio: Largo 3:09
1-18 Allemanda: Andante 3:53
1-19 Sarabanda: Largo 4:40
1-20 Gigue: Allegro 3:02

Sonata In E Minor RV40 (11:15)
2-1 Largo 3:32
2-2 Allegro 2:50
2-3 Largo 2:33
2-4 Allegro 2:06

Sonata In F Major RV41 (12:39)
2-5 Largo 3:22
2-6 Allegro 2:31
2-7 Largo 3:56
2-8 Allegro 2:36

Sonata In B Flat Major RV46 (10:48)
2-9 Preludio: Largo 2:27
2-10 Allemande: Allegro 2:29
2-11 Largo 2:55
2-12 Corrente: Allegro 2:40

Sonata In A Minor RV43 (15:19)
2-13 Largo 3:59
2-14 Allegro 3:28
2-15 Largo 4:52
2-16 Allegro 2:55

Cello [Continuo] – Helen Gough
Cello, Soloist – David Watkin
Ensemble – The King’s Consort
Organ [Chamber Organ], Harpsichord – Robert King (9)
Theorbo, Archlute, Baroque Guitar – David Miller (7)

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O grande David Watkin foi forçado a abandonar o violoncelo aos 49 anos em razão de uma doença reumática

PQP

Família Bach: Pequeno Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach (Ameling, Linde, Leonhardt e outros)

Família Bach: Pequeno Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach (Ameling, Linde, Leonhardt e outros)

O Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach não é uma “obra” de meu pai, Johann Sebastian Bach. Trata-se simplesmente, como diz nome, de um caderno de notas mantido por sua segunda mulher, a jovem Anna Magdalena Wilcken (ou Wülckens). Ali estavam anotadas as músicas que executávamos em nossos saraus noturnos. Servia a nossa diversão e a de nossos amigos, é um registro de um hábito que perdeu-se no século XX, substituído pela tela da TV. Antes, saraus com boa música; agora, Faustão. É, nem tudo é evolução. (Rimou…)

São músicas ligeiras e agradáveis. Há de tudo neste caderno: o tema base das Variações Goldberg, a Allemande inicial das Suítes Francesas, o Prelúdio Nº 1 do Cravo Bem Temperado, porém há também temas escritos por meu meio-irmão Carl Philip Emmanuel Bach, por François Couperin – que meu pai amava – e pelos alunos que nos freqüentavam. A ária mais famosa desta série, Bist du bei mir, foi provavelmente escrita por um aluno de nome Stölzel. Sim, ela leva o BWV 508, porém os freqüentadores do PQP devem saber que nem sempre podemos acreditar nos catálogos.

Então, como o Caderno é uma coleção imensa e arbitrária de músicas compostas exclusivamente próprio caderno ou não, cada grupo escolhe o que quer executar e faz o seu Notenbüchlein.

Este é o de Gustav Leonhardt, o que não é pouca coisa.

Família Bach: Pequeno Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach (Ameling, Linde, Leonhardt e outros)

1. Polonaise g-moll, BWV Anh. 119 0:54
2. Marche Es-dur, BWV Anh.127 1:35
3. Menuet G-dur & g-moll, BWV 114/115 2:40
4. Willst du dein Herz mir schenken, BWV 518 2:27
5. Rondeau B-dur (Fr.Couperin), BWV Anh. 183 4:40
6. Bist du bei mir, BWV 508 2:21
7. Aria fur Clavier G-dur, BWV 988, 1 2:16
8. So oft ich meine Tobackspfeife, BWV 515a 3:47
9. Marche G-dur, (C,Ph.E.Bach), BWV Anh.124 1:27
10. Allemande d-moll, BWV 812, 1 4:08
11. Dir, dir, Jehova, will ich singen, BWV 299 2:29
12. Praeludium C-dur, BWV 846, 1 1:53
13. Menuet G-dur, BWV Anh.116 1:22
14. Marche D-dur (C.PH.E.Bach), BWV Anh. 122 0:54
15. Musette D-dur, BWV Anh.126 0:48
16. BWV 82, 2&3 8:13
17. Chorealbeabeitung Er nur den lieben Gott lasst walten, BWV 691 1:39
18. O Ewigkeit du Donnerwort, BWV 513 (4 stimmig) 1:18

Soprano: Elly Ameling
Barítono: Hans-Martin Linde
Cravo: Gustav Leonhardt
Viola da Gamba: Johannes Koch
Violoncelo: Angelica May
Órgão: Rudolf Ewerhart

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Johannes Brahms (1833-1897): Quarteto para Piano Nº 1, Op. 25, Ballades, Op.10 (Emil Gilels, Amadeus Quartet)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um mega e merecido clássico jurássico. Esta gravação que entrou rapidamente entre as escolhidas como melhores da DG. As obras são extraordinárias e aqui temos vigor, paixão, poder e alta inteligência musical. Você pode ouvir muitas interpretações diferentes desta obra, mas não conheço nenhuma que seja realmente melhor. Admito ser fã de Gilels e tendencioso em relação a qualquer coisa que ele tenha feito. Emil Gilels (1916-1985) e o Amadeus Quartet expressam tanto o poder quanto a delicadeza desta peça complexa. Fico encantado com o leque de emoções alcançado. As notas de Peter Cossé explicam a importância da contratação do pianista russo pela Deutsche Grammophon durante a Guerra Fria. “Naquela época, no final dos anos 60 e início dos anos 70, um contrato entre um artista da União Soviética e uma gravadora ocidental era um evento sensacional na diplomacia cultural”. Talvez seja esta significância cultural que inspirou os artistas. Se você se interessa por “um dos pianistas mais importantes do século XX”, pela música de câmara de um dos compositores mais importantes do século XIX ou pela música romântica extremamente bem tocada, este CD vai lhe interessar. Ou lhe fazer enlouquecer de vez.

Johannes Brahms (1833-1897): Quarteto para Piano Nº 1, Op. 25, Ballades, Op.10 (Emil Gilels, Amadeus Quartet)

Piano Quartet No. 1 In G Minor Op. 25
1 1. Allegro 12:57
2 2. Allegro, Ma Non Troppo 8:15
3 3. Andante Con Moto 9:53
4 4. Rondo Alla Zingarese: Presto 8:17
Members Of The Amadeus Quartet:
Viola – Peter Schidlof
Violin – Norbert Brainin
Violoncello – Martin Lovett +
Piano – Emil Gilels

Balladen Op. 10
5 1. Andante – Allegro – Andante 4:37
6 2. Andante – Allegro Non Troppo – Molto Staccato E Leggiero – Andante 7:05
7 3. Intermezzo. Allegro 4:25
8 4. Andante Con Moto 8:53
Piano – Emil Gilels

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Antonio Vivaldi (1678-1741): Seis Sonatas para Violino Op. 2 Nos 1-6 (Wallfisch, Tunnicliffe, Proud)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Seis Sonatas para Violino Op. 2 Nos 1-6 (Wallfisch, Tunnicliffe, Proud)

Gents, é o seguinte: este é um disco CONSISTENTE. Na minha opinião, não é nada extraordinário. Mas então por que é CONSISTENTE? Ora, porque os executantes são ótimos, a gravação é bem produzida, é tudo perfeito, porém o repertório — apesar da grife Vivaldi — não é das melhores coisas que aquele padre devasso produziu. Apesar da boa qualidade, a gente sempre espera mais do Totonho. Talvez estivesse entretido com alguma uma de suas alunas do Ospedale della Pietà e tivesse esquecido do mundo, sei lá. Porém… Ah porém… Amanhã postarei um disco altamente matador com as Sonatas para Violoncelo. As irmãs destas sonatas que posto hoje são maravilhosas. Ouçam e comparem. (Talvez o problema seja eu, por ficar feliz de ouvir coisas tristes). E este

Antonio Vivaldi (1678-1741): Six Violin Sonatas Op 2 Nos 1-6

1. Sonata in G minor, Op. 2/1, RV 27: Preludio: Andante
2. Sonata in G minor, Op. 2/1, RV 27: Giga: Allegro
3. Sonata in G minor, Op. 2/1, RV 27: Sarabanda: Largo
4. Sonata in G minor, Op. 2/1, RV 27: Corrente: Presto

5. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Preludio a capriccio – Presto
6. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Corrente: Allegro
7. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Adagio
8. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Giga: Allegro
9. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Pastorale ad libitum

10. Sonata in D minor, Op. 2/3, RV 14: Preludio: Andante
11. Sonata in D minor, Op. 2/3, RV 14: Corrente: Allegro
12. Sonata in D minor, Op. 2/3, RV 14: Adagio
13. Sonata in D minor, Op. 2/3, RV 14: Giga: Allegro

14. Sonata in F major, Op. 2/4, RV 20: Andante
15. Sonata in F major, Op. 2/4, RV 20: Allemanda: Allegro
16. Sonata in F major, Op. 2/4, RV 20: Sarabanda: Andante
17. Sonata in F major, Op. 2/4, RV 20: Corrente: Presto

18. Sonata in B minor, Op. 2/5, RV 36: Preludio: Andante
19. Sonata in B minor, Op. 2/5, RV 36: Corrente: Allegro
20. Sonata in B minor, Op. 2/5, RV 36: Giga: Presto

21. Sonata in C major, Op. 2/6, RV 1: Preludio: Andante
22. Sonata in C major, Op. 2/6, RV 1: Allemanda: Presto
23. Sonata in C major, Op. 2/6, RV 1: Giga: Allegro

Elizabeth Wallfisch: violin
Richard Tunnicliffe: cello
Malcolm Proud: harpsichord

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Elizabeth Wallfisch

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Milhaud / Bartók / Stravinsky / Khachaturian: Trios para Clarinete, Violino e Piano (Ensemble Incanto)

Milhaud / Bartók / Stravinsky / Khachaturian: Trios para Clarinete, Violino e Piano (Ensemble Incanto)

A capa parece de comédia norte-americana. Um homem entre duas loiras. Seria melhor que ficassem juntos para sempre; afinal, tocam bem. Mas não sei se a cara deles revela alguma possível permissividade. Esqueçam. Este é um CD EXCELENTE que vale pelos Contrastes de Bartók e pelo sensacional Trio de Khachaturian. A redução da História do Soldado é boa, mas a versão original goleia. Contrastes — que é dedicada originalmente a Benny Goodman — é tão pouco tocada e Bartók é um compositor tão perfeito que a gente fica feliz de poder ouvir e reouvir a peça. O Trio de Khachaturian é maravilhosamente bem escrito, uma obra-prima mesmo. Cada um toca uma coisa diferente e sempre dá certo. E o Ensemble Incanto encanta… (peço desculpas pelo trocadalho do carilho). Falando sério, o conjunto é excelente, tem senso de estilo e apenas valoriza este excelente repertório.

Milhaud / Bartók / Stravinsky / Khachaturian: Trios para Clarinete, Violino e Piano

Darius Milhaud (1892-1974) – Suite
01. Ouverture – Vif et gai
02. Divertissement – Animé
03. Jeu – Vif
04. Introduction et Final

Béla Bartók (1881-1945) – Contrasts
05. Verbunkos
06. Piheno
07. Sebes

Igor Stravinsky (1882-1971) – L’Histoire du Soldat, Suite
08. Marche du Soldat
09. Le violon du Soldat
10. Petit concert
11. Tango – Valse – Rag
12. Danse du Diable

Aram Khachaturian (1903-1978) – Trio
13. Andante con dolore
14. Allegro
15. Moderato

Michaela Paetsch Neftel, violin
Ralph Manno, clarinet
Liese Klahn, piano
(Ensemble Incanto)

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Foi uma luta conseguir uma foto dos incantados

PQP

Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

Vocês conhecem os discos do MAK — Musica Antiqua Köln. Os caras pesquisam e desencavam verdadeiras joias como essas, encontradas no gélido Báltico, entre a Lübeck de Thomas Mann, a Dinamarca de Isak Dinesen e a Suécia do ignorado e grande Franz Berwald (vou postar Berwald para vocês conferirem como é bom). Só que aqui são apenas obscuros barrocos. Para variar, o MAK acerta.

Este é um dos projetos mais divertidos e originais do MAK, mostrando alguns tesouros escondidos do final da era hanseática. O Mar Báltico tornou-se um patriciado de mercadores que disseminaram a cultura e os costumes alemães suas rotas comerciais – como Lübeck, Estocolmo, Riga ou Danzig – antes que músicos locais transmitissem a sabedoria recebida em seu próprio dialeto. Este programa não é uma mera jornada pelos portos do Báltico, mas uma exposição da música instrumental do século XVII. Poucas fontes sobrevivem numa região devastada pela guerra, cujas coleções restantes enfrentaram o ataque final na segunda guerra mundial. Goebel reuniu boa parte de seu programa surpreendentemente variado na Coleção Duben, em Uppsala, Suécia. A mistura de estilos varia aqui das fantasias corais do norte da Alemanha (Herzlich tut mich verlangen de Fischer é um pouco isso) às obras de influência vienense, como a vinheta quixotesca de Andreas Kirchoff, a arrogância regional da Sonata para dois trompetes de Albrici que, embora menos ostentosa do que os exemplos de Biber, fornece um aspecto nórdico bem distinto. Também a “extroversão” italiana de Vierdanck e as habilidosas peças programáticas de Meder (embora a Sonata di Battaglia seja boa demais) são uma pitada do gosto e gênero nacionais.

Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

1. Choralfantasie a 5 “Innsbruck, ich muß dich lassen”
Composed by Paul Luetkeman (1555-1611)

2. Fantasia a 5
Composed by Paul Luetkeman

3. Fantasia for 7 violes in C major
Composed by Anonymous

4. Sonata a 5 for 2 trumpets, 2 violins & bassoon
Composed by Vincenzo Albrici (1631-1696)

5. Sinfonia
Composed by Vincenzo Albrici

6. Capriccio in d (unspecified)
Composed by Johann Vierdanck (1605-1646)

7. Capriccio in d (unspecified)
Composed by Johann Vierdanck

8. Pavan a 3
Composed by Thomas Baltzar (1630-1663)

9-11. Suite in D minor
Composed by Nikolaus Hasse (1617-1672)

12. Sonata in B flat major
Composed by Andreas Kirchoff (1650-?)

13. Sonata a 5, No 15
Composed by Dietrich Becker (1623-1679)

14. Herzlich tut mich verlangen, Chorale
Composed by Johann Caspar Fischer (1646-1717)

15-18. Sonata “Der Polnische Pracher”
Composed by Johann Valentin Meder (1649-1719)

19. Sonata di Battaglia in C major
Composed by Johann Valentin Meder

Musica Antiqua Köln
Reinhard Goebel

Bassoon – Rainer Johannsen
Cello – Markus Möllenbeck
Harpsichord – Christian Rieger
Organ – Christian Rieger
Theorbo – Michael Dücker
Trumpet – Hannes Kothe, Ute Hartwich
Viola – Reinhard Goebel (tracks: 12), Volker Möller (tracks: 1, 2, 13 to 19), Wolfgang Von Kessinger (tracks: 1 to 3, 9 to 19)
Viola da Gamba – Anke Böttger, Jonathan Cable
Violin – Andrea Keller (tracks: 7, 8), Florian Deuter, Reinhard Goebel, Volker Möller (tracks: 3)
Violone – Jonathan Cable

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Carvalhos Bálticos (anônimo, século XVI ou XVII ) | Museu Nacional de Arte da Letônia (Riga)

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3 (Haitink, BPO)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3 (Haitink, BPO)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sem dúvida, esta é a minha Sinfonia preferida de Mahler. Quando adolescente, eu só conhecia a quarta. Um dia, peguei uma caixa com todas as sinfonias lá na antiga sede do Instituto Goethe de Porto Alegre. Era a gravação de Kubelik. E me apaixonei pela terceira para toda a vida. É claro que gosto de quase toda a coleção, mas esta é a mais querida. É uma obra bastante longa — a mais longa sinfonia de Mahler –, mas isto não tem relação com minha consideração com ela. São aproximadamente cem minutos de música. Foram muitas as influências desta obra. De forma muito subjetiva, Mahler traz à tona sua própria infância, sobre a qual ele afirmou “Meus pais eram como fogo e água, ele um teimoso e ela pura doçura. Sem esse encontro de extremos, nem eu nem minha terceira Sinfonia existiríamos. Experimento uma estranha sensação quando penso nisso”. Talvez por isso a obra apresente contrastes tão impactantes: até mesmo ecos de marchas militares — as bandas do exército imperial que Mahler ouvia surgem como lembranças fantasmagóricas. Além da extrema doçura e de um final arrepiante.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3 (Haitink, BPO)

Symphony No. 3 In D Minor = Symphonie D-moll = En Ré Mineur
1-1 Erste Abteilung = Part One = Première Partie | Kraftig, Entschieden 34:50
1-2 Zweite Abteilung = Part Two = Deuxième Partie | Tempo Di Menuetto, Sehr Massig 10:05
1-3 Zweite Abteilung = Part Two = Deuxième Partie | Comodo. Scherzando. Ohne Hast 17:54
2-1 Zweite Abteilung = Part Two = Deuxième Partie | Sehr Langsam. Misterioso: «O Mensch! Gib Acht» (Friedrich Nietzsche: «Also Sprach Zarathustra») 9:44
2-2 Zweite Abteilung = Part Two = Deuxième Partie | Lustig Im Tempo Und Keck Im Ausdruck: «Bimm Bamm. Es Sungen Drei Engel» («Des Knaben Wunderhorn»: Armer Kinder Betterlied) 4:18
2-3 Zweite Abteilung = Part Two = Deuxième Partie | Langsam. Ruhevoll. Empfunden 25:26

Choir – Women Of The Ernst-Senff-Chor*, Tölzer Knabenchor
Chorus Master [Tölzer Knabenchor: Chorus Master/Einstudierung/Chef Des Chœurs] – Wolfgang Schady
Chorus Master [Women Of The Ernst-Senff-Chor: Chorus Master/Einstudierung/Chef Des Chœurs] – Hellwarth Matthiesen
Composed By – Gustav Mahler
Conductor – Bernard Haitink
Contralto Vocals [Contralto/Alt] – Jard Van Nes
Orchestra – Berliner Philharmoniker

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Freud com um paciente.

PQP

.: interlúdio :. Ron Carter: New York Slick (1979), Empire Jazz (1980) / Billy Cobham & Asere: De Cuba y de Panama (2008)

Antes que o ano acabe, vamos lembrar aqui de mais três discos com o fabuloso baterista Billy Cobham que completou 80 primaveras. Dois dos anos 1970, quando Ron Carter sempre o convidava para seus grupos, e um dos anos 2000 em que Cobham se mistura com percussões cubanas.

A quantidade de álbuns gravados por Ron Carter é tão grande que não surpreendente o fato de alguns serem pouco lembrados. Seja acompanhando gente como Milt Jackson, Tom Jobim, Miles Davis, McCoy Tyner e Roberta Flack (a lista poderia ser 15 vezes maior, mas ficaria cansativo) ou como líder, é música pra se ouvir ao longo de décadas. Em New York Slick (1979), ele assina todas as composições e também os arranjos para um grupo com três sopros: flauta, trombone e flugelhorn (um parente próximo do trompete). É a flauta de Hubert Laws que fica com os solos mais longos e mais saborosos: ao contrário do som mais angelical e agudo comumente associado à flauta, aqui o instrumento ganha um caráter mais noturno e um timbre rico como o do baixo de Carter, até porque na maioria das vezes Laws toca a flauta alto, maior e um pouco mais grave que a soprano.

Um ano depois, Ron Carter reuniu em estúdio mais ou menos os mesmos músicos do disco anterior, reforçados por mais um trompetista, um saxofonista e um guitarrista, para gravarem os seus arranjos da trilha sonora de “O Império Contra-Ataca” da 1ª trilogia de Star Wars. Eu não costumo gostar desses concertos em que orquestras ou grupos de jazz tocam trilhas sonoras de filme, de videogame… Nada conta quem gosta, é melhor ir ver um concerto desses do que certas diversões como ir pra um país em guerra pra pegar mulher, como fez um certo brasileiro. O que me incomoda provavelmente é a execução muito preocupada em imitar, no palco, uma música que é de outro contexto, sem fazer as devidas alterações, pôr um toque de pimenta aqui e ali… Uma relação de adoração com uma obra – a trilha sonora – que em sua origem era acessória e por isso mesmo tinha certas limitações à criatividade do compositor. Não é essa a relação de Ron Carter com a música de Star Wars aqui: assim como no caso dos arranjos de Eumir Deodato para R. Strauss e Debussy (aqui), em Empire Jazz (1980) os músicos alçam voos próprios sem se preocupar com a fidelidade às partituras de John Williams.

Nesses dois álbuns de 1979 e 1980, por detrás dos três a cinco instrumentos de sopro, o baixo de Ron Carter e a bateria de Billy Cobham ocupam um outro espaço sonoro com grandes diálogos entre os dois. Muitas vezes os pratos soam mais do que os tambores, nas micro-divisões de tempo características de Cobham.

Já no disco De Cuba y de Panama (2008), há um único sopro (trompete) e Billy Cobham é acompanhado por um naipe de percussionistas tocando congas, bongos e outros instrumentos tipicamente afro-caribenhos. Gravado com o grupo cubano Asere, trata-se de uma parceria um tanto fora da curva na carreira de Billy Cobham, ao contrário daquelas com Ron Carter que se repetiram tantas vezes em estúdio e nos palcos. Para quem gosta de música cubana, com as fortes influências do candomblé que nós brasileiros conseguimos perceber apesar das diferenças de sotaques, é um prato cheio.

Ron Carter: New York Slick (1979)
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Ron Carter: Empire Jazz (1980)
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Billy Cobham & Asere – De Cuba y de Panamá (2008)
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Pleyel

Béla Bartók (1881-1945): Violin Sonatas No. 1 & 2 (Ida Bieler, Nina Tichman)

Béla Bartók (1881-1945): Violin Sonatas No. 1 & 2 (Ida Bieler, Nina Tichman)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Muitas músicas me emocionam, mas estas Sonatas de Bartók me atingem especialmente. Elas me falam de muita tristeza, de um mundo como o nosso e o dele, ou seja, uma total desgraça. Penso que a dupla Bieler e Tichman enfatize os aspectos líricos das obras, mas ainda deixam-nas com muitos espinhos e ferocidade. Não é o CD ideal para fornecer uma entrada a novos ouvintes da obra de Bartók. São obras-primas de tremendo impacto e dificuldade. Jamais vou esquecer de uma vez em que as duas Sonatas foram apresentadas em Porto Alegre em excelente interpretação de Marcello Guerchfeld e Cristina Capparelli. Ao final, olhei para o lado e tinha dois chorando. Pois é, eles entenderam. As duas sonatas datam do início dos anos 20, quando o estilo de Bartók estava no seu auge de sua complexidade. Elas não são fáceis de ouvir, mas como os esforços e a concentração são recompensados! Certamente estão entre as maiores sonatas para violino já escritas. Ambas as obras são altamente dissonantes, poderosas e até agressivas, mas, além disso, são bem diversas em caráter. A primeira está em uma forma tradicional de três movimentos, com um primeiro movimento feroz e cintilante, um segundo movimento lírico e um terceiro bárbaro. A segunda é bem compacta e densa, com duas seções distintas, a primeira lenta e a segunda mais rápida.

Béla Bartók (1881-1945): Violin Sonatas No. 1 & 2 (Ida Bieler, Nina Tichman)

Sonata No. 1 (37:35)
1 Allegro Appassionato 14:28
2 Adagio Allegro 11:27
3 Allegro 11:39

Sonata No. 2 (22:09)
4 Molto Moderato 9:15
5 Allegretto 12:53

Violin – Ida Bieler
Piano – Nina Tichman

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Bartók detestando a companhia.

PQP

Silvius Leopold Weiss (1687-1750): Suítes para alaúde, Prelúdio e Fuga (Junghänel)

Silvius Leopold Weiss (1687-1750): Suítes para alaúde, Prelúdio e Fuga (Junghänel)

IM-PER-DÍ-VEL !!! (para os amantes do barroco)

Não me culpem. Nas últimas duas postagens, cadastrei três novos compositores no blog e vou classificá-las ambas como IM-PER-DÍ-VEIS !!!. Sim, o desconhecido Silvius Leopold Weiss é autor dessas belas peças e é absolutamente contemporâneo de meu pai. Chegaram tocar em parceria, formando a dupla Seba e Silvius, famosa na Alemanha barroca. Tinham grande amizade. Weiss foi um dos mais importantes e prolíficos compositores para alaúde da história da música. Escreveu 600 peças para o instrumento, especialmente sonatas, mas também música de câmara e concertos dos que só conhecemos hoje as partes solistas. Parece que mostrou pouco interesse em publicar suas obras. Utilizava-as para exclusivo uso pessoal.

Silvius Leopold Weiss (1687-1750): Suítes para alaúde, Prelúdio e fuga (Junghänel)

1. Suite in C minor: I. Ouverture 4:57
2. Suite in C minor: II. Allemande 5:37
3. Suite in C minor: III. Courante 2:21
4. Suite in C minor: IV. Gavotte 1:21
5. Suite in C minor: V. Sarabande 4:18
6. Suite in C minor: VI. Menuet 3:44
7. Suite in C minor: VII. Gigue 2:07

8. Prelude and Fugue in C major 6:20

9. Suite in G minor: I. Prelude 1:10
10. Suite in G minor: II. Allemande 7:47
11. Suite in G minor: III. Courante 2:21
12. Suite in G minor: IV. Bouree 2:15
13. Suite in G minor: V. Sarabande 3:58
14. Suite in G minor: VI. Menuet I-II 7:03
15. Suite in G minor: VI. Paysanne 1:53
16. Suite in G minor: VII. Gigue 2:13

Konrad Junghänel, alaúde

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Silvius simpaticus.

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Béla Bartók (1881-1945): Os 6 Quartetos de Cordas (Juilliard)

Béla Bartók (1881-1945): Os 6 Quartetos de Cordas (Juilliard)

Pois é, senhores, volto com os quartetos de Bartók. Sei que todos aqui conhecem bem esses quartetos e falar deles é como falar dos seis últimos quartetos de Beethoven, ou seja, não preciso falar nada. São obras clássicas que devem estar na discoteca de todos. Por isso o principal motivo de trazê-los aqui é apenas pela gravação histórica e raríssima do Julliard String Quartet. Existem três gravações da integral feita pelo grupo, a clássica gravação de 1950 (se não me engano, a primeira integral dos quartetos) e que continua sendo a preferida pra muita gente, a desastrosa gravação dos anos 80 (os caras precisavam de vitamina) e essa de 1963 que trago pra vocês.

Não sou daqueles ouvintes que perde muito tempo discutindo qual a melhor gravação. E no caso dos quartetos de Bartók, você está muito bem servido se tiver a integral com os Emerson (colocada logo no início do blog pelo PQPBach), ou com o excelente Tokyo String Quartet, como também a quase insuperável gravação com Takács (aliás, vi, ao vivo, esses caras tocando o quarteto n.2 e não tem nada melhor que aquilo). No entanto, ainda imaginando que o caso Bartók já tava fechado, dei de cara com uma gravação que muitos diziam estar perdida. É a primeira impressão feita em cd pela Sony da quase mitológica gravação dos Julliard nos anos 60. Comprei na hora (a capa aqui está diferente do meu disco, mas é esse aí).

Não foi surpresa perceber que tinha adquirido o melhor registro dos quartetos de Bartók. Rude, sombrio e preciso. Ouçam o quarteto n.4 (o último movimento avassalador) pra entenderem o que falo. E o n.3 é um exemplo de precisão. O pouco valorizado quarteto n.6 aqui ganha sua melhor defesa, é sombrio e magistral até não poder mais.

Enfim, senhores, este post foi uma homenagem a esta rara (espero que não mais) e fascinante gravação dessas obras clássicas.

Béla Bartók (1881-1945) – Os 6 Quartetos de Cordas (Juilliard)

Disco 1

1. String Quartet No.1, Sz. 40 (Op.7) – Lento
2. Allegretto
3. Introduzione. Allegro – Allegro vivace

4. String Quartet No.2, Sz. 67 (Op.17) – Moderato
5. Allegro molto capriccioso
6. Lento

7. String Quartet No.3, Sz. 85 – Moderato
8. Allegro
9. Ricapitulazione della prima parte. Moderato
10. Coda.Allegro molto

Disco 2

1. String Quartet No.4, Sz. 91 – Allegro
2. Prestissimo, con sordino
3. Non troppo lento
4. Allegretto pizzicato
5. Allegro molto

6. String Quartet No.5, Sz. 102 – Allegro
7. Adagio molto
8. Scherzo. Alla bulgarese
9. Andante
10. Finale

11. String Quartet No.6, Sz. 114 – 1. Mesto – Vivace
12. Mesto – Marcia
13. Mesto – Burletta (Moderato)
14. Mesto

The Juilliard String Quartet

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Engomados e rudes: perfeitos!

CDF

Kurt Weill (1900-1950): The Seven Deadly Sins / Mahagonny Songspiel (Lemper / RIAS Berlin / Mauceri)

Kurt Weill (1900-1950): The Seven Deadly Sins / Mahagonny Songspiel (Lemper / RIAS Berlin / Mauceri)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Kurt Weill foi um imenso compositor alemão, autor de numerosas canções e da Ópera dos Três Vinténs, transposição da Ópera dos Mendigos, de Pepusch, com texto de Bertold Brecht. Weill nasceu numa família judaica muito religiosa (o seu pai era cantor numa sinagoga), e mostrou talento musical desde tenra idade. Estudou composição musical no Conservatório de Berlim com Ferruccio Busoni. Colaborou com Bertolt Brecht em finais da década de 1920 na produção e criação de óperas e musicais, como Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny, A Ópera dos Três Vinténs e Os Sete Pecados Mortais.

ute_lemperUte Lemper é um daqueles talentos inexplicáveis. Ouçam o que é sua voz! E ela, além de cantora, é bailarina e atriz de primeira linha. Imaginem que Maurice Béjart compôs para ela o ballet La Morte Subite, estreado em Paris em 1990. Ela também participou da encenação de Pina Bausch Kurt Weill Revue. Artista eclética e inquieta (além de cantar e interpretar realizou várias exposições de pintura neo-expressionista), colaborou com numerosos cantores e compositores norte-americanos e europeus, entre os quais Michael Nyman (com quem fez o disco Songbook), Tom Waits, Elvis Costello, Philip Glass e Nick Cave. Como se não bastasse, ainda teve três em seus 61 anos.

Kurt Weill (1900-1950): The Seven Deadly Sins / Mahagonny Songspiel

1. Seven Deadly Sins: Prologue: Andante sostenuto – Ute Lemper
2. Seven Deadly Sins: Sloth: Allegro vivace – Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth
3. Seven Deadly Sins: Pride: Allegretto, quasi andantino – Ute Lemper
4. Seven Deadly Sins: Anger: Molto agitato – Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth/Ute Lemper
5. Seven Deadly Sins: Gluttony: Largo – Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth
6. Seven Deadly Sins: Lust: Moderato – Ute Lemper
7. Seven Deadly Sins: Avarice: Allegro giusto – Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth
8. Seven Deadly Sins: Envy: Allegro non troppo – Ute Lemper
9. Seven Deadly Sins: Epilogue: Andante sostenuto – Ute Lemper

10. Mahagonny Songspiel, Part One: Prologue: No.1: Allegro non troppo – Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth
11. Mahagonny Songspiel, Part One: Prologue: Kleiner March: Poco meno – Rias Berlin Sym/Mauceri
12. Mahagonny Songspiel, Part One: Prologue: No.2: Moderato – Susanne Tremper/Ute Lemper
13. Mahagonny Songspiel, Part Two: Life in Mahagonny: No.3a: Vivace – Rias Berlin Sym/Mauceri
14. Mahagonny Songspiel, Part Two: Life in Mahagonny: No.3: Allegro un poco moderato – Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth
15. Mahagonny Songspiel, Part Two: Life in Mahagonny: No.4a: Vivace assai – Rias Berlin Sym/Mauceri
16. Mahagonny Songspiel, Part Two: Life in Mahagonny: No.4: Moderato assai – Susanne Tremper/Ute Lemper/Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth
17. Mahagonny Songspiel, Part Two: Life in Mahagonny: No.5a: Sostenuto – Rias Berlin Sym/Mauceri
18. Mahagonny Songspiel, Part Two: Life in Mahagonny: No.5: Lento – Susanne Tremper/Ute Lemper/Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth
19. Mahagonny Songspiel, Part Three: Finale: No.6: Largo – Susanne Tremper/Ute Lemper/Helmut Wildhaber/Peter Haage/Thomas Mohr/Manfred Jungwirth

Ute Lemper
Susanne Tremper
Helmut Wildhaber
Peter Haage
Thomas Mohr
Manfred Jungwirth
Jeff Cohen
RIAS Berlin Sinfonietta
John Mauceri

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Bertolt Brecht com seu charuto enquanto Kurt Weill sorri
Bertolt Brecht com seu charuto enquanto Kurt Weill sorri

PQP

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia nº 4, “Romântica” (Harnoncourt, Concertgebouw Amsterdam)

Chegando perto do fim deste ano de muito Bruckner, um disco que ainda não estava nos acervos deste blog mas muita gente aqui deve conhecer, pois é uma gravação que circulou bastante nos últimos 25 anos. Embora não fosse um especialista no repertório do romantismo tardio, Harnoncourt tornou-se, nos anos 1990, um maestro respeitadíssimo em termos de Bruckner, com certas diferenças com relação à geração anterior, a de Jochum, Celibidache e Wand. Assim como o seu Beethoven, aqui temos um Bruckner cheio de energia, firmeza e outras qualidade que vão na direção contrária daquele estereótipo do compositor cheio de repetições um tanto tediosas…

“Eu não podia evitar Bruckner”, Nikolaus Harnoncourt admite. Sua visão de Bruckner repousa em reflexões sobre a enigmática personalidade do compositor. “As pessoas costumam pensar sobre ele como o organista de Deus sentado em uma igreja e tocando o órgão. E é assim que ele lida com os naipes orquestrais. É assim que aprendemos a vê-lo. Mas há esses notáveis elementos de scherzo, também nos seus movimentos iniciais e finais, e há relatos de que, na sua juventude, ele foi um bom músico de peças dançantes – o que os austríacos chamam um “Bratlgeiger”, ou seja, alguém que toca violino em tavernas. Ele deve ter sido um bom violinista. Isso me ajuda bastante na performance das suas obras: elas têm algo de muito físico, no sentido de movimento rítmico.”
“O que motivou essa Quarta Sinfonia foi a experiência de Lohengrin. Para Bruckner, era o auge do Romantismo em música. Deve ter sido uma experiência incrível para ele, musicalmente. Contudo, temente a Deus como ele era, era o típico anti-wagneriano. O modo como ele se enfeitiçou pelo som de Wagner me lembra o modo como Tannhäuser sucumbe a Venus. Ser arrebatado assim por Wagner era equivalente a um pecado para Bruckner. Tenho a impressão de que ele pensou que tinha que ir confessar seus pecados.”
“Sempre me perguntam o quão religiosa a pessoa deve ser para tocar Bruckner. Não acho que isso importe. Ele era um homem bastante religioso, mas na sua arte ele deve ter se sentido como alguém que estava sempre mexendo com algo proibido. Isso sugere que ele não era fixado por dogmas.”
– Nikolaus Harnoncourt (1929-2016), no livreto do disco.

Anton Bruckner (1824-1896): Symphony No. 4 in E-flat major – “Romantic” – 1878/80 version
01 – I – Bewegt, nicht zu schnell
02 – II – Andante quasi Allegretto
03 – III – Scherzo. Bewegt – Trio. Nicht zu schnell. Keinesfalls schleppend
04 – IV – Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell

Royal Concertgebouw Orchestra, Amsterdam
Nikolaus Harnoncourt, regente
Recorded: Concertgebouw Amsterdam, 1997

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Anton Bruckner em tempos de bigodinho preto

Pleyel

Franz Schubert (1797-1828): Sonatas (Sonatinas) para Violino e Piano (Kang, Devoyon)

Franz Schubert (1797-1828): Sonatas (Sonatinas) para Violino e Piano (Kang, Devoyon)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um CD maravilhoso com a música de Schubert. Embora composições para violino e piano não sejam geralmente consideradas como parte das obras-primas de Schubert, elas são imensamente agradáveis ​​e lindamente tocadas aqui por Don-Suk Kung e Pascal Devoyon. Embora essas obras tenham sido gravadas antes por luminares como Isaac Stern, Arthur Grumiaux, Gidon Kremer et al., esta gravação é tão boa quanto. Ouvi este CD 3 vezes de enfiada. Tenho o original, claro. As duas últimas faixas apareceram com problemas no meu CD Player, mas o restante do CD é tão bom que não tô nem aí. Pode pular à vontade. Não sei o que aconteceu na conversão para mp3, mas às vezes os problemas somem.

Franz Schubert (1797-1828): Sonatas (Sonatinas) para Violino e Piano (Kang, Devoyon)

Fantasy in C Major, D. 934
1 Fantasy in C Major, D. 934 24:12

Violin Sonata (Sonatina) in D Major, Op. 137, No. 1, D. 384
2 I. Allegro molto 04:12
3 II. Andante 04:14
4 III. Allegro vivace 04:09

Violin Sonata (Sonatina) in A Minor, Op. 137, No. 2, D. 385
5 I. Allegro moderato 06:39
6 II. Andante 06:27
7 III. Menuetto: Allegro 02:26
8 IV. Allegro 05:05

Violin Sonata (Sonatina) in G Minor, D. 408
9 I. Allegro giusto 05:07
10 II. Andante 04:47
11 III. Menuetto 02:35
12 IV. Allegro moderato 04:00

Total Playing Time: 01:13:53

Devoyon, Pascal: Piano
Kang, Dong-Suk: Violino

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Retrato a óleo de Schubert | De Gabor Melegh (1827)

PQP