Viva a Rainha! – As Idades de Marthinha: a Nona Década (2021-) [Martha Argerich, 82 anos]

1941-1950 | 1951-1960 | 1961-1970 | 1971-1980 | 1981-1990 | 1991-2000 | 2001-2010 | 2011-2020 | 2021-

Celebramos mais um aniversário da Rainha, e ela não dá sinais de arrefecer o radiador. Vá lá, volta e meia a assombrosa octogenária nos dá um susto, só para daí voltar com tudo – cancelando um concerto ou outro, naturalmente, como sói acontecer desde que Martha é Martha – e nos fazer sonhar com mais uma década todinha (a nona de sua vida, e a oitava como pianista) com ela a forrar nossos tímpanos de deleite.

Já é meu bem surrado costume cantar-lhe parabéns pelo cumple e celebrar a data gaiatamente, compartilhando presentes gravados pela própria aniversariante. Marthinha segue tão ativa fazendo música  quanto afastada dos estúdios, de modo que todos os novos registros de sua arte, como há já algumas décadas, provêm somente de apresentações ao vivo. Entre as adições à discografia marthinhiana lançadas desde o 5 de junho passado – as quais passo a lhes oferecer a seguir -, apenas uma foi gravada, conforme a promessa do título desta postagem, na nona década de vida da Rainha. Trata-se de um recital em duo com o violinista Renaud Capuçon, gravado no ano passado, em que ela nos serve algumas de suas especialidades: além de uma das sonatas de Schumann, que a mantém entre os poucos grandes intérpretes a prestigiá-las em
seu repertório, ela demonstra seguir afiada como sempre na realização das eletrizantes partes pianísticas da “Kreutzer” e da sonata de Franck.

Robert Alexander SCHUMANN (1810-1856)
Sonata para violino e piano no. 1 em Lá menor, Op. 105
1 – Mit leidenschaftlichem Ausdruck
2 – Allegretto
3 – Lebhaft

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Sonata para violino e piano no. 9 em Lá maior, Op. 47, “Kreutzer”
4 – Adagio sostenuto – Presto
5 – Andante con variazioni
6 – Finale. Presto

César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert FRANCK (1822-1890)
Sonata em Lá maior para violino e piano
7 – Allegretto ben moderato
8 – Allegro
9 – Recitativo – Fantasia. Ben moderato
10 – Allegretto poco mosso

Renaud Capuçon, violino

Gravado ao vivo no Grand Théâtre de Provence em Aix-en Provence (França) em 22 de abril de 2022.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


 

Jean Sibelius (1865-1957): Concerto para Violino, Op. 47 / Abertura em lá menor / Menuetto / In Memoriam (Gothenburg SO, Silvia Marcovici, Neeme Järvi)

Jean Sibelius (1865-1957): Concerto para Violino, Op. 47 / Abertura em lá menor / Menuetto / In Memoriam (Gothenburg SO, Silvia Marcovici, Neeme Järvi)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Como é bom ouvir Sibelius, não? Este CD tem seu conhecido Concerto para Violino e mais algumas obras desconhecidas e nada desprezíveis, antes pelo contrário. No Concerto, a romena Marcovici, se não chega ao Olimpo do Concerto, nos dá uma versão bem convincente. Já a orquestra e Järvi dão um banho de competência. O Concerto é uma obra melodiosa de grande expressão e virtuosismo, que goza de enorme popularidade entre os violinistas e o público. É um dos concertos para violino mais executados nas salas de concerto. E eu gosto muito dos extras, principalmente da Abertura em lá menor com sua linda introdução através dos metais. Acho que é um CD que merece ser ouvido.

Jean Sibelius (1865-1957): Concerto para Violino, Op. 47 / Overture In A Minor / Menuetto / In Memoriam (Gothenburg SO, Silvia Marcovici, Neeme Järvi)

Violin Concerto In D Minor, Op.47 (33:25)
1 Allegro Moderato 17:10
2 Adagio Di Molto 8:09
3 Allegro, Ma Non Tanto 7:48

4 Overture In A Minor (1902) 6:26

5 Menuetto (1894) 5:38

6 In Memoriam, Op.59 (Funeral March For Large Orchestra) 7:57

Conductor – Neeme Järvi
Orchestra – Gothenburg Symphony Orchestra
Violin – Silvia Marcovici (tracks: 1 to 3)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Silvia Marcovici

PQP

Os sons delicados, frágeis, irreais e oníricos de Kaija Saariaho (1952-2023)

A compositora Kaija Saariaho morreu em sua própria cama na manhã de 2 de junho de 2023. O comunicado da família prossegue: os tumores cerebrais não afetaram suas capacidades cognitivas, exceto nos últimos momentos da doença. Eles atrapalhavam, porém, as capacidades motoras, causando dificuldades para andar e diversas quedas e, com isso, ossos quebrados. Suas aparições de cadeira de rodas geravam perguntas das quais ela desviava: seguindo conselhos de seu médico, ela manteve a doença como assunto privado, de família, para poder focar no seu trabalho sem ser vista como uma incapaz.

Essa postura discreta – e aqui falo eu, do Brasil, sem nunca tê-la visto de perto nem mesmo de longe – apenas deu seguimento ao estilo de Saariaho, pelo menos ao julgarmos por essa fala típica de tímidos famosos (famosos tímidos?) como Luís Fernando Verissimo: quando ela era jovem e estudava órgão antes de se dedicar inteiramente à composição,

Eu me sentia bem confortável [tocando órgão], porque eu podia tocar e ainda assim ficar escondida da plateia.

Saariaho no IRCAM, 1987

Apesar dessa personalidade tímida, discreta, ela queria compor e ser ouvida: para isso, saiu da sua Finlândia natal, onde, segundo ela, na época ninguém queria saber de música nova. Estranha mudança: hoje, é um dos países mais receptivos para a música clássica contemporânea. Mas estamos falando de mais de 40 anos atrás: ela se mudou para Paris, se casou com um francês e foi trabalhar no IRCAM (Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique; em português, Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústica/Música).

Em 2005 Saariaho escreveu, se recordando: “Na década de 1980 eu me interessava pela questão de saber como podemos, ao amplificar ou modificar eletronicamente sons delicados e frágeis, criar uma música irreal e onírica. Como as pequenas coisas às quais dificilmente prestaríamos qualquer atenção podem subitamente tornar-se imensas e ocupar o espaço sonoro.”

Nessa preocupação mais com timbres do que com melodias e mais com o preenchimento do “espaço sonoro” do que com uma narrativa a exemplo da forma-sonata, ela se colocava como parte de uma tradição que incluía Debussy, Dutilleux e muitos de seus contemporâneos. Nos anos 90 ela compôs seu primeiro concerto para um instrumento solista com orquestra e sem artifícios eletrônicos: dedicado ao violinista Gidon Kremer, seria o primeiro de muitas obras do tipo. Concerto, para Saariaho, não é necessariamente uma obra em três movimentos no esquema típico da música clássica desde os tempos de Vivaldi… Na mesma entrevista em que admitia se sentir confortável escondida do público, ela dizia que a “ideia de pegar uma forma pré-definida e dizer ‘ok, vamos escrever uma sonata ou compor algo de acordo com uma forma clássica’ – simplesmente não é possível para a minha música.”

O concerto então, não é uma forma pré-definida e nem uma demonstração de virtuosismo de um instrumentista-estrela extrovertido: é sempre, para Saariaho, a oportunidade de confrontar os timbres da orquestra com os do solista, e ela dizia também que aprendia muito conversando com os solistas para quem os concertos eram dedicados. Vários concertos vieram: depois do violino de Kremer (que aliás foi padrinho de muita música nova, incluindo também o 1º concerto de Gubaidulina, e contribuiu para o reconhecimento mundial de ambas as compositoras) em 1994, vieram obras orquestrais tendo como solista a flauta (2001), o violoncelo (2006), o clarinete (2010), o órgão (2013), a harpa (2015) e várias peças vocais com orquestra. Sua última obra, composta quando doente, foi um concerto para trompete, a ser estreado em agosto próximo.

Teremos mais Saariaho aqui no blog ainda este mês. Trago hoje apenas dois bombons, duas gravações de rádio, uma em Paris e uma em Londres, em duas das principais salas de concerto da Europa, pois Saariaho, felizmente, foi reconhecida em vida.

A Dama e o Unicórnio – Flandres, circa 1500 – clique para aumentar

Em “D’om le vrai sens” (2010), Saariaho se inspira nas seis tapeçarias da série “A Dama e o Unicórnio”, feitas por volta de 1500, com cinco delas representando os cinco sentidos e a última com a inscrição “à mon seul désir”, que suscitou várias interpretações sobre se este sexto sentido seria o desejo, o amor ou algo do tipo. Na peça, o clarinetista anda pelo público e pelo meio da orquestra, como aqueles atores de teatro contemporâneo que vão conversar com a plateia, ao invés de ficar brilhando no alto do palco.

Em “Vers toi qui es si loin” (2018), na verdade uma adaptação da ária final de sua primeira ópera estreada em 2000, Saariaho novamente escreveu para violino e orquestra anos após o concerto de 1994. É uma curta peça que acaba de modo abrupto como os sonhos. Para nos aproximarmos do mundo dessa compositora que buscava a delicadeza e a imprevisibilidade da “Gramática dos sonhos” (nome de uma peça de 1988 para duas cantoras, harpa, viola e cello), entendo que os concertos para solista e orquestra oferecem uma certa moldura em que o ouvinte já conhece um mínimo do que vai encontrar, ao contrário das obras orquestrais sem solista e as da fase mais eletrônica de Saariaho, essas sim verdadeiramente imprevisíveis e podendo gerar uma certa confusão nos recém-chegados.

Kaija Saariaho (1952-2023):
D’om le vrai sens (2010) (34:00)

Kari Kriikku, clarinet
Orch. Philh. de Radio France, Esa-Pekka Salonen
Live, 19 feb 2011
Théâtre du Châtelet, Paris

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – flac

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – mp3 320kbps

E-P. Salonen e K. Saariaho, 2005

Kaija Saariaho (1952-2023):
Vers toi qui es si loin (2018) (6:22)

Maria Włoszczowska, violin
Royal Northern Sinfonia, Dinis Sousa, conductor
Live, August 14, 2022
Royal Albert Hall, London
BBC Proms 2022, Prom 37

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – flac

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – mp3 320kbps

Pleyel

Veracini • Locatelli • Tartini • Vivaldi: Duello d’archi a Venezia – Concertos para Violino: Chouchane Siranossian – Venice Baroque Orchestra & Andrea Marcon ֍

Veracini • Locatelli • Tartini • Vivaldi: Duello d’archi a Venezia – Concertos para Violino: Chouchane Siranossian – Venice Baroque Orchestra & Andrea Marcon ֍

Veracini • Locatelli

Tartini • Vivaldi

Concertos para Violino

Chouchane Siranossian

Venice Baroque Orchestra

Andrea Marcon

 

A sonoridade do primeiro concerto deste álbum é sen-sa-ci-o-nal! O Concerto à otto stromenti, composto por Veracini, no qual o violino é acompanhado por oboés, trompetes e tímpanos tem um som esplendoroso. É ouvir para crer… A violinista Chouchane Siranossian, que já gravou vários discos, não poderia ter encontrado um acompanhamento melhor do que o da excelente Venice Baroque Orchestra e seu maestro Andrea Marcon, como você poderá perceber neste disco no qual eles exploram o virtuosismo dos concertos para violino dos compositores italianos que mantiveram alguns laços com a sereníssima Veneza.

Mas o compositor mais popular para violino, assim como o mestre desse instrumento naqueles dias era Don Antonio Vivaldi. Se tons agudos e rápidos fossem maldades, Vivaldi teria muitos pecados pelos quais responder… como disse sobre ele o musicólogo inglês Charles Burney.

Veracini é conhecido por ter sido um dos solistas em Veneza nas missas de Natal na Catedral de São Marcos nos dias 24 e 25 de dezembro de 1711. Em fevereiro de 1712 ele interpretou um de seus concertos para violino, acompanhado de trompetes, oboés e cordas como parte das celebrações em honra do Embaixador Austríaco em Veneza do recém-eleito Imperador Sacro Romano Charles VI.

Tartini e seu sonho com a endiabrada sonata…

A lenda diz que quando Tartini ouviu Francisco Maria Veracini tocando o violino em 1716, ficou muito impressionado e insatisfeito com sua própria técnica. Ele fugiu para Ancona e trancou-se em um quarto para praticar o uso do arco com mais tranquilidade e mais convenientemente do que em Veneza, onde ele tinha um lugar na orquestra da ópera. De qualquer forma, ele certamente superou suas limitações, como atestam as dificuldades técnicas de suas obras, como a famosa sonata Il Trillo del Diavolo, que assim introduziu algumas diabruras ao violino e seria seguido atentamente depois pelo também virtuose Niccolò Paganini.

De Locatelli não se sabe o período em que esteve ativo em Veneza, mas ele certamente esteve lá. Uma das características que distinguia Locatelli era a sua técnica do uso do arco. Ele desenvolveu um estilo virtuosístico que explorava todas as suas possibilidades, incluindo arcos rápidos, saltos de corda e arcos duplos. Entre as principais contribuições de Locatelli para a literatura do violino estão suas VI Introduttioni teatrali e VI Concerti, publicadas em 1735, e seu conjunto de concertos para violino intitulado L’Arte del Violino; XII Concerti Cioè, Violino solo, con XXIV Capricci ad libitum, publicado em 1733.

[Parte desta postagem foi construída com ajuda do Chat PQP]

Francesco Maria Veracini (1690 – 1768)

Concerto à otto stromenti em ré maior

  1. Allegro
  2. Largo
  3. Allegro

Pietro Locatelli (1965 – 1764)

Concerto em dó menor, Op. 3 No. 2

  1. Andante – Capriccio
  2. Largo
  3. Andante – Capriccio

Giuseppe Tartini (1692 – 1770)

Concerto para violino em fá maior, D. 61

  1. Allegro
  2. Grave
  3. Allegro

Antonio Vivaldi (1678 – 1741)

Concerto para violino em ré maior, RV 208 ‘Grosso Mogul

  1. Allegro
  2. Grave – Recitativo
  3. Allegro

Chouchane Siranossian, violino

Venice Baroque Orchestra

Andrea Marcon

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 410 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 180 MB

Chouchane e e o pessoal da orquestra adorou a cortinas azul turquesa do PQP Bach Hall em Sepetiba…

Vejam um trecho de uma crítica a um outro álbum gravado por esses mesmos artistas cujo programa é completo com música de Tartini: After several recordings with Anima Eterna and Jos Van Immerseel, the French violinist Chouchane Siranossian tackles a programme of extremely virtuosic concertos that few Baroque violinists dare to face. Thanks to her technical gifts and to partners ideally suited to this repertory – the Venice Baroque Orchestra and its conductor Andrea Marcon, a specialist in the Italian Baroque style – she takes up the challenge with brio. 

Esta é a ilustração do primeiro Locatelli que o Chat PQP encontrou…

Aproveite!

René Denon

Albéniz (1860-1909): España / Granados (1867-1916): Allegro de concierto / Mompou (1893-1987): Canciones y danzas / Falla (1876-1946): Noches… (Ciccolini, piano)

Chanter et danser le flamenco aide à la compréhension de la musique d’Albéniz. Naples, ma ville natale, a été occupée par les Espagnols pendant trois siècles et notre folklore en est impregné. Les plus belles des chansons napolitaines ont un rhytme espagnol : ce sont souvent des sortes de habaneras. – Aldo Ciccolini

“Cantar e dançar o flamenco ajuda na compreensão da música de Albéniz. Nápoles, minha cidade natal, foi ocupada pelos espanhóis por três séculos e nosso folclore se misturou. As mais belas canções napolitanas têm um ritmo espanhol: são frequentemente tipos de habaneras.” – Aldo Ciccolini

Com essas palavras iniciais do pianista napolitano naturalizado francês, resta pouco a se comentar: explicar que do fim do século XIX e do XX um monte de compositores espanhóis fizeram música para piano de forte inspiração em melodias e ritmos populares? Comparar a boa recepção dessa música no resto da Europa, sobretudo França, com a recepção do pianista Ciccolini, que escolheu esse país como sua segunda pátria? Arriscar talvez uma análise mais profunda sobre a França como lugar de encontro de tradições de vários cantos da Europa, e isso desde o Império Romano? Afinal, celtas ali guerrearam e depois dialogaram com romanos, francos (que eram uma tribo germânica do tempo das “invasões bárbaras”), “mouros” do norte da África e tudo mais, com rotas comerciais e de peregrinação como o Caminho de Compostela, a França nunca teve vocação para se fechar sobre si mesma como certas ilhas e sempre bebeu das tradições alheias… O fato é que boa parte das partituras de Albéniz, Granados, Falla e Mompou foram publicadas em Paris. Tudo isso fica só no nível do esboço porque a fala de Ciccolini já resume muita coisa em poucas palavras, inclusive lembrando da parte bélica, violenta (“minha cidade foi ocupada pelos espanhóis”) que acaba influenciando tudo, até as tradições de música e dança. Deixo a seguir apenas mais alguns detalhes sobre as “Canções e Danças” do catalão Federico Mompou (Frederic na forma afrancesada, assim como Chopin se afrancesara um século antes).

Publicadas entre as décadas de 1920 e 1940, as Canciones y danzas (em castelhano), ou Cançons i danses (em catalão) nº 1 a 7 são peças para piano divididas em duas seções: uma primeira, “canção”, mais lenta, seguida por uma “dança” mais agitada, em alguns casos baseada em melodias populares e em outros casos apenas inspirada em traços do folclore catalão. O estilo de Mompou é mais ou menos minimalista, sem sons fortíssimos ou passagens virtuosas hiper-rápidas. Posteriormente Mompou escreveria mais sete peças com o mesmo título. Outros pianistas gravaram a integral das 14 Cançons i danses para piano, incluindo a brasileira Clelia Iruzun e também o próprio compositor ao piano.

Ciccolini – circa 1980

Albéniz (1860-1909), Granados (1867-1916), Mompou (1893-1987), Falla (1876-1946):

1-6. España, 6 Feuilles d’Album, Op. 165
Composer: Isaac Albéniz
I Prélude 1:53
II Tango 2:52
III Malagueña 3:40
IV Serenata 3:05
V Capricho Catalan 2:46
VI Zortzico 2:31

7. Allegro de Concierto en ut dièse majeur 7:11
Composer: Enrique Granados

8-15. Canciones y Danzas
Composer: Federico Mompou
N° 1 Quasi moderato – Allegro non troppo 3:27
N° 2 Lento – Molt amable 2:20
N° 3 Modéré – Sardana: temps de marche 3:46
N° 4 Moderat – Viv 3:51
N° 5 Lento litúrgico – Senza rigore, Ritmado 3:45
N° 6 Cantabile espressivo – Ritmado 3:02
N° 7 Lento – Danza 2:27
N° 8 Moderato cantabile con sentimento – Danza 2:59

16-18. Noches en los jardines de España
Composer: Manuel de Falla
I En el Generalife 11:54
II Danza lejana 5:27
III En los jardines de la sierra de Cordoba 10:07

Alco Ciccolini (1925-2015) – piano
Orchestre National de la Radiodiffusion France, Ernesto Halffter (16-18)
Recorded: Paris, 1956 (1-15), 1953 (16-18)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Isaac Albéniz fazendo-se de cowboy dândi.

Pleyel

P.S.: As danças de Albéniz tocadas nesse disco fazem um verdadeiro tour da Espanha: a Malagueña faz referência a Málaga, cidade mediterrânea voltada para a África, depois tem um Capricho Catalan e por último o Zortzico, dança “torta” com 5 tempos por compasso, típica do País Basco lá no norte da Espanha em sua costa atlântica.