Antonio Carlos Gomes (1836-1896): Todas as óperas [links atualizados em 2017]

E dá-lhe, Carlos Gomes!

(portado originalmente em 19 de junho de 2012)

Caso você tenha perdido, conheceu o P.Q.P.Bach há pouco tempo, aproveite pra ver as óperas do Carlos Gomes. Estão todas aqui, o que é para nós um grande orgulho.

E Carlos Gomes foi genial! Nenhum compositor posterior a ele conseguiu tirar-lhe o título de maior compositor operístico das Américas. E para nós, brasileiros, é inevitável entendê-lo como o grande nome da música erudita da segunda metade do século XIX gerado no seio desta pátria.

E são belíssimas as óperas de Nhô Tonico. Se você ouvi-las todas, em sequência, perceberá que Carlos Gomes foi num crescendo de qualidade técnica e melódica. Não é à toa que era o segundo compositor mais executado na Itália de seu tempo, atrás somente do imbatível Verdi.

Aqui as temos:
1. A Noite do Castelo (gravação de 1978 – Benito Juarez)
2. Joanna de Flandres (trechos)
3. Il Guarany (gravação de 1959 – Armando Belardi)
3. Il Guarany (gravação de 1994 – John Neshling)
4. Fosca (gravação de 1973 – Armando Belardi)
4. Fosca (gravação de 1997 – Luís Fernando Malheiro)
5. Salvator Rosa (gravação de 1977 – Simon Blech)
5. Salvator Rosa (gravação de 2004 – Maurizio Benini)
6. Maria Tudor (gravação de 1978 – Mario Perusso)
6. Maria Tudor (gravação de 1998 – Luís Fernando Malheiro)
7. Lo Schiavo (gravação 1959 – Santiago Guerra)
8. Odalea/Condor (gravação 1986 – Armando Belardi)
9. Colombo (gravação de 1964 – Armando Belardi)
9. Colombo (gravação de 1997 – Ernani Aguiar)

Ouça! Deleite-se sem a menor moderação!

Partituras e outros que tais? Clique aqui

“Humm! Gostei das óperas desse moço Carlos Gomes!”

Bisnaga

Luigi Boccherini (1743-1805) – Cello Concertos vol. 1 – Hugh, SCO

frontBoccherini é um compositor que apareceu pouco aqui no PQPBach, o que é uma pena. Lembro que Anner Bylsma, um dos maiores violoncelistas de todos os tempos, gravou uma série de oito cds dedicados a esse compositor italiano, que viveu em um período muito interessante, de transição, sendo contemporâneo de Haydn, Mozart, Beethoven, entre tantos outros.
Estes concertos para violoncelo que ora vos trago são uma prova do talento desse italiano nascido na Toscana, que além de compositor também foi um dos principais violoncelistas de sua época. Ajudou e muito na divulgação de seu instrumento enquanto solista.
A interpretação é do excelente Tim Hugh, que é acompanhado da Scottish Chamber Orchestra, dirigida por Anthony Halstead. Duas curiosidades sobre Tim Hugh: é formado em Medicina, e foi aluno de Jacqueline Du Pré.

Este cd traz quatro concertos. Logo trarei o segundo cd da série.

01 – 03 Concerto No. 1 in C Major
04 – 06 Concerto No. 2 in D Major
07 – 08 Concerto No. 3 in G Major
10 – 12 Concerto No. 4 in C Major

Tim Hugh – Cello
Scottish Chamber Orchestra
Anthony Halstead – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 

 

Sol Gabetta & Bertrand Chamayou – The Chopin Album

The Chopin Album - sleeveAqui no PQPBach é tudo meio que improvisado, como os senhores já puderam reparar diversas vezes. E poucas vezes combinamos as postagens. Na verdade, a idéia sempre foi de postar aquilo que estamos ouvindo, essa seria a premissa básica.
Já tinha planejado postar esse CD da Sol Gabetta há algum tempo atrás. Como o meu tempo livre anda curto ultimamente, só tenho tido tempo para postar no domingo, isso quando não viajo, o que aconteceu nas últimas duas semanas. Mas enfim, falo isso porque o próprio PQPBach postou recentemente (ontem, para ser mais exato) um CD com essa mesma sonata de Chopin, mas com a Jacqueline Du Pré e seu então marido, Daniel Baremboim.
Vai ser interessante compararmos essas versões. Duas violoncelistas jovens, de grande talento, e grande entrega emocional em suas interpretações. Sol Gabetta faz jus ao nome, seu talento ilumina nossas vidas, assim como Du Pré tinha a incrível capacidade de extrair a alma de seu instrumento. Entre estas duas gravações temos um espaço de tempo de mais de quarenta anos, outro motivo que torna ainda mais interessante essas comparações.
O CD também traz algumas peças curiosas e deveras interessantes, como as transcrições de August-Joseph Franchomme de peças do próprio Chopin para a mesma combinação de violoncelo e piano e até mesmo de Glazunov.

01. Sonata for Cello and Piano in G Minor, Op. 65I. Allegro moderato
02. Sonata for Cello and Piano in G Minor, Op. 65II. Scherzo. Allegro con brio
03. Sonata for Cello and Piano in G Minor, Op. 65III. Largo
04. Sonata for Cello and Piano in G Minor, Op. 65IV. Finale. Allegro
05. Polonaise brillante, Op. 3
06. Grand Duo concertant in E Major
07. Étude, Op. 25, No. 7 in C-Sharp Minor (transcribed in E Minor)
08. Nocturne, Op. 15, No. 1 (Arr. for Cello and Piano)
09. Nocturne for Cello and Piano, Op. 14, No. 1

Bertrand Chamayou – Piano
Sol Gabetta – Cello

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 

Frédéric Chopin (1810-1849) e César Franck (1822-1890): Sonatas para Violoncelo e Piano

Frédéric Chopin (1810-1849) e César Franck (1822-1890): Sonatas para Violoncelo e Piano

Jacqueline Du Pré (1945-1987) foi uma lenda. Talentosa desde a infância, teve sua carreira tragicamente encurtada em razão de uma esclerose múltipla, que a forçou deixar os palcos aos vinte e oito anos de idade. Em 1971, aos 26 anos, Jacqueline du Pré começou um irreversível declínio, com a perda de sensibilidade nos dedos e outras partes de seu corpo. Ela foi diagnosticada com esclerose múltipla em outubro de 1973. Seu último álbum é exatamente este que temos aqui, de sonatas de Chopin e Franck, gravadas em dezembro de 1971. Em janeiro de 1973, ela retomou seus concertos e fez uma turnê pela América do Norte. Seu último concerto em Londres aconteceu em fevereiro de 1973, com a Orquestra Nova Philharmonia, sob regência de Zubin Mehta. Suas últimas apresentações públicas foram em Nova Iorque, em fevereiro de 1973, tocando o Concerto Duplo de Brahms, com Pinchas Zukerman e a Filarmônica de Nova Iorque, sob a regência de Leonard Bernstein. No entanto, ela tocou em apenas três das quatro récitas previstas, cancelando a última. No início da década de 1980, seu marido, Daniel Barenboim, iniciou uma relação amorosa com a pianista russa Elena Bashkirova, com quem viria a ter dois filhos, ambos nascidos em Paris: David Arthur (n. 1983) e Michael Barenboim (n. 1985). Ele tentou ocultar esse romance de Jacqueline e acredita ter conseguido. Em 1988, ele e Bashkirova se casaram. A Fundação Vuitton leiloou seu Stradivarius Davidov por um milhão de libras, sendo arrematado pelo também violoncelista Yo-Yo Ma. A violoncelista russa Nina Kotova é a atual dona de seu Stradivarius 1673. O cello Peresson, de 1970, foi emprestado por Daniel Barenboim ao violoncelista Kyril Zlotnikov, do Jerusalem Quartet.

Frédéric Chopin (1810-1849) – Sonata In G Minor

01. I. Allegro Moderato [11:08]
02. II. Scherzo [05:20]
03. III. Largo [04:01]
04. IV. Finale [06:47]

César Franck (1822-1890) – Sonata In A Major

05. I. Allegro Ben Moderato [06:24]
06. II. Sonata In A Major II Allegro [08:45]
07. III Recitativo-Fantasia [07:38]
08. IV Allegretto Poco Mosso [06:52]

Jacqueline Du Pré, Cello
Daniel Barenboim, Piano

BAIXAR AQUI — DOWNLOAD HERE

O casal Jacqueline Du Pré e Daniel Barenboim.
O casal Jacqueline Du Pré e Daniel Barenboim.

Carlinus

Nils Mönkemeier, viola – Antonio Rosetti (1750-1792), Johann Sebastian Bach (1685-1750), Franz Anton Hoffmeister (1754-1812) [link atualizado 2017]

UM ACHADO ESSE ÁLBUM !!

(postado originalmente em 08 de agosto de 2012)

Estava fuçando na internet, como me é de hábito,  em busca de conhecer mais obras para viola, instrumento esse que tanto aprecio. Sempre em uma nova pesquisa nos deparamos com alguma coisa que antes não tinha chamado a  atenção e que, numa segunda visita, acaba saltando à vista. Foi exatamente assim que encontrei o concerto do Antonio Rosetti, separado de um conjunto, sem informação de intérprete ou qualquer coisa. “Rosetti? Nunca vi menção do nome desse compositor… será que presta?” (isso que já tem obra dele postada aqui no PQPBach). Resolvi conhecer a peça e… Puta que Pariu! Como o concerto desse cara, que eu desconhecia até este ano de 2012, é lindo!
Saí então à caça de CDs que tivessem essa peça executada e encontrei mais uma pérola: este álbum de hoje. Grande seleção de obras e muito boa interpretação! Esse lemãozinho, o Nils Mönkemeyer, é ponta-firme mesmo e executa de maneira tão natural as obras que o CD transcorre, flui…

Inicia-se com o belíssimo concerto classicista de Antonio Rosetti (nascido Anton Rosler e que italianizou seu nome após se mudar para o Lácio): vivo, dinâmico, perfeito para uma manhã ensolarada. Vem então as transcrições das cantatas de Johann Sebastian Bach (olha só, primeira vez que posto algo do maior figurão do PQP…), muito elegantemente adaptadas para o timbre e a tessitura central da viola. Por fim, outra muito grata supresa que meu desconhecimento me proporcionou: o concerto de Franz Anton Hoffmeister (que debuta aqui no P.Q.P.Bach). É mais um concerto de características e vivacidade semelhantes ao de Rosetti, e quase tão bonito quanto, encerrando o CD de maneira muito jovial.

Apesar dessa leveza, há, nos entremeios das peças, uma toada melancólica, mas de grande enlevo, que se alterna com movimentos mais alegres, daí talvez o título do CD, Weich Nur Betrübte Schatten (apenas uma suave sombra triste). Ainda assim, eu o colocaria para tocar logo de manhã, para começar bem o dia!

Bom, é show de bola! Ouça sem a menor moderação! Ao final, coloque no repeat e ouça tudo de novo. Seu dia será muito melhor!

Nils Mönkemeier
Weich Nur Betrübte Schatten

Antonio Rosetti (Anton Rosler, 1750-1792)
1. Concerto em Sol para Viola e Orquestra – I. Allegro
2. Concerto em Sol para Viola e Orquestra – II. Grazioso
3. Concerto em Sol para Viola e Orquestra – III. Rondo

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Cantatas (transcritas para solo de viola)
4. Auf, schmetternde Töne der muntern Trompeten (BWV 207a)
5. Weichet nur, betrübte Schatten (BWV 202)
6. Augustus’ Namenstages Schimmer (BWV 207a)
7. Wir eilen mit schwachen, doch emsigen Schritten (BWV 78)
8. Schleicht, spielende Wellen, und murmelt gelinde (BWV 206)
9. Ich habe gernug (BWV 82)

Franz Anton Hoffmeister (1754-1812)
10. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – I. Allegro
11. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – II. Adagio
12. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – III. Rondo

Nils Mönkemeyer, viola
Andreas Lorenz, oboé (faixa 5), oboé d’amore (faixa 6)
Susanne Branny, violino (faixa 7)
Erik Reike, fagote (faixa 9)
Dresdner Kapellsolisten
Helmut Branny, regente

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (158Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…


… Mas olhem onde foi parar a viola…

Bisnaga

Hartmut Rohde, Viola Concertos – Henri Casadesus (1879-1945)/ Johann Christian Bach (1735-1782), Franz Anton Hoffmeister (1754-1812), Georg Philipp Telemann (1681-1767) e Paul Hindemith (1895-1963) [link atualizado 2017]

UM BAITA CD !!

(postado originalmente em 14 de agosto de 2012)

Quando comecei a organizar as obras para viola que possuo, passei, da mesma forma, a vasculhar o imenso acervo postado aqui no P.Q.P.Bach para ver o que encontrava, para complementar minha coleção, e também o que não encontrava, as lacunas do acervo. Quando percebi que aqui não tinha o Concerto para Viola do Telemann, o mais conhecido pelos estudantes do instrumento, fiquei perplexo: “Como assim, não tem? Justo essa obra fantástica?!”. Resolvi então fazer justiça com minhas próprias mãos

Alcei de dentro do meu baú das preciosidades (como se fosse algo muito antigo…) o CD Viola Concertos, que tem as peças executadas com belíssimos solos de Hartmut Rohde, este rapaz com cara de louco aí ao lado. Aliás, gosto muito de loucos, me identifico com eles. O jeito de doidão de Rohde de cara provocou a minha empatia: sai-se daquele padrão de músicos arrumadinhos, engomadinhos e sérios e nos mostra uma forma de ver a música (e até mesmo a vida) como uma coisa menos sisuda, mais divertida, mais cativante, por fim, mais leve.

.
.

E sim, se você anda acompanhando as postagens de viola, realmente já possui metade deste álbum, dois dos quatro concertos, mas não pense que já viu tudo! Hartmut Rohde executa o Concerto de Casadesus/J.C.Bach de forma muito mais marcada e mais pesada, mais próximo do  barroco que a interpretação romântica (ainda que belíssima) de Peter Hatch (aqui). Da mesma forma, Rohde extrai de sua viola um som mais ágil e mais vibrante que o elegante e suave Nils Mönkemeyer no belo concerto de Hoffmeister (que aqui está em andamento mais rápido hoje que a versão da semana passada, aqui). Vale muito mesmo conferir.

Ainda, de lambuja, depois desses dois concertos dignos de louvação, nos é dada a dádiva de ouvir o não à toa famoso concerto para viola de Tellemann (maravilhoso), executado na mãos de tantos violistas, mas muito bem tratado por Rohde, que termina nos presenteando com a melancólica e  belíssima Trauermusik (música fúnebre) de Paul Hindemith. O Cd é, no geral, uma bela seleção de músicas que abarca desde o barroco até o século XX.

Mais um álbum que afirmo de peito estufado que é show de bola! O cara é muito bom! Ouça sem moderação!

Hartmut Rohde
Viola Concertos

Henri Casadesus (1879-1945)
01. Concerto para viola e Orquestra em Dó Menor no Estilo de J. C. Bach – I. Allegro
02. Concerto para viola e Orquestra em Dó Menor no Estilo de J. C. Bach – II. Andante
03. Concerto para viola e Orquestra em Dó Menor no Estilo de J. C. Bach – III. Allegro Vivace

Franz Anton Hoffmeister (1754-1812)
04. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – I. Allegro
05. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – II. Adagio
06. Concerto em Ré para Viola e Orquestra – III. Rondo

Georg Philipp Telemann (1681-1767)
07. Concerto para viola e Orquestra em Sol Maior – I. Largo
08. Concerto para viola e Orquestra em Sol Maior – II. Allegro
09. Concerto para viola e Orquestra em Sol Maior – III. Andante
10. Concerto para viola e Orquestra em Sol Maior – IV. Presto

Paul Hindemith (1895-1963)
11. Trauermusik – I. Langsam
12. Trauermusik – II. Ruhig Bewegt
13. Trauermusik – III. Lebhaft
14. Trauermusik – IV. Choral, sehr langsam

Hartmut Rohde, viola
Lithuanian Chamber Orchestra Vilnius
Georg Mais, regente
Vilna, Lituânia, 1996

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (125Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Bisnaga

Henri Casadesus (1879-1947) / Johann Christian Bach (1735-1782) – Concerto para Viola e Orquestra em Dó Menor [link atualizado 2017]


Aos poucos os nossos ouvintes internautas vão descobrindo um pouco mais sobre nós, da equipe do P.Q.P.Bach. Essa será minha primeira postagem de uma obra dedicada a um instrumento de cordas, a viola, e isso tem sua explicação: ao lado das peças para canto e coro, as escritas para cordas dividem um espaço igual em meu coração (e é aí que vem um dado sobre mim): sou violista de meia-pataca (pronto, já estou me preparando para as piadinhas…), fiz três anos de aulas do instrumento e ainda toco mal… Assim, junto aos sublimes  instrumentos que são as vozes humanas, outros tão belos quanto também dividem minha atenção: os da família do violino. Aliás, não sei porque chamam de “família do violino” se a viola é o instrumento mais antigo da prole e violino não quer dizer nada mais que “violinha” em italiano. Mas deixemos as brigas de família de lado e tratemos logo da obra escolhida para esta ensolarada e fria quinta-feira.

Para os violistas, o Concerto para Viola em Dó Menor de Johann Christian Bach é considerado um dos mais belos já escritos, mas ainda poucos sabem que ele é na verdade um grande (e belíssimo) engodo de Henri Casadesus, este respeitável senhor na imagem ao lado.
Casadesus era um exímio violista e aficionado em música antiga. Tornou-se importante intérprete de compositores barrocos e classicistas e pesquisador da música e dos instrumentos dos séculos XVII e XVIII. formou, com seu irmão, cunhada, esposa e um amigo a Societè des Instruments Anciens (1901-1939), que se dedicou por quase quarenta anos a divulgar a música antiga e a executá-la com instrumentos de época: viola d’amore (Henri Casadesus), quinton (Marius Casadesus), viola da gamba (Lucette Casadesus), baixo de viola (M. Devilliers) e cravo (Regine Palamí-Casadesus).

Ocorreu então que os membros da Societè, Henri e Marius, se enveredaram pela composição e, não se sabe se tímidos por não acharem suas obras muito boas, ou  querendo prestar homenagens a outros compositores ou simplesmente por acharem que composições suas não trariam repercussão, colocaram os nomes de outros autores já consagrados em suas obras, inventando histórias de que teriam descoberto peças inéditas dos mesmos. Com grande conhecimento das características compositivas dos que interpretavam, surgiram então obras com autorias forjadas, como a Suíte para Quarteto de Cordas e o Concerto em Ré para Pequena Orquestra, de C.P.E.Bach e os Concertos para Viola e Orquestra em Si Menor de Händel e em Dó Menor de J.C.Bach. Todas foram compostas, na verdade, por Henri Casadesus, que as publicava como sendo apenas seu editor.
No intuito de homenagear seus autores prediletos, Casadesus não percebia que sua obra era de grande qualidade e que merecia levar o nome verdadeiro do autor.
Essas peças foram executadas por anos a fio com as autorias forjadas que o musicista francês lhes deu. Mais recentemente optou-se por colocar a autoria de Henri Casadesus e acrescentar ao título da música que se trata de obra “no estilo” do autor que aparecia na edição original. Ainda assim, é muito comum até os dias atuais que se veja essas obras sendo executadas sob as autorias que lhes foram atribuídas por ele, é só fazer uma busca no youtube para ver.
Dificílimo de ser encontrado gravado, disponibilizo este concerto na versão de Peter Hatch, violista americano muito correto na sua execução, de interpretação muito limpa e clara (embora não utilize uma viola d’amore, como ocorria na formação original, da Societè de Instruments Anciens).
Lembro que isto não é um CD e nem me perguntem onde encontrei, se faz parte de algum outro álbum, porque eu não sei mesmo! É dessas coisas que encontramos sem querer pela internet, nem damos importância e, quando vamos ouvir, ficamos embasbacados.
Fique, então, com o belíssimo Concerto para Viola e Orquestra em Dó Menor, de Henri Casadesus, falsamente atribuído a Johann Christian Bach (semana que vem teremos o concerto que Henri atribuiu a Händel)
É maravilhoso. É IM-PER-DÍ-VEL!!!

Henri Casadesus (1879-1947)
Concerto para Viola em Dó Menor, no estilo de Johann Christian Bach

I. Allegro molto
I. Allegro molto espressivo
I. Allegro molto energico

Peter Hatch, viola

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (14Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui
Ouça! Deleite-se! … Mas antes, deixe um comentário.

Bisnaga

Electo Silva (1930) – Misa Caribeña [link atualizado 2017]

BELÍSSIMO!!!
Que tal um pouco de música erudita contemporânea de Cuba?
Então ouçamos um pouco da obra do elegante Electo Silva Gaínza. Nascido em 1930 na Ilha de Fidel, Electo, apesar de pedagogo de formação, enveredou-se pelas vias da música e hoje é professor na Universidad del Oriente, em Santiago de Cuba, a segunda cidade em importância da Ilha, regendo o coro de lá e o Coro Orfeónico de Santiago, um dos mais destacados de seu país.

Por se dedicar aos corais desde 1955, é para eles que dedica a maior parte de suas obras. Essa Misa Caribeña é uma dessas. É uma peça que só pôde ser concebível depois da recente abertura religiosa que o regime comunista cubano permitiu.
Mas não espere sons de batuques e percussões de salsa, rumba, guajira ou outros ritmos cubanos: Electo Silva não faz aqui fusão de ritmos tradicionais com sua música. É, porém, uma missa extremamente elegante, leve, luminosa, matinal. É daquelas peças que imaginamos sendo executadas em igrejas muito brancas numa clara manhã, naqueles belos e ensolarados dias cubanos. Alegre, mas contida. Muito bela!
Não deixe de conhecer! Ouça!

Electo Silva (1930)
Misa Caribeña a seis voces (2007)
01. Kyrie
02. Gloria
03. Credo
04. Sanctus
05. Benedictus
06. Agnus Dei

Choral Octavo, EUA

Veja o Sanctus dessa missa interpretado pelos espanhóis de La Coral de los Corrales de Buelna:

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – PQPShare (18Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui
Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…

Bisnaga

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em 1705, aos 20 anos, Johann Sebastian Bach foi de Arnstadt até Lübeck (300 Km) A PÉ só para escutar o organista Dietrich Buxtehude. Este ficou tão impressionado com Bach que ofereceu um emprego e a sua sucessão como organista, desde que Bach se casasse com a sua filha. O negócio parecia maravilhoso para alguém tão jovem, mas Bach não aceitou. Dizem que a moça, coitada, era um raio de feia. Porém havia mais empecilhos: Bach tinha em vista sua bela prima Maria Barbara que — como todas as Bárbaras –, era linda. Buxtehude, dois meses depois, fez a mesma oferta para um outro jovem compositor alemão de 20 anos que também negou a moça: tratava-se de Händel. Pobre moça. Mas a música do tio Bux ficou e é de primeira qualidade. Você não precisa caminhar 300 Km para ouvi-la, basta baixar em seu computador.

Dietrich Buxtehude (1637-1707): O Fröhliche Stunde (Cantatas)

1. Lobe Den Herrn, Meine Seele
2. Ich sprach in meinem Herzen
3. Quemadmodum Desiderat Cervus
4. Canzon in C-Dur – Dietrich Becker
5. Herr, nun laeszt du deinen Diener
6. Singet Dem Herrn
7. Toccata in G
8. O froehliche Stunden
9. Fuga in G
10. Herr, wenn ich nur dich hab

Jean Tubéry
La Fenice
Hans Jörg Mamme

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Buxtehude tentou vender a filha para Bach, que fugiu
Buxtehude tentou vender a filha para Bach, que fugiu

PQP

Grandes Mestres Mexicanos (3 CDs) – Antonio Sarrier (1725-1762), Ricardo Castro (1864-1907), José Rolón (1876-1945), Manuel María Ponce (1882-1948), Candelario Huizar (1883-1970), Silvestre Revueltas (1899-1940), José Pablo Moncayo (1912-1958), Miguel Bernal Jiménez (1910-1956) e Blas Galindo (1910-1993) [link atualizado 2017]

Antes que eu me esqueça: estes três Cds são uma DELÍCIA!!!

Estamos aqui à frente de uma coletânea, com todos aqueles riscos de se postar (e se baixar, e se ouvir) uma coletânea: há sempre que se ter em mente que é um apanhado de execuções, provavelmente boas, mas não as melhores que teremos dessas músicas, que não formam um conjunto pensado por uma orquestra, mas com a importante função de apresentar-nos um novo repertório, do qual somos pouco aprofundados.

E que levante a mão aqui quem é que conhece com relativa profundidade a música erudita mexicana (afora nossos internautas mexicanos, que não são lá tantos assim)! Aí nos damos conta de como desconhecemos a vastíssima música latino-americana, à exceção de uns pontinhos de luz em Brasil, Argentina e México (isso para ficar apenas nos três latinos de maior produção erudita)… Nada! Sabemos muito pouco! E são tantos ritmos, tantas colorações, tantas influências que se entrecruzam nessas músicas…

Abrir essa caixa da música mexicana é como abrir um universo! E um universo belíssimo: temos obras aqui desde o barroco Antonio Sarrier (lindo concerto!), passando pelos românticos/nacionalistas Manoel Maria Ponce, Ricardo Castro  e José Rolón, até chegar aos modernos Candelario Huizar, Silvestre Revueltas, José Pablo Moncayo (que coisa o seu Huapango!), Miguel Bernal Jiménez e Blas Galindo, cobrindo quase 250 anos da música de concerto da Nova Espanha. Uma boa antologia para quem quer conhecer mais da música produzida no teto da Hispano-América.

Em tempo: se quiser conhecer mais, visite o blog do Música Iberoamericana de Concierto (essa coletânea não tem lá). Você vai adorar!

E pra você ter uma noção, a Huapango, que abre o CD1 (no vídeo aqui com Dudamel regendo a Simon Bolívar):

Ouça! Ouça! Deleite-se!

GRANDES MAESTROS MEXICANOS
de la Música Clásica y sus obras.

CD 1
José Pablo Moncayo (Guadalajara, 1912 – Ciudad de México, 1958)
01. Huapango
Manuel María Ponce (Fresnillo, 1882 – Ciudad de México, 1948)
02. Romanzetta
03. Estampas Nocturnas, I. La Noche
04. Estampas Nocturnas, II. En Tiempos del Rey Sol
05. Estampas Nocturnas, III. Arrulladora
06. Estampas Nocturnas, IV. Scherzo de Puck
Ricardo Castro (Nazas, 1864 – Ciudad de México, 1907)
07. Minueto en Sol Mayor Op. 23
José Pablo Moncayo (Guadalajara, 1912 – Ciudad de México, 1958)
08 Bosques

CD 2
Blas Galindo (San Gabriel, 1910 – Ciudad de México, 1993)
01. Sones de Mariachi
Silvestre Revueltas (Santiago Papasquiaro, 1899 – Cidade do México, 1940)
02. Sensemaya
03. Redes
04. La Noche de los Mayas, I. Noche de los Mayas
05. La Noche de los Mayas, II. Noche de Jaranas
06. La Noche de los Mayas, III. Noche de Yucatán
07. La Noche de los Mayas, IV. Noche de Encantamiento
08. Janitzio
Antonio Sarrier (Espanha, 1725 – México, 1762)
09. Sinfonía en Re Mayor, I. Obertura (Andante)
10. Sinfonía en Re Mayor, II. Andante
11. Sinfonía en Re Mayor, III. Fuga (Allegro)

CD 3
Candelario Huizar (Jerez de García Salinas, 1883 – Ciudad de México, 1970)
01. Pueblerinas, I. Moderato Flessibile-Allegro
02. Pueblerinas, II. Lento
03. Pueblerinas, III. Allegro Vivo
Miguel Bernal Jiménez (Morelia, 1910 – León, 1956)
04. El Chueco
José Rolón (Zapotlán el Grande, 1876 – Ciudad de México, 1945)
05. Concierto para Piano y Orquesta, I. Allegro Enérgico
06. Concierto para Piano y Orquesta, II. Poco Lento
07. Concierto para Piano y Orquesta, III. Allegro con Fuoco

Créditos:
CD1
Orquesta Sinfónica Nacional / Sergio Cárdenas, regente / Sala Nezahualcóyotl, Ciudad de México, 1980 (Faixas 01 e 08)
Camerata de la Orquesta Sinfónica Nacional / Luis Samuel Saloma, violín / Sergio Cárdenas
Sala Nezahualcóyotl, Ciudad de México, 1981 (Faixas 02 a 07)
CD2
Orquesta Sinfónica Nacional / Luis Herrera de la Fuente / 1969 (Faixa 01)
New Philharmonia Orchestra / Eduardo Mata / 1976 (Faixas 02, 03 e 08)
Orquesta Sinfónica de Xalapa / Luís Herrero de la Fuente / Sala Nezahualcóyotl, Mexico, 1980 (Faixas 04 a 07, e 09 a 11)
CD3
Orquesta Filarmónica de la Ciudad de México / Fernando Lozano / Sala Nezohualcóyotl, Ciudad de México, 1981 (Faixas 01 a 04)
Orquesta Sinfónica Nacional / Miguel García Mora, Piano / Luis Herrero de la Fuente / 1969 (faixas 05 a 07)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERECD1 147Mb
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERECD2 191Mb
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERECD3 168Mb

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Comente! Deixe umas palavrinhas amigas!. É rapidinho e deixa a gente feliz! 😀

Rai-ai-ai! Y viva México!

Bisnaga

W. A. Mozart (1756-1791): Grande Missa em Dó Menor, K. 427 e Exsultate, Jubilate, K. 165

W. A. Mozart (1756-1791): Grande Missa em Dó Menor, K. 427 e Exsultate, Jubilate, K. 165

Há uma boa gravação aqui no PQP BACH da Grande Missa em C menor de Mozart com Raymond Leppard. É uma extraordinária obra, cheia de solenidade. O Kyrie dessa missa é de uma beleza única. Todavia, neste CD, a obra que me chamou a atenção foi a Exsultate, Jubilate, uma peça relativamente curta, mas de grande beleza. A condução é do inominável Nikolaus Harnoncourt, regente que reputo como um dos maiores da atualidade. O CD ao lado é da obra sacra completa do Mozart gravada por Harnoncourt. Este CD que apresentamos faz parte da caixa, a qual não temos completa.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Grande Missa em Dó Menor, K. 427 e Exsultate, Jubilate, K. 165

Grande Missa em Dó Menor, K. 427
1. Kyrie [08:29]
2. Gloria in Excelsis [02:52]
3. Laudamus Te [04:53]
4. Gratis Agimus Tibi [01:30]
5. Domine Deus [02:52]
6. Que Tollis Peccata Mundi [06:27]
7. Quoniam Tu Solus Sanctus [04:17]
8. Jesu Crhistie [00:46]
9. Cum Sancto Spiritu [04:12]
10. Credo in Unum Deum [03:58]
11. Et Incarnatus Est [08:28]
12. Sanctus [02:03]
13. Osanna [02:16]
14. Benedictus [06:30]

Konzertvereinigung Wiener Staatsopernchor
Walter Hagen-Groll, Chorusmaster
Krisztina Láki, Zsuzsanna Dénes, soprano
Kurt Equiluz, tenor
Robert Holl, bass
Nikolaus Harnoncourt, regente

Exsultate, Jubilate, K. 165
15. Exsultate, Jubilate [4:51]
16. Fulget amica dies
17. Tu virginum corona [6:31]
18. Alleluja [2:42]

Concetus musicus Wien
Barbara Bonney, soprano
Nikolaus Harnoncourt, regente

BAIXAR AQUI — DOWNLOAD HERE

Harnoncourt: caras de louco é com ele mesmo
Harnoncourt: caras de louco é com ele mesmo

Carlinus (Revalidado por PQP)

.: interlúdio :. Diana Krall – All For You

.: interlúdio :. Diana Krall – All For You

413845Q2EMLNão há como não se apaixonar pelo estilo de Diana Krall. Ela exala sensualidade por todos os poros, e sua voz quase sussurante, por vezes meio rouca, é para nos deixar loucos. E sua técnica pianística também é impecável, com solos muito bem elaborados, puxando de vez em quando para o blues

Este CD dedicado a Nat King Cole é um primor, onde todos estes ingredientes se somam à dois excelentes acompanhantes, curioso, um trio sem baterista, enfim, ela é acompanhada pelo guitarrista Russel Malone e pelo baixista Paul Keller.

Enfim, um cd sensacional, que os clientes da amazon adoraram, cinco estrelas. E tenho certeza de que os senhores também vão adorar. Como falei antes, não há como não se apaixonar por Diana Krall.

Diana Krall – All For You

01 – I’m an Errand Girl for Rhythm
02 – Gee Baby, Ain’t I Good to You
03 – You Call it Madness
04 – Frim Fram Sauce
05 – Boulevard of Broken Dreams
06 – Baby Baby All the Time
07 – Hit that Jive Jack
08 – You’re Looking at Me
09 – I’m Tthru with Love
10 – Deed i Do
11 – A Blossom Fell
12 – If I Had You

Diana Krall – Piano, voice
Russel Malone – Guitar
Paul Keller – Bass

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP

Guia dos Instrumentos antigos 8/8 – Classicismo + LIVRO 200 pág. [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Tem na Amazon: aqui.

Chegamos, após uma semana toda de deleites arcaicizantes, à última, derradeira e gloriosa postagem desta série!

Espero que para vocês, nossos estimados usuários-ouvintes, esse passeio pela música com instrumentos de época tenha sido tão prazeroso quanto o foi para mim.

E hoje, neste ensolarado dia das mães (pelo menos aqui na cidade da minha, no pujante interior de paulista – aliás, previsão de sol, porque eu escrevi o texto na véspera), brindemos a completude desta pequena mas valorosa coleção com mais pesos-pesados como Haydn, Mozart e Beethoven, primorosamente escolhidos e executados por instrumentistas dos mais gabaritados.

E, como prometido inicialmente, sege, logo após o link para o 8º CD, o enlace para o riquíssimo livro dos instrumentos, uma pesquisa minuciosa e de uma qualidade inquestionável.

Esquema do funcionamento de um órgão de foles na página 152.
Na página 114, uma iluminura com uma gaita de foles e uma Musette de Cour, utilizada na faixa 14 deste CD.

Essa sequência de superlativações não é à toa: estamos diante de um material estupendo, que auxiliará muitos profissionais e amantes da música a conhecerem e ensinarem outras pessoas a se apaixonarem ainda mais por esse universo maravilhoso!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se, sem medida!!!

Guide des Instruments Anciens – CD8
Classicismo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (CD8) 184Mb

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (Livro/Book) 59Mb

Pronto! Finalmente toda a coleção está aqui: CD1CD2, CD3, CD4, CD5, CD6 e CD7. Ouça!

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

– Ó, disse pra eu ficar à vontade, já fui ficando, tá?

Avicenna & Bisnaga

Guiomar Novaes – Guiomar Novaes (1974) [link atualizado 2017]

Sem meias-palavras:
IM-PER-DÍ-VEL !!!

(postado inicialmente no dia 7 de setembro, Independência do Brasil !)

Estamos falando hoje, dia da Independência do Brasil, de uma postagem antológica com uma música especial que exalta nosso país: a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, executada por uma brasileira que é considerada uma das maiores pianistas do século XX em todo o mundo: Guiomar Novaes! É daquelas pra largar tudo que estiver fazendo, fazer o mundo parar só para ouvir!

Guiomar, mocinha de São João da Boa Vista (SP), era tão poderosa que, quando prestou a prova para ingressar no Conservatório de Paris, fez com que a banca examinadora pedisse que ela bisar 3ª Balada de Chopin! Na banca estava nada menos que Claude Debussy, diretor da instituição e também exímio pianista. Ele escreveu a um amigo:

Eu estava voltado para o aperfeiçoamento da raça pianística na França…; a ironia habitual do destino quis que o candidato artisticamente mais dotado fosse uma jovem brasileira de treze anos. Ela não é bela, mas tem os olhos ‘ébrios da música’ e aquele poder de isolar-se de tudo que a cerca – faculdade raríssima – que é a marca bem característica do artista” (Claude Debussy)

Antes disso, logo que chegou a Paris, Guiomar foi à casa da Princesa Isabel, que desejava vê-la, e recebeu das mãos da princesa a partitura da Grande Fantasia Triunfal, dedicada a Isabel por Gottschalk, peça que disponibilizamos nesse belo e ensolarado Dia da Independência do Brasil e que Guiomar executa com primor, limpeza de notas e “dicção pianística” impressionantes. E com alma, muita alma…

Agora, nesta repostagem, concedemos a todos a dádiva de ouvirem outras músicas além da Fantasia Triunfal, numa seleção muito boa, a  maior parte delas baseadas em delicados temas infantis, e ainda com momentos de melodias cativantes, como o Velho Tema, de Mignone, ou peças regionais, como o Samba Matuto de Marlos Nobre  e o Ponteio de Guarnieri. Coisa linda de ver/ouvir!

Por fim, um álbum belíssimo, de uma pianista brilhante e versátil. Estupenda! Não a deixe de ouvir. Deleite-se a cada toque que Guiomar dá nas teclas de seu piano!

Guiomar Novaes (1894-1979)
Guiomar Novaes

01. Velho Tema – Francisco Mignone (1897-1986)
02. Cenas Infantis- I. Corre, Corre – Otávio Pinto (1890-1950)
03. Cenas Infantis- II. Roda, Roda
04. Cenas Infantis- III. Marcha, Soldadinho
05. Cenas Infantis- IV. Dorme, Nenê
06. Cenas Infantis- V. Salta, Salta
07. Samba Matuto (do 1º Ciclo Nordestino) – Marlos Nobre (1939)
08. Pregão – Arnaldo Ribeiro Pinto
09. Improvisação Nº 1 – João de Souza Lima (1898-1982)
10. Ponteio Nº 30 – Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993)
11. Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro – Louis Moreau Gottschalk (1829-1869)

Guiomar Novaes, piano
1974

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (90Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui

…Mas comente… O álbum é tão bom, merece umas palavrinhas…

Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 7/8 – Estilo concertante / Nos tempos de Luís XV [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Tem na Amazon: aqui.

Amados, o sono e o adiantado da hora não me permitirão tecer todos os elogios que esse volume merece, então serei breve.

O CD com as música do estilo concertante é de uma elegância ímpar. E desta vez temos como figurões os compositores Händel e Rameau e uma pequena constelação de artistas primorosos, assim como os músicos que executam as peças. Lindo!

O archiluth e a teorba na página 54 do livro.

AGUARDEM! Amanhã, o último Cd e o Livro completo.

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD7
Estilo concertante / Nos tempos de Luís XV

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 182b

Como assim você ainda não viu os outros Cds desse livro? Veja aqui, entre nas páginas e aproveite: CD1CD2, CD3, CD4, CD5 e CD6. Ouça!

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

– Engraçado que eu só sinto frio na frente, mas só de encostar essa alaúde já esquenta…

Avicenna & Bisnaga

Campinas de Todos os Sons – Ricardo Matsuda (1965), José Eduardo Gramani (1944-1998) e Antônio Carlos Gomes (1836-1896) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este CD é especial. Aqui a Sinfônica de Campinas procurou fazer um lampejo do que alguns compositores campineiros ou radicados na cidade fizeram de música interessante em quase 150 anos. Poderia até parecer um álbum desigual, uma vez que há peças do período romântico e contemporâneas, mas essa imagem se vai quando percebemos que o que se pretende é exatamente formar um panorama e contrapor esses períodos. Foram contemplados Carlos Gomes (lógico, em Campinas…), José Eduardo Gramani e Ricardo Matsuda.

Antonio Carlos Gomes (Campinas, 1836 – Belém, 1896) é o grande nome da cidade, provavelmente o campineiro mais famoso que há. Filho do mestre de capela e regente de banda Manoel José Gomes, fez grande carreia em Milão e foi o compositor erudito das Américas mais executado na Europa do século XIX. Um gênio que inspirou muitos outros compositores de seu tempo, tanto na Itália como no Brasil.

José Eduardo Gramani (Itapira, 1944 – Campinas, 1998) foi importante compositor (ainda que muito pouco conhecido), professor e pesquisador de música antiga e tradicional brasileira. Docente da Unicamp, lá fez extensas pesquisas sobre a nossa música colonial e um dos maiores estudos sobre a rabeca brasileira. Tocava violino barroco e integrou grupos consagrados como o Armonico Tributo (há obras executadas por eles aqui), a Kamerata Philarmonia e a Orquestra Villa-Lobos (onde foi spalla e diretor artístico). Como rabequista, foi membro do Trio Bem Temperado e do Grupo Anima, que executa as duas últimas músicas do álbum.

Ricardo Matsuda (Marília, 1965) é músico, compositor e arranjador. Violonista, dedica-se às cordas dedilhadas e faz aqui uma interessante ponte entre música de concerto e MPB.

O CD já começa bem, trazendo um Carlos Gomes sem precisar se apoiar n’O Guarani. Inicia com a abertura de Maria Tudor, talvez a sua abertura mais densa e elaborada. Segue com aberturas de óperas menos propaladas (ou cujas únicas gravações eram ruins): Joanna de Flandres, Salvator Rosa e Lo Schiavo. Há ainda três árias cantadas pela divina Niza de Castro Tank (aos 73 anos, uau!) que são ou inéditas (Mamma dice e Foram-me os anos da infância) ou pouco conhecidas (Nelle Regno delle Rose). Vêm, então, as obras vibrantes, movimentadas e criativas de Gramani: a orquestra ganha solos de rabeca com o acompanhamento do Trio Carcoarco, que, literalmente, “carca” o arco com gosto! Lembram até peças armoriais, regionais, executadas pelas corporações musicais do nordeste, mas estamos em plena “metrópole caipira” (os campineiros odeiam quando dizem isso)! Depois da bela A Lua Girou, o concerto encerra-se com o divertido Forrobodó de Ricardo Matsuda, junto com o Grupo Anima, que mantém as rebecas e traz ainda outros instrumentos brasileiros.

Se você não estiver a fim de ouvir Carlos Gomes de novo (“ah, mas já ouvi essas músicas”, ou “tá, a voz da Niza é linda, mas já tenho gravações dessas árias”), primeiro saiba que a Sinfônica de Campinas é uma senhora orquestra e que capricha quando se trata de executar obras do pupilo da cidade. E se, ainda assim, der aquela preguiça, comece pelo Forró da Ferdinanda, do Gramani: a música é uma delícia só! Depois passe para as demais. Você vai adorar.

No todo, o CD é uma grande celebração, um encontro de várias gerações e de homenagens do pessoal competente da Unicamp, reunindo professores (Gramani e Niza Tank, por exemplo), alunos e pesquisadores de pós-graduação (como Luiz Fiaminghi), mostrando quantos sons há em Campinas, essa Campinas de Todos os Sons…

Pra você ter uma ideia, o Forró da Ferdinanda, de Gramani, executado por Raquel Aranha, Paula Ferrão e Dalgalarrondo:

Agora imagine isso com orquestra! Muito bom! Ouça que vale muito a pena!

Antônio Carlos Gomes (1836-1896), José Eduardo Gramani (1944-1998) e Ricardo Matsuda (1965)
Campinas de Todos os Sons

ANTONIO CARLOS GOMES
01. Maria Tudor – Prelúdio
02. Joanna de Flandres – Prelúdio
03. Salvador Rosa – Abertura
04. Lo Schiavo – Prelúdio
05. Mamma Dice (com Niza de Castro Tank)
06. Nelle Regno delle Rose, Ária de Adin – Condor, Ato I (com Niza de Castro Tank)
07. Foram-me os anos da Infância, 
Cavatina Joanna – Joanna de Flandres, Ato I  (com Niza de Castro Tank)
JOSÉ EDUADO GRAMANI (Arr. Rafael dos Santos)
08. Calanguinho
09. Lundu
10. Madrugada (com Trio Carcoarco)
11. Forró da Ferdinanda (com Trio Carcoarco)

ANÔNIMO (tradição oral brasileira)
12. A Lua Girou (com Grupo Anima)

RICARDO MATSUDA
13. Forrobodó (com Grupo Anima)

Niza de Castro Tank, soprano
Trio CarcoArco
Esdras Rodrigues, rabeca e violino
Luiz Fiaminghi, rabeca e violino
Roberto Peres (Magrão), percussão

Grupo Anima
Gisela Nogueira, viola de arame, violão
Luiz Fiaminghi, rabeca, violino barroco
Marília Vargas, soprano
Marlui Miranda, voz, percussão, flautas-indígenas brasileiras
Paulo Dias, percussão, organeto, cravo
Sílvia Ricardino, harpa trovadoresca
Valeria Bittar, flautas indígenas brasileiras

Orquestra Sinfônica de Campinas
Cláudio Cruz, regente

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (94Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…

Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 6/8 – Nos tempos de Bach / Os filhos de Bach [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Tem na Amazon: aqui.

Hoje o Guia dos Instrumentos Antigos atinge o cerne do barroco! Aí estão o pai/chefe/inspiração deste blog Johann Sebastian Bach e seu colega Telemann, além de outros menos afamados que os mestres acima. O final do Cd já anuncia o caminho pra o classicismo com os filhotes de Bach Pai.

Aqui, o destaque é para os sopros: clarinetes, chalumeaus, oboés e flautas desfilam seus belos timbres por todo o álbum. Está um primor!

página 98 livro, note que, quando o instrumento é utilizado em alguma faixa dos áudios, ficam assinalados o CD e a faixa em frente ao seu nome.
Fotos e desenhos da família do oboé na página 112.

Já passamos da metade. Desde domingo passado, iremos até o domingo que vem com uma postagem deste conjunto ao dia, e disponibilizaremos o livro escaneado integralmente na última postagem.

IM-PER-DÍ-VEL!!!
Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD6
Nos tempos de Bach / Os filhos de Bach

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – PQPShare 183Mb

Caso você tenha perdido algum dos CDs anteriores desta coletânea IM-PER-DÍ-VEL, aqui estão as postagens anteriores: CD1CD2, CD3, CD4 e CD5.

Partituras e outros que tais? Clique aquiAproveite!

Coleção supimpa, heim! Então deixe umas palavrinhas pra gente. Comente!

— Meu bem, vira pra cá, por favor, porque não tô escutando o alaúde!

Avicenna & Bisnaga

Kathleen Battle e Christopher Parkening – Pleasures of Their Company: John Downland (1563-1626), Charles Gounod (1818-1893), Enrique Granados (1867-1916), Waldemar Henrique (1905-1995), Jayme Ovalle (1894-1955), Francisco Paurillo Barroso (1894-1968) e Manuel de Falla (1876-1946) [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!
fonogramas maravilhosamente fornecidos por Raphael Soares.

Pessoal, olhem (ouçam) como esses americanos mandam bem, especialmente nas músicas brasileiras!

A voz de límpido timbre de Kathleen Battle une-se ao corretíssimo violão de Christopher Parkening para executar 19 canções de muita qualidade. Raphael Soares, que nos enviou o álbum no afã de divulgarmos a música do paraense Waldemar Henrique, afirmou sabiamente sobre este trabalho:

A Kathleen Battle e o Christopher Parkening dispensam apresentações: ambos estão entre os mais renomados músicos americanos da atualidade. É um tanto vergonhoso afirmar que, apesar de ser paraense, só conheci Waldemar Henrique propriamente dito com esse CD e nessa interpretação, o que faz ela ficar na minha cabeça eternamente, e me faz ter um carinho muito especial por essa gravação, apesar do português carregado de sotaque de Battle. A canção Boi-Bumbá é das mais famosas do compositor, e data de 1934, e o arranjo para violão foi feito pelo próprio Parkening. Outras interpretações são destaque no disco, como a Ave Maria de Gounod e o Azulão de Jayme Ovalle.

Bem, é verdade que o álbum é uma grande miscelânea: além de não focar em um autor ou período, há músicas de caracteres bem distintos, desde música renascentista a negros spirituals, passando por ritmos brasileiros… Ainda assim, mesmo que em uma reunião no mínimo inusitada, o repertório é muito bonito: as melodias são, de um modo geral, de grande beleza, muito bem escolhidas levando-se em conta o aspecto puramente belo.

O motivo de postarmos esse álbum, sua razão de estar aqui no P.Q.P.Bach, são as canções brasileiras, e nelas Kathleen Battle, apesar de não pronunciar bem o português (convenhamos: nosso idioma é difícil; belíssimo, porém, difícil…), desenvolve seu canto com muita propriedade: há sentimento nessas faixas, assim como em todo o CD. Vale conferir!

Ouça, ouça! Deleite-se!


Kathleen Battle e Christopher Parkening

Pleasures of Their Company

John Downland (1563-1626)
01. Come again! Sweet love doth now invite
02. Allemande Christopher Parkening
03. What if I never speed?
04. Galliard
05. Fine knacks for ladies
Charles Gounod (1818-1893)
06. Ave Maria
Enrique Granados (1867-1916)
07. La Maja de Goya (from Coleccion de Tonadillas)
Waldemar Henrique (1905-1995)
08. Boi-Bumbá
Jayme Ovalle (1894-1955)
09. Azulão
Francisco Paurillo Barroso (1894-1968)
10. Para ninar
Manuel de Falla (1876-1946)
11. Canción
12. Nana
13. Seguidilla murciana
Negro Spiritual (Tradicional)
14. Ain’t Got Time To Die
15. Lord, I Couldn’t Hear Nobody Pray
16. Ain’t That Good News! (Arr. Russ)
17. Sweet Little Jesus Boy
18. This Little Light Of Mine
19. Ride On, King Jesus!

Kathleen Battle
Christopher Parkening
1990

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (93Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Bisnaga

Pavel Grigorievich Chesnokov (1877-1944) – Panitchida (Requiem) [link atualizado 2017]

SHOW DE BOLA !!!

Tem na Amazon: aqui.

Ah, como os sons da Igreja Ortodoxa são transcendentes! A característica marcante de suas melodias – os coros com aquela pesada base, com poderosos baixos profundos – é coisa que parece que só a Rússia consegue proporcionar com categoria aos ávidos ouvidos do ocidente, que parecem se ressentir do excesso de agudos vocais e de uma base, muitas vezes, tênue (pelo menos se a gente compara com a russa).

Mas como este Panikhida, ou Requiem, do Pavel Chesnokov é arrepiante! Não é pungente como seria tradicional a uma obra latina. É mais contido, mais profundo… Pesado, até. E essas características que o tornam transcendente! Ah, é bem difícil de descrever. Só ouvindo, mesmo!

(Amanhã postarei um álbum de baixos profundos da Rússia.)

Mas muito bom, mesmo! Ouça! Ouça! Deleite-se!

Resolvi colocar aqui na palhinha a faixa 3, “Thou Art Blessed, O Lord”, da qual o Avicenna afirmou abaixo, nos comentários: “não tenho palavras”. É bem isso:

Pavel Grigorievich Chesnokov (1877-1944)
Panitchida (Requiem)

Pavel Grigorievich Chesnokov (1877-1944)
01. Requiem No 2, Op. 39: The Great Litany
02. Requiem No 2, Op. 39: Alleluia
03. Requiem No 2, Op. 39: Troparion “Thou Art Blessed, O Lord”
04. Requiem No 2, Op. 39: The Small Litany
05. Requiem No 2, Op. 39: Psalms and Prayers to the Mother of God
06. Requiem No 2, Op. 39: Give Peace, O Lord
07. Requiem No 2, Op. 39: Irmos, Chant 3
08. Requiem No 2, Op. 39: The Small Litany
09. Requiem No 2, Op. 39: Give Peace, O Lord
10. Requiem No 2, Op. 39: Irmos, Chant 6
11. Requiem No 2, Op. 39: The Small Litany
12. Requiem No 2, Op. 39: Soul of Thy Servant
13. Requiem No 2, Op. 39: Troparion “Spirits of the Righteous”
14. Requiem No 2, Op. 39: The Augmented Litany
15. Requiem No 2, Op. 39: Eternal Memory
Anônimos
16. Selected Orthodox Chants: The Lord’s Prayer
17. Selected Orthodox Chants: The Good Thief
18. Selected Orthodox Chants: Troparion “Thou Art Blessed, O Lord”
19. Selected Orthodox Chants: Eternal Remembrance
20. Selected Orthodox Chants: Let All Flesh Be Silen, Op.27

Padre Alexei Godunov
Padre Konstantin Semyonov
Olga Slovesnova (faixas 3, 13, 14)
Mikhail Falkov (2, 3, 6, 9 13, 14)
Cantus Sacred Music Ensemble
Ludmila Arshavskaya, regente
Rússia, 2004

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 139Mb

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Sabe aquela coisa de fazer um comentário? Eu ainda gosto. Pode comentar, pessoal!

Coisa de louco essa sonzeira que os baixos russos fazem!

Bisnaga

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Piano Nº 23 e para Violino Nº 3

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Piano Nº 23 e para Violino Nº 3

Mozart_(unfinished)_by_Lange_1782Post publicado originalmente em 1º de janeiro de 2012

Um bom modo de começar o ano. Sem exageros e já fazendo a desintoxicação pós-festa. Uns russos que tocam muito bem fazem um repertório bastante conhecido dos pequepianos. Um disco consistente para que deve ser baixado e ouvido tranquilamente neste começo de 2012, ano em que o Internacional vencerá mais uma Copa Libertadores da América. Peço sinceras desculpas aos gremistas e corintianos. Sei que o mundo vai acabar este ano e, como parece que o mundo acaba cedo em dezembro, espero não ter que enfrentar o Barcelona. Menos um problema.

Ah, não esqueçam que, se o mundo acabar, o Michel Teló acaba junto.

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Piano Nº 23 e para Violino Nº 3

Piano Concerto No.23 in A major, K 488
I.Allegro
II.Adagio
III.Allegro assai

Violin Concerto No.3 in G major, K 216
I.Allegro
II.Adagio
III.Rondo

Veronika Reznikovskaya, piano
Mikhail Gantvarg, violin
Solist of St.Petersburg Chamber Ensemble
Artistic director Mikhail Gantvarg
Recorded by Petersburg Recording Studio, 1994

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

wolfgang-amadeus-mozart

PQP

Guia dos Instrumentos antigos 5/8 – O século de Luís XIV / A Alemanha Luterana [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Tem na Amazon: aqui.

Amados, o adiantado da hora não permite que eu me delongue muito nem que floreie demais essa postagem.

O que posso dizer é que este quinto Cd está lindo: um desfile de trompetes e metais de vários modelos e timbres incríveis, junto a teorbas e órgãos dos mais variados tipos, soando músicas de caras bons como Charpentier, Lully e Couperin! Muito Bom!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD5
O século de Luís XIV / A Alemanha Luterana

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 184Mb

“Como assim, quinto CD?”
Calma, temos uma coleção pelo meio aqui. aproveite e baixe os quatro primeiros: CD1, CD2, CD3, e CD4.

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

– Moooor, cê acha que eu tô gorda?

Avicenna & Bisnaga

Alma Brasileira: Francisco Mignone (1897-1986), Glauco Velásquez (1884-1914), Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), Luciano Gallet (1893-19031) e Francisco Braga (1868-1945) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Fonogramas espetaculosamente enviados por Robson Leitão, autor do completo texto que apresenta as obras, via Strava.

Este CD foi o escolhido para lançar oficialmente o Acervo P.Q.P.Bach de Música Clássica Brasileira porque sua qualidade é muito, mas muito alta, com obras e compositores da mais alta importância para nossa história musical.

.oOo.

Seguindo-se a Aurora Luminosa [postada aqui no PQPBach], Alma Brasileira traz obras dos principais compositores da nossa primeira e segunda geração nacionalista, atendo-se ao período que vai de 1913 ao fim da década de 20. O título do CD reporta-se ao discurso proferido por Graça Aranha na abertura da Semana de 22, onde o escritor prognostica que “da libertação do nosso espírito sairá a arte vitoriosa”, arte cujo apanágio consistirá em plasmar a “progressão infinita da alma brasileira”. Francisco Braga representa o elo entre os compositores impregnados da estética romântica européia e a geração que busca uma linguagem nova, representativa da individualidade artística nacional. Dele aqui incluímos A Paz – Cortejo, obra composta em 1919 para comemorar o fim da Primeira Grande Guerra, e que aliás serviu, em 1939, de protesto contra a eclosão da Segunda Grande Guerra. De Glauco Velásquez, que forte fascínio exerceu sobre os jovens compositores de sua época, apresentamos a canção Alma minha gentil, composta sobre um dos mais célebres sonetos de Camões. Vivamente influenciado por Velásquez foi Luciano Gallet, de quem interpretamos o Tango-Batuque.
Oscar Lorenzo Fernândez e Francisco Mignone tornaram-se os mais notáveis representantes da nossa segunda geração nacionalista. Do primeiro optamos por gravar a Suíte Reisado do Pastoreio, que compreende sua peça instrumental mais famosa: o Batuque. Trata-se, dentro do período em pauta, da obra que melhor representa o compositor. Quanto a Francisco Mignone, pudemos dar vida a uma de suas composições de juventude, que sem dúvida não merece o silêncio que a mantinha afastada do público: o poema sinfônico Caramuru, inspirado na obra homônima de Santa Rita Durão.
Apresentação: Ligia Amadio

COMPOSITORES E OBRAS

Francisco Braga (1868 — 1945) é mais lembrado nacionalmente como autor da música do Hino à Bandeira que por sua trajetória de glórias. Depois da infância humilde no Asilo dos Meninos Desvalidos, no Rio de Janeiro, e da adolescência como aluno brilhante do Imperial Conservatório de Música (atual Escola de Música da UFRJ), Braga se destacou como regente, compositor e professor de composição, contraponto, fuga e instrumentação, tendo entre seus alunos mais ilustres Glauco Velásquez, Luciano Gallet e Lorenzo Fernândez. Era tão famoso no início do século XX que em 1909, na inauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi o maestro convidado para o concerto de abertura, quando regeu, entre outras peças, seu poema sinfônico Insônia. Além do consagrado hino ao pavilhão nacional, composto para os versos de Olavo Bilac, Braga foi autor de ópera, concertos, poemas sinfônicos, música de câmara e canções que o projetaram internacionalmente. No final de sua vida, criou o Sindicato dos Músicos Profissionais, do qual foi o primeiro presidente.

A obra — A Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918 e causou a morte de 10 milhões de pessoas na Europa, abalou as estruturas do mundo todo. Temendo a continuidade dos conflitos, artistas, intelectuais e políticos se uniam em prol da paz. Em 1919, o então presidente da República Epitácio Pessoa participou da Conferência de Paris, em que diversos governantes mundiais discutiram o processo de paz entre as nações. Quando regressou ao Brasil, foi realizado um concerto em sua homenagem, para o qual três compositores foram convidados a criar, cada um, uma sinfonia sobre o fim da guerra. Segundo o pesquisador e antropólogo Paulo Renato Guérios, a Heitor Villa-Lobos coube A guerra; A vitória foi composta por J. Otaviano Gonçalves e A paz por Francisco Braga. Braga se inspirou diretamente no poema escrito por Escragnolle Dória e compôs um poema sinfônico para coro e orquestra, inserindo na composição o clamor pela paz dos versos de Dona.

Glauco Velásquez (1884 — 1914) nasceu em Nápoles, Itália, filho da brasileira Adelina Alambary e do barítono português Eduardo Medina Ribas, mas foi criado por família italiana, vindo para o Brasil ao completar 13 anos de idade. Em Nápoles descobriu a música, cantando em coros de igrejas. Aos 18 anos, o maestro Francisco Braga aprova suas partituras e o faz ingressar no Instituto Nacional de Música. Ali, Frederico Nascimento contribuiu decisivamente para seu aprimoramento, sem falar no próprio Braga, seu professor de contraponto, fuga e composição. Sua evolução é rápida e suas composições dessa época têm traços de um modernismo, ou pré-modernismo, que logo seria alcançado no Brasil, principalmente a partir de Villa-Lobos. Curiosamente, sua estréia pública só aconteceu aos 27 anos, em concerto no salão do Jornal do Commercio. Apresentou composições suas e foi muito elogiado pelos críticos. Mas o sucesso tardio o encontrou com tuberculose, e ele definhava rapidamente. Ao falecer, Velásquez deixou inacabada a partitura da ópera Soeur Béatrice, terminada por Francisco Braga, e o Quarto trio, concluído pelo francês Darius Milhaud.

A obra – A canção Alma minha gentil foi ouvida pela primeira vez em 19 de julho de 1913, no Rio de Janeiro, com solo da cantora Stella Parodi. Velásquez compôs a música sobre os versos do Soneto 48, escrito pelo português Luís de Camões no século XVI. Segundo historiadores, este soneto aproxima-se do soneto XXXVII de Petrarca, sendo o de Camões “de mais pura espiritualidade e mais penetrante melodia”. De acordo com o manuscrito da VIII Década de Couto, de posse da Biblioteca Municipal do Porto, em Portugal, ele foi inspirado por sua amada Dinamene, que naufragou com o poeta na foz do rio Mécon e morreu afogada. O poema, escolhido por Velásquez, revela sua própria angústia diante da iminente aproximação da morte, em decorrência da tuberculose, que ocorreria onze meses depois da estréia desta canção. O compositor tinha apenas 30 anos.

Luciano Gallet (1893 — 1931), descendente de franceses, nasceu no Rio e freqüentou o Colégio Salesiano, em Niterói (RN onde integrou o coral e estudou harmônio e piano como autodidata. Estudou arquitetura, mas a música seria seu caminho. Junto com Villa-Lobos, tocou em orquestras de baile. Em 1913, orientado pelos amigos Henrique Oswald e Glauco Velásquez, passou a se dedicar à música com seriedade. Matriculou-se no Instituto Nacional de Música para estudar piano e conquistou Medalha de Ouro. Empenhou-se em divulgar a obra de Velásquez, falecido em 1914, ajudando a fundar a Sociedade Glauco Velásquez. Além deste, Gallet sofreu influências do francês Milhaud, seu professor de harmonia. Suas primeiras obras tinham características dos dois, sempre com sonoridade afrancesada. Mas voltou-se para o folclore. Sua primeira suíte, Turuna (1926), para orquestra de câmara, traz resultados desse trabalho. Três anos depois compõe a Suíte sobre temas negro-brasileiros. Além de compositor e intérprete, foi professor, e no INM implantou a linha de ensino que vigora hoje, além de criar a cadeira de Folclore.

A obra — Assim como o Batuque da Suíte brasileira (1897), de Alberto Nepomuceno, e o Batuque do Reisado do pastoreio (1929), de Lorenzo Fernândez, o Tango-Batuque de Gallet, situado cronologicamente entre aquelas peças, apresenta elementos rítmicos afro-brasileiros. Entretanto, sua composição tem também elementos da música urbana carioca, no caso o “tango brasileiro”, que, distante das harmonias típicas argentinas, estava bem mais próximo do maxixe, cujos maiores representantes foram Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga. Gallet considerava seu Tango-Batuque o primeiro passo de sua obra na exibição de uma brasilidade profunda, preocupação sua desde 1918, quando deu inicio às pesquisas folclóricas. Ainda assim, os aspectos urbanos e populares encontrados na composição do Tango-Batuque são mesclados à musicalidade erudita, principalmente da escola francesa, tão em voga na época.

Oscar Lorenzo Fernândez (1897 — 1948), filho de espanhóis e fundador, com Villa-Lobos, da Academia Brasileira de Música, nasceu no Rio no mesmo ano em que o cearense Alberto Nepomuceno, um dos precursores do nacionalismo, compôs a Suíte brasileira. Sinal premonitório para uma carreira de muito empenho pela consolidação do nacionalismo na música erudita no Brasil. Aprendeu piano de ouvido e recebeu da irmã as primeiras noções de teoria. Tocava em bailes e compunha. Aos 20 anos, ingressou no Instituto Nacional de Música, onde aprendeu com Henrique Oswald, Francisco Braga e Frederico Nascimento, seu mentor. Teve composições premiadas em concurso internacional de 1922, e estreou no nacionalismo em 1924, com o Trio brasileiro. A consagração chega com a suíte Reisado do pastoreio. Instigado pelos manifestos modernistas de Mário de Andrade, Fernândez se inspirava em temas afro-brasileiros, ameríndios e caboclos, e criou, entre outras, a Valsa suburbana e a ópera Malazarte, baseada no texto de Graça Aranha, principal mentor da Semana de Arte Moderna. Também regente e professor, fundou o Conservatório Brasileiro de Música, em atividade até hoje no Rio.

A obra — Após o enorme sucesso de seu poema sinfônico ameríndio lmbapara, a estréia do Reisado do pastoreio se dá em 29 de agosto de 1929, no Rio, com a Orquestra do Instituto Nacional de Música, regida por Francisco Braga. Suíte orquestral dividida em três partes, teve grande êxito devido principalmente à última parte, o Batuque, muitas vezes executada separadamente e que se tornou um clássico. O Batuque se destacou, como a Congada de Mignone, pela força rítmica e estética tirada da cultura negra. Ganhou público, fama internacional e atenção de regentes estrangeiros que o interpretaram em inúmeros concertos e gravações. Sua intensa brasilidade encantou, entre outros, o lendário italiano Toscanini, o americano Leonard Bernstein e o russo Koussevitsky. Esta é uma das raras oportunidades de se ouvir o Batuque inserido na obra original.

Francisco Mignone (1897 — 1986) dedicou-se a todos os gêneros musicais, colorindo grande parte de sua obra com os matizes culturais brasileiros. Filho de imigrantes, viveu até a juventude nos bairros italianos de São Paulo. Recebeu cedo do pai lições de flauta, trompa e piano, estudando este instrumento com professor particular, mas, aos 13 anos, para custear as aulas tocava em pequenos conjuntos e acompanhava sessões de cinema mudo. Assinava suas músicas como Chico Bororó, nome de um jogador de futebol, pois fazer música popular era transgressão social. No Conservatório Dramático e Musical São Paulo conheceu Mário de Andrade, que teria imensa influência em sua música nacionalista. Em 1918, sua Suíte campestre e o poema sinfônico Caramuru foram apresentados ao público, o que lhe rendeu bolsa do governo paulista para aperfeiçoamento na Europa. Mignone ficou por lá de 1920 a 1929 mas foi tocado pela Semana de Arte Moderna e suas conseqüências. Admirava muito Villa-Lobos e estudava suas obras com afinco. De volta ao Brasil, escreveu dezenas de peças com influência afro-brasileira, e foi considerado o maior compositor erudito de música negra no Brasil.

A obra — A primeira composição orquestral de Mignone foi o poema sinfônico Caramuru, inspirado no poema épico escrito em 1781 por Frei José de Santa Rita Durão que descreve a lenda do naufrágio de Diogo Álvares Correia (o “Caramuru”), ocorrido no século XVI no Recôncavo Baiano. A estréia da obra aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, em 18 de setembro de 1918, sob a regência de seu pai, Alfério Mignone, mas com supervisão direta de Francisco, que tinha 21 anos. Caramuru já apresenta características que seriam comuns na sua obra e sonoridades brasileiras que tanto o atraiam. Para o musicólogo Mario Tavares, “a melhor música de Mignone é toda ela impregnada de um brilho orquestral impetuoso e singular, bem como do desejo incontido de expressar todo o seu comprometimento com a brasilidade”.

textos: Robson Leitão

Trata-se de um disco antológico, com compositores e obras que queriam dar uma cara mais brasileira à música que aqui se fazia, afastar-se dos estrangeirismos, fazer uma arte genuinamente nacional.

Ouça, ouça! Deleite-se sem a menor moderação!

Alma Brasileira
Nacionalismo e modernismo brasileiros

Francisco Mignone (1897-1986)
01. Caramuru – Poema Sinfônico
Glauco Velásquez (1884-1914)
02. Alma Minha Gentil, op. 107, para canto e orquestra de câmara
Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948)
Reisado do Pastoreio
03. Reisado
04. Toada
05. Batuque
Luciano Gallet (1893-19031)
06. Tango-Batuque
Francisco Braga (1868-1945)
07 e 08. A Paz – Cortejo para coro e orquestra

Orquestra Sinfônica Nacional – UFF
Ligia Amadio, regente

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC (322Mb) encartes a 5.0 Mpixel
MP3 (178Mb) encartes a 5.0 Mpixel

Partituras e outros que tais? Clique aqui
Strava & Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 4/8 – A Arte de Diminuir / Os tempos de Monteverdi / Pássaros e Flautas [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Tem na Amazon: aqui.

Bom, baixando hoje você já chega na metade da coleção, heim!
Já estamos entrando nos começos do barroco: Monteverdi dá as caras no quarto volume, com seu estilo que ainda mescla os trovadores e o canto gregoriano com inúmeras inovações. Novos tempos, outros sons, outros instrumentos.

Quarta postagem! Começamos domingo passado e nos estenderemos até o domingo que vem, brindando-vos com o livro escaneado todinho!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD4
A Arte de Diminuir / Os tempos de Monteverdi / Pássaros e Flautas

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 182Mb

Chegou agora e tem que pegar o bonde andando? a gente te ajuda: Os CDs anteriores estão aqui: CD1, CD2, CD3.

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

Gordurinhas! Que beleza!

Avicenna & Bisnaga

A Música e o Pará, Vol. 10: Bernardino Belém de Souza, Jayme Ovalle (1894-1955), Gentil Puget (1912-1948), Ernesto Dias (1857-1908) e Henrique Eulálio Gurjão (1834-1885) [link atualizado 2017]

Pano de cena, com alegoria da República, no Theatro da Paz

Mais um belíssimo álbum de composições do estado do Pará!

Belém, como grande centro financeiro que é, e com importância ainda maior de que gozou durante ciclo da borracha, foi capaz de criar ambiente para uma produção artística e musical de alta qualidade, como acontece sempre na história: grandes períodos econômicos coincidem com fases de muito vigor cultural. Uma partezinha disso pode ser conferida nesse A música e o Pará, vol. 10.

Este trabalho valoriza e enaltece os compositores daquelas quentes e pluviosas terras e seu rico folclore. As canções, de compositores consagrados e de vários anônimos, abordam vários aspectos da vida urbana das lendas amazônicas. Coisa Linda!

Ouça, ouça! Deleite-se!

A Música e o Pará, Vol. 10
Lucinha Bastos e João Augusto Ó de Almeida

Anônimos (séculos XIX e XX)
01. Chiquinha
02. Teu desprezo
03. Ao Luar
04. Madrugada
05. Recordações de uma flor
06. Valsa Paraoara
Jayme Ovalle (1894-1955)
07. Modinha
Gentil Puget (1912-1948)
08. Modinha
Henrique Eulálio Gurjão (1834-1885)
09. Presente e passado
sem informação
10. Esperança, doce amiga
11. Sob a fronte da virgem
Bernardino Belém de Souza (séc. XIX)
12. Casinha Pequenina
Ernesto Dias (1857-1908)
13. Minha Esperança
Henrique Eulálio Gurjão (1834-1885)
14. A Laranjeira

Lucinha Bastos, mezzo-soprano
Conjunto
João Augusto Ó de Almeida, tenor
Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (93Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Ilustração artística do Curupira.

Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 3/8 – Fantasias & Ricercare / Chansons & Madrigais / Música eclesiástica / Variações [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Tem na Amazon: aqui.

Continuamos a saga pelos fantásticos instrumentos antigos!
Uns que deixaram de existir, outros foram mudando tanto ao longo dos anos que hoje possuem timbres já bastante distintos de seus originais.
.

Também continuo sacana e estou esperando a última postagem, no domingo, para disponibilizar o livro completinho. Aqui vou deixando algumas imagens e trechos a cada dia, para que vocês tenham cada vez mais vontade de possuí-lo (ui!).

Hoje começam a aparecer alguns nomes de compositores mais famosos, como William Byrd e Orlando de Lasso (Roland de Lassus) e há também música vocal, mas o CD é uma verdadeira aula da família da viola! Tem composições com vários membros diferentes da família, além das aparições de bombardas, flautas de vários tipos e harpa cromática, entre outros. Muita informação num Cd só.

O baixo de viola figura na página 18 do livro, executada na “Divisions in Sol”, faixa 32 de hoje .

AGUARDEM! Já estamos no terceiro dos oito CDs, um por dia, de domingo passado até o domingo que vem, coroando com o livro de 200 páginas escaneado integralmente ao final.

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD3
Fantasias & Ricercare / Chansons & Madrigais / Música eclesiástica / Variações

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 175Mb

Perdeu o Primeiro? Está AQUI.
Não tomou conhecimento do Segundo? Pode deixar: AQUI.
Partituras e outros que tais? Clique aqui

Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

O mundo para para ver as fofinhas!

Avicenna & Bisnaga