Um belo CD. É um prazer sempre renovado ouvir o Concerto Campestre de Poulenc. A Sinfonietta, idem. E a dupla Rogé-Dutoit sai-se maravilhosamente. A música de Poulenc é eclética, pessoal e melodiosa, ornamentada por dissonâncias do século XX. Tem talento, elegância, profundidade de sentimento e um doce-amargo que são derivados da uma personalidade entre o alegre e o melancólico. Poulenc é ainda um compositor bastante desconhecido, que aguarda o reconhecimento público. Ele não abriu uma nova escola de composição, causou poucos escândalos — apesar de sua declarada homossexualidade –, mas sua alegria, qualidade e ousadia mereciam um público maior.
Francis Poulenc (1899-1963): Concerto Campestre / Suíte Francesa / Sinfonietta, etc.
Sinfonietta, FP 141
1 I Allegro Con Fuoco 8:37
2 II Molto Vivace 5:54
3 III Andante Cantabile 7:23
4 IV Finale 6:25
Concert Champêtre, FP 49
5 I Allegro Molto 10:36
6 II Andante 6:04
7 III Finale 8:07
8 Pièce Brève Sur Le Nom D’Albert Roussel, FP 50 2:07
9 Bucolique, FP 160 (From “Variations Sur Le Nom De Marguerite Long”) 2:26
10 Fanfare, FP 25 2:51
Deux Marches Et Un Intermède, FP 88
11 I Marche 189 1:35
12 II Intermède Champêtre 1:50
13 III Marche 1937 1:51
Suite Française, FP 80
14 I Bransle De Bourgogne 1:22
15 II Pavane 2:25
16 III Petite Marche Militaire 1:07
17 IV Complainte 1:29
18 V Bransle De Champagne 1:42
19 VI Sicilienne 1:53
20 VII Carillon 1:37
Pascal Rogé, cravo
Orchestre National De France
Charles Dutoit
Reconheço que ao fazer uma postagem como esta estou adentrando em terras desconhecidas, e um tanto quanto temerosas. Não conheço a obra de Arvo Pärt, nem tenho alguma familiaridade com sua vida. Estou aqui apenas como o fornecedor do CD, que adquiri há alguns anos atrás, não me perguntem onde nem quando. O que me chamou a atenção foi a reunião de dois de meus ídolos, Gidon Kremer e Keith Jarrett para a interpretação de “Frates”, uma peça um tanto quanto minimalista, eu arriscaria dizer. Mas não quero me mover muito no meio desta areia movediça, por isso deixo maiores detalhes para o novo integrante da família PQPBach, Luke D. Chevalier.
Comentários de Luke D. Chevalier
Nos bastidores desse blog, existe uma discussão que não quer cessar: Pärt se pronuncia Piart ou Pért? Cada um apresenta seus argumentos para fundamentar suas “hipóteses”, digamos assim, mas nada que dê um fim à discussão. Essa discussão se soma às outras grandes questões deste blog que os senhores podem perceber nas postagens e nos comentários que vocês leitores fazem: Vivaldi pegava ou não pegava as menininhas do orfanato? E Brahms, comia ou não comia Clara Schumann? São questões que cada um toma seu lado. Eu, como bom sociólogo que sou, cito Max Weber e fingo exercer uma “neutralidade”.
Mas vamos ao álbum prezados leitores. Provavelmente essas são as melhores interpretações para essas obras que qualquer um poderia querer. Gidon Kremer assume o violino e faz muito bonito como lhe é de costume (a obra Tabula Rasa, pivô deste álbum, foi de certa forma uma recomendação do violinista para Pärt). O interessante do álbum é Alfred Schnittke tocando o piano preparado em Tabula Rasa; um compositor inovador tocando a música de outro compositor inovador de seu tempo. Pena que Schnittke já se foi, Pärt, para nossa alegria, ainda está ai. E falando de idas e vindas, o belíssimo Cantus… é justamente em homenagem à outro compositor que já se foi, Benjamin Britten. Pärt diz que se entristece com o fato de Britten ter morrido logo quando ele tinha percebido a beleza de sua música, e que assim não poderia mais se encontrar com ele. Sentimento parecido sofri eu ao ler este ano o livro “Ostra Feliz Não Faz Pérola” de Rubem Alves. Enquanto lia achava que o autor ainda estava vivo, mas quando descobri que ele havia falecido no ano anterior, 2014, fiquei muito triste, pois havia gostado tanto do livro que estava pensando em ir visitá-lo em Campinas.
Enfim, já deu pra ver que tem muita coisa boa aqui. A única coisa ruim nesse álbum é a capa, mas como vocês perceberão ao longo das minhas próximas postagens com obras de Pärt, a ECM nunca foi criativa com elas, quando não são feias, são sem graça. Mas confesso que eu até gosto da simplicidade de algumas delas (não é o caso da capa deste álbum).
Arvo Pärt (1935): Tabula Rasa
01.Fratres
Gidon Kremer – Violino
Keith Jarrett – Piano
02.Cantus in Memory of Benjamin Britten
Staatsorchester Sttutgart
Dennis Russel Davis – Regente
03.Fratres
Os 12 violoncelistas da Berlin Philharmonic Orchestra
04.Tabula Rasa
Gidon Kremer, Violino
Tatjana Gridenko, Violino
Alfred Schnittke, Piano preparado
A Quarta Sinfonia em sol maior de 1899-1900 pode ser considerada um epílogo para as três primeiras sinfonias. É a sinfonia mais intimista e em menor escala de Mahler, com orquestra reduzida e virtualmente nenhum efeito grandioso. É também a mais curta da série. Não se pode falar em ingenuidade em relação a uma composição tão sutil, mas a atmosfera é certamente infantil, de modo sumamente apropriado. Não admira que seja a mais popular e acessível sinfonia de Mahler, e é a primeira em que ele se conservou fiel aos quatro movimentos do modelo clássico. Pensou em chamá-la de Humoresque. Os movimentos estão tematicamente inteligados à maneira usual de Mahler. “Eu queria realmente escrever um humoresque sinfônico que acabou se convertendo numa sinfonia completa, enquanto que antes, quando quis escrever a Segunda e Terceira sinfonias, acabei escrevendo cada uma delas com o tamenho de três.”
Sua composição demorou muito tempo para os padrões de Mahler: o quarto movimento Das Leben Himmlische (Vida Celestial) foi tomado do Des Knaben Wunderhorn, ciclo de lieder escrito em 1892. Este movimento deveria ser parte, inicialmente, da Terceira Sinfonia. Como esta já estava imensa, Mahler então decidiu colocá-lo no final da sua Quarta Sinfonia e escreveu seus três primeiros movimentos.
Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 4
1. Bedächtig, nicht eilen
2. In gemächlicher Bewegung, ohne Hast
3. Ruhevoll, poco adagio
4. Sehr behaglich
Sylvia McNair
Berlin Philharmonic Orchestra
Bernard Haitink
Digam o que quiserem, mas não abro mão de determinados compositores. E um deles é Brahms. Há pessoas que tentam transformar opiniões pessoais em dogmas. Esse é o primeiro passo para a tirania. Mas há realidades que, digamos, é resultado de algo consensual. Por mais que não gostemos, temos que admitir que ali está algo de valor – mesmo que não simpatizemos ou não esteja consoante com as nossas preferências estéticas. Acredito que isso diga respeito aos dois concertos para piano e orquestra de Brahms. Juntamente com os cinco concertos para piano e orquestra de Beethoven e alguns de Mozart, julgo que se trata das peças mais belas e profundas que já escritas para o piano. O concerto no. 1 foi escrito quando Brahms era um jovem de 25 anos de idade. Como muitas das obras de Brahms, o compositor levou bastante tempo para concluir. Os acordes iniciais do concerto nos faz pensar numa sinfonia grandiosa. A tensão provocante, tonitruante, chega a nos assustar. Quando o piano aparece um mar de lirismo e uma amenidade trágica toma-nos pelas mãos e nos guia por mares de beleza. É preciso ouvir este CD. Traz um time poderoso: Karl Bohm e Maurizio Pollini. Boa apreciação!
P.S. Infelizmente não achei o CD exato na Amazon. (PQP)
Johannes Brahms (1833-1897) –
Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15
Concerto para piano e orquestra No. 1 em Ré menor, Op. 15
01. Maestoso
02. Adagio
03. Rondo – Allegro non troppo
Wiener Philharmoniker
Karl Böhm, regente
Maurizio Pollini, piano
Não se trata de um comparativo, são apenas duas gravações históricas de um dos maiores concertos para piano já compostos, o de nº 1 de Brahms. E só tem fera aqui: Arthur Rubinstein com Fritz Reiner e a Chicago Symphony e Sir Clifford Curzon com a Concertgebow Orchestra, regida por Eduard van Beinum. Curiosamente as duas gravações são do mesmo ano, 1953, ou seja, ambas foram gravadas ainda em Mono. Mas a qualidade da remasterização é muito boa, os senhores nem vão sentir muito a diferença.
Por falar em diferença, a qualidade da interpretação é de tão alto nível que é quase impossível encontrar um ‘vencedor’. Os anos de Fritz Reiner frente à Sinfônica de Chicago elevaram o nível desta orquestra ao nível das melhores orquestras européias, e aqui a comparação é inevitável com a Orquestra do Concertgebow, de Amsterdam. Altíssimo nível, volto a repetir. Rubinstein é Rubinstein, e para mim sempre será o maior pianista do século XX, mas Sir Clifford Curzon também frequentou este patamar de qualidade e excelência.
Estes quatro dinossauros nos proporcionam aqui momentos de puro prazer e introspecção, pois conseguem extrair deste concerto aqueles principais elementos que o elevaram como um dos mais belos e perfeitos concertos para piano já compostos.
Então, vamos ao que viemos.
01. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 I. Maestoso
02. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 II. Adagio
03. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 III. Rondo. Allegro non troppo
Arthur Rubinstein – Piano
Chicago Symphony Orchestra
Fritz Reiner – Conductor
Sir Clifford Curzon – Piano
Concertgebow Orchestra, Amsterdam
Eduard van Beinum – Conductor
Simon Rattle faz uma esplêndida excursão através da 5ª Sinfonia de Prokofiev, sua segunda mais popular sinfonia. No meio da Segunda Guerra Mundial, Prokofiev escreveu esta sinfonia que é surpreendentemente otimista. Ela tem momentos de tensão, mas, em sua maior parte, é leve e luminosa, com os instrumentos de sopro e cordas fazendo a maior parte do trabalho. Há uma linda serenata no primeiro movimento. O segundo movimento é para assobiar na rua. O terceiro movimento, o adagio, é bonito, suave e sensual, com os contrabaixos e violoncelos proporcionando um cenário sombrio. O movimento final, um allegro, é igualmente impressionante. Não é de admirar sua popularidade. A Suíte Cita (povo nômade da Eurásia ocidental, que remonta ao século 8 A.C.) era para ser um balé, mas foi rejeitado como tal. Prokofiev reformulou a peça como uma suíte. É muito boa. O Emerson, Lake & Palmer tratou de deixar famoso o terceiro movimento.
Serguei Prokofiev (1891-1953):
Symphony No. 5 in B flat / Ala and Lolly (Scythian Suite)
1. Symphony No. 5 in B Flat, Op.100: I. Andante 13:05
2. Symphony No. 5 in B Flat, Op.100: II. Allegro marcato 8:32
3. Symphony No. 5 in B Flat, Op.100: III. Adagio 12:24
4. Symphony No. 5 in B Flat, Op.100: IV. Allegro giocoso 9:45
5. Scythian Suite, Op.20: I. L’adoration de Vélè et de Ala 6:22
6. Scythian Suite, Op.20: II. Le dieu ennemi et la danse des esprits noirs 2:57
7. Scythian Suite, Op.20: III. La nuit 5:43
8. Scythian Suite, Op.20: IV. Le départ glorieux de Lolly et la cortèege de Soleil 5:11
City Of Birmingham Symphony Orchestra
Sir Simon Rattle
Então, os senhores estão gostando dessa série de postagens dedicadas a Bernstein? Sempre fui fá desse incrível maestro, que se tornou uma celebridade logo cedo, e que ajudou a tornar a Filarmônica de Nova York uma das principais orquestras do século XX. A previsão de conclusão desta série é dia 14 de outubro, quando se completarão vinte e cinco anos da morte do maestro.
Vamos continuar então? Bernstein e a Filarmônica de Israel continuam com Mendelssohn, agora temos as duas últimas sinfonias, as belíssimas sinfonias de nº 4, conhecida como “Italiana” e a de nº 5, também conhecida como Sinfonia “Reforma”.
1. Mendelssohn: Symphony No.4 In A, Op.90 – “Italian” – 1. Allegro vivace
2. Mendelssohn: Symphony No.4 In A, Op.90 – “Italian” – 2. Andante con moto
3. Mendelssohn: Symphony No.4 In A, Op.90 – “Italian” – 3. Con moto moderato
4. Mendelssohn: Symphony No.4 In A, Op.90 – “Italian” – 4. Saltarello (Presto)
5. Mendelssohn: Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – 1. Andante – Allegro con fuoco
6. Mendelssohn: Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – 2. Allegro vivace
7. Mendelssohn: Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – 3. Andante
8. Mendelssohn: Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – 4. Choral “Ein’ Feste Burg ist unser Gott!”
9. Mendelssohn: The Hebrides, Op.26 (Fingal’s Cave) – Allegro moderato
Israel Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor
Para tirar o gosto do Maazel de ontem, um álbum indiscutível: Canções de Mahler com regência de Pierre Boulez, a Filarmônica de Viena e os cantores Thomas Quasthoff, Violeta Urmana e Anne Sofie von Otter. Meio besta ficar comentando. Mesmo assim, alguns detalhes: são três ciclos de completos Mahler, interpretados por três cantores e um só regente e orquestra. É inacreditavelmente belo. Ouça ou ouça.
Gustav Mahler – Mahler Lieder
Lieder eines fahrenden Gesellen
1) Wenn mein Schatz Hochzeit macht [4:12]
2) Ging heut’ morgen übers Feld [3:53]
3) Ich hab’ ein glühend Messer [3:09]
4) Die zwei blauen Augen von meinem Schatz [5:37]
Thomas Quasthoff
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez
Rückert-Lieder
5) Blicke mir nicht in die Lieder [1:18]
6) Ich atmet’ einen linden Duft [2:37]
7) Liebst du um Schönheit [2:45]
8. Ich bin der Welt abhanden gekommen [7:02]
9) Um Mitternacht [5:54]
Violeta Urmana
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez
Kindertotenlieder
10) Nun will die Sonn’ so hell aufgeh’n [5:44]
11) Nun seh’ ich wohl, warum so dunkle Flammen [4:51]
12) Wenn dein Mütterlein [4:57]
13) Oft denk’ ich, sie sind nur ausgegangen [3:01]
14) In diesem Wetter [6:08]
Anne Sofie von Otter
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez
As grandes gravações com os grandes maestros do passado precisam sempre estar disponíveis para todos. Ao menos sou desta opinião, e creio que seja compartilhada por todos, inclusive pelos executivos das grandes gravadoras. Se assim não fosse, não teríamos acesso a esta magnífica versão de uma obra de Schubert pouco gravada atualmente, “Rosamunde”.
Schubert compôs essa obra como música incidental de uma peça de teatro chamada “Rosamunde, Fürstin von Zypern” (Rosamunde, Princesa de Chipre), escrita por Helmina von Chézy, e a estreou em 1823. Com o passar do tempo, o texto da peça se perdeu, porém uma versão alternativa da mesma foi encontrada em uma Biblioteca e publicada em 1996.
Mas o que nos interessa aqui é a música. E que música. Foi uma das últimas composições de Schubert e como não poderia deixar de ser, trata-se de uma belíssima obra, com melodias memoráveis. O que também chama a atenção é a maturidade da música, lembrando que Schubert tinha meros vinte e sete anos de idade quando a escreveu. Sua orquestração é riquíssima, com direito a uma contralto e um Coro. Para quem ainda não conhece, eis uma ótima oportunidade para confirmar a genialidade de Schubert.
A Filarmônica de Viena e o Coro Estatal da Ópera de Viena dispensam apresentações, e Karl Münchinger está perfeito. Com certeza, essa é uma das grandes gravações do passado que precisavam ser resgatadas, como comentei acima. Tenho certeza de que os senhores irão gostar muito.
1. Overture
2. No. 1 Entr’ Acte Following Act 1
3. No. 2 Ballet
4. No. 3a Entr’ Acte Following Act II
5. No. 3b Romanze Der Vollmond Strahlt Auf Bergeshoh ‘N’
6. No. 4 Geisterchor In Der Tiefe Wohnt Das Licht
7. No. 5 Entr’ Acte Following Act III
8. No. 6 Hirtenmelodien
9. No. 7 Hirtenchor Hier Auf Den Fluren’
10. No. 8 Jagerchor Wie Lebt Sich’s So Frohlich Im Grunen
11. No. 9 Ballet
12. Overture Preciosa, Op.78
13. Overture Genoveva, Op.81
Rohangiz Yachmi – Contralto
Vienna Philharmonic Orchestra
Vienna State Opera Chorus
Karl Münchinger – Conductor
Esqueci de dizer aos senhores na postagem anterior de Schubert que iria postar uma série de CDs de Lenny Bernstein, realizadas já no final de sua vida, pelo selo Deutsch Grammophon. Neste primeiro momento, serão seis cds, dedicados a Schubert, Mendelssohn e Schumann.
Com este segundo CD com essa sinfonia de nº 3 de Schubert concluímos a fase dedicada a Schubert, ainda com a Orquestra do Concertgebow de Amsterdam.
A partir de Mendelssohn teremos a Filarmônica de Israel e a Filarmônica de Viena. Mas não se preocupem, tudo será devidamente identificado.
Então vamos ao que viemos, pois o tempo urge.
1. Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485 – 1. Allegro
2. Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485 – 2. Andante con moto
3. Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485 – 3. Menuetto (Allegro molto)
4. Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485 – 4. Allegro vivace
Concertgebow Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor
5. Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – 1. Andante con moto – Allegro un poco agitato – Assai animato – Andante come prima
6. Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – 2. Vivace non troppo
7. Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – 3. Adagio
8. Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – 4. Allegro vivacissimo – Allegro maestoso assai
Israel Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor
Quando digo que considero essa orquestra holandesa como a melhor das últimas décadas, alguns dizem que exagero. Mas ouçam o que o maestro norte americano Leonard Bernstein faz com ela tocando as duas últimas sinfonias de Schubert e me digam se não tenho razão. É impressionante como eles mantém um padrão de altíssima qualidade já há tanto tempo e com os mais diversos maestros.
Claro que além da orquestra não podemos esquecer de Lenny, que é um destaque a parte. Quem já o viu ao vivo regendo uma orquestra sabe do que estou falando. Procurem lá no Youtube, os senhores irão encontrar bastante coisa e então vão entender o que estou falando.
Chega de falar. Baixem esse CD, sentem-se em suas melhores poltronas e sintam tudo o que se pode extrair de uma obra quando se tem um grupo de músicos desse nível.
01 – 01 Schubert – Symphony nº 8 in D MInor, 1 Allegro moderato
02 – 02 Andante con moto
03- Symphony nº 9 in 01 Andante – Allegro ma non troppo
04- 02 Andante con moto
05 – 03 Scherzo Allegro vivace
06 – 04 Allegro vivace
Concertgebow Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor
Está na hora de conhecer Michael Daugherty, gente!
Mount Rushmore é um oratório dramático inspirado na escultura de quatro presidentes norte-americanos esculpida nas Black Hills de Dakota do Sul. Radio City é uma fantasia sinfônica sobre o lendário Arturo Toscanini, que conduziu a Orquestra Sinfônica da NBC em transmissões de rádio ao vivo ouvidas por milhões de pessoas nos EUA. O Evangelho Segundo a Irmã Aimee é um concerto para órgão inspirado na ascensão, queda e redenção de celebridade religiosa Aimee McPherson.
É um CD coerente e notável. O extraordinário compositor norte-americano Michael Daugherty explora três símbolos da “The Greatest Generation”, período turbulento da história dos Estados Unidos da América que vai da Grande Depressão da década de 1930 até a Segunda Guerra Mundial. Sob a esplêndida regência Carl St Clair, a Pacific Symphony dá um show, acompanhado pelo Pacific Chorale, um dos melhores coros do país e pelo Paul Jacobs.
Michael Daugherty (1954):
Mount Rushmore / Radio City / The Gospel According to Sister Aimee
Mount Rushmore
1. I. George Washington 00:04:04
2. II. Thomas Jefferson 00:06:17
3. III. Theodore Roosevelt 00:07:51
4. IV. Abraham Lincoln 00:13:36
Radio City: Symphonic Fantasy on Arturo Toscanini and the NBC Symphony Orchestra
5. I. O Brave New World 00:07:28
6. II. Ode to the Old World 00:12:18
7. III. On the Air 00:05:50
The Gospel According to Sister Aimee
8. I. Knock Out the Devil 00:07:30
9. II. An Evangelist Drowns – Desert Dance 00:04:57
10. III. To the Promised Land 00:08:02
Paul Jacobs, orgão
Pacific Chorale
Pacific Symphony Orchestra
Carl St Clair
A música de cena, ou música incidental, é a música usada para uma produção dramática. A música incidental foi muito usada nas peças teatrais na Inglaterra, nas semi-óperas ou masques. Também eram usadas na França para as comédies-ballets de Molére e Lully. Essa prática musical perpassou toda história da música, chegando até os dias de hoje, encontrando um novo campo no cinema. Na ópera, o papel da música é preponderante. Há a fusão da música, drama e espetáculo. Em comum, esses gêneros foram feitos com a função de entreter, com cenas e música esplendorosas, conquistando um público ávido por divertimento, feitos para recém-criados teatros construídos especialmente para acomodar público, músicos e todo o aparato cênico que despontava naquela época. A música de cena para teatro, de tão extensa, recebia o nome de ópera na Inglaterra. Tinha abertura, entreatos e longos ballets ou cenas musicais.
Matthew Locke (1621-1677)
1 Introduction 1:07
2 The Fantastick / Corant 2:45
3 Where The Bee Sucks – Composed By Pelham Humfrey 1:04
4 The Pleasures That I Now Possess – Composed By Giovanni Battista Draghi 2:31
5 Saraband 2:25
6 Symphony 0:54
7 Curtain Tune 2:00
8 Where Are Thou, God Of Dreams Composed By Giovanni Battista Draghi 2:52
9 Act Tune 1:08
10 Full Fathom Five – Composed By John Banister 1:31
11 Fantazie 3:39
12 Saraband 1:17
13 Adieu To The Pleasures – Composed By James Hart 5:12
14 Fantazie 3:01
Henry Purcell (1659-1695)
15 Overture 2:33
16 Rondeau Minuet (Act Tune) 1:27
17 What Hope For Us Remains (On The Death Of His Worthy Friend Mr. Matthew Locke) 3:16
18 Chacone 2:05
19 Hornpipe (Act Tune) 0:48
20 Seek Not To Know 3:26
21 So When The Glit’ring Queen Of Night 4:14
22 Butterfly Dance 1:53
23 How Vile Are The Sordid Intrigues Of The Town 2:11
24 From Rosie Bow’rs (The Last Song The Author Sett, It Being In His Sickness) 6:12
25 Hornpipe On A Ground 1:24
La Rêveuse:
Harp [Triple] – Angélique Mauillon
Harpsichord, Organ, Virginal [Double] – Bertrand Cuiller
Painting – Wenceslaus Hollar
Recorded By – Manuel Mohino
Soprano Vocals – Julie Hassler
Theorbo, Classical Guitar, Directed By – Benjamin Perrot
Viol [Classical Viol] – Florence Bolton
Viola – Alain Pégeot
Violin – Stéphan Dudermel, Yannis Roger
Por algum motivo que não posso explicar, creio que esta obra de Rossini nunca apareceu por aqui, na verdade, Rossini não frequenta muito o PQPBach. O que é uma pena, pois é uma maravilha essa sua Missa, aqui belamente interpretada por um grupo de músicos sensacional, liderados por Antonio Pappano.
Já li críticas da obra sacra de Rossini reclamando que elas são por demais operísticas, fugindo de sua função litúrgica, por assim dizer. Pode até ser, alguns de seus corais realmente lembram os corais mais famosos de suas óperas, mas não creio que isso possa ser considerado um defeito. Ao contrário, dão à obra uma nova possibilidade, fugindo das regras mais tradicionais de uma Missa.
Antonio Pappano é um maestro experiente exatamente no repertório operístico, e aqui nesta gravação ele está em casa, com a fantástica Orchestra Dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia e seu impecável coral, contando com excepcionais solistas. Tudo para realizar uma gravação, com o perdão da redundância, impecável.
Aproveitem seu final de semana para melhor apreciarem esta obra, em minha opinião, um primor da escrita musical de Rossini.
P.S. Em anexo ao arquivo do segundo CD vai o interessante e explicativo booklet.
Gioachino Rossini (1792-1868) – Petite Messe Solennelle
1 – Kyrie eleison
2 – Christe eleison
3 – Gloria in excelsis Deo
4 – Gratias agimus tibi
5 – Domine Deus
6 – Qui tollis peccata mundi
7 – Quoniam tu solus Sanctus
8 – Cum Sancto Spiritu
9 – Credo in unum Deum
10 – Crucifixus
11 – Et resurrexit
12 – Et vitam venturi saeculi
Marina Rebeka – Soprano
Sara Mingardo – Contralto
Francesco Meli – Tenor
Alex Sposito – Bass
Coro dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia Roma
Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia Roma
Sir Antonio Pappano – Conductor