Antonio Meneses – Suítes brasileiras

Antonio Meneses – Suítes brasileiras

SuitesBrasileirasEste é o terceiro CD de Meneses que ora está sendo postado e talvez o mais importante de todos os que o violoncelista recifense gravou pois concretiza um projeto e sem precedentes no país: o de estímulo à produção de um repertório específico para um instrumento.

Diz o release de divulgação do disco:

“Há alguns anos, Antonio Meneses encomendou a compositores brasileiros obras que servissem como uma espécie de preâmbulo para cada uma das seis suítes para violoncelo solo de Johann Sebastian Bach. O objetivo era realizar um prolongamento, guardadas as proporções, da homenagem que Villa-Lobos fizera a Bach nas Bachianas Brasileiras.”

Daí que cada uma das seis primeiras obras – totalmente diferentes entre si na estética – parafraseia uma suíte bachiana. Na segunda metade do álbum, há uma suíte inteira em cinco movimentos, que Meneses pediu especialmente ao conterrâneo pernambucano Clóvis Pereira.

Clóvis, depois de Marlos Nobre, é o maior compositor erudito pernambucano vivo. Embora sua produção não seja muito extensa e seja quase desconhecida fora de seu estado natal, dificilmente decepciona, deixando-se claro que ela segue em maior ou menor grau as linhas do Movimento Armorial.

A parceria Meneses-Clóvis nasceu uma obra antes, com o Concertino para violoncelo e orquestra (2005) – o qual vai ser lançado por Meneses em disco este ano junto com os dois concertos de Haydn -, e deu tão certo que já está sendo escrita uma sonata pra cello e piano, a ter estreia em 2011.

***

Antonio Meneses – Suítes brasileiras

1. Etius Melos, de Ronaldo Miranda
2. Cantoria 1 para violoncelo solo, de Marlos Nobre
3. Preambulum, de Almeida Prado
4. Pequena seresta de Bach, de Edino Krieger
5. Preludiando, de Marisa Resende
6. Invocatio nº 1, de Marco Padilha

Suíte macambira, de Clóvis Pereira
7. Overture
8. O canto do cego
9. Dança característica
10. Coco embolado
11. Frevo canzonado

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Antonio Meneses: indiscutível, bom pra caralho
Antonio Meneses: indiscutivelmente, bom pra caralho

CVL

Arvo Pärt (1935): Tabula Rasa, Collage über BACH, Symphony No. 3

Arvo Pärt (1935): Tabula Rasa, Collage über BACH, Symphony No. 3

51S9iPR8NRL._SL250_

  • Repost de 17 de Janeiro de 2016

Não sei como ainda não tinha postado esse álbum. Talvez eu devesse ter postado logo depois de ter discutido as três fases de composição de Arvo Pärt no post de Für Alina.

Pois bem, aqui está: Collage über Bach. Obra da fase de transição de Arvo Pärt assim como também é a sinfonia No. 3, que é igualmente sensacional.

Certa vez ouvindo a terceira sinfonia até tive um sonho meio acordado com um balé que se passaria conforme os movimentos dessa sinfonia. Não, não usei nenhuma substância, é só que a música por si só, principalmente a de Pärt, consegue estimular minha mente absurdamente.

Arvo Pärt (1935): Tabula Rasa, Collage über Bach, Symphony No. 30

Tabula Rasa*
01 Ludus
02 Silentium

Collage über Bach
03 Toccata
04 Sarabande
05 Ricercare

Symphony No. 3
06 First Movemente
07 Second Movement
08 Third Movement

Ulster Orchestra
Takuo Yuasa, conductor
Leslie Hatfield, violin*
Rebecca Hirsch, violin*

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Ta ouvindo o batidão?
Ta ouvindo o batidão?

Luke

J. S. Bach (1685-1750): Bach 2000 (Caixa 1, Discos 1 e 2)

J. S. Bach (1685-1750): Bach 2000 (Caixa 1, Discos 1 e 2)

Clique aqui para todo o Bach 2000.

Bem, eu espero duas coisas de vocês:

1. Que vocês digam nos comentários se vale a pena ou não a postagem dos 153 CDs da obra completa de Bach. Se as respostas forem positivas, este é o primeiro post. Obviamente, não postarei apenas Bach, mas terei sempre em vista a finalização desta série — a qual está fora de catálogo.

2. Que algum de vocês assuma a tarefa de informar, a cada CD, quem são seus intérpretes, quais são os nomes das Cantatas e as faixas, uma a uma. Eu coloco depois no post. Não encontrei esses detalhes na Internet e, como este blog é uma obra a muitas mãos e não ganhamos um tostão com ele, acharia legal se nossos leitores-ouvintes colaborassem com a reconstrução da maior de todas as obras.

Se as duas condições não forem satisfeitas, paro e vou postar outras coisas. Vocês decidem. Abaixo as Cantatas de 1 a 6.

Bach 2000 – Caixa 1, CDs 1 e 2

BWV0001_Cantata_1_Coro_”Wie_schön_leuchtet_der_Morgenstern”
BWV0001_Cantata_2_Recitativo_(tenor)_”Du_wahrer_Gottes_und_Marien_Sohn”
BWV0001_Cantata_3_Aria_(soprano)_”Erfüllet,ihr_himmlischen_göttlichen_Flammen”
BWV0001_Cantata_4_Recitativo_(bass)_”Ein_irdscher_Glanz,ein_leiblich_Licht”
BWV0001_Cantata_5_Aria_(tenor)_”Unser_Mund_und_Ton_der_Saiten”
BWV0001_Cantata_6_Choral_(coro)_”Wie_bin_ich_doch_so_herzlich_froh”

BWV0002_Cantata_1_Coro_”Ach_Gott,vom_Himmel_sieh_darein”
BWV0002_Cantata_2_Recitativo_(tenor)_”Sie_lehren_eitel_falsche_List”
BWV0002_Cantata_3_Aria_(alto)_”Tilg,o_Gott,die_Lehren”
BWV0002_Cantata_4_Recitativo_(bass)_”Die_Armen_sind_verstört”
BWV0002_Cantata_5_Aria_(tenor)_”Durchs_Feuer_wird_das_Silber_rein”
BWV0002_Cantata_6_Choral_(coro)_”Das_wollst_du,Gott,bewahren_rein”

BWV0003_Cantata_1_Coro_”Ach_Gott,wie_manches_Herzeleid”
BWV0003_Cantata_2_Choral-Recitativo_(soprano, alto, tenor, bass, coro)_”Wie schwerlich läßt sich Fleisch und Blut”
BWV0003_Cantata_3_Aria_(bass)_”Empfind_ich_Höllenangst_und_Pein”
BWV0003_Cantata_4_Recitativo_(tenor)_”Es_mag_mir_Leib_und_Geist_verschmachten”
BWV0003_Cantata_5_Aria_(Duetto)_(soprano,alto)_”Wenn_Sorgen_auf_mich_dringen”
BWV0003_Cantata_6_Choral_(coro)_”Erhalt_mein_Herz_im_Glauben_rein”

BWV0004_Cantata_1_Sinfonia
BWV0004_Cantata_2_Coro_”Christ_lag_in_Todes_Banden”
BWV0004_Cantata_3_Duetto_(soprano,alto)_”Den_Tod_niemand_zwingen_kunnt”
BWV0004_Cantata_4_Aria_(tenor)_”Jesus_Christus,Gottes_Sohn”
BWV0004_Cantata_5_Coro_”Es_war_ein_wunderlicher_Krieg”
BWV0004_Cantata_6_Aria_(bass)_”Hier_ist_das_rechte_Osterlamm”
BWV0004_Cantata_7_Duetto_(soprano,tenor)_”So_feiern_wir_das_hohe_Fest”
BWV0004_Cantata_8_Choral_(coro)_”Wir_essen_und_leben_wohl”

BWV0005_Cantata_1_Coro_”Wo_soll_ich_fliehen_hin”
BWV0005_Cantata_2_Recitativo_(bass)_”Der_Sünden_Wust_hat_mich_nicht_nur_befleckt”
BWV0005_Cantata_3_Aria_(tenor)_”Ergieße_dich_reichlich”
BWV0005_Cantata_4_Recitativo_(alto)_”Mein_treuer_Heiland_tröstet_mich”
BWV0005_Cantata_5_Aria_(bass)_”Verstumme,Höllenheer”
BWV0005_Cantata_6_Recitativo_(soprano)_”Ich_bin_ja_nur_das_kleinste_Teil_der_Welt”
BWV0005_Cantata_7_Choral_(coro)_”Führ_auch_mein_Herz_und_Sinn”

BWV0006_Cantata_1_Coro_”Bleib_bei_uns,denn_es_will_Abend_werden”
BWV0006_Cantata_2_Aria_(alto)_”Hochgelobter_Gottessohn”
BWV0006_Cantata_3_Choral_(soprano)_”Ach_bleib_bei_uns,Herr_Jesu_Christ”
BWV0006_Cantata_4_Recitativo_(bass)_”Es_hat_die_Dunkelheit_an_vielen_Orten”
BWV0006_Cantata_5_Aria_(tenor)_”Jesu,laß_uns_auf_dich_sehen”
BWV0006_Cantata_6_Choral_(coro)_”Beweis_dein_Macht,Herr_Jesu_Christ”

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Johann Sebastian Bach, dizem
Johann Sebastian Bach, dizem

PQP

Liszt (1811-1886), Berg (1885-1935) e Webern (1883-1945): At the Grave of Richard Wagner

Liszt (1811-1886), Berg (1885-1935) e Webern (1883-1945): At the Grave of Richard Wagner


Excelente versão de três peças muito pouco tocadas. “At the grave of Richard Wagner” é comovente. Já as peças de Berg e Webern requerem maior trabalho. Gravação excelente. Divirtam-se. Disco curtíssimo. Como esta apresentação.

Kronos Quartet — At the Grave of Richard Wagner

Franz Liszt (1811 – 1886)
1) At the Grave of Richard Wagner (2:47)

Alban Berg (1885 – 1935)
String Quartet, Op. 3 (19:03)
2) I
3) II

Anton Webern (1883- 1945)
Five Pieces, Op. 5 (10:38)
4) I
5) II
6) III
7) IV
8. V

KRONOS QUARTET:
David Harrington, violin
John Sherba, violin
Hank Dutt, viola
Joan Jeanrenaud, cello

Aki Takahashi, piano
Marcella DeCray, harp

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Richard Wagner em Paris, no ano de 1861
Richard Wagner em Paris, no ano de 1861

PQP

Henryk Górecki (1904-1991): Quarteto No. 1 e 2 — Steve Reich (1936): Different Trains — George Crumb (1929): Black Angels — Kronos Quartet 25 anos [6 e 7/10]

Henryk Górecki (1904-1991): Quarteto No. 1 e 2 — Steve Reich (1936): Different Trains — George Crumb (1929): Black Angels — Kronos Quartet 25 anos [6 e 7/10]

cover (2)

  • Repost de 28 de Janeiro de 2016

PQP sobre este post: IM-PER-DÍ-VEIS !!!

Górecki, Reich e Crumb, o que esses três têm em comum além da contemporaneidade de suas músicas? Nada que eu saiba amiguinhos, a pergunta foi só pra instigar curiosidade mesmo.

Górecki usa elementos minimalistas nesses dois quartetos seus, mas não sei se falta um pouco mais de vísceras que já havia ouvido em outras composições suas ou se o Kronos Quartet “falha na missão”.front

Reich é mais interessante, em sua música ele usa o elementos repetitivo e que vai se desenvolvendo aos poucos, embora aqui seja muito mais perceptível do que Music for 18 musicians por exemplo. Ele meio que brinca fazendo um contraponto minimalista e a música muda indo de uma repetição de tema à outro. E cada vez que um ou outro tema volta, ele volta com um elemento diferente. É genial. Ele adiciona umas vozes de radio também, puxando um elemento da eletroacústica, mas faz isso querendo anunciar o espírito de cada fase da música, por exemplo, New York é melancólica, Los Angeles é agitada, e quando volta à repetição New York to Los Angeles, que é meio que uma mistura, ele coloca uns sons de locomotiva. Uma brincadeira interessante. Com certeza uma música cheia de ideias que também é cheia de musicalidade.

Crumb chega pra não deixar pedra sobre pedra. Sua música é coisa que pirados como eu adoram. Ele faz inúmeras brincadeiras com elementos “não musicais”: a batida na madeira, um rangido, um suspiro, uma interjeição, etc. Mas não pense que isso tudo é sem coordenação como uma porcaria pós-moderna qualquer, na verdade ele consegue coordenar tudo isso muito bem, criando uma harmonia surpreendente. Dos três “porquinhos” aqui, ele é o mais criativo. Recomendo ouvir com o som bem alto e com muita atenção, pois a música dele está salpicada de detalhes quase inaudíveis.

Semana que vem trarei Terry Riley o oitavo disco da coleção juntamente com o nono, que trás obras de Alfred Schnittke.

25 Years of the Kronos Quartet [BOX SET 6 and 7/10]

Disc 6

Henryk Górecki (1904-1991):

Quasi una Fantasia, Quartet No. 2, Op. 64
01 I. Largo
02 II. Deciso – Energico (Marcatissimo sempre)
03 III. Arioso: Adagio cantabile
04 IV. Allegro (Sempre con grande passione e molto marcato)

05 Already It Is Dusk, Quartet No. 1, Op. 62

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Disc 7

Steve Reich (1936):

Different Trains
01 America – Before The War
02 Europe – During The War
03 After The War

George Crumb (1929):

Black Angels
04 I. Departure
05 II. Absence
06 III. Return

Kronos Quartet:
David Harrington, violin
John Sherba, violin
Hank Dutt, viola
Joan Jeanrenaud, cello

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Steve Reich e o quarteto fantástico. [Kronos Quartet photographed at San Francisco, CA February 23, 2011©Jay Blakesberg]
Steve Reich e o quarteto fantástico. [Kronos Quartet photographed at San Francisco, CA February 23, 2011©Jay Blakesberg]
Luke

Franz Schubert (1797-1828): Winterreise (com Dietrich Fischer-Dieskau)

Franz Schubert (1797-1828): Winterreise (com Dietrich Fischer-Dieskau)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Conheci muitas pessoas legais na rede. Uma das principais é este jovem talentoso que me “admoestou” por não ter escrito nada sobre a morte de Dietrich Fischer-Dieskau. Mas ele não é daqueles caras que apontam o problema sem encaminhar uma solução — os que apenas objetam servem para pouco. Então ele me mandou um arquivo com este CD (que até tenho em casa…) e um texto para a postagem, direto de Praga. É assim que se age! Gostaria de deixar bem clara minha profunda admiração por Gilberto Agostinho, a quem nunca vi e considero amigo.

PQP

-=-=-=-=- 

Dietrich Fischer-Dieskau, dono da maior voz masculina de todos os tempos, faleceu há exatamente uma semana atrás. Não foi um acontecimento trágico, muito pelo contrário: o cantor faleceu enquanto dormia, aos 86 anos de idade, em um pequeno vilarejo no sul da Alemanha.

Falar sobre sua morte como uma perda seria uma completa asneira, seria diminuir o que Dieskau fez em vida. Tendo se aposentado no Ano Novo de 1993, ele nos deixou uma imensa discografia — Dieskau é o cantor com o maior número de gravações de todos os tempos! Entre elas, gravações consideradas como definitivas, principalmente quando se trata de Schubert.

Mas se engana quem pensa que Dieskau se destacava somente quando cantava algum Lied de Schubert ou Schumann. Não, suas apresentações em óperas e oratórios são consideradas, no mínimo, geniais. Le miracle Fischer-Dieskau, como os franceses gostavam de chamá-lo, tinha um repertório gigantesco, tendo gravado muita coisa de Bach a Berg. Nas palavras do próprio, ele diz ter “realizado coisas demais…”

Dieskau foi um artista único, com um dom que possivelmente jamais será igualado. E isto tudo está registrado, tudo o que ele fez pode ser usufruído por nós hoje e amanhã. Portanto, aos emocionais e aos que buscam tragédia onde esta não se encontra, eis a minha honesta recomendação: abram uma garrafa de bom vinho, coloquem uma das oito gravações de Winterreise na vitrola, e homenageiem o artista como se deve.

Franz Schubert: Winterreise

1. Winterreise, D.911 – 1. Gute Nacht 5:40
2. Winterreise, D.911 – 2. Die Wetterfahne 1:46
3. Winterreise, D.911 – 3. Gefrorne Tränen 2:37
4. Winterreise, D.911 – 4. Erstarrung 2:57
5. Winterreise, D.911 – 5. Der Lindenbaum 4:41
6. Winterreise, D.911 – 6. Wasserflut 4:10
7. Winterreise, D.911 – 7. Auf dem Flusse 3:45
8. Winterreise, D.911 – 8. Rückblick 2:26
9. Winterreise, D.911 – 9. Irrlicht 2:33
10. Winterreise, D.911 – 10. Rast 3:02
11. Winterreise, D.911 – 11. Frühlingstraum 3:59
12. Winterreise, D.911 – 12. Einsamkeit 2:53
13. Winterreise, D.911 – 13. Die Post 2:20
14. Winterreise, D.911 – 14. Der greise Kopf 3:02
15. Winterreise, D.911 – 15. Die Krähe 2:00
16. Winterreise, D.911 – 16. Letzte Hoffnung 2:14
17. Winterreise, D.911 – 17. Im Dorfe 3:02
18. Winterreise, D.911 – 18. Der stürmische Morgen 0:52
19. Winterreise, D.911 – 19. Täuschung 1:34
20. Winterreise, D.911 – 20. Der Wegweiser 4:08
21. Winterreise, D.911 – 21. Das Wirtshaus 4:28
22. Winterreise, D.911 – 22. Mut 1:25
23. Winterreise, D.911 – 23. Die Nebensonnen 2:37
24. Winterreise, D.911 – 24. Der Leiermann 3:09

Dietrich Fischer-Dieskau, milagre
Jörg Demus, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

O esplêndido Dietrich Fischer-Dieskau
O esplêndido Dietrich Fischer-Dieskau

Gilberto Agostinho

Alexander Scriabin (1872-1915): Poème De L’extase / Piano Concerto / Promethée

Alexander Scriabin (1872-1915): Poème De L’extase / Piano Concerto / Promethée

Scriabin nasceu em Moscou. Estudou piano desde criança, tendo aulas com Nikolai Zverev, que foi também professor de Sergei Rachmaninoff. Depois, foi para o Conservatório de Moscou, onde estudou com Anton Arensky, Sergei Taneyev e Vasily Safonov. Tornou-se notável pianista, apesar de que sua pequena mão que cobria pouco mais de uma oitava. Doía tocar, ele afirmava. Scriabin era um humanista, tendo-se interessado na teoria do super-homem de Nietzsche e em teosofia. Ambas as teorias teriam influenciado sua música e pensamento musical. Entre 1909 e 1910 viveu em Bruxelas, onde estudou o movimento teosófico de Delville e se aprofundou em leituras de Helena Blavatsky.

Tudo frescura. Opa! Dane Rudhyar, teósofo e compositor, escreveu que Scriabin seria o pai da música do futuro”… e um antídoto para reacionários como Stravinsky e a Segunda Escola de Viena (Schoenberg e sua Tchurma).

Hipocondríaco, Scriabin morreu em Moscou de septicemia. Antes de sua morte, planejou um trabalho multimídia a ser apresentado no Himalaia, acerca de Armagedon “uma grandiosa síntese religiosa de todas as artes para anunciar o nascimento de um novo mundo”. A obra, “Mysterium”, permaneceu inacabada. Talvez por sorte nossa.

Era amigo de Vyacheslav Molotov, político russo e epônimo do coquetel Molotov.

Seus trabalhos são um desafio extremamente complexo. OK, de acordo, Scriabin deve ter sido um grande chato, mas sua música é do cacete e já estou até arrependido do que escrevi sobre o inacabado Armagedon…. O tal Poema do Êxtase é o máximo! O Concerto é aceitavelzinho, coisa de um Chopin moderno, o que certamente agradará os românticos tardios. Prometeu volta a encorpar o CD.

Boulez dá mais um banho nesta gravação, mas não há novidade nisso. Fui!

Alexander Scriabin (1872-1915): Poème De L’extase / Piano Concerto / Promethée

01. Le Poème de l’extase, Op. 54

02. Concerto for Piano and Orchestra in F sharp minor, Op. 20 I. Allegro
03. Concerto for Piano and Orchestra in F sharp minor, Op. 20 II. Andante
04. Concerto for Piano and Orchestra in F sharp minor, Op. 20 III. Allegro moderato

05. Promethée. Le Poème du Feu, Op. 60

Anatol Ugorski, piano
Chicago Symphony Chorus
Chicago Symphony Orchestra
Pierre Boulez

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Scriabin fazendo pose para o PQP Bach
Scriabin fazendo pose para o PQP Bach

PQP

Arvo Pärt (1935): Für Anna Maria – Música completa para piano – Jeroen van Veen

Arvo Pärt (1935): Für Anna Maria – Música completa para piano – Jeroen van Veen

– Repost de 10 de Janeiro de 2016 –

Arvo Pärt não é o compositor mais fã de obras para piano, ou teclas no geral, como vocês podem perceber. Em um álbum duplo, Jeroen van Veen conseguiu compilar todas as obras para o instrumento, e ainda teve que repetir algumas (risos).

Mesmo sendo poucas, são obras deliciosas. Für Alina vocês já conheciam, assim como Fratres, Pari Intervallo e Spiegel im Spiegel. Aqui todas essas obras estão para piano solo ou para dois pianos (no caso de Fratres, Pari Intervallo, Spiegel im Spiegel e Hymn To a Great City, obras que Jeroen toca com sua mulher, Sandra Van Veen).

A grande maioria das obras de Arvo Pärt são para vozes, ou possuem vozes, seja coro ou solistas, em algum momento. Mesmo assim, quando Pärt resolve fazer obras puramente instrumentais, ele sabe caprichar, como acontece por exemplo em Tabula Rasa.

O que Jeroen faz neste álbum duplo é interessante. No primeiro disco são apenas obras para piano da terceira fase de composição de Arvo Pärt (discuti sobre essas fases aqui). A que todos nós louvamos e adoramos. No segundo disco temos obras da primeira fase, e podemos perceber a influência de Schönberg em alguns momentos da música. Apesar disso, o segundo CD acaba com Für Alina, como se quisesse aliviar os ouvidos dos ouvintes da tensão característica do dodecafonismo que transparece em algumas das músicas da primeira fase de Pärt.

Arvo Pärt (1935): Für Anna Maria – complete piano music – Jeroen van Veen

CD 1

01 Für Alina (1976) [20:18]

02 Variations for the Healing of Arinushka (1977) [5:56]

03 Ukuaru valss (1973, rev. 2010) [2:54]

04 Für Anna Maria (2006) [1:21]

05 Für Alina (1976) [2:41]

06 Pari intervallo* (1976, rev. 2008) [5:26]

07 Hymn to a Great City* (1984, rev. 2004) [5:08]

10 Fratres* (1977, rev. 1980) [11:52]

11 Spiegel im Spiegel *(1978) [9:10]

08 Für Anna Maria (2006) [1:07]

09 Für Alina (1976) [3:15]

CD 2

Vier leichte Tanzstücke ‘musik für kindertheater’ (1956-57) [7:38]

01 I. Der gestiefelte Kater
02 II. Rotkäppchen und der Wolf
03 III. Schmetterlinge
04 IV. Tanz der Entenküken

Sonatina No. 1 (1959) [7:15]
05 I. Allegro
06 II. Larghetto
07 III. Allegro

Sonatina No. 2 (1959) [5:42]
08 I. Allegro energico
09 II. Largo
10 III. Allegro

Partita Op. 2 (1958) [7:18]
11 I. Toccatina
12 II. Fughetta
13 III. Larghetto
14 IV. Ostinato

15 Für Alina (1976) [23:06]

Jeroen van Veen, piano
*Sandra van Veen, segundo piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Jeroen van Veen: Nome de rockeiro e cabelo de cientista, mas acabou que ele é um pianista.
Jeroen van Veen: nome de rockeiro e cabelo de cientista, mas acabou que ele é um pianista.

Luke

Arvo Pärt (1935): Cello concerto ‘Pro et contra’, Perpetuum mobile, Symphonies Nos. 1-3

Arvo Pärt (1935): Cello concerto ‘Pro et contra’, Perpetuum mobile, Symphonies Nos. 1-3

Nos próximos dias, se tudo der certo, estaremos recebendo mais um colega no PQP Bach. Começamos a conversar em função de algo realmente preocupante: não quase Pärt em nosso acervo. Neste CD temos o curto Concerto para Violoncelo do compositor, a já antiga Perpetuum Mobile e três Sinfonias. A Nº 1, de 1964, foi escrita em dois movimentos e é poderosa com espetacular uso da percussão e uma fuga no final. A Nº 2 é bizarra com seus patinhos, flautinhas e trompinhas. A Nº 3 é esplêndida, uma espécie de virada no estilo do compositor, que seria completada em Tabula Rasa. Se vai baixar este CD pensando no Pärt contemplativo, esqueça. Aqui é porrada e humor. Coisas de gênio.

Arvo Pärt (1935):
Cello concerto ‘Pro et contra’, Perpetuum mobile, Symphonies Nos. 1-
3

Concerto for Violoncello and Orchestra ‘Pro et contra’:
01. I. Maestoso (05:04)
02. II. Largo (00:32)
03. III. Allegro (03:23)

04. Perpetuum Mobile, op.10 (04:20)

Symphony No.1 ‘Polyphonic’:
05. I. Canons (09:50)
06. II. Prelude and Fugue (06:34)

Symphony No.2:
07. I. First Movement (05:24)
08. II. Second Movement (02:27)
09. III. Third Movement (06:07)

Symphony No.3:
10. I. First Movement (06:19)
11. II. Second Movement (06:24)
12. III. Third Movement (08:31)

Frans Helmerson, cello
Bamberger Symphoniker
Neeme Järvi

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Alguém disse aí que eu não tenho humor?
Alguém disse aí que eu não tenho humor?

PQP

Thomas Arne (1710-1778): Dr. Arne At Vauxhall Gardens

Thomas Arne (1710-1778): Dr. Arne At Vauxhall Gardens


Sir Thomas Augustine Arne foi um prolífico compositor de música para o palco e importante figura no teatro inglês do século XVIII. É considerado o catalisador para a revitalização da ópera no início dos anos 1730. É muito famoso por ser o autor do hino nacional do Reino Unido, God Save the Queen. Arne foi o único compositor inglês de sua época capaz de competir com sucesso com compositores como Haendel, que era o ponta de lança da cena musical britânica do século XVIII.

Esse CD — de 20 anos atrás — é maravilhoso! Emma Kirkby está no auge de sua voz e vivacidade. E a música de Arne é efetivamente muito boa. Confira!

E daí, magrão?
E daí, magrão?

Thomas Arne (1710-1778): Dr Arne At Vauxhall Gardens

1 Six Cantats, For A voice And Instruments: No. 5 The Morning
2 Sigh No More, Ladies
3 What Tho’ His Guilt
4 Cymon And Iphigenia
5 Six Cantatas, For A Voice And Instruments: No. 3. Frolic And Free
6 Thou Soft Flowing Avon
7 Jenny
8 Winter’s Amusement: The Lover’s Recantation

Emma Kirkby
Richard Morton
Parley of Instruments
Roy Goodman

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Thomas Arne: já vi homens mais bonitos
Thomas Arne: já vi homens mais bonitos

PQP

Arvo Pärt (1935): Collage & Pro et Contra

Arvo Pärt (1935): Collage & Pro et Contra

  • Repost de 24 de Janeiro de 2016

Vamos brincar de trava língua? Paavo Järvi rege Arvo Pärt também mas nem tão bem quanto Neeme Järvi rege. Tentem dizer isso bem rápido.
Pois é, hoje trago dois álbuns bem semelhantes, ambos focam nas obras de primeira e segunda fase de Arvo Pärt, enquanto suas interpretações também são bastante semelhantes, mas como disse no trava língua, Neeme, que é pai de Paavo, se sai um pouco melhor. Aqui, o filho não superou o pai.


No último post tive a ideia de trazer mais duas interpretações de Collage über Bach pra vocês, assim vocês podem compará-las. Mas não só por isso trago esses álbuns hoje, temos muitas obras pouco conhecidas, a maioria instrumentais, muitas sendo da primeira ou da segunda fase de Arvo Pärt. Mas no álbum COLLAGE temos algumas obras da terceira fase que vocês já conhecem: Summa e Fratres. E a antes inédita aqui no blog, Festina Lente. Neste monte de coisa tem duas obras pouco conhecidas que nem eu conhecia que no caso são Meie aedWenn Bach Bienen gezuechtet haette (eita, que nome grande).

A interpretação de Collage über Bach de Neeme Järvi é sensacional. Lembro que quando eu a ouvi pela primeira vez no carro de uma amiga que estava me dando uma carona eu senti como se a ouvisse pela primeira vez. Paavo chega quase no mesmo ponto em sua interpretação, mas não leva o prêmio.

Por algum motivo eu consegui até gostar das duas primeiras sinfonias nestes álbuns, principalmente nas interpretações de Neeme. Talvez eu esteja me tornando mais radical nos meus gostos auditivos. De qualquer forma, elas nunca serão melhores que a terceira sinfonia, que postei semana passada (assim como PQP já havia feito). A terceira sinfonia consegue ser melhor até mesmo que a quarta, que foi composta em 2008, a chamada Los Angeles. Quando eu a trarei para que vocês possam ouvir me perguntam? No futuro meus caros, no futuro…

Arvo Pärt (1935): Collage & Pro et Contra

COLLAGE

Collage sur B-A-C-H
01 I. Tocatta. Preciso
02 II. Sarabande. Lento
03 III. Ricercar. Deciso

04 Summa, for strings

05 Wenn Bach Bienen gezuechtet haette

06 Fratres, for string orchestra and percussion

Symphony No. 2
07 I
08 II
09 III

10 Festina Lente, for string orchestra and harp ad libitum

11 Credo, for piano solo, mixed choir and orchestra*

Philharmonia Orchestra
Neeme Järvi, conductor
Boris Berman, piano*

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PRO ET CONTRA

Pro et Contra*
01 I. Maestoso
02 II. Largo
03 III. Allegro

Symphony No. 1
04 I. Satz: Kanon
05 II. Satz: Präludium und Fuge

Collage über B A C H
06 I. Tocatta. Preciso
07 II. Sarabande. Lento
08 III. Ricercar. Deciso

09 Perpetuum mobile

Meie aed**
10 I. Allegro
11 II. Andantino cantabilell
12 III. Allegro
13 IV. Moderato-Allegro

Symphony No. 2
14 I. Satz: 104-120
15 II. Satz: 112
16 III. Satz: 48-60

Estonian National Symphony Orchestra
Paavo Järvi, conductor
Truls Mørk, cello*
Ellerhein Girls’ Choir**
Tiia-Ester Loitme, director**

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Em pé, da esquerda para direita: Paavo Järvi e Arvo Pärt. Sentados: Nora Pärt, Neeme Järvi (pai de Paavo) e Liilia Järvi.
Em pé, da esquerda para direita: Paavo Järvi e Arvo Pärt. Sentados: Nora Pärt, Neeme Järvi (pai de Paavo) e Liilia Järvi.

Luke

Arvo Pärt (1935): Da Pacem

Arvo Pärt (1935): Da Pacem

– Repost de 3 de Janeiro de 2016 –

Como prometido, aqui está. Outra interpretação de Salve Regina, que, como eu havia dito, é melhor que a interpretação feita por Tõnu Kaljuste. Além dessa obra, existem outras coisinhas legais aqui. A obra inicial que dá título ao álbum, Da Pacem Domine, é tremendamente linda, não é a toa que são vários os álbuns com obras de Arvo Pärt em que ela está inserida. An Den Wassern zu Babel, cuja tradução é Pelos Rios da Babilônia, nos lembra em alguns momentos – principalmente durante o solo do baixo – o cantochão tradicional e a influência árabe que eu já tinha discutido anteriormente.

Um certo alguém pela internet pegou umas cenas do filme Sátántangó de Béla Tarr, juntou com Salve Regina de Arvo Pärt e fez um belíssimo vídeo que transmite toda a espiritualidade da música. E, talvez, não só desta música em específico, como também o espirito geral da música de Arvo Pärt…

Arvo Pärt (1935): Da Pacem

01 Da Pacem Domine

02 Salve Regina

Zwei slawische Psalmen:

03 I. Psalm 117
04 II. Psalm 131

05 Magnificat

06 An Den Wassern zu Babel
Tiit Kogerman, tenor
Aarne Talvik, baixo

07 Dopo la vittoria

08 Nunc dimittis

09 Littlemore Tractus

Estonian Philharmonic Chamber Choir
Christopher Bowers-Broadbent, orgão (faixas 2, 6, 9)
Kaia Urb, soprano (5, 6, 8)
Paul Hillier, regente

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Pärt e Hillier: Não olha pro lado que quem ta passando é o bonde.
Pärt e Hillier: Não olha pro lado que quem ta passando é o bonde.

Luke

.: interlúdio :. Art Blakey & Thelonious Monk

.: interlúdio :. Art Blakey & Thelonious Monk

Caminhando uma noite qualquer por Nova York nos anos 40 ou 50, você podia acabar caindo em um clube – digamos, Minton’s ou Five Spot – e dar de cara com músicos como Monk, Coltrane e Dizzy Gillespie cozinhando revoluções no jazz. Rio de Janeiro, começo dos anos 60, se passasse pelo pequeno Beco das Garrafas, a sensação não seria diferente: jovens estudados em discos americanos injetavam novas possibilidades na bossa nova criando o samba-jazz.

São Paulo, 2010, por uma rua do Centro ou Pinheiros, momento parece oferecer efervescência similar. Jovens na faixa dos vinte e algo se juntam em diversas formações e dezenas de grupos, tocam em cada vez mais casas dedicadas ao gênero, para um público cada vez maior e mais interessado e trazem novas idéias ao jazz feito na cidade.

Continuando uma tradição paulistana que já viveu momentos de auge nos bares do Centro como Baiúca e Juão Sebastião Bar na década de 50 e pequenos bares como Supremo Musical nos anos 00, hoje você pode sair em qualquer dia da semana e ouvir música criada no calor do momento.

Saiu matéria sobre a nova cena de jazz paulista na Folha de hoje. Vale mais a pena ler no blog do autor a versão original/expandida, e com vários links, aqui: http://vitrola.blogspot.com/2010/05/jazz-sao-paulo-2010.html

É uma excelente notícia. Fazemos música de tantos estilos, porque não o jazz? Ora bolas. Deveria ser fácil sair à noite para ocupar um bom bar de jazz. Pelo jeito, em SP isso está se tornando possível. No vilarejo onde moro, infelizmente, isso não passa de sonho. Ficarei invejando.

(Os leitores estão convidados a usar os comentários para dar suas dicas locais de jazz, se houver. E eu faço votos que haja.)

——

Sem nenhuma relação aparente, mas pra não fazer um post sem música, deixo um disquinho fantástico. (Que sempre começo ouvindo pelo lado B. Mania.) Quem quiser um review, pode ler aqui, do AMG; quem gosta de efemérides pode viajar na imaginação. O álbum foi gravado em duas sessões, 14 e 15 de maio de 1957, ou seja: praticamente aniversariando. (É uma bobagem, mas acrescenta um certo sabor. Ou sou só eu?)

Art Blakey’s Jazz Messengers with Thelonious Monk /1958 (V2)

A
01 Evidence (Monk)
02 In Walked Bud (Monk)
03 Blue Monk (Monk)
B
04 I Mean You (Monk, Hawkins)
05 Rhythm-A-Ning (Monk)
06 Purple Shades (Griffin)

Bonus tracks (edição de 1999)
07 Evidence [alt take]
08 Blue Monk [alt take]
09 I Mean You [alt take]

Art Blakey: drums
Thelonious Monk: piano
Johnny Griffin: tenor saxophone
Bill Hardman: trumpet
Spanky DeBrest: bass
Produzido por Nesuhi Ertegün para a Atlantic

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Art Blakey e Thelonius Monk pegando aquele bus esperto
Art Blakey e Thelonius Monk pegando aquele bus esperto

Boa audição!
Blue Dog

Eloy Arósio (1988): Op.1 – Piano Solo

Eloy Arósio (1988): Op.1 – Piano Solo

Eloy Arósio é um de nossos leitores ouvintes. Ele nos enviou uma obra para ser postada no PQP Bach. Abaixo, publicamos uma explicação acerca de sua música e de seu processo criativo. Sei pouquíssimo a respeito do Eloy, que não á das pessoas mais presentes na redes sociais ou no e-mail. À princípio, ele não tinha dado um título a sua música. Quando lhe solicitei, ele respondeu: Op.1 – Piano Solo. Educadamente, ele pediu para que eu colocasse o nome da cada movimento com sua tonalidade ao lado. O nome deles eu tinha, mas o tom eu só tinha o do Prelúdio. Apesar do estilo meio macambúzio desta introdução, não pensem que estou reclamando de algo, apenas acho estranho… Espero que ele nos dê os esclarecimentos faltantes nos comentários. Aguardemos. Abaixo uma apresentação escrita por ele.

.oOo.

Olá! Meu nome é Eloy Arósio. Sou um compositor autodidata e compartilho através do P.Q.P. Bach minha primeira obra. Agradeço pelo espaço cedido.

Por ser autodidata, minha obra é muito empírica. Por isso, não há nada nela de teoria num sentido mais pragmático. Ela é guiada por uma abstração de sentido (linguagem). Compus melodias e contrapontos que buscam a música em nível emocional em vez de sistemas para o intelecto e a academia. Apesar disto, tenho intenções intelectuais com a música, mas em segundo plano.

Criei algo que é tanto baseado em minhas influências e origens. Espero que possam excluir o mecânico da música.

Gostaria de entrar em contato com os instrumentistas profissionais que apreciarem meu trabalho. Deixo meus contatos, como minha vida passa por uma situação delicada, deixo qualquer tipo de contato, pois não sei onde estarei amanhã.

Eloy Arósio (1988): Op. 1 – Piano Solo

I.  Largo Meno Mosso
II. Prelúdio – Dó Maior
III. Fuga

Cel: 17 9165-4563
E-mail: [email protected]
Facebook: https://www.facebook.com/eloyarosio

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Eloy Arósio em foto roubada de seu perfil no Facebook.
Eloy Arósio em foto roubada de seu perfil no Facebook.

PQP

Thomas Arne (1710-1778): Artaxerxes

Thomas Arne (1710-1778): Artaxerxes

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Durante quase trezentos anos os ingleses foram tiranizados com a maior TORTURA e CENSURA a qual um povo foi submetido. Como se não bastasse a MEDONHA RAINHA VITÓRIA — , eles eram obrigados a ingerir COMIDA INTRAGÁVEL e a OUVIR MÚSICA RUIM. Imaginem um povo que foi de tal modo cerceado que nada, mas absolutamente nada, houve entre PURCELL e BRITTEN.

POBRES INGLESES, ABANDONADOS NAQUELA ILHA ÚMIDA SEM MÚSICA!

A CENSURA apenas valia para os NATIVOS, pois aos COMPOSITORES IMPORTADOS era permitido FLANAREM LIVREMENTE compondo obras-primas, casos de HANDEL e HAYDN.

Porém, houve um cidadão que conseguiu FURAR O BLOQUEIO imposto pela censura pré e pós vitoriana compondo a ÚNICA OBRA DE VERDADEIRA ARTE MUSICAL daquele sofrido país insular. É com o coração na mão e peito CONFRANGIDO que anuncio a grande ópera ARTAXERXES, composta pelo DESTEMIDO e INCONFORMADO Thomas ARNE, o qual, cansado das MULHERES HORROROSAS, da COMIDA VOMITANTE e, PRESCIENTE, já prevendo a música LASTIMÁVEL de ELGAR e NYMAN, logrou mover a ilha em DIREÇÃO À BOA MÚSICA.

Os ingleses — TODOS REFUGIADOS NA LITERATURA — ficaram ABISMADOS com Artaxerxes e — após décadas de MÚSICA DE MERDA e COMIDA PODRE — mal puderam AVALIAR a obra que lhes chegara pelas artes deste ARNE não-SAKNUSSEN.

É com extremo ORGULHO que PQP BACH lhes apresenta a REDENÇÃO de todo um povo amordaçado… O resto vocês já aprenderam.

É como se, em plena MISÉRIA GASTRONÔMICA, lhes aparecesse sem maior aviso NIGELLA — uma CHEF que, como se não lhe bastasse a COMIDA, ainda fosse TESUDA e GOSTOSA. Ou seja, uma novidade DE CABO A RABO!

Thomas ARNE e seu ARTAXERXES foi isso, uma Nigella Lawson em meio aos rosbifes sem tempero da FEIOSA Rainha Vitória. E baixem logo este grande CD, antes que eu me IRRITE.

Thomas Augustin Arne: Artaxerxes

Disc: 1
1. Artaxerxes: Overture: Poco piu che andante – Larghetto – Gavotta
2. Artaxerxes: Act 1, Recit: Still Silence Reigns Around (Mandane)
3. Artaxerxes: Act 1, Duettino: Fair Aurora, Pr’ythee Stay (Mandane, Arbaces)
4. Artaxerxes: Act 1, Recit: Alas, Thou Know’st That For My Love Of Thee (Arbaces)
5. Artaxerxes: Act 1, Air: Adieu, Thou Lovely Youth (Mandane)
6. Artaxerxes: Act 1, Recit: O Cruel Parting! (Mandane)
7. Artaxerxes: Act 1, Air: Amid A Thousand Racking Woes (Arbaces)
8. Artaxerxes: Act 1, Recit: Be Firm My Heart (Artabanes)
9. Artaxerxes: Act 1, Air: Behold, On Lethe’s Dismal Strand (Artabanes)
10. Artaxerxes: Act 1, Recit: Stay, Artaxerxes, Stay (Semira)
11. Artaxerxes: Act 1, Air: Fair Semira, Lovely Maid (Artaxerxes)
12. Artaxerxes: Act 1, Recit: I Fear Some Dread Disaster (Semira)
13. Artaxerxes: Act 1, Air: When Real Joys We Miss (Rimenes)
14. Artaxerxes: Act 1, Recit: Ye Gods, Protectors Of The Persian Empire (Semira)
15. Artaxerxes: Act 1, Air: How Hard Is The Fate (Semira)
16. Artaxerxes: Act 1, Recit: Where Do I Fly? (Mandane)
17. Artaxerxes: Act 1, Air: Thy Father! Away, I Renounce The Soft Claim (Artabanes)
18. Artaxerxes: Act 1, Recit: Ye Cruel Gods, What Crime Have I Committed? (Arbaces)
19. Artaxerxes: Act 1, Air: Acquit Thee Of This Foul Offence (Semira)
20. Artaxerxes: Act 1, Recit: Appearance, I Must Own, Is Strong Against Me (Arbaces)
21. Artaxerxes: Act 1, Air: O Too Lovely, Too Unkind (Arbaces)
22. Artaxerxes: Act 1, Recit (Accomp): Dear And Beloved Shade Of My Dead Father (Mandane)
23. Artaxerxes: Act 1, Air: Fly, Soft Ideas, Fly (Mandane)
24. Artaxerxes: Act 2, Recit: Guards, Speed Ye To The Tower (Artaxerxes)
25. Artaxerxes: Act 2, Air: In Infancy, Our Hopes An Fears (Artaxerxes)
26. Artaxerxes: Act 2, Recit: So Far My Great Resolve Succeeds (Artabanes)
27. Artaxerxes: Act 2, Air: Disdainful You Fly Me (Arbaces)
28. Artaxerxes: Act 2, Recit: Why, My Dear Friend, So Pensive, So Inactive? (Rimenes)
29. Artaxerxes: Act 2, Air: To Sigh And Complain (Rimenes)
30. Artaxerxes: Act 2, Recit: How Many Links To Dire Misfortune’s Chain! (Semira)
31. Artaxerxes: Act 2, Air: If O’er The Cruel Tyrant Love (Mandane)
32. Artaxerxes: Act 2, Recit: Which Fatal Evil Shall I First Oppose? (Semira)
33. Artaxerxes: Act 2, Air: If The River’s Swelling Waves (Semira)
Disc: 2
1. Artaxerxes: Act 2, Recit: Ye Solid Pillars Of The Persian Empire (Artaxerxes)
2. Artaxerxes: Act 2, Air: By That Belov’d Embrace (Arbaces)
3. Artaxerxes: Act 2, Recit: Ah Me! At Poor Arbaces Parting (Mandane)
4. Artaxerxes: Act 2, Air: Monster, Away! (Mandane)
5. Artaxerxes: Act 2, Recit: See, Lov’d Semira! (Artaxerxes)
6. Artaxerxes: Act 2, Air: Thou, Like The Glorious Sun (Artabanes)
7. Artaxerxes: Act 3, Arietta: Why Is Death For Ever Late (Arbaces)
8. Artaxerxes: Act 3, Recit: Arbaces! (Artaxerxes)
9. Artaxerxes: Act 3, Air: Water Parted From The Sea (Arbaces)
10. Artaxerxes: Act 3, Recit: That Front, Secure In Conscious Innocence (Artaxerxes)
11. Artaxerxes: Act 3, Air: Tho’ Oft A Cloud, With Envious Shade (Artaxerxes)
12. Artaxerxes: Act 3, Recit: My Son, Arbaces – Where Art Thou Retir’d? (Artabanes)
13. Artaxerxes: Act 3, Air: O Let The Danger Of A Son (Rimenes)
14. Artaxerxes: Act 3, Recit (Accomp): Ye Adverse Gods! (Artabanes)
15. Artaxerxes: Act 3, Air: O, Much Lov’d Son, If Death (Artabanes)
16. Artaxerxes: Act 3, Recit: Perhaps The King Releas’d Arbaces (Mandane)
17. Artaxerxes: Act 3, Air: Let Not Rage Thy Bosom Firing (Mandane)
18. Artaxerxes: Act 3, Recit: What Have I Done! Alas, I Vainly Thought (Semira)
19. Artaxerxes: Act 3, Air: ‘Tis Not True, That In Our Grief (Semira)
20. Artaxerxes: Act 3, Recit: Nor Here My Searching Eyes Can Find Mandane (Arbaces)
21. Artaxerxes: Act 3, Duetto: For Thee I Live, My Dearest (Arbaces, Mandane)
22. Artaxerxes: Act 3, Recit: To You, My People, Much Belov’d, I Offer (Artaxerxes)
23. Artaxerxes: Act 3, Air: The Soldier, Tir’d Of War’s Alarms (Mandane)
24. Artaxerxes: Act 3, Recit: Behold My King, Arbaces At Thy Feet (Arbaces)
25. Artaxerxes: Act 3, Chorus: Live To Us, To Empire Live

Artaxerxes – CHRISTOPHER ROBSON countertenor
Arrabanes – IAN PARTRIDGE tenor
Arbaces – PATRICIA SPENCE mezzo soprano
Rimenes – RICHARD EDGAR-WILSON tenor
Mandane – CATHERINE BOTT soprano
Semira – PHILIPPA HYDE soprano
Chorus – COLIN CAMPBELL, CHARLES GIBBS bass

THE PARLEY OF INSTRUMENTS
ROY GOODMAN conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

E daí, magrão?
E daí, magrão?

PQP

Thomas Arne (1710-1787): Six Favourite Concertos

Thomas Arne (1710-1787): Six Favourite Concertos


Para variar, mais um CD sensacional da Hyperion, desta vez sobre o grande Thomas Arne, compositor obscuro mas do qual gosto muito. Arne é um sujeito inventivo e que merece o foco da gravadora e os registros luxuosos (e respeitosos) da The Parley of Instruments Baroque Orchestra. Sua música é espalhafatosa, surpreendente e, bem, ele tem problemas para combinar o som delicado do cravo com sua super instrumentação. Mas isso é motivo de risadas e prazer para nós, ouvintes.

Sir Thomas Augustine Arne foi um compositor de óperas — já postamos a sensacional Artaxerxes, de sua autoria — , violinista e tecladista britânico.

Foi um prolífico compositor de música para palco, importante figura no teatro Inglês do século XVIII é considerado o catalisador para a revitalização da ópera no início dos anos 1730. Arne foi o único compositor inglês nativo de seu tempo capaz de competir com sucesso com compositores como Georg Friedrich Handel, que monopolizava a cena musical britânica durante o século XVIII.

Divirtam-se.

Thomas Arne (1710-1787): Six Favourite Concertos

Harpsichord Concerto in C major
1 Movement 1: Largo ma con spirito [1’06]
2 Movement 2: Andante [4’57]
3 Movement 3: Allegro [2’13]
4 Movement 4: Minuetto [5’08]

Paul Nicholson (harpsichord)

Organ Concerto in G najor
5 Movement 1: Allegro [4’26]
6 Movement 2: Slow [1’00]
7 Movement 3: Moderato [0’41]
8 Movement 4: Allegro [2’15]
9 Movement 5: Giga. Allegro con spirito [3’07]

Paul Nicholson (organ)

Piano Concerto in A major
10 Movement 1: Con spirito [6’13]
11 Movement 2: Con spirito [2’04]
12 Movement 3: Minuetto [3’14]
13 Movement 4: Moderato [5’02]

Paul Nicholson (piano)

Organ Concerto in B flat major
14 Movement 1: Largo, ma con spirito [5’51]
15 Movement 2: Minuetto [2’19]
16 Movement 3: Giga. Moderato [3’13]

Paul Nicholson (organ)

Harpsichord Concerto in G minor
17 Movement 1: Largo [2’21]
18 Movement 2: Allegro spirito [3’39]
19 Movement 3: Adagio [1’19]
20 Movement 4: Vivace [4’39]

Paul Nicholson (harpsichord)

Piano Concerto in B flat major
21 Movement 1: Allegro moderato [6’12]
22 Movement 2: Largo – Veloce [1’58]
23 Movement 3: Allegro [1’25]Paul Nicholson (piano)
24 Movement 4: Minuetto [2’14]

Paul Nicholson (piano)

The Parley of Instruments Baroque Orchestra
Paul Nicholson

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

O excelente pessoal do Parley
O excelente pessoal do Parley

PQP

.: Interlúdio :. Stolen From Strangers

.: Interlúdio :. Stolen From Strangers

  • Repost de 31 de Janeiro de 2016

Aqui não tem eufemismo, paenas uma bela metáfora. Roubado de estranhos (ou estrangeiros), é um álbum onde o compositor Jun Miyake “rouba” referências, estilos, palavras, artistas, etc. das mais diferentes culturas e povos pelo mundo. Mas não se preocupe, não vira uma salada, mas sim uma das mais belas homenagens à pluralidade de culturas que alguém já fez.

A linguagem é o mote deste álbum. A linguagem oral é impecavelmente explorada na sua máxima beleza (o canto) e é mesclada com outras formas de linguagem: a musical e a escrita. Quero dizer, é quase como uma linguagem assumisse a forma da outra. É tudo muito poético, lírico e musical.

Podemos sentir entre uma faixa e outra as referências de Jun Myiake: o jazz, a bossa nova, a banda sinfônica, o samba, o folk eslavo, etc. São referências demais que eu mal consigo captar.

Para os amantes e conhecedores de diversas culturas — que sei que povoam esse blog em abundância — este álbum é um tesouro. Vamos desde um belíssimo poema em português cantado com o português brasileiro de Arto Lidsay, até para uma faixa onde ouvimos um búlgaro cantado por um coral que acompanha uma leve guinada à música árabe.

O álbum termina com a cultura do próprio compositor, a japonesa, e nos brinda com uma leve nostalgia do tipo que sentimos ao ver um pôr-do-sol. Sim, ótima ideia, termine de ouvir esse álbum assistindo a beleza nostálgica de um crepúsculo.

Jun Miyake (1958): Stolen From Strangers

01 Alviverde

02 O FIM

03 tHe heRe aNd afTer

04 Turn Back

05 abandon sight

06 Le Voyage Solitaire

07 Easturn

08 Le mec dans un train

09 est-ce que tu peux me voir?

10 Outros Escuros

11 Overture ~ but the rainbow is so far away

12 Niji wa Tohku

Arto Lindsay
Lisa Papineau
Vinicius Cantuaria
Dhafer Youssef
Arthur H.
Bulgarian Symphony Orchestra
Bulgarian Choir
Deyan Pavlov, conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Jun Miyake por Jean-Paul Goude.
Jun Miyake por Jean-Paul Goude.

Luke

Brahms, Rachmaninov, Schubert, Ravel: Martha Argerich & Nelson Freire — Salzburg

Brahms, Rachmaninov, Schubert, Ravel: Martha Argerich & Nelson Freire — Salzburg

argerich-freireIM-PER_DÍ-VEL !!!

Um CD perfeito, impecável. Registro ao vivo do concerto apresentado pelos pianistas no Festival de Salzburgo em 2009, este Salzburg é uma enorme demonstração não apenas de talento, mas da integração entre dois artistas de primeiríssima linha. Argerich e Freire são grandes amigos, talvez mais do que isso, e têm há anos estas peças em seu repertório. Apresentaram-nas em Porto Alegre faz uns oito anos e, quando dos autógrafos, levei um vinil com parte daquele repertório gravado pelos dois. A capa (abaixo) era quente, com Martha e Nélson encarando-se como se fossem se atirar um sobre o outro. Martha olhou a capa, pôs a mão sobre a boca, olhou para mim, olhou para a capa e escreveu algo assim: “Mira, yo no era la bruja que soy hoy!”. Me entregou o disco com um enorme sorriso e perguntou se eu tinha gostado do concerto. Respondi com a obviedade esperada. Li a dedicatória. Gaguejei, mas saiu alguma coisa como “Imagina, tu não és e nunca serás uma bruxa!”. Ao lado, Freire leu a dedicatória de Martha, sorriu e apenas assinou ao lado. Tenho o disco até hoje, claro, é uma das minhas poucas relíquias.

A tal capa está no final do post.

Brahms, Rachmaninov, Schubert, Ravel: Martha Argerich & Nelson Freire — Salzburg

Johannes Brahms (1833-1897) — Variations on a Theme by Haydn, ‘St Antoni Chorale’, Op. 56b
1. Variations On A Theme By Haydn,”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Chorale St. Antoni: Andante 2:01
2. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. I: Andante Con Moto (Poco Più Animato) 1:01
3. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. II: Più Vivace 0:57
4. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. III: Con Moto 1:45
5. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. IV: Andante Con Moto 1:45
6. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. V: Poco Presto (Vivace) 0:53
7. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. VI: Vivace 1:15
8. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. VII: Grazioso Martha Argerich 2:47
9. Variations On A Theme By Haydn, “St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. VIII: Poco Presto 0:49
10. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Finale: Andante 3:55

Sergei Rachmaninov (1873-1943) — Symphonic Dances, Op. 45
11. Symphonic Dances, Op.45 – Two Pianos – 1. Non Allegro 11:17
12. Symphonic Dances, Op.45 – Two Pianos – 2. Andante Con Moto (Tempo Di Valse) 8:11
13. Symphonic Dances, Op.45 – Two Pianos – 3. Lento Assai – Allegro Vivace 12:30

Franz Schubert (1797-1828) — Rondo for Piano 4 hands in A major, D 951 “Grand Rondo”
14. Grand Rondeau In A Major, D 951 – Allegretto Quasi Andantino 11:10

Maurice Ravel (1875-1937) — La valse
15. La Valse – Poème Choréographique – La Valse – Poème Choréographique 12:09

Martha Argerich e Nélson Freire, pianos

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Quente.
Quente.

PQP

Thomas Arne (1710-1778): Eight Overtures

Thomas Arne (1710-1778): Eight Overtures

Este é aquele CD que chamo de consistente. Ele cumpre sua função. São 8 boas aberturas barrocas, bem alegres e brilhantes. A interpretação é estupenda. Hogwood não erra nunca. Mas não passa disso. Aqui, Arne não “magica”, não é original, torna-se tão previsível quanto as críticas de Veja à quaisquer esquerdas, mesmo a mais débil. Faz mais ou menos uma semana, ouvi o disco com prazer. Passadas duas horas, já tinha esquecido dele. Entenderam?

Thomas Arne (1710-1778): Eight Overtures

1. Overture No.3 in G 5:07
2. Overture No.1 in E minor 8:06
3. Overture No.2 in A major 6:19
4. Overture No.4 in F major 7:11
5. Overture No.5 in D major 7:08
6. Overture No.6 in B flat major 6:25
7. Overture No.7 in D major 6:13
8. Overture No.8 in G minor 9:05

Academy of Ancient Music
Christopher Hogwood

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Thomas Arne: já vi homens mais bonitos
Thomas Arne: já vi homens mais bonitos

PQP

Osvaldo Golijov (1960): The dreams and Prayers of Isaac the Blind – Sofia Gubaidulina (1931): Quartet No. 4 – Franghiz Ali-Zadeh (1947): Mugam Sayagi – Kronos Quartet: 25 anos [5/10]

Osvaldo Golijov (1960): The dreams and Prayers of Isaac the Blind – Sofia Gubaidulina (1931): Quartet No. 4 – Franghiz Ali-Zadeh (1947): Mugam Sayagi – Kronos Quartet: 25 anos [5/10]

cover (2)

  • Repost de 21 de Janeiro de 2016

Até agora esse é o melhor álbum da coleção. Três compositores bem exóticos, Osvaldo Golijov da Argentina, Sofia Gubaidulina da Rússia e Franghiz Ali-Zadeh, compositora nascida no Azerbaijão.

A obra que mais gostei foi a de Golijov. Coincidentemente estava ouvindo um CD do Piazzolla antes de ouvi-lo. Não se enganem, a música deles nada se assemelham.

A música de Golijov, talvez por sua família ser emigrada da Romênia e serem judeus, possui uma forte identidade oriental, mais exatamente árabe/hebraica. Claro, essa foi a primeira e única música que ouvi dele, talvez ele não siga essa tendência em outras obras, mas o que podemos sentir aqui é intensamente prazeroso de tão exótico.

Depois temos Sofia Gubaidulina, num quarteto arrasador que de forma muito interessante, usa gravações do próprio quarteto executante durante a execução. É quase um trio de quartetos feito pelo mesmo quarteto. Duas “execuções”, não da mesma música, mas de outras partes da música são gravadas, enquanto a terceira é executada ao vivo. É claro que aqui não vai fazer diferença, já que ouviremos tudo gravado. De qualquer forma, o Kronos Quartet, como lhes é de costume, executa essa dificílima obra com maestria.

Por fim temos a compositora Franghiz Ali-Zadeh, com a obra Mugam Sayagi. “No estilo de mugam” (tradução literal de mugam sayagi) é uma tentativa bem sucedida da compositora de trazer elementos da cultura musical de seu país e ao mesmo tempo fazer música avant-garde.

Sobre este álbum eu resumiria dizendo que é o tipo de música que dá vontade de sair distribuindo por aí para mostrar como que a música contemporânea é boa e consegue ser muito mais interessante que alguns clássicos.

Semana que vem trarei o sexto álbum da coleção com Henryk Górecki, e o sétimo álbum com Steve Reich e George Crumb.

25 Years of the Kronos Quartet [BOX SET 5/10]

Osvaldo Golijov (1960):

The dreams and Prayers of Isaac the Blind
01 Prelude
02 I. Agitato – Con fuoco – Maestoso – Senza misura, oscilante
03 II. Teneramente – Ruvido – Presto
04 III. Calmo, sospeso – Allego pesante
05. Postlude: Lento, liberamente

Sofia Gubaidulina (1931):

06 Quartet No. 4

Franghiz Ali-Zadeh (1947):

07 Mugam Sayagi

Kronos Quartet:
David Harrington, violin
John Sherba, violin
Hank Dutt, viola
Joan Jeanrenaud, cello

David Krakauer, clarinet, bass clarinet, basset horn

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Kronos Quartet no barzinho tomando uma água pra comemorar a entrada de Sunny Yang como nova violoncelista do time em 2013.
Kronos Quartet no barzinho tomando uma água pra comemorar a entrada de Sunny Yang como nova violoncelista do time em 2013.

Luke

Anton Arensky (1861-1906): Trio para Piano, Violino e Cello, Op. 32 / Rimsky-Korsakov (1844-1908): Quinteto para Piano, Flauta, Clarinete, Trompa e Fagote (1876)

Anton Arensky (1861-1906): Trio para Piano, Violino e Cello, Op. 32 / Rimsky-Korsakov (1844-1908): Quinteto para Piano, Flauta, Clarinete, Trompa e Fagote (1876)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Certa vez, um comentarista do PQP Bach escreveu:

— O PQP Bach fez sua primeira postagem no dia 15 de novembro de 2006 com Korsakov e Arensky? Hahahahaha, que absurdo!

Ah, é? Então façam o seguinte: ouçam agora o primeiro CD postado no blog e depois falem comigo. Tá bom?

Anton Arensky: Trio para Piano, Violino e Cello, Op. 32

1 Allegro moderato 12:16
2 Scherzo – Allegro molto 6:01
3 Elegia – Adagio 7:17
4 Finale – Allegro non troppo 5:57

Rimsky-Korsakov: Quinteto para Piano, Flauta, Clarinete, Trompa e Fagote (1876)

1 Allegro con brio 10:40
2 Andante – Fughetta – Andante 10:17
3 Rondo – Allegretto 8:54

Nash Ensemble of London

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Rimsky-Korsakov: vocês queriam um russo do século XIX sem barba?
Rimsky-Korsakov: vocês queriam um russo do século XIX sem barba?

PQP

Anton Arensky (1861-1906): Trio Nº 1, Op. 32

Anton Arensky (1861-1906): Trio Nº 1, Op. 32

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Como sou uma pessoa original, gosto dos argentinos, principalmente quando o assunto não é futebol. Mas em 2008 certo blog hermano resolveu postar apenas o Trio Nº 1 de Arensky. O segundo não interessa. OK, interessa muito pouco, mas… Qual é a deles? Postar um CD pela metade!?!?

Pois em verdade vos digo que o Trio Nº 1 de Arensky é uma obra-prima como poucas. Ele é daqueles compositores de apenas uma obra, mas QUE OBRA, senhores. FDP BACH IRÁ ADORAR a elegância do romantismo impecável deste russo que morreu jovem sob os efeitos da bebida, deixando credores em todas as mesas de jogos de São Petersburgo, Moscou e Helsinki. Francamente, Anton!

A interpretação do Beaux Arts é um capítulo à parte, sendo este tão perfeito que nem ouso falar a respeito.

Arensky: Trio No. 1 In D, Op. 32

1. Allegro Moderato – Adagio 12:41
2. Scherzo, Allegro Molto 6:05
3. Elegia, Adagio 6:47
4. Finale. Allegro Non Troppo – Adagio – Allegro Molto 6:05

Beaux Arts Trio, Menahem Pressler, Piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Bebum: Anton Arensky por volta de 1904
Bebum: Anton Arensky por volta de 1904

PQP

Alban Berg (1885-1935) e Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concertos para Violino

Alban Berg (1885-1935) e Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concertos para Violino

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Muito bom CD. São dois lindíssimos concertos, interpretados magnificamente por Arabella Steinbacher. O de Berg é uma homenagem póstuma a Manon Gropius, filha de Alma Mahler e Walter Gropius, morta na adolescência (não conferi), e recebeu a alcunha de “À Memória de um Anjo”. O de Beethoven é uma das referências do gênero, talvez a maior delas. A junção é estranha, mas compreensível. O critério foi a qualidade e o bom gosto de alguém, provavelmente de Arabella. Ela e a orquestra de Colônia fazem um esplêndido trabalho que todo pequepiano deve conferir. Com interpretações de rara sensibilidade, Arabella dá um show no Larghetto do Concerto de Beethoven.

Alban Berg (1885-1935) e Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concertos para Violino

Berg
1.1 Violin Concerto: Andante – Allegretto
1.2. Violin Concerto: Allegro – Adagio

Beethoven
3.1. Violin Concerto in D major, Op. 61: Allegro ma non troppo
4.2.Violin Concerto in D major, Op. 61: Larghetto
5.3 Violin Concerto in D major, Op. 61: Rondo: Allegro

Arabella Steinbacher, violino
WDR Symphony Orchestra, Colonia
Andris Nelsons

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Arabella Steinbacher
Arabella Steinbacher

PQP

Arcangelo Corelli (1653-1713): The Complete Concerto Grossi Op.6 (I Musici)

Arcangelo Corelli (1653-1713): The Complete Concerto Grossi Op.6 (I Musici)

Este é o tipo de gravação histórica que faz a alegria de F.D.P. Bach. Este registro do I Musici data de 1966. Os 12 Concerti Grossi, Op.6, são uma coleção concertos escritos por Arcangelo Corelli, organizados para publicação em 1708. Aqui estão alguns dos melhores exemplos do estilo barroco. Os Concerti Grossi são Concertos para um grupo concertino de dois violinos e violoncelo e um grupo ripieno de 2 violinos, violoncelo e contínuo. Os primeiros oito são da chiesa enquanto que os quatro últimos são da camera.

Arcangelo Corelli (1653-1713): The Complete Concerto Grossi Op.6 (I Musici)

01. No.1 in D – Largo – Allegro (2:51)
02. No.1 in D – Largo Allegro (3:33)
03. No.1 in D – Largo (3:44)
04. No.1 in D – Allegro (1:51)
05. No.1 in D – Allegro (2:17)
06. No.2 in F – Vivace – Allegro – Adagio – Vivace – Allegro – Largo andante (4:31)
07. No.2 in F – Allegro (1:54)
08. No.2 in F – Grave – Andante largo (1:58)
09. No.2 in F – Allegro (2:20)
10. No.3 in C minor – Largo (2:16)
11. No.3 in C minor – Allegro (2:25)
12. No.3 in C minor – Grave (2:07)
13. No.3 in C minor – Vivace (2:25)
14. No.3 in C minor – Allegro (2:43)
15. No.4 in D – Adagio – Allegro (3:35)
16. No.4 in D – Adagio (2:11)
17. No.4 in D – Vivace (1:09)
18. No.4 in D – Allegro (2:44)
19. No.4 in D – Allegro (0:49)
20. No.5 in B flat – Adagio – Allegro (3:32)
21. No.5 in B flat – Adagio (2:05)
22. No.5 in B flat – Allegro (2:09)
23. No.5 in B flat – Largo (1:08)
24. No.5 in B flat – Allegro (2:36)
25. No.6 in F – Adagio (1:59)
26. No.6 in F – Allegro (2:04)
27. No.6 in F – Largo (4:24)
28. No.6 in F – Vivace (2:19)
29. No.6 in F – Allegro (3:23)

01. No.7 in D – Vivace – Allegro – Adagio (2:52)
02. No.7 in D – Allegro (2:01)
03. No.7 in D – Andante largo (3:22)
04. No.7 in D – Allegro (1:15)
05. No.7 in D – Vivace (1:23)
06. No.8 in G minor – Vivace – Grave (1:58)
07. No.8 in G minor – Allegro (2:35)
08. No.8 in G minor – Adagio – Allegro – Adagio (3:35)
09. No.8 in G minor – Vivace (1:21)
10. No.8 in G minor – Allegro (2:31)
11. No.8 in G minor – Pastorale – Largo (4:32)
12. No.9 in F – Preludio. Largo (1:41)
13. No.9 in F – Allemanda. Allegro (2:57)
14. No.9 in F – Corrente. Vivace (1:53)
15. No.9 in F – Gavotta. Allegro (1:05)
16. No.9 in F – Adagio (1:04)
17. No.9 in F – Minuetto. Vivace (2:03)
18. No.10 in C – Preludio. Andante largo (2:37)
19. No.10 in C – Allemanda. Allegro (3:00)
20. No.10 in C – Adagio (1:16)
21. No.10 in C – Corrente. Vivace (2:54)
22. No.10 in C – Allegro (3:08)
23. No.10 in C – Minuetto. Vivace (1:55)
24. No.11 in B flat – Preludio. Andante largo (2:37)
25. No.11 in B flat – Allemanda. Allegro (2:54)
26. No.11 in B flat – Adagio – Andante largo (2:22)
27. No.11 in B flat – Sarabanda. Largo (1:35)
28. No.11 in B flat – Giga. Vivace (1:27)
29. No.12 in F – Preludio. Adagio (2:31)
30. No.12 in F – Allegro (2:40)
31. No.12 in F – Adagio (2:25)
32. No.12 in F – Sarabanda. Vivace (1:09)
33. No.12 in F – Giga. Allegro (3:08)

Felix Ayo & Arnaldo apostoli: violins
Enzo Altobelli: violoncello
Maria Teresa Garatti: harsipchord
I Musici

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Corelli: super-talento barroco
Corelli: super-talento barroco

PQP

Morton Feldman (1926-1987): Piano and string quartet – Philip Glass (1937): Quartetos 2, 3, 4 e 5 – Kronos Quartet: 25 anos [3 e 4/10]

Morton Feldman (1926-1987): Piano and string quartet – Philip Glass (1937): Quartetos 2, 3, 4 e 5 – Kronos Quartet: 25 anos [3 e 4/10]

  • Repost de 14 de Janeiro de 2016

Hoje temos aqui dois compositores estadunidenses, Morton Feldman e Philip Glass, que na coleção de 10 CDs dos 25 anos do Kronos Quartet ganharam um CD inteiro cada um.

Morton Feldman eu conheço pouco e acredito que o post que o PQP fez com essa mesma gravação já tenha dito bastante sobre a obra Piano and String Quartet.

cover (2)
Já de Philip Glass eu diria que sua música é mais empolgante. A música de Feldman, por estar recheada de ideias, lhe falta espírito (no sentido sentimental do termo). Não é uma música que conquista facilmente, é boa para fazer pensar, mas não tanto para sentir. Já em Philip Glass podemos apreciar os acordes repetitivos e pouco criativos, embora cativantes.

Uns dizem que Glass teve um bom debut mas que aos poucos foi caindo de nível, talvez por suas numerosas colaborações com artistas populares. Mas se até Pavarotti deu dessas, porque Glass seria apedrejado por isso? E por que isso seria condenável? Nunca cheguei a conhecer sua música em profundidade. Além dos quartetos presentes aqui – os quais apreciei bastante, principalmente o 3 e o 5 – já ouvi a ópera Akhnaten e o segundo concerto para violino, e todas essas obras eu gostei. Glass não se diz um minimalista, mas sem medo podemos dizer que sua música possui elementos da mesma. Atualmente ele se considera um neoclássico, e pode até ser, mas não seria um neoclassico ao nível do que foi Stravinsky em sua segunda fase por exemplo. O que podemos dizer com certeza é que dos compositores contemporâneos, por seus erros ou falhas, ele influenciou muita gente, e consegue atrair muita gente a procurar por mais música contemporânea também.

Na próxima semana trarei o quinto álbum da coleção com Osvaldo Golijov, Sofia Gubaidulina e Franghiz Ali-Zadeh.

25 Years of the Kronos Quartet [BOX SET: disc 3 and 4/10]

CD 3

Morton Feldman (1926-1987): 

01 Piano and String Quartet

Kronos Quartet
Aki Takahashi, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 4

Philip Glass (1937):14

Quartet No. 4
01 I
02 II
03 III

Mishima Quartet, Quartet No. 3
04 1. 1957 – Award Montage
05 2. November 25 – Ichigaya
06 3. 1934 – Grandmother and Kimitake
07 4. 1962 – Body Building
08 5. Blood Oath
09 6. Mishima Closing

Company, Quartet No. 2
10 I
11 II
12 III
13 IV

Quartet No. 5
14 I
15 II
16 III
17 IV
18 V

Kronos Quartet:
David Harrington, violin
John Sherba, violin
Hank Dutt, viola
Joan Jeanrenaud, cello
Aki Takahashi, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Terceira formação do Kronos Quartet. John Sherba (violino), Jeffrey Zeigler (cello), David Harrington (violino), Hank Dutt (viola)
Terceira formação do Kronos Quartet a partir de 2005. Com Jeffrey Zeigler no violoncelo.

Luke