Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Bandolim e Alaúde

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Provavelmente, este CD servirá tanto aos habituais degustadores da música erudita, como àqueles que recém dão seus primeiros passos dentro deste espaço às vezes pantanoso. A interpretação com instrumentos originais garante boa dose de fruição aos conhecedores de um dos repertórios mais belos que existem. Só que, puxa, eu, aos 57 anos, quase não aguento mais ouvir estes concertos. Ouvi demais! Mas eles fazem e sempre farão parte de quaisquer discotecas básicas. Daqui é que se parte para voos mais longos. A L’ Arte dell’Arco é um tremendo conjunto, daqueles que valorizam cada nota.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Bandolim e Alaúde

Concerto for 2 Mandolins in G Major, RV 532
1 I. Allegro 03:54
2 II. Andante 04:21
3 III. Allegro 03:32

Mandolin Concerto in C Major, RV 425
4 I. Allegro 02:38
5 II. Largo 03:18
6 III. Allegro 02:12

Trio Sonata in G Minor, RV 85
7 I. Andante molto 04:02
8 II. Larghetto 03:01
9 III. Allegro 01:51

Chamber Concerto in D Major, RV 93
10 I. Allegro 03:29
11 II. Largo 04:11
12 III. Allegro 02:11

Trio Sonata in C Major, RV 82
13 I. Allegro non molto 04:06
14 II. Larghetto lento 03:03
15 III. Allegro 01:58

Concerto for Viola d’amore and Lute in D Minor, RV 540
16 I. Allegro 05:21
17 II. Largo 03:01
18 III. Allegro 03:32

Harpsichord Concerto in A Major, RV 780
19 I. Allegro 03:43
20 II. Andante 02:10
21 III. Allegro 03:10

L’ Arte dell’Arco Ensemble
Federico Guglielmo Conductor

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A L' Arte dell'Arco de Federico Guglielmo
A L’ Arte dell’Arco de Federico Guglielmo

PQP

11 comments / Add your comment below

  1. Realmente imperdível e indispensável.
    É meu pensamento, também com 57 anos, que a iniciação de novo público na Música Erudita deva fazer-se com cuidado. Acredito que, para um músico, qualquer sinfonia de Beethoven seja um assombro. Eu não sou músico, sou só ouvinte. Ouvi várias vezes todas as sinfonias de Beethoven ( e até vi apresentações televisadas), mas só consigo gostar da 5ª e da 6ª. Só quero deixar claro que não sou um ouvinte difícil para Música (antes de postagens de vários blogs eruditos eu já comprara quase 100 cds e, antes, quase 200 lps eruditos). Então, minha opinião pode ser definida como de leigo conhecedor. Em determinado momento da fase lp, vi uma lista de
    “discoteca erudita indispensável” do Almanaque Abril. É claro que as 9 de Beethoven estavam lá. Tudo bem. Devia haver uma lista de “discoteca erudita indispensável para o iniciante-que-não-é-músico-mas-apenas-ouvinte com garantia-de-que-se-ele-gosta-de-Música-irá-gostar-destas-Eruditas”.
    Não creio que seja pretensão minha. Quando eu iniciei, ouvi muita coisa chata e muita coisa espetacular (numa rádio estatal). Eu ia listando o que gostava, mas eu era interessado em Música. Imagino quem tenha um pouco menos de interesse. Logo desiste e passa o resto da vida renegando
    a Música… e perdendo a melhor “decoração da alma”.

  2. Como é possível ouvir demais música tão acessível? De qualquer forma, como eu tenho apenas 56 anos, é possível que o fenômeno de muito Vivaldi ainda não tenha se manifestado na minha pessoa…

    Quanto ao RK e as sinfonias de Beethoven, é possível que ele ainda não tenha encontrado aquela gravação das outras sinfonias que lhe abriram os caminhos para os gostares. Há tantas gravações das obras de Beethoven e tantas linhas de interpretação que é necessário um pouco de exercício para descobrir o que há realmente de melhor (lembremos que gosto é gosto). Só para ficar no absolutamente estabelecido, como comparar as interpretações de Bruno Walter, Klemperer, Furtwängler e Toscanini? Isso para não levarmos em conta Karajan, Bernstein, Abbado (tão recentemente ido) e mais umas dúzias?
    Eu, por exemplo, “descobri” a quarta sinfonia numa gravação feita ao vivo com a orquestra de Munique regida pelo Carlos Kleiber, no selo Orfeo.

    Symphony 4 Beethoven Kleiber Bavarian State Orchestra Orfeo

    Quem ouvir, entenderá…

    Abraços

    Mário Olivero

    1. É verdade que diferentes intérpretes conseguem diferentes resultados com a mesma obra. Agradeço pela sugestão. No entanto, meu discurso não foi egoísta, ou seja, no contexto não há queixa de minha limitação. No ponto que estou, já fiz muitas escolhas de interpretações. Só quis defender quem começa a ouvir Música e pega uma peça difícil. Não terá paciência de ouvir outro intérprete. Eu defendia uma lista de obras que não dependessem de interpretação ou mesmo de perfeito registro de timbre na gravação. Obras tão atraentes que mesmo tocadas pela “orquestra sinfônica da esquina do beco com a ladeira” mostrassem valor a leigo que se iniciasse nesse tipo de audição. Na música popular também é assim. “Tico-tico no fubá” é atraente mesmo tocada pelo sanfoneiro da praça.

      1. Legal essa discusão. Mesmo pra mim, que só tenho 12 anos.

        Acho que não dá muito pra saber quando a gente vai ou não gostar. Mas quando o ouvido se surpreende com um som novo, é ou não é a melhor coisa do mundo? Parece que a gente vai pro céu. Às vezes é por isso que a gente corre tanto atrás das gravações.

        Depois, o tempo passa e a gente é capaz de enjoar até das peças que um dia chegaram perto de te fazer outra pessoa.

        E no fim, o interessante da discussão de vocês é esse exercício de assumir o ponto de vista de outra pessoa, que nunca vivenciou esses momentos com a música, e imaginar quais as peças que podem tocá-la dessa mesma forma. É porque a música é bela demais pra gente querer ouvir sozinho.

        Enfim, faz alguns anos que acompanho o blog do PQP e todos os demais, mas nunca mandei um abraço pelos comentários. Parabéns. Vocês são fantásticos. Obrigado mesmo.

  3. Interessante o assunto “iniciação de leigos na música erudita”. Eu tenho 41 anos, ouço música e coleciono gravações desde os 14. Durante muitos anos sempre refleti sobre a minha própria iniciação musical, e, volta e meia, tenho que pensar sobre como ajudar amigos que se interessam por música clássica mas, perdidos, me pedem dicas de por onde começar.
    Comecei ouvindo música pelas gravações em fitas K7 da coleção Clássica, que saía nas bancas de jornal no fim dos anos 1980. A coleção trazia 4 fitas para cada compositor, focando inicialmente nos grandes nomes: Beethoven, Mozart, Chopin, Vivaldi, Tchaikovsky, Bach, Schubert, Schumann, Handel, Brahms… Apenas 4 fitas para cada um era uma introdução pequena, mas marcante, que despertava uma grande curiosidade de ouvir mais. Recentemente um amigo me pediu para que eu o guiasse com sugestões, e estou seguindo essa mesma sequência da antiga coleção.
    Fiquei curioso para ouvir histórias sobre as experiências dos visitantes deste blog quanto a isso!

  4. Muito bem, RK, entendi seu ponto de vista e concordo com ele. Eu comecei meu aprendizado com os antigos discos (de vinil) comprados nas bancas… aqueles de capas brancas (ou amarelas… ), da Abril Cultural. Foi ali que ouvi alguns dos Brandemburgos, a quinta (com Klemperer) de Beethoven, o Concerto para Clarinete de Mozart.
    Uma olhada naqueles títulos já daria uma bom início para a sua proposta de lista.
    Falando nisto, há uma lista interessante de obras, colocadas em ordem cronológica, no livro do Otto Maria Carpaux… Essa lista é mais detalhada, mas é muito interessante.
    Abraços!
    Mário

  5. Vocês devem ter algum pacto com o demônio, porque há uma semana eu me apaixonei por Vivaldi, e do nada, vocês trouxeram uma enxurrada de obras dele!

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