Richard Strauss – Don Juan, Op.20, Death And Transfiguration Op.24 ,Salome, op. 54 Salome’s Dance of the Seven Veils, Concert Suite from Der Rosenkavalier – Maazel, NYPO

coverEm um programa dedicado a Richard Strauss, Lorin Maazel nos traz frente a New York Philharmonic uma interpretação segura, sem grandes arroubos, discreta mas honesta. Sempre gostei da presença deste ótimo maestro norte americano frente a orquestra. Tinha uma pose clássica, econômica de gestos, porém muito era expressivo. Procurem vídeos dele no Youtube para entenderem o que falo. Um simples sorriso para o instrumentista bastava para este entender que era o seu momento, ou com um arquejar de sobrancelhas ele indicava o momento exato dos tímpanos rufarem.
Gosto muito de Richard Strauss, já ouvi muito seus poemas sinfônicos, com diversos regentes e orquestras. Meu maestro favorito para estas obras sempre será Herbert von Karajan, o considero imbatível neste repertório. Mas claro que é questão de gosto, de escolhas, e temos os nossos motivos próprios para estas escolhas.

Espero que apreciem este CD, gravado ao vivo no próprio palco da New York Philharmonic.

01 Don Juan, Op.20
02 Death And Transfiguration Op.24 (Tod Und Verklarung)
03 Salome, op. 54 Salome’s Dance of the Seven Veils
04 Concert Suite from Der Rosenkavalier – Con moto agitato
05 Concert Suite from Der Rosenkavalier – Tempo di Valse, assai comodo da primo
06 Concert Suite from Der Rosenkavalier – Sempre più lento – Moderato molto sostenuto
07 Concert Suite from Der Rosenkavalier – Quick Waltz. Molto con moto

New York Philharmonic
Lorin Maazel – Conductor

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Grieg (1843-1907), Bartók (1881-1945), R. Strauss (1864-1949): Sonatas para Violino

Grieg (1843-1907), Bartók (1881-1945), R. Strauss (1864-1949): Sonatas para Violino

IM-PER-DÍ-VEL !!!

De todas essas belas violinistas de menos de 40 anos que surgiram nos últimos anos, creio que apenas a norueguesa Vilde Frang possa ficar tranquilamente, sem sentimentos de inferioridade, junto às hoje veteranas Mullova e Mutter. Dona de extraordinária musicalidade, talvez ela exagere no perfume jogado sobre Strauss, mas não creio ter ouvido melhores versões do que as que Frang comete nas sonatas de Grieg (violino e piano) e na TREMENDA OBRA-PRIMA DE BARTÓK (para violino solo).

Esta Sonata foi composta a pedido Yehudi Menuhin em 1943. Bartók era um compositor totalmente sem dinheiro, exilado nos EUA e extremamente doente. Tinha já diagnosticada a leucemia que iria matá-lo. A situação era realmente difícil. Menuhin pediu-lhe a Sonata não apenas porque considerava Bartók um compositor genial, mas também para lhe dar um trabalho e meios. Também, foi, aparentemente, um caso de bondade. Desde o primeiro momento, Menuhin e os primeiros ouvintes deram-se conta que tratava-se de uma obra-prima. Com a pretensão de homenagear as sonatas e partitas para violino solo de Bach, Bartók alcançou um equivalente moderno em termos de paixão, rigor e contínua invenção. E, nela, Frang consegue o milagre de enfatizar o parentesco com Bach. No Grieg, é importante ressaltar que é uma norueguesa interpretando um norueguês, o que é uma raridade em termos de sotaque e compreensão. Seu Allegretto quasi andantino é quasi de sair dançando pela sala.

Para terminar, revelo que Vilde Frang nasceu num 19 de agosto. É, sem dúvida alguma, a melhor, a mais perfeita e mais distinta data para alguém nascer!

Grieg (1843-1907), Bartók (1881-1945), R. Strauss (1864-1949): Sonatas para Violino

Grieg: Violin Sonata No. 1, Op. 8
1 Sonata in F major, Op.8: I – Allegro con brio 9:24
2 Sonata in F major, Op.8: II – Allegretto quasi andantino 5:24
3 Sonata in F major, Op.8: III – Allegro molto vivace 7:14

Bartók: Sonata for Solo Violin, Sz. 117
4 Sonata for solo violin: I. Tempo di ciaccona 9:26
5 Sonata for solo violin: II. Fuga – Risoluto, non troppo vivo 5:01
6 Sonata for solo violin: III. Melodia – Adagio 7:15
7 Sonata for solo violin: IV. Presto 5:35

Strauss: Violin Sonata, Op. 18
8 Sonata in E Flat major, Op. 18: Allegro, ma non troppo 11:41
9 Sonata in E Flat major, Op. 18: Improvisation (Andante cantabile) 8:12
10 Sonata in E Flat major, Op. 18: Finale (Andante – Allegro) 9:32

Vilde Frang, violino
Michail Lifits

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Vilde Frang nasceu na melhor das datas | Foto: Marco Borggreve
Vilde Frang nasceu na melhor das datas | Foto: Marco Borggreve

PQP

Richard Strauss (1864 – 1949): Uma Sinfonia Alpina, Op. 64 – Mariss Jansons

R-2026957-1264446018.jpegEm 1911 morre Gustav Mahler. Profundamente tocado, Richard Strauss será impelido por essa morte a terminar uma obra profundamente pessoal e nostálgica, seu último poema sinfônico: Uma Sinfonia Alpina, que só ficará pronta em 1915.

Em 1911, o século XIX, embora estivesse terminado formalmente, culturalmente ainda não morrera. Muitos compositores, em suas próprias composições, revelavam o espírito de seu tempo e tentavam de diversas formas ir além do romantismo do século XIX, cada um ao seu jeito. Dos compositores que realizaram, ou, ao menos tentaram essa transição, podemos citar o próprio Mahler, Zemlinsky, Schoenberg, Berg, Strauss, Debussy, Respighi, entre outros.

O começo do século XX viu a morte de um dos seus últimos românticos tardios (Mahler), e a transformação de outros (Schoenberg) em novos estilos, trazendo os ares de um novo mundo que se anunciava, mas que ainda não definira suas formas completamente. Essa morte de um estilo e “transfiguração” de outro, é reflexo da própria transformação pela qual passava a Europa como um todo, e a própria Alemanha, especificamente. Unificada tardiamente no final do século XIX, seu desenvolvimento econômico alcançaria rapidamente o patamar industrial da Inglaterra e da França. A conquista de uma unidade política inflaria a burguesia e a classe média alemã com o desejo de grandeza política, econômica e cultural. Neste arroubo, após o fracasso das revoluções alemãs, levaria também a classe trabalhadora a este ideal.

A burguesia da Europa Ocidental como um todo chegava ao seu auge histórico no desenvolvimento econômico e cultural da sociedade moderna, ao mesmo tempo em que sofria com crises econômicas e com uma profunda decadência ideológica, onde as artes e as ideias, após crescimento tão intenso no século XIX, não encontrava novas formas de desenvolvimento nestes anos de virada de um século para o outro. A solução para as crises foram as buscas por novos mercados na Ásia e na África, o que levou ao surgimento do Imperialismo moderno e às guerras entre as potências imperialistas pelos territórios dos outros povos (sendo que a indústria bélica também era outra forma de lucrar e evitar as crises); para a crise das artes a resposta foi o rompimento com as tradições clássicas, em busca de sua superação. Da crise das ideias, surgirão três pensadores que farão uma crítica à sociedade moderna, cada um ao seu modo: Marx, Nietzsche e Freud. Não a toa, os três são de origem germânica.

Marx, Nietzsche e Freud, conhecidos como os "filósofos da desconfiança" por "desconfiarem" da modernidade burguesa.
Marx, Nietzsche e Freud, conhecidos como os “filósofos da suspeita” por “suspeitarem” da modernidade burguesa.

Entre a pequena burguesia alemã, e principalmente entre os músicos, Nietzsche é certamente quem fará mais sucesso. Assim como Mahler, Strauss leria e se inspiraria em Nietzsche. Quase chegou a nomear a obra de O Anticristo: uma Sinfonia Alpina, cujo plano inicial seria fazer uma obra maior em duas partes, onde a sinfonia alpina seria a primeira, mas desistiu da ideia. Tanto Mahler quanto Strauss adotaram de Nietzsche a ideia de uma natureza que não era simplesmente bela, mas indomável e perigosa. Isso se expressará bem nos poemas sinfônicos de Strauss. Inclusive em Uma Sinfonia Alpina. Essa adoração realista da natureza, e a ideia de compor a obra veio também da própria vida de Strauss, que, na infância, participou da escalada de uma montanha com um grupo de amigos, levando cinco horas até o pico e, no momento da descida, foram pegos por uma tempestade. A experiência o marcou tão profundamente que logo após o ocorrido o compositor teria tomado algumas notas de uma obra musical baseada na experiência. Mais tarde, e mais velho, o compositor se mudaria para uma casa no pé de uma montanha, onde faria caminhadas esporádicas durante o resto da vida. Só em 1899 ele começaria o esboço da obra com base em rascunhos de outra peça que estava escrevendo. O projeto foi sendo retocado ao longo dos anos mas continuou inacabado até a morte de Mahler em 1911, o que levou Strauss a se dedicar à obra para terminá-la.

Embora tenha sinfonia no nome, a obra não é uma sinfonia por não seguir a forma sonata tradicional destas. E diferentemente da Pastoral de Beethoven, por exemplo, que é mais sentimental do que descritiva, a Sinfonia Alpina de Strauss não busca descrever apenas os sentimentos da escalada, mas também descreve musicalmente os acontecimentos. Para isso, usa de um extenso cromatismo¹ (nisso reside sua maior semelhança com Mahler). Não é divida em movimentos nem tem qualquer intervalo, e segue ininterruptamente, sendo composta por várias partes que descrevem em sequência, cada uma, um momento da aventura.

A obra começa com um ambiente noturno, feito com uma politonalidade que mantém o clima noturno suspenso ao mesmo tempo que anuncia o tema da montanha. O nascer do sol, com a batida dos pratos, nos lembra o famoso início de Assim Falou Zaratustra, e o tema da subida inicia a aventura pela montanha. A entrada na floresta é anunciada por trompas e clarinetes, talvez representando caçadores e passarinhos. A música então nos leva por um riacho, descrevendo a sinuosidade das margens, até que somos surpreendidos pelo contínuo aumento do fluxo de água, daí chegamos a avistar os esguichos de uma cachoeira, algo que nos é informado pelas cordas em rápidos glissandos descendentes, junto aos triângulos. Somos encantados então pelos arco-íris gerados pela névoa de água no ar e pela aparição de lindas borboletas, representadas pelas flautas e sopros leves, acompanhadas de uma delicada percussão dos triângulos. Passamos então por campos floridos, representados pelas cordas melodiosas, até que chegamos aos pastos da montanha, passando pelas vacas e o retinir dos sinos em seus pescoços, representados nos sinos de vaca (literalmente) usados na percussão, junto aos sopros bucólicos.

Continuamos nossa aventura com o tema alegre da subida e seguimos por matagais mais espessos, a melodia aos poucos vai se desintegrando a tensão começa a aumentar, para nos dar a sensação de estarmos preocupados em estarmos perdidos. Chegamos então às geleiras da montanha, anunciada por um tema seco que irrompe inesperadamente nos metais e num órgão. Nos aproximamos do pico. Chegando a partes perigosas, a música fica então menos melódica e mais percussiva. Somos surpreendidos vez ou outra por ataques nas cordas, que passam a tensão do momento. Até que uma melodia começa a se sobrepor e nos anuncia a chegada ao cume, bastante silencioso, acompanhado apenas pela leve melodia de um oboé. Vemos o topo logo acima de nós, e temos uma maravilhosa visão da montanha, com seu tema novamente surgindo num clímax ao estilo de Strauss, com pratos, metais e tímpanos. Até que terminamos de subir e paramos para apreciar a bela visão de tudo, além do próprio sentimento de grandeza e realização nos passado pela melodia levemente mais dramática feita pela fanfarra de trombones. As cordas entram então em uma ascensão sem fim e o tema da montanha surge novamente nos metais, dessa vez mais clara, anunciando o ápice máximo da aventura.

Esse clímax é imediatamente substituído pelo som das madeiras e flautas, que anunciam a neblina que começa a subir. Nuvens cobrem o sol deixando tudo mais escuro e, uma tempestade, ao longe, vai se aproximando. Uma calma precede a tempestade, com o mesmo tema da subida do cume, mas, mais tensa. Ouvimos então as gotículas de água caindo aos poucos, primeiro nas flautas, junto com a ventania que vai ficando mais forte, até que, após o som de trovões que se aproximam nos tímpanos, as gotas começam a cair mais e mais rápido com pequenos pizzicatos nas cordas. A tempestade furiosa nos atinge em cheio, com ventos tortuosos e violentos. Desesperados, descemos correndo a montanha, o tema crescente da subida do cume sendo invertido, e passando pelos temas de cada parte da aventura em ordem inversa: a geleira, os pastos, a cachoeira, a floresta. Ao mesmo tempo em que somos fustigados pela chuva e pelos ventos da tempestade.

A tempestade passa em meio a tensões harmônicas irresolutas, e, ao chegarmos ao pé da montanha, olhamos para ela e o tema dela surge novamente, nos dando orgulho de a termos subido e passado por tantas aventuras. Surge o tema do pôr do sol, bastante melódico e aos poucos se tornando mais denso.

A noite chega em tons sombrios, assim como o crepúsculo de uma era. É o anúncio do fim de uma época. A tradição das grandes obras orquestrais, as reminiscências da infância, o romantismo, tudo isso chegava ao fim. Será o fim dos poemas sinfônicos de Strauss. Dali pra frente, nada mais seria igual, nem na sociedade europeia, nem no resto do mundo. As formas de se fazer arte e música mudariam para sempre.

Notas:
1 Isto é, o jogo de temas e tensões, buscando prolongar a música e adiando a resolução melódica.

Referências:
Enciclopédia Britânica: <https://www.britannica.com/topic/An-Alpine-Symphony-Op-64> Acesso em 27/01/2018

Richard Strauss (1864 – 1949): Eine Alpensinfonie (An Alpine Symphony)

01 Nacht (Night)
02 Sonnenaufgang (Sunrise)
03 Der Anstieg (The Ascent)
04 Eintritt In Den Wald (Entering the Forest)
05 Wanderung Neben Dem Bache (Strolling by the Stream)
06 Am Wasserfall (By the Waterfall)
07 Erscheinung (Apparition)
08 Auf Blumigen Weisen (In Flowery Meadows)
09 Auf Der Alm (In the Mountain Pasture)
10 Durch Dickicht Und Gestrüpp Auf Irrwegen (Lost in Thickets and Undergrowth)
11 Auf Dem Gletscher (On the Glacier)
12 Gefahrvolle Augenblicke (Dangerous Moments)
13 Auf Dem Gipfel (On the Summit)
14 Vision (Vision)
15 Nebel Steigen Auf (Mists Rise Up)
16 Die Sonne Verdüstert Sich Allmählich (The Sun Grows Dark)
17 Elegie (Elegy)
18 Stille Vor Dem Sturm (Quiet Before the Storm)
19 Gewitter Und Sturm, Absteig (Thunderstorm, Descent)
20 Sonnenuntergang (Sunset)
21 Ausklang (Close)
22 Nacht (Night)

BBC Welsh Symphony Orchestra
Mariss Jansons, conductor

Live Recording

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Retrato de Richard Strauss por Max Liebermann, em 1918.
Retrato de Richard Strauss por Max Liebermann, em 1918.

Luke

Vários compositores: Piano Rarities · Vol. 1 Transcriptions

Vários compositores: Piano Rarities · Vol. 1 Transcriptions

Um disco gentil e agradável. Nada demais, mas também nada indigno. Chama a atenção, é claro, as transcrições para piano do lied An Sylvia, de Schubert, e do Adagietto da Quinta Sinfonia de Mahler. Cyprien Katsaris é um virtuose daqueles que fazem uma brilhatura e sorriem. Ele ama transcrições, tanto que já gravou a integral das Sinfonias de Beethoven transcritas por Liszt. Mas sua maior aventura foi ter gravado uma rara versão para piano de A Canção da Terra, de Gustav Mahler com Brigitte Fassbaender e Thomas Moser. Em registros mais sérios, está gravando todos os Concertos para Piano de Mozart. Olha, com o espírito que ambos têm, Mozart e Katsaris, acho que deve ser uma boa ouvir. É um sujeito peculiar esse pianista.

Vários compositores: Piano Rarities · Vol. 1 Transcriptions

1 Fritz Kreisler (1875-1962) · Praeludium and Allegro in the style of Pugnani
2 Robert Schumann (1810-1856) · MondNacht, op. 39 no. 5
3 Franz Schubert (1797-1828) · Gesang (An Sylvia), op. 106 no. 4, D. 891
4 Richard Wagner (1813-1883) · Der Engel (no. 1 from Wesendonck-Lieder)
5 Richard Strauss (1864-1949) · Zueignung, op. 10 no. 1
6 Gustav Mahler (1860-1911) · Adagietto (from Symphony no. 5)
7 Federico Mompou (1893-1987) · Damunt de tu només les flors
8 Francisco Táregga (1852-1909) · Recuerdos de la Alhambra
9 Agustín Barrios Mangoré (1885-1944) · Chôro Da Saudade
10 Georges Bizet (1838-1875) · Adieux de l’Hôtesse arabe
11 Gabriel Fauré (1845-1924) · Nell, op. 18 no. 1
12 Léo Delibes (1836-1891) · Valse (from Coppélia ou la Fille aux yeux d’émail)
13 Stanislaw Moniuszko (1819-1872) · Gwiazdka
14 Sergei Rachmaninov (1873-1943) · Vocalise
15 Reinhold Glière (1875-1956) · Valse (from The Bronze Horseman)

Cyprien Katsaris, piano

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Cyprien Katsaris: a cara deste CD
Cyprien Katsaris: a cara deste CD

PQP

Rimsky-Korsakov / Tchaikovsky / Dvorák / Richard Strauss: In the still of night (Canções Russas)

Rimsky-Korsakov / Tchaikovsky  / Dvorák  / Richard Strauss: In the still of night (Canções Russas)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em março de 2009, um crítico da grande, excelente e normalmente irônica e contida revista londrina Gramophone parece ter enlouquecido:

… quando ouço Anna Netrebko cantar, viver , eu não quero que ela pare… Lembro-me das ovações arrebatadoras , quando as pessoas estavam realmente enlouquecendo pelo som de uma voz. Esse é o tipo de voz Netrebko tem… Ela também é um animal do palco… Ela é alimentada por puro talento e instinto… Eu prefiro Netrebko acima de qualquer outra pessoa, a qualquer hora.

Bem, OK, não preciso dizer mais nada. Ou talvez deva reforçar que a dupla Netrebko e Barenboim é mesmo espetacular?

Rimsky-Korsakov / Tchaikovsky  / Dvorák  / Richard Strauss: In the still of night  (Canções Russas)

Nicolai Rimsky-Korsakov (1844 – 1908)
Four Songs, Op.40
1) No.3 O chem v tishi nochey [2:28]
Four Songs, Op.27
2) No.4 Prosti! Ne pomni dney naden’ya [1:29]
Vesnoy, Op.43
3) No.2 Ne veter, veya s vïsotï [2:14]
4 No.1 Zvonche zhavoronka pen’ye [1:16]
Four Songs, Op.3
5) No.4 Na kholmakh Gruzii [2:31]
Six Songs, Op.8
6) No.5 V tsarstvo rozï i vina [2:46]
Four Songs, Op.6
7) No.4 Pesnya Zyuleyki [1:56]
Four Songs, Op.2
8) No.2 Plenivshis’ rozoy, solovey [3:09]
Four Songs, Op.42
9) No.3 Redeyet obklakov letuchaya gryada [3:26]
Two Songs, Op.56
10) No.1 Nimfa [3:25]
11) No.2 Son v letnyuyu noch’ [5:25]

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893)
Shest’ romansov (Six Romances), Op.57
12) No.1 Skazhi, o chom v teni vetvey [3:44]
13) Zabït tak skoro (1870) [2:56]
Dvenadtsat’ romansov (Twelve Romances), Op.60
14) No.6 Nochy bezumnïye [2:52]
Shest’ romansov (Six Romances), Op.6
15) No.5 Otchevo? [3:09]
Shest’ romansov (Six Romances), Op.63
16) No.6 Serenada [3:42]
Shest’ romansov (Six Romances), Op.16
17) No.1 Kolïbel’naya pesnaya [4:26]
Sem’ romansov (Seven Romances), Op.47
18) No.7 Ya li v pole da ne travushka bïla [6:05]
Shest’ romansov (Six Romances), Op. 73
19) No.5 Sred mrachnïkh dnei [1:51]
Sem’ romansov (Seven Romances), Op.47
20) No.6 Den li tsarit? [3:49]

Antonín Dvorák (1841 – 1904)
Ciganské melodie (Gypsy Melodies), Op.55
21) 4. Als die alte Mutter [3:46]

Richard Strauss (1864 – 1949)
Vier Lieder, Op.27
22) 2. Cäcilie [2:31]

Anna Netrebko, soprano
Daniel Barenboim, piano

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Anna Netrebko e Daniel Barenboim: já é uma dupla, né?
Anna Netrebko e Daniel Barenboim: já é uma dupla, né?

PQP

Richard Strauss (1864-1949) – Don Juan Op. 20, Tod und Verklärung, Op.24, Salome Op. 54 Dance of the Seven Veils, 4. Till Eulenspiegels lustige Streiche Op. 28

FrontDescaradamente wagnerianas, as obras deste CD fazem parte da coleção ‘Klemperer Legacy’ da EMI, e não por acaso uma das caixas é dedicada a Wagner, sendo este o quinto cd da dita caixa.
Como não poderia deixar de ser, Klemperer está muito a vontade com este repertório, e cada vez que ouço uma gravação sua me convenço ainda mais de que foi um dos grandes regentes do século XX. Este é um daqueles cds que não cansamos de ouvir.

1. Don Juan Op. 20
2. Tod und Verklärung, Op.24
3. Salome Op. 54 Dance of the Seven Veils
4. Till Eulenspiegels lustige Streiche Op. 28 (1998 Digital Remaster)

Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer – Conductor

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Klemperer Legacy – Richard Wagner – CD 4 de 5 – Otto Klemperer, New Philharmonia Orchestra

Front1. Die Walküre, ACT 3, Dritte Szene Leb’ wohl, du kühnes, herrliches Kind! (Wotan’s farewell) (1991 Digital Remaster)
2. Wesendonk Lieder (orch. Mottl) Der Engel
3. Wesendonk Lieder (orch. Mottl) Stehe still
4. Wesendonk Lieder (orch. Mottl) Im Treibhaus
5. Wesendonk Lieder (orch. Mottl) Schmerzen
6. Wesendonk Lieder Träume (2006 – Remaster)
7. Tristan und Isolde, Act 3, Scene 3 Mild und leise wie er lächelt (Isoldes Liebestod Isolde)
8. Metamorphosen Studie für 23 Solostreicher (1999 – Remaster)

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Richard Strauss (1864-1949): Assim Falou Zaratustra (Also Sprach Zarathustra), Jean Sibelius (1865-1957) – Valsa Triste e Sinfonia No. 2 in D major, Op. 43

Richard Strauss (1864-1949): Assim Falou Zaratustra (Also Sprach Zarathustra), Jean Sibelius (1865-1957) – Valsa Triste e  Sinfonia No. 2 in D major, Op. 43

Mariss JansonsHá músicas e compositores que possuem um poder inebriador, enfeitiçador, sobre cada um de nós. Há, por sua vez, outros que não chamam a atenção. Com relação a isso, posso afirmar que já tentei ouvir dezenas de vezes a música de Rossini, Johann Strauss e um pouco de Wagner. E olhe que cheguei até a comprar CDs dos três compositores, para que ninguém diga que é uma implicação boba. Acho-os chatões de galocha. O mais suportável deles é o Rossini. Johann Strauss é enfadonho; e Wagner é um “mastodonte megalomaníaco”, que entedia nos primeiros acordes. Claro, peço perdão àqueles que gostam desses compositores. Esboço aqui um ponto de vista pessoal. Para se ter uma ideia, possuía um outro compositor em minha lista de sacrílegos — Rachmaminov –, mas após ouvi-lo com mais atenção, o russo saiu do purgatório. Ainda não entrou no paraíso, mas já começa a ser cortejado pelos anjos que guardam os portões da eternidade. Mais uma vez: uma opinião pessoal. Com relação às peças que nos marcam, posso afirmar que há nesta postagem duas delas. O poema sinfônica Assim falou Zaratustra de um outro Strauss, o Richard, e a Sinfonia no. 2 de Jean Sibelius. Com relação à peça de Richard Strauss, acredito que seja uma das mais conhecidas e celebradas no século XX. É só assistir à película 2001, uma odisséia no espaço, de Kubrick. Strauss compôs a peça no ano de 1896. É um dos primeiros trabalhos feitos para homenagear Nietzsche — embora este estivesse com uma paralisia geral à essa época. Mas, ele deve ter ouvido as notícias referentes a essa homenagem feito pelo compositor. A filosofia do futuro avivava-se. Com relação à outra peça da postagem — a Sinfonia no. 2 de Sibelius — tenho uma relação de carinho para com ela. Começou a ser composta em 1900. É um trabalho belíssimo que exalta o seu país, a Finlândia. O trabalho enfoca a luta do povo finlândes contra a opressão russa. Ficou conhecida, alternativamente, como Sinfonia da Independência. É uma sinfonia de espiríto grandioso, de exaltação. A condução desses dois registros é executada por Maris Jansons, um maestro letão, de ótimo nível. A gravação é ao vivo. Uma boa apreciação!

Richard Strauss (1864-1949) – Assim Falou Zaratustra (Also Sprach Zarathustra)

01. Einleitung (Introdução), ou nascer do sol
02. Von den Hinterweltlern (Dos Antigos Homens)
03. Von der großen Sehnsucht (Da Grande Saudade)
04. Von den Freuden und Leidenschaften (Das Alegrias e Paixões)
05. Das Grablied (O Túmulo-Canção)
06. Von der Wissenschaft (Da Ciência)
07. Der Genesende (A Convalescença)
08. Das Tanzlied (A Dança-Canção)
09. Nachtwandlerlied (Canção do Sonâmbulo)

Jean Sibelius (1865-1957) – Valsa Triste
10. Valsa Triste

Sinfonia No. 2 in D major, Op. 43
11. Allegretto – Poco allegro – Tranquillo, ma poco a poco revvivando il tempo al allegro
12. Tempo andante, ma rubato – Andante sostenuto
13. Vivacissimo – Lento e suave – Largamente
14. Finale: (Allegro moderato)

Bavarian Radio Symphony Orchestra
Mariss Jansons, regente

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Sieblius ri: "Hahahaha Até Strauss sabe que eu sou mais compositor do que ele!"
Sibelius ri: “Hahahaha, Até Strauss sabia que eu era mais compositor do que ele!”

Carlinus

Richard Strauss (1864-1949) – Tod und Verklärung, Metamorphosen, study for 23 solo strings, Vier letzte Lieder – Janowitz, Karajan, BPO

41WMR8ZXZJLDando prosseguimento à homenagem aos 150 de nascimento de Richard Strauss, trago um disco com duas obras que talvez nunca tenham sido postadas aqui no PQPBach, ´Tod und Verklärung´ e ´Metamorphosen´. As outras peças são as famosíssimas ´Vier letzte Lieder´, quatro belíssimos lieder compostos por Strauss um pouco antes de morrer.
Richard Strauss era uma especialidade de Karajan. Existem diversas gravações no catálogo, tanto da EMI quanto da DG. Resolvi trazer esta gravação da DG por me se a mais acessível no momento. Muitos consideram a versão definitiva a que George Szell realizou com a Elizabeth Schwarzkopff, e esse cd já foi postado aqui no PQPBach há alguns anos atrás. Desde então esta obra andava meio sumida por aqui.

01 Tod und Verklärung (Death and Transfiguration), tone poem for orchestra, Op. 24
02 Metamorphosen, study for 23 solo strings, AV 142
03 Frühling (‘In dämmrigen Grüften träumte ich lang’), song for voice & orchestra, AV 150-1- Fruhling
04 September (‘Der Garten trauert, kühl sinkt in die Blumen der Regen’), song for voice & orchestra, AV150-2- September
05 Beim Schlafengehen (‘Nun der Tag mich müd’ gemacht’), song for voice & orchestra, AV 150-3- Beim Schlagengehen
06 Im Abendrot (‘Wir sind durch Not und Freude gegangen Hand in Hand’), song for voice & orchestra, AV 150-4- Im Abendrot

Gundula Janowitz – Soprano
Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor

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FDPBach

Richard Strauss (1864-1949) – Don Quixote Fantastische Variationen über ein Thema ritterlichen Charakters, op. 35, Till Eulenspiegels lustige Streiche, op. 28 – Kempe, Tortelier, Berlin Philharmoniker

51VPl9OzcNLSe vivo fosse, Richard Strauss estaria completando 150 anos neste dia 11 de junho. Uma data para se comemorar, com certeza. Nós do PQPBach vamos homenagear esse compositor com uma série de postagens de cds com obras suas em gravações que consideramos fundamentais em quaisquer cdtecas.
Começo com uma gravação histórica do selo Testament, realizada em 1958, com o grande violoncelista Paul Tortelier dando asas à nossa imaginação no sensacional Don Quixote. Através de variações sobre um tema, Strauss genialmente descreve a loucura do cavaleiro da triste figura, deixando o violoncelo ser a voz de Quixote e a viola sendo a voz de Sancho Pança. Momentos líricos, dramáticos e de total insanidade são belamente “ilustrados” pelo violoncelo de Tortelier. Quem acompanha o solista é a Filarmônica de Berlim sob a regência de um especialista em Richard Strauss, Rudolf Kempe.
Sempre à frente da mesma Filarmônica de Berlim, Rudolf Kempe em seguida nos traz o alegre “Till Eulenspiegel”, outro poema sinfônico de Strauss, baseado nas aventuras e estripulias de um personagem saído dos contos medievais. Maiores informações sobre esse personagem podes ser encontradas na Wikipedia.
Duas obras primas de Strauss, com certeza, e nas mãos de um time de feras. Com certeza, uma gravação IM-PER-DÍ-VEL !!!

1 Introduction. Don Quixote sinks into madness
2 Maggiore (Sancho Panza)
3 Variation I. Adventures with the windmills
4 variation II. The battle with the sheep
5 Variation III. Discourse between knight and squire
6 Variation IV. The adventure with the pilgrims
7 Variation V. The quest knight’s vigil
8 Variation VI. The meeting with Dulcinea
9 Variation VII. The ride through the air
10 Variation VIII. The voyage in the enchanted boat
11 Variation IX. The combat with the two magicians
12 Variation X. The defeat of Don Quixote
13 Finale (Sehr ruhig)
14 Till Eulenspiegels lustige Streiche (Till Eulenspiegel’s Merry Pranks), tone poem for orchestra, Op. 28

Paul Tortelier – Cello
Giusto Cappone – Viola
Berliner Philharmoniker
Rudolf Kempe

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Richard Strauss (1864-1949)

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia n º 3 em D menor e Richard Strauss (1864-1949) – Serenata para 13 instrumentos de sopro, op. 7


Quando pensamos em obras sinfônicas é impossível não lembrar os trabalhos de Anton Bruckner. O compositor austríaco foi um fenômeno nesse sentido, assim como o foi Gustav Mahler. Bruckner colocou em seus trabalhos a própria existência; a sua visão de mundo; suas disposições espirituais; suas crenças, desejos e esperanças. Sua Sinfonia número 3 não é um dos seus grandes trabalhos, mas mesmo não o sendo, impressiona pela linguagem caudalosa. O compositor a escreveu em homenagem a Richard Wagner, alguém a quem muito admirava. Penso que os trabalhos grandiosos de Bruckner se iniciam a partir da Quarta Sinfonia – um trabalho capaz de nos furtar o fôlego. Neste disco, temos além de Bruckner, o compositor – também – de tradição wagneriana, Richard Strauss. A regência fica a cargo do excelente Gennadi Rozhdestvensky. Uma boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – 

Sinfonia n º 3 em D menor
01. I. mäßig bewegt
02. II. Adagio (etwas bewegt) quase andante – Andante
03. III. Scherzo. Ziemlich schnell
04. IV. Finale. Allegro

Richard Strauss (1864-1949) – 

Serenata para 13 instrumentos de sopro, op. 7
5. Serenata para 13 instrumentos de sopro, op. 7

Grand Symphony Orchestra of Radio and Television
Gennadi Rozhdestvensky, regente

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Carlinus

Richard Strauss (1864-1949) – Ein Heldenleben, op. 40, Also Sprach Zarathustra,op. 30, Don Juan, op. 20, Till Eulenspiegel, op 28, Eine Alpensinfonie, op. 64 – WPO, CSO, BRSO, Solti

frontUm baita CD para os senhores poderem melhor desfrutar o final de semana: George Solti regendo Richard Strauss…. os principais Poemas Sinfônicos estão aqui presentes, assim como a belíssima e idílica Sinfonia Alpina que, mesmo tendo o nome de Sinfonia, ainda não deixar de ser um Poema Sinfônico. Há alguns anos atrás eu trouxe essas algumas destas obras na ótima interpretação de Neeme Járvi, junto com a Royal Scottish Symphony, porém estes links já foram para o espaço há muito tempo atrás.
Herbert von Karajan também também tem diversas gravações dessas obras, creio que o nosso colaborador Carlinus já postou em seu blog “O Ser da Música”. Muitos consideram o velho Kaiser como o intérprete ideal de Strauss. Concordo, mas sempre gosto de ir atrás de outras opções. E com certeza George Solti é uma grande opção.
O libreto em anexo traz uma pequena descrição de cada obra.

01 – Ein Heldenleben, op. 40 The Hero
02 – Ein Heldenleben, op. 40 The Hero’s enemies
03 – Ein Heldenleben, op. 40 The Hero’s companion
04 – Ein Heldenleben, op. 40 The Hero’s deeds of war
05 – Ein Heldenleben, op. 40 The Hero’s works of peace
06 – Ein Heldenleben, op. 40 The Hero’s retirement from the world

Rainer Küchl – Violin
Wiener Philharmoniker
Sir George Solti – Conductor

07 – 15 Also sprach Zarathustra, op. 30

Chicago Symphony Orchestra
Samuel Magad – Solo Violin
Sir George Solti – Conductor

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CD 2

01 – Don Juan, op. 20
02 – Till Eulenspiegels lustige Streiche, op. 28

Chicago Symphony Orchestra
Sir George Solti

03 – 22 – Eine Alpensinfonie, op. 64

Bavarian Radio Symphony Orchestra
Sir George Solti

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FDPBach

 

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Sir George Solti – Com certeza um dos maiores regentes do século XX

 

Richard Strauss (1864-1949) – Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142, Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137) e Prelude to Capriccio, Op. 85

No verão de 1944, Strauss começou a planejar uma longa peça para um conjunto de cordas na linha de uma oração fúnebre ou lamento. Havia décadas que ele não compunha uma grande trabalho monumental; seu último esforço realmente significativo nessa linha fora Uma Sinfonia Alpina, composta pouco depois da morte de Mahler. A nova peça se chamaria Metamorphosen – uma outra homenagem a Ovídeo. Strauss tinha em mente o processo pelo qual as almas revertiam de um estado a outro -, porém, como sugeriu o acadêmico Timothy Jackson, a transformação poderia soar negativa, as coisas poderiam retornar a seu estado primordial. O compositor se inspirou também em um pequeno poema de Goethe, cuja obra completa havia lido do começo ao fim nos últimos anos:

Ninguém pode se conhecer
Separado do seu eu

Mesmo assim todo o dia ele tenta se tornar
Aquilo que visto de fora esta claro afinal.

Aquilo que ele é e o que ele foi

Aquilo de que ele é capaz e o que é possível

Strauss esboçou um arranjo de coral baseado no texto de Goethe e, como Jackson descobriu, parte desse material foi usado por Metamorphosen. O compositor estava imerso numa reflexão profunda sobre a trajetória de sua vida, talvez questionando a filosofia individualista que havia muito o orientava.

(…)

(Extraído do livro O Resto é Ruído – Escutando o Século XX, de Alex Ross)

Richard Strauss (1864-1949) – Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142, Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137) e Prelude to Capriccio, Op. 85

Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142
01. Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142

Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137)
02. Allegro
03. Scherzo: Presto –
04. Andante
05. Finale: Vivace

Prelude to Capriccio, Op. 85
06. Prelude To Capriccio, Op. 85

The Nash Ensemble
Marianne Thorsen, Malin Broman. violino
Lawrence Power, Philip Dukes, viola
Paul Watkins, Pierre Doumenge, cello
Duncan McTier, bass
Ian Brown, piano

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Carlinus

Richard Strauss (1864-1949) – 5 Great Tone Poems – 2 CDs

Richard Strauss, em pleno século XX, na era do carro, da televisão, do cinema, da fotografia, manteve a estética romântica na sua arte de compor. Embora o poema sinfônico não seja uma invenção sua, Strauss exprimiu-se por intermédio dessa estrutura musical e o fez de modo eloquente. Por meio das várias amizades que estabeleceu, Strauss aprendeu a admirar a obra de Nietzsche e Schopenhauer e à música de Wagner e Liszt. Essas influências são patentes em sua obra. O compositor buscou como ninguém explorar possibilidades coloridas com a orquestra a fim de dar um aspecto dramático às suas obras. Pesa a favor de Straus o fato de com a sua ópera Salomé, ter inclinado a música do século XX para uma outra direção. Compositores como Mahler, Schoenberg, Alban Berg, entre outros, estavam no dia da estreia da obra que causou grande impacto sobre os presentes. Aqui temos 5 dos seus principais poemas sinfônicos. Um belo registro com Bernard Haintink. Uma boa apreciação!

Richard Strauss (1864-1949) – 5 Great Tone Poems

DISCO 1

Don Juan, Op.20
01. Don Juan, Op. 20

Ein Heldenleben, Op.40 – “Vida de Herói”
02. Der Held
03. Des Helden Widersacher
04. Des Helden Gefährtin
05. Des Helden Walstatt
06. Des Helden Friedenswerke
07. Des Helden Weltflucht und Vollendung

Till Eulenspiegel’s Merry Pranks (Till Eulenspiegels lustige Streiche), Op. 28
08. Till Eulenspiegel’s Merry Pranks (Till Eulenspiegels lustige Streiche), Op. 28

DISCO 2

Also sprach Zarathustra, Op.30 – “Assim falou Zaratustra”
01. Prelude (Sonnenaufgang)
02. Von den Hinterweltlern
03. Von der großen Sehnsucht
04. Von den Freuden und Leidenschaften
05. Das Grablied
06. Von der Wissenschaft
07. Der Genesende
08. Das Tanzlied – Das Nachtlied
09. Das Nachtwandlerlied

Tod und Verklärung, Op.24 – “Morte e Transfiguração”
10. Tod und Verklärung, Op.24

Der Rosenkavalier, Op.59
11. First Suite of Waltzes
12. Second Suite of Waltzes

Royal Concertgebouw Orchestra
Herman Krebbers, violino (Op. 20, 40, 30,)
Bernard Haitink, regente (Op. 20, 40, 28, 30, 24)
Eugen Jochum, regente (Op. 59)

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Carlinus

Richard Strauss (1864-1949) – Vida de Herói (Ein Heldenleben) e Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 6 em Lá menor – "Trágica"

Achei por bem postar o ensaio abaixo sobre Mahler e Richard Strauss – DAQUI. É bastante elucidativo. O CD abaixo, com regência de Barbirolli, é para ouvir e cair de joelhos em preces apaixonadas. É algo que aturde. Vida de Herói de Strauss é uma beleza de profundidade e rigor orquestral a nos provocar os sentidos. FDP havia postado no início do ano passado uma versão da obra de Strauss que parece aqui com Jarvi. Julgo que essa versão com o Barbirolli seja fatal. Tenho uma outra versão com o Carlos Kleiber, gravada ao vivo que qualquer dia surgirá aqui no PQP Bach. Boa apreciação!

PROFETAS DA MODERNIDADE

GUSTAV MAHLER e RICHARD STRAUSS precederam as vanguardas do início do século pontuando os limites da música tonal. Este ensaio exclusivo revela a extrema coerência de suas opções estéticas e revela as faces de heróis psíquicos.

FILIPE W. SALLES


Richard Strauss e Gustav Mahler foram duas personalidades muito próximas. Ambos eram excelentes orquestradores, regentes e produtores de concertos. Foram amigos, eram conterrâneos e pareciam buscar, através de suas músicas, a mesma coisa: o auto-conhecimento. Diferenças, apenas quanto ao estilo e à forma: Strauss optou pelo poema sinfônico e pela ópera; Mahler pela sinfonia e pela canção. Talvez não exista música mais pessoal e intimista que a de Mahler, com a possível exceção de Richard Strauss. O contrário também serve. Os traços que constituem ambos os estilos, épico em Strauss e melodramático em Mahler, são marcados pela presença de um protagonista, explícito em Strauss e implícito em Mahler. Este protagonista, a quem nos dois casos serve a denominação de “herói”, é claramente apresentado na obra de Strauss, sendo ele motivo dos temas e títulos de seus principais poemas sinfônicos, “Don Juan”, “Macbeth”, “Morte e Transfiguração”, “Till Eulenspiegel”, “Don Quixote”, e até mesmo no “Assim Falou Zarathustra”. No caso de Mahler, as referências são menos diretas.

O herói é uma personificação arquetípica (e no caso de Strauss, muitas vezes literária), podendo figurar como “extensão” do ego. Extremamente explícito em Strauss, é levado às últimas conseqüências na “Vida de Herói” e na “Sinfonia Doméstica”. Nos dois casos temos um Strauss experiente e maduro pondo toda a energia de seus anseies num forno – e servindo-os no prato da grande orquestra.

Mahler, talvez até inconscientemente, envereda por caminhos semelhantes no que diz respeito ao uso da grande orquestra romântica, mas de uma forma incontestavelmente mais problemática. Não se contenta em apresentar o problema com uma solução já prevista (como é o caso da música de programa): ele fornece o problema e procura resolvê-lo no próprio processo criador. Por esse motivo, suas sinfonias são colossos modernos, titãs adormecidos que escondem tesouros do inconsciente. Sua mais curta sinfonia tem entre 50 e 54 minutos. Sua mais longa chega a 100 minutos. Se Strauss foi objetivo o suficiente para ir direto ao poema sinfônico descrever suas emoções, Mahler seguiu o caminho oposto, subjetivando a forma – até então “absoluta”- da sinfonia. Mahler nunca explicitou “sinfonia descritiva” ou “absoluta”. “A sinfonia”, segundo Mahler, “deve abranger tudo”.

Sua Primeira Sinfonia, a “Titã”, tem, inegavelmente, um Programa mais ou menos definido, assim como a Segunda e a Terceira, Mas podemos ouvir a “Titã” sem nenhum conhecimento de seu programa. O efeito será o mesmo. Talvez isso não funcione na imensa Terceira, mas trata-se de um caso à parte. Da mesma forma, a “absoluta” Quinta Sinfonia, que dispensa qualquer argumento extra-musical, tem a mais típica estrutura descritiva de Mahler: “Tragédia-Consolação-Triunfo”, presentes de forma clara também na Primeira, Segunda, Terceira, e Sétimas sinfonias. Richard Strauss estabelece parâmetros diametralmente opostos. Em quase todos os seus poemas sinfônicos, o herói começa em plena atividade, a desenvolve de acordo com o argumento, e finalmente morre, numa metáfora da antecipação do inevitável. “Don Juan”, seu primeiro poema sinfônico, já inicia seus acordes num frenético “Triunfo”, onde o desenrolar orquestral gira em torno deste ideal, indo cair na tragédia de forma brusca e incontestável. A estrutura para Strauss seria “Triunfo-Degustação-Tragédia”. Tragédia que, vinda de Strauss, não é idêntica à de Mahler. A tragédia de Mahler está ligada à angústia, ao sofrimento, e aos aspectos Psicológicos que determinam estes estados – fruto de conflitos pessoais e, por este motivo, distantes de uma realidade cotidiana. A tragédia de Strauss tem mais um espírito de realidade, de fatos concretos e consumados. “Till Eulenspiegel” ilustra com maestria esta metáfora, onde a morte de Till nada mais é do que uma conseqüência lógica do contexto na história. Não chega a ser uma “tragédia” propriamente, mas uma conformação com a realidade. “Morte e Transfiguração” vai pelos mesmos caminhos, sendo a morte do protagonista justamente o triunfo da obra, o objetivo final da própria vida.

Mahler está longe de encarar a morte de forma tão otimista, embora procure sempre estabelecer aspectos místicos, como uma, espécie de compensação pelo seu inconformismo – caso, por exemplo, da Segunda Sinfonia, a da Ressurreição. O principal fator que determina esta diferença de enfoque na obra de Mahler e Richard Strauss talvez seja a escolha do herói. É fato que ambos se projetam em suas peças, algo como autobiografias musicais. Mas enquanto Strauss procura resolver-se externamente, enfrentando cara-a-cara a realidade, Mahler trava uma luta constante consigo próprio, subvertendo a realidade através da reação emocional que lhe espelha o mundo. São visões bastante antagônicas: é como se Strauss observasse o mundo e respondesse a ele exatamente como o vê e interpreta, ao passo que Mahler observa, sente, relaciona, interpreta e reage, dando a suas sinfonias uma duração que freqüentemente ultrapassa os 70 minutos de execução. Talvez por isso Strauss tenha dado preferência no poema sinfônico, forma muito mais livre que a sinfonia e de caráter mais sucinto. O mais curto poema sinfônico de Strauss, “Till Eulenspiegel”, tem algo em torno de 15 minutos, e o mais longo, “Vida de Herói”, 45.

Há extrema coerência, em ambos, na escolha de suas formas de expressão. Um poema sinfônico como os de Strauss certamente não comporta tanta informação como as sinfonias de Mahler – e estas nunca conseguiriam ser claras e objetivas como os poemas de Strauss sem cair numa extrema redundância. Ambos contornam facilmente estas possíveis aberrações estéticas numa simples escolha inteligente do meio correto de utilizar a música.
A estrutura de narração de Mahler (tragédia, consolação, triunfo), é visivelmente modificada, sutil ou abruptamente, na Quarta, Sexta, Oitava e Nona sinfonias. Destas, apenas a Sexta e a Oitava são abruptas, a Sexta é inteiramente trágica e angustiante, ao passo que a Oitava é triunfal e otimista do começo ao fim. A Quarta é um meio termo, uma sinfonia que parece não tomar muito partido desta relação, pois está montada sobre um afresco extremamente original de melodias brilhantemente orquestradas, cuja intenção é justamente espelhar uma espécie de ingenuidade infantil. A Nona é indefinível. Pertence a um universo abstrato, místico, transcendente. Um universo de um compositor que esgotou as possibilidades estruturais padronizadas pelo próprio estilo e busca, através dele, vislumbrar outras dimensões. Processo semelhante ao que ocorre no “Das Lied von der Erde”, ciclo de canções sobre poemas chineses onde a estrutura também é subvertida, sendo a última parte um canto de despedida que Mahler interpretou como o de sua própria vida.

Tudo aquilo que é problemático para Mahler parece ser bastante natural para Richard Strauss. Strauss sempre tratou a psicologia do inconsciente através do argumento de suas obras, e não propriamente do material musical. Fez uma música puramente objetiva, de clareza incomparável, que hesita em se estender nos devaneios contrastantes típicos de Mahler. “Also Sprach Zarathustra” talvez seja o melhor exemplo da relação Strauss/Mahler, porque ambos esboçaram gigantescos afrescos sinfônicos sobre o texto de Nietzsche em épocas muito próximas. A intenção de Strauss era clara: não queria transformar filosofia em música, mas tentar exprimir a idéia do conflito homem-natureza e sua evolução até o nascimento do super-homem nietzschiano (“Übermensch”). Mahler já transcende a descrição sonora de um ideal para um problema puramente existencial, não descrevendo-o musicalmente, mas sim traduzindo suas sensações interpretadas e relacionadas em todo o seu esdrúxulo inconsciente. Assim, a Terceira Sinfonia de Mahler, que se utiliza em seu 4o movimento de um trecho para contralto do Zarathustra, possui todo um contexto maior, relacionado também às lembranças da infância (As marchas, as canções do Wunderhorn), à associação com a morte e o amor, sugerindo uma interpretação muito mais pessoal do texto de Nietzsche do que a de Strauss. Strauss pensava de uma forma mais sintética, pois o próprio argumento de seus poemas já traduzia determinada opinião.

Talvez por toda esta série de diferenças, a obra de Strauss é freqüentemente considerada mais superficial. Erro beócio: a obra de Strauss simplesmente narra uma situação psicológica ou uma ação através de uma projeção do ego num herói, ao passo que em Mahler o herói é a própria música. A narração de Strauss é em terceira pessoa, e a de Mahler é em primeira. Uma simples diferença de perspectiva. A música de Mahler é intimista, a de Strauss é pictórica, e dá mais amplitude a diferentes interpretações relacionadas ao mundo das imagens e das palavras. Mahler é mais hermético. Incontestavelmente, Richard Strauss foi um mestre da orquestração que sabia colocar números extraordinariamente grandes de instrumentos e tratá-los com uma naturalidade camerística, ao passo que Mahler custou um pouco a desprender-se da grandiloqüência wagneriana dos efeitos de massa (típicos da Segunda e Terceira sinfonias) até atingir um refinamento que já era nítido no “Don Juan” de Strauss. O caso Mahler/Strauss é particularmente interessante porque ambos tiveram a oportunidade de acompanhar o crescimento um do outro, bebendo em fontes muito próximas (Beethoven, Wagner, Bruckner), mas sem perder suas particularidades.

Mahler morreu em 1911 e Strauss em 1949, mas seu último “poema sinfônico”, (ainda que chamado de sinfonia), a “Sinfonia Alpina”, é de 1914, sendo portanto a produção de poemas tonais (e não de óperas) que vai de encontro à comparação com a obra de Mahler. Estes dois mestres absolutos da forma e da orquestração foram os últimos patamares da música puramente tonal, que logo em seguida seria totalmente desestruturada por Schoenberg e Stravinsky. Talvez seja chegada a hora de reavaliar a importância de Mahler e Strauss, pois foram eles os últimos mestres antes da escola dodecafônica, onde a música erudita perdeu grande parte de seu público, que voltou às origens de Bach e Mozart. Afinal, além da questão tecnológica e social (e claro, considerando o mundo hoje consumido pela comunicação), poucas diferenças existem entre o fim-de-século deles e o nosso. Seria superestimar a arte de ambos considerá-los profetas da modernidade?

Disco 1

Richard Strauss (1864-1949) – Vida de Herói (Ein Heldenleben)

01. Ein Heldenleben – Das Held
02. Ein Heldenleben – Des Helden Widersacher
03. Ein Heldenleben – Des Helden Gefährtin
04. Ein Heldenleben – Thema der Siegesgewissheit
05. Ein Heldenleben – Des Helden Walstatt
06. Ein Heldenleben – Des Helden Walstatt_ Kriegsfanfaren
07. Ein Heldenleben – Des Helden Friedenswerke
08. Ein Heldenleben – Des Helden Weltflucht und Vollendung
09. Ein Heldenleben – Entsagung

London Symphony Orchestra
Sir John Barbirolli

Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 6 em Lá menor – “Trágica”

10. I. Allegro Energico, Ma Non Troppo; H

Disco 2

01. II. Andante moderato
02. III. Scherzo. Wuchtig
03. IV. Finale. Allegro moderato – Allegro energico

New Philharmonic Orchestra
Sir John Barbirolli

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Richard Strauss (1864-1949) – Sinfonia Alpina, Op. 64 e Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para violino em D major, op. 61

FDP enquanto estava por aqui andou a fazer algumas postagens com um material ao vivo. São gravações realizadas na sala de concerto e liberadas na net em forma de compilação. Excelente. Tenho centenas dessas gravações. Acompanhei de perto esse trabalho iniciado pelo FDP. Mas, pelo que me consta, ele fez apenas duas postagens. Uma vez ou outra vou tentar postar estes trabalhos fantásticos. Assim, vamos a um deles. Tenho uma paixão toda especial pelo Opus 61 de Beethoven. Apresento dessa vez uma gravação ao vivo executada no ano de 2005, realizada sob a batuta do regente Christian Thielemann; o violinista é Leonidas Kavakos. A Munich Philharmonic Orchestra realiza um bom trabalho. Entusiasma. Este concerto é de grande beleza e sensibilidade. É um dos concertos para violino que mais admiro, juntamente com o opus 64 de Mendelssohn, o opus 35 de Tchaikovsky e o opus 77 de Brahms. Depois vem o de Schoenberg e Sibelius. Devo afirmar que falta o de Shostakovich (opus 77). O outro registro fantástico do CD é a Sinfonia dos Alpes ou Sinfonia Alpina de Richard Strauss. Não deveríamos chamá-la de sinfonia, pois trata-se de um poema sinfônica de proporções impressionáveis. Strauss o compôs entre os anos de 1911 e 1915. O programa ilustra uma excursão de um dia subindo os Alpes Bávaros, recordando na magistral orquestração a experiência duma escalada realizada pelo próprio compositor quando ele tinha catorze anos. A música cumpre um programa (expressa em partes) narrado pelo compositor: neste caso, a subida a um pico do Alpes Bávaros e o retorno ao vale. O compositor considerava esta peça musical como o seu mais perfeito trabalho de orquestração, que inclui até máquinas que produzem sons de trovões. Os primeiros esboços datam de 1911. Em 1914, Richard Strauss dedicou-se com mais intensidade a essa obra e, após 100 dias de muito trabalho, a partitura foi concluída em 8 de fevereiro de 1915. A primeira execução da obra foi no dia 28 de outubro de 1915, com a Orquestra de Dresden, em Berlim, sob a regência do próprio compositor. A Sinfonia Alpina está dividida em 23 partes, a saber:

1. Noite;
2. O nascer do sol
3. A ascensão
4. Entrada na floresta;
5. Caminhando às margens do regato;
6. A queda d’água;
7. Aparição;
8. Nos prados floridos;
9. Nos pastos;
10. Perdido na espessura;
11. Na geleira;
12. Momentos perigosos;
13. O cume;
14. Visão;
15. Aparecem nuvens;
16. O sol se escurece pouco a pouco;
17. Elegia;
18. Calma antes da tormenta;
19. Temporal e tempestade;
20. A descida;
21. O pôr-do-sol;
22. Ressonâncias;
23. Noite.

É ouvir e se deleitar com esse trabalho fantástico. Faz-me lembrar de minha infância nos rincões pernambucanos. Acredito que Strauss quis resgatar justamente o sentido da infância que se mescla à natureza neste trabalho. Somente quem experienciou algo assim pode entender.

P.S. Algumas informações foram extraídas da wikipédia. As gravações estão em blocos.

Mais informações AQUI

Richard Strauss (1864-1949) – Sinfonia Alpina, Op. 64 (An Alpine Symphony)
1. Noite;
2. O nascer do sol
3. A ascensão
4. Entrada na floresta;
5. Caminhando às margens do regato;
6. A queda d’água;
7. Aparição;
8. Nos prados floridos;
9. Nos pastos;
10. Perdido na espessura;
11. Na geleira;
12. Momentos perigosos;
13. O cume;
14. Visão;
15. Aparecem nuvens;
16. O sol se escurece pouco a pouco;
17. Elegia;
18. Calma antes da tormenta;
19. Temporal e tempestade;
20. A descida;
21. O pôr-do-sol;
22. Ressonâncias;
23. Noite.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para violino em D major, op. 61
23. Allegro ma non troppo
24. Larghetto
25. Rondo

Munich Philharmonic Orchestra
Christian Thielemann, regente
Leonidas Kavakos, violino

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Carlinus

Richard Strauss – Also Sprach Zarathustra, Don Juan

Pois bem, sempre atrapalhado com a falta de tempo, trago aqui eis as minhas duas obras favoritas de Richard Strauss, dois poemas sinfônicos que são dois marcos da história da música do século XX,  o primeiro deles facilmente reconhecível devido aos seus acordes inciais, imortalizados na obra prima de Stanley Kubrick, além de ter sido usado em diversos outros momentos, inclusive fui surpreendido ao assistir a um show do Dream Theater em DVD e ouvir estes famosos acordes iniciais logo na abertura do show…
Não lembro quando foi que ouvi pela primeira vez o “Zarathustra”, mas foi paixão à primeira audição. Minha primeira gravação foi um LP da Columbia, com o Zubin Metha regendo a Filarmônica de Nova York, bela gravação por sinal, que acabou sendo esquecida em algum lugar, durante algumas de minhas mudanças. Já o Don Juan, se não me engano, foi com o próprio Karajan, e também fiquei encantado com a música.
A interpretação, para variar, está nas sempre competentes mãos de Neeme Järvi à frente da National Scottisch Orchestra, e a solista é Felicity Lott.
Uma pequena observação: esta capa ao lado não se refere ao cd que estou postando. Na verdade, a Chandos Records reuniu em dois álbuns duplos os poemas sinfônicos de Strauss que o Järvi gravou com eles, ainda nos anos 80, e em outros cds as gravações de outras obras vocais gravadas com a Felicity Lott. O cd que ora posto, esta fora de catálogo.

Richard Strauss – Also Sprach Zarathustra, Don Juan
1 Einleitung (Introduction)
2 Von den Hinterweltlern (Of the Backworldsmen)
3 Von der großen Sehnsucht (Of the Great Longing)
4 Von den Freuden- und Leidenschaften (Of Joys and Passions)
5 Das Grablied (The Song of the Grave)
6 Von der Wissenschaft (Of Science and Learning)
7 Der Genesende (The Convalescent)
8 Das Tanzlied (The Dance-Song)
9 Nachtwanderlied (The Might Wanderer’s Song)

10 Don Juan, Op. 20
11 Muttertändelei, Op. 43 No. 2
12 Cäcilie, Op. 27 No. 2

Felicity Lott – Soprano
Royal Scottish National Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

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FDP Bach

Richard Strauss (1864-1949) – Symphonia Domestica, Till Eulenspiegel, Two Songs

Pois bem, mais um Strauss, desta vez sua “Symphonia Domestica”, e sempre com a regência de Neeme Järvi frente à Scottish National Orchestra. Além dessa obra, o cd também traz “Till Eulenspiegels lustige Streiche”, além de duas canções, sempre interpretadas por Felicity Lott.
Assim a Wikipedia descreve a “Symphonia Domestica”:

“The program of the work reflects the simplicity of the subject-matter. After the whole extended family (including the aunts and uncles) has been introduced, the parents are heard alone with their child (indeed, originally this section was labelled “parents’ happiness”, “child’s games”, “cradle song” and “the clock strikes 7pm”). The third section is a three-part adagio which begins with the husband’s activities. This is followed by “a love scene” which segues into “dreams and worries” for the child. The clock striking 7am launches the finale. This sees itself through to an “awakening” passage, followed by “a lively row” which ends with “making up” and “happy conclusion of the stormy family scene”.”

Para o “Till Eulenspiegel” eis a análise da mesma Wikipedia:

“The work opens with a ‘Once upon a time’ theme, with solo horn bursting in with two repetitions of the first Till theme. The theme is taken by the rest of the orchestra in a rondo form (which Strauss spelled in its original form, rondeau), and this beginning section concludes with the tutti orchestra repeating two notes, along the lines of a child’s “ta da!”. The clarinet theme is heard next, suggesting Till’s laughter as he plots his next prank. The music follows Till throughout the countryside, as he rides a horse through a market, upsetting the goods and wares, pokes fun at the strict Teutonic clergy, flirts and chases girls (the love theme is given to soli first violin), and mocks the serious academics.

The music suggesting a horse ride returns again, with the first theme restated all over the orchestra, when the climax abruptly changes to a funeral march. Till has been captured by the authorities, and is sentenced to beheading for blasphemy. The funeral march of the headsman begins a dialogue with the desperate Till, who tries to wheedle and joke his way out of this predicament. Unfortunately, he has no effect on the stony executioner, who lets fall the ax. The D clarinet wails in a distortion of the first theme, signifying his death scream, and a pizzicato by the strings represents the actual execution. After a moment of silence, the ‘once upon a time’ theme heard at the beginning returns, suggesting that someone like Till can never be destroyed, and the work ends with one last quotation of the musical joke.”

Richard Strauss (1864-1949) – Symphonia Domestica, Till Eulenspiegel, Two Songs

01 – Symphonia Domestica. I – Introduction
02 – Symphonia Domestica. II – Scherzo
03 – Symphonia Domestica. III – Adagio
04 – Symphonia Domestica. IV – Finale
05 – Symphonia Domestica. V – Epilogue
06 – Till Eulenspiegels lustige Streiche
07 – Zueignung
08 – Die heiligen drei Könige aus Morgenland

Felicity Lott – Soprano
Scottish National Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

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FDP Bach

Richard Strauss (1864-1949) – Ein Heldenleben, op. 40, Four Last Songs, Op. posth.

Aproveitando o feriado de Carnaval, resolvi preparar alguns agendamentos para futuras postagens, para dar uma folga para o mano PQP, não acumulá-lo de serviço mais do que já está, ainda mais agora que nossa querida Clara Schumann pediu desligamento do blog devido a problemas particulares.

Por algum motivo desconhecido, até agora quase nada havíamos postado de Richard Strauss, compositor muito querido por mim, FDPBach, e que ouvi muito em determinada fase de minha vida, principalmente seu “Also Sprach Zaratustra”, seu magnífico “Don Quixote”, e este “Ein Heldenleben”. Portanto, estarei postando algumas obras dele nos próximos dias,

Sim, eu tenho as versões do Karajan para essas obras, antes que alguns karajanmaníacos perguntem, mas resolvi postar estas versões de Neeme Järvi frente à Scottish National Orchestra para diversificar, e mostrar que existem outros grandes maestros atuando no atual mercado fonográfico. Järvi gravou praticamente toda a obra orquestral de Strauss para a Chandos Records, sempre acompanhado pela excelente soprano Felicity Lott, inclusive aqui nas “Últimas Quatro Canções”, cuja gravação de referência é a Scharwzkopf ainda nos anos 50 ou 60, não tenho bem certeza.

Uma análise mais aourada da obra pode ser encontrada aqui.

Richard Strauss – Ein Heldenleben, op. 40, Four Last Songs, Op. posth.

01 – Ein Heldenleben. Der Held
02 – Ein Heldenleben. Des Helden Widersacher
03 – Ein Heldenleben. Des Helden Gefährtin
04 – Ein Heldenleben. Des Helden Walstatt
05 – Ein Heldenleben. Des Helden Friedenswerke
06 – Ein Heldenleben. Des Helden Weltflucht und Vollendung
07 – Vier letzte Lieder. I – Beim Schlafengehen
08 – Vier letzte Lieder. II – September
09 – Vier letzte Lieder. III – Frühling
10 – Vier letzte Lieder. IV – Im Abendrot

Felicity Lott – Soprano
Scottish National Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

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FDP Bach