Gaetano Donizetti (1797-1848): Don Pasquale – Ruggero Raimondi, Isabel Rey, Juan Diego Flores

Gaetano Donizetti (1797-1848): Don Pasquale – Ruggero Raimondi, Isabel Rey, Juan Diego Flores

Hoje vamos enveredar por caminhos nunca dantes navegados, até agora: óperas de Gaetano Donizetti (Bérgamo 1797 – Bérgamo 1848). Vamos começar pela obra que é considerada por muitos como “ l’ultima delle grandi opere buffe italiane”: seu “Don Pasquale”.

Em outubro de 1842, Giovanni Ruffini (1807 – 1881) passou a viver dias extremamente agitados, uma “máquina de escrever versos”, como diz em carta escrita à mãe no dia 18 daquele mês. Vem produzindo rimas de modo tão intenso, a toque de caixa, para a nova ópera cômica do incansável Donizetti intitulada “Don Pasquale”. Convenhamos era uma grande responsabilidade, afinal o compositor com 62 óperas no currículo (esta seria a sexagésima terceira) já era consagrado. Reza a lenda que o compositor era dotado de extraordinária capacidade de trabalho, exigindo dos colaboradores pleno empenho na realização de qualquer tarefa. A todos (libretista, cantores, músico e qualquer um que estivesse envolvido com sua ópera) ia espicaçando impiedosamente, até o último ensaio. Era uma “vida loca” ele tinha que atender a seguidas encomendas de óperas e mais óperas, num encadeamento que colocaram Donizetti numa verdadeira “roda-viva”. Imaginem os (as) senhores (as) ele concluiu sua primeira ópera (“Enrico di Borgogna”) em 1818 e cerca de 24 anos depois ele já havia produzido 62 óperas, são quase 3 óperas por ano !!!! Mas não era só isso, o mestre ainda escreveu entre uma ópera e outra, para distrair, 30 cantatas, 13 sinfonias, 18 quartetos para cordas e dezenas de pequenas peças litúrgicas. O italiano era um furacão, consequência direta das exigências contratuais que o obrigavam a desdobrar-se em múltiplas e sucessivas criações, mais ou menos “acabava uma e começava outra”, sem pausas para intervalos sabáticos. Porém o reconhecimento e prestígio ia para além das fronteiras italianas e não raro ele era chamado a frequentar salões imperiais nos quais recebia admiração e honrarias. Sua fama consolidou-se na facilidade com que sempre respondia as solicitações do seu público, o comum era a receptividade sempre calorosa junto as plateias de Milão, Nápoles, Roma Paris ou Viena.

Em 15 setembro de 1842 Donizetti escreve a um amigo: “Estou indo a Paris, tratar da tradução das óperas “Maria Padilla” e “Linda di Chamounix”. Sabe Deus que outra coisa farei”. Faria “Don Pasquale”. Em 27 deste mesmo mês ele assina o contrato e como em ocasiões anteriores, assumia um compromisso para dele se ocupar não podendo pensar em desperdiçar um minuto que fosse. A 20 de outubro vende os direitos da partitura para o editor Ricordi, para divulgação na Itália e Alemanha. Exatamente trinta dias depois, informa por carta que iniciaria os ensaios na semana seguinte. Havia transcorrido não mais que dois meses e alguns dias desde o momento em que aceitara a produção da nova ópera e sua conclusão.

Giovanni Ruffini

O libreto é baseado nos versos que Angelo Anelli escreveu para a ópera “Ser Marcantonio” do compositor Stefano Pavesi (1779-1850), apresentada em 1810. Donizetti incumbiu o libretista Giovanni Ruffini de fazer a adaptação do libreto existente para sua música. Era uma solução de emergência não havia tempo para criar algo novo, então como recurso reformularam um libreto de sucesso já existente (era um artifício comum na época, sem nenhuma conotação de demérito para o beneficiário). Nestes dias agitados Giovanni conta o que significava trabalhar com Donizetti: “faltava uns cinquenta versos de recitativo e um rondó final (…) que me fez suar sangue e água. Senti nos rins uma espada de dois gumes, os editores de um lado e Donizetti do outro dizendo que gostaria que lhe entregasse material para musicar, não todos os dias, como faço, mas todas as horas…..”.

Ilustração Francesa do seculo XIX

A estréia, um estrondoso sucesso, aconteceu em 3 de janeiro de 1843 no Theatre des Italians em Paris, tendo como intérpretes: a soprano Giulia Grisi como Norina, o tenor Giovanni Matteo di Candia como Ernesto, o baixo Luigi Lablache como Don Pasquale, o barítono Antonio Tamburini como médico Malatesta e o contrabaixo Federico Lablache, filho de Luigi Lablache, como tabelião.

L’Elisir d’Amore” (1832), “Lucrezia Borgia” (1833), “Lucia di Lammermoor” (1835), “La Fille du Régiment” (1840) são apenas algumas de suas 67 óperas, as que mais impressionaram as plateias e sobreviveram ao teste do tempo. “Dom Pasquale” foi o seu grande último êxito. No mesmo ano da estreia, em Paris, Donizetti caiu em profunda depressão, muito provavelmente por causa do excessivo trabalho e sobretudo da tristeza vivenciada em seu drama familiar: em 1828, casou-se com Virgínia Vasselli, ela morreu 9 anos após o casamento tendo perdido, ainda recém-nascidos, os três bebes que concebera com o compositor. O Resultado foi a depressão acompanhada de sintomas de desequilíbrio mental e progredindo com uma paralisia dos membros. Cerca de dois anos após a estreia de Don Pasquale o amigo de Donizetti, Heinrich Heine, relata uma visita em um hospital:

Pintura de Ponziano Loverini

“Enquanto suas melodias alegram o mundo, enquanto as pessoas o cantam e admiram em toda parte, ele mesmo, uma imagem horrível, sentado em um quarto de hospital.” Donizetti tinha conservado apenas uma consciência infantil para ficar arrumado: “Era preciso vesti-lo cuidadosamente todos os dias, de gala completo, fraque decorado com todos os seus enfeites; então ele ficava sentado imóvel, com o chapéu na mão, de manhã até tarde da noite ”(Heinrich Heine, 1844). o compositor morreu a 8 de abril de 1848 aos 51 anos de idade.

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O Enredo
Roma, início do século XIX. Casa de Don Pasquale, um velho solteirão rico e avarento. Ouvimos uma abertura que antecipa muitas belas melodias da ópera. A abertura começa com alguns acordes altos cuja função, na época, era a de silenciar o público que tagarelava antes do início da peça, solicitando atenção. Em seguida, ouvimos uma melodia lírica tocada por um violoncelo solo.

Ato 01
Rico, extremamente conservador e sovina, o velho solteirão decidiu casar-se para mais facilmente deserdar o sobrinho Ernesto. E por que ele age deste modo ? Enamorado de Norina, jovem viúva, o rapaz recusa-se obstinadamente a tomar por esposa aquela que o tio escolheu, moça nobre, rica e muito prendada. Aos olhos de Don Pasquale, tal rebeldia é inadmissível. Ao iniciar a ópera encontramos Don Pasquale impaciente e nervoso, pois espera que seu médico de família e amigo Dr.

Milão 1904

Malatesta discuta um assunto importante. Quando ele finalmente aparece, Don Pasquale pergunta animado se ele encontrou uma noiva. Malatesta afirma e fala de uma jovem adorável e modesta que escolheu para ele, ouve extasiado a descrição que Malatesta faz da jovem que lhe arranjou para esposa. Bela e virtuosa, não há qualidade que lhe falte. Exultante, Don Pasquale pergunta pela família desse anjo. “Abastada, honesta”, esclarece o doutor. “E o nome?” indaga o velho. Ao saber que é a própria irmã de Malatesta, já não cabe em si de alegria. Quer saber quando a verá. “Esta noite”, promete o amigo. Sozinho de novo entrega-se a devaneios. Considera-se um privilegiado. Como disse ao médico, sente-se jovem novamente.

Seu sobrinho aparece. Don Pasquale gostaria de deixar sua herança para Ernesto, com a condição de que ele se casasse de maneira respeitável e rica. Don Pasquale já escolheu uma pretendente. Ernesto ama a pobre Norina. Mas Don Pasquale não gosta e lhe diz que se ele se casar com ela, ele o deserdaria. Ernesto rejeita a candidata de Pasquale, ao que este lhe diz que se casará novamente e que Ernesto voltará de mãos vazias. Ernesto não compreende, pede explicações, mal suporta o impacto que lhe causam a atitude do tio: e agora, o que fazer da vida? Ainda tenta retardar os acontecimentos e pergunta a Don Pasquale se não conviria pedir a opinião do Doutor Malatesta a respeito de seus planos de casamento. Rindo, o velho lhe dá a nova informação: já o fez e é justamente com a irmão do médico a sua eleita. Ernesto é dominado por íntima revolta: não esperava tal atitude de Malatesta, a quem considerava amigo fiel. Não imagina, porém, que o doutor planeja justamente beneficiá-lo, ao cabo da audaciosa farsa que está tramando.

Na segunda cena, encontramos Norina em sua casa e ela lendo uma história de amor com complicações. Ela sorri, porque ela mesma conhece todos os truques para fazer o coração de um homem bater mais rápido. Um servo traz para ela uma mensagem de Ernesto. Ela fica sabendo dos planos de casamento de Pasquale e que Ernesto decidiu deixar a Europa por desespero. Quando Malatesta chega, ele encontra Norina desesperada. Ela conta-lhe que Ernesto, como diz a carta, esta prestes a deixar Roma, por ter Don Pasquale decidido a deserda-lo. As últimas linhas: “Ele obrigou-me a renunciar ao teu amor. Adeus, sejas feliz”. Quando Malatesta descobre o motivo, ele ri. Ele explica a ela que a coisa toda foi armada por ele para enganar o velho. A irmã nem existe. Seu plano é que a própria Norina interprete a irmã de Malatesta. Ela teria que interpretar uma garota modesta e ingênua. Don Pasquale, se for enganado, ira arranjar um casamento em sua casa e quando o Don assinar o contrato de casamento, ele estará à mercê dela. Norina fica entusiasmada com o plano.

Ato 02
À noite na casa de Don Pasquale. Ernesto está sentado com as malas prontas. Ele se sente abandonado e triste porque se tornou impossível se casar com Norina. Donizetti nos apresenta algo incomum nesta ária. Um solo de trompete profundamente triste nos introduz no humor de Ernesto. Normalmente este instrumento não está associado a esses sentimentos. Donizetti provocou deliberadamente esse efeito para enfatizar a complexidade dessa trama, que se pretende mais do que uma mera comédia. Entrementes, enquanto Ernesto amarga suas frustrações num cômodo da casa de Don Pasquale, em outo aposento o tio prepara-se para receber Malatesta e a sua futura esposa. Eufórico e espiritualmente rejuvenescido, troca palavras alegres “com seus botões”. Roda sobre si mesmo, vaidosamente, equilibrando-se numa perna. Sente-se um garotão ! Já se vestiu com suas melhores roupas na alegre expectativa da noiva.

Ela aparece acompanhada por Malatesta mas com um véu no rosto Dom Pasquale está encantado com sua modéstia e Norina interpretando uma mulher recatada busca convencer em seu papel de donzela recém saída do convento. Don Pasquale – oculto num canto, onde se pusera a um sinal do doutor – acompanha com vivo interesse a conversa entre Norina e Malatesta (que a chama de Sofrônia), repleta de expressões e gestos que o convencem sempre mais da riqueza de qualidades da moça. Finalmente, são apresentados por Malatesta. Norina simula sentir-se profundamente chocada ante a visão de um homem estranho: “Como? Um homem! Ah, como sou miserável! Depressa, irmão , fujamso daqui!”. Tal reação, para Don Pasquale, é a prova conclusiva de que se encontra frente a uma jovem de incontestável pureza. Agora, quer ver-lhe o rosto. Norina se conserva toda pudica, finge supremo constrangimento, mas cede, afinal. O velho fica maravilhado, gagueja, faz acenos nervosos a Malatesta e este induz Norina a responder afirmativamente as pretensões matrimoniais do amigo.

Milão 1904

Don Pasquale quer que o notário apareça imediatamente. Claro, Malatesta já tem seu tabelião esperando do lado de fora, Carlotto (primo de Malatesta). Existe um problema. Quando o casal assina, só há uma testemunha: Malatesta. Chamam Ernesto. Dom Pasquale diz-lhe com prazer que ele deve servir de testemunha do casamento. Ernesto olha para a noiva e não acredita em seus olhos quando vê Norina. Malatesta discretamente o apresenta ao plano e seus benefícios.

Tão logo a cerimônia chega ao fim a moça sofre abrupta transformação. A modesta freira se torna um monstro. Ela intimida o pobre Don Pasquale e, quando escolhe Ernesto como seu companheiro para um passeio, ele fica totalmente pasmo e Ernesto se diverte deliciosamente. Ouvimos o lindo quarteto “e rimasto la impietrato”. Em seguida, Sofrônia pede para ver os criados. Para horror de Pasquale, ela decide dobrar o salário e contratar mais funcionários. Quer duas carruagens, dez cavalos de raça inmglesa, novo mobiliário e diversas outras extravagâncias. Ao marido, “abismado” e inutilmente raivoso, ainda faz outra exigência: que Ernesto fique permanentemente em sua companhia. Don Pasquale percebe que foi enganado e Ernesto se regozija.

Ato 03
A velha casa mudou, está irreconhecível foi recentemente mobiliado tudo novo e há empregados por toda parte. Dom Pasquale é um homem desesperado, fica pasmo e repassa todas as contas. Quando Sofrônia aparece ele tenta protestar, mas ela interrompe lhe as queixas com duras palavras. Muito elegante, ela está vestida para ir ao teatro. Quando Don Pasquale tenta deter a saída para o teatro, ela lhe dá um tapa no rosto. Pasquale desmaia e Norina sente um pouco de pena. Mas o plano tem que ser executado. Ao sair, ela deixa cair deliberadamente um pedaço de papel. Furioso Don Pasquale acorda e clama pelo divórcio, acha o papel e o lê. É uma carta de Ernesto para um encontro à meia-noite no jardim.

Fora de si – a esposa começava o casamento com um ato de infidelidade, Don Pasquale manda chamar Malatesta com quem quer traçar um plano. O médico atende prontamente e eles decidem emboscar secretamente Sofrônia e Ernesto. Com essa prova, ele poderia então expulsar a esposa não amada de casa (este dueto tornou-se famoso pelas suas sílabas cantadas rapidamente, o Presto-Sillabato, e é um dos destaques absolutos desta ópera).

Milão 1904

É noite no jardim. Ambos estão a espreita. Ernesto canta uma serenata como senha. Ouvimos outra bela ária de Donizetti para o tenor Ernesto. Em seguida ouvimos o grande dueto de amor. Don Pasquale precipita-se sobre o casal, mas o rapaz consegue escapar. Norina não se abala, e até afirma que ali estava sozinha. A situação fica tensa: Don Pasquale quer expulsá-la de casa, mas Sofrônia se recusa se fazendo de irônica: esquecia ele que no contrato de casamento ele lhe destinara todos os bens… inclusive a casa ? Malatesta intervém para sugerir que, como forma de resolver a questão, Don Pasquale permita que Ernesto despose Norina. Quando Sofrônia ouve o nome de Norina, ela explica que nunca viverá sob o mesmo teto que esta mulher. Don Pasquale agora sente o cheiro de sua chance. O plano de Malatesta parece funcionar e ele busca Ernesto, e Don Pasquale aceita seu casamento.

Ele até concorda em dar a eles um dote apenas para se livrar do monstro Sofronia. Perplexo, ouve então do doutor a confissão da farsa, arquitetada para provar lhe que não estava mais em idade de pensar em casamento. O velho compreende a difícil lição, e dá sua bênção ao casamento do sobrinho. Norina apresenta a moral da história: Quem quer casar na velhice faz de si mesmo apenas um tolo, no belíssimo rondó que encerra a ópera.

Personagens e intérpretes
Esta versão que ora temos o imenso prazer de compartilhar com os amigos do blog é a versão de 2006 ao vivo da Ópera de Zurique. Quanto à gravação em minha modestíssima opinião está bem aceitável, as vezes deixa os cantores longe do microfone, acho mais legal as gravações de ópera ao vivo conseguimos captar “eletricidade” no ar. A abertura da ópera está ótima, com bom equilíbrio e presença. O maestro Nello Santi conduz com a energia donizettiana apropriada.

O papel-título do irascível Don Pasquale é cantado pelo grande barítono italiano, o veterano Ruggero Raimondi e um excelente elenco de apoio. Raimondi, com a voz mais seca do que em seus dias de juventude, é um ótimo Don Pasquale, atuando com brio cômico, irrompendo em danças de alegria quando sua proposta parece estar dando certo e mergulhando em um desespero sentido quando as coisas começam a dar errado, altamente convincente. No dueto do terceiro ato com Oliver Widmer foi ao ponto de recompensar o público com um bis muito bem-vindo! O tenor Juan Diego Flórez como sobrinho do Don, o apaixonado Ernesto, sua interpretação está simplesmente im-per-dí-vel para qualquer admirador do bel canto. Sua voz é doce e terna, mas com um toque firme, seus

Shhhh, pianíssimo !!!
Nello Santi (1931-2020)

pianíssimos são arrebatadores e sua ária de último ato, “Com’è gentil”, é radiante. Sua voz é um milagre, cheia de fluidez e graça, com notas agudas brilhantes, livres de quaisquer manchas ásperas, uma alegria de ouvir. Como Dr. Malatesta, o barítono Oliver Widmer aparece muito bem. Um Malatesta divertido e muito bem cantado. Norina é a soprano espanhola Isabel Rey, que oferece uma excelente performance vocal, lidando otimamente bem com suas coloraturas definitivamente cheias de vida. No geral, é uma audição maravilhosa e vale a pena ouvir. Divritam-se !!!!!

Donizetti – Don Pasquale

Don Pasquale – Ruggero Raimondi
Ernesto – Juan Diego Flórez
Norina – Isabel Rey
Dottor Malatesta – Oliver Widmer
Um notaro – Valeriy Murga

Chorus and Orchestra of the Opernhaus Zürich
Nello Santi – Maestro

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Mesa de Trabalho do Gaetano com ilustrações e nomes das suas operas.

Ammiratore

Maria, com Cecilia Bartoli

Maria, com Cecilia Bartoli

Com menos de vinte anos, a romana Cecilia Bartoli já era uma celebridade — ela disse que nasceu cacarejando… Hoje, aos 53 anos, ela segue como uma das principais cantoras líricas em atividade e nos prova que uma cantora pode ao mesmo tempo cantar bem , ser inteligente, ter auto-ironia e agir sem grandes poses. Sua praia é principalmente as óperas de Mozart e Rossini, mas ela explora outros repertórios em seus discos individuais.

Mais ou menos a cada dois anos, Cecilia Bartoli lança um álbum solo onde canta árias escolhidas. O primeiro que conheci, o espetacular The Vivaldi Album (1999), era belíssimo. Depois ouvi o também excelente Opera Proibita (2005), inteiramente dedicado a Handel, Scarlatti e Caldara. Ela é um sucesso de público e estes trabalhos receberam Grammys e o o escambal. Gosto muito dela e, por isso, atirei-me de cabeça neste recém lançado Maria.

Aqui, novamente — como faz em todos os seus álbuns — ela apresenta nada menos do que oito árias nunca antes gravadas, incluindo uma bonita Se un mio desir…Cedi al duol da ópera Irene, cuja partitura completa não chegou a nossos dias. Esta mistura de pesquisa e highlights como Casta Diva tornam interessantes os álbuns desta cantora que só cria álbuns de primeira linha, como The Gluck Album e The Salieri Album.

Na minha opinião, as melhores faixas são as que tem música de Bellini. Ontem, ao ouvir o CD, fui conferir por três vezes a faixa que estava tocando e sempre era uma de Bellini. Não é o melhor de seus discos. Há umas coisas tirolesas um pouco enervantes, mas uma cantora como Bartoli sempre vale a pena ouvir.

Cecilia Bartoli — Maria

1. Irene: Se un mio desir…Cedi al duol (3:45)
Composer Giovanni Pacini (1796 – 1867)

2. Irene: Ira del ciel (2:25)
Composer Giovanni Pacini (1796 – 1867)

3. Ines de Castro: Cari giorni (4:09)
Composer Giuseppe Persiani (1799-1869)

4. Infelice, Op. 94 (12:19)
Composer Felix Mendelssohn (1809 – 1847)
Maxim Vengerov (Violin) <—– ATENÇÃO, FDP!

5. El poeta calculista: Yo que soy contrabandista (2:28)
Composer Manuel García (1775 – 1832)

6. La sonnambula: Ah, non credea mirarti.
Composer Vincenzo Bellini (1801 – 1835)

7. La sonnambula: Ah, non giunge
Composer Vincenzo Bellini (1801 – 1835)

8. Air à la tirolienne avec variations, Op. 118 (7:27)
Composer Johann Nepomuk Hummel (1778 – 1837)

9 La figlia dell’aria: E non lo vedo…Son regina (7:05)
Composer Manuel García (1775 – 1832)

10 La fille du régiment: Rataplan (2:28)
Composer Gaetano Donizetti (1797 – 1848)

11. Tancredi: Di tanti palpiti (3:20)
Composer Gioachino Rossini (1792 – 1868)

12. I puritani: Qui la voce sua soave…
Composer Vincenzo Bellini (1801 – 1835)

13. I puritani: Vien, diletto
Composer Vincenzo Bellini (1801 – 1835)

14. Clari: Come dolce a me favelli (4:38)
Composer Jacques Halévy (1799 – 1862)

15. Amelia, ovvero Otto anni di costanza: Scorrete, o lagrime (2:34)
Composer Lauro Rossi (1810 – 1885)

16. L’Elisir d’Amore: Prendi, per me sei libero (4:18)
Composer Gaetano Donizetti (1797 – 1848)

17. Norma: Casta diva (6:47)
Composer Vincenzo Bellini (1801 – 1835)

Mezzo-soprano Vocals – Cecilia Bartoli
Leader [Orchestra La Scintilla] – Ada Pesch
Conductor – Adam Fischer

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Essa canta pra cacete!

PQP

Gaetano Donizetti (1797-1848) – Messa da Requiem – Rahbari, Virtuosi di Praga, Praga Kammerchoir

Postar um Requiem sempre dá um pouco mais de trabalho. Na verdade, por algum motivo, tenho certa resistência a postagens em que um instrumento chamado voz humana é o solista principal. Por isso, não posto tanta ópera quanto gostaria.
E esse Requiem que ora vos trago é fruto da mente fértil de um dos maiores compositores de ópera que já viveram sobre a Terra, e não estou falando de Verdi, e sim de um conterrâneo seu, Gaetano Donizetti. O cara compôs setenta e duas óperas !!!, em uma média de três por ano em um período de vinte e oito anos.
Porém este Requiem nunca foi concluído. E só foi estreado vinte anos após a morte do compositor. Os senhores irão verificar que falta sessões, como o “Benedictus” e o “Agnus Dei”.
Donizetti faleceu em 1848, vítima de doença mental.
O booklet do CD está em anexo ao arquivo. Ali terão maiores explicações sobre esta obra.

01. Introduzione
02. Kirie
03. Requiem
04. In Memoria aetera
05. Dies Irae
06. Tuba Mirum
07. Judex Ergo
08. Rex tremendae majestatis
09. Ingemisco
10. Praeces Meae
11. Confutatis maledictis
12. Oro Supplex
13. Lacrymosa diees illa
14. Offertorio
15. Libera me, Domine

Tiziana K. Sojat – Soprano
Vittorio Giammarrusco – tenor
Marcel Rosca – bass
Jaroslava Horska-Maxova – Mezzo Soprano
Zdenek Hlavka – baritone
Virtuosi di Praga
Prague Chamber Choir
Alexander Rahbari – Conductor

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Gaetano Donizetti – Le Fille du Régiment – Sutherland, Pavarotti, Bonynge, Orchestra & Chorus of The Royal Opera House, Convent Garden

‘La fille du régiment” (A Filha do Regimento) é uma ópera cômica em dois atos de Gaetano Donizetti. Escrita enquanto o compositor estava vivendo em Paris, o libretto em francês é da autoria de Georges Henri Vernoy de Saint-Georges e Jean-François Bayard.
Detalhes sobre o enredo podem ser encontrados na WIKIPEDIA. O Libretto também está disponível em diversos sites na internet.
Como não poderia deixar de ser, o elenco é espetacular, destacando-se Luciano Pavarotti e Joan Sutherland. A regência impecável de Richard Bonynge frente à Orquestra e Coro da Royal Opera House também ajudou a tornar esta gravação histórica e com certeza leva o selo de IM-PER-DÍVEL do PQPBach.

Deliciem-se … é de se ouvir de joelhos e agradecer pelo fato de termos acesso a esta jóia da indústria fonográfica.

CD 1

01. I. Ouverture
02. AKT 1 – L’Ennemi S’Avance
03. Pour Une Femme De Mon Nom
04. Sacre Nom D’Une Pipe!
05. Au Bruit De La Guerre
06. Allons, Allons, March’, March’
07. La La La… Chacun Le Sait, Chacun Le Dit
08. Des Que L’Appel Sonne
09. Ils L’Ont Emmene Brutalement
10. Quoi! Vous M’Aimez
11. Rataplan, Rataplan, Rataplan
12. Ah! Mes Amis, Quel Jour De Fete!
13. Le Camarade Est Amoureux!
14. Je Suis Soldat

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CD 2

01. Entr’acte
02. Act Two – La romance perdue, on l’a retrouvee
03. Le jour naissait dans le bocage
04. C’en est donc fait
05. Tous les trois reunis
06. Ecoutez – moi, de grace!
07. Ah! c’est elle!
08. Oui! Quand le destin, au milieu de la guerre

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Marie – Joan Sutherland
Tonio – Luciano Pavarotti
La Marquise de Berkenfield – Monica Sinclair
Hortensius – Jules Bruyère
Sulpice – Spiro Malas
Le Caporall – Eric Garrett
La Duchesse de Crakentorp – Edith Coates
Un paysan – Alan Jones
Un Notaire – Omar Gorde

 

Domenico Gaetano Maria Donizetti (1797-1848): L’elisir d’amore ´Pavarotti, Battle, Nucci, Dara, Upshaw, Levine, Metropolitan Orchestra & Chorus

Começando a semana com ópera. Que tal? Donizetti, Pavarotti, Kathleen Batthle, Metropolitan Orchestra … quer mais o que, cara pálida? Corre para baixar …

Ato I

Nemorino, um pobre camponês, está apaixonado por Adina, uma bela proprietária de terras, que o atormenta com sua indiferença. Quando Nemorino ouve Adina lendo para seus trabalhadores a história de Tristan e Isolda, ele está convencido de que uma poção mágica irá ajudá-lo a conquistar o amor de Adina. O sargento Belcore aparece com seu regimento e imediatamente começa a cortejar Adina na frente de todos. Nemorino fica ansioso (apesar de Adina secretamente ridicularizar a complacência de Belcore) e, sozinho com Adina, revela seu amor por ela. No entanto, Adina o rejeita, dizendo que ela quer um amante diferente a cada dia e seguisse seu exemplo faria Nemorino melhor. Nemorino declara que seus sentimentos nunca vão mudar. O charlatão ambulante médico, Dulcamara (o autoproclamado Dr. Encyclopedia), chega, vendendo sua bebida engarrafada para as pessoas da cidade. Nemorino inocentemente pergunta a Dulcamara se ele tem alguma poção de amor de Isolda. Apesar de não reconhecer o nome “Isolda”, os talentos comerciais de Dulcamara permitem-lhe vender uma garrafa da cura-tudo – na realidade apenas vinho barato – a Nemorino, retirando todas as suas economias.
Para poder fugir com mais segurança, Dulcamara diz a Nemorino que a poção precisa de 24 horas para entrar em vigor – quando o médico já terá ido embora. Nemorino bebe a poção com pressa para assistir ao efeito amanhã. Encorajado pelo “elixir” (na verdade, bêbado), Nemorino finge indiferença quando encontra Adina, pois espera que o elixir facilite sua conquista de Adina no dia seguinte. Ela fica cada vez mais irritada; talvez ela tenha sentimentos por Nemorino afinal de contas? Belcore retorna e propõe casamento para Adina. Ainda irritada por Nemorino e desejando dar-lhe uma lição, Adina promete falsamente se casar com Belcore em seis dias. No entanto, Nemorino apenas ri em resposta: tal confiança é sustentada na crença na poção mágica. No entanto, quando Belcore descobre que seu regimento deve sair na manhã seguinte, Adina promete casar com ele antes de sua partida. Isso, é claro, entra em pânico para Nemorino, que clama pelo Dr. Dulcamara para ajudá-lo. Adina, enquanto isso, convida todos para o casamento.
Ato 2
A festa de casamento de Adina e Belcore está em pleno andamento. Dr. Dulcamara encoraja Adina a cantar um dueto com ele para entreter os convidados. O notário chega para oficializar o casamento. Adina fica aborrecida ao ver que Nemorino não apareceu, pois o negócio todo se destina apenas a puni-lo. Enquanto todo mundo vai para testemunhar a assinatura do contrato de casamento, Dulcamara fica para trás, ajudando-se a comida e bebida. Tendo visto o notário, Nemorino aparece deprimido, pois acredita que perdeu Adina. Ele vê Dulcamara e implora freneticamente por um elixir mais poderoso e de ação mais rápida. Embora Dulcamara se orgulhe de se orgulhar de sua filantropia, ao descobrir que Nemorino agora não tem dinheiro, ele muda de tom e se afasta, recusando-se a fornecer-lhe qualquer coisa. Belcore emerge, refletindo sobre o motivo pelo qual Adina adiou o casamento e assinou o contrato. Ele vê Nemorino e pergunta ao seu rival por que ele está deprimido. Quando Nemorino diz que precisa de dinheiro, Belcore sugere que se junte ao exército, pois ele receberá fundos no local. Belcore tenta empolgar Nemorino com contos de vida militar, enquanto Nemorino só pensa em conseguir a poção e, assim, ganhar Adina, mesmo que apenas por um dia antes da partida. A Belcore produz um contrato, que a Nemorino assina em troca do dinheiro. Nemorino promete em particular se apressar e comprar mais poção, enquanto Belcore reflete sobre como o envio de Nemorino para a guerra despachou tão facilmente seu rival.
Depois que os dois homens foram embora, Giannetta fofoca com as mulheres da aldeia. Jurando-os todos ao sigilo, ela revela que o tio de Nemorino acabou de morrer e deixou uma grande fortuna para o sobrinho. No entanto, nem Nemorino nem Adina ainda estão cientes disso. Nemorino entra, tendo gasto seu bônus de assinatura militar em – e consumido – uma grande quantidade do falso elixir do Dr. Dulcamara. Esperando compartilhar sua fortuna, as mulheres se aproximam de Nemorino com saudações excessivamente amistosas. Portanto, fora do personagem é isso que Nemorino toma como prova da eficácia do elixir. Adina vê Nemorino com as mulheres, está abalada com sua recém descoberta popularidade e pede uma explicação ao Dr. Dulcamara. Sem saber que Adina é o objeto do carinho de Nemorino, Dulcamara explica que Nemorino gastou seu último centavo no elixir e se juntou ao exército para conseguir mais dinheiro, tão desesperado era ganhar o amor de alguma beleza cruel sem nome. Adina imediatamente reconhece a sinceridade de Nemorino, lamenta seu comportamento e percebe que ela amou Nemorino o tempo todo. Embora Dulcamara aproveite a oportunidade para tentar vender-lhe um pouco de sua poção para reconquistar Nemorino, Adina declara que tem plena confiança em seus próprios poderes de atração.
Nemorino aparece sozinho, pensativo, refletindo sobre uma lágrima que viu nos olhos de Adina quando a ignorou mais cedo. Apenas baseado nisso, ele se convence de que Adina o ama. Ela entra e pergunta por que ele escolheu se juntar ao exército e deixar a aldeia. Quando Nemorino explica que ele estava buscando uma vida melhor, Adina responde que ele é amado e que ela comprou de volta seu contrato militar com o sargento Belcore. Ela oferece o contrato cancelado para Nemorino e garante que, se ele ficar, ele ficará feliz. Enquanto ele aceita o contrato, Adina se vira para sair. Nemorino acredita que ela está abandonando-o e voa para um ataque desesperado, prometendo que, se ele não for amado, ele também poderia sair e morrer como soldado. Profundamente movido por sua fidelidade, Adina finalmente declara que vai amar Nemorino para sempre. Nemorino está em êxtase. Adina implora a ele para perdoá-la, o que ele faz com um beijo. Belcore retorna para ver Nemorino e Adina em um abraço. Quando Adina explica que ela ama Nemorino, o sargento leva a notícia no tranco, observando que há muitas outras mulheres no mundo. Adina e Nemorino aprendem sobre a herança de seu tio. Dulcamara retorna e se vangloria do sucesso de seu elixir: Nemorino é agora não apenas amado, mas também rico. Ele exulta no impulso que isso trará para as vendas de seu produto. Enquanto ele se prepara para sair, todo mundo faz fila para comprar o elixir e elogia Dulcamara como um grande médico.

A tradução do resumo acima foi feita pelo Google Tradutor e foi ‘emprestado’ da Wikipedia inglesa. Existem diversos sites que oferecem o link do Libretto, basta procurar.

A dupla Luciano Pavarotti e Kathleen Battle está perfeita aqui, com a sempre e correta direção de James Levine, que dirige a Orquestra e o Coral do Metropolitan, principal casa de Ópera de Nova York. Eis o comentário do editor da amazon.com sobre esse CD:
“It would be hard to imagine a better performance of Donizetti’s comic masterpiece. If there was one role that ideally suited Luciano Pavarotti’s voice and stage personality, it was Nemorino, the impoverished and not-very-bright peasant who worships the village’s prettiest and richest young woman from a distance, is swindled by a traveling vendor of “miracle” medicines, but wins her hand by dumb luck. The story has comedy, pathos, and a put-down of Wagner’s Tristan und Isolde (or at least the Tristan story) written long before Wagner composed it.
Kathleen Battle is not only a wonderful singer and convincing actress; as Adina, she is pretty enough to make Nemorino’s infatuation totally credible. Juan Pons struts convincingly as Belcore, Nemorino’s self-important rival, and Enzo Dara is properly spectacular as Dr. Dulcamara, who sells Nemorino the magic potion guaranteed to improve his love life, or at least to get him drunk. The melodies in this opera include some of the best ever written, and James Levine, his extraordinary orchestra, and his wonderful chorus know exactly what to do with them. Everything comes together in this production to make it one of the best opera DVDs available”. –Joe McLellan

Libretto em Italiano

CD 1

01. Preludio
02. Bel conforto al mietitore
03. Quanto e bella, quanto e cara!
04. Benedette queste carte!…Della crudele Isotta
05. Marziale
06. Come Paride vezzoso
07. Una parola, o Adina
08. Chiedi all’aura lusinghiera
09. Che vuol dire codesta suonata
10. Udite, udite, o rustici
11. Ardir! Ha forse il cielo mandato
12. Voglio dire, lo stupendo elisir
13. Caro elisir! sei mio!
14. Lallarallara…Esulti pur la barbara
15. Tran, tran, tran
16. Signor sargente, di voi richiede la vostra gente
17. Adina credimi, te ne scongiuro
18. Andiam, Belcore

CD 2

01. Andiam, Belcore
02. Poiche cantar vi alletta
03. Io son ricco e tu sei bella, Silenzio!…, Le feste
04. La donna e un animale stravagante, Venti scudi!
05. Qua la mano, giovinotto
06. Saria possible
07. Dell ‘elisir mirabile
08. Come sen va contento!
09. Quanto amore! Ed io, spietata!
10. Una tenera occhiatina
11. Una furtiva lagrima
12. Eccola. Oh! qual le accresce belta
13. Prendi, per me sei libero
14. Alto! Fronte!
15. Ei corregge ogni difetto

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Band Music from the Civil War Era – Our musical past vol. 1

161gbqvOur musical past vol. 1
Band Music from the Civil War Era
A Concert for Brass Band, Voice, and Piano

Com instrumentos de épocaOn period instruments

“Our Musical Past – Volume 1”, editado pela Divisão de Música da Library of Congress, com 19 obras da época da Guerra Civil dos Estados Unidos.

Um típico concerto para banda, voz e piano com música dos Estados Unidos do século XIX, com instrumentos de sopro de época, da coleção da Smithsonian Institution.

Gravado no Coolidge Auditorium of the Library of Congress, em 27 de setembro de 1974.

A história da gravação pode ser encontrada AQUI.

Sir Julius Benedict (Germany, 1804-1885)
01. Hunters’ chorus, from The rose of Erin, aka The Lily of Killarney (1862) (band)
Gaetano Donizetti (Italy, 1797-1848)
02. O summer night, from Don Pasquale (band)
Stephen Collins Foster (*)
03. Ah! May the red rose live alway (vocal)
Adolf Fredrik Lindblad (Sweden, 1801-1878)
04. The herdsman’s mountain song (vocal)
Claudio S. Grafulla (Spain, 1812–USA, 1880)
05. Captain Shepherd’s quickstep (band)
06. Captain Finch’s quickstep (band)
Edmund Jaeger (USA, 19th. century)
07. Indiana polka (1865) (band)
Stephen Collins Foster (*)
08. Old memories (vocal)
From the manuscript band books of the Manchester Cornet Band (founded in 1854)
09. The moonbeam waltzes (band)
Charles-Samuel Bovy-Lysberg (USA, 1821-1873
10. La fontaine (piano)
Adolf Fredrik Lindblad (Sweden, 1801-1878)
11. Upon a summer’s day (vocal)
J. M. Noeren
12. Slow march: Midnight! (band) – 1859
Robert Burns (Scotland, 1759–1796)
13. Scots wha hae; variations (piano)
Simon Knaebel (USA, 1806-1890)
14. General Taylor storming Monterey (band)
G.W.E. Friedrich
15. Lilly Bell quickstep (band)
George H. Goodwin (USA, 1818-1886)
16. Door latch quickstep (band)
Michael William Balfe (Ireland, 1808-1870)
17. The heart bow’d down (vocal)
Stephen Collins Foster (*)
18. Why, no one to love (vocal)
David L. Downing (USA, 19th. century)
19. Free and easy (band)

(*) Stephen Collins Foster, known as “the father of American music” (USA, 1826-1864)
(band) = Performed by band playing brass instruments from collections of the Smithsonian Institution; Frederick Fennell, conductor
(vocal) = Performed by Merja Sargon, soprano; Bernard Rose, piano
(piano) = Performed by Bernard Rose, piano

Our Musical Past – vol. 1
Divisão de Música da Library of Congress
1974

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 156,8 MB | 1 hr 09 min
powered by iTunes 12.1.0

Material gentilmente cedido pelo nosso ouvinte John Zevita. Obrigado !

Boa audição,

2ecenv9

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Rossini: String Sonatas 1-6; Donizetti, Cherubini, Bellini Marriner ASMF DECCA 1991

Este ano Rossini não faz aniversário, porque o sortudo nasceu num dia 29 de fevereiro. Por isso, temos que contornar este pequeno ajuste do calendário Gregoriano, postando uma homenagem no dia seguinte ao dia que não houve (?). Ah, meu Santo Agostinho, que coisa louca é o Tempo!

Bem, mas este post é coisa fina: as Seis Sonatas para cordas de Rossini, escritas em sua juventude, e descobertas somente depois da 2a.Guerra, mostrando que o cara era realmente bom até na música de câmara. E mais incrível: há indícios de que elas foram escritas quando Rossini tinha 12 anos, segundo o autógrafo dos manuscritos. Mas há controvérsias, e elas podem ser datadas de quando ele tinha 14 e revisadas aos 17. De qualquer forma, é música muito boa, e o cara não era mais que um adolescente. Estas Sonatas também se destacam por conter partes significativas escritas para solo de Contrabaixo, e são referências no repertório dos contrabaixistas do mundo todo. Ao que consta, esta gravação de Marriner feita na década de 60, foi o primeiro sucesso de vendas da Academy of St.Martin-in-the-Fields, e o disco que consolidou os nomes do conjunto e de seu maestro mais famoso. Marriner, uma “máquina de gravação”, segundo Norman Lebrecht, também foi uma das personalidades que 2016 levou.

O disco duplo ainda inclui, nos tempos que faltam, um quarteto de Donizetti, arranjado para orquestra de cordas, um estudo de Cherubini para trompa e cordas e um concerto para oboe e cordas de Bellini. Vou te falar, eu achava que estes italianos da ópera eram todos uns chatos, mas estas peças mudaram minha impressão, são bem bacanas! O concerto de Bellini é quase uma ária de ópera, mas quem canta é o oboé. Mordi a língua e hoje acho eles menos chatos.

Boa audição!

CD1
Gioacchino Rossini (1792-1868)
String Sonata No.1 in G major
String Sonata No.2 in A minor
String Sonata No.3 in C major
String Sonata No.4 in B-flat major

CD2
String Sonata No.5 in E-flat major
String Sonata No.6 in D major

Gaetano Donizetti (1797-1848)
String Quartet in D (arr. for String Orchestra)

Luigi Cherubini (1760-1842)
Etude no.2 for French Horn & Strings

Vincenzo Bellini (1801-1835)
Concerto for Oboe & Strings in E-flat major

Academy of St.Martin-in-the-Fields
Sir Neville Marriner
compilação DECCA, 1991

DOWNLOAD HERE
Arquivo FLAC (sem perda de qualidade), 548Mb

Chucruten

Maria Callas – Gravações em Estúdio Completas – CDs 01 a 11 de 70: Gaetano Donizetti (1797-1848), Vincenzo Bellini (1801-1835), Richard Wagner (1813-1883), Amilcare Ponchielli (1834-1886), Giacomo Puccini (1858-1924) e Pietro Mascagni (1863-1945) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL MESMO !!!

Agora em hospedeiro próprio! Viva o PQPQShare!

Essa semana resolvemos jogar pesado aqui no PQPBach!

Depois da postagem do Avicenna (logo abaixo desta), da formação do Acervo PQPBach de Música Colonial e Imperial Brasileira, coisa de embasbacar qualquer um, trago essa humilde coleçãozinha da Maria Callas… Hehehe!

Sendo assim, solenemente vos anuncio:

Regozijai, ó, callistas! Hoje, finalmente, após tantas promessas e protelações, este mortal que vos fala consegue inciar com base e categoria a série de SETENTA (isso mesmo, nada menos que setenta) álbuns com todas as gravações realizadas por Maria Callas em estúdio. Serão dez CDs por postagem a partir de hoje e pelas próximas seis terças-feiras (hoje temos até o número 11 para não quebrar a Tosca de Puccini).

Ah, Maria Callas, a grande diva, a divina, etc… Já lhes disse que ela não é nem de longe a soprano que mais gosto? Explico: Callas era uma soprano spinta, ou seja, uma soprano “empurrada”, na tradução literal, ou forçada, no nosso português. Tinha uma tessitura muito extensa que a fazia interpretar personagens que exigiam desde mezzo-soprano (Carmen, por exemplo) até o soprano ligeiro (como em Lakmé) e, com isso, muitas vezes lhe faltava peso para fazer as personagens mais graves e, especialmente, leveza em papéis mais agudos.

Seu timbre também não é dos mais belos e puros… Mas o que então tanto encanta em Maria Callas? O que tem que tanto cativa?

Creio que ela foi, acima de tudo uma intérprete fenomenal! Conseguia dar o exato ponto, o peso, a sustentação perfeita da nota, a respiração mais apropriada em suas interpretações, e que interpretações! Sua desenvoltura e performance em palco forçaram outros cantores líricos a melhorarem suas apresentações a representarem melhor as músicas que cantavam. Grande mulher, que por esses e outros motivos acabou por arrastar multidões a suas récitas, dos príncipes aos plebeus. conseguiu fazer de uma cantora de ópera uma popstar!

Bah! Nem quero falar mais! Callas dispensa muitos comentários (mas nem por isso deixem de comentar essa postagem), e farei mais colocações nas próximas postagens. Por agora, curta esse material, que já dá mais que um CD por dia até a semana que vem.

Ouça! Deleite-se! Atinja o êxtase!

Maria Callas (1923-1977)
Complete Studio Recordings

CD 01
Primeiro Recital (1 CD)

Richard Wagner (1813-1883)
01. Tristão e Isolda – Liebestod: Dolce e Calmo (3º ato) – Wagner, Richard
Vincenzo Bellini (1801-1835)
02. Norma – Casta Diva
03. Norma – Ah! Bello a Me Ritorna
04. I puritani – O, Rendetemi La Speme
05. I puritani – Qui La Voce Sua Soave
06. I puritani – Vien, Diletto, e In Ciel La Luna

Orchestra Sinfonica Nazionale della RAI
Arturo Basile, regente
Novembro de 1949, Turim

CDs 02-03-04
Amilcare Ponchielli (1834-1886)
La Gioconda

CD 02:
01. Preludio
02. Feste e Pane! (1º ato)
03. e Cantan Su Lo Tombe!
04. Figlia, Che Reggi Il Tremulo Pie
05. L’Ora Non Giunse Ancor Del Vespro Santo
06. Gloria a Chi Vince
07. Questi e L’Uom Ch’io Cerco
08. Suo Covo e Un Tugurio
09. Ribellion!
10. Voce Di Donna O d’Angelo
11. Enzo Grimaldo, Principe Di Santafior, Che Pensi?
12. O Grido Di Quest’ Anima
13. Maledici? Sta Ben…L’Amor T’Accieca
14. O Monumento!
15. Carneval! Baccanal!
16. Angele Dei

CD 03:
01. Ho! He! Ho! He! Fissa Il Timone! (2º ato)
02. Pescator, Affonda L’Esca
03. Sia Gloria Ai Canti Dei Naviganti!
04. Cielo e Mar!
05. Ma Chie Vien?
06. Deh! Non Turbare
07. e Il Tuo Nocchiere Or La Fuga T’Appresta
08. Stella Del Marinar!
09. e Un Anatema!
10. L’Amo Come Il Fulgor Del Creato!
11. Il Mio Braccio T’Afferra!
12. Laura! Laura, Ove Sei?
13. Tu Sei Traditio! …Noto M’e Il Rombo

CD 04:
01. Si! Morir Ella De’ ! (3º ato)
02. Ombre Di Mia Prosapia
03. Qui Chiamata M’Avete? …Bella Cos?, Madonna
04. Morir! e Troppo Orribile!
05. e Gia Che Ai Nuovi Imeni
06. O Madre Mia, Nell’ Isola Fatale
07. Benvenuti Messeri! Andrea Sagredo!
08. Grazie VI Rendo Per Le Vostre Laudi
09. Prodigio! Incanto!
10. Vieni! Lasciami!
11. d’un Vampiro Fatal
12. Preludio (4º ato)
13. Nessun V’ha Visto?
14. Suicidio!
15. Ecco, Il Velen Di Laura
16. Enzo, Sei Tu
17. O Furibonda Jena
18. Ten Va Serenata
19. La Barca S’Avvicina
20. a Te Questo Rosario
21. Ora Posso Morir. Tutto e Compiuto
22. Si, Il Patto Mantengo

Maria Callas, soprano
Fedora Barbieri, mezzo-soprano
Gianni Poggi, tenor
Paolo Silveri, barítono
Orchestra Sinfonica  e Coro Nazionali della RAI
Antonino Votto, regente
Setembro de 1952, Turim

CDs 05-06
Gaetano Donizetti (1797-1848)
Lucia di Lammermoor (2 CDs)

CD 05:
01. Preludio
02. Percorrete Le Spiagge Vicine (1º ato)
03. Tu Sei Turbato! e N’ho Ben Donde
04. Cruda, Funesta Smania
05. Il Tuo Dubbio e Omai Certezza
06. La Pietade In Suo Favore
07. Maestoso
08. Ancor Non Giunse?
09. Regnava Nel Silenzio
10. Quando Rapito In Estasi
11. Egli S’Avanza
12. Sulla Tomba Che Rinserra
13. Qui Di Sposa Eterna Fede
14. Ah, Talor Del Tuo Pensiero
15. Verranno a Te Sull’ Aure

CD 06:
01. Moderato-Lucia Fra Poco a Te Verra (2º ato)
02. Appressati, Lucia
03. Il Pallor Funesto, Orrendo…A Ragion Mi Fe’ Spietato
04. Nobil Sposo…Cessa, Cessa!
05. Soffriva Nel Pianto
06. Che Fia? Suonar Di Giubilo
07. Se Tradirmi Tu Potrai
08. Per Te d’Immenso Giubilo…Per Poco Fra Le Tenebre
09. Dov’e Lucia? …Qui Giungere Or La Vedrem
10. Ecco Il Tuo Sposo
11. Chi Mi Frena In Tal Momento
12. T’Allontana, Sciagurato…Rispettate In Me Di Dio
13. Sconsigliato! In Queste Porte Chi Ti Guida?
14. Esci, Fuggi, Il Furor Che M’Accende
15. d’Immenso Giubilo (3º ato)
16. Ah! Deh, Cessate Quel Contento! Dalle Stanze Ove Lucia
17. Oh! Qual Funesto Avvenimento!
18. Oh Giusto Cielo! Il Dolce Suono
19. Ohime! Sorge Il Tremendo
20. Ardon Gli Incensi_ Splendon Le Sacre Faci
21. Spargi d’Amaro Pianto
22. Maestoso-Tombe Degli Avi Miei
23. Fra Poco a Me Ricovero
24. Oh, Meschina! Oh, Fato Orrendo!
25. Dove Corri, Sventurato?
26. Tu Che a Dio Spiegasti L’Ali
27. Che Facesti?

Maria Callas, soprano
Giuseppe di Stefano, tenor
Tito Gobbi, barítono
Coro e Orquestra del Maggio Musicale Fiorentino
Tullio Serafin, regente
Fevereiro de 1953, Florença

CDs 07-08
Vincenzo Bellini (1801-1835)
I puritani (2 CDs)

CD 07:
01. Sinfonia
02. All’ Erta! All’ Erta! (1º ato)
03. O Di Cromvel Guerrieri
04. a Festa!
05. Or Dove Fuggo Io Mai?
06. Ah! Per Sempre Io Ti Perdei
07. T’Appellan Le Schiere…Bel Sogno Beato Di Pace e Contento
08. O Amato Zio, O Mio Secondo Padre!
09. Sai Com’ Ardein Petto Mio
10. Odi…Qual Suon Si Desta?
11. Ad Arturo Onore
12. a Te, O Cara, Amor Talora
13. Il Rito Augusto Si Compia Senza Me
14. Com’io, VI Unisca
15. Son Vergin Vezzosa
16. Sulla Virginea Testa
17. Ferma. Invan Rapir Pretendi
18. e Gia Al Ponte-Passa Il Forte
19. Ah Vieni Al Tempio-Fedele Arturo
20. Ma Tu Gia Mi Fuggi?

CD 08:
01. Ah…Dolor! Ah, Terror! (2º ato)
02. Qual Novella?
03. Cinta Di Fiori e Col Bel Crin Disciolto
04. e Di Morte Lo Stral Non Sara Lento
05. O Rendetemi La Speme…Qui La Voce Sua Soave Mi Chiamava
06. Vien, Diletto, e In Ciel La Luna!
07. Il Rival Salvar Tu D?i
08. Se Tra Il Buio Un Fantasma Vedrai
09. Riccardo! Riccardo!
10. Suoni La Tromba
11. Son Salvo, Alfin Son Salvo (3º ato)
12. a Una Fonte Afflitto e Solo
13. Qual Suon! Alcun S’Appressa
14. Son Gia Lontani
15. Fini…Me Lassa!
16. Ch’ei Provo Lontan Da Me?
17. Vieni Fra Queste Braccia
18. Alto La! Fedel Drapello
19. Cavalier, Ti Colse Il Dio
20. Credeasi, Misera!
21. Suon d’Araldi?

Maria Callas, soprano
Giuseppe di Stefano, tenor
Nicola Rossi-Lemeni, baixo
Rolando Panerai, barítono
Coro e Orchestra della Scala di Milano
Tullio Serafin, regente
Março de 1953, Milão

CD 09
Pietro Mascagni (1863-1945)
Cavalleria rusticana (1 CD)

01. Preludio
02. O Lola Ch’ Haidi Lattila Cammisa
03. Preludio
04. Gli Aranci Olezzano
05. Dite, Mamma Lucia
06. Il Cavallo Scalpita
07. Beato Voi, Compar Alfio
08. Regina Coeli, Laetare: Alleluja!
09. Inneggiamo, Il Signor Non e Morto
10. Voi Lo Sapete, O Mamma
11. Tu Qui, Santuzza?
12. Fior Di Giaggiolo
13. Ah! Lo Vedi, Che Hai Tu Detto?
14. No, No, Turiddu, Rimani, Rimani Ancora
15. Oh! Il Signore VI Manda, Compar Alfio!
16. Intermezzo
17. a Casa, a Casa, Amici
18. Viva Il Vino Spumeggiante
19. a Voi Tutti, Salute!
20. Mamma, Quel Vino e Generoso

Maria Callas, soprano
Giuseppe di Stefano, tenor
Coro e Orchestra della Scala di Milano
Tullio Serafin, regente
Agosto de 1953, Milão

CDs 10-11
Giacomo Puccini (1858-1924)
Tosca (2 CDs)

CD10:
01. Ah! Finalmente! (1º ato)
02. e Sempre Lava!
03. Sante Ampolle! Il Suo Ritratto!
04. Dammi I Colori…Recondita Armonia
05. Gente La Dentro
06. Mario! Mario! Mario! …Son Qui
07. Ora Stammi a Sentir
08. Or Lasciami Al Lavoro
09. Ah, Quegli Occhi…Quale Occhio Al Mondo
10. Mia Gelosa!
11. e Buona La Mia Tosca
12. Sommo Giubilo, Eccellenza!
13. Un Tal Baccano In Chiesa!
14. Tosca? Che Non Mi Veda
15. Ed Io Venivo a Lui Tutta Degliosa
16. Tre Sbirri, Una Carrozza

CD11:
01. Tosca e Un Buon Falco! (2º ato)
02. Ha Piu Forte Sapore
03. O Galantuomo, Come Ando La Caccia?
04. Meno Male!
05. Ov’e Angelotti?
06. Ed Or Fra Noi Parliam Da Buoni Amici
07. Sciarrone, Che Dice Il Cavalier?
08. Orsu, Tosca, Parlate
09. Floria! Amore
10. Salvatelo! Lo? Voi!
11. Se La Giurata Fede Debbo Tradir-Gia Mi Struggea L’Amor
12. Come Tu Mi Odi!
13. Vissi d’Arte
14. Vedi, Le Man Giunte Io Stendo a Te!
15. Io Tenni La Promessa
16. Tosca, Finalmente Mia!
17. Or Gli Perdono!
18. Andante Sostenuto-Lo De’ Sospiri (3º ato)
19. Lento
20. Largo-Mario Cavaradossi? a Voi
21. e Lucevan Le Stelle
22. Moderato Con Moto-Ah! Franchigia a Floria Tosca
23. O Dolci Mani Mansuete e Pure
24. Senti, L’Ora e Vicina
25. Amaro Sol Per Te M’Era Il Morire
26. e Non Giungono
27. Com’e Lunga L’Attesa!
28. Presto! Su, Mario!

Maria Callas, soprano
Giuseppe di Stefano, tenor
Tito Gobbi, barítono
Coro e Orchestra della Scala di Milano
Victor de Sabata, regente
Agosto de 1953, Milão

Só para os gulosos! BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 698Mb

POR FAVOR… TEÇA ALGUM COMENTÁRIO. DEU UM TRABALHÃO…

Bisnaga

Maria Callas – Gravações em Estúdio Completas – CDs 42-51 de 70: Luigi Cherubini (1760-1842), Gaetano Donizetti (1797-1848), Vincenzo Bellini (1801-1835), Ambroise Thomas (1811-1896), Giuseppe Verdi (1813-1901) e Giacomo Puccini (1858-1924) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quinta das sete terças-feiras que postamos essa coleção show de bola das gravações em estúdio de Maria Callas.

Esta semana está sensacional! é difícil não ficar meio abobado. Callas está potentíssima na escura Turandot, dramática em Manon Lescaut, brilhante em Medea e fantástica em Lucia de Lamermoor! Além de encantar em um CD exclusivo de árias de Verdi e arrepiar num álbum apenas de cenas de loucura. Passional como era, e como pouquíssimas foram, suas interpretações são geniais. Nem tenho muito o que falar. Só peço que a ouça!

Ouça! Ouça! Está fenomenal! Deleite-se! Atinja o êxtase!

Palhinha: Maria Callas canta a Cena da Loucura de Lucia de Lamermoor, de Gaetano Donizetti (faixa 01 do CD 49 e 16 do 51):

Maria Callas (1923-1977)
Complete Studio Recordings

CDs 42-43
Giacomo Puccini (1858-1924)
Turandot (2 CDs)

CD 42
01. Popolo Di Pekino! (1º Ato)
02. Padre! Mio Padre!
03. Perduta La Battaglia
04. Gira La Cote! Gira!
05. Perche Tarda La Luna?
06. La, Sui Monti Dell’ Est
07. O Giovinetto!
08. Figlio, Che Fai?
09. Fermo! Che Fai? T’Arresta!
10. Silenzio, Ola!
11. Guardalo, Pong!
12. Non Indugiare!
13. Signore, Ascolta!
14. Non Piangere, Liu!
15. Ah! Per L’Ultima Volta!
16. Ola, Pang! Ola, Pong! (2º Ato)
17. O Cina, O Cina
18. Ho Una Casa Nell’ Honan
19. O Mondo, Pieno Di Pazzi Innamorati!
20. Addio, Amore!
21. Noi Si Sogna
22. Gravi, Enormi Ed Imponenti
23. Un Giuramento Atroce Mi Costringe
24. Diecimila Anni Ai Nostro Imperatore!
25. In Questa Reggia
26. Straniero, Ascolta! Nella Cupa Notte
27. Guizza Al Pari Di Fiamma
28. Gelo Che Ti Da Foco
29. Gloria, O Vincitore!
30. Figlio Del Cielo!
31. Tre Enigmi M’Hai Proposto!
32. Ai Tuoi Piedi Ci Prostriam

CD 43
01. Cosi Comanda Turandot (3º Ato)
02. Nessun Dorma!
03. Tu Che Guardi Le Stelle
04. Principessa Divina!
05. Quel Nome!
06. L’Amore? …Tanto Amore, Segreto E Inconfessato
07. Tu, Che Di Gel Sei Cinta
08. Li?…Bonta!
09. Principessa Di Morte!
10. Che e Mai Di Me? Perduta!
11. Del Primo Pianto, Si…La Mia Gloria e Il Tuo Amplesso!
12. Diecimila Anni Al Nostro Imperatore!

Maria Callas, soprano
Elisabeth Schwarzkopf
Eugenio Fernandi
Coro e Orchestra della Scalla di Milano
Tullio Serafin, regente
Milão, julho de 1957

CDs 44-45
Giacomo Puccini (1858-1924)
Manon Lescaut (2 CDs)

CD 44
01. Ave, Sera Gentile (1º Ato)
02. Tra Voi, Belle, Brune E Bionde
03. Ma Bravo!
04. Discendono, Vediam!
05. Cortese Damigella, Il Priego Mio Accettate
06. Donna Non Vidi Mai
07. La Tua Ventura Ci Rassicura
08. La Tua Proserpina Di Resisterti
09. Vedete? Io Son Fedele Ale Parola Mia
10. Non C’e Piu Vino?
11. Cavalli Pronti Avete?
12. Dispettosetto Questo Riccio! (2º Ato)
13. Sei Splendida E Lucente!
14. In Quelle Trine Morbide
15. Poiche Tu Vuoi Saper
16. Che Ceffi Son Costor?
17. Paga Costor!
18. VI Prego, Signorina
19. Oh, Saro La Piu Bella!
20. Ah! …Affe, Madamigella
21. Ah, Manon, Mi Tradisce
22. Lescaut! …Tu Qui?

CD 45
01. Intermezzo
02. Ansia Eterna, Crudel (3º Ato)
03. Manon! …Des Grieux!
04. All’ Armi! All’ Armi!
05. Il Passo M’Aprite!
06. Rosetta!
07. Presto In Fila! Marciate!
08. Ah, Non V’Avvicinate! …Come Io Piango Ed Imploro
09. Tutta Su Me Ti Posa (4º Ato)
10. Manon, Senti, Amor Mio! …Vedi, Son Io Che Piango
11. E Nulla! Nulla!
12. Sola, Perduta, Abbandonata

Maria Callas, soprano
Giuseppe di Stefano, tenor
Coro e Orchestra della Scalla di Milano
Tullio Serafin, regente
Milão, julho de 1957

CDs 46-47
Luigi Cherubini (1760-1842)
Medea (2 CDs)

CD 46
01. Sinfonia
02. Che? Quando Gia Corona Amor (1º Ato)
03. O Amore, Vieni A Me!
04. No, Non Temer
05. O Bella Glauce
06. Colco! Pensier Fatal!
07. Or Che Piu Non Vedro
08. Ah, Gia Troppo Trubo
09. Pronube Dive
10. Signor! Ferma Una Donna
11. Qui Tremar Devi Tu
12. Taci, Giason
13. Dei Tuoi Figli La Madre
14. Son Vane Qui Minacce
15. Nemici Senza Cor – Cherubini, Luigi

CD 47
01. Introduzione (2º Ato)
02. Soffrir Non Posso
03. Date Almen Per Pieta
04. Medea, O Medea!
05. Solo Un Pianto Con Te Versare
06. Creonte A Me Solo Un Giorno Da?
07. Figli Miei, Miei Ascolto
08. Hai Dato Pronto Ascolto
09. Ah! Triste Canto! …Dio Dell’ Amor!
10. Introduzione (3º Ato)
11. Numi, Venite A Me
12. Del Fiero Duol Che Il Cor Mi Frange
13. Neris, Che Hai Fatto
14. E Che? Io Son Medea!

Maria Callas, soprano
Renata Scotto
Mirto Picchi
Coro e Orchestra della Scalla di Milano
Tullio Serafin, regente
Milão, setembro de 1957

CD 48
Árias de Verdi I (vol. 1 de 3) (1 CD)
Giuseppe Verdi (1813-1901)

01. Macbeth – Nel Di Della Vittoria…Vieni! T’Affretta
02. Macbeth – La Luce Langue
03. Macbeth – Una Macchia e Qui Tuttora
04. Nabucco – Ben Io T’Invenni…Anch’io Dischiuso Un Giorno
05. Ernani – Surta e La Notte…Ernani, Ernani, Involami
06. Don Carlo – Tu Che Le Vanita

Maria Callas, soprano
Philharmonia
Nicola Rescigno, regente
Londres, setembro de 1958

CD 49
Cenas de Loucura

Gaetano Donizetti (1797-1848)
01. Lucia de Lamermoor- Piangete Voi? …Al Dolce Guidami Castel Natio
Ambroise Thomas (1811-1896)
02. Hamlet – A Vos Jeux…Partagez-Vous Mes Fleurs…Et Maintenant écoutez Ma Chanson –
Vincenzo Bellini (1801-1835)
03. Il Pirata – Oh! S’io Potessi…Col Sorriso d’Innocenza

Maria Callas, soprano
Philharmonia
Nicola Rescigno, regente
Londres, setembro de 1958

CDs 50-51
Gaetano Donizetti (1797-1848)
Lucia di Lammermoor (2 CDs)

CD 50
01. Preludio
02. Percorrete…Percorriamo Le Spiagge Vicine (1º Ato)
03. Tu Sei Turbato! …E N’ho Ben d’Onde
04. Cruda, Funesta Smania
05. Il Tuo Dubbio e Omai Certezza…Come Vinti Da Stanchezza
06. La Pietade In Suo Favore
07. Ancor Non Giunse?
08. Regnava Nel Silenzio Alta La Notte E Bruna
09. Quando Rapito In Estasi
10. Egli S’Avanza…Lucia, Perdona Se Ad Ora Inusitata
11. Sulla Tomba Che Rinserra Il Tradito Genitore
12. Qui Di Sposa Eterna Fede…Ah, Soltanto Il Nostro Foco
13. Ah, Talor Del Tuo Pensiero Venga Un Foglio Messaggero
14. Verranno A Te Sull’ Aure I Miei Sospiri Ardenti

CD 51
01. Lucia Fra Poco A Te Verra…Tremante L’Aspetto (2º Ato)
02. Appressati, Lucia…Il Palor Funesto, Orrendo
03. Soffriva Nel Pianto…Un Folle T’Accese
04. Che Fia? Suonar Di Giubilo
05. Se Tradirmi Tu Potrai…Tu Che Vedi Il Pianto Mio
06. Per Te d’Immenso Giubilo…Per Poco Fra Le Tenebre Spari La Vostra Stella
07. Dov’e Lucia? …Qui Giungere Or La Vedrem
08. Piange La Madre Estinta
09. Chi Mi Frena In Tal Momento
10. T’Allontana, Sciagurato…Rispettate In Me Di Dio
11. Sconsigliato! In Queste Porte Chi Ti Guida?
12. Esci, Fuggi, Il Furor Che Mi Accende
13. d’Immenso Giubilo S’Innalzi Un Grido (3º Ato)
14. Dalle Stanze Ove Lucia Tratta Avea Col Suo Consorte
15. Oh! Qual Funesto Avvenimento!
16. Il Dolce Suono Mi Colpi Di Sua Voce! …Ardon Gli Incensi
17. Spargi d’Amaro Pianto
18. Tombe Degli Avi Miei
19. Fra Poco A Me Ricovero Dara Negletto Avello
20. Oh, Meschina! Oh, Fato Orrendo!
21. Tu Che A Dio Spiegasti L’Ali

Maria Callas, soprano
Ferruccio Tagliavini
Piero Cappuccilli
Philharmonia Chorus & Orchestra
Tullio Serafin, regente
Londres, março de 1959

Só para os gulosos! BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 755Mb

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Bisnaga

Maria Callas – Gravações em Estúdio Completas – CDs 61-64 de 70: Gioachino Rossini (1792-1868), Gaetano Donizetti (1797-1848), Giuseppe Verdi (1813-1901) e Georges Bizet (1838–1875) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

É, no fim acabei tendo que dividir as sete postagens das gravações em estúdio de Maria Callas em dez. Ia dividir em mais partes, por conta das restrições ao volume de downloads imposta pelo Rapidshare, mas não achei justo ceifar-lhes a alegria de ter a coleção completa neste Natal que se aproxima. Assim sendo, está é a penúltima postagem da série e semana que vem, dia de Natal, ho-ho-ho!, presente do Papai Noel: o ciclo se fecha, a coleção EMI de Maria Callas se completa! Enfim!

Hoje, Callas mostra toda a sua dramaticidade nas pesadas árias verdianas e nas obras não tão conhecidas de Rossini e Donizetti, mas ainda assim de grande beleza. Mas, a meu ver, o grande destaque destes quatro CDs de hoje é, sem dúvida, sua interpretação fidelíssima ao papel boêmio, irônico, fugaz e encantador da cigana Carmen. e esse é um papel para mezzo soprano, papel que não seria o mais adequado para Callas, não fosse sua tessitura tão extensa. E as notas graves saem com propriedade, com corpo. ela tinha total domínio da voz!

Ouça! Maria Callas era realmente foda! Deleite-se! Atinja o êxtase!

Palhinha: Maria Callas canta L’amour est un oiseau rebelle, de Carmen, de Bizet (faixa 06 do CD 63), com uma perfeição na expressão, na ironia da personagem…

Maria Callas (1923-1977)
Complete Studio Recordings

CD 61
Árias de Verdi (vol. 2 de 3) (1 CD)
Giuseppe Verdi (1813-1901)

01. Otello – Mi Parea…Mia Madre Aveva Una Povera Ancella
02. Otello – Piangea Cantando
03. Otello – Ave Maria Piena Di Grazie
04. Aroldo – Ciel, Ch’io Respir! …Salvami, Salvami Tu, Gran Dio!
05. Aroldo – O Cielo! Dove Son Io
06. Don Carlos – Non Pianger, Mia Compagna
07. Don Carlos – O Don Fatale

Maria Callas, soprano
Orquestra do Conservatório de Paris
Nicola Rescigno, regente
Paris, dezembro de 1963 e fevereiro de 1964

CD 62
Árias de Rossini & Donizetti (1 CD)

Gioachino Rossini (1792-1868)
01. La Cenerentola – Nacqui All’ Affanno…Non Più Mesta
02. Guglielmo Tell – S’Allontanano Alfine…Selva Opaca
03. Semiramide – Bel Raggio Lusinghier
Gaetano Donizetti (1797-1848)
04. La Figlia Del Reggimento – Convien Partir
Gioachino Rossini (1792-1868)
05. Lucrezia Borgia – Tranquillo Ei Posa…Com’e Bello
06. Sigismondo – Prendi, Prendi_ Per Me Sei Libero

Maria Callas, soprano
Orquestra do Conservatório de Paris
Nicola Rescigno, regente
Paris, abril de 1964

CDs 63-64
Georges Bizet (1838–1875)
Carmen (2 CDs)

CD 63
01. Prelude
02. Sur La Place (1º Ato)
03. Avec La Garde Montante
04. C’est Bien La, N’Est-Ce Pas
05. La Cloche A Sonné…Dans L’Air, Nous Suivons Des Yeux La Fumee – Bizet, Georges
06. L’Amour Est Un Oiseau Rebelle
07. Carmen! Sur Tes Pas, Nous Nous Pressons Tous!
08. Quels Regards! Quelle Effronterie!
09. Parle-Moi De Ma Mere!
10. Reste La, Maintenant, Pendant Que Je Lirai
11. Que Se Passe-T-Il Donc La-Bas? …Au Secours! Au Secours!
12. Mon Officier, C’Etait Une Querelle
13. Pres Des Remparts De Seville
14. Voici L’Ordre_ Partez
15. Entr’ Acte
16. Les Tringles Des Sistres Tintaient (2º Ato)
17. Messieurs, Pastia Me Dit
18. Vivat! Vivat Le Torero!
19. Votre Toast, Je Peux Vous Le Rendre
20. La Belle, Un Mot
21. Eh Bien! Vite, Quelles Nouvelles? Nous Avons En Tête Une Affaire

CD 64
01. Mais Qui Donc Attends-Tu?
02. Halte La!
03. Enfin, C’est Toi! …Tout Doux, Monsieur, Tout Doux
04. La Fleur Que Tu M’Avais Jetee…Non, Tu M’Aimes Pas
05. Hola Carmen! Hola! Hola!
06. Entr’ Acte
07. Ecoute, Ecoute, Compagnon, Ecoute (3º Ato)
08. Reposons-Nous Une Heure Ici, Mes Camarades
09. Melons! Coupons!
10. Eh Bien?
11. Quant Au Douanier, C’est Notre Affaire
12. C’est Des Contrebandiers Le Refuge Ordinaire…Je Dis Que Rien Ne M’Epouvante
13. Je Ne Me Trompe Pas…C’est Lui Sur Ce Rocher
14. Quelques Lignes Plus Bas…Hola, Hola! Jose
15. Entr’ Acte
16. A Deux Cuartos! A Deux Cuartos! (4º Ato)
17. Les Voici! Voici La Quadrille!
18. C’est Toi! …Carmen, Il Est Temps Encore…Viva! Viva! La Course Est Belle!

Maria Callas, “mezzo soprano”
Nicolai Gedda
Robert Massard
Orquestra da Ópera de Paris
Georges Prêtre, regente
Paris, abril de 1964

Só para os gulosos!
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Bisnaga

Maria Callas – Gravações em Estúdio Completas – CDs 65-70 de 70: Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), Carl Maria Von Weber (1786-1826), Gioachino Rossini (1792-1868), Gaetano Donizetti (1797-1848), Vincenzo Bellini (1801-1835), Giuseppe Verdi (1813-1901) e Giacomo Puccini (1858-1924) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Não, não é uma postagem natalina, na acepção da palavra…

Bisnaga, num rompante de momento-ovelha-negra-da-família resolveu por bem que melhor seria acabar com a angústia de quem esperava completar a coleção EMI da Maria Callas do que colocar algo mais natalino: corais, crianças e tal…

E assim finalmente o ciclo se completa: esta é a última das sete terças-feiras que viraram dez por causa das restrições rapidsharianas. Vamos então logo com os últimos 6 CDs da esfuziante diva, Maria Callas. Acredito que este já seja, de minha parte, um bom presente de Natal a todos vocês, fãs da Divina.

Ah, e ela não poderia ir-se de nós sem interpretar a Tosca de Puccini! Que coisa!

Depois, mais um compêndio de árias do mestre Verdi e dois álbuns chamados “Raridades EMI”, com gravações muito pouco ou até então nunca difundidas, guardadas no estoque da gravadora como um bom vinho do Porto deixando para ser apurado com a passagem dos anos…

O 70º álbum é meio uma picaretagem pra dar um número redondo: trata-se de um volume sem música, com os dados e libretos das óperas interpretadas nessa série. Fiz ainda um arquivo pequeno com os encartes pra vocês.

E assim, melancolicamente e num dia de Natal, finda-se a epopeia de Maria Callas aqui no P.Q.P.Bach, que nos mostrou toda a versatilidade e dramaticidade dessa estupenda cantora.

Ouça! Se perdeu alguma postagem, veja lá embaixo que deixamos os links das anteriores! Está bom demais da conta! Deleite-se! Atinja o êxtase!

Palhinha: Maria Callas canta Vissi d’arte, de Tosca, de Puccini (faixa 09 do CD 66):
http://youtu.be/NLR3lSrqlww?t=2s

Maria Callas (1923-1977)
Complete Studio Recordings

CDs 65-66
Giacomo Puccini (1858-1924)
Tosca (2 CDs)

CD 65
01. Ah! Finalmente! (1º Ato)
02. Dammi I Colori…Recondita Armonia
03. Gente La Dentro!
04. Mario! Mario! Mario!
05. Ah, Quegli Occhi…Quale Occhio Al Mondo Puo Star Di Paro
06. E Buona La Mia Tosca
07. Un Tal Baccano In Chiesa!
08. Or Tutto e Chiaro…Tosca? Che Non Mi Veda…Mario! Mario!
09. Ed Io Venivo A Lui Tutta Dogliosa
10. Tre Sbirri, Una Carrozza

CD 66
01. Tosca e Un Buon Falco! (2º Ato)
02. Ha Più Forte
03. Meno Male!
04. Dov’e Dunque Angelotti?
05. Ed Ora Fra Noi Parliam Da Buoni Amici…Sciarrone, Che Dice Il Cavalier?
06. Orsú, Tosca, Parlate
07. Nel Pozzo…Nel Giardino
08. Se La Giurata Fede Debbo Tradir
09. Vissi d’Arte
10. Vedi, Le Man Giunte Io Stendo A Te!
11. E Qual Via Scegliete?
12. Io De’ Sospiri (3º Ato)
13. Mario Cavaradossi? A Voi
14. E Lucevan Le Stelle
15. Ah! Franchigia A Floria Tosca
16. O Dolci Mani Mansuete E Pure
17. E Non Giungono
18. Com’e Lunga L’Attesa!
19. Presto! Su, Mario! Mario! Su! Presto! Andiam!

Maria Callas, soprano
Carlo Bergonzi, tenor
Tito Gobbi, baixo
Orquestra do Conservatório de Paris e
Orquestra da Ópera de Paris
Georges Prêtre, regente
Paris, dezembro de 1964

CD 67
Árias de Verdi (vol. 3 de 3) (1 CD)
Giuseppe Verdi (1813-1901)

01. I Lombardi alla prima Crociata – O Madre, Dal Cielo Soccorri
02. Attila – Liberamente Or Piangi…Oh! Nel Fuggente Nuvolo
03. Il Corsaro – Egli Non Riede Ancor…Non So Le Tetre Immagini
04. Il Corsaro – Ne Sulla Terra…Vola Talor Dal Carcere…Verrò…Ah Conforto e Sol La Speme
05. Il Trovatore – Tacea La Notte Placida…Di Tale Amor
06. I Vespri siciliani – Arrigo! Ah, Parli A Un Core
07. Un Ballo in maschera – Ecco L’Orrido Campo…Ma Dell’ Arido Stelo Divulsa
08. Un Ballo in maschera – Morro, Ma Prima In Grazia
09. Ainda – Ritorna Vincitor!

Maria Callas, soprano
Orquestra do Conservatório de Paris e
Orquestra da Ópera de Paris
Nicola Rescigno, regente
Paris, gravado de 1964 a 1969

CDs 68-69
Raridades EMI (2 CDs)

CD 68
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
01. Don Giovanni – Non Mi Dir
02. Don Giovanni – Non Mi Dir
Giuseppe Verdi (1813-1901)
03. Macbeth – Una Macchia e Qui Tuttora
Gioachino Rossini (1792-1868)
04. Semiramide – Bel Raggio Lusinghier
Giuseppe Verdi (1813-1901)
05. Ivespri siciliani – Arrigo! Ah Parli A Un Core
Gaetano Donizetti (1797-1848)
06. Lucrezia Borgia – Tranquillo Ei Posa…Com’e Bello
Gioachino Rossini (1792-1868)
07. Guglielmo Tell – S’Allontanano Alfine…Selva Opaca
08. Semiramide – Bel Raggio Lusinghier
Vincenzo Bellini (1801-1835)
09. Il Pirata – Sorgete…Lo Sognai Ferito, Esangue

CD 69
Giuseppe Verdi (1813-1901)
1. Don Carlo – O Don Fatale
Gioachino Rossini (1792-1868)
02. La Cenerentola – Nacqui All’ Affanno…Non Più Mesta4
Carl Maria Von Weber (1786-1826)
03. Oberon – Ocean! Thou Mighty Monster
Giuseppe Verdi (1813-1901)
04. Aida – Pur Ti Riveggo, Mia Dolce Aida
05. I lombardi alla prima crociata – Te, Vergin Santa
06. Il trovatore – Vanne…d’Amour Sull Ali Rosee
07. I Vespri Siciliani – Arrigo! Ah, Parli A Un Core
08. Attila – Liberamente Or Piangi!
09. I lombardi alla prima crociata – Te, Vergin Santa

Maria Callas, soprano
Várias Orquestras e regentes

CD 70
CD-ROM com Libretos e galeria de fotos de Maria Callas (=1 CD)

Só para os gulosos!
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 449Mb

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Essas narigudas têm mesmo um charme especial, não?

Bisnaga

Les Grands Duos d’Amour: Antonio Carlos Gomes (1836-1896), Jules Massenet (1842-1912), Georges Bizet (1838-1875), Gaetano Donizetti (1797-1848) e Riccardo Zandonai (1883-1944) [link atualizado 2017]

Baita CD !!!

Escarafunchei lá em meio aos meus arquivos e me indignei: como pude me esquecer de postar esse álbum? Sei lá o que me deu de falha de memória… É, tô ficando velho…

Esse é daqueles álbuns que exprimem pontos extremos do período romântico da música, daqueles exagerados, de rasgar a camisa… E é belíssimo!

Bom, o que esperar de nomes tão tarimbados e poderosos como Montserrat Caballé e Giuseppe di Stefano interpretando duetos de amor de óperas? Um álbum simplesmente poderoso (assim como os solistas), intenso, sensual, orgasmoplástico! Só ouvindo pra entender! Ah, pra alegrar ainda mais o coração dos nacionalistas, eles cantam Sento una Forza Indómita, de Carlos Gomes.

Então, ouça, ouça! E deleite-se mesmo, sem pudor!

Les Grands Duos d’Amour

Jules Massenet (Montaud, França, 1842 – Paris, França, 1912)
1. Et Je Sais Votre Nom (Manon)
Georges Bizet (Paris, França, 183i8 – Bougival, França, 1875)
2. Ton Coeur N’a Pas Compris (Les Pecheurs De Perles)
Riccardo Zandonai (Rovereto, Itália, 1883 – Pesaro, Itália, 1944)
3. E Cosi Vada (Francesca Da Rimini)
Jules Massenet (Montaud, França, 1842 – Paris, França, 1912)
4.  Il Faut Nous Séparer (Werther)
Antonio Carlos Gomes (Campinas, SP, 1836 – Belém, PA, 1896)
5. Sento Una Forza Indomita (Il Guarany)
Gaetano Donizetti (Bérgamo, Itália, 1797 – 1848)
6. Una Parola, O Adina (L’elisir D’amore)

Montserrat Caballé, soprano
Giuseppe di Stefano, tenor
Orquestra Sinfônica de Barcelona
Gianfranco Masini, regente

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Partituras e outros que tais? Clique aqui

O amor é lindo!

Bisnaga

Niza de Castro Tank – Árias de Mozart, Delibes, Donizetti, Verdi e Carlos Gomes [link atualizado 2017]

Hoje é o aniversário de Niza de Castro Tank e, embora as mulheres odeiem que se diga a idade, aviso que está esta soprano soprando 81 velinhas neste dia (tá, a piadinha soprano soprando é infame, mas não resisti).
Niza o quê?“, dirão alguns. Essa frase, infelizmente, será muito repetida, pois conhecemos ainda muito pouco dos nossos compositores eruditos e menos ainda de nossos intérpretes. Para os amantes de ópera, Niza é nome obrigatório: é uma das grandes divas do Brasil, dona de uma das vozes mais leves que nossos teatros e outras tantas salas de concerto da América do Sul, Europa e Oriente Médio viram. Uma flauta! Em nível de fazer bonito até mesmo ao lado de vozes como Natalie Dessay e Diana Damrau.
.

Vivendo no interior de São Paulo, tive a oportunidade de vê-la (melhor ainda, de ouvi-la) em três ocasiões em sua terra natal, Limeira. Em uma dessas, junto com a orquestra sinfônica de lá, vi Niza deixar o público “absurdado” e sem fôlego com seu fôlego absurdo: ela me segura a última nota, muito aguda, do final d’A Floresta do Amazonas (de Villa-Lobos) por míseros 22 segundos!!! (parece pouco? Tente fazer isso em casa…) E já tinha, na época, 72 anos! Pra se ter uma ideia, na gravação existente dessa peça, a fantástica Bidu Sayão mantém aquela nota por 10 segundos, o que já é difícil…
Sobre sua técnica, impecável, há um comentário que resume tudo no youtube:

Marvelous! Wonderful voice and flawless technique. A trully coloratura for sure. Amazing pianos, breathtaking trills (and really high pianissimo trills), perfect staccatto, celestial agility, a really high range, exquisite portamentos, classy glissandos, and what is probably one of the most perfect pianissimos I’ve ever seen. I’m astonished. Simply unbelievable. There’s not even a single flaw. Bravissima!

Ou  seja:

Maravilhoso! Voz maravilhosa e técnica impecável. Uma verdadeira coloratura, com certeza. Pianos surpreendentes, trinados de tirar o fôlego (e realmente trinados muito pianíssimos) estacatos perfeitos, agilidade celestial, uma tessitura muito extensa, portamento requintado, glissandos elegantes, e o que é provavelmente um dos pianíssimo mais perfeitos que eu já vi. Estou espantado. Simplesmente inacreditável. Não há nem mesmo uma única falha. Bravissima!

Aqui, uma palhinha de seu timbre límpido, cantando a Ária das Campainhas (ou das sinetas) da ópera Lakmé:

E Niza, com sua longeva voz, ainda se apresenta com certa regularidade, especialmente nas cidades próximas: Campinas, onde vive (foi também professora de canto na Unicamp e formou muitos cantores líricos); Limeira, sua terra natal; Piracicaba, onde lecionou por muito tempo; e na capital, onde passou parte de sua vida. Soube que, às vésperas de completar os 80 anos, esteve em Piracicaba solando o Stabat Mater de Pergolesi… E deu show, claro!

Em tempo: isto não é um CD, mas uma reunião de árias encontradas em vários lugares, a maior parte delas avulsa. Alguns registros não são muito bons, por vezes até meio caseiros, mas há poucos registros de Niza (ou seja, nem dá pra escolher muito). Conheça esta senhora tão simples do interior, com sua voz estupendamente encantadora!
Um BAITA SOPRANO! Não perca! (= IM-PER-DÍ-VEL!)

Niza de Castro Tank (Limeira, SP, 1931 – )
Árias de Mozart, Delibes, Donizetti, Verdi e Carlos Gomes

01. A. Carlos Gomes – C’era una volta un principe – Il Guarany
02. A. Carlos Gomes – Gentile di Cuore – Il Guarany
03. A. Carlos Gomes – Sento una Forza Indómita – Il Guarany
04. A. Carlos Gomes – Nele Regno delle Rose – Odalea
05. A. Carlos Gomes – Cavattina de Joanna – Joanna de Flandres
06. G.Verdi – Tutte le feste al tempio – Rigoletto
07. G.Verdi – Caro Nome – Rigoletto (déc. 1970)
08. G.Verdi – Caro Nome – Rigoletto (déc. 1990)
09. W.A.Mozart – Der Hölle Rache (ária da rainha da Noite) – A Flauta Mágica
10. G.Donizetti – Quando rapito in estasi – Lucia de Lammermoor
11. G.Donizetti – Cena da loucura – Lucia de Lammermoor
12. C.P.L.Delibes – Dov’è l’indiana bruna (Ária das Campainhas) – Lakmé

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE  (96Mb)

Ah, há uma biografia de Niza: “Niza, apesar das outras“, pela Imprensa Oficial. Tem o e-book aqui.
E há, ainda, uma ótima entrevista de quase 1h com ela no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=9TyrwxSTAyM.

Ouça! Deleite-se!

Bisnaga