Claude Debussy (1862-1918): Suite bergamasque, Pour le piano, L’Isle joyeuse, Children’s corner, La plus que lente, 4 Prelúdios, 4 Estudos, etc

Prosadores: Flaubert, Edgar Allan Poe
Poeta: Baudelaire
Pintores e músicos: Botticelli, Gustave Moreau, Palestrina, Bach, Wagner
Comida e bebida: culinária russa, café
Aversões: diletantes, mulheres belas demais
Para qual falha tens mais indulgência: falhas de harmonia

Questionário respondido por Debussy em 1889

Em 1889 dois eventos importantes acontecem: Debussy vai a Bayreuth pela segunda e última vez, admirando ainda a música de Wagner, mas já começando a se opor à estética grandiloquente do romantismo tardio alemão. E, em Paris, acontece a Exposição Universal (para a qual a torre Eiffel foi criada) onde Debussy passou muitas horas atento às melodias não ocidentais e à polirritmia percussiva da música do extremo-oriente.

Instrumentos de Java (atual Indonésia) que deixaram Debussy louquinho
Instrumentos de Java (atual Indonésia) que deixaram Debussy louquinho

As primeiras obras importantes de Debussy foram compostas a partir de 1889. Hoje trago dois grandes pianistas do século passado, tocando obras que vão das primeiras relevantes de Debussy (Arabesques, 1890-91, Suite Bergamasque, 1890-1905) até alguns dos Estudos (1915) que representam a última fase de Debussy, a mais revolucionária de todas.

Achei necessário juntar o alemão Walter Gieseking (1895–1956) e o francês Samson François (1924–1970) para dar uma ideia da diversidade de interpretações possíveis. Samson François foi aluno de Alfred Cortot, Marguerite Long e Yvonne Lefébure em Paris, se inscrevendo na tradição francesa de piano, que considerava o trabalho sobre a sonoridade mais importante do que a perfeição técnica. Algo impensável nos concursos de piano atuais, é claro. Assim como Cortot, François usava alguns rubatos em Chopin que hoje em dia seriam considerados errados pelos especialistas de plantão*. Seu Debussy também tem bastante rubato em alguns momentos mais expansivos, como na suíte Pour le Piano. A valsa La plus que lente, por exemplo, tem a indicação de tempo: Lent (Molto rubato con morbidezza) – Lento (Muito rubato com suavidade). Comparar as gravações dessa obra por Gieseking e Samson François é comparar dois tipos de rubato e duas visões de mundo.

O CD que finalmente trouxe à era digital o Debussy de Samson ganhou o Preis der deutschen Schallplattenkritik (Prêmio da crítica discográfica alemã). O encarte do CD diz: “As gravações de 1961 são dominadas por uma Isle Joyeuse deslumbrante, como iluminada pelo sol de meio-dia, e por uma versão dionisíaca de Pour le piano, mostrando como o toque de Samson renova consideravelmente a visão impressionista unanimemente praticada desde as justamente lendárias gravações de Walter Gieseking. Com essas gravações podemos sentir como o Debussy de Samson era ao mesmo tempo pessoal e natural. Nada parece calculado.” Samson François gravou mais Debussy entre 1968 e 1970: as Imagens, os Prelúdios, mas nessas gravações já se escuta o declínio do artista que viria a morrer jovem.

Gieseking era daqueles pianistas com uma memória sobrehumana: tocava todas as sonatas de Beethoven e de Mozart, muito Scriabin, todo o piano de Ravel e Debussy, e é por esse último que ele é mais lembrado até hoje. Para a Gramophone:

Em primeiro lugar, há a sonoridade de Gieseking, de tal delicadeza e variedade que pode complementar o desejo espirituoso e irônico de Debussy de escrever música “para um instrumento sem martelos”

Ninguém (nem mesmo Cortot) capturou em Children’s Corner o sentido de uma terra perdida e encantada, da infância revivida através de lágrimas e risos adultos.

*Neuhaus, russo, professor de Richter e Gilels, dizia: “Rubare é o italiano para roubar e se você roubar o tempo sem devolvê-lo logo depois, você é um ladrão”. Cortot discordava: “Rubato não significa ‘emprestado’. O roubo está implícito”.

Debussy: Shorter Piano Works (Walter Gieseking) (1951-54)

Suite Bergamasque (1890-1905)
1. Prélude (Moderato, tempo rubato)
2. II. Menuet (Andantino)
3. III. Clair de lune (Andante très expressif)
4. IV. Passepied (Allegretto non troppo)
5. Rêverie (1890)
6. Arabesque No. 1: Andantino con moto (1890-91)
7. Arabesque No. 2: Allegretto scherzando (1890-91)
Children’s Corner (1906-1908)
8. I. Doctor Gradus ad Parnassum
9. II. Jimbo’s Lullaby
10. III. Serenade for the Doll
11. IV. The Snow is Dancing
12. V. The Little Shepherd
13. VI. Golliwogg’s Cake Walk
14. La plus que lente (valse, molto rubato con morbidezza) (1910)
15. L’Isle joyeuse (1904)

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Dizem que Samson François morreu no hospital com um cigarro na boca e um whisky debaixo da cama...
Samson François

Samson François toca Debussy  (1956-61)

1. L’Isle joyeuse (1904)
2. Préludes Livre I: No.8 La fille aux cheveux de lin (1910)
3. Préludes Livre I: No.10 La cathédrale engloutie (1910)
4. Préludes Livre I: No.11 La danse de Puck (1910)
5. Préludes Livre I: No.12 Minstrels (1910)
6. La plus que lente (valse) (1910)
7. Pour le piano: Prélude (1894-1901)
8. Pour le piano: Sarabande(1894-1901)
9. Pour le piano: Toccata  (1894-1901)
10. Étude: Pour les arpèges composés (1915)
11. Suite bergamasque: Clair de lune (1890-1905)
12. Suite bergamasque: Passepied (1890-1905)
13. Étude: Pour les agréments (1915)
14. Étude: Pour les sonorités opposées (1915)
15. Étude: Pour les accords (1915)

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Debussy ao piano, 1893
Debussy ao piano, 1893

Frédéric Chopin: Barcarolle / Claude Debussy: Les collines d’Anacapri, Soirée dans Grenade, Poissons d’or, Minstrels / Franz Liszt: Waldesrauschen, Gnomenreigen, Liebestraume, Valse oubliée, Rhapsody no. 10 – Guiomar Novaes

A brasileira de olhos ébrios de música e a sorte de um LP que sobreviveu à ditadura

Nestes tempos em que o Brasil parece repetir 1964 como farsa, o meu patriotismo tem encontrado apenas um refúgio inabalável: uma brasileira com os olhos ‘ébrios da música’ e aquele poder de isolar-se de tudo que a cerca – faculdade raríssima – que é a marca bem característica do artista. É assim que Debussy descreveu Guiomar Novaes quando ela tinha 13 anos. Mais de 60 anos depois, ela gravou seu segundo LP com música de Debussy*, e se trata de uma intérprete ideal, não só por ter conhecido o compositor quando estudou em Paris**, mas também pelo estilo de Guiomar, de toque delicado, cuidadoso,  às vezes forte mas nunca percussivo, considerado “feminino” naquela época distante em que mulheres deviam ser belas, recatadas e do lar.

O senso comum diz que esse toque feminino não deveria tocar as obras musculosas e diabólicas de Liszt, não é? Pois o senso comum mundial se rendeu a Guiomar. Segundo o American Record Guide, 1962:

“O surpreendente, e que vale à pena gritar do alto dos telhados, é que, pela primeira vez em quarenta anos, Novaes registrou aqui algumas de suas incomparáveis interpretações de Liszt. Sua performance na Dança dos Gnomos é tão brilhante e ritmicamente intoxicante quanto a de Emil von Sauer em um clássico 78 r.p.m.,  e sua 10ª Rapsódia está no nível da gravação histórica de Paderewski. É fácil entender por que no início do século ela foi apelidada a Paderewska dos Pampas***.”

Falar de Guiomar tocando Chopin é chover no molhado, pois as gravações completas dos Noturnos, Estudos, Valsas, Prelúdios, Concertos e de algumas preciosas Mazurkas estão por aí em LPs, CDs, youtube, no PQPBach, muito mais disponíveis do que este raro LP, o único de Guiomar pela Decca, e que nunca nem se cogitou lançar em CD.

O áudio que eu trago vem de um LP de família, e aqui começam as suposições, pois se mal conhecemos as histórias de parentes perseguidos nos anos de chumbo, o que dizer de um mero LP? Meus avós compraram este vinil importado por volta de 1963-64, devem ter ouvido poucas vezes e ele ficou no fundo de um armário carioca por décadas. No Brasil, um armário que dura décadas precisa de uma dose de sorte: um irmão de vovó teve a casa incendiada pelo regime militar. Se tivessem incendiado a casa dela (e foi por pouco que não), o LP viraria fumaça. Uma coisa é certa: a música sobreviveu.

* O primeiro, com os Prelúdios Livro I, em mono, tem qualidade de som bastante inferior

** O professor dela em Paris, Isidor Phillip, foi o amigo que dava a Debussy “conselhos de notação para que os pianistas pudessem entender melhor suas nuances e approach. Após considerável deliberação, ambos decidiram que quase nenhuma marca de pedal deveria ser usada” (wikipedia)

*** Pelo crítico James Huneker, biógrafo de Chopin e Liszt, que entendia mais de música do que de geografia

Guiomar Novaes Plays Chopin, Liszt, Debussy
Decca LP, circa 1962

A1. Barcarolle Op. 60 (Chopin)
A2. Les collines d’Anacapri (Preludes – Book 1) (Debussy)
A3. Soirée dans Grenade (Estampes) (Debussy)
A4. Poissons d’or (Images) (Debussy)
A5. Minstrels (Preludes – Book 1) (Debussy)
B1. Waldesrauschen (Forest Murmurs) (Liszt)
B2. Gnomenreigen (Dance of the Gnomes) (Liszt)
B3. Liebestraume No. 3 in A flat (Liszt)
B4. Valse oubliée no. 1 (Liszt)
B5. Hungarian Rhapsody no. 10 (”Preludio”) (Liszt)

Guiomar Novaes, piano

Títulos em português: Barcarola (Chopin) / As colinas de Anacapri, Noite em Granada, Peixes de ouro, Menestréis (Debussy) / Murmúrios da floresta, Dança dos Gnomos, Sonhos de amor, Valsa esquecida, Rapsódia húngara (Liszt)

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Novaes-Gramophone1964-Billboard1963
Se Guiomar fosse inglesa ou norte-americana, esse disco já estaria na 3ª reedição em CD…

Bartók (1881-1945): Sonata for Solo Violin / Janáček (1854-1928): Violin Sonata / Debussy (1862-1918): Violin Sonata / Prokofiev (1891-1953): Violin Sonata Nros 1 e 2 / Stravinsky (1882-1971): Divertimento (Mullova, Anderszewski, Canino)

Bartók (1881-1945): Sonata for Solo Violin / Janáček (1854-1928): Violin Sonata / Debussy (1862-1918): Violin Sonata / Prokofiev (1891-1953): Violin Sonata Nros 1 e 2 / Stravinsky (1882-1971): Divertimento (Mullova, Anderszewski, Canino)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Viktoria Mullova é um das preferências absolutas deste filho de Bach. A sonoridade e a classe desta moscovita é uma coisa de louco.

A peça de Bartók é uma peça de Bartók, isto, é, é esplêndida e o mantém entre os 3 maiores Bs da música erudita, os quais permanecem como os maiores mesmo quando se usa todas as outras letras do alfabeto. Quem são os três? Ora, Bach, Brahms, Beethoven e Bartók.

A peça de Janáček é igualmente sensacional. Música bem eslava, sanguínea e cheia de surpresas e belas melodias, combinando perfeitamente com Bartók.

Depois a gente brocha. Debussy… Debussy… Debbie…, o que dizer? Claude, apesar do tremendo esforço que fez para movimentar-se no primeiro movimento, é um gordo. Portanto, é meio estático. Para piorar, é também extático. Bem, hoje faz um lindo dia e dizem que é o Dia do Beijo, o que significa que eu deveria ir para a rua ver o que consigo. (Mas, olha, foi das melhores coisas que já ouvi do gordo Debbie).

Prokofiev! Ah, Serguei é outro papo. Já de cara ele mostra quão fodão é naquele tranquilo Andante assai e no furioso Allegro brusco que o segue. Sem dúvida, é um cara que valoriza o contraste… Nós também detestamos o total flat, a gente gosta tanto dos mares piscininha quanto das descidas vertiginosas; afinal, os acidentes geográficos é o que faz a beleza da paisagem, né? As duas Sonatas de Prokofiev são notáveis.

Stravinsky… Sei que meus pares aqui no blog são admiradores do anão russo e adoro provocar, só que não dá, o cara é bão demais, raramente erra. Será que o gordo Debbie escreveu alguma coisa chamada “Divertimento”? Ele se divertia com o quê?

Bartók: Sonata for Solo Violin / Janáček: Violin Sonata / Debussy: Violin Sonata / Prokofiev: Violin Sonata Nros 1 e 2 / Stravinsky: Divertimento

CD 1
1. Bartok Sonata for Solo Violin – I. Tempo di ciaccona
2. Bartok Sonata for Solo Violin – II. Fuga. Risoluto, non troppo vivo
3. Bartok Sonata for Solo Violin – III. Melodia. Adagio
4. Bartok Sonata for Solo Violin – IV. Presto agitato

5. Janacek Violin Sonata – I. Con moto
6. Janacek Violin Sonata – II. Ballada. Con moto
7. Janacek Violin Sonata – III. Allegretto
8. Janacek Violin Sonata – IV. Adagio

9. Debussy Violin Sonata – I. Allegro vivo
10. Debussy Violin Sonata – II. Intermede. Fantasque et leger
11. Debussy Violin Sonata – III. Finale. Tres animé

CD 2
1. Prokofiev Violin Sonata No.1 in F minor, Op.80 – I. Andante assai
2. Prokofiev Violin Sonata No.1 in F minor, Op.80 – II. Allegro brusco
3. Prokofiev Violin Sonata No.1 in F minor, Op.80 – III. Andante
4. Prokofiev Violin Sonata No.1 in F minor, Op.80 – IV. Allegrissimo

5. Prokofiev Violin Sonata No.2 in D major, Op.94a – I. Moderato
6. Prokofiev Violin Sonata No.2 in D major, Op.94a – II. Scherzo. Presto
7. Prokofiev Violin Sonata No.2 in D major, Op.94a – III. Andante
8. Prokofiev Violin Sonata No.2 in D major, Op.94a – IV. Allegro con brio

9. Stravinsky Divertimento – I. Sinfonia
10. Stravinsky Divertimento – II. Danses suisses
11. Stravinsky Divertimento – III. Scherzo
12. Stravinsky Divertimento – IV. Pas de deux. Adagio – Variations – Coda

Viktoria Mullova: violin
Piotr Anderszewski: piano
Bruno Canino: piano

Recording:
June 1987, Utrecht (Bartók)
April 1989, London (Prokofiev No.2, Stravinsky)
July 1994, Forde Abbey, Chard, England (Janácek, Debussy, Prokofiev No.1)

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Mullova quando jovem: sei de vários que enlouqueceram.
Mullova quando jovem: sei de vários que enlouqueceram.

PQP

C. P. E. Bach, John Cage, Tigran Mansurian, Franz Liszt, Michail Glinka, Frédéric Chopin, Valentin Silvestrov, Claude Debussy e Béla Bartók: Alexei Lubimov — Der Bote — Elegias para Piano

C. P. E. Bach, John Cage, Tigran Mansurian, Franz Liszt, Michail Glinka, Frédéric Chopin, Valentin Silvestrov, Claude Debussy e Béla Bartók: Alexei Lubimov — Der Bote — Elegias para Piano

61fyfAw73OL._SS500IM-PER-Dí-VEL !!!

Maravilhoso disco formado por dez peças menores de compositores que apenas se unem por terem sido vanguardistas em seu tempo. Num recital que abarca 3 séculos, o pianista Lubimov dá uma aula sobre como montar um repertório erudito. Inicia com uma daquelas estranhas Fantasias do mano CPE que, para falar com a inteligência de Maitê Proença, é tudo di bom. Numa demonstração de parentesco inteiramente provocativa, mas pertinente, Lubimov dá seguimento ao recital com In a landscape, de John Cage. É notável como ambas combinam. E depois ele segue adiante com uma série de peças meditabundas. O mosaico fica lindo. O CD é da ECM. Com efeito, Manfred Eicher veio ao mundo para viabilizar as idéias mais doidas dos artistas. E para nos mostrar fatos nunca dantes pressentidos.

Alexei Lubimov – Der Bote

1 Carl Philipp Emanuel Bach: Fantasie für Klavier f-Moll
2 John Cage: In a landscape
3 Tigran Mansurian: Nostalgia
4 Franz Liszt: Abschied
5 Michail Glinka: Nocturne f-Moll “”La séparation””
6 Frédéric Chopin: Prélude c-Moll op. 45
7 Valentin Silvestrov: Elegie
8 Claude Debussy: Elégie
9 Béla Bartók: Vier Klagelieder op. 9a, Nr. 1
10 Valentin Silvestrov: Der Bote

Alexei Lubimov, Piano

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Grande Lubimov!
Grande Lubimov!

PQP

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes (1913-1992) pertenceu a uma geração impressionante de músicos húngaros. Como ele, Geza Anda, Gyorgy Sandor, Edith Farnadi, Irene Malik, Annie Fischer — sem levar em conta a elite de regentes famosos (Fricsay, Dorati, Reiner) ou solistas (Szigetti) Dentre eles, Foldes ocupava um lugar de destaque no universo pianístico. Este disco é um tesouro de incrível repertório: Bach, De Falla, Poulenc, Bartok, Beethoven, Liszt, Copland, Barber, Debussy e Chopin .

Foldes foi um músico consumado, inteiramente dedicado a extrair e fazer-nos sentir o espírito de cada peça que ele tocava. Seu nível de musicalidade corre inversamente proporcional à sua fama. Negligenciado e esquecido por muitos, ele representa a estatura de músicos forjados na primeira metade do século XX, como Bartók e Kodály.

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

CD 1:
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903
1) Fantasia [6:44]
2) Fuga [4:35]
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
Piano Sonata No.6 in F, Op.10 No.2
3) 1. Allegro [4:18]
4) 2. Allegretto [3:46]
5) 3. Presto [2:36]
Johannes Brahms (1833 – 1897)
16 Waltzes, Op.39
6) 1. in B [0:48]
7) 2. in E [1:09]
8. 3. in G sharp minor [0:46]
9) 15. in A flat [1:34]
Manuel de Falla (1876 – 1946)
El amor brujo
10) Ritual Fire Dance [3:31]
Francis Poulenc (1899 – 1963)
Nocturnes Nos.1-8
11) No.4 in C minor [1:26]
Claude Debussy (1862 – 1918)
Préludes – Book 1
12) 8. La fille aux cheveux de lin [2:41]
Frédéric Chopin (1810 – 1849)
4 Mazurkas, op.41
13) 2. Mazurka in E minor: Andantino [2:05]
14) Nocturne No.13 in C minor, Op.48 No.1 [5:52]
Franz Liszt (1811 – 1886)
15) Mephisto Waltz No.1, S.514 [10:38]
Béla Bartók (1881 – 1945)
Suite, BB 70, Sz. 62 (Op.14)
16) 1. Allegretto [1:55]
17) 2. Scherzo [1:43]
18) 3. Allegro molto [2:05]
19) 4. Sostenuto [2:53]
Sonata for Piano, Sz. 80 (BB 88)
20) 1. Allegro moderato [4:06]
21) 2. Sostenuto e pesante [5:00]
22) 3. Allegro molto [3:29]
23) Allegro barbaro, BB 63, Sz. 49 [2:29]

CD 2:
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
Piano Sonata (1924)
1) 1. Viertel = 112 [3:07]
2) 2. Adagietto [5:05]
3) 3. Viertel = 112 [2:42]
Samuel Barber (1910 – 1981)
Excursions, Op.20
4) 1. Un poco allegro [2:43]
5) 2. In slow blues tempo [3:32]
6) 3. Allegretto [2:28]
7) 4. Allegro molto [2:10]
Aaron Copland (1900 – 1990)
Piano Sonata (1941)
8. 1. Molto moderato [8:21]
9) 2. Vivace [4:38]
10) 3. Andante sostenuto [9:28]
Zoltán Kodály (1882 – 1967)
11) Marosszéki táncok (Dances of Marosszèk) [12:30]
7 Piano Pieces, Op.11
12) 1. Lento [1:40]
13) 2. Székely keserves. Rubato, parlando [2:20]
14) 3. “il pleut dans mon coeur…”. Allegretto malinconico [1:30]
15) 5. Tranquillo [2:04]
16) 6. Székely nóta. Poco rubato [3:08]
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
17) Circus Polka for a Young Elephant [3:55]
Virgil Thomson (1896 – 1989)
18) Ragtime Bass in C sharp [1:41]
Isaac Albéniz (1860 – 1909)
19) Tango, Op.165, No.2 [2:46]

Andor Foldes, piano

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Andor Foldes, esse tocava!
Andor Foldes, esse tocava!

PQP

Bela Bartok (1881-1945): Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115, W. A. Mozart (1756-1791): Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, Debussy: En blanc et noir, L.134

Bela Bartok (1881-1945): Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115, W. A. Mozart (1756-1791): Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, Debussy: En blanc et noir, L.134

71DwcIjgw5L._SL1043_Eis uma Postagem com P maiúsculo, daquelas tipo arrasa-quarteirão, facilmente classificável como IM-PER-DÍ-VEL !!!, e que vai deixar nosso mentor PQPBach alucinado, perguntando de onde tirei essa jóia rara e também perguntando o porquê de estar postando isso só agora.

Na verdade, só agora estou trazendo isso porque só agora é que consegui esse CD. Sabia de sua existência, mas ainda não tivera a oportunidade nem de ouvi-lo nem sequer encontrá-lo.

Martha Argerich e Stephen Kovacevich estavam no apogeu de seus trinta e poucos anos, e já conhecidos como grandes músicos. Se já eram casados, ou se já estavam separados, precisaria pesquisar melhor. Só sei que a química entre os dois funciona perfeitamente aqui. Sai faísca desse CD.

Bela Bartok (1881-1945): Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115, W. A. Mozart (1756-1791): Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, Debussy: En blanc et noir, L.134

(01) Bártok – Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115 (Sz.110), 1. Assai lento – Allegro molto
(02) Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115 (Sz.110), 2. Lento ma non troppo
(03) Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115 (Sz.110), 3. Allegro non troppo
(04) Mozart – Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 1. Thema
(05) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 2. Var.1
(06) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 3. Var.2
(07) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 4. Var.3
(08) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 5. Var.4
(09) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 6. Var.5
(10) Debussy – En blanc et noir, L.134, 1. Avec emportement
(11) En blanc et noir, L.134, 2. Lent. Sombre
(12) En blanc et noir, L.134, 3. Scherzando

Martha Argerich & Stephen Kovacevich – Pianos
Willy Goudswaard, Michael de Roo – Percussions

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Martha Argerich e Stephen Kovacevich: até hoje na ativa
Martha Argerich e Stephen Kovacevich: até hoje na ativa

FDP [revalidado por Vassily em 20/1/2021]

Albéniz / Berio / Debussy / Fauré / Janáček / Liszt / Ravel / Sawhney / Takemitsu: Water

Albéniz / Berio / Debussy / Fauré / Janáček / Liszt / Ravel / Sawhney / Takemitsu: Water

Após os excelentes álbuns Duo e Credo, ambos postados no PQP Bach, Hélène Grimaud nos chega com um disco onde aparece claramente a sua militância pelas causas ecológicas. Water é um trabalho incomum. Aqui, Grimaud executa peças de vários períodos — clássicas, românticas e contemporâneas — cuja temática é a água. Além do fascínio pela água, além das evocações tradicionais de rios, lagos, mares, flocos de neve, e gotas de chuva, o álbum também reflete uma perspectiva contemporânea sobre a água e a falta dela. As peças de diferentes compositores são amarradas através das Transitions, sons de água e de instrumentos musicais compostos, gravados e produzidos por Nitin Sawhney, um celebrado compositor de World Music. Ele também é DJ, produtor, multi-instrumentista, compositor orquestral e pioneiro cultural. Reafirmando sua posição como uma das artistas mais interessantes da música erudita, Grimaud combina a cultura com seu compromisso com os desafios ecológicos, ambientais e humanitários de nossos dias. Então, Water é um projeto com três níveis distintos de aspiração criativa: artístico, inventivo e ativista. Além disso é bom pacas de ouvir.

Albéniz / Berio / Debussy / Fauré / Janáček / Liszt / Ravel / Sawhney / Takemitsu: Water

1 Wasserklavier (No.3 From 6 Encores – Per Antonio Ballista) (Luciano Berio) 2:11
2 Water – Transition 1 (Nitin Sawhney) 1:18
3 Rain Tree Sketch II (In Memoriam Oliver Messiaen) (Toru Takemitsu) 5:25
4 Water – Transition 2 (Nitin Sawhney) 1:41
5 Barcarolle No.5 In F Sharp Minor (op.66) (fis-moll En Fa Diese Mineur Allegretto Moderato) (Gabriel Fauré) 6:39
6 Water – Transition 3 (Nitin Sawhney) 1:33
7 Jeux D’eau (Music Note=144) (Tres Doux) (Maurice Ravel) 5:10
8 Water – Transition 4 (Nitin Sawhney) 1:27
9 Almeria (No.2 From Iberia II Allegretto Moderato) (Isaac Albéniz) 10:06
10 Water – Transition 5 (Nitin Sawhney) 0:55
11 Les Jeux D’eaux A La Villa D’Este (No.4 From Annees De Pelerinage III S 163 Allegretto) (Franz Liszt) 7:38
12 Water – Transition 6 (Nitin Sawhney) 1:34
13 In The Mists: No.1 (Andante) (Leoš Janáček) 4:33
14 Water – Transition 7 (Nitin Sawhney) 1:16
15 La Cathedrale Engloutie (No.10 From Preludes I Profondement Calme) (Claude Debussy) 6:03
16 Water Reflections (Helene Grimaud’s Thoughts On The Permutations Of Water) 10:49

Piano – Hélène Grimaud

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Desta vez, deu na trave
Desta vez, deu na trave

PQP

Kyung Wha Chung – Con Amore

coverKyung Wha Chung é uma violinista coreana, que foi uma criança prodígio, encantando a todos com seu talento, e conquistando os Estados Unidos antes dos vinte anos e depois disso, o mundo. Suas gravações pelo selo DECCA venderam milhões de cópias, elevando-a ao topo dos grandes músicos do século XX.

Esse CD que ora vos trago é uma coletânea de peças de diversos autores, como Brahms, Elgar, Kreisler, entre outros. É uma excelente amostra do talento e do virtuosismo da pequena coreana, pequena no tamanho mas gigante no talento. Ouçam o Noturno de Chopin, faixa 11, e depois me digam se não tenho razão.

1  Kreisler – La Gitana
2 Kreisler – Liebesleid
3 Poldini – Dancing Doll
4 Wieniawski – Scherzo-Tarantella
5 Elgar – Salut d’amour
6 Elgar – La Capricieuse
7 Tchaikovsky – Valse sentimentale
8 Kreisler – Praeludium und Allegro
9  Novacek – Moto perpetuo
10 Debussy – Beau soir.
11 Chopin – Nocturne in C sharp minor
12 Wieniawski – Caprice in A minor
13 Gossec – Gavotte
14  Kreisler – Liebesfreud
15 Chaminade – Serenade espagnole
16  Saint-Saens – Caprice
17 Brahms – Hungarian Dance No.1

Kyung Wha Chung – Violin
Phillip Moll – Piano

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Jean Pierre Rampal – Le Flûte Enchantée

51oXC-PjV5LJean Pierre Rampal foi um dos maiores flautistas do século XX, quiçá o maior. Creio que a primeira vez que o ouvi foi exatamente com essas obras de Bach aqui presentes. Fiquei muito impressionado, mas como vivemos no Brasil, e ainda estávamos no início da década de 80, era muito difícil encontrar seus discos em minha pequena cidade do interior. Mesmo quando ia para a capital, também era difícil achar alguma coisa.
Mas com o passar do tempo, consegui localizar alguns discos dele, e encantamento foi ainda maior. Essa série de quatro cds que estou trazendo hoje é exatamente para mostrar-lhes a evolução do gênio em seu instrumento. Tem de Bach a Honneger, ou seja, o repertório é bem eclético, abrangendo dos séculos XVIII ao século XX.  Claro que falta muita coisa, mas serve como aperitivo para os senhores melhor conhecerem o talento desse cara.

CD 1

1 – 9 – J.S. Bach (1685-1750) – Sonates pour flûte & clavecin BWV 1030-1032
10-20 – J.S. Bach – Sonates pour flûte & continuo BWV 1033-1035
21-24 – J.S. Bach – Sonate pour flûte seule BWV 1013

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Clavecin

CD 2

1 – G.P.Teleman (1681-1767) – Concerto en sol majeur pour flûte & cordes – 1 Allegro ma non troppo
2 – Adagio
3 – Allegro
4 – Suite en la mineur pour flûte & cordes – 1 Ouverture
5 2 Les Plaisirs
6 3 Air á l’italliane
7 4 Menuets
8 5 Réjouissances
9 6 Passapied
10 7 Polonaise
11-13 Sonates pour flûte & clavecin
14 Concerto pour flûte & clavecin

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Clavecin
Orchestre de chambre de la Sarre
Karl Ristenpart – Conductor

CD 3

1-3 Joseph Haydn (1732-1809) – Sonate pour flûte & Piano
4-9 Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sérenade pour flûte, violin & alto
10 Franz Schubert (1797-1828) – Introduction &a variations sur le theme “Ihr Blümlein alle”
11-13 Robert Schumann (1810-1856) – 3 Romances op. 94

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Piano
Gérrard Jarry – Violin
Serge Collot – Alto

CD 4

1-3 Claude Debussy (1862-1918) – Sonate pour flûte, alto & harpe

Jean Pierre Rampal – Flûte
Odette Le Dentu – Harpe
Pierre Pasquier – alto

4 – Maurice Ravel – Introduction & allegro pour harpe, flûte,  clarinet & quatour à cordes

Jean Pierre Rampal – Flûte
Lily Laskine – Harpe
Ulysse Delécluse – Clarinette
Quatour Pascal

5-7 Albert Roussel (1869-1937) – Sérenade pour flûte, harpe & Trio à cordes
Jean Pierre Rampal – Flûte
Lily Laskine – Harpe
Trio Pasquier

8-10 Arthur Honegger (1892-1955) – Concertino da camara pour flûte, cor anglais & orchestre à cordes

Jean Pierre Rampal – Flûte
Pierre Pierlot – Cor anglais
Association des Concerts de Chambre de Paris
Fernand Oubradous – Conductor

11 Arthur Honneger – Romance
12 Amable Massis (1893-1980) – Pastorale
13 Henri Gagnebin (1886-1977) – Marche des gais lurons

Jean Pierre Rampal – Flûte
Françoise Gobet – Piano

 

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FDPBach

542

The Debussy Edition – CD 17 e Bonus – Le Martyre de Saint Sébastien – Danco, Waugh, Montmollin, Ansermet

box frontPara fechar essa espetacular coleção teremos obras menos conhecidas de Debussy, com dois cds belíssimos. Sim, como eu disse, são dois cds. A DG nos premiou no final com um cd bônus. Como eles são legais, né?
Talvez “Le Martyre de Saint Sébastien ” não seja tão desconhecida assim. Já foram realizadas diversas gravações, e eu mesmo já trouxe uma versão, lá nos primórdios do PQPBach, e claro que o link já deve ter sumido. O cd bônus traz uma bela versão de “La Boite a joujoux”, além de outras pequenas peças para piano.
E a coleção não poderia terminar de melhor forma. A gravação que a DG trouxe de “Le Martyre de Saint Sébastien” é com o lendário maestro suiço  Ernest Ansermet, que realizou históricas gravações com  a Orchestre de La Suisse Romande, São gravações antigas, com certeza, mas tem uma qualidade única. Um belo trabalho dos engenheiros de som da gravadora.

CD 17

01. Le martyre de Saint Sébastien, incidental music for soloists, chorus & orchestra – La Cour des lys
02. La Chambre Magique
03. Le Concille des faux dieux
04. Le Laurier blessé
05. Le Paradis

Suzanne Danco – Soprano
Nacy Waugh – Contralto
Marie-Lise de Montmollin – Contralto
Union Chorale de La Tour de Peilz
Orchestre de la Suisse Romande
Ernest Ansermet – Conductor

06. Chansons de Charles d’Orléans (3), song cycle for chorus, L. 92 1. Dieu! qu’il la feit bon regarder!
07. 2. Quant j’ay ouy le tabourin
08. 3. Yver, vous n’estes qu’un vilain

Nicola Jenkin – Soprano
Suzanne Flowers – Soprano
Frances Jellard – alto
Neil McEnzie – Tenor
Julian Clarkson – bass
The Monteverdi Choir
John Eliot Gardiner – Conductor

CD Bonus
01. La boite à joujoux – 1 Le magasin des jouets
02. Le champ de bataille
03. La bergerie à vendre
04. Apres fortune faite
05. L’isle joyeuse

Friedrich Gulda

06. Masques
07. Valse romantique
08. Ballade
09. The little nigar
10. Mazurka
11. Nocturne
12. Dans bohémienne

Daniel Éricourt – Piano

13. Ballade que Villon feit à la requete de sa mere pour prier Nostre-Dame
14. La grotte
15. Mandoline

Gérard Souzay – Baritone
Orchestre de La Societé des Concerts du Conservatoire
Édouard Lindenberg – Conductor

16. Air de Lia (l’année en vain…)

Inge Bourkh – Soprano
London Symphony Orchestra
Anatole Fistoulari – Conductor

CD 17 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD Bonus – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

The Debussy Edition – Cds 15 e 16 – Pelléas et Mélissande – Ewing, LeRoux, Van Dam, Ludwig, Wiener Philharmoniker

box frontPelléas et Méllisande foi a única ópera que Debussy compôs. E Claudio Abbado conseguiu reunir um elenco também único para gravá-la. Juntou a juventude de François Le Roux com a experiência de Maria Ewing, Jose van Dam e Christa Ludwig e realizou um dos principais registros já feitos desta obra. “Imense”, “Delicious”, “Ephemeral raindrops in the forest”, “Too deep for tears”, são alguns dos adjetivos utilizados pelos comentaristas e clientes da amazon. Realmente, um primor, em todos os sentidos.
Como a pressa é grande e o tempo urge, como sempre, na Wikipedia os senhores irão encontrar maiores informações sobre a obra, com direito a links para o libretto. Divirtam-se.

CD 1

01. Premier Act – Je ne pourrai plus sortir de cette foret
02. Pourquoi pleures-tu
03. Je suis perdu aussi
04. Voici ce qu’il ecrit son frere Pelleas
05. Qu’en dites-vous
06. Interlude
07. Il fait sombre dans les jardins
08. Hoe! Hisse Hoe!
09. Deuxiéme Act – Vous ne savez pas ou je vous ai menee
10. C’est au bord d’une fontaine
11. Interlude
12. Ah! Ah! Tout va bien
13. Voyons, donne-moi ta main
14. Interlude
15. Oui, c’est ici, nous y sommes
16. Troisième Act – Mes longs cheveux descendent jusqu’au seuil de la tour
17. Je les tiens dans les mains
18. Que faites-vous ici
19. Prenez garde; par ici, par ici

CD 2

01. Interlude – Ah! Je respire enfin!
02. Interlude
03. Viens, nous allons nous asseoir ici, Yniold
04. Qu’ils s’embrassent, petit pere
05. Quatrième Act – Ou vas-tu
06. Maintenant que le pere de Pelleas est sauve
07. Pelleas part ce soir
08. Ne mettez pas ainsi votre main a la gorge
09. Interlude
10. Oh! Cette pierre est lourde
11. C’est le dernier soir
12. Nous sommes venus ici il y a bien longtemps
13. On dirait que ta voix a passe sur la mer au printemps
14. Quel est ce bruit
15. Cinquième Act – Ce n’est pas de cette petite blessure qu’elle peut mourir
16. Attention; je crois qu’elle s’eveille
17. Melisande, as-tu pitie de moi comme j’ai pitie de toi
18. Non, non, nous n’avons pas ete coupables
19. Qu’avez-vous fait
20. Qu’y a-t-il
21. Attention… attention. Il faut parler a voix basse, maintenant

Méllisande – Maria Ewing
Pelléas – François Le Roux
Golaud – Jose van Dam
Geneviève – Christa Ludwig
Arkel – Jean-Phillipe Curtis
Yniold – Patrizia Pace

Konzertvereinigung Wiener Staatsopernchor
Wiener Philharmoniker
Claudio Abbado

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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The Debussy Edition – Mélodies – CDs 13 e 14 de 17 – Dietschy, Strosser

box frontMais dois volumes com as belíssimas canções que Debussy compôs baseado em letras dos  grandes poetas franceses do século XIX e início do século XX. Aqui encontramos novamente Verlaine, Gautier e as maravilhosas “Ballades de François Villon”, entre outros não tão conhecidos.
A magnífica voz de Véronique Dietschy se encaixa como uma luva nesse repertório tão pouco executado, e os pianistas Philip Cassard e Emanuel Strosser a acompanham com maestria, dando o toque de requinte e sofisticação que a interpretação exige. Coisa finíssima mesmo. Espero que gostem.

 

01. Trois Mélodies de Verlaine – I. La mer est plus belle
02. Trois Mélodies de Verlaine – II. Le son du cor s’afflige
03. Trois Mélodies de Verlaine – III. L’echelonnement des haies
04. La Belle au Bois dormant
05. Proses lyriques – I. De rêve
06. Proses lyriques – II. De frève
07. Proses lyriques – III. De fleurs
08. Proses lyriques – IV. De soir
09. Sept Poèmes de Banville – I. Rêverie
10. Sept Poèmes de Banville – II. Souhait
11. Sept Poèmes de Banville – III. Triolet à Phillis
12. Sept Poèmes de Banville – IV. Le lilas
13. Sept Poèmes de Banville – V. Aimons-nous et doemons
15. Sept Poèmes de Banville – VII. Les Roses
16. Flots, palmes, sables
17. L’Archet
18. Tragédie
19. En sourdine
20. Clair de lune
21. Fêtes galantes – I. Les ingénus
22. Fêtes galantes – II. Le Faune
23. Fêtes galantes – III. Colloque sentimental

Véronique Dietschy – Soprano
Emmanuel Strosser – Piano

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The Debussy Edition – Mélodies – CDs 11 e 12 de 17 – Dietschy, Strosser

box frontEstou naquela fase do ano em que falta tempo para tudo, inclusive para postar aqui no PQP. Mas vou dar um jeitinho para não sobrecarregar o resto do pessoal.
Vamos voltar um pouco para a “Debussy Edition”, trazendo desta vez as canções debussynianas, muitas delas desconhecidas para mim e para muitos.
Os que conhecem e admiram a poesia francesa, irão reconhecer alguns nomes, como Verlaine, Loüis, Mallarmé entre outros, poemas dos quais Debussy musicou.
Tratam-se de obras menos conhecidas do francês. Acho que quem gosta da música de Debussy e aprecia a voz feminina irá se encantar com as sutilezas e delicadezas da língua francesa.

CD 11

01. Verlaine – C’est l’extase langoureuse
02. Verlaine – Il pleure dans mon coeur
03. Verlaine – L’ombre des arbres
04. Verlaine -Chevaux de bois
05. Verlaine – Green
06. Verlaine – Spleen
07. Baudelaire – Le Balcon
08. Baudelaire – Harmonie du Soir
09. Baudelaire -Le jet d’Eau
10. Baudelaire – Recueillement
11. Baudelaire – La Mort des Amants
12. Jane – Le Conte de Lisle
13. Caprice – Theodore de Banville
14. Verlaine – En Sourdine
16. Verlaine – Clair de Lune

Veronique Dietschy – Soprano
Philippe Cassard – Piano

CD 12

01. Chansons de Bilitis – La fûte de Pan
02. Chansons de Bilitis – La chevelure
03. Chansons de Bilitis – La tombeau des Naïdes
04. Beau soir (Paul Bourget)
05. Mandoline (Paul Verlaine)
06. Romance
07. Les cloches
08. Aparition (Stèphane Mallermé)
09. Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé – I. Soupir
10. Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé – II. Placet futile
11. Trois Poèmes de Stéphane Mallarmé – III. Eventail
12. Nuit d’Etoiles (Theodore de Banville)
13. Paysage sentimentan (Paul Bourget)
14. La Damoiselle Elue (Dante Gabriel Rossetti)

Veronique Dietschy – Soprano
Doris Lamprecht – Mezzo Soprano
Philippe Cassard – Piano
Solistes des Choers de Lyon (voix de femmes)
Bernard Tétu

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The Debussy Edition – CD 10 de 17 – Chamber Music – Melos Quartett, Dumay, Pires, Argerich, Maisky, et. all

box frontEste volume da Debussy Edition é tão bom que merece aparecer sozinho na postagem. Posso dizer sem temer que a DG aqui caprichou e escolheu a dedo os intérpretes. Desde o Quarteto, esplêndido nas mãos do Melos Quartett, passando pelas duplas Dumay / Pires, Argerich / Maisky, o trio com harpa e terminando com uma peça para flauta solo, enfim, este CD é um primor em se tratando de qualidade técnica e sensibilidade musical.
Infelizmente Debussy não se dedicou muito ao gênero Música de Câmara, mas o pouco que fez, já foi suficiente para nos alegrar.
Um CD para ouvirmos com calma e tranquilidade, de preferência sentados em nossas melhores poltronas, e apreciando um bom vinho. Espero que apreciem tanto quanto eu apreciei.

1 Quatuor à cordes – I. Animé et décidé
2 II. Assez vif et bien rythmé
3 III. Andantino, doucement expressif
4 IV. Très modéré

Mellos Quartett

5 Sonate pour violon et piano – I. Allegro vivo
6 II. Intermède. Fantasque et léger
7 III. Finale. Très animé

Augustin Dumay – Violin
Maria João Pires

8 Sonate pour violoncelle et piano – I. Prologue. Lent
9 II. Sérénade. Modérément animé
10 III. Finale. Animé

Mischa Maisky – Cello
Martha Argerich – Piano

11 Sonate en trio – I. Pastorale. Lento, dolce rubato
12 II. Interlude. Tempo di Minuetto
13 III. Finale. Allegro moderato ma risoluto

Wolfgang Schulz – Flute
Wolfram Christ – Viola
Margit-Anna Süss – Harp

14 Syrinx pour flûte seule

Wolfgang Schulz – Flute

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The Debussy Edition – Cds 7, 8 e 9 de 17 – Uchida, Kocsis, Alfons & Aloys Kontarsky

71HDj+m7ZVL._SL1392_Pois então, vamos trazer a segunda parte da obra pianística de Debussy, dentro dessa coleção da Deutsche Grammophon. Aqui teremos suas obras mais conhecidas para esse instrumento, como a “Suite Bergamasque”, interpretada pelo húngaro Zoltán Kocsis. Uma interpretação inspirada, com um excelente pianista, muito experiente com o repertório do século XX. Os “Études” são interpretados por Mitsuko Uchida, que dispensa apresentações. Seu talento é mais do que reconhecido. E para completar o ciclo, teremos Alfons & Aloys Kontarsky, ilustres desconhecidos para mim até então, interpretando a obra para piano a quatro mãos. Três cds que mostram todo o talento, versatilidade e criatividade de Debussy com este instrumento, que com certeza era o seu favorito.

CD 7

01. 12 Études L.136 – I. Pour les cinq doigts (d’après M. Czerny)
02. 12 Études L.136 – II. Pour les tierces
03. 12 Études L.136 – III. Pour les quartes
04. 12 Études L.136 – IV. Pour les sixtes
05. 12 Études L.136 – V. Pour les octaves
06. 12 Études L.136 – VI. Pour les huit doigts
07. 12 Études L.136 – VII. Pour les degres chromatiques
08. 12 Études L.136 – VIII. Pour les agréments
09. 12 Études L.136 – IX. Pour les notes répétées
10. 12 Études L.136 – X. Pour les sonorités opposées
11. 12 Études L.136 – XI. Pour les arpèges composés
12. 12 Études L.136 – XII. Pour les accords

Mitsuko Uchida – Piano

CD 8

01. Suite Bergamasque – I. Prélude
02. Suite Bergamasque – II. Menuet
03. Suite Bergamasque – III. Clair de lune
04. Suite Bergamasque – IV. Passepied
05. Images oubliées – I. Lent (Mélancolique et doux)
06. Images oubliées – II. Souvenir du Louvre (Sarabande)
07. Images oubliées – III. Quelques aspects de ‘Nous n’irons plus au bois’
08. Pour le Piano – I. Prélude
09. Pour le Piano – II. Sarabande
10. Pour le Piano – III. Toccata
11. Estampes – I. Pagodes
12. Estampes – II. La Soirée dans Grenade
13. Estampes – III. Jardins sous la pluie
14. D’un cahier d’esquisses
15. L’Isle joyeuse
16. Deux Arabesques – I. Andantino con moto
17. Deux Arabesques – II. Allegretto scherzando
18. Hommage à Haydn
19. Rêverie
20. Page d’album

CD 9

01. En blanc et noir (2 pianos) – I. À mon ami A, Koussevitzky
02. En blanc et noir (2 pianos) – II. Au lieutenant Jacques Charlot tué à l’ennem
03. En blanc et noir (2 pianos) – III. À mon ami Igor Stravinsky
04. Petite Suite (piano 4 mains) – I. En bateau. Andantino
05. Petite Suite (piano 4 mains) – II. Cortège. Moderato
06. Petite Suite (piano 4 mains) – III. Menuet. Moderato
07. Petite Suite (piano 4 mains) – IV. Ballet. Allegro giusto
08. Lindajara pour 2 pianos
09. Cortège et Air de danse pour piano à 4 mains
10. Ballade pour piano à 4 mains
11. Six Épigraphes antiques (piano 4 mains) – I. Pour invoquer Pan
12. Six Épigraphes antiques (piano 4 mains) – II. Pour un tombeau sans nom
13. Six Épigraphes antiques (piano 4 mains) – III. Pour que la nuit soit propice
14. Six Épigraphes antiques (piano 4 mains) – IV. Pour la danseuse aux crotales
15. Six Épigraphes antiques (piano 4 mains) – V. Pour l’Égyptienne
16. Six Épigraphes antiques (piano 4 mains) – VI. Pour remercier la pluie au matin
17. Symphonie en si mineur pour piano à 4 mains

Alfons & Aloys Kontarsky – Piano 4 hands

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CD 8 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
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Claude Debussy (1862-1910) – The Debussy Edition – Cds 4, 5 e 6 de 17

71HDj+m7ZVL._SL1392_A caixa que traz a obra pianística de Debussy dentro dessa coleção que ora vos trago, tem 6 cds. Por ser um pouco grande, vou dividi-la em duas partes.
Hoje então teremos os dois volumes dos “Preludes”, nas mãos de Kristian Zimerman, e com o Arturo Benedetti Michelangeli teremos as delicadas “Images” e “Children´s Corner”. Não entendi os critérios da DG, mas a opção mais óbvia para os “Preludes” seria com o italiano Michelangeli, que até hoje é considerado um dos grandes intérpretes da obra de Debussy no século XX. Mas Zimerman é um grande músico, e deixa sua marca registrada nessa gravação.

CD 4
Préludes 1º Libre
01 – Danseuses de Delphes
02 – Voiles
03 – Le vent dans la plaine
04 – Les sons et les parfums tournent dans l’air du soir
05 – Les collines d’Anacapri
06 – Des pas sur la neige
07 – Ce qu’a vu le vent d’ouest
08 – La fille aux cheveux de lin
09 – La sérénade interrompue
10 – La cathédrale engloutie
11 – La danse de Puck
12 – Minstrels

Kristian Zimerman – Piano

CD 5

01 – Préludes 2ème livre L.123 – I. Brouillards
02 – Préludes 2ème livre L.123 – II. Feuilles mortes
03 – Préludes 2ème livre L.123 – III. La puerta del vino
04 – Préludes 2ème livre L.123 – IV. Les fées sont d’exquises danseuses
05 – Préludes 2ème livre L.123 – V. Bruyères
06 – Préludes 2ème livre L.123 – VI. « General Lavine» – excentric
07 – Préludes 2ème livre L.123 – VII. La terasse des audiences du clair de lune
08 – Préludes 2ème livre L.123 – VIII. Ondine
09 – Préludes 2ème livre L.123 – IX. Hommage à S. Pickwick Esq. P.P.M.P.C
10 – Préludes 2ème livre L.123 – X. Canope
11 – Préludes 2ème livre L.123 – XI. Les tierces alternées
12 – Préludes 2ème livre L.123 – XII. Feux d’artifice

Kristian Zimerman – Piano

CD 6

01 – Images I – 1. Reflets dans l’Eau. Andantino Molto
02 – Images I – 2. Hommage Rameau. Lent Et Grave
03 – Images I – 3. Mouvement. Anim
04 – Images II – 1. Cloches travers les feuilles. Lent
05 – Images II – 2. Et la lune descend sur le temple qui fut. Lent
06 – Images II – 3. Poissons d’or. Anim
07 – Children’s Corner – 1. Doctor Gradus Ad Parnassum. Modrment Anim
08 – Children’s Corner – 2. Jimbo’s Lullaby. Assez Modr
09 – Children’s Corner – 3. Serenade For The Doll. Allegretto Ma Non Troppo
10 – Children’s Corner – 4. The Snow Is Dancing. Modrment Anim
11 – Children’s Corner – 5. The Little Shepherd. Trs Modr
12 – Children’s Corner – 6. Golliwogg’s Cake-Walk. Allegro Giusto

Arturo Benedetti Michelangeli – Piano

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CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 6 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Claude Debussy (1862-1918) – The Debussy Edition – CDs 1, 2 e 3 de 17

71HDj+m7ZVL._SL1392_E lá vem outra postagem gigante, desta vez são 17 cds de Debussy. Para quem gosta do compositor, é um prato cheio. Como se trata de uma coleção organizada pela Deutsche Grammophon, talvez alguns a critiquem pelas escolhas feitas por seus produtores na escolha dos intérpretes, mas teremos grandes gravações por aqui, com gente do nível de Boulez, Uchida, Zimerman, Martha Argerich, Arturo Benedeti Michelangeli, Abbado, entre outros.
Vamos começar com as obras orquestrais, obedecendo a divisão da coleção. São três cds, que trazem as sensacionais gravações que Pierre Boulez realizou com a Orquestra de Cleveland. ´Nocturnes´,`Jeux´, `La Mer´, e minha favorita, `Prelude à l´après-midi d´un faune`, são gravações que sempre me emocionam.
E vamos à luta, porque o que vem por aí é coisa de primeira.

CD 1

01 – Nocturnes, for female chorus & orchestra, L. 91_ No. 1, ‘Nuages’
02 – Nocturnes, for female chorus & orchestra, L. 91_ No. 2, ‘Fetes’
03 – Nocturnes, for female chorus & orchestra, L. 91_ No. 3, ‘Sirenes’

Ladies of The Cleveland Orchestra Chorus

04 – Rhapsodie for clarinet & piano (or orchestra), L. 116

Franklin Cohen – Clarinet

05 – Jeux, ballet, L. 126
06 – La Mer, symphonic sketches (3) for orchestra, L. 109_ No. 1, ‘De l’aube a mid sur la mer’
07 – La Mer, symphonic sketches (3) for orchestra, L. 109_ No. 2, ‘Jeux de vagues’
08 – La Mer, symphonic sketches (3) for orchestra, L. 109_ No. 3, ‘Dialogue du vent et de la mer’

Cleveland Orchestra
Pierre Boulez – Conductor

CD 2

01 – Prelude a l’apres-midi d’un faune – I. Tres modere
02 – Images pour orchestre – No. 1 Gigues, Modéré
03 – Images pour orchestre – No. 2 Iberia, I. Par les rues et par les chemins_ Ass
04 – Images pour orchestre – No. 2 Iberia, II. Les parfums de la nuit_ Lent et rêveur
05 – Images pour orchestre – No. 2 Iberia, III. Le matin d’un jour de fête_ Dans u
06 – Images pour orchestre – No. 3 Rondes de printemps, Modérément animé
07 – Printemps, Suite symphonique – I. Très modéré
08 – Printemps, Suite symphonique – II. Modéré

The Cleveland Orchestra
Pierre Boulez – Conductor

CD 3

01 – Fantaisie pour piano et orchestre – I. Andante ma non troppo – Allegro giusto
02 – Fantaisie pour piano et orchestre – II. Lento e molto espressivo

Jean-Rodolphe Kars
London Symphony Orchestra
Sir Alexander Gibson

03 – Deux Danses pour harpe et orchestre – I. Danse sacrée
04 – Deux Danses pour harpe et orchestre – II. Danse profane

Vera Badings – Harp

05 – Marche écossaise sur un thème populaire

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink – Conductor

06 – Berceuse heroïque

Royal Concertgebouw Orchestra
Eduard van Beinum – Conductor

07 – Khamma
08 – Danse (Tarantelle styrienne)

Royal Concertgebouw Orchestra
Riccardo Chailly – Conductor

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
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FDPBach

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Claude Debussy em foto de 1908

Franz Schubert (1797-1828) – Der Hirt auf dem Felsen, D.965 (op. posth. 129), Robert Schumann (1810-1856) – Phantasiestücke, op. 73, Romanzen, op. 94, Claude Debussy (1862-1918) – Prèmiere Rapsodie, Francis Poulenc (1899-1963) – Sonata for Clarinet and Piano, Jean Françaix (1912-1997) – Tema con variazoni – Sharon Kam, Itamar Golar,

411Lrl-pL3LEste cd que ora vos trago faz parte de uma coleção com cinco cds em que a personagem principal, a clarinetista israelense Sharon Kam desfila seu talento em um repertório bem eclético, que vai de Mozart a Penderecki. Neste primeiro cd temos um belíssimo lied de Schubert, no qual ela acompanha a soprano Barbara Booney. Depois temos um outro romântico, Schumann, para então passarmos a um repertório mais contemporâneo, com Debussy, Poulenc, e o até então totalmente desconhecido, ao menos para mim, Jean Françaix.
Espero que apreciem. O clarinete aqui é o principal personagem, e Sharom Kam consegue demonstrar toda a versatilidade e possibilidades do instrumento.

1 – Schubert – Der Hirt Auf Dem Felsen, D.965

Barbara Booney – Soprano
Geoffrey Parsons – Piano

2 – Schumann – Phantasiestücke Op. 73_ I Zart Und Mit Ausdruck
3 – Phantasiestücke Op. 73_ II Lebhaft, Leicht
4 – Phantasiestücke Op. 73_ III Rasch Und Mit Feuer
5 – Romanzen Op 94 – I Nicht Schnell
6 – Romanzen Op 94 – II Einfach, Innig
7 – Romanzen Op 94 – III Nicht Schnell
8 – Debussy – Premiére Rapsodie, Reveusement Lent
9 – Poulenc – Sonata For Clarinet And Piano_ I Allegro Tristamente
10 – Sonata For Clarinet And Piano_ II Romanza
11 – Sonata For Clarinet And Piano_ III Allegro Con Fuoco
12 – Françaix – Tema Con Variazioni_ II Variazioni 1_ Larghetto Misterioso
13 – Tema Con Variazioni_ III Variazione 2_ Presto
14 – Tema Con Variazioni_ V Variazione 4_ Adagio
15 – Tema Con Variazioni_ VI Tempo Die Valzer
16 – Tema Con Variazioni_ VII Cadenze
16 – Tema Con Variazioni_ VIII Prestissimo

Sharon Kam – Clarinet

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FDPBach

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Sharon Kam – Beleza e talento a serviço do Clarinete

 

: Claude Debussy – Pierre Boulez conducts Debussy (1862-1918) – Prélude à L' Après-Midi D' Un Faune, Jeux (Poème Dansé), Images Pour Orchestre e Danses (CD 2 de 5)

Postado originalmente em 21 de janeiro de 2011.

Seguindo com as postagens boulezianas: há algumas semanas atrás eu li uma poesia do poeta Manuel Bandeira chamada Debussy. Bandeira é um dos poetas mais brilhantes do Modernismo. Pertence àquela safra de intelectuais pernambucanos na qual se incluem ainda Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Nelson Rodrigues, José Condé, entre tantos nomes que abrilhatam a história das ideias e da produção de pensamento no Brasil do século XX. O que me chamou a atenção na poesia denominada Debussy, do autor de um dos livros de poesia que mais gosto, Libertinagem & Estrela da Manhã, foi o quanto ele conseguiu captar o espírito da música debussyana. Acredito que nem mesmo uma tese de doutorado explicite o caráter da música de Debussy como a poesia homônima de Bandeira, de caráter cândido, repleta de cicios e rumores brandos. Assim diz a poesia:

Para cá, para lá…
Para cá, para lá…
Um novelozinho de linha…
Para cá, para lá…
Para cá, para lá…

Oscila no ar pela mão de uma criança…

(Vem e vai…)
Que delicadamente e quase a adormecer o balança
– Psiu…
Para cá, para lá…
Para cá e…
O novelozinho caiu.

Curiosamente, é como se o poema acompanhasse o movimento pendular de alguma coisa. É como se os versos tivessem a velocidade de um metrônomo, que segue um ritmo lógico, matematizado: para cá, para lá… Depois de ter-nos informado que esse para cá, para lá (contínuo como mostram as reticências) é o movimento de um novelozinhoo de linha que oscila no ar pela mão de uma criança que delicadamente e quase a adormecer o balança, o poeta impede nossa manifestação com um psiu ciciante, para que não se acorde a criança que quase dorme. Belíssimo. Isso, de fato, é Debussy. Já vi muitos comentários de pessoas que não simpatizam com o compositor francês justamente por causa dessa atmosfera, desse halo invísivel de sonho etéreo, arrancado da indecisão de dois mundo, de um para cá, para lá… Por exemplo, basta que ouçamos a peça Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune, para que percebamos essa atmosfera carregada de sugestão, lubricidade, indecisão, eroticidade e tons pictóricos. É como se Debussy pintasse com música os quadros de sonho que pervagavam sua mente. Não deixe de ouvir mais este maravilhoso CD conduzido por Pierre Boulez. Bom deleite!

Claude Debussy (1862-1918) – Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune, Jeux (Poème Dansé), Images Pour Orchestre e Danses

Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune
01. Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune

Jeux (Poème Dansé)
02. Jeux (Poème Dansé)

New Philharmonia Orchestra
Pierre Boulez, regente

Images Pour Orchestre
03. I. Gigues
04. II. Iberia, Par Les Rues Et Par Les Chemins
05. II.Iberia, Les Parfums De La Nuit
06. II.Iberia, Le Matin D’ Un Jour De Fete
07. III. Rondes De Printemps

Danses
08. I. Danse Sacree
09. II. Danse Profane

The Cleveland Orchestra
Pierre Boulez, regente
Alice Chalifoux, harpa

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Carlinus

Claude Debussy – Pierre Boulez conducts Debussy (1862-1918) – La Mer (Trois Esquisses Symphoniques), Nocturnes (Triptyque Symphonique), Printemps e Rhapsodie No. 1 (CD 1 de 5) – Link Revalidado

Postagem realizada originalmente em 30 de dezembro de 2010.

Eu e FDP conversamos e resolvemos “boulezar”. Ou seja, faremos algumas postagens para que se conheça com mais profundidade os trabalhos de Pierre Boulez. FDP inciou os trabalhos com Bartok e eu me resolvi por Debussy. Lá vai, então, o primeiro post. Julgo eu que vai ser um belo presente de início de ano e de despedida de 2010, seguindo mais ou menos as ideias aventadas por CDF. Alguns comentários: La Mer é uma das peças que mais ouvi em minha vida e mais me impressionei. A obra obedece a um programa muito bem montado, o que nos faz construir uma imagem impressionista do mar. É como se a imagem do mar se dissolvesse. O caráter vago, quase étereo, dispersivo da música do compositor francês sempre me chamou a atenção. Um exemplo são os Noturnos. Debussy me seduz. Mas, a obra dele que mais gosto é La Mer, verdadeiramente. Amaral Vieira diz que “em 1903, Claude Debussy escreveu ao seu colega André Messager: ‘Estou trabalhando em três esboços sinfônicos. Talvez não seja de seu conhecimento que eu havia sido destinado à bela profissão de marujo e que somente os acasos da vida desviaram-me de tal propósito. Apesar disso, tive sempre pelo Mar uma sincera paixão’. O tríptico La Mer tornou-se uma das mais conhecidas obras sinfônicas de Debussy. O músico começou a trabalhar nos primeiros esboços de La Mer um ano após a estreia de sua ópera Pélleas et Melisande, encenada em 1902. As primeiras ideias musicais foram escritas na Borgonha, curiosamente bem distante do mar. Em 1904, Debussy instalou-se em Jersey, dando continuidade à elaboração de sua obra sinfônica, mas foi somente em 1905 que a partitura pôde ser completada, após um longo processo criativo. A estreia deu-se em outubro do mesmo ano em Paris nos célebres Concerts Lamoureux, mas o público reagiu com frieza e hostilidade. Os críticos tampouco apreciaram a nova criação, na qual não viam nenhuma relação com o título e censuraram o compositor por ter empregado uma linguagem musical tão diferente daquela de sua ópera. Três anos mais tarde La Mer foi apresentada nos Concerts Colonne, sob a direção do próprio compositor, e obteve estrodoso sucesso, impondo-se desde então como uma das importantes composições do repertório sinfônico. Os três movimentos de La Mer obedecem a um plano de composição extremamente bem definido e equilibrado. Todos os recursos e fantasias orquestrais do Universo de Debussy são aqui utilizados e os títulos indicados pelo compositor ajudam-nos a mergulhar nas imagens marítimas que esta obra-prima suscita”. A obra possui três movimentos: (1) Da madrugada ao meio dia no mar; (2) O movimento das ondas; e (3) Diálogo do vento e do mar. Esta gravação com o Boulez e formidável. Não é a minha preferida. Gosto de uma interpretação feita por Claudio Abbado no Festival de Lucerne. Abbado empregou mais força na interpretação, o que deu um caratér mais pungente e firme à obra. Aparecem ainda neste post Nocturnes, Printemps e Première Rapsodie, Uma boa apreciação!

Claude Debussy (1862-1918) – La Mer (Trois Esquisses Symphoniques), Nocturnes (Triptyque Symphonique), Printemps (Suite Symphonique) e Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale

La Mer (Trois Esquisses Symphoniques)
01. I. De L’ Aube A Midi Sur La Mer
02. II. Jeux De Vagues
03. III. Dialogue Du Vent Et De La Mer

Nocturnes (Triptyque Symphonique)
04. I. Nuages
05. II. Fetes
06. III. Sirenes

Printemps (Suite Symphonique)
07. I. Tres Modere
08. II. Modere

Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale
09. Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale

New Philharmonia Orchestra
Pierre Boulez, regente
John Alldis Choir (4-6)
Gervase de Peyer, clarinete (9)

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Revalidado pelo Carlinus

Achile-Claude Debussy (1862-1918) – Complete Works for Piano Vol 5 – Khama (Lègende dansèe), Jeux (Poème dansée), La Boite à joujoux (Ballet pour enfants) – Jean-Efflam Bavouzet

Se os senhores fuçarem postagens antigas de Debussy verão que já postei os outro quatro volumes desta fantástica coleção da Chandos com este excepcional pianista, Jean-Efflam Bavouzet, minha nova referência quando quero ouvir a obra pianística de Debussy. O editor da amazon chama esta coleção de jóia da coroa da gravadora Chandos. E não há como discordar.
O ponto em comum destas obras é que todas elas foram compostas como música para balé e para serem tocadas por uma orquestra, e posteriormente foram transcritas para piano. Um primor de CD.
O segundo CD que vos trago é outro tesouro da Chandos, pois novamente traz Jean-Efflam Bavouzet, desta vez interpretando novamente Ravel, Debussy e um surpreendente Massenet. Começa com a infelizmente pouco interpretada “Fantasia para Piano e Orquestra” de Debussy, uma obra da juventude do compositor, belíssima, que mostra um compositor ainda tentando encontrar sua linguagem, seu caminho. Intercala momentos de grande beleza com alguns outros de tentativas de inovação técnica e melódica.
Em seguida, vem duas peças conhecidíssimas de Ravel, seu Concerto para Piano em Sol Maior, já postado inúmeras vezes aqui mesmo no PQPBach, talvez sua obra mais executada, e o genial Concerto para a Mão Esquerda, um tour de force para o intérprete, tamanha a criatividade e engenhosidade da obra.
O CD termina com algumas surpreendentes peças para piano de Massenet, um compositor mais afeito e conhecido pelas suas óperas do que pelas obras para piano. Destaque para a incrível Valse Folle.
Jean-Efflam Bavouzet vem cada vez mais se solidificando como um dos grandes nomes do instrumento da atualidade. A BBC Symphony Orchestra também dispensa comentários, e seu regente, Yan Pascal Tortelier já é nosso conhecido, principalmente por aqueles que tiveram oportunidade de vê-lo à frente da Sinfônica de São Paulo.
Baixe sem culpa e ouça com toda atenção. Depois é só correr para a galera…
Antes que esqueça, dois CDs IM-PER-DÍ-VEIS !!!

P.S. Dedico esta postagem para o nosso colega Ranulfus, que enfrenta no momento problemas de ordem pessoal, isolado que está na bela cidade de Vitória, e a quem prometi este quinto cd da coleção já há algum tempo. Força, meu caro colega.

Achile-Claude Debussy – Complete Works for Piano Vol 5 – Khama (Lègende dansèe), Jeux (Poème dansée), La Boite à joujoux (Ballet pour enfants) – Jean-Efflam Bavouzet

1 Khamma (Légende dansée)_  Prelude
2 Khamma (Légende dansée)_  Scene 1. The Inner Temple of the Great God Amon-Ra
3 Khamma (Légende dansée)_  Scene 2
4 Khamma (Légende dansée)_  First Dance
5 Khamma (Légende dansée)_  Second Dance
6  Khamma (Légende dansée)_  Third Dance
7 Khamma (Légende dansée)_  Suddenly, Khamma notices
8 Khamma (Légende dansée)_  Scene 3
9 Jeux_ Prelude. The curtain rises
10 Jeux_ Two timid, curious girls
11 Jeux_ One of the girls dances
12  Jeux_ The young man can be seen
13 They dance together. He asks
14 Jeux_ The young man follows
15 Jeux_ Wrapped up in their dance
16 Jeux_ However, the young man
17  Jeux_ Now all three of them
18 Jeux_ A tennis ball falls at
19  La Boite à joujoux_ Prelude. The Box Sleeps. First Tableau. The Toy Shop
20 La Boite à joujoux_ Second Tableau. The Battlefield
21 La Boite à joujoux_ Third Tableau. Sheepfold for Sale
22 Jean-Efflam Bavouzet – La Boite à joujoux_ Fourth Tableau. After the Fortune Is Made. Epilogue

Jean-Efflam Bavouzet – Piano

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Debussy, Ravel, Massenet –  Piano and Orchestral Works – Jean-Efflam Bavouzet

1 Debussy – Fantaisie (1890) – I. Andante ma non troppo
2 Debussy – Fantaisie (1890) – II. Lent – tres expressif
3 Debussy – Fantaisie (1890) – III. Allegro molto
4 Ravel – Concerto en sol (1929–1931) – I. Allegramente
5 Ravel – Concerto en sol (1929–1931) – II. Adagio assai
6 Ravel – Concerto en sol (1929–1931) – III. Presto
7 Ravel – Concerto pour la main gauche (1932)
8 Massenet – Deux Impromptus (1896) – I. Eau Dormante
9 Massenet – Deux Impromptus (1896) – II. Eau Courante
10 Massenet – Toccata
11 Deux Pièces pour piano (1907) – I. Papillons Noirs
12 Massenet – Deux Pièces pour piano (1907) – II. Papillons Blancs
13 Massenet – Valse Folle (1898)

Jean-Efflam Bavouzet – Piano
BBC Symphony Orchestra
Yan Pascal Tortelier – Conductor

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FDPBach

Grandes condutores do século XX – Ansermet – Stravinsky, Rimsky-Korsakov, Debussy, Bartok, Rachmaninov, Ravel e Chabrier

O século XX viu surgir regentes imortais, proeminentes, daqueles que colocam o nome na história. Estas figuras serão para sempre lembradas pelo trabalho fenomenal, dando vida à música dos grandes compositores. Assim, podemos citar alguns como Klemperer, Furtwängler, Mravinsky, Toscanini, Carlos Kleiber, entre tantos outros. Neste post que ora faço, surge um outro nome que figura de forma explícita na pequena lista que minha memória formulou. Refiro-me ao maestro suíço Ernest Ansermet, nascido em 1883 e morto no ano de 1969. Sua história é digna de ser conhecida (mais informações na WIKIPÉDIA). Neste post, Ansermet conduz Stravinsky, Korsakov, Debussy, Bartok, Rachmaninov, Ravel e Chabrier. No dizer de PQP: é algo IMPERDÍVEL! Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

DISCO 01

Igor Stravinsky (1882-1971) – Chant du Rossignol, poème symphonique
01. Introduction
02. Marche chinoise
03. Chant du rossignol
04. Jeu du rossignol mecanique

Orchestre de la Suisse Romande

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Scheherazade, op. 35
05. The Sea and Sindbad’s Ship
06. The Story of the Kalender Prince
07. The Young Prince and the Young Princess
08. Festival at Baghdad, The Sea, The Sh…

Orchestre de la Société des Concerts du Conservatoire

Claude Debussy (1862-1918) – Prélude à l’après-midi d’un faune
09. Prelude a l’apres-midi d’un faune

Orchestre de la Suisse Romande

DISCO 02

Béla Bartók (1881-1945) – Concerto for Orchestra, Sz 116
01. Andante, non troppo
02. Allegro scherzando
03. Andante, non tropo
04. Allegretto
05. Pesante

Orchestre de la Suisse Romande

Sergei Rachmaninov (1873-1943) – The Isle of the Dead, op. 29
06. Isle of the Dead, Symphonic Poem

Orchestre de la Société des Concerts du Conservatoire

Maurice Ravel (1875-1937) – La Valse
08. La Valse

Orchestre de la Société des Concerts du Conservatoire

Emmanuel Chabrier (1841-1894) – Le Roi malgré lui: Fête polonaise
09. Le Roi malgre lui- Fete polonaise

Orchestre de la Suisse Romande

Ernest Ansermet, regente

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*Arte, by mestre Avicenna.

Carlinus

Claude Debussy (1862-1918) – Pierre Boulez conducts Debussy – Pélleas et Mélisande – drama lírico em cinco atos (ópera) – (CDs 3, 4 e 5 de 5 – final)

Pelléas et Mélisande é como se fosse um portal que nos conduz a um novo mundo musical no século XX. Publicada em 1902, a obra é um divisor de águas. Achei muito boa a explicação da wikipédia para a obra. Por isso, segue o texto: Pelléas et Mélisande (Pelléas and Mélisande)(1902) é uma ópera em cinco actos e doze quadros, composta por Claude Debussy, com Libretto de Maurice Maeterlinck. A Acção decorre no reino imaginário de Allemonde, em tempos medievais. Pelléas et Mélisande é uma espécie de manifesto do pensamento artístico de Claude Debussy (1862 – 1918) e, por extensão, também do expressionismo musical. A corrente estética criada em França, em finais do século XIX, constituiu uma resposta à escola pictórica impressionista. O pai desta última foi Claude Monet – de quem Debussy se declarava fervoroso admirador. O seu quadro intitulado Impression: soleil levant (1874) abriu o novo caminho impressionista e ao mesmo tempo deu-lhe o nome. Auguste, Renoir, Camille Pissarro e Edgar Degas foram os representantes seguintes deste movimento artístico que sacudiu as bases da cultura parisiense nas últimas décadas de 1800. Todos estes artistas confrontaram-se com a Academia Francesa de Belas Artes e aos seus ensinamentos ao mostrar mais interesse em reflectir os efeitos da luz do que em retratar com precisão os perfis das personagens, objectos ou as paisagens.

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Esta nova técnica, na qual desempenhava um papel principal o tratamento da cor, foi a que Debussy quis aplicar na linguagem artística da qual era mestre. Na actualidade identificamos já alguns elementos impressionistas em certas obras de Chopin ou Liszt, mas foi o compositor francês quem definiu os traços fundamentais do impressionismo musical no seu celebrérrimo Preludio à sesta de um fauno (1894). Pelléas et Mélisande é também outra das obras representativas desta corrente artística que exerceu uma importante influencia na música do século XX. Maurice Ravel, o outro grande músico do impressionismo, e artistas posteriores como Béla Bartók e Olivier Messiaen aproveitaram os ensinamentos do autor de La Mer.

A criação de Pelléas et Mélisande foi complicada e longa. Debussy tinha conhecido o drama de Maeterlinck devido à sua estreia no Théatre des Bouffes-Parisiennes em 1893. Nesse mesmo ano, cativado pela peça do autor flamengo, começou a escrever a sua ópera. A 6 de Setembro escreveu ao seu amigo, ele também compositor, Ernest Chausson: ” Debussy terminou uma cena de Pelléas, ‘Uma fonte no parque’, Acto IV, cena 4″. Esta é a primeira notícia que temos da génese de Pelléas et Mélisande. Debussy foi submergindo-se pouco a pouco na composição de uma música difícil, trabalhosa e inclusivamente desencorajadora para o seu autor, que o obrigava a fabricar novos recursos para seguir adiante com a revolucionaria partitura. Numa nova missiva ao seu amigo Chausson, o compositor confessou: “servi-me de um meio expressivo muito estranho: o silêncio (não se ria), que é talvez a única maneira de atingir o sentimento de um instante”.

Quando os primeiros esboços se encontravam bastante avançados, o compositor francês preparou um encontro em Gand com o próprio Maeterlinck para diligenciar as autorizações correspondentes, o que foi possível graças a Henri de Régnier, um dos seus amigos da Libraire Indépendante. Debussy foi ao encontro acompanhado pelo poeta Pierre Louÿs. Após o encontro com dramaturgo, o músico reflectiu sobre as suas impressões, uma vez mais, na sua correspondência privada: “Passei com Maeterlinck um dia em Gand. No principio comportou-se como uma jovenzinha à qual apresentaram o seu futuro marido, mas logo se derreteu o gelo e esteve encantador. O que me disse sobre o teatro qualifica-o como um espírito verdadeiramente superior. Autorizou-me a fazer em Pelléas todos os cortes que me fossem precisos, inclusivamente indicou-me alguns realmente necessários e muito úteis. De música, segundo me disse, não percebe nada; vai ouvir uma sinfonia de Beethoven como um cego a um museu. Mas é um homem fora do normal, que diz coisas extraordinárias da maneira mais simples. Quando lhe agradeci pelo seu Pelléas, fez todo o possível para demonstrar-me que era ele quem estava agradecido por tê-lo posto em música”. Debussy utilizou como libreto o texto de Maeterlinck, o qual submeteu a algumas consideráveis modificações.

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Em 1895, Debussy deu por terminado o seu Pelléas et Mélisande. No entanto o descontentamento apoderou-se do compositor, que uma vez mais regressou às páginas da sua ópera e continuou a trabalhar nela. Depressa incorporou novidades na sua obra, enquanto prosseguiu com outros projectos diferentes, entre os quais se encontram os Nocturnos. A Ópera Cómica de Paris fixou por fim uma data – início de 1902 – para a estreia de Pelléas et Mélisande. Mas esta estava cada vez mais perto e Debussy prosseguia com as suas correcções. Iniciaram-se os ensaios e o compositor encontrou-se com numerosos problemas. Em primeiro lugar, produziram-se desagradáveis tensões com André Messager, maestro da produção em preparação. E, posteriormente, teve que enfrentar vários confrontos com os cantores e instrumentistas da orquestra, que se encontravam muito incomodados com a tão moderna música de Debussy. Entretanto, o compositor consagrava as suas noites de insónia a terminar a sua obra. A estreia produziu-se, por fim, a 27 de Abril de 1902, com a lendária soprano escocesa Mary Garden no papel de Mélisande. O acolhimento do público parisiense foi glacial; inclusivamente chegou a receber com gargalhadas algumas das dramáticas frases da infeliz protagonista feminina durante o Acto II. Ao finalizar o trabalho, o silêncio e desaprovação superou os escassos aplausos. Paul Dukas, Pierre Louÿs e Paul Valéry, que se encontravam entre a assistência, estavam enfeitiçados pela música do seu amigo, conscientes de que tinham sido espectadores de um grande momento da história. Debussy, pela sua parte, encontrava-se especialmente satisfeito com a interpretação de Mary Garden no papel principal: ” Chegou por fim o acto V – a morte de Mélisande – e foi um assombro, de cuja emoção não poderia dar conta. Era a voz secretamente ouvida, com essa doçura desvanecida, essa arte tão cativante em que não acreditava até esse momento e que desde então fez com que a admiração do público se inclinasse com um fervor cada vez maior perante o nome da menina Mary Garden”.

A reacção do público parisiense perante uma obra tão audaz e revolucionária parece lógica. Em Pelléas et Mélisande, Debussy luta contra a tradição. A sua escrita vocal foge de todo o conencionalismo, pelo que é inútil procurar entre as paginas desta ópera especial melodias no sentido tradicional, árias ou momentos de brilho para os cantores. Como o próprio compositor explicou, ” quis que a acção não se detivesse nunca, que fosse contínua, ininterrupta…quis prescindir de frases musicais parasitas. Ao escutar uma obra, o erspectador está habituado a experimentar dois tipos de emoções muito distintas: a emoção musical, por um lado, e a emoção da personagem, por outro; em geral, sente-as de modo sucessivo. Eu cuidei para que estas duas emoções estivessem perfeitamente fundidas e fossem simultâneas. A melodia, se me permite dizê-lo, é antilirica”. Pelo seu estilo particular, Pelléas et Mélisande erige-se como precendente de Bartók e do próprio Schönberg. Do ponto de vista harmónico, Debussy faz uso de um modalismo de ressonâncias medievais e mágicas, no qual se pode achar certa influência wagneriana. É sabido que o compositor francês dedicou sentimentos contraditórios à arte do genial compositor alemão. Muitas das características harmónicas e sonoras da música de Wagner impregnaram a sensibilidade de Debussy, no entanto, a controversa técnica do leimotiv com a qual o autor de o Anel do Nibelungo estruturava as suas composições produzia-lhe uma forte resistência. Debussy escreveu Pelléas et Mélisande como uma alternativa oposta a Wagner, mas em muitas passagens, como apontou o próprio Pierre Boulez, não é difícil de encontrar a influência do último Wagner, ou Parsifal.

Bom deleite!

Claude Debussy (1862-1918) – Pélleas et Mélisande – drama lírico em cinco atos (ópera)

DISCO 03

Ato I
01. 1 Une forêt
02. 2 Un appartement dans le château
03. 3 Devant le château

Ato II
04. 1 Une fontaine dans la parc
05. 2 Une appartement dans le chateau
06. 3 Devant une grotte

DISCO 04

Ato III
01. 1 Une Des Tours Du Château
02. 2 Les Souterrains Du Château
03. 3 Une Terrasse Au Sortir Des Souterrains
04. 4 Devant Le Château

DISCO 05

Ato IV
01. 1 Un appartement dans le château
02. 2 Scène 2
03. 3 Une fontaine dans le parc
04. 4 Scène 4

Ato V
05. 1 Une chambre dans le château

Orchestra of the Royal Opera House
Royal Opera House (chorus)
Pierre Boulez, regente
George Shirley, Pelléas
Elisabeth Söderström, Mélisande
Donald McIntyre, Golaud
David Ward, Arkel
Yvonne Minton, Genevière
Anthony Britten, Yniold
Dennis Wicks, Un mèdicin

BAIXAR AQUI CD3

BAIXAR AQUI CD4

BAIXAR AQUI CD5

Carlinus

Mravinsky Edition – Beethoven, Mozart, Weber, Bizet, Debussy, Scriabin (CDs 9 e 10 de 10 – final)

Chegamos, finalmente, ao último post desta fenomenal caixa com 10 CDs com trabalhos regidos por Mravinsky. As paixões têm o poder de transformar impropriedades em virtudes. Por isso, a minha predileção pelo regente russo, faz com que as minhas palavras se tornem em elógios, quiça, exagerados. Mas, não faz mal. Aqueles que gostam dos trabalhos executados por Mravinsky sabem do que eu estou a falar. Mravinsky foi um grande mago. Aquilo em que ele colocou as suas mãos, transformou-se em algo imorredouro. E quando não se deu isso, em algo que desperta atenção, que merece ser escutado com toda a sensibilidade possível. Por isso, estes dez CDs são referências extraordinárias para quem quer conhecer o trabalho executado ao longo de mais de 50 anos à frente da Filarmônica de Leningrado, na Rússia. Apesar de ter concluído a caixa, postarei alguns outros CDs que tenho com obras regidas por Evgeny – Shostakovich, Beethoven e outros. Boa apreciação destes dois últimos CDs!

DISCO 9

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 4 em Si bemol maior, Op. 60
01. Adagio, Allegro vivace
02. Adagio
03. Menuetto-Allegro vivace
04. Allegro ma non troppo

Sinfonia No. 2 em Ré maior, Op. 36
05. Adagio molto, Allegro con brio
06. Larghetto
07. Scherzo, Trio
08. Allegro molto

DISCO 10

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Overture Le Nozze di Figaro
01. Overture Le Nozze di Figaro

Carl Maria von Weber (1786-1826) – Overture Freischütz
02. Overture Freischütz

Georges Bizet (1838-1875) – L’Arlésienne Suite – Farandole
03. L’Arlésienne Suite – Farandole

Claude Debussy (1862-1918) – Nocturnes
04. Nuages
05. Fetes
06. Sirenes

Alexander Nikolayevich Scriabin (1872-1915) -Le Poème de l’extase
07. Le Poème de l’extase

Leningrad Philharmonic Orchestra
Evgeny Mravinsky, regente

BAIXAR AQUI CD9
BAIXAR AQUI CD10

Carlinus

Igor Stravinsky (1882-1971) – Les Noces, Claude Debussy (1862-1918) – First Rhapsody for Clarinet and Orchestra e Sergei Prokofiev (1891-1953) – Cantata for the 20th Anniversary of the October Revolution, for 2 choruses, accordions & orchestra, Op. 74

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Enquanto digito estas palavras, ouço ao fundo as peças deste maravilhoso post – Stravinsky, Debussy e Prokofiev. Neste exato momento estou a ouvir a Cantata para o Vigésimo Aniversário da Revolução de Outubro de Prokofiev, encomendada pelo PCUS (Partido Comunista da União Soviética) para celebrar o vigésimo aniversário da Revolução de Outubro. É um trabalho vigoroso; revelador da paixão do povo soviético pela Revolução de 1917. É magnificente. Gestor de um forte realismo que se volta para cantar as glórias do país. A obra foi escrita entre os anos de 1936 e 1937. Na década de 30, Stálin introduziu na União Soviético o Realismo Soviético, que tanto causou problemas a artistas e intelectuais. Esse Realismo tinha por objetivo orientar a prática da criação de qualquer produto artístico. O Realismo era uma política de Estado para guiar a estética em qualquer campo das produções humanas. Prokofiev, assim, criou essa cantata – um hino que enaltece, canta as glórias do triunfo do povo, quando derrubou o Estado czarista e erigiu a União Soviética. É uma gravação primorosa. Aparecem ainda Les Noces de Stravinsky e um obra doce, vaga, típica de Debussy, a rapsódia para clarinete e orquestra. Boa apreciação!

Igor Stravinsky (1882-1971) – Les Noces
01. Part I, Scene I, The Brides Chamber
02. Part I, Scene II, At the Bridegroom’s
03. Part I, Scene III, The Bride’s Departure
04. Part II, Scene IV, The Wedding Feast

Claude Debussy (1862-1918) – First Rhapsody for Clarinet and Orchestra
05. First Rhapsody for Clarinet and Orchestra

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Cantata for the 20th Anniversary of the October Revolution, for 2 choruses, accordions & orchestra, Op. 74
06. Introduction. ‘A Spectre
07. Philosophers
08. Interlude
09. ‘We Are Marching In Close
10. Interlude
11. Revolution
12. Victory
13. A Pledge
14. Symphony
15. Constitution

Members of the Mariinsky Chorus
London Symphony Chorus

London Symphony Orchestra

Valery Gergiev, regente
Andrew Marriner, clarinete
Irina Vasilieva, soprano
Olga Savova, mezzo soprano
Andrei Ilyushnikov, tenor
Gennady Bezzubenkov, bass

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Carlinus