Então é Natal — que lindo –, os sinos badalam, neva em Porto Alegre e estou inteiramente tomado de boas intenções, com o coração cheio de Cristo. Bem, tá bom. É brincadeira deste ateu mau e comedor de criancinhas. Nada de pedofilia, trata-se de gastronomia mesmo. Como os comunas faziam, lembram? Somos apreciadores das vitelas swiftianas. Mas este CD traz Trevor Pinnock e seu The English Concert num agradável programa natalino, um presentão para nossos leitores-ouvintes. Há música muito boa, mas as melhores vão para as figurinhas carimbadas de sempre: Vivaldi, Handel e Corelli. O restante do recheio é passa de uva. O trio citado é o licor. Desejo-lhes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Que o Menino Jesus ilumine suas vidas!
Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock
Marc-Antoine Charpentier – Noels Sur Les Instruments 1. 1. Vous qui désirez sans fin
2. 2. A la venue de Noël
3. 3. Or nous dites, Marie
4. 4. Où s’en vont ces gais bergers?
Johann Melchior Molter – Concerto Pastorale In G Major 5. 1. Larghetto – Allegro e forte – (Larghetto)
6. 2. Aria 1: a tempo giusto – Aria 2: Lento e sempre piano – Aria 3: Tempo die Menuetto
Antonio Vivaldi – Concerto For 2 Trumpets In C Major, Rv 537 7. 1. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
8. 2. Largo – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
9. 3. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
Giuseppe Baldassare Sammartini – Pastorale In G Major 10. Pastorale in G major – Andante sostenuto
Georg Philipp Telemann – Concerto Polonois In G Major 11. 1. Dolce
12. 2. Allegro
13. 3. Largo
14. 4. Allegro
George Frideric Handel – Concerto A Due Cori In B Flat Major, Hwv 332 15. 1. Ouverture
16. 2. Allegro ma non troppo
17. 3. Allegro
18. 4. Largo
19. 5. A tempo ordinario
20. 6. Alla breve. Moderato
21. 7. Menuet (Allegro)
Arcangelo Corelli – Concerto Grosso In G Minor 22. 1. Vivace – Grave
23. 2. Allegro
24. 3. Adagio – Allegro – Adagio
25. 4. Vivace
26. 5. Allegro
27. 6. Pastorale: Largo
O grupo da genial Amandine Beyer chama-se Gli Incogniti, que significa Os Desconhecidos ou Os Incógnitos. Parece uma brincadeira meio boba, mas vocês têm que saber mais da história da humanidade, meus amados leitores.
A Accademia degli Incogniti (Academia dos Desconhecidos, ou Incógnitos), também chamada de Academia Loredaniana, foi uma sociedade erudita de intelectuais livres pensadores, principalmente nobres, que influenciou significativamente a vida cultural e política de Veneza de meados do século XVII . A sociedade foi fundada em 1630 por Giovanni Francesco Loredan e Guido Casoni. A sociedade incluía historiadores, poetas e libretistas. A academia atraiu para si as principais figuras literárias de Veneza e outras de fora que simpatizavam com um programa libertino e com a independência política e cultural de Veneza. O nome ‘Incogniti’ alude ao uso de máscaras em muitas reuniões, além de se referir a subterfúgios como obras anônimas, alegorias e ironia, a fim de desviar a censura religiosa. Segundo a historiadora Ellen Rosand, a academia, fazendo jus ao seu nome, geralmente funcionava nos bastidores. Os membros muitas vezes escreviam numa linguagem secreta e frequentemente publicavam os seus trabalhos anonimamente.
O espírito libertino da academia foi fortalecido pelo naturalismo aristotélico (ligado às correntes céticas e epicuristas) ensinado na Universidade de Pádua, frequentado pelas classes altas venezianas. A sua filosofia geral era que nada é cognoscível além do mundo natural ao qual temos acesso apenas pela razão. Mais: eles defendiam que a alma era mortal e que os prazeres dos sentidos e a satisfação dos instintos sexuais faziam parte da vida natural. Maquiavel influenciou-os ao formular uma visão da religião como um produto da história humana, e não como uma revelação divina, exercida por uma elite com o propósito de controle social. Não é de surpreender que os censores frequentemente colocassem obras Incogniti no Index. Essas obras incluíam composições satíricas em prosa e versos, histórias bíblicas transformadas em romances de aventura erótica, coleções de novelas elogiando os instintos naturais e o prazer, narrativas históricas (muitas vezes antipapais) e uma série de gêneros muitas vezes híbridos, misturando elementos históricos, alegóricos, epistolares e picarescos. Dando continuidade a uma prática estabelecida por Aretino, os autores Incogniti escreveram num idioma simples, vivo e contemporâneo, geralmente desprovido da bagagem clássica e do vocabulário arcaico tão em voga na época. Eles escreviam sobre temas de interesse contemporâneo para o maior número possível de leitores. Muitos de seus escritos satíricos eram anônimos, com datas e locais de publicação falsos e, portanto, deliberadamente clandestinos. Os escritos históricos da academia foram inspirados em Paolo Sarpi, bem como em Maquiavel e Guicciardini, sempre expondo o funcionamento da tirania e, assim, alertando os leitores para os abusos de poder, tanto políticos quanto religiosos. A Accademia degli Incogniti foi particularmente ativa na promoção do teatro musical em Veneza a partir da década de 1630, fundando o seu próprio teatro, o Teatro Novíssimo, que floresceu entre 1641 e 1645. Nos seus libretos para dramas musicais, os intelectuais iconoclastas da academia estabeleceram um tom que era frequentemente franco, chocante e amoral. Entre esses libretistas estavam Giacomo Badoaro, que escreveu Il ritorno d’Ulisse in patria para Claudio Monteverdi, e Giovanni Francesco Busenello, que forneceu a Monteverdi o libreto para a última e maior obra operística do compositor, L’incoronazione di Poppea. Embora a academia seja frequentemente descrita como um grupo de “libertinos céticos exaltando um tipo peculiarmente veneziano de imoralidade”, Loredan era um respeitado senador da República de Veneza. Outros membros também serviram à República como senadores ou vereadores, e a academia permaneceu um centro não oficial de poder político durante várias décadas. Sua influência começou a diminuir no final da década de 1650 e, em 1661, deixou de se reunir.
Claro que descobri tudo isso ouvindo uma entrevista de Amadine Beyer no YouTube. Aliás, Beyer é encantadora e, muito antes da Guerra atual de Israel contra o Hamas, expunha suas opiniões sempre com graça e firmeza.
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Mas fomos longe demais em nossa explicação. Temos que agora dizer que estes 4 discos são joias que devem ser ouvidas. É música da melhor qualidade, tocada com alegria, verve e sensibilidade únicas, mostrando a maturidade da música historicamente informada. O CD já tem dez anos e o tempo não o prejudicou, pelo contrário. E o som é maravilhoso. Que gravação!
Comparar Vivaldi e Corelli não faz muito sentido. Os dois compositores são totalmente diferentes. Vivaldi é pura luz e alegria, Corelli é mais decoroso e lírico. São grandes compositores do barroco italiano que tanto amamos e é muito bom ouvi-los juntos.
Antonio Vivaldi: The Four Seasons And Other Concertos
Concerto For Two Violins & Cello RV578a in G minor
1-1 I. Adagio E Spiccato 1:25
1-2 II. Allegro 2:21
1-3 III. Largo E Spiccato 2:45
1-4 IV. Allegro 1:57
Concerto For Violin RV 372 in B flat Major “Per Signora Chiara”
1-5 I. Allegro Molto E Spiritoso 5:09
1-6 II. Largo Ma Non Molto 3:04
1-7 III. Allegro 4:14
“La Primavera” Concerto For Violin Op. 8 No.1 RV 269 in E Major
1-8 I. Allegro 3:18
1-9 II. Largo 2:15
1-10 III. Allegro 3:34
“L’estate” Concerto For Violin Op. 8 No.1 RV 315 in G minor
1-11 I. Allegro Non Molto 4:45
1-12 II. Adagio 2:00
1-13 III. Presto 2:41
“L’autunno” Concerto For Violin Op. 8 No. 3 RV 293 In F Major
1-14 I. Allegro 4:39
1-15 II. Adagio Molto 3:19
1-16 III. Allegro 3:02
“L’inverno” Concerto For Violin Op. 8 No. 4 RV 297 in F Major
1-17 I. Allegro Non Molto 3:09
1-18 II. Largo 1:42
1-19 III. Allegro 3:09
Concerto For Violin RV 390 in B minor
1-20 I. Andante Molto 1:00
1-21 II. Allegro Non Molto 5:12
1-22 III. Larghetto 2:26
1-23 IV. Allegro 3:56
Antonio Vivaldi: ‘Nouova Stagione’ – Concerti
Concerto For Violin & Organ RV 808 in C Major
2-1 I. Allegro 4:16
2-2 II. Largo 2:41
2-3 III. Allegro 3:35
Concerto For Cello RV 420 in A minor
2-4 I. Andante 3:56
2-5 II. Adagio 3:18
2-6 III. Allegro 3:32
Concerto For Traverso RV in E minor
2-7 I. Allegro 2:37
2-8 II. Andante [RV 438] 2:41
2-9 III. Allegro 2:15
Concerto For Violin RV 194 in C Major
2-10 I. Allegro Mà Poco 3:57
2-11 II. Largo 2:22
2-12 III. Allegro 2:08
Concerto For Traverso RV 440 in A minor
2-13 I. Allegro Non Molto 2:53
2-14 II. Larghetto 2:12
2-15 III. Allegro 3:05
Concerto For Cello RV 403 in D Major
2-16 I. Allegro 2:54
2-17 II. Andante E Spiritoso 2:10
2-18 III. Allegro 2:22
Concerto For Violin RV 235 in D minor
2-19 I. Allegro Non Molto 4:29
2-20 II. Adagio 3:32
2-21 III. Allegro 3:23
Concerto For Violin & Organ After RV 517 in G minor
2-22 I. Allegro 3:28
2-23 II. Andante 1:56
2-24 III. Allegro 3:07
Arcangelo Corelli: The Complete Concerti Grossi Op. VI
Concerto Da Chiesa Op. VI No. 7 in D Major
3-1 Vivace – Allegro – Adagio 2:25
3-2 Allegro 1:45
3-3 Andante – Largo 2:39
3-4 Allegro – Adagio
3-5 Vivace 1:03
Concerto Da Camera Op. VI No. 9 in F Major
3-6 Preludio: Largo 1:33
3-7 Allemagna: Allegro 2:31
3-8 Corrente: Vivace 1:27
3-9 Gavotta: Allegro 0:40
3-10 Adagio 0:47
3-11 Minuetto: Vivace 1:27
Sinfonia, WoO 1, To The Oratorio Santa Beatrice d’Este in D minor
3-12 Grave 1:55
3-13 Allegro – Adagio 2:09
3-14 Largo Assai 3:22
3-15 Vivace 1:38
Concerto Da Chiesa Op. VI No. 4 in D Major
3-16 Adagio – Allegro 3:17
3-17 Adagio 2:11
3-18 Vivace 0:54
3-19 Allegro – Allegro 2:49
Concerto Da Camera Op. VI No. 11 in B-flat Major
3-20 Preludio: Andante Largo 2:41
3-21 Allemanda: Allegro 2:19
3-22 Adagio 0:40
3-23 Andante Largo 1:32
3-24 Sarabanda: Largo 0:57
3-25 Giga: Vivace 0:58
Concerto Da Chiesa Op. VI No. 2 in F Major
3-26 Vivace – Allegro – Adagio – Vivace – Allegro – Adagio – Largo Andante 4:07
3-27 Allegro – Adagio 1:44
3-28 Grave – Andante Largo 2:05
3-29 Allegro 2:13
Concerto Da Chiesa Op. VI No. 8 in G minor, “Fatto Per La Notte Di Natale”
3-30 Vivace – Grave 1:31
3-31 Allegro 2:01
3-32 Adagio – Allegro – Adagio 3:19
3-33 Vivace 1:03
3-34 Allegro – Pastorale: Largo 5:30
Concerto Da Chiesa Op. VI No. 6 in F Major
4-1 Adagio 2:18
4-2 Allegro 1:49
4-3 Largo 3:36
4-4 Vivace 2:08
4-5 Allegro 2:46
Sonata A Quattro in G minor, WoO 2
4-6 Adagio – Andante Largo 1:19
4-7 Allegro 1:29
4-8 Grave 2:08
4-9 Presto 1:01
4-10 Vivace 0:59
Concerto Da Camera Op. VI No. 10 in C Major
4-11 Preludio: Andante Largo 2:34
4-12 Allemanda: Allegro 2:09
4-13 Adagio 0:57
4-14 Corrente: Vivace 2:26
4-15 Allegro 2:14
4-16 Minuetto: Vivace 1:32
Concerto Da Chiesa Op. VI No. 5 in B-flat Major
4-17 Adagio – Allegro – Adagio 3:21
4-18 Adagio 1:45
4-19 Allegro – Adagio 1:52
4-20 Largo 1:05
4-21 Allegro 2:04
Concerto Da Camera Op. VI No. 12 in F Major
4-22 Preludio: Adagio 2:46
4-23 Allegro 2:16
4-24 Adagio 2:08
4-25 Sarabanda: Vivace 0:49
4-26 Giga: Allegro 2:30
Concerto Da Chiesa Op. VI No. 3 in C minor
4-27 Largo 2:09
4-28 Allegro – Adagio 1:56
4-29 Grave 1:50
4-30 Vivace 2:06
4-31 Allegro 2:01
Concerto Da Chiesa Op. VI No. 1 in D Major
4-32 Largo – Allegro – Adagio – Allegro – Adagio – Allegro – Adagio 2:28
4-33 Largo – Allegro 2:24
4-34 Largo 3:31
4-35 Allegro – Adagio 1:40
4-36 Allegro 2:06
Bassoon – Maria Crisol (faixas: 2-1 to 2-24)
Cello – Marco Ceccato, Rebeca Ferri* (faixas: 2-1 to 2-24, 3-1 to 4-36)
Composed By – Antonio Vivaldi (faixas: 1-1 to 2-24), Arcangelo Corelli (faixas: 3-1 to 4-36)
Double Bass – Roberto Bevilacqua (faixas: 3-1 to 4-36)
Flute [Traverse] – Manuel Granatiero (faixas: 2-1 to 2-24)
Lute – Francesco Romano (faixas: 3-1 to 4-36)
Organ, Harpsichord – Anna Fontana, Violaine Cochard (faixas: 3-1 to 4-36)
Theorbo – Francesco Romano (faixas: 1-1 to 1-23), Ronaldo Lopes (faixas: 3-1 to 4-36)
Viola – Marta Páramo*, Ottavia Rausa (faixas: 3-1 to 4-36)
Violin – Alba Roca, Bérengère Maillard (faixas: 1-1 to 1-23), Flavio Losco, Helena Zemanová (faixas: 3-1 to 4-36), María José Pámpano (faixas: 3-1 to 4-36), Patrizio Germone (faixas: 3-1 to 4-36), Sabela García (faixas: 3-1 to 4-36), Yoko Kawakubo (faixas: 3-1 to 4-36) Violin [Soloist], Concertmistress – Amandine Beyer
Violone – Baldomero Barciela
Pouco se sabe sobre a vida de Corelli. Recebeu formação em Bolonha e Roma, e nesta cidade desenvolveu a maior parte de sua carreira, sendo patrocinado por grandes mecenas aristocratas e eclesiásticos. Embora sua produção integral resuma-se a somente seis coleções de obras publicadas (6 opus) — cinco delas de sonatas para trio ou solo e uma de concertos grossos, com doze peças em cada —, seu reduzido número e os poucos gêneros a que se dedicou estão em proporção radicalmente inversa à vasta fama que elas lhe trouxeram, cristalizando modelos de larga influência em toda a Europa. Das seis coleções, a sexta e última, a dos concertos grossos, é a que ganhou o mais duradouro favor da crítica, embora a quinta também seja altamente apreciada. Esta gravação é do Op. 3 e é realmente muito boa. Jaap Schroeder, Konrad Junghaenel e Kenneth Slowik são espetaculares. Mas o Op. 3 de Corelli não chega a ser tudo aquilo. Mas vale a audição, certamente.
01. Sonata in F, Op.3, No.1
02. Sonata in D, Op.3, No.2
03. Sonata in B flat, Op.3, No.3
04. Sonata in b, Op.3, No.4
05. Sonata in d, Op.3, No.5
06. Sonata in G, Op.3, No.6
07. Sonata in e, Op.3, No.7
08. Sonata in C, Op.3, No.8
09. Sonata in f, Op.3, No.9
10. Sonata in a, Op.3, No.10
11. Sonata in g, Op.3, No.11
12. Sonata in A, Op.3, No.12
Performers:
The Smithsonian Chamber Players:
Jaap Schröder, Marilzn McDonald, violins
Kenneth Slowik, cello
Konrad Junghänel, theorbo
James Weaver, organ
“Música Clássica para Leigos” (“Classical Music For Dummies”) é uma série de lançamentos projetados pela Deutsche Grammophon para oferecer aos leigos recém-chegados uma introdução perfeita ao mundo da música clássica.
A série é composta por 50 CDs de música clássica dedicados a diferentes compositores, maestros, pianistas, violinistas e cantores, a maioria contratados ou ex-contratados pela gravadora.
Baroque – The Essencials
Música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Claudio Monteverdi no século XVII, até a morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do desejo e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigente. Na realidade, trata-se do aproveitamento de dois modos: o modo jônico (modo “maior”) e o modo eólio (modo “menor”). Essa era seguiu a era da música renascentista e foi seguida, por sua vez, pela era clássica. A música barroca constitui uma parte importante do cânone “clássico”, e agora é amplamente estudada, executada e ouvida.
Do Período Barroco na música surgiu o desenvolvimento tonal, como os tons dissonantes por dentro das escalas diatônicas como fundação para as modulações dentro de uma mesma peça musical; enquanto em períodos anteriores, usava-se um único modo para uma composição inteira causando um fluir incidentalmente consonante e homogêneo da polifonia.
Durante a música barroca, os compositores e intérpretes usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elaborar suas ideias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, e desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim como novos instrumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e complexidade de performance instrumental da época, além de também estabelecer inúmeras formas musicais novas. Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são usados até hoje.
Os principais compositores da era barroca incluem Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi, George Frideric Handel, Monteverdi, Scarlatti, Alessandro Scarlatti, Purcell, Georg Philipp Telemann, Jean-Baptiste Lully, Jean-Philippe Rameau, Jean-Baptiste Lully, Tomaso Albinoni, François Couperin, Giuseppe Tartini, Heinrich Schutz, Giovanni Battista Pergolesi, Buxtehude e Johann Pachelbel.
Baroque – Essentials
Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 01. Solomon, HWV 67-Arrival Of The Queen Of Sheba Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 02. Concerto For Violin And Strings In E Major, Op.8, No.1, RV 269 “La Primavera”-1. Allegro Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 03. Brandenburg Concerto No.3 In G Major, BWV 1048-1. (Allegro) Johann Pachelbel (Alemanha, 1653-1706) 04. Canon in D, P.37 Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 05. Suite No.2 in B minor, BWV 1067-7. Badinerie Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 06. Serse / Act 1 HWV40-“Ombra mai fu” Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, 1567- Veneza, 1643) 07. Vespro della Beata Vergine, SV 206-1. Domine ad adiuvandum a 6 Louis-Claude Daquin (França, 1694-1772) 08. Premier livre de pieces de clavecin / Troisième Suite-16. Le coucou Henry Purcell (Inglaterra, 1659-1695) 09. Come, Ye Sons Of Art Away, Z. 323-3. Sound The Trumpet, Sound Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 10. Gloria In D Major, RV 589-1. Gloria in excelsis Deo Tomaso Albinoni (Itália, 1671 – 1750) 11. Adagio For Strings And Organ In G minor Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 12. Messiah, HWV 56 / Pt. 2-“Hallelujah” Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 13. Suite No.3 in D, BWV 1068-2. Air Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 14. Concerto For Violin And Strings In F Minor, Op.8, No.4, RV 297 “L’inverno”-1. Allegro non molto Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 15. Music For The Royal Fireworks: Suite HWV 351-4. La Réjouissance Georg Philipp Telemann (Alemanha, 1681-1767) 16. Tafelmusik-Banquet Music In 3 Parts / Production 1-1. Ouverture-Suite In E Minor-6. Air. Un peu vivement Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 17. Herz und Mund und Tat und Leben, Cantata BWV 147-Arr. Guillermo Figueroa-10. Jesu, Joy Of Man’s Desiring Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) 18. 6 Concerts transcrits en sextuor / 6e concert-1. La poule (Live) Giovanni Battista Pergolesi (Iesi, 1710-Pozzuoli, 1736) 19. Stabat Mater, P. 77-1. Stabat Mater Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) 20. Hippolyte et Aricie-Overture Domenico Scarlatti (Nápolis, 1685 – Espanha, 1757) 21. Sonata In E, K.380 Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 22. Zadok The Priest, HWV 258 Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 23. Christmas Oratorio, BWV 248 / Part Two-For The Second Day Of Christmas-No.10 Sinfonia Arcangelo Corelli (Italia, 1653-1713) 24. Concerto grosso In G Minor, Op.6, No.8, MC 6.8 “Fatto per la Notte di Natale”-3. Adagio-Allegro-Adagio Gregorio Allegri (Itália, 1582-1652) 25. Miserere
Palhinha –06. Serse / Act 1 HWV40-“Ombra mai fu”, com Andreas Scholl.
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Um disco bem sem graça. São arranjos que o maridão Herriott escreveu para sua esposa Harnoy se esbaldar. Explico: é um disco impossível de ser reproduzido ao vivo, pois Harnoy faz solos de violoncelo acompanhada por ela mesma, às vezes numa orquestra de violoncelos, enquanto Herriott cria verdadeiros colchões de trompetes e flugelhorns. Gostei apenas do suingue da Ária da Suíte para Orquestra Nº 3 de Bach. Fiquei estalando os dedos como se ouvisse jazz. Foi usada muita tecnologia neste disco. Na verdade, quem brilha é Herriott e suas habilidades multifuncionais de escrever arranjos que incluem grandes conjuntos de violoncelos executados inteiramente por Harnoy, e corais de trompetes. Harnoy costuma fazer crossovers de Lennon & McCartney, Gershwin e tem seu público. Eu respeito, mas não é para mim.
Allegri / J. S. Bach / Corelli / Händel / Stölzel / Telemann: Back to Bach
Telemann
01. Six Sonates en Duo-Sonate No. 1, TWV 40.118: I. Vivace
02. Six Sonates en Duo-Sonate No. 1, TWV 40.118: II. Adagio
03. Six Sonates en Duo-Sonate No. 1, TWV 40.118: III. Allegro
Bach
04. Toccata, Adagio, and Fugue in C Major, BWV 564: Adagio (Arr. for Cello and Brass)
Handel
05. Sonata for Cello No. 3 in F Major: I. Adagio (Arr. for Cello and Brass)
06. Sonata for Cello No. 3 in F Major: II. Allegro (Arr. for Cello and Brass)
07. Sonata for Cello No. 3 in F Major (Arr. for Cello and Brass): III. Largo
08. Sonata for Cello No. 3 in F Major: IV. Allegro (Arr. for Cello and Brass)
Bach
09. Violin Concerto in E Major, BWV 1042: Adagio (Arr. for Cello and Brass)
Corelli
10. Sonata No. 8 in D Minor, Op. 5: I. Preludio
11. Sonata No. 8 in D Minor, Op. 5: II. Allemanda
12. Sonata No. 8 in D Minor, Op. 5: III. Sarabanda
13. Sonata No. 8 in D Minor, Op. 5: IV. Giga
Stölzel
14. Bist du bei mir
Corelli
15. Sonata No. 5 in B-flat Major, Op. 5: I. Adagio
Allegri
16. Miserere mei, Deus (Arr. for Cello and Brass)
Bach
17. Orchestral Suite No. 3 in D Major, BWV 1068: II. Air (Arr. for Cello and Brass)
E aqui termina esta coleção de Hyperion, gravada pelo Purcell Quartet e Purcell Band, dedicada aos trabalhos de diversos compositores que escreveram variações sobre o famoso tema português. Postamos os seis CDs nos últimos seis dias. No disco deste post estão as seis Folias e apenas elas. Uma joia! Na verdade, mas de 150 compositores fizeram variações sobre este tema e aqui estão somente alguns dos principais. Acho que as melhores variações são as de Marais, Scarlatti e CPE Bach, mas todo mundo pode discordar.
O tema conhecida como ‘La Folia’ fascinou muitos compositores desde o século XVII. De origem portuguesa, a palavra significa ‘louco’ ou ‘cabeça vazia’ e até a década de 1670 indicava uma dança rápida e barulhenta, na qual os participantes pareciam estar ‘fora de si’. No final do século, uma forma nova, mais lenta, se desenvolveu. Também foi ajustada a estrutura harmônica para formar a simetria perfeita que inspirou Corelli a usá-la na 12ª de suas Sonatas para Violino, Op 5. Aquela famosa obra inspirou Vivaldi, CPE Bach, Alessandro Scarlatti e outros compositores a escreverem variações sobre ‘La Folia’ — incluindo até Rachmaninov, embora o título ‘Variações sobre um tema de Corelli’ pareça indicar que ele pensasse que a música era do compositor. Bem, o que esperar de Rachmaninov, né?
Este CD reúne obras inspiradas em ‘La Folia’ de seis compositores, começando com a Sonata original de Corelli e finalizando com o arranjo orquestral de Geminiani. As obras de CPE Bach e Scarlatti são para teclado solo. As seis peças foram retiradas da série de CDs da Hyperion que postei nos seis dias anteriores. É só conferir.
Corelli / Marais / Scarlatti / Vivaldi / CPE Bach / Geminiani: Variações sobre La Folia
1 Violin Sonata in D minor ‘La Folia’ Op 5 No 12 [9’58] Arcangelo Corelli (1653-1713)
Elizabeth Wallfisch (violin), Richard Boothby (cello), Robert Woolley (harpsichord)
2 Les Folies d’Espagne [16’23] Marin Marais (1656-1728)
The Purcell Quartet, William Hunt (viola da gamba)
3 Primo e Secondo Libro di Toccate Alessandro Scarlatti (1660-1725)
Toccata No 7: La Folia [13’08]
Robert Woolley (harpsichord)
4 Trio Sonata in D minor ‘Variations on La Folia’ RV63 [9’29] Antonio Vivaldi (1678-1741)
The Purcell Quartet
5 12 Variationen über die Folie d’Espagne H263 Wq118/9 [7’58] Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788)
Robert Woolley (harpsichord)
6 Concerto grosso ‘La Folia’ [10’53] Francesco Geminiani (1687-1762)
The Purcell Quartet, The Purcell Band
Interessante projeto do Quarteto Purcell: são sete CDs de diferentes compositores que escreveram variações sobre o tema La Folia. Mas esta é apenas a (sensacional) faixa 20 deste CD. As peças restantes são outras excelentes sonatas de Corelli. Eu amo o barroco e Corelli é um de meus campeões. E o Purcell dá um verdadeiro show neste repertório.
Mas o que é La Folia? La Folia é uma melodia e dança surgida no século XV cujo esquema harmônico-melódico foi, desde então, utilizado em variações escritas por mais 150 compositores, de Lully a Rachmaninov. É um dos mais antigos e recorrentes temas musicais europeus. O primeiro registro do termo “folia” aparece no Auto da Sibila Cassandra, uma das peças que compõem o teatro castelhano do dramaturgo português Gil Vicente, escrita por volta de 1513, na qual se menciona a folia como uma dança interpretada por pastores. Por sua forma musical, estilo e etimologia da palavra, supõe-se que a melodia surgiu como uma dança em meados ou no final do século XV, em Portugal ou no antigo Reino de Leão (zona de influência galícia) ou no Reino de Valência. Sebastián de Covarrubias, no Tesoro de la lengua castellana (1611), descreve a folia como uma dança portuguesa, rápida e confusa, na qual os bailarinos carregavam sobre os ombros homens vestidos de mulher.
Arcangelo Corelli (1653-1713): La Folia e Outras Sonatas
Sonata Da Chiesa In G, Op 1 No 9
1 Allegro – Adagio 1:16
2 Allegro 1:15
3 Adagio 1:34
4 Allegro – Adagio 1:16
Violin Sonata In C, Op 5 No 3
5 Adagio 2:09
6 Allegro 2:05
7 Adagio 2:48
8 Allegro 1:03
9 Allegro 2:37
Sonata Da Camera In A, Op 4 No 3
10 Preludio (Largo) 2:35
11 Corrente (Allegro) 1:26
12 Sarabanda (Largo) 1:36
13 Tempo Di Gavotta (Allegro) 1:19
Viola Da Gamba Sonata In D (Anonymous Arrangement Of Violin Sonata In E, Op 5 No 11)
14 Preludio (Adagio) 1:43
15 Allegro 2:42
16 Adagio 0:45
17 Vivace 1:44
18 Gavotta (Allegro) 0:45
19 Sonata Da Camera In G (Ciaccona), Op 2 No 12 2:54
20 Violin Sonata In D Minor ‘La Folia’, Op 5 No 12 9:58
Sonata Da Camera In E Minor, Op 2 No 4
21 Preludio (Adagio) 2:21
22 Allemanda (Presto) 1:00
23 Grave – Adagio 1:38
24 Giga (Allegro) 1:39
Sonata Da Chiesa In A, Op 3 No 12
25 Grave – Allegro – Adagio 2:10
26 Vivace 1:01
27 Allegro 0:58
28 Allegro 1:23
29 Allegro 1:04
The Purcell Quartet:
Cello – Richard Boothby (tracks: 5 to 9, 20), Richard Campbell (tracks: 14 to 18)
Harpsichord, Organ [Chamber Organ] – Robert Woolley (tracks: 5 to 9, 14 to 18, 20)
Viol [Viola Da Gamba] – Richard Boothby (tracks: 14 to 18)
Violin – Catherine Mackintosh (tracks: 5 to 9), Elizabeth Wallfisch (tracks: 20)
Reencontrar este disco depois de muito, muito tempo, foi uma grande alegria. Foi como virar uma esquina e encontrar um amigo há muito sem avistar, sentar em algum lugar para um café e um gostoso bate-papo.
Os nomes dos compositores italianos parecem todos terminar em ‘elli’: Torelli, Locatelli, Corelli… Bom, há Stradella, Marcello, Castello e Vivaldi, é claro.
Arcangelo Corelli era violinista e compositor que teve sua obra publicada em seis volumes ao longo de sua vida. Essas publicações culminaram com as maravilhosas sonatas para violino do opus 5 e os concertos publicados como opus 6. Entre as sonatas as famosíssimas variações ‘La Folia’ e entre os concertos o ‘Fatto per la Notte di Natale’.
Essas obras eram tão famosas e faziam tanto sucesso que os editores logo trataram de adaptá-las e editá-las na forma de arranjos para combinações de outros instrumentos, buscando no processo torná-las mais acessíveis aos músicos ‘amadores’ que iriam comprar essas partituras.
Imagine, no lugar de chegar em casa com um disco ou um CD para ouvir, ou considerando hábitos mais atuais, acessar o instrumento de streaming de música para ouvir a tal sonata, trazer a partitura da sonatazinha, chamar a irmã ou outro parente ou vizinho, para juntos tocar a música – criar a sua própria música.
Este disco recria o som que estas pessoas ouviriam, bem, em condições ideais, pois os músicos são excelentes, bem além dos ‘amadores’.
Temos aqui uma coleção de concertos de Corelli, adaptados para um conjunto de duas flautas doce acompanhadas de outros instrumentos que fazem o baixo contínuo.
Duas delas são arranjos feitos por Christiano Schickhardt para o editor Roger, de Amsterdã, que já editara as obras ‘oficiais’ de Corelli.
Além destes arranjos mais dois concertos, os de número 10, 8 e 3 (com a tonalidade adaptada). Completa o disco uma sonata formada por uma combinação de movimentos de outros concertos escolhidos pelos músicos do conjunto.
No livreto que acompanha os arquivos você poderá encontrar mais detalhes sobre estas escolhas do repertório.
Arcangelo Corelli (1653 – 1713)
Sonata XII em si bemol maior (arr. J. C. Schickhardt, do Concerto Grosso No. 5)
Adagio
Allegro – Adagio
Adagio
Allegro
Sonata em fá maior (Concerti Grossi Nos. 2, 4, 12)
Vivace
Allegro
Adagio
Allegro
Concerto Grosso No. 10 em dó maior
Preludio
Allemande
Adagio
Corrente
Allegro
Minuetto
Sonata IV em fá maior (arr. J. C. Schickhardt, dos Concerti Grossi Nos. 1, 2)
Largo – Allegro
Allegro
Grave – Andante – Largo
Allegro
Concerto Grosso No. 8 em sol menor – ‘Fatto per la Notte di Natale’
Vivace – Grave
Allegro
Adagio – Allegro – Adagio
Vivace
Allegro, Pastorale: Largo
Concerto Grosso No. 3 em ré menor (originalmente em dó menor)
Este álbum foi produzido e lançado pelo selo ‘Opus 111’, (adivinhem de onde veio a inspiração para a escolha do nome…) que foi fundado e dirigido por uma mulher chamada Yolanta Skura. Este selo acabou sendo vendido para a Naïve, que posteriormente fechou. No entanto, enquanto existiu, foi um dos selos mais instigantes, com lançamentos espetaculares e de repertório interessantíssimo, além de gravar uma legião de excelentes artistas. Vale a pena descobrir um pouco mais sobre esta história. Para começar, você pode ler uma interessante entrevista com a Yolanta acessando este link aqui.
Apesar do italianíssimo nome, La Serenissima é um conjunto inglês fundado pelo virtuose Adrian Chandler. O grupo adota a prática de performances historicamente informadas, mas não temam nossos PQP-nianos amigos amantes do barroco italiano que preferem o som dos instrumentos modernos. Temos aqui o melhor dos dois mundos.
Este álbum reúne obras de compositores que vieram de quatro grandes e lindas cidades italianas.
Da sereníssima Veneza, temos Vivaldi, Albinoni e o menos conhecido Antonio Caldara, cuja deliciosa Sinfonia em dó maior abre o álbum, com o extravagante uso de trompetes, fagotes, oboés, violino solo e as outras cordas. O movimento lento, contrasta imensamente dos outros, devido a sua delicadeza e o uso de staccato.
De Roma, la Città Eterna, temos uma obra de Corelli que não é um de seus concerti grossi. A Sinfonia a Santa Beatrice d’Este é a peça mais séria do disco e foi composta para fechar um longo oratório de um outro compositor. Chandler e sua banda encontram a medida certa de energia e gravidade para apresentar propriamente a música.
De Padova, La dotta (a sábia Pádua), temos Tartini com o seu espetacular concerto para violino. Tartini foi um precursor do compositor-intérprete-virtuose, como seriam posteriormente Paganini e Vieuxtemps, entre outros. Nesta peça Adrian Chandler tem uma ótima oportunidade de exibir seus talentos de violinista.
Seguimos de volta para Veneza, com o Padre Vermelho e seu lindo concertinho alla rustica, seguido pelo não menos mavioso concerto para fagote.
O concerto para dois oboés de Tomaso Albinoni tem um lindíssimo adagio, para derreter o mais empedernido coração.
Para fechar este ótimo disco, mais uma sinfonia com molti instrumenti, de volta muitos instrumentos de sopros e tímpanos, na generosa obra de Giuseppe Torelli, cidadão de Bologna, la grassa (a gorda), a cidade das massas e da gastronomia.
De um inspirado crítico: O álbum The Italian Job tem todas as coisas que caracterizam La Serenissima:um tom fresco, tinindo, pleno de vitalidade e divertimento, tudo parece fácil e simples para o conjunto e para os solistas, e com fundamentada erudição, tanto na escolha do programa quanto na sua execução, sem perder nem de leve qualquer graça.
The Italian Job
Antonio Caldara (c. 1671-1753)
Sinfonia para dois oboés, dois fagotes, dois trompetes, tímpanos, violino, cordas e contínuo, em dó maior
Allegro
Andante, piano e staccato
Allegro
Arcangelo Corelli (1653-1713)
Sinfonia para o Oratório a Santa Beatriced’Este, para cordas e contínuo, em ré menor
Grave
Allegro
Adagio
Largo assai
Vivace
Giuseppe Tartini (1692-1770)
Concerto para violino, cordas e contínuo, em mi maior, D 51
Allegro
Grave “Tortorella bacie…”
Allegro assai
Antonio Vivaldi (1678-1741)
Concerto ‘alla rustica’ para dois oboés, cordas e contínuo, em sol maior, RV 151
Presto
Adagio
Allegro
Concerto para fagote, cordas e contínuo, em dó maior, RV 476
Allegro
Adagio
Allegro
Tomaso Albinoni (1671-1751)
Concerto à cinque, para dois oboés, cordas e contínuo, em fá maior, Op. 9, 3
Allegro
Adagio
Allegro
Giuseppe Torelli (1658-1709)
Sinfonia para quatro trompetes, tímpanos, dois oboés, dois fagotes, dois violinos, dois violoncelos, cordas e contínuo, em dó maior, G 33
Rachel Chaplin e Gail Hennessy, oboés
Peter Whelan, fagote
La Serenissima
Adrian Chandler, violin / diretor
Gravação: 23 – 26 de agosto de 2016, St John’s, Smith Square, Londres
Resumindo, um disco para ser ouvido numa ensolarada manhã de domingo, preguiçosamente escolhendo o cardápio do almoço, deixando a louça do café da manhã para mais tarde…
Ouvimos primariamente a música dos grandes compositores – Bach, Handel, Vivaldi, Rameau. E quase sempre suas obras nos sãos apresentadas em gravações completas: Quatro Suítes Orquestrais, Os Concerti Grossi Op. 12, La Stravaganza. Quando muito, um disco com concertos ou outras peças, sempre do mesmo compositor.
Essa abordagem pode limitar um pouco nossa perspectiva da riqueza cultural, da diversidade e do colorido das peças musicais do período barroco. Essa maneira de apresentar a música interessa muito às gravadoras que assim vendem seus pacotes. A Integral dos Concertos para Fagote (ou Flautim, ou Viola da Gamba) do compositor tal, a Integral da Música de Banquete do compositor qual. Creio que até para o mais treinado ouvinte, enfrentar uma sequência de 70 minutos de Concertos para Fagote pode ser um pouquinho demais. Isto sem mencionar as violas. Acho que certas peças são mais agradáveis e efetivas se apresentadas em companhia de outras, de outros compositores, com as quais tenham afinidade, mas também um certo contraste.
É claro que podemos ‘programar’ uma audição musical, tomando umas peças daqui, outras dali, mas nem sempre isso acontece.
Esta é uma das razões pelas quais eu adoro discos como este, da postagem. A produção do disco conseguiu interpolar peças barrocas, mas de períodos ligeiramente diferentes, e intercalar obras de mestres maiores com alguns menos conhecidos.
Talvez Pietro Castrucci seja o compositor menos conhecido desta coleção, mas certamente era conhecido de seus pares, como Handel, que também tem uma peça no disco.
Castrucci nasceu em Roma e estudou com Corelli. Mudou-se para Londres em 1715 e foi famoso como virtuose do violino e líder da Orquestra da Ópera de Handel.
Outro compositor menos conhecido desta lista é Alessandro Stradella, que certamente viveu uma vida cheia de aventuras amorosas. Tanto que morreu por isso. A peça que fecha o disco, a Sonata di viole, provavelmente é o primeiro concerto grosso e acredita-se ter servido de modelo para os Concerti Grossi Op. 6 de Corelli. Deste conjunto, o Concerto No. 1 abre o disco.
Vá lá, delicie-se também com Sinfonia do Alessandro Scarlatti, pai do Domenico, com o belíssimo concerto de Vivaldi, que brilha aqui ainda mais, e com a espetacular versão para Concerto Grosso da Sonata da Folia, de Corelli, feita pelo Geminiani. Um disco tão bem gravado e produzido custa a aparecer.
A Orchestra of the Age of Enlightenment já apareceu por aqui diversas vezes, sempre tendo a sua frente grandes regentes, como o Frans Brüggen, Gustav Leonhardt e Simon Rattle. Nesta ocasião ela é dirigida diretamente pela pessoa que está liderando os violinos. Ou seja, neste disco a estrela é a OAE!
Digam vocês se o Masterchef Erick Jacquin não é um sósia do oboísta Anthony Robson…
Italian Baroque Concertos
Arcangelo Corelli (1653-1713)
1-5. Concerto Grosso em ré maior, Op. 6, 1
Pietro Castrucci (1679-1752)
6-10. Concerto Grosso em ré maior, Op. 3, 12
Alessandro Scarlatti (1660-1725)
11-13. Sinfonia di Concerto Grosso No. 2 em dó menor
George Frideric Handel (1685-1759)
14-16. Sonata del Overtura (para Il trionfo del Tempo e del Disinganno)
Antonio Vivaldi (1678-1741)
17-19. Concerto em fá maior para duas flautas, dois oboés, violino, violoncelo e baixo
Contínuo, RV 572 (Il Proteo o sia il mondo al rovescio)
Francesco Geminiani (1687-1762)
20. Concerto Grosso No. 12 em ré menor “La Folia” (da Sonata Op. 5, 12, de Corelli)
Alessandro Stradella (1644-1682)
21-24. Sonata di viole
Orchestra of the Age of Enlightenment
Alison Bury, Margaret Fautless, Catherine Mackintosh
O disco foi gravado em uma cooperação entre a BBC Music Magazine e o selo Linn
A motivação para este disco é o carnaval. Evoé, Momo! É claro que poderíamos escolher o Carnaval, de Schumann, mas isso parece muito batido. Então, hoje, vamos de Folia!
Minha primeira lembrança de Folia, em música, é a Sonata de Corelli, que conheci do disco do Grumiaux. Meus dois CDs desta gravação (Sonatas Op. 5, de Corelli, Grumiaux e Castagnone) enferrujaram (sigh…). Tenho ainda uma cópia virtual em algum lugar. Mas, a postagem de hoje é com Savall, Jordi Savall!
Neste disco ele reuniu oito peças inspiradas nesta dança que (aprendi no livreto) surgiu em Portugal, como nos ensina Gil Vicente, o do teatro. São danças associadas às pessoas simples, pastores e camponeses. Daí também vem o nome, Folia, de folia mesmo.
As cinco primeiras faixas do disco são relativamente curtas e servem para esquentar o clima, despertar nossas atenções. A sonoridade das peças, desde os primeiros acordes do disco, deixa claro que a produção é de altíssima qualidade. O conjunto liderado pelo Savall é ótimo. Atenção especial para o Rolf Lislevand, um bamba. Norueguês enorme, toca todo tipo de viola, violão, guitarra, tiórba, o que você imaginar.
Para mim, o núcleo deste disco são as faixas seis, com suas Diferencias sobre las Folias, de Antonio Martín y Coll, e sete, a Sonata de Corelli, aquela do Opus 5. Diferencias aqui significa variações e eu não conhecia qualquer peça de Martín y Coll. Eu que tenho um fraco pelas variações, gostei. Na corelliana sonata, Jordi toca uma viola da gamba soprano, muito lindo!!
A peça final, de Marin Marais, segue ainda por dezoito minutos, mas eu já havia colocado o disco lá, bem alto, na minha lista.
Outros compositores se deixaram inspirar pelas folias, entre eles Alessandro (o pai do Domenico) Scarlatti, Vivaldi e até gente da família aqui, o Carl Philipp Emanuel. Outros ainda, como Rachmaninov e suas Variações sobre um tema de Corelli e até Liszt, que caiu na folia com a Rapsódia Espanhola, são mais tardios, mas provam que a inspiração continuou.
De qualquer forma, o que temos para hoje é o magnífico time do Jordi Savall com suas variações e diferenças sobre a Folia!
Anônimo – Folia: Rodrigo Martinez (1490) (Improvisations D’Après Le Villancico Du Cancionero De Palacio)
Diego Ortiz – Recercada Quarta Sobre La Folia (1553)
Antonio de Cabezón – Folia: Para Quien Crié Yo Cabellos (1557) (D’Après Venegas De Henestrosa)
Diego Ortiz – Recercada Ottava Sobre La Folia (1553)
Juan del Enzina – Folia: Hoy Comamos Y Bebamos (Vers 1520) (Improvisations D’Après Le Villancico De Juan Del Enzina)
Antonio Martín y Coll – Diferencias Sobre Las Folias (D’Après Le Mss. Flores De Música 1357-60 Madrid Bibl. Nacional (1706-1709))
Arcangelo Corelli – Follias (1700) (Op. 5 Roma 1700 / MS. VM7 6308 Paris Bibl. Nationale)
Marin Marais – Couplets De Folies (1701) (Seconde Livre De Pièces De Viole, Paris 1701)
The Art Of The Baroque Trumpet Vol. 5/5 – An Italian Concert
Niklas Eklund & Jeffrey Segal (baroque trumpet), Maria Keohane (soprano), Wasa Baroque Ensemble, Gabriel Bania & Edward H. Tarr
1998
Os trabalhos nesta gravação, Volume 5 na série de Naxos “A Arte do Trumpete Barroco”, exemplificam o cenário histórico do trompete na Itália durante o final do século XVII e XVIII. O trompete só começou a ser usado na igreja e no teatro de ópera quando se tornou possível que ele fosse tocado com sutileza dinâmica e tonal.
Os compositores representados neste repertório incluem alguns dos nomes mais importantes do período. Incluem compositores conhecidos como Vivaldi, Corelli, Torelli e Albinoni, e o menos conhecido Stradella, aqui representado por uma sinfonia de uma deliciosa serenata de casamento; Franceschini, o compositor de muita música sacra; Galuppi, que, como Vivaldi, atuou em Veneza e compositor de mais de cem óperas e Ziani, outro importante compositor veneziano de ópera. Todos eram mestres de seu ofício musical.
Palhinha: ouça:Vivaldi : Concerto in C Major R537
The Art Of The Baroque Trumpet, Vol. 5/5
An Italian Concert Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 01. Concerto in C Major R537: I. Allegro 02. Concerto in C Major R537: II. Largo 03. Concerto in C Major R537: III. Allegro 04. Combatta un gentil cor from Tito Manlio Arcangelo Corelli (Italia, 1653-1713) 05. Sonata in D major: I. Grave 06. Sonata in D major: II. Allegro 07. Sonata in D major: III. Grave 08. Sonata in D major: IV. Allegro 09. Sonata in D major: V. Allegro Marc’ Antonio Ziani (Itália, 1653 – 1715) 10. Trombe d’Ausonia from La Flora Giuseppe Torelli (Italia, 1658 – 1709) 11. Concerto in D Major: I. Allegro 12. Concerto in D Major: II. Adagio 13. Concerto in D Major: III. Presto 14. Concerto in D Major: IV. Adagio 15. Concerto in D Major: V. Allegro Tomaso Albinoni (Itália, 1671 – 1750) 16. Vien con nuovo orribil guerra Giuseppe Torelli (Italia, 1658 – 1709) 17. Sonata in D major: I. Grave 18. Sonata in D major: II. Allegro 19. Sonata in D major: III. Grave 20. Sonata in D major: IV. Allegro 21. Sonata in D major: V. Grave 22. Sonata in D major: VI. Allegro Baldassare Galuppi (Italy, 1706 – 1785) 23. Alla tromba della Fama Alessandro Stradella (Itália, 1639 – 1682) 24. Sinfonia avanti il Barcheggio: I. Allegro 25. Sinfonia avanti il Barcheggio: II. Andante 26. Sinfonia avanti il Barcheggio: III. Allegro 27. Sinfonia avanti il Barcheggio: IV. Allegro Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 28. Agitata da Due Venti from Griselda Petronio Franceschini (Italia, 1651 – 1680) 29. Sonata in D Major: I. Grave 30. Sonata in D Major: II. Allegro 31. Sonata in D Major: III. Adagio 32. Sonata in D Major: IV. Allegro
The Art Of The Baroque Trumpet, Vol. 5/5 – 1998 Niklas Eklund & Jeffrey Segal (baroque trumpet)
Maria Keohane (soprano)
Wasa Baroque Ensemble, Gabriel Bania & Edward H. Tarr
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Händel, Scarlatti, Corelli, Stradella, Muffat… De 1650 a princípios do século XVIII, Roma exerceu um imenso poder de atração a compositores de toda a Europa e experimentou um momento intenso de atividade musical, por causa da – ou apesar de – administração papal. Foi um período próspero com um caldeirão de influências.
O programa idealizado pelo maestro romano Rinaldo Alessandrini oferece uma visão pessoal e completa da época, apaixonada e secular, lírica (feita sublime por Sandrine Piau) e orquestral, romântica em todos os sentidos. Rinaldo Alessandrini é uma das principais figuras da cena musical internacional. Sua predileção pelo repertório italiano e sua constante preocupação com as características expressivas próprias do estilo italiano dos séculos XVII e XVIII são os fatores decisivos que orientam sua abordagem musical e suas opções interpretativas, tanto como chefe do Concerto Italiano, de que é o fundador e diretor, como solista e maestro convidado. (ex-internet)
Georg Friedrich Händel (Germany,1685-England,1759) 01. Overture in B-Flat Major, HWV 336 02. Aci, Galatea e Polifemo, HWV 72 – I. Duetto. Sorge il di-Spunta l’aurora 03. La resurrezione, HWV 47 – Aria. Disserratevi, o porte d’averno 04. Il trionfo del Tempo e del Disinganno, HWV 46a – Pure del cielo, intelligence eterne 05. Il trionfo del Tempo e del Disinganno, HWV 46a – Tu del ciel ministro eletto Antonio Alessandro Boncompagno Stradella, (Itália, 1643 – 1682) 06. Sonata a 8 viole con una tromba in D Major – I. Allegro 07. Sonata a 8 viole con una tromba in D Major – II. Aria 08. Sonata a 8 viole con una tromba in D Major – III. Canzona 09. Sonata a 8 viole con una tromba in D Major – IV. Aria 10. San Giovanni Battista – Sinfonia 11. San Giovanni Battista – Deh, che piu tardi 12. San Giovanni Battista – Queste lagrime, e sospiri Georg Muffat (França, 1653 – Alemanha, 1704) 13. Concerto grosso No. 12 in G Major ‘Propitia sydera’ – V. Ciacona Alessandro Scarlatti (Italy, 1660 – 1725) 14. Su le sponde del tebro, H. 705 – I. Sinfonia 15. Su le sponde del tebro, H. 705 – II. Recitativo. Su le sponde del tebro 16. Su le sponde del tebro, H. 705 – III. Aria. Contentatevi, o fidi pensieri 17. Su le sponde del tebro, H. 705 – IV. Recitativo. Mesto, stanco, e spirante 18. Su le sponde del tebro, H. 705 – V. Aria. Infelici miei lumi 18 de 25 19. Su le sponde del tebro, H. 705 – VI. Aria. Dite almeno, astri crudeli 20. Su le sponde del tebro, H. 705 – VII. Recitativo. All’ aura, al cielo, ai venti 21. Su le sponde del tebro, H. 705 – VIII. Aria. Tralascia Pur Di Piangere Arcangelo Corelli (Itália, 1653-1713) 22. Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 4 – I. Adagio-Allegr 23. Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 4 – II. Adagio 24. Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 4 – III. Vivace 25. Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 4 – IV. Giga. Allegro
Un viaggio a Roma – 2018 Concerto Italiano dir. Rinaldo Alessandrini Sandrine Piau & Sara Mingardo
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Um CD muito original. A harpista Flora Papadopoulos interpreta, com boa dose de liberdade, várias obras escritas originalmente para violino. J. S. Bach, Biber, Marini e Corelli são quatro das principais figuras da música barroca, mas ninguém os associaria à harpa. No entanto, eles trabalharam em ambientes onde há ampla evidência de que os harpistas estavam ativos, e onde certamente existia um repertório solo de harpa, mesmo que nunca fosse escrito. O ambicioso projeto de Papadopoulos parte dessa premissa e é o resultado de uma pesquisa profunda em fontes originais. Sugere que o repertório para violino, um instrumento que compartilha de suas características idiomáticas com a harpa, era uma fonte de inspiração para os harpistas. Assim, aqui algumas das peças mais conhecidas e mais virtuosas para o violino foram arranjadas para harpa, dando a essas composições um novo sopro de vida e lançando luz sobre novas e inesperadas nuances e reflexões. Flora Papadopoulos, após colaborações significativas com conjuntos como a Cappella Mediterranea e o Concerto Italiano agora faz seu primeiro álbum solo. Explorando caminhos pessoais, altamente experimentais e empíricos, ela revive uma fascinante prática musical há muito perdida.
Bach / Biber / Corelli / Marini: Unwritten — Do Violino para a Harpa
01. Mystery Sonata No. 1 in D Minor, “The Annunciation”: I. Praeludium
02. Mystery Sonata No. 1 in D Minor, “The Annunciation”: II. Variatio-Aria allegro-Variatio-Adagio-Finale
03. Arie madrigali et corenti, Op. 3: Romanesca per violino solo e basso se piace
04. Sonate, symphonie, canzoni, passe’mezzi, baletti, corenti, gagliarde e retornelli, Op. 8: Sonata Quarta per il violino per sonar con due corde
05. Sonata in F Major, Op. 5 No. 10: I. Preludio. Adagio
06. Sonata in F Major, Op. 5 No. 10: II. Allemanda. Allegro
07. Sonata in F Major, Op. 5 No. 10: III. Sarabanda. Largo
08. Sonata in F Major, Op. 5 No. 10: IV. Gavotta. Allegro
09. Sonata in F Major, Op. 5 No. 10: V. Giga. Allegro
10. Sonata No. 1 in D Minor (Orig. in G Minor), BWV 1001: I. Adagio
11. Sonata No. 1 in D Minor (Orig. in G Minor), BWV 1001: II. Fuga
12. Sonata No. 1 in D Minor (Orig. in G Minor), BWV 1001: III. Siciliana
13. Sonata No. 1 in D Minor (Orig. in G Minor), BWV 1001: IV. Presto
Composers:
Bach, Johann Sebastian (1685-1750)
Biber, Heinrich Ignaz Franz von (1644-1704)
Corelli, Arcangelo (1653-1713)
Marini, Biagio (c.1597-1665)
Platti tem a honra de estrear no PQP Bach. Não é pouca coisa para um menino nascido em Pádua (Padova) em 1697. Sua música não é de primeira linha, é apenas razoável, motivo pelo qual ele está meio fora do repertório barroco habitual. Mas o que é realmente anormal neste CD é o estupendo desempenho da Akademie für Alte Musik Berlin. A sonoridade da orquestra vale a pena, dá prazer. Ou seja, a verdadeira estrela do show é a banda, que toca essa música com a mesma dedicação, competência e empenho que daria à música da família Bach, Handel, etc. Aliás, um conselho: toda vez que a Akademie für Alte Musik Berlin passar na frente de vocês, peguem.
Giovanni Benedetto Platti (1697-1763): Concerti grossi after Corelli
Como daria errado? A dinamarquesa Michala Petri e o iraniano norte-americano adotado pela Inglaterra Mahan Esfahani são dois músicos de um tipo muito superior, são artistas cujo domínio de seus instrumentos transforma-se em pura alegria de se ouvir.
O destino abençoou o violinista e compositor italiano Arcangelo Corelli com grande talento, modéstia, mecenas ricos, discípulos fiéis e riqueza. Pode-se dizer sem exagero que Corelli foi o primeiro compositor mundialmente famoso. E ele continua com sorte. A reunião dele com Petri e Esfahani parece ter por tema o espírito criativo e a celebração da vida. Que cara de sorte!
Arcangelo Corelli (1653-1713): La Follia
1 Sonata in G minor, Op. 5 No. 12 “La FoLlia” 10:13
Sonata in G minor, Op. 5 No. 7
2 Preludio – Vivace 2:06
3 Corrente – Allegro 3:49
4 Sarabande – Largo 1:46
5 Giga – Allegro 2:29
Sonata in C major, Op. 5 No. 9
6 Preludio – Largo 4:06
7 Giga – Allegro 3:04
8 Adagio 0:34
9 Tempo di Gavotta – Allegro 2:50
O “Concert Spirituel” foi uma das primeiras séries de concertos públicos da história. Eles começaram em Paris no ano de 1725 e terminaram em 1790. Mais tarde, concertos ou séries de concertos de mesmo nome ocorreram em Paris, Viena, Londres e em outros lugares. A série foi fundada para proporcionar entretenimento durante a quinzena de Páscoa e em feriados religiosos quando as outras casas de espetáculos (a Ópera de Paris, a Comédie-Française e a Comédia italiana) eram fechadas. Os programas apresentaram uma mistura de obras corais sacras e peças instrumentais virtuosas. Durante muitos anos tais concertos aconteceram na Salle des Cent Suisses, magnificamente decorada, no Palácio das Tulherias. Começavam às 18h duravam por volta de 4h. Eram frequentados principalmente por burgueses ricos, pela aristocracia mais baixa e visitantes estrangeiros. Em 1784, os concertos foram movidos para a área de palco da Salle des Machines e, em 1790, quando a família real estava confinada nas Tulherias, passaram aos teatros. O que dizer sobre os concertos e Savall? Tudo maravilhoso, né? Peças e interpretação. No Rameau há uma atmosfera de festa que me parece bem dentro do espírito do “Concert Spirituel”.
Jordi Savall & Le Concert des Nations – Le Concert Spirituel: Au temps de Louis XV
ARCANGELO CORELLI (1653-1713)
Concerto Grosso, en Re Majeur Op. 6, núm. 4
1-2 Adagio-Allegro
3 Adagio
4 Vivace
5-6 Allegro-Allegro
GEORG PHILIPP TELEMANN (1681-1767)
Ouverture avec la Suite en Ré Majeur
pour Viola da Gamba et Cordes TWV 55:D6
7 Ouverture
8 La Trompette
9 Sarabande
10 Rondeau
11 Bourrée
12 Courante-Double
13 Gigue
GEORG PHILIPP TELEMANN
CONCERTO IN LA MINORE
per Flauto Dolce, Viola di Gamba, Corde e Fondamento TWV 52:a1
14-15 Grave-Allegro
16 Dolce
17 Allegro
GEORG PHILIPP TELEMANN
OUVERTURE AVEC LA SUITE EN MI MINEUR, TAFELMUSIK
à deux flûtes et cordes (première production) TWV 55:e1
18 Ouverture: Lentement – Vite – Lentement
19 Réjouissance
20 Rondeau
21 Loure
22 Passepied
23 Air; un peu vivement
24 Gigue
JEAN-PHILIPPE RAMEAU (1683-1764)
Les Indes Galantes. Suites des airs à Jouer (Symphonies)
25 Air pour les guerriers portans les Drapeaux
26 Air pour les Amants qui suivent Bellone Lent, tendrement-Vite
27 Orage
28 Air pour les Esclaves Africains
29 Air pour Borée et la Rose Très vite
30 2eme. Air pour Zéphire
31 Tambourins I et II
Pierre Hamon flauto
Enrico Onofri violino concertino
Marc Hantaï, Charles Zebley, Yi-Fen Chen traverso
Riccardo Minasi, Mauro Lopes, Olivia Centurione violini
Balázs Máté violoncello
LE CONCERT DES NATIONS
JORDI SAVALL viole de gambe et direction
V Festival Internacional de Música Renacentista y Barroca Americana “Misiones de Chiquitos” Santa Cruz de la Sierra Bolivia 2004
Recientemente se ha descubierto más de 10.000 manuscritos musicales provenientes de las iglesias, catedrales, conventos y misiones jesuíticas en el Oriente Boliviano, más propiamente en Chiquitos y Moxos. La investigación de estos manuscritos comprueba que este “tesoro musical” aporta un extenso e importante material sobre el desarrollo de la música occidental en el Nuevo Mundo.
Medio siglo atrás maestros como Robert Stevenson, Curt Lange y Samuel Claro transcribieron estos manuscritos, traduciendo la “maravillosa” vida musical que existía en las colonias americanas. Inspirados con estas investigaciones, hace diez años atrás el mismo pueblo boliviano ha tomado liderazgo en la “apropiación” de este “tesoro”, en la cual participan el gobierno, la Iglesia Católica, los cabildos indígenas, las autoridades civiles, la empresa privada, las instituciones nacionales y extranjeras, investigadores y voluntarios.
El primer paso decisivo para la recuperación de las antiguas tradiciones musicales en Bolivia fue la creación del Festival Internacional de Música Renacentista y Barroca Americana “Misiones de Chiquitos” organizado y creado por la Asociación Pro Arte y Cultura (APAC).
Desde 1996 esta asociación invita a reconocidos músicos de todo el mundo, expertos en el género antiguo, a unir esfuerzos en la recuperación de la cultura musical americana. En abril y mayo del 2004 se realizó la quinta versión del encuentro y algunos de los momentos del inspirador pasado musical americano, reconstruidos por los artistas participantes en el V Festival “Misiones de Chiquitos”, fueron escogidos para los presentes CDs, que, así como el festival, son resultados del esfuerzo de los organizadores del evento y de sus generosos auspiciadores.
Las composiciones de los discos 2 y 3 provienen en su mayoría de diferentes ámbitos geográficos de América, que a lo largo de la época de la colonia fueron creadas por compositores europeos (presentes en América), criollos, indígenas anónimos, mulatos y otros desconocidos. A estas composiciones se han sumada algunas piezas de música antigua compuesta fuera de América, seleccionadas para participar en el festival por su calidad musical.
La variedad de sonoridades, estilos, formas musicales, etc., de estos discos corresponde al esplendor de la vida musical de la América Colonial. Este esplendor no tiene sólo expresiones en los centros urbanos (música catedralicia) y misionales (música reduccional) sino también incluye la música autóctona. Aunque los discos no incluyen música autóctona, esta se presentó en diferentes conciertos del festival.
Disco 1/3
Anónimo – Missiones de Chiquitos, s. XVIII 01. Sonata Chiquitana VIII 1. Allegro (a) 02. Sonata Chiquitana VIII 2. Andante (a) 03. Sonata Chiquitana VIII 3. Minuetto (a) 04. Caîma, Lyaî Jesús – motete (b) Anónimo – Missiones de Chiquitos y Moxos, s. XVIII 05. Exaltate Regem regum – verso (b) Anónimo – Missiones de Chiquitos, s. XVIII 06. Sonata Chiquitana IV 1. Allegro (c) 07. Sonata Chiquitana IV 2. Andante (c) 08. Sonata Chiquitana IV 3. Minuetto (c) Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726) 09. Ad Mariam – aria (d) Anónimo – Missiones de Moxos, s. XVIII 10. Bico payaco borechu – verso para Fiesta de San Francisco Xavier (e) 11. Al portal llegaron – villancico de Navidad (e) Anónimo – Missiones de Chiquitos, s. XVIII 12. La salve para la Virgen – letania (f) 13. Sonata Chiquitana XVIII – alegro (g) 14. Ara vale háva pehendu Ava – canto Guaraní (h) Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726) 15. Deus in adiutorium. Domine ad adiuvandum – verso introductorio. Fiesta Zuipaqu (i) Anónimo – Missiones de Chiquitos, s. XVIII 16. Dixit Dominus – salmo. Fiesta Zuipaquí (i) Musica de indios Canichana, Bolivia (1790) 17. Buenas Noches Señor (j) 18. Encha, Encha Va Chuai Hanan Nehem Cocule (j) 19. Nuasi hananem rama yeuco – Canto 3 (k)
(a) The Dorian Consort. (Suiza)
(b) Florilegium y solistas bolivianos, dir. Ashley Solomon. (Reino Unido-Bolivia)
(c) Freiburger Barockconsort, dir. Petra Mülljans. (Alemania)
(d) Ensemble Musica Fiorita, dir. Daniela Dolci. (Suiza)
(e) Les Carillons, dir. Rodrigo Diaz Riquelme. (Chile)
(f) Capilla del Sol, dir. Ramiro Albino. (Argentina)
(g) Camerata Urubichá, dir. Rubén Dario Suárez Arana mercado. (Bolivia)
(h) Ars Antiqua, dir. Eduardo Arámbula. (México)
(i) Estudio Músicantigua, dir. Sergio Candia Hidalgo. (Chile)
(j) Capilla de Indias, dir. Tiziana Palmiero. (Chile)
(k) Coro y Orquesta de San Ignacio de Moxos, dir. Karina Carrillo. (Bolivia)
Burgos. Ms. del Monasterio de Santa María la Real de las Huelgas 01. Flavit auster (l) Anónimo 02. Gloriose matris Dei (l) Burgos. Ms. del Monasterio de Santa María la Real de las Huelgas 03. Plange Castella misera (l) Burgos. Archivo Diocesano, leg. mus. B 37 04. Fluminis. O Domina. De Fluviis (l) El Escorial. Ms. J. B. 2 05. Por dereito ten a Virgen (l) Anónimo 06. Je suis trop jeunette (m) Raulin de Vaux (activo 1420) 07. Je suis trop jeunette (Instrumetal) (m) Editor: Pierre Attaingnant (ca. 1494-1552) 08. C’est grand plaisir (m) 09. C’est grand plaisir (Instrumental) (m) Pierre Guédron (ca. 1575-1620) 10. Que dit-on au village (m) Michael Pretorius (1571-1621) 11. Bransles de village (m) Pierre Guédron (ca. 1575-1620) 12. À Paris sur petit pon (m) Gaspar Sanz (España, 1640 – 1710) 13. Canarios y Jácaras(d) Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (México, c.1678-1755) 14. Ya la naturaleza redimida – cantata (d) Gutierre Fernandez Hidalgo (b ?Talavera de la Reina, c1547; d La Plata [hoy Sucre], Bolivia, 1623) 15. Gloria Patri – verso (n) Anónimo (s. XVII) 16. Hy, hy, hy, que de riza morremo – negrilla (n) Juan García de Zéspedes (Mexico, 1619-1678) 17. Convidando está la noche (n) Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712) 18. Si El Amor Se Quedare Dormido (n) Anónimo (s. XVIII) (n) 19. Ah! Nerina, eu não posso (o) Luis de Camões – Anónimo 20. Na fonte esta Lianor (o) Manuel José Vidigal (Lisboa, ? – 1805) 21. Cruel saudade (o) Joaquim Manuel da Câmara (Rio de Janeiro, ca.1780 – ca.1840) 22. Desde o dia em que eu nasci (o) José Francisco Leal (Rio de Janeiro, 1792-18291) 23. Esta noite, ó céus, que dita (o)
(d) Ensemble Musica Fiorita, dir. Daniela Dolci. (Suiza)
(l) Alia Musica, dir. Miguel Sánchez (España)
(m) Doulce Mémoire, dir. Denis Raisin Dadre (Francia)
(n) Ensemble Villancico, dir. Peter Pontvik (Suecia)
(o) Segreis de Lisboa, dir. Manuel Morais (Portugal)
Johann Sebastian Bach (Austria, 1685-1750) 01. Overture (Suite) Nr. 2, BWV 1067 – 1. Ouverture (a) 02. Overture (Suite) Nr. 2, BWV 1067 – 2. Minuett (a) 03. Overture (Suite) Nr. 2, BWV 1067 – 3. Badinerie (a) 04. Chaconne para Violín solo, BWV 1004, Ryo Terakado, violin. (Japón) Heinrich Ignaz Franz von Biber (Bohemia-Austria, 1644 [baptised]-1704) 05. Suite de Mensa Sonora. Pars III – 1. Gagliarda (c) 06. Suite de Mensa Sonora. Pars III – 2. Zarabanda (c) 07. Suite de Mensa Sonora. Pars III – 3. Aria (c) 08. Suite de Mensa Sonora. Pars III – 4. Ciaccona (c) 09. Suite de Mensa Sonora. Pars III – 5. Sonatina (c) Arcangelo Corelli (Italia, 1653-1713) 10. Sonata en Do menor – 1. Grave (p) 11. Sonata en Do menor – 2. Allegro (p) Anon. (Codex Trujillo, Peru) 12. El buen querer – joropo (q) 13. Lanchas para bailar (q) 14. La lata (q) 15. El palomo (q) 16. Dennos licencia, Señores (q) Anônimo séc. XVIII 17. Homens errados e loucos / Você se esquiva de mim (r) Canto Gregoriano 18. Ecce Panis Angelorum – Secuencia para Corpus (s) 19. Victimae paschali (s) 20. Salve Regina (solemne) (t) Pedro de Cristo (Portugal, 1545/1550-1618) 21. Ay, mi Dios (u) Juan del Encina (Espanha, ca.1468-1529) 22. Si habrá en este baldrés (v) Giovanni Battista Bassani (Italia, ca. 1650-1716) 23. Missa mo fiesta San Xavier – Gloria (x) Tomás Pascual (Guatemala, ca. 1595-1635) 24. Domine ad adjuvandum (y) 25. Esta es cena de amor llena (y)
(a) The Dorian Consort. (Suiza)
(c) Freiburger Barockconsort, dir. Petra Mülljans. (Alemania)
(p) Ensemble Laterna Mágica
(q) Música Temprana, dir. Adrián Rodríguez Van der Spoel. (Paises Bajos)
(r) Ars Antiqua, dir. Eduardo Arámbula (México)
(s) Coral Nova, dir. Ramiro Soriano Arce. (Bolivia)
(t) Coro de Canto Gregoriano del Seminario Mayor de San Jeronimo, dir. Mateo Barrientos Vergara. (Bolivia)
(u) Coro Santa Cecilia, dir. Karin Rendón. (Bolivia)
(v) Ad Libitvm. (Bolivia)
(x) Elocuencia Barroca, dir. Sylvia Leidemann. (Argentina)
(y) Savae, dir. Christofer Moroney. (Estados Unidos)
Obras de la tradición jesuítica en Bolivia Siglos XVIII y XIX
Arte y música en el corazón del continente
REPOSTAGEM
En las sabanas y bosques de Chiquitos, donde Bolivia flanquea con el Brasil y el Paraguay, quedan algo más que ruinas y restos dispersos: através de más de dos siglos los lugareños, sin ninguna ayuda exterior, mantuvieron sus iglesias, reemplazando los inmensos horcones de madera cuando éstos envejecían, y restaurando las pinturas y tallas en la medida de sus posibilidades.
En muchas localidades, los templos eran hasta hace poco testigos de la continua recreación de una tradición musical originada en tiempos de los Jesuitas, y nutrida luego por otros afluentes culturales.
Allí donde la presión demográfica de los criollos o la necesidad de escapar de la esclavitud en las haciendas ganaderas o las explotaciones de caucho empujaba a los indígenas hacia el interior del territorio, desalojándo-los de sus pueblos, los ritos tradicionales y su música correspondiente se instalaban en las capillas de techo de paja que centralizaban las nuevas aldeas.
Un reciente trabajo de restauración emprendido por el Vicariato local ha restituido a varias de las iglesias jesuíticas su antiguo esplendor. Al mismo tiempo, se ha rescatado una gran cantidad de manuscritos, en los que se refleja el origen y la evolución da la tradición musical. Los más antiguos de ellos contienen música copiada por los propios misioneros; otros nos muestran a los indígenas intentando conservar, a través del copiado, el legado de los padres. Hay también papeles llegados del Brasil en el siglo XIX, y otros, copiados en las misiones, con repertorio más moderno.
La presente grabación intenta restituir su valor sonoro a una parte de este variado patrimonio musical.
Música de las Misiones de Chiquitos
Anónimo (ca. 1740) 01. El Cordero De Los Cielos
Anónimo (ca. 1730) 02. Tierno Infante Divino
Autoría anónima, escrita a mediados del s. XVIII en la lengua de los indios Chiquitos 03. Zoipaqui
Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726) 04. Retirada Del Emperador De Los Dominicos De España
Anónimo (ca. 1760) 05. Ave Maria Stella
Anónimo (ca. 1800) 06. Flor Hermosa
Anónimo (ca. siglo XIX) 07. Morenito Niño
Archangelo Corelli (Italia, 1653-1713) 08. Sonata A Solo, Op. 5 N°3
Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726) 09. Suite Para Clave N°2, En Sol Menor 10. Cinco Antifonas Para La Fiesta De San Ignacio De Loyola
Archangelo Corelli (Italia, 1653-1713) 11. Sonata A Trio, Op. 1 N°12
Música de las Misiones de Chiquitos, siglos XVIII y XIX – 1992
Música Segreta, dir. Leonardo Waisman
Flauta traversa barroca/baroque flute: Claudia Diehl
Flautas dulces/recorders: Myriam Kitroser
Mezzosoprano: Ana Maria Pagola
Violoncello: Raúl Venturini
Clave/harpsichorde: Leonardo Waisman
Este é o tipo de gravação histórica que faz a alegria de F.D.P. Bach. Este registro do I Musici data de 1966. Os 12 Concerti Grossi, op.6, são uma coleção concertos escritos por Arcangelo Corelli, organizados para publicação em 1708. Aqui estão alguns dos melhores exemplos do estilo barroco. Os Concerti Grossi são Concertos para um grupo concertino de dois violinos e violoncelo e um grupo ripieno de 2 violinos, violoncelo e contínuo. Os primeiros oito são da chiesa enquanto que os quatro últimos são da camera.
Corelli: The Complete Concerto Grossi Op.6
01. No.1 in D – Largo – Allegro (2:51)
02. No.1 in D – Largo Allegro (3:33)
03. No.1 in D – Largo (3:44)
04. No.1 in D – Allegro (1:51)
05. No.1 in D – Allegro (2:17)
06. No.2 in F – Vivace – Allegro – Adagio – Vivace – Allegro – Largo andante (4:31)
07. No.2 in F – Allegro (1:54)
08. No.2 in F – Grave – Andante largo (1:58)
09. No.2 in F – Allegro (2:20)
10. No.3 in C minor – Largo (2:16)
11. No.3 in C minor – Allegro (2:25)
12. No.3 in C minor – Grave (2:07)
13. No.3 in C minor – Vivace (2:25)
14. No.3 in C minor – Allegro (2:43)
15. No.4 in D – Adagio – Allegro (3:35)
16. No.4 in D – Adagio (2:11)
17. No.4 in D – Vivace (1:09)
18. No.4 in D – Allegro (2:44)
19. No.4 in D – Allegro (0:49)
20. No.5 in B flat – Adagio – Allegro (3:32)
21. No.5 in B flat – Adagio (2:05)
22. No.5 in B flat – Allegro (2:09)
23. No.5 in B flat – Largo (1:08)
24. No.5 in B flat – Allegro (2:36)
25. No.6 in F – Adagio (1:59)
26. No.6 in F – Allegro (2:04)
27. No.6 in F – Largo (4:24)
28. No.6 in F – Vivace (2:19)
29. No.6 in F – Allegro (3:23)
01. No.7 in D – Vivace – Allegro – Adagio (2:52)
02. No.7 in D – Allegro (2:01)
03. No.7 in D – Andante largo (3:22)
04. No.7 in D – Allegro (1:15)
05. No.7 in D – Vivace (1:23)
06. No.8 in G minor – Vivace – Grave (1:58)
07. No.8 in G minor – Allegro (2:35)
08. No.8 in G minor – Adagio – Allegro – Adagio (3:35)
09. No.8 in G minor – Vivace (1:21)
10. No.8 in G minor – Allegro (2:31)
11. No.8 in G minor – Pastorale – Largo (4:32)
12. No.9 in F – Preludio. Largo (1:41)
13. No.9 in F – Allemanda. Allegro (2:57)
14. No.9 in F – Corrente. Vivace (1:53)
15. No.9 in F – Gavotta. Allegro (1:05)
16. No.9 in F – Adagio (1:04)
17. No.9 in F – Minuetto. Vivace (2:03)
18. No.10 in C – Preludio. Andante largo (2:37)
19. No.10 in C – Allemanda. Allegro (3:00)
20. No.10 in C – Adagio (1:16)
21. No.10 in C – Corrente. Vivace (2:54)
22. No.10 in C – Allegro (3:08)
23. No.10 in C – Minuetto. Vivace (1:55)
24. No.11 in B flat – Preludio. Andante largo (2:37)
25. No.11 in B flat – Allemanda. Allegro (2:54)
26. No.11 in B flat – Adagio – Andante largo (2:22)
27. No.11 in B flat – Sarabanda. Largo (1:35)
28. No.11 in B flat – Giga. Vivace (1:27)
29. No.12 in F – Preludio. Adagio (2:31)
30. No.12 in F – Allegro (2:40)
31. No.12 in F – Adagio (2:25)
32. No.12 in F – Sarabanda. Vivace (1:09)
33. No.12 in F – Giga. Allegro (3:08)
Felix Ayo & Arnaldo apostoli: violins
Enzo Altobelli: violoncello
Maria Teresa Garatti: harsipchord
I Musici
Esta é outra postagem de CD obscuro e a próxima também será. Certamente, este belo trabalho está fora de catálogo. Também estas sonatas já foram postadas por nós, mas não vejo muito problema em revisitá-las, pois são belíssimas. O trio italiano que as interpreta é bastante bom. Enrico Gatti é um especialista do repertório de Corelli a audição das Sonatas para Violino recuperaram o dia de hoje para mim.
Corelli – Sonate a Violino e Violone o Cimbalo
01. 1. Grave (Sonate I en ré majeur) (3:20)
02. 2. Allegro (Sonate I en ré majeur) (2:29)
03. 3. Allegro (Sonate I en ré majeur) (1:00)
04. 4. Adagio (Sonate I en ré majeur) (2:47)
05. 5. Allegro (Sonate I en ré majeur) (1:39)
06. 1. Preludio: Vivace (Sonate VII en ré mineur) (1:56)
07. 2. Corrente: allegro (Sonate VII en ré mineur) (2:43)
08. 3. Sarabana: Largo (Sonate VII en ré mineur) (2:08)
09. 4. Giga: Allegro (Sonate VII en ré mineur) (2:08)
10. 1. Grave (Sonate II en si bémol majeur) (3:00)
11. 2. Allegro (Sonate II en si bémol majeur) (2:24)
12. 3. Vivace (Sonate II en si bémol majeur) (1:15)
13. 4. Adagio (Sonate II en si bémol majeur) (2:36)
14. 5. Vivace (Sonate II en si bémol majeur) (1:19)
15. 1. Preludio: Largo (Sonate VIII en mi mineur) (4:32)
16. 2. Allemanda: Allegro (Sonate VIII en mi mineur) (1:51)
17. 3. Sarabanda: Largo (Sonate VIII en mi mineur) (2:52)
18. 4. Giga: Allegro (Sonate VIII en mi mineur) (1:53)
19. 1. Adagio (Sonate III en ut majeur) (2:49)
20. 2. Allegro (Sonate III en ut majeur) (2:08)
21. 3. Adagio (Sonate III en ut majeur) (2:59)
22. 4. Allegro (Sonate III en ut majeur) (1:01)
23. 5. Allegro (Sonate III en ut majeur) (2:22)
24. 1. Preludio: Largo (Sonate IX en la majeur) (4:58)
25. 2. Giga: Allegro (Sonate IX en la majeur) (2:34)
26. 3. Adagio (Sonate IX en la majeur) (0:40)
27. 4. Tempo di Gavotta: Allegro (Sonate IX en la majeur) (2:31)
01. 1. Adagio (Sonate IV en fa majeur) (2:16)
02. 2. Allegro (Sonate IV en fa majeur) (2:24)
03. 3. Vivace (Sonate IV en fa majeur) (1:08)
04. 4. Adagio (Sonate IV en fa majeur) (2:16)
05. 5. Allegro (Sonate IV en fa majeur) (2:19)
06. 1. Preludio: Adagio (Sonate X en fa majeur) (2:33)
07. 2. Allemanda: Allegro (Sonate X en fa majeur) (2:12)
08. 3. Sarabanda: Largo (Sonate X en fa majeur) (2:23)
09. 4. Gavotta: Allegro (Sonate X en fa majeur) (0:37)
10. 5. Giga: Allegro (Sonate X en fa majeur) (2:13)
11. 1. Adagio (Sonate V en sol mineur) (3:29)
12. 2. Vivace (Sonate V en sol mineur) (1:53)
13. 3. Adagio (Sonate V en sol mineur) (2:17)
14. 4. Vivace (Sonate V en sol mineur) (1:39)
15. 5. Giga: Allegro (Sonate V en sol mineur) (1:30)
16. 1. Preludio: Adagio (Sonate XI en mi majeur) (2:12)
17. 2. Allegro (Sonate XI en mi majeur) (2:29)
18. 3. Adagio (Sonate XI en mi majeur) (0:41)
19. 4. Vivace (Sonate XI en mi majeur) (1:57)
20. 5. Gavotta: Allegro (Sonate XI en mi majeur) (0:44)
21. 1. Grave (Sonate VI en la majeur) (3:12)
22. 2. Allegro (Sonate VI en la majeur) (2:17)
23. 3. Allegro (Sonate VI en la majeur) (0:59)
24. 4. Adagio (Sonate VI en la majeur) (2:17)
25. 5. Allegro (Sonate VI en la majeur) (2:15)
26. Follia (Sonate XII en ré mineur (11:57)
Um acepipe de primeira categoria para o numeroso grupo de adoradores do barroco que vem a este blog cuja modéstia ruborizou-se após a premiação referida por mim no antepenúltimo post e que só meu pudor impede de citar novamente… (Sim, sem vírgulas! Espero não ter roubado muito ar dos leitores.)
Adianto que o Op.6 de Corelli é grande música, aqui interpretada pelo sempre escandaloso Fabio Biondi, o qual costuma tomar algumas liberdades que, ao menos a mim, são bem-vindas. Ouvi os dois CDs ontem à noite, enquanto preparava-se o dia gris de hoje e, puxa, fui dormir o sono dos justos. Não vou escrever mais porque o livro que estou lendo é muito bom (Istambul, de Orham Pamuk) e está me chamando. Assim sendo, deixo vocês livres de minha verborragia sem direção.
Antes copio aqui uma nota biográfica de Coreli retirada deste barulhento site. Notem como toda a pequena obra de Corelli está no repertório barroco atual. Prova de sua imensa qualidade.
Arcangelo Corelli nasceu no dia 17 de fevereiro de 1653 em Fusignano, cidade localizada entre Bolonha e Ravena. Descendia de uma das mais ricas e tradicionais famílias da região.
Foi enviado muito cedo para Faenza onde recebeu educação básica e onde teria recebido as primeiras lições de música de um padre. Continuou os estudos em Lugo e, depois mudou-se para Bolonha, em 1666.
Em Bolonha o jovem Corelli se familiarizou com o violino e resolveu dedicar-se inteiramente a ele. Com Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli ele adquiriu os elementos essenciais da técnica violinística. Após quatro anos de estudos, Corelli foi admitido na Academia Filarmônica de Bolonha.
Em 1675, ele já estava em Roma. Nesta época, os nobre de Roma rivalizavam-se em pompa ao patrocinar apresentações artísticas. Entre os grandes mecenas, destacava-se Cristina Alexandra, que se fixara em Roma depois de abdicar de seu trono na Suécia, em 1659. Músicos, poetas, filósofos reuniam-se ao redor dela em seu palácio, e era uma honra ser convidado para suas festas. Cristina fundou a Academia da Arcádia – a sociedade musical mais fechada da Itália – onde Corelli seria recebido em 1709.
Aos 36 anos, e após a morte de Cristina da Suécia, Corelli passou a trabalhar para o Cardeal Ottoboni, seu maior protetor e grande amigo. Homem liberal e apaixonado pelas artes, Ottoboni possibilitou livre trânsito a seu protegido, fornecendo-lhe o tempo e as condições necessárias para que ele elaborasse suas obras com absoluta tranqüilidade.
Sua fama se expandia e estudantes de música vinham de longe para aprender com ele. Corelli já se firmara como um dos nomes importantes da música instrumental.
Corelli morreu durante a noite de 8 de janeiro de 1713. Estava só. Desolado, o Cardeal Ottoboni mandou embalsamá-lo e colocá-lo em um triplo ataúde, feito de chumbo, de cipreste e de castanheiro, e enterrou-o no panteão de Roma, reservado apenas aos pintores, arquitetos e escultores, membros da Artística Congregazione dei Virtuosi al Pantheon.
Sua Obra
Contrariamente à maioria dos grandes nomes da música barroca, Corelli produziu pouco, abordando apenas poucas formas de expressão musical existente em seu tempo. Jamais escreveu para voz. Sua glória repousa inteiramente em seis coletâneas de música instrumental, todas elas dedicadas aos instrumentos de arco.
As quatro primeiras delas dedica-se aos trios, a quinta é o famoso livro de sonatas para violino solo e baixo; e a sexta obra, os doze Concertos Grossos.
A Corelli pertence, entre outros, o mérito de ter favorecido a expansão do concerto grosso e contribuído de modo decisivo para o enobrecimento do violino. Derivado da viola, o violino surgiu em meados do século XIV, sempre relegado às festas populares e à idéia de vagabundagem e ao gosto duvidoso. Timidamente introduzido nos salões do início do século XVII, recebeu depois, com Corelli, brilhante tratamento técnico e conquistou definitivamente a corte.
Corelli – Concerti Grossi, Op.6 (Completo)
CD1:
1. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio, Vivace, Allegro…
2. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
3. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Grave, Andante Largo
4. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
5. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio, Allegro
6. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio
7. Concerto N 4 In Re Maggiore : Vivace
8. Concerto N 4 In Re Maggiore : Allegro
9. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Allegro, Adagio
10. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio
11. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Allegro, Adagio
12. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Largo, Allegro
13. Concerto N 3 In Do Minore : Largo
14. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro, Adagio
15. Concerto N 3 In Do Minore : Grave
16. Concerto N 3 In Do Minore : Vivace
17. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro
18. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo, Allegro, Largo, Allegro
19. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo
20. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
21. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
22. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Adagio
23. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro
24. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Largo
25. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Vivace
26. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro
CD2:
27. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio
28. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
29. Concerto N 7 In Re Maggiore : Andante Largo
30. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
31. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace
32. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace, Grave
33. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
34. Concerto N 8 In Sol Minore : Adagio, Allegro, Adagio
35. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace
36. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
37. Concerto N 8 In Sol Minore : Pastorale Largo
38. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Preludio : Largo
39. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Allemanda : Allegro
40. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Corrente : Vivace
41. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Gavotta : Allegro
42. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Adagio
43. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Minuetto : Vivace
44. Concerto N 10 In Do Maggiore : Preludio : Andante Largo
45. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allemanda : Allegro
46. Concerto N 10 In Do Maggiore : Adagio
47. Concerto N 10 In Do Maggiore : Corrente : Vivace
48. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allegro
49. Concerto N 10 In Do Maggiore : Minuetto : Vivace
50. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Preludio : Andante Largo
51. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Allemanda : Allegro
52. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Andante Largo
53. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Sarabanda : Largo
54. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Giga : Vivace
55. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Preludio : Adagio
56. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Allegro
57. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Adagio
58. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Sarabanda : Vivace
59. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Giga : Allegro
Europa Galante (Ensemble),
Fabio Biondi (Violino e Regência),
Antonio Fantinuoli (Violoncelle),
Silvia Cantatore (Violon), et al.
Vamos novamente falar a sério. Aproxime-se, caro leitor-ouvinte do PQP. Sente-se. Os grupos de música barroca inventaram um novo e interessante gênero de CD. Eles selecionam uma série de obras afins – mesmo que secretamente afins… – e as interpretam como num recital. Sim, um recital com lógica e não como a maioria dos concertos que assistimos, meras livres e esquizofrênicas associações. Nesta categoria de CDs, há um grande campeão: o Musica Antiqua de Colônia. Reinhard Goebel é insuperável em conhecimento, descoberta e escolha de obras. Vocês não imaginam a incrível qualidade do CD que ora postamos e diria que a grande estrela dele é… Pezel. Hum… claro, mas quem é Johann Christoph Pezel? Amigos, não faço a menor idéia. Pesquisem e depois me informem.
Já a definição de chacona é fácil. Do italiano ciaccona, é uma forma musical baseada na variação de uma pequena progressão harmônica repetida. Originalmente, foi uma rápida dança-canção da Espanha, com um texto muitas vezes grosseiro, mas tornou-se uma dança lenta, às vezes muito lenta, em compasso ternário e que surgiu, inicialmente, no século XVI . Atualmente, a chacona é entendida, de uma maneira um tanto ou quanto arbitrária, como um conjunto de variações numa progressão harmônica em contraposição à variação baseada num padrão melódico do baixo, ao qual foi, da mesma forma, identificado artificialmente como uma passacaglia). Na história da música, considerando a maneira em que uma peça musical é construída, a razão para a escolha dos compositores entre os termos “chaconne” e “passacaglia” não é tão claramente distinguível. (Parágrafo copiado da Wikipedia; fiz alterações.)
Altamente recomendado. É um trabalho esplêndido do MAK.
1. Lully: Chanconne in G
2. Marini: Passacaglio in g
3. Corelli: Ciacona in G
4. Purcell: Chacony in g, Z 730
5. Purcell: Chacony in g, Z 807
6. Blow: Chacony in G
7. Mayr: Passacalia-Grave in B
8. Pezel: Sonata-Ciacona in B
9. Muffat: Chaconne in G
Sim, amigos. Já postamos estas obras com Eduard Melkus, lembram? Porém, aqui, mostramos um subconjunto do Op. 5 numa gravação mais, mais, digamos, menos sanguínea do que a do conjunto vienense, mas talvez mais agradável aos xiítas da música por instrumentos originais. Antes que alguém me pergunte sobre minha opinião, respondo que, neste caso, sou tucano e muito antes pelo contrário. Aproveito para mudar de assunto dizendo que Sigiswald Kuijken é excelente violinista e regente. F.D.P. Bach inclusive já publicou várias sinfonias de Haydn sob sua compreensiva leitura e amanhã teremos a super-gravação da Missa em Si Menor com o insuperável Gustav Leonhardt!!!
(Ufa, mudei de assunto!)
Arcangelo Corelli – Sonate a Violino e Violone o Cimbalo Op.5
1-5 – Sonata Op. 5: no 3 in C major
6-10 – Sonata Op. 5: no 1 in D major
11 – Sonata Op. 5: no 12 in D minor “La Follia”
12-16 – Sonata Op. 5: no 6 in A major
17-21 – Sonata Op. 5: no 11 in E major
22 – EXTRA (Presente de P.Q.P. Bach) – O “La Follia” de Vivaldi
Wieland Kuijken (Cello)
Robert Kohnen (Harpsichord)
Sigiswald Kuijken (Violin)
O mais importante opus de Corelli recebe aqui tratamento de luxo nesta gravação de 1972, diversas vezes reeditada pela Archiv. Um pouco mais nervosa que os registros mais modernos, Melkus dá uma demonstração de competência e virtuosismo ao lado da Capella Academica de Viena, um dos conjuntos precursores da música com instrumentos “autênticos” (de época). No meu vinil, está escrita a data em que o comprei pela primeira vez: 10/10/1979. Desde então os sons do Grave-Allegro da Sonata Nro. 1 que abre o CD1 e o Adagio inicial da Sonata Nro. 3 passaram a fazer, de certa forma, parte de mim. Um CD imperdível. Atenção para a Follia final.
Arcangelo Corelli – 12 Violin Sonatas Op. 5
CD1:
1-5 Sonata I in D major
6-10 Sonata II in B flat major
11-15 Sonata III in C major
16-20 Sonata IV in D minor
21-25 Sonata V in E minor
26-30 Sonata VI in A Major
CD2:
1-4 Sonata VII in F major
5-8 Sonata VIII in G minor
9-12 Sonata IX in A major
13-17 Sonata X in F Major
18-22 Sonata XI in E Major
23 Sonata XII in D minor (“Follia”)