Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Christus am Olberge – Domingo, Orgonasova, Schmidt, Rundfunkchoir Berlin, DSOB, Nagano

51uGbRakQOLPosso estar enganado, mas creio que é a primeira vez que postamos esta obra, o único Oratório que Beethoven compôs.
“Christus am Olberge”, ou traduzindo, “Cristo no Monte das Oliveiras”, foi composto em 1803, um pouco antes da Terceira Sinfonia e de sua única ópera, “Fidélio”.
Maynard Solomon, em sua excelente biografia de Beethoven, nos esclarece alguns pontos importantes sobre essa obra:

“O oratório de Beethoven, ´Cristo no Monte das Oliveiras´, op. 85, do início de 1803, foi a sua primeira obra importante sobre um tema religioso. A escolha desse tema (…) dá uma impressão de que pode ter ocorrido um surto de impulsos religiosos em Beethoven nessa época. Talvez a profunda crise pessoal, musical e ideológica por que ele estava passando durante esses anos tivesse trazido à tona, momentaneamente, seus sentimentos religiosos. Mas, com o abrandamento da crise e a consolidação do seu ´novo caminho´, esses sentimentos, aparentemente, declinaram de novo e a música religiosa desapareceu da oficina de Beethoven por meia década. Entretanto, o estilo secular e até operístico do oratório sugere que ele pode ter sido concebido menos como uma expressão de fé do que como a exploração da presença psicológica do Cristo por um não-adepto. Com efeito, poderíamos concluir que Beethoven – não sem razão – considerou a crucificação um caso especial da morte do herói, e foi atraído pelo tema, nessa época, quase como um estudo preparatório para as suas mais profundas explorações instrumentais do heroísmo”. (SOLOMON, 257-258)

Consegui essa gravação há pouco tempo atrás, e particularmente não a ouvi com muita atenção. O nome de Plácido Domingo se destaca entre os intérpretes e não ele faz feio. Li há alguns anos atrás uma crítica a respeito de sua pronúncia da lingua alemã quando gravou o “Tanhauser” de Wagner, e essa crítica considerava sua pronúncia trôpega, imprecisa e incorreta por vezes. Lembro que a gravação desse CD é de 2003. Considero a soprano Luba Orgonasova o nome a se destacar entre esses solistas. O coro está impecável e a segura regência de Kent Nagano frente à excelente Deutches Symphonie-Orchester Berlin nos brinda com momentos muita dramaticidade e emoção.
P.S. Para quem lê inglês, o booklet do cd traz uma excelente análise da obra, além de seu libreto.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Christus am Olberge

01 – Introduzione
02 – No.1. Jesus _ Jehovah, du mein Vater!
03 – Jesus _ Meine Seele ist erschuttert
04 – No.2. Seraph _ Erzittre Erde!
05 – Seraph _ Preist des Erlosers Gute
06 – No.3. Jesus, Seraph _ Verkundet, Seraph
07 – Jesus, Seraph _ So ruhe denn mit ganzer Schwere
08 – No.4. Jesus _ Willkommen, Tod!
09 – Chor der Krieger _ Wir haben ihn gesehen
10 – No.5. Jesus _ Die mich zu fangen ausgezogen sind
11 – Chor der Krieger, Chor der Junger _ Hier ist er
12 – No.6. Petrus, Jesus _ Nicht ungestraft
13 – Petrus, Jesus, Seraph _ In meinen Adern
14 – Chor der Krieger, Chor der Junger, Jesus _ Auf, auf!
15 – Chor der Engel _ Welten singen Dank und Ehre

Luba Orgonasova – Soprano
Placido Domingo – Tenor
Andreas Schmidt – Bass

Rundfunkchor Berlin
Deutsches Symphonie-Orchester Berlin
Kent Nagano – Conductor

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FDP

Liszt e suas transcrições

Uma das coisas mais inspiradoras e motivadoras para nós do PQPBach é um “comentário” como esse abaixo do nosso leitor que assina beto toda música. Coloquei a palavra comentário entre aspas pois na verdade o que o Beto fez foi nos dar uma aula sobre Liszt. Pedi-lhe autorização então para copiar esse “comentário”, com alguns pequenos ajustes, adequando-o melhor ao texto. Espero que gostem:

“Inicialmente, é importante ter em mente que a arte da transcrição é uma recriação: uma adaptação a determinada forma de expressão musical de obras originalmente concebidas para outra.
Deve-se atentar para o fato de que os arranjos de Liszt para piano de obras de Bach para órgão são os que mais se aproximam de uma transcrição nota a nota. Na adaptação de obras orquestrais para piano, esse procedimento literal é impossível, para que a música surta o desejado efeito no novo meio de expressão. Embora se mantivesse fiel a melodias, ritmos e harmonias das sinfonias de Beethoven, por exemplo, Liszt tomava as necessárias liberdades na transposição das texturas orquestrais para o teclado.
O total do catálogo de transcrições de Liszt abrange 368 peças; mas como há vários itens subdivididos (12 canções, 9 sinfonias, etc) o total real chega a mais do dobro.
Um extraordinário empenho criativo, sem dúvida, que no entanto não raro lhe valeu mais censuras que cumprimentos. Uma lista tão grande poderia dar idéia de uma série infindável de obras sem interesse, produzidas com rapidez e mecânica facilidade. Mas não: as adaptações de obras de outros compositores são sempre cuidadosas e, vale frisar, altamente criativas em sim mesmas.
Liszt integra uma das correntes mais ilustres no terreno da transcrição. Os precedentes mais conhecidos são Mozart e Bach, com suas recriações de obras de Vivaldi. Não devemos esquecer que o próprio Beethoven, transformou seu Concerto para Violino num Concerto para Piano.
No século XV e início do XVI, eram comuns os arranjos de música vocal para alaúde, violas ou teclados. Na antologia da história da música de Arnold Schering, o madrigal para solista Amarilli, mia bella, de Caccini, publicado em Florença em 1602, é seguido de uma transcrição para virginais publicada por Peter Philips em Londres em 1603. É uma transcrição tão livre quanto qualquer uma das que saíram da pena de Liszt, e serve igualmente para ilustrar a idéia de um continuum entre a música antiga e a nova, do qual o próprio Liszt é apenas parte. Essa continuidade pode ser constatada de várias maneiras. Por exemplo: 1 – no século XIX, a Chacona para solo de violino em ré menor de Bach, transcrita para a mão esquerda no piano por Brahms; os arranjos de Bach e Paganini feitos por Schumann; o arranjo para orquestra de cordas de Mahler do Quarteto op. 95 de Beethoven; 2 – no século XX, as transcrições orquestrais de Ravel e Schoenberg.
A grande maioria das adaptações do século XIX pertencia ao gênero do pot-pourri, mas Liszt nunca desceria a este nível.
Busoni chamou atenção para a sutil utilização de seções contrastantes nas fantasias operísticas de Liszt, o gosto evidenciado na escolha de passagens e dos motivos usados na caracterização dramática, o emprego de ornamentação filigranada como elemento intrínseco das ‘fantasias’, e reconheceu a superioridade de Liszt em relação aos outros arranjadores contemporâneos.
O monumento a Beethoven em Bonn deve muito ao empenho de Liszt; e ele por sua vez criou seu próprio monumento a Beethoven com as transcrições das nove sinfonias. Em 1851 foi publicado seu arranjo da Nona para dois pianos – adaptação admirada entre outros por Brahms e Clara Schumann, que a tocaram juntos. No ano de 1864, Liszt publica a segunda versão da Nona para um piano apenas.
Como no caso da Symphonie fantastique, Liszt assinala minuciosamente a instrumentação de Beethoven, reproduzindo com exatidão ligaduras e fraseados. Sua grande habilidade está na criação de sonoridade apropriadas para as seções orquestrais que pareceriam fracas se fossem meramente transcrições nota por nota. Dentre muitos exemplos, temos a sutil redistribuição das texturas de acompanhamento no movimento lento da No. 4; os acordes arpejados no baixo profundo, evocando brilhantemente o terrível troar dos instrumentos graves na tempestade da Pastoral; e a freqüente combinação simultânea de diferentes texturas – tremolo, melodia em prolongado legato e acompanhamento em staccato, como no Adagio da Nona. A clareza de cada uma das vozes é mantida graças à cuidadosa notação das hastes das notas, para cima ou para baixo. Liszt estabelece frequentemente passagens com a indicação ossia, para soluções alternativas; e eventualmente inclui em pautas separadas certas vozes que não pôde incorporar aos dez dedos.
Como no caso de Beethoven, também com Berlioz a preservação do ‘espírito do original’ é invariavelmente o objetivo de Liszt. A audácia do arranjo da Symphonie fantastique fica evidente não só na bem-sucedida transformação da orquestração em termos pianísticos como em sua qualidade pura e simplesmente como documento pianístico, como Schumann não deixou de observar:

‘Liszt empreendeu seu arranjo com tal talento e entusiasmo que ele pode ser considerado uma obra original, um résumé de seus estudos aprofundados, uma verdadeira escola prática de execução de partes orquestrais no piano. Essa arte da reprodução, tão diferente do empenho detalhista do virtuose, os diferentes tipos de toque que exige, o uso inteligente do pedal, a clara interpenetração das diferentes vozes, a compreensão global das massas orquestrais – em suma, a captação de recursos e possibilidades até agora ocultas no piano só pode ser obra de um Mestre.’
Os parágrafos acima são citações do livro do professor Derek Watson sobre a obra lisztiana.
Finalizando: Liszt GÊNIO ABSOLUTO da música ocidental!
PS:
São imperdíveis as gravações de Glenn Gould das transcrições da Quinta Sinfonia e do primeiro movimento da Pastoral, bem como, o registro da transcrição da Symphonie fantastique pela EXTRAORDINÁRIA pianista Idil Biret, que na minha modesta opinião é um dos monstros sagrados do piano da segunda metade do século XX.”

 Beto Toda Música

Postagem restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonies Nos. 1 & 2 – Bruno Walter – Leslie Howard #BTHVN250

61+AufDLfcLPUBLICADA ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 19/5/2014, RESTAURADO POR VASSILY EM 29/3/2020

Sempre tive vontade de postar essas transcrições de Liszt das sinfonias de Beethoven. Porém seria um projeto longo, pois a idéia seria intercalá-las com as sinfonias originais interpretadas por uma grande orquestra, e demorei pois não me decidia entre as diversas opções que tenho. Até que lembrei da gravação que Bruno Walter fez da integral das sinfonias, já no final de sua vida, quando a Columbia lhe pediu para gravar estas mesmas sinfonias, que tantas vezes havia tocado, em som estéreo. O velho maestro, já adentrado em seus oitenta anos, mostrou a todos que continuava em forma, e realizou uma das melhores gravações já realizadas destas sinfonias.
frontCom relação às transcrições que Franz Liszt fez destas sinfonias não me cabe julgar se são boas ou ruins. Aos que ainda não conhecem, eis a oportunidade. Obviamente sentirão falta da massa orquestral, mas num ponto não podemos deixar de elogiar a loucura que Liszt fez ao encarar tal desafio: a fidelidade ao gênio de Bonn, dentro do limite do possível, é claro.
O pianista Leslie Howard é conhecido por ter gravado trocentos cds com a imensa obra pianística de Liszt. E o excelente selo Hyperion bancou o projeto. Não sei quantos volumes foram lançados, perto de cinquenta, creio, e demorou bastante tempo para ser realizado. Também não sei se já foi concluído.
Mas vamos começar pelo começo, sinfonias de nº1 e de nº2. Bruno Walter dirige a Columbia Symphony Orchestra. e Leslie Howard encara o desafio ao piano.
P.S. Nem a Sony nem a Hyperion seguem a sequência das sinfonias nos cds que estou disponibilizando. Por esse motivo, estou editando as faixas para obedecer a sequência. Assim os senhores podem mais podem entender a evolução de Beethoven enquanto compositor.

Sinfonia nº 1
01 – Symphony No.1 in C major, Op. 21 – I. Adagio molto – Allegro con brio
02 – II. Andante cantabile con moto
03 – III. Menuetto. Allegro molto e vivace
04 – IV. Finale. Adagio – Allegro molto e vivace

Piano – Leslie Howard
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Columbia Symphony Orchestra
Bruno Walter – Conductor
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Sinfonia nº2

05 – Symphony No.2 in C major, Op. 36 – I. Adagio molto – Allegro con brio
06 – II. Larghetto
07 – III. Scherzo. Allegro
08 – IV. Allegro molto

Piano – Leslie Howard
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Columbia Symphony Orchestra
Bruno Walter – Conductor
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FDPBach

bem_Bruno_Walter
Bruno Walter (1876-1962) – Um maestro lendário
Leslie Howard - Um excelente pianista
Leslie Howard – Um excelente pianista

 

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Bach Concertos – Janine Jansen – Janine Jansen & Friends

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Bach Concertos – Janine Jansen – Janine Jansen & Friends

Janine Jansen-CoverboxEstou aproveitando as minhas férias para colocar em dia as minhas audições, que estavam bem atrasadas, assim como encarar a pilha de livros que estão aguardando sua vez, e essa pilha também está grande. Então, fazendo um backup no meu computador, reencontrei esse cd delicioso com os concertos para violino  de Bach, que todos adoramos, com certeza, em uma versão bem intimista de Janine Jansen, uma das melhores violinistas da atualidade. Além dos concertos para violino Jansen também toca as belíssimas Sonatas para Violino e Cravo, de nº 3 e 4.
Jansen juntou amigos e formou um conjunto que chamou carinhosamente de Janine Jansen & Friends e gravou essas obras primas de Bach. Parece que a moça tem força entre os produtores da DECCA, sua gravadora. Sua interpretação é clara, límpida, graças ao seu Stradivarius “Barrere”, um daqueles perfeitos instrumentos que não tem preço, sua sonoridade beira a perfeição, com o perdão da redundância.
E não é só isso: os senhores levarão também um cd bônus, com a mesma Janine Jansen tocando O Trio Sonata in G maior, BWV 1039.
Me apropriando das palavras de nosso ausente colega Carlinus, espero que tenham uma boa audição. Eu vou continuar o meu hercúleo trabalho de colocar em dia minhas audições atrasadas e encarar a pilha dos livros que aguardam sua vez de serem lidos.

01 – J.S.Bach-Violin Concerto No.2 In E,BWV 1042.1.Allegro
02 – J.S.Bach-Violin Concerto No.2 In E,BWV 1042.2.Adagio
03 – J.S.Bach-Violin Concerto No.2 In E,BWV 1042.3.Allegro Assai
04 – J.S.Bach-Violin Concerto No.1 In A Minor,BWV 1041.1.(Allegro Moderato)
05 – J.S.Bach-Violin Concerto No.1 In A Minor,BWV 1041.2.Andante
06 – J.S.Bach-Violin Concerto No.1 In A Minor,BWV 1041.3.Allegro Assai
07 – J.S.Bach-Concerto In C Minor For Violin And Oboe BWV1060.1.Allegro
08 – J.S.Bach-Concerto In C Minor For Violin And Oboe BWV1060.2.Adagio
09 – J.S.Bach-Concerto In C Minor For Violin And Oboe BWV1060.3.Allegro
10 – J.S.Bach-Sonata For Violin And Harpsichord No.3 In E,BWV 1016.1.Adagio
11 – J.S.Bach-Sonata For Violin And Harpsichord No.3 In E,BWV 1016.2.Allegro
12 – J.S.Bach-Sonata For Violin And Harpsichord No.3 In E,BWV 1016.3.Adagio Ma Non Tanto
13 – J.S.Bach-Sonata For Violin And Harpsichord No.3 In E,BWV 1016.4.Allegro
14 – J.S.Bach-Sonata For Violin And Harpsichord No.4 In C Minor,BWV 1017.1.Siciliano (Largo)
15 – J.S.Bach-Sonata For Violin And Harpsichord No.4 In C Minor,BWV 1017.2.Allegro
16 – J.S.Bach-Sonata For Violin And Harpsichord No.4 In C Minor,BWV 1017.3.Adagio
17 – J.S.Bach-Sonata For Violin And Harpsichord No.4 In C Minor,BWV 1017.4.Allegro

CD Bônus

01 – J.S.Bach-Trio Sonata In G Major BWV 1039.1.Adagio
02 – J.S.Bach-Trio Sonata In G Major BWV 1039.2.Allegro Ma Non Presto
03 – J.S.Bach-Trio Sonata In G Major BWV 1039.3.Adagio E Piano
04 – J.S.Bach-Trio Sonata In G Major BWV 1039.4.Presto

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FDPBach

Janine-Jansen
Janine Jansen – talento e beleza a serviço da música

Antonin Dvorak (1841-1941) – Concerto for Cello and Orchestra in B Minor, op. 104 – Du Pré, Celibidache, SRSO

FrontQuando dois músicos do porte da violoncelista Jacqueline Du Pré e do mítico regente romeno Sergiu Celibidade se reúnem, o resultado só poderia ser um: Um cd IM-PER-DÍ-VEL !!!  Emocionante, para não me alongar muito em adjetivos.
Só um porém: o cd que estou postando é o da DG, não o da ERATO. A diferença entre ambos é que o da ERATO trazia também o concerto de Saint-Saens, no qual a inglesa era acompanhada pelo ex-marido, Daniel Baremboim, mas como essa coleção é em homenagem especificamente a Celibidache,  deixaram apenas o concerto de Dvorak. Tudo bem,sem problemas. A interpretação é a mesma e não deixa de ser uma das melhores que já foram realizadas desse concerto. Du Pré era uma musicista completa, extravasava emoção por todos os poros, e dominava seu Stradivarius com maestria. Uma gigante do instrumento, que infelizmente nos deixou precocemente. Celi, bem nem há necessidade de falar de Celibidache. Ele está em seu elemento.

1 Concerto for cello and orchestra in B minor, op. 54 – Allegro
2 Adagio, ma non troppo
3 Finale – allegro moderato

Jacqueline Du Pré  – Cello
Swedish Radio Symphony Orchestra
Sergiu Celibidache – Conductor

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FDPBach

Anton Bruckner 1824-1896) – Symphony nº3 in D minor – Celibidache, Münchner Philharmoniker

FrontMuito se discutiu sobre Celibidache nos últimos dias. Curioso que, mesmo passados tantos anos de sua morte, assim como a de Karajan, ambos regentes ainda causam discussões tão acaloradas e apaixonadas. Isso  só mostra a importância de ambos no cenário da música clássica.
Eu particularmente não nutro nenhuma paixão especial nem por um nem por outro maestro. Claro que como todos os que acompanham esse estilo musical desde a infância ou adolescência, obviamente fomos bombardeados pelo marketing poderoso da Deutsche Grammophon, que nos trazia Herbert von Karajan como a quintessência da função de maestro. Amo suas gravações de Brahms e de Beethoven realizadas na década de 60, como já declarei aqui algumas vezes. E com certeza elas irão me acompanhar até o final de minha vida, falem o que quiserem falar do maestro.
Com Bruckner minha relação é bem mais recente. E essa série com Celibidache me era totalmente desconhecida até há alguns anos atrás. Creio que devo tê-la conhecido já no PQPBach, em algum momento desses nossos oito anos nosso mentor, e bruckneriano convicto, PQPBach, deve tê-la postado, assim como nosso querido Carlinus. Mas os links já deixaram de existir há algum tempo.
Resolvi então trazer à vida novamente essa série. São apenas 7 as sinfonias que ele gravou para a EMI, da terceira até a nona.
Vamos então começar com a terceira sinfonia.

01 – I. Mehr langsam. Misterioso
02 – II. Adagio, bewegt, quasi Andante
03 – III. Ziemlich schnell
04 – IV. Allegro
05 – Applaudissements

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache – Conductor

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Robert Schumann (1810-1856): Piano Concerto, op. 54 / Pyotr Illych Tchaikosky (1840-1893): Piano Concerto nº1, op.23 – Baremboim, Celibidache, Münchner Philharmoniker

51cOcYdBQNL._SL500_AA280_Dois dos principais concertos do romantismo nas mãos de Baremboim e de Celibidache. Uma grande gravação, realizada ao vivo, para apresentar para aqueles que não conhecem o maestro Sergiu Celibidache e mostrar o quão grande ele foi. Daniel Baremboim já é figura carimbada aqui no blog, tanto enquanto pianista quanto regente. A essência do romantismo é aqui extraída com tremendo talento, tanto pela orquestra de Celi quanto pelo piano de Baremboim. Postagem realizada a toque de caixa, aproveitando o feriadão do primeiro de maio.

01 – Schumann Piano Concerto, Op.54, A minor – I. Allegro affettuoso
02 – Schumann Piano Concerto, Op.54, A minor – II. Intermezzo: andantino grazioso
03 – Schumann Piano Concerto, Op.54, A minor – III. Allegro vivace
04 – Tchaikovsky Piano Concerto No.1, Op.23, B flat – I. Allegro non troppo e molto maestoso
05 – Tchaikovsky Piano Concerto No.1, Op.23, B flat – II. Andante semplice – Prestissimo – Tempo I
06 – Tchaikovsky Piano Concerto No.1, Op.23, B flat – III. Allegro con fuoco

Daniel Baremboim – Piano
Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache – Conductor

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Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847) – Concerto for violin and Orchestra in E minor, op. 64, Antonin Dvorák (1841-1904) – Concerto for Violin and Orchestra in A minor, op. 53 – Stern, Ormandy, PO

JFrontá comentei em postagem anterior deste mesmo concerto de Mendelssohn que este foi o primeiro concerto para violino ao vivo que ouvi na minha vida . Teatro Guaira de Curitiba, segunda metade da década de 1970. Eu estava no início de minha adolescência, e fiquei encantado com tudo: música, os trejeitos do solista, o movimento dos braços do maestro, enfim, não foi a primeira vez em que fui a uma apresentação de uma orquestra, mas com certeza foi a primeira vez que me encantei com todo aquele espetáculo.
O Concerto de Mendelssohn com certeza é uma dos melhores já compostos para o instrumento, e com certeza um dos mais gravados e interpretados nas salas de espetáculo do mundo inteiro. Então porque trazer outra gravação, se aqui mesmo no PQPBach devem existir ainda umas três ou quatro de excelente qualidade ainda disponíveis? A resposta é bem simples: exatamente por se tratar do concerto para violino de Mendelssohn, aquele mesmo que todos conhecem, que sabem assobiar a alegre melodia do allegretto final, aquele que nos emociona como poucas outras obras são capazes de nos emocionar. E o solista aqui é Isaac Stern, um dos grandes nomes do instrumento do século XX. E a Orquestra é a de Philadelphia no seu apogeu, nas mãos de Eugene Ormandy. Tudo aqui funciona às maravilhas, solista, orquestra, todos juntos num dos grandes momentos da carreira destes excepcionais músicos.
Para completar o cd, Stern, Ormandy e a Orchestra of Philadelphia encaram outro petardo, o Concerto para Violino de Dvorák. É para não sobrar pedra sobre pedra.

01 – Violin Concerto in E minor, Op. 64- Allegro molto appassionato
02 – Violin Concerto in E minor, Op. 64- Andante
03 – Violin Concerto in E minor, Op. 64- Allegro non troppo – Allegro molto vivace
04 – Violin Concerto in A minor, B. 96-B. 108 (Op. 53)- Allegro ma non troppo
05 – Violin Concerto in A minor, B. 96-B. 108 (Op. 53)- Adagio ma non troppo
06 – Violin Concerto in A minor, B. 96-B. 108 (Op. 53)- Finale, Allegro giocoso, ma non troppo
07 – Romance for violin & orchestra in F minor (arr. from Andante of Str Qrt No. 5)

Isaac Stern – Violin
Philadelphia Orchestra
Eugene Ormandy – Conductor

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Isaac Stern – Um grande violinista com certeza

Johannes Brahms (1833-1897) – Violin Concerto in D major, Op.77, Concerto for Violin and Cello in A minor, Op.102 – Oistrakh, Rostropovich, Kondrashin, MPO

Oistrakh_Rostropovich_bbcl41972Esses registros ao vivo dos concertos para violino e do concerto duplo de Brahms foram gravados no Royal Albert Hall, em 1963, do op. 77, e em 1965, do op. 102 e provavelmente foram transmitidos pelas ondas da Radio 3 da BBC. O trio principal, o violinista David Oistrakh, o violoncelista Mstislav Rostropovich e o maestro Kiryll Kondrashin, dispensa apresentações. São três gigantes do século XX, que deixaram sua marca bem registrada nos estúdios de gravação e palcos do mundo inteiro. É interessante, para não dizer que é ainda mais prazeroso ouvi-los assim, ao vivo, sem retoques. Oistrakh dominou como poucos este concerto, e na minha opinião, e a de muita gente, é o grande intérprete deste concerto no século XX. Como amigos que eram, era comum estes três realizarem excursões juntos com a Filarmônica de Moscou, sob os auspícios do próprio governo soviético, como tentativa de demonstrar a qualidade e superioridade de seus músicos (e precisava?). Curioso seria saber que acordos foram feitos para Kondrashin poder tocar o Hino da URSS em pleno Royal Albert Hall, em plena Guerra Fria.
Como todas os registros ao vivo, é comum ouvirmos tosses no meio da gravação, entre outros ruídos, ranger de cadeiras, etc. Mas tudo bem. Dá mais verossimilhança ao registro. E convenhamos, Oistrakh, Rostropovich, Kondrashin e Filarmônica de Moscou tocando Brahms ao vivo em pleno Royal Albert Hall? Quem vai reparar em ruídos, tosses ou ranger de cadeiras?
Deleitem-se, mortais.

01 – National Anthem of the USSR
02 – Brahms – Violin Concerto in D major, Op.77 – I. Allegro non troppo
03 – Brahms – Violin Concerto in D major, Op.77 – II. Adagio
04 – Brahms – Violin Concerto in D major, Op.77 – III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace
05 – Brahms – Concerto for Violin and Cello in A minor, Op.102 – I. Allegro
06 – Brahms – Concerto for Violin and Cello in A minor, Op.102 – II. Andante
07 – Brahms – Concerto for Violin and Cello in A minor, Op.102 – III. Vivace non troppo

David Oistrakh – Violin
Mstislav Rostropovich – Cello
Moscow Philharmonic Orchestra
Kiryll Kondrashin – Conductor

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David Oistrakh e Mstislav Rostropovich
David Oistrakh e Mstislav Rostropovich

 

Marie-Juliette Olga Lili Boulanger (1893-1918) – Psaums 24, 129, Vieille Prière bouddhique, “Du fond de l´abime (Psaum 130), Igor Stravinsky (1882-1971) – Symphony of Psalms – Gardiner, Bruce-Payne, Podger, Monteverdi Choir, LSO

frontDia destes nosso colega Carlinus postou este mesmo cd lá em seu blog. Na verdade, eu já tinha um desejo antigo de postar esse cd aqui no PQP, principalmente por causa dessa Sinfonia dos Salmos de Stravinsky, e então pensei, porque postá-lo, por que não postá-lo? Ei-lo aqui, então, senhores.
Lili Boulanger viveu pouco, porém intensamente, e era a irmã mais nova de Nadia Boulanger, também compositora e professora de composição. Morreu com apenas 24 anos de idade, porém mesmo assim influenciou diversos compositores que vieram a se destacar no século XX, como Arthur Honneger.
O genial Igor compôs essa sua Sinfonia dos Salmos em 1930, por encomenda, para as comemorações dos cinquenta anos da Sinfônica de Boston, na época dirigida por seu editor, o grande maestro russo Serge Koussevitzky.
John Eliot Gardiner dirige com maestria, como sempre, a Sinfônica de Londres e o Monteverdi Choir. Espero que apreciem. Eu particularmente, gostei muito desse cd.

01. Lili Boulanger Psaume 24
02. Lili Boulanger Psaume 129
03. Lili Boulanger Vieille Prière bouddhique
04. Lili Boulanger ‘Du fond de l’abime’ (Psaume 130)
05. Stravinsky Symphonie de Psaumes – I. Exaudi orationem meam, Domine
06. II. Exspectans exspectavi Dominum
07. III. Alleluia, laudate Dominum

Sally Bruce-Payne – Mezzo-Soprano
Julian Podger – Tenor
The Monteverdi Choir
London Symphony Orchestra
John Elliot Gardiner – Conductor

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Lili Boulanger (1893-1918)

 

 

 

 

 

 

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PQP

Krzysztof Penderecki (1933) – Clarinet Concerto (world premiere recording), Sinfonietta nº2 for clarinet and Strings, 3 Miniatures for clarinet and piano, Präludium for solo clarinet, Witold Lutoslawski (1913-1994) – Dance Preludes for clarinet, harp, piano, percussion and strings

51bCSTfbTlLEis finalmente o quinto cd dessa coleção. A clarinetista israelense Sharon Kam interpreta dois compositores contemporâneos poloneses, Penderecki e Lutoslawski, sendo que o Concerto de Penderecki é uma “world premiere recording”. A moça não é fraca não, como diriam lá na minha terra.
Fiquei muito feliz com a repercussão que essa coleção teve. Até ter acesso a este material essa excelente clarinetista me era desconhecida, mas o talento dela está muito bem demonstrado nesta série de cinco cds que eu trouxe para os senhores nestas últimas semanas. Espero que tenham gostado.

1 Penderecki – Concerto – 1 Andante
2 Penderecki – Concerto – 2 Più mosso
3 Penderecki – Concerto – 3 Andante
4 Penderecki – Concerto – 4 Allegro con brio
5 Penderecki – Concerto – 5 Adagio
6 Penderecki – Concerto – 6 Vivace
8 Penderecki – Concerto – 7 Allegro molto – Andante recitativo
9 Lutoslawski – Dance Preludes – 1 Allegro molto
10 Lutoslawski – Dance Preludes – 2 Andantino
11 Lutoslawski – Dance Preludes – 3 Allegro giocoso
12 Lutoslawski – Dance Preludes – 4 Andante
13 Lutoslawski – Dance Preludes – 5 Allegro molto
14 Penderecki – Sinfonietta Nr.2 – 1 Notturno_ Adagio
15 Penderecki – Sinfonietta Nr.2 – 2 Scherzo_ Vivacissimo
16 Penderecki – Sinfonietta Nr.2 – 3 Serenade_ Tempo di Valse
17 Penderecki

– Sinfonietta Nr.2 – 4 Abschied_ Larghetto

Czech Philharmonic Orchestra
Krzysztof Penderecki – Conductor
Sharon Kam – Clarinet

18 Penderecki – Three Miniatures – 1 Allegro
19 Penderecki – Three Miniatures – 2 Andante cantabile
20 Penderecki – Three Miniatures – 3 Allegro ma nontroppo

Itamar Golam – Piano
Sharon Kam – Clarinet

21 Penderecki – Prelude – Lento sostenuto
Sharon Kam – Clarinet

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FDPBach

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Uma bela clarinetista, em todos os sentidos.

Aaron Copland (1900-1990) – Concerto For Clarinet, Leonard Bernstein (1918-1990) – Prelude, Fugue & Riffs, Morton Gould (1913-1996) – Derivations For Clarinet And Band, Artie Shaw (1910-2004) – Concerto For Clarinet, George Gershwin (1898-1937) – Summertime, They all Laughed, The Man I Love, I Got Rythm – Sharon Kam, LSO, Gregor Bühl

411Lrl-pL3LNeste quarto cd da coleção, Sharon Kam mostra seu talento e versatilidade em um repertório exclusivo de compositores norte-americanos do século XX. Uma belezura, nem precisaria dizer mais.
Começando com o belo Concerto for Clarinet & String Orchestra, de Aaron Copland e terminando com arranjos de canções de Gershwin para o clarinete, Kam nos deixa encantados com sua versatilidade, sensibilidade e delicadeza nas passagens mais delicadas, como o primeiro movimento da obra de Copland, e ainda nos brinda com toda a sua técnica e maestria em todo o cd. Uma musicista completa, sem dúvida alguma.

01 – Aaron Copland – Concerto For Clarinet and String Orchestra, with Harp and Piano
02 – Leonard Berstein – Prelude
03 – Leonard Berstein – Fugue
04 – Leonard Berstein – Riffs
05 – Morton Gould – Derivations For Clarinet And Band – Warm-Up
06 – Morton Gould – Derivations For Clarinet And Band – Contrapontual Blues
07 – Morton Gould – Derivations For Clarinet And Band – Rag
08 – Morton Gould – Derivations For Clarinet And Band – Ride-Out
09 – Artie Shaw – Concerto For Clarinet
10 – George Gershwin – Summertime (arr. Gregor Bühl)
11 – George Gershwin – They All Laughed (arr. John Cameron)
12 – George Gershwin – The Man I Love (arr. John Cameron)
13 – George Gershwin – I Got Rythm (arr. John Cameron)

Sharon Kam – Clarinet
London Symphony Orchestra
Gregor Bühl – Conductor

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Carl Maria von Weber (1786-1826) – Clarinet Concerto, n°1, op. 73, Clarinet Concerto n°2, op. 74, Gran Duo Concertante in E Flat major, op. 48 – Sharom Kam, Gewandhausorchester, Masur, Golan

411Lrl-pL3LContinuo a trazer o talento e a beleza de Sharon Kam e seu clarinete. Neste terceiro cd temos obras de Carl Maria von Weber, importante compositor do período do clacissismo alemão, autor de obras muito interessantes e belas, como algumas óperas e estes seus concertos para clarinete.
Kam está muito bem acompanhada neste cd pela maravilhosa Gewandhausorchester Leipzig, uma das mais antigas e importantes orquestras européias, e o regente é o lendário Kurt Masur. Uma belezura de cd, em outras palavras. Espero que apreciem.

1 Klarinettenkonzert No.1 in f-moll op. 73 (J 114) – 1. Allegro
2 Klarinettenkonzert No.1 in f-moll op. 73 (J 114) – 2. Adagio ma non troppo
3 Klarinettenkonzert No.1 in f-moll op. 73 (J 114) – 3. Rondo_ Allegretto
4 Klarinettenkonzert No.2 in Es-Dur op. 74 (J 118) – 1. Allegro
5 Klarinettenkonzert No.2 in Es-Dur op. 74 (J 118) – 2. Romanza_ Andante
6 Klarinettenkonzert No.2 in Es-Dur op. 74 (J 118) – 3. Alla Polacca
7 Grand Duo concertant für Klavier und Klarinette op.48 (J 204) – 1. Allegro con fuoco
8 Grand Duo concertant für Klavier und Klarinette op.48 (J 204) – 2. Andante con moto
9 Grand Duo concertant für Klavier und Klarinette op.48 (J 204) – 3. Rondo: Allegro

Sharon Kam – Clarinet
Itamar Golan – Piano
Gewandhausorchester Leipzig
Kut Masur – Conductor

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Clarinet Concerto n°1, in A major, K. 622 – Franz Krommer – Clarinet Concerto, in F flat major, op. 36 – Sharom Kam, Württembergisches Kammerorchester Heillbronn – Jörg Faerber

411Lrl-pL3LEsse é o segundo cd da coleção da clarinetista Sharon Kam. Aqui temos a obra prima mozartiana, o Concerto para Clarinete K. 622, última obra composta pelo gênio de Salzsburg. A outra obra é de um contemporâneo de Mozart, Franz Krommer. Mas a jóia da coroa mesmo aqui é o concerto de Mozart.
Gosto do timbre do clarinete de Sharon Kam, ele é suave, não agride os ouvidos, e o considero o ideal para essa obra de Mozart. A suavidade e delicadeza da melodia encaixa perfeitamente, tudo é correto, nada falta ou sobra. Música ideal para relaxar num final de tarde, depois de um dia cansativo. Músicos do porte de Karl Leister, talvez o maior clarinetista do século XX, ou mais recentemente Sabine Meyer, também realizaram gravações fundamentais dessa obra, e não temo em colocar estas três gravações no mesmo nível.
Mesmo sendo até então desconhecida por mim, assim como seu regente, a Württembergisches Kammerorchester Heillbronn faz um acompanhamento um tanto quando discreto, mas isso não a descredencia, talvez seja uma questão de escolha do maestro e até mesmo da solista. Um bom exemplo disso é o magnífico adagio mozartiano,  tão suave e delicado que parece muitas vezes que flutuamos entre nuvens. Mas, enfim, encontrar o equilíbrio entre solista e orquestra é o grande segredo de todas as interpretações, e neste cd Kam encontra em Faerber um parceiro à altura de seu talento.

1 W.A. Mozart – Clarinet Concerto in A major K. 622 – 1. Allegro
2 Adagio
3 Rondo_ Allegro
F.V. Krommer – Clarinet Concerto in E flat major op. 36 – 1. Allegro
2 Adagio
3 Rondo – Allegro moderato

Sharom Kam – Clarinet
Württembergisches Kammerorchester Heillbronn
Jörg Faerber – Conductor

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Sergey Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concertos, Rhapsody on a theme of Paganini, op. 43 – Valentina Lisitsa, LSO

front“Recording all of the Rachmaninov concerti and the Raphsody is arguibly the most ambitious piano-orchestra project a pianist can undertake in a lifetime”. “It´s a like a whole life-cycle in music. The sheer variety of emotions and styles touched upon is encyclopaedi.”

Essas palavras são de Valentina Lisitsa, a bela loura que aparece na foto abaixo. Linda e talentosa, tem uma equipe de assessoria de marketing que não dorme no ponto. A moça também mantém um canal exclusivo no youtube que tem milhares de seguidores. É considerada um fenômeno da internet. Já assisti vários destes vídeos, e realmente ela é muito talentosa. Claro que o tempo ainda vai moldar mais seu talento, a experiência de palco e de estúdio a ajudará. Lembro também que ela já é mais nenhuma mocinha, digamos assim, já ultrapassou a casa dos quarenta anos.
E por falar em técnica, isso a russa esbanja. Poderia ser mais expressiva e menos contida em alguns momentos, mas isso é uma opinião pessoal, talvez devido à minha influência de outros músicos, como Richter, Argerich, Ashkenazy ou Van Cliburn, minhas referências para estes concertos. Afinal de contas ela está tocando Rachmaninov, ora pois …
A atuação da Sinfônica de Londres com a direção de Michael Francis é discreta, irreconhecível por vezes, dando a impressão de que nem maestro nem orquestra pretendem botar obstáculos na frente de Lisitsa, deixando-a totalmente à vontade para encarar o desafio que deve ser gravar os quatro concertos além da Rapsódia sobre um tema de Paganini.
Enfim, se fosse para dar uma nota, eu daria 4 estrelas e meia, concordando com os clientes da amazon.

CD 1

01. Piano Concerto No.1 in F sharp minor, OP.1- I Vivace
02. Piano Concerto No.1 in F sharp minor, OP.1- II Andante
03. Piano Concerto No.1 in F sharp minor, OP.1- III Allegro vivace
04. Piano Concerto No.3 in D minor, OP.30 – I Allegro ma non tanto
05. Piano Concerto No.3 in D minor, OP.30 – II Intermezzo Adagio
06. Piano Concerto No.3 in D minor, OP.30 – III Finale (Alla breve)

CD 1 BAIXE AQUI – DONWLOAD HERE

CD 2

01. Piano Concerto n°2 in C Minor, op. 18 – I – Moderato
02. II – Adagio sostenuto
03. III – Allegro scherzando
04. Piano Concerto n°4 in G Minor, op. 40 – I – Allegro vivace (Alla breve)
05 – II – Largo
06 – III – Allegro vivace
07 – 31 – Rhapsody on a Theme of Paganini, op. 43

Valentina Lisitsa – Piano
London Symphony Orchestra
Michael Francis – Conductor

CD 2 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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Valentina Lisitsa – A bela que é uma fera do piano.

 

Franz Schubert (1797-1828) – Der Hirt auf dem Felsen, D.965 (op. posth. 129), Robert Schumann (1810-1856) – Phantasiestücke, op. 73, Romanzen, op. 94, Claude Debussy (1862-1918) – Prèmiere Rapsodie, Francis Poulenc (1899-1963) – Sonata for Clarinet and Piano, Jean Françaix (1912-1997) – Tema con variazoni – Sharon Kam, Itamar Golar,

411Lrl-pL3LEste cd que ora vos trago faz parte de uma coleção com cinco cds em que a personagem principal, a clarinetista israelense Sharon Kam desfila seu talento em um repertório bem eclético, que vai de Mozart a Penderecki. Neste primeiro cd temos um belíssimo lied de Schubert, no qual ela acompanha a soprano Barbara Booney. Depois temos um outro romântico, Schumann, para então passarmos a um repertório mais contemporâneo, com Debussy, Poulenc, e o até então totalmente desconhecido, ao menos para mim, Jean Françaix.
Espero que apreciem. O clarinete aqui é o principal personagem, e Sharom Kam consegue demonstrar toda a versatilidade e possibilidades do instrumento.

1 – Schubert – Der Hirt Auf Dem Felsen, D.965

Barbara Booney – Soprano
Geoffrey Parsons – Piano

2 – Schumann – Phantasiestücke Op. 73_ I Zart Und Mit Ausdruck
3 – Phantasiestücke Op. 73_ II Lebhaft, Leicht
4 – Phantasiestücke Op. 73_ III Rasch Und Mit Feuer
5 – Romanzen Op 94 – I Nicht Schnell
6 – Romanzen Op 94 – II Einfach, Innig
7 – Romanzen Op 94 – III Nicht Schnell
8 – Debussy – Premiére Rapsodie, Reveusement Lent
9 – Poulenc – Sonata For Clarinet And Piano_ I Allegro Tristamente
10 – Sonata For Clarinet And Piano_ II Romanza
11 – Sonata For Clarinet And Piano_ III Allegro Con Fuoco
12 – Françaix – Tema Con Variazioni_ II Variazioni 1_ Larghetto Misterioso
13 – Tema Con Variazioni_ III Variazione 2_ Presto
14 – Tema Con Variazioni_ V Variazione 4_ Adagio
15 – Tema Con Variazioni_ VI Tempo Die Valzer
16 – Tema Con Variazioni_ VII Cadenze
16 – Tema Con Variazioni_ VIII Prestissimo

Sharon Kam – Clarinet

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Sharon Kam – Beleza e talento a serviço do Clarinete

 

.: interlúdio :. Pat Metheny Unit Group: Kin


Sem dúvida este é o melhor CD de Pat Metheny da última década. Essa nova banda é excepcional, e não consigo parar de ouvi-la. Incrível como esse cara é versátil, e mesmo depois de alguns CDs de menor qualidade lançados nos últimos anos, ele conseguiu produzir um material de grande qualidade. Coisa de gente grande mesmo.

Algumas características de seu estilo, que acompanham sua carreira desde os anos 70, estão presentes. Por exemplo, ele sempre tem um músico curinga, função que o grande multi-intrumentista camaronês Richard Bona cumpriu com louvor no excelente Speaking of Now, lançado no início dos anos 2000. Neste CD, a função cabe ao também multi-instrumentista Giulio Carmassi. Outra característica de Metheny são os solos de seus músicos, sempre extremamente bem elaborados, que não ficam delirando interminavelmente sobre os temas, mas criam ambientações bem típicas da sonoridade das bandas de Metheny. Capacidade de liderança e respeito de seus pares, eu diria. Alguns podem reclamar que Metheny já há alguns anos apenas faz variações sobre um mesmo tema. e concordo em parte, mas  a questão é que ele faz tão bem isso que não temos porque reclamar. Ele é antiquado, dando preferência à melodia em detrimento da técnica? Isso não seria uma falha, no meu ponto de vista, e sim uma virtude, e estariam loucos os que negam sua técnica: Metheny é um gênio da guitarra, e sempre está inovando e aperfeiçoando-se. Prestem atenção á qualidade do fraseado de sua guitarra, à riqueza harmônica de suas combinações melódicas, seja utilizando sua guitarra sintetizada, até que pouco utilizada neste CD, seja usando suas velhas e tradicionais Ibanez semi-acústicas.

E para concluir, e sujeito a levar pedradas, eu diria que só agora ele conseguiu provar para si mesmo, e por que não para nós, fãs, que é capaz de ser tão criativo e capaz sem o seu fiel parceiro e escudeiro por décadas, Lyle Mays.

Enfim, eu poderia me alongar interminavelmente nestes comentários, fã que sou de Metheny desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o já clássico American Garage. Mas deixo ao critério dos senhores a avaliação. Talvez devido à minha qualidade de fã não esteja tão isento assim para tecer comentários tão elogiosos. Ou não. Quem sabe, talvez essa minha não isenção me qualifique ainda mais.

Mas vamos ao que interessa. Um grande CD, em minha opinião, o melhor que Metheny lançou nos últimos anos.

01 – On Day One

02 – Rise Up

03 – Adagiav

04 – Sign of the Season

05 – Kin (_–_)

06 – Born

07 – Genealogy

08 – We Go On

09 – Kqu

Pat Metheny – Guitars
Chris Potter – Tenor sax, bass clarinet, soprano sax, clarinet, alto flute, bass flute
Antonio Sanchez – Drums and cajon
Ben Williams – Acoustic and electric basses
Giulio Carmassi – Piano, trumpet, trombone, french horn, cello, vibes, clarinet, flute, recorder, alto sax, wurlitzer, whistling and vocals

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Henryk Wieniawksi (1835-1880) – Violin Concertos 1 & 2 – Patyra, Sinfonia Varsovia, Sinfonia Iuventus

8919471Até ouvir este CD o nome Wieniawski havia aparecido poucas vezes na minha frente, mas nunca prestei maior atenção nele. Sabia que era polonês, e só. E que satisfação estou tendo por conhecê-lo, mesmo que tardiamente. Que lindos que são estes concertos para violino que ora vos trago, e que baita violinista que é Mariusz Patyra. E que baita cd … tenho certeza de que os senhores também irão se encantar. Wieniawski se utliza muito de temas folclóricos de seu país, e Patyra não se intimida diante das armadilhas e dificuldades que aparecem em toda a obra. Facilmente classificável como IM-PER-DÍ-VEL !! pela surpresa que nos proporcionou um CD que aparentemente iria ficar guardado no armário por um tempo se a curiosidade não falasse mais alto… é para ouvir diversas vezes, para melhor admirar a qualidade das obras, a riqueza expressiva de Wieniawski e a qualidade do solista.

01 – Violin Concerto No.1 in F sharp minor – I. Allegro moderato
02 – Violin Concerto No.1 in F sharp minor – II. Preghiera. Larghetto
03 – Violin Concerto No.1 in F sharp minor – III. Rondo. Allegro giocoso

Mariusz Patyra – Violino
Sinfonia Varsovia
Johannes Wildner – Conductor

04 – Violin Concerto No.2 in D minor – I. Allegro moderato
05 – Violin Concerto No.2 in D minor – II. Romance. Andante ma non troppo
06 – Violin Concerto No.2 in D minor – III. Finale. Allegro moderato (à la zingara)

Mariusz Patyra – Violino
Sinfonia Iuventus Gabriel Chmura – Conductor

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Mariusz+Patyra+patyra
Maryusz Patyra – Um excelente violinista mas que precisa urgente dar uma geral neste seu cabelo …

 

 

 

 

Giovanni Batista Pergolesi (1710-1736) – Septem verba a Christo in Cruce Moriente Prolata – Karthäuser, Dumaux, Behr, Wolff, Jacobs, Akademie für Alte Musik

IMG_0001“Now attributed to Pergolesi on the basis of the most recent research, the Seven Words of Christ has been regarded, ever since it was discovered by Hermann Scherchen, as ´one of the most heartfelt works of art, full of profound tenderness and all-conquering sense of beauty´. This major work of the Neapolitan Baroque (1736) was given in concert premiére at the Beaune Festival in July 2012, a few days before it was recorded.”

Assim nos é apresentado este cd recém lançado pelo selo Harmonia Mundi, que traz uma obra até então inédita de Pergolesi. A direção está nas mãos competentíssimas de René Jacobs, um gigante neste repertório. Outro detalhe curioso é que a estréia dessa obra se deu apenas alguns dias antes dos músicos se trancarem no estúdio para a sua gravação.
E segundo as mesmas pesquisas, foi composta no último de vida do genial Pergolesi, que viveu apenas 26 anos de idade, mas que produziu as mais belas obras do repertório barroco napolitano. Esse compositor aparece com frequência aqui no PQPBach, principalmente devido ao seu “Stabat Mater”, sua obra prima, sem dúvida uma das mais belas obras da música ocidental. Além disso, era um compositor muito querido pelo Claudio Abbado, que gravou alguns cds com suas obras nos últimos anos de sua vida.

Então, vamos ao que interessa. Pergolesi nas mãos de René Jacobs, nem preciso dizer que isso é absolutamente IM-PER-DÍ-VEL !!!

01 – Verbum I. Christus (bass) Recitativo – Huc, o dilecti filii
02 – Aria – En doceo diligere
03 – Anima(alto) Aria – Quod iubes, magne Domine
04 – Verbum II. Christus (tenor) Recitativo – Venite, currite
05 – Aria_ Latronem hunc aspicite
06 – Anima (soprano) Aria – Ah! peccatoris supplicis
07 – Verbum III. Christus (bass) Recitativo – Quo me, amor
08 – Aria – Dilecta Genitrix
09 – Anima (soprano) Recitativo – Servator optime
10 – Aria – Quod iubes, magne Domine
11 – Verbum IV. Christus (bass) Aria – Huc oculos
12 – Anima (alto) Aria – Afflicte, derelicte
13 – Verbum V. Christus (bass) Aria – O vos omnes, qui transitis
14 – Anima (tenor) Aria – Non nectar, non vinum, non undas
15 – Verbum VI. Christus (bass) Aria – Huc advolate mortales
16 – Anima (soprano) Aria – Sic consummasti omnia
17 – Verbum VII. Christus (bass) Recitativo – Quotquot coram cruce statis
18 – Aria – In tuum, Pater, gremium
19 – Anima (tenor) Aria – Quid ultra peto vivere

Sophie ¨Karthäuser – Soprano
Christophe Dumaux – Contratenor
Julien Behr – Tenor
Konstantin Wolff – Bass
Akademie für Alte Musik Berlin
René Jacobs – Conductor

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Carl Stamitz (1746-1801) – Konzert für Klarinette und Orchester n°3 B-dur, Konzert für Klarinette und Orchester, n°10, B-Dur, n°11 in E-flat major, Johann Stamitz (1717-1757) – Konzert für Klarinette und Orchester B Dur

frontUm cd delicioso, que traz uma excepcional solista, Sabine Meyer, com uma orquestra mais que consagrada, a Academy of Saint-Martin-in-The-Fields, que nosso caro colega PQPBach deve prestigiar ao vivo, dentro de alguns dias, diretamente em Londres. Coisa chique nosso mentor …
Mas Sabine Meyer neste Cd traz dois compositores nem tanto conhecidos, Johann e Carl Stamitz, pai e filho, respectivamente. São obras de transição do barroco para o classicismo, e que mostram a evolução do clarinete enquanto instrumento solista. Tirei este texto abaixo do booklet que acompanha o cd:

“The clarinet is still a relatively young member of the woodwind family. It was developed from the earlier chalumeau towards 1700 by the Nuremberg instrument makers Johann Christoph and Jakob Denner as a replacement for the natural trumpet, wich was difficult to play. The first clarinets thus had a trumpet-like sound, and it took another hundred years before continued improvements in the construction and performing technique finally led to the warm, sensuous, slightly nasal and ocasionally droning idiom wich we consider as typical of the clarinet today.(…)

Se as coisas seguirem como o planejado, pretendo trazer outras obras compostas para este instrumento tão singular e agradável. Lembrando que comecei com um CD da ORFEO em que o grande Dieter Klöcker, um dos grandes clarinetistas do século XX, interpretava música de câmera.

01 – Clarinet Concerto No. 3 in B flat major_ I. Allegro moderato
02 – Clarinet Concerto No. 3 in B flat major_ II. Romanze
03 – Clarinet Concerto No. 3 in B flat major_ III. Rondo
04 – Clarinet Concerto No. 11 in E flat major_ I. Allegro
05 – Clarinet Concerto No. 11 in E flat major_ II. Aria (Andante moderato)
06 – Clarinet Concerto No. 11 in E flat major_ III. Rondo alla Scherzo (Allegro moderato)
07 – Clarinet Concerto in B flat major_ I. Allegro moderato
08 – Clarinet Concerto in B flat major_ II. Adagio
09 – Clarinet Concerto in B flat major_ III. Poco presto
10 – Clarinet Concerto No. 10 in B flat major_ I. [Allegro]
11 – Clarinet Concerto No. 10 in B flat major_ II. [Andante sostenuto]
12 – Clarinet Concerto No. 10 in B flat major_ III. [Rondo (Poco allegro)]

Sabine Meyer – Clarinete
Academy of Saint-Martin in The Fields
Iona Brown – Conductor

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Sabine Meyer
Sabine Meyer – Uma grande artista

 

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Piano Concerto n°3 in C Major, op. 26, Béla Bártok (1881-1945) – Piano Concerto n° 2, SZ 95, BB 101 – Lang Lang, Rattle, BPO

cover-smallRecém saído do forno, ainda quentinho, eis um cd espetacular, com duas obras primas do repertório pianístico, o terceiro de Prokofiev e o segundo de Bártok, nas mãos de um dos grandes nomes do instrumento da atualidade, Lang Lang. O texto que abre o booklet do cd é bem elucidativo do projeto:
“I think I have had enough preparation: 15 years for Prokofiev Three and nine years for Bártok Two and now, at 30, it´s quite a solid age for this type of physically demanding repertoire. Both works have such life, and such rhytmic vitality that to my ears they sound absolutely contemporary. I really think these concertos have a musical relevance that´s absolutely right for our time.” Lang Lang
Meu primeiro contato com esses concertos ocorreu através de um CD comprado num balaio de promoções no início dos anos 90, em uma Livraria na Av. Paulista, quase esquina com a R. da Consolação, creio que se chamava Belas Artes (alguém sabe se ela ainda existe?). O cd era do selo Olympia, e trazia a excelente pianista Moura Lympani tocando com maestria estas obras, cd este que ouvi muito, mesmo sendo um dos concertos gravados em mono, creio que o de Bártok. Foi minha introdução a estas duas obras primas, talvez os maiores concertos para piano do século XX, me perdoem os fãs de Shostakovitch.
Mas enfim, temos aqui um pianista no auge de sua carreira, Lang Lang, junto com uma das melhores orquestras do mundo, regida pelo sempre ativo Sir Simon Rattle, e que nos brindam com interpretações facilmente classificáveis como IM-PER-DÍ-VEIS !!

01 – Sergei Prokofiev – Piano Concerto No. 3 in C major op. 26 – 1. Andante – Allegro
02 – Piano Concerto No. 3 in C major op. 26 – 2. Tema. Andantino – Variations I-V
03 – Piano Concerto No. 3 in C major op. 26 – 3. Allegro ma non troppo
04 – Béla Bártok – Piano Concerto No. 2 Sz 95 BB 101 – 1. Allegro
05 – Piano Concerto No. 2 Sz 95 BB 101 – 2. Adagio – Presto – Adagio
06 – Piano Concerto No. 2 Sz 95 BB 101 – 3. Allegro molto

Lang Lang – Piano
Berliner Philharmoniker
Sir Simon Rattle – Conductor

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Igor Stravinsky (1882-1971) – Le Sacre du Printemps, The Firebird, Pétrouchka, Pulcinella, Jeu de Cartes – Abbado, LSO

61ut3bApw9LEm minha modesta opinião, um dos melhores momentos da longeva carreira de Claudio Abbado foi quando esteve frente a Orquestra Sinfônica de Londres. Ele já vinha de uma carreira consolidada, mas entre 1979 e 1988 foi o principal condutor da famosa orquestra londrina. E com esta orquestra gravou vários discos pelo selo Deutsche Grammophon.
E entre estas dezenas de gravações estão estas que ele fez de obras de Stravinsky. Trata-se de cd duplo, com as principais obras orquestrais do bom e velho Igor, e que nos mostram muito bem como ele se saía bem também neste repertório com compositores do século XX.

CD 1

1 – 11 – Le Sacre du printemps
12 -1 7 – L´Oiseau de feu
18-20 – Jeu de cartes

CD 2

1 – 15 – Pétrouchka
16 – 34 – Pulcinella (Version de 1947)

Teresa Berganza – Mezzo Soprano
Ryland Davies – Tenor
John Shirley-Quirk – Bass
London Symphony Orchestra
Claudio Abbado – Conductor

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(revalidado por Vassily em 8.1.2022)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Piano Concertos, K. 365, K. 242 e K. 466 – Baremboim, Schiff, Solti – ECO

front

LINK RESTAURADO !!!!

Todos no PQPBach andam com suas vidas meio corridas, por isso estamos meio que sem tempo para nos dedicarmos com mais atenção ao blog. E pode acontecer mais a frente um período de férias, mas os senhores serão devidamente avisados.
Na falta de tempo, as postagens saem meio que nas coxas, sem maiores preocupações. E vai ser o caso deste delicioso cd com Concertos para dois e três pianos de Mozart, interpretados por três grandes músicos, um deles curiosamente, mais conhecido como um grande maestro. Os nomes são bem conhecidos, Daniel Baremboim, András Schiff e George Solti, quem diria, se arriscando nos teclados.
Eis um Cd para ser apreciado sem moderação, quantas vezes os senhores quiserem, afinal de contas, ora bolas, é Mozart.

01. Concerto for 2 Pianos KV 365 – I. Allegro
02. Concerto for 2 Pianos KV 365 – II. Andante
03. Concerto for 2 Pianos KV 365 – III. Rondeaux. Allegro

Daniel Baremboim, George Solti – Pianos
English Chamber Orchestra

04. Concerto for 3 Pianos KV 242 – I. Allegro
05. Concerto for 3 Pianos KV 242 – II. Adagio
06. Concerto for 3 Pianos KV 242 – III. Rondeau. Tempo di menuetto

András Schiff, Daniel Baremboim, George Solti – Piano
English Chamber Orchestra

07. Piano Concerto KV 466 – I. Allegro
08. Piano Concerto KV 466 – II. Romance
09. Piano Concerto KV 466 – III. Rondo. Allegro assai

George Solti – Piano e Conductor
English Chamber Orchestra

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Giacomo Meyerbeer (1791-1864), Andreas Romberg (1767-1821), Felix Mendelssohn (1809-1847), Carl Maria von Weber (1786-1826) – Klarinettequintete – Klöcker, Consortium Classicum

frontMais um excelente e delicioso cd do selo alemão ORFEO, que desta vez traz quintetos para clarinete de autores não tão conhecidos do grande público, mas não menos belos.
O excelente clarinetista Dieter Klöcker preparou um repertório escolhido a dedo, com obras de compositores que viveram naqueles atribulados e criativos anos entre o final do século XIX e início do século XX (à exceção de Meyerbeer, que nasceu já no final do século XVIII e viveu intensamente o século XIX).  Desde a bela fantasia para clarinete e quarteto de cordas de Meyerbeer, compositor que eu conhecia apenas por sua importância na história da ópera, passando pelo totalmente desconhecido Andreas Romberg, o destaque, em minha opinião, são as duas últimas obras, os quintetos de Mendelssohn e de Weber. Klöcker não precisa se esgoelar para provar o grande músico que é, seu timbre é leve e solto, demonstrando um grande domínio do instrumento.
Enfim, um belo CD, para ser apreciado aos poucos, pois tem alguns tesouros escondidos.
Tenho outro cd do mesmo Klöcker com a mesma temática, digamos assim, quintetos para clarinete, que, dependendo da recepção deste aqui, posso trazer para os senhores. Lhes garanto que a qualidade é a mesma.

01 – Fantasie fur Klarinette und Streichquartet
02 – Quintett Es-Dur op. 57_ I. Allegro
03 – Quintett Es-Dur op. 57_ II. Menuetto. Allegretto – Trio
04 – Quintett Es-Dur op. 57_ III. Larghetto
05 – Quintett Es-Dur op. 57_ IV. Finale. Allegro vivace
06 – Quintett c-moll_ I. Allegro molto
07 – Quintett c-moll_ II. Andante
08 – Quintett c-moll_ III. Allegro
09 – Quintett B-Dur op. 34_ I. Allegro
10 – Quintett B-Dur op. 34_ II. Fantasia. Adagio
11 – Quintett B-Dur op. 34_ III. Menuetto
12 – Quintett B-Dur op. 34_ IV. Rondo. Allegro

Dieter Klöcker – Clarinete
Consortium Classicum

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Antonin Dvorák (1841-1904) – Konzert für Violine und Orchester a moll, op. 53, Symphonie n°9 e-moll “Aus der Neuen Welt” – Suk, Ancerl, PT

folderUma noite tcheca na terra de Mozart…Mais um baita CD do selo ORFEO, que traz uma grande gravação histórica, e gravada ao vivo no Festival de Salzburg em 1963, ou seja, direto do túnel do tempo: Joseph Suk, o grande violinista tcheco, interpreta o Concerto para Violino de Dvorák, acompanhado por um dos grandes nomes da regência do século XX, Karel Ancerl, que rege a Filarmônica Tcheca. Em seguida, Ancerl encara a magnífica Sinfonia n° 9, do mesmo Dvorák. Um grande programa para quem pôde estar presente naquela noite do verão europeu de 1963.
Josef Suk, em minha modesta opinião, foi o grande intérprete desse concerto. Dono de um talento incrível, um virtuose de mão cheia, esbanja seu talento, aliado à uma técnica impecável, não desperdiça notas e consegue se conter nos momentos mais intensos e dramáticos da peça. Neto do compositor de mesmo nome, conhecia muito bem a obra de Dvorák.
O também tcheco Karel Ancerl foi um dos maiores regentes do século XX e teve uma vida intensa. Sobreviveu ao Campo de Concentração de Auschewitz, mas lá perdeu sua mulher e filhos nas câmaras de gás. Depois da guerra, voltou ao seu país e assumiu a direção da Filarmônica Tcheca, onde atuou por muitos anos, onde se consolidou como um grande maestro. Em 1968, após a ocupação de Praga pelas tropas soviéticas, conseguiu fugir novamente do país e se refugiou em Toronto, Canadá, onde veio a falecer em 1973, de câncer.
Essa leitura de Ancerl para a Sinfonia n°9 do seu conterrâneo Dvorák é emocionante, mesmo tendo sido realizada ao vivo, com os ruídos e tosses inerentes a estas gravações, mas o trabalho da engenharia de som da ORFEO conseguiu fazer um ótimo trabalho, e nos trouxe um belo momento da música do século XX.
Ah, esse CD pode ser facilmente classificado como IM-PER-DÍ-VEL !!!

1 Konzert fur violine un orchestra a-moll op.53 – Allegro ma non troppo
2 Konzert fur violine un orchestra a-moll op.53 – Adagio ma non troppo
3 Konzert fur violine un orchestra a-moll op.53 – Finale. Allegro giocoso, ma non troppo

Josepf Suk – Violin
Tschechische Philharmonie
Karel Ancerl – Conductor

4 Symphonie n09 e-moll-aus der neuen welt – Adagio. Allegro molto
5 Symphonie n09 e-moll-aus der neuen welt – Largo
6 Symphonie n09 e-moll-aus der neuen welt – Scherzo. Molto vicace
7 Symphonie n09 e-moll-aus der neuen welt – Finale. Allegro con fuoco
8 Bedrich Smetana. Ouverture zur oper-die verkaufte braut

Tschechische Philharmonie
Karel Ancerl – Conductor

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karel ancerl
Karel Ancerl
JOSEF SUK
Josef Suk