Iniciamos os Quartetos de Beethoven pelo extraordinário Op. 18. Como de costume, P.Q.P. Bach mostra uma integral a cargo de mais de um conjunto. (Tal coleção já está postada, gente, basta clicar no link acima para vê-la!) Em termos de Op. 18, em mais de cinco décadas nunca ouvimos nada comparável nada comparável à versão do Quarteto Guarneri.
É apenas uma opinião. Nada de nervos, por favor.
Um dos integrantes do Quarteto Guarneri gosta de dar uma cantadinha a la Gould enquanto toca. Até aí, tudo bem, a qualidade do conjunto compensa a cantoria. Só que ouçam a partir dos 5min36 do terceiro movimento do Quarteto Nº 5; o cara parece ter sentido uma indisposição qualquer. Confira. Na minha opinião e na de quase todo mundo, os quartetos 5 e 6 são as grandes estrelas do Op. 18. É necessário grande verve para interpretá-los e o Guarneri sai-se esplendidamente. Um sensacional álbum triplo!
Beethoven — Os Seis Quartetos de Cordas Op. 18
Quartet in F, Op. 18 No. 1
1 Allegro con brio
2 Adagio affettuoso ed appassionato
3 Scherzo: Allegro molto; Trio
4. Allegro
Quartet in G, Op. 18 No. 2
5 Allegro
6 Adagio cantabile; Allegro; Tempo I
7 Scherzo: Allegro; Trio
8 Allegro molto; quasi presto
Quartet in D, Op. 18 No. 3
1 Allegro
2 Andante con moto
3 Allegro
4 Presto
Quartet in C Minor, Op 18 No. 4
5 Allegro ma non tanto
6 Scherzo: Andante scherzoso quasi allegretto
7 Menuetto: Allegretto; Trio
8 Allegro; Prestissimo
Quartet in B-Flat, Op. 18 No. 6
5. Allegro con brio
6. Adagio ma non troppo
7. Scherzo: Allegro; Trio
8. La Malinconia: Adagio; Allegretto quasi allegro; Prestissimo
Bom, mas muito roqueiro pro meu gosto… Action-Refraction é um álbum do baixista, compositor e band leader Ben Allison e a primeira coleção sua que inclui músicas de outros artistas. Desta vez, Ben voltou seus ouvidos para a música de alguns de seus artistas favoritos, com temas de PJ Harvey, Donny Hathaway, Thelonious Monk, Neil Young , Samuel Barber e Roger Nichols. A ideia surgiu quando Ben se perguntou como soaria “refratar algumas das minhas músicas favoritas através do prisma de uma orquestra eletroacústica com duas guitarras elétricas, clarinete baixo, saxofone, sintetizador analógico, piano, baixo acústico e bateria”, diz Ben. “O álbum está cheio de momentos não planejados de acidentes felizes que capturam uma conversa musical em fluxo”. Jackie-ing, de Monk recebe uma introdução orquestrada que lembra a música de suspense de ficção científica dos anos 1960. Fã de PJ Harvey de longa data, Missed é um de seus favoritos. Some Day We All Be Free é melódico, apresentando colagens de ruído feitas por uma fita analógica. Parece os Beatles de I want you. St. Ita s Vision, de Samuel Barber é uma homenagem a Sun Ra. Broken é o único original do disco e faz referências ao minimalismo. É um disco assim assim.
Ben Allison: Action-Refraction
01 Jackie-ing (Thelonious Monk)
02 Missed (PJ Harvey)
03 Some Day We’ll All Be Free (Donny Hathaway)
04 Philadelphia (Neil Young)
05 St Ita’s Vision (Samuel Barber)
06 We’ve Only Just Begun (Paul Williams, Roger Nichols)
07 Broken (Ben Allison)
Ben Allison, bass
Steve Cardenas, guitar
Rudy Royston, drums
Jason Lindner, keyboards
Michael Blake, bass clarinet, tenor sax
Brandon Seabook, guitar
Aqui está uma grande dupla de CDs de Matteis, compositor que lhes apresentei na semana passada. O pessoal do barroco — como eu — vai gostar muito!
Nicola Matteis foi o primeiro violinista barroco italiano notável em Londres, a quem Roger North julgou “ter sido um segundo Corelli” e um compositor de popularidade significativa em seu tempo, embora tenha sido totalmente esquecido até o final do século XX. Matteis teve grande sucesso artístico e comercial com sua música publicada, notavelmente com os quatro livros de Ayres (1676, 1685), mas se casou com uma viúva rica em 1700 e se aposentou da cena musical de Londres, De acordo com North, ele terminou seus dias com problemas de saúde e em total pobreza. Sabendo que muitos de seus clientes eram amadores, Matteis dava instruções precisas nos prefácios da suas Ayres publicados, fornecendo notas detalhadas, explicações de ornamentos, tempos, etc. Essas notas provaram ser recursos valiosos para estudiosos que reconstroem as práticas de desempenho da época.
Nicola Matteis (c.1670-c.1714):
“Ayres for the Violin”, Suites & Sonatas (Vols. 1 e 2)
Vol. 1
Suite in A major (Book IV, Nos. 1-11)
Suite in d minor (Book IV, Nos. 33-36)
Suite in g (Book II, Nos. 10-18)
Suite in e minor (Book IV, from Nos. 21-29)
Sonata in c minor (Book I, 46-49)
Sonata in C (Book IV, from Nos. 12-20)
Vol. 2
Sonata in F major (Book 3, no. 7-9)
Suite in a minor (Book 2, no. 25-29)
Suite in g minor (Book 3, no. 41-44)
Sonata in B-flat major (Book 2, no. 22-24)
Almand’s by Mr. Nicola Matteis
Suite in c minor (Book 3, no. 23-32)
Sonata in E major (Book 2, no. 30-32)
Suite in D major (Book 4; no. 43-46)
Suite in F major (Book 4, no. 30-32)
Talvez por influência do colega René Denon tenho ouvido muita música francesa. Compositores que até então me eram desconhecidos, como Poulenc ou Chausson, me foram apresentados e imediatamente me senti atraído por sua obra. O “Poéme” de Ernst Chausson, é uma das mais belas obras compostas ali naquele conturbado início de século XX, com direito a guerra mundial, revolução e tudo o mais.
Esta série que ora vos trago foi gravada pelo então jovem pianista húngaro Zoltán Kocsis ainda lá nos anos 80. Trata-se de um registro altamente elogiado, que por algum motivo inexplicável, nunca tinha aparecido aqui por aqui. São quatro CDs ao todo, vou trazer dois de cada vez, para melhor ser apreciado.
Zoltán Kocsis morreu em 2016, com meros 64 anos. E não por acaso estou postando essa caixa neste dia, pois foi a exatos cinco anos que este grande músico faleceu, muito jovem. Foi um dos grandes intérpretes da obra de Bártok, de quem gravou praticamente tudo, e tornou-se também um excelente maestro, sendo diretor da Orquestra Filarmônica Nacional da Hungria até o final de sua vida. É presença constante por aqui.
Comecemos pelos ‘Préludes’ e pelas ‘Images’, obras fundamentais do repertório pianístico, e também uma prova de fogo para os pianistas. Os grandes nomes que deixaram suas marcas em registros históricos destas obras, como Michelangeli e Giesseking, devem ter ficado orgulhosos quando ouviram esses CDs.
CD 1
1.01. Préludes – Book 1 I. Danseuses de Delphes
1.02. Préludes – Book 1 II. Voiles
1.03. Préludes – Book 1 III. Le Vent Dans la Plaine
1.04. Préludes – Book 1 IV. Les Sons Et Les Parfums Tournent Dans L’air Du Soir
1.05. Préludes – Book 1 V. Les Collines D’Anacapri
1.06. Préludes – Book 1 VI. Des Pas Sur la Neige
1.07. Préludes – Book 1 VII. Ce Qu’a Vu Le Vent D’ouest
1.08. Préludes – Book 1 VIII. La Fille Aux Cheveux de Lin
1.09. Préludes – Book 1 IX. La Sérénade Interrompue
1.10. Préludes – Book 1 X. La Cathédrale Engloutie
1.11. Préludes – Book 1 XI. La Danse de Puck
1.12. Préludes – Book 1 XII. Minstrels
1.13. Préludes – Book 2 I. Brouillards
1.14. Préludes – Book 2 II. Feuilles Mortes
1.15. Préludes – Book 2 III. La Puerta del Vino
1.16. Préludes – Book 2 IV. Les Fées Sont D’exquises Danseuses
1.17. Préludes – Book 2 V. Bruyères
1.18. Préludes – Book 2 VI. General Lavine – Eccentric
1.19. Préludes – Book 2 VII. La Terrasse Des Audiences Du Clair de Lune
1.20. Préludes – Book 2 VIII. Ondine
1.21. Préludes – Book 2 IX. Hommage À S. Pickwick, Esq., P.P.M.P.C.
1.22. Préludes – Book 2 X. Canope
1.23. Préludes – Book 2 XI. Les Tierces Alternées
1.24. Préludes – Book 2 XII. Feux D’artifice
CD 2
2.01. Images – Book 1 I. Reflets Dans L’eau
2.02. Images – Book 1 II. Hommage À Rameau
2.03. Images – Book 1 III. Mouvement
2.04. Images – Book 2 I. Cloches À Travers Les Feuilles
2.05. Images – Book 2 II. Et la Lune Descend Sur Le Temple Qui Fût
2.06. Images – Book 2 III. Poissons D’or
2.07. Images oubliées Lent (mélancolique Et Doux)
2.08. Images oubliées Souvenir Du Louvre (Sarabande)
2.09. Images oubliées Quelques Aspects de Nous N’irons Plus Au Bois Parce Qu’il Fait un Temps Insupportable
2.10. Images oubliées D’un Cahier D’esquisses
2.11. Images oubliées L’Isle joyeuse
2.12. Deux arabesques No. 1 Andante Con Moto
2.13. Deux arabesques No. 2 Allegretto Scherzande
2.14. Hommage à Haydn
2.15. Rêverie
2.16. Page D’album (Pour L’oeuvre Du Vêtement Du Blessé)
2.17. Berceuse héroïque
Eu tenho uma cordial discordância com meu irmão FDP Bach. Julgo Albinoni um compositor de segunda ou terceira linha e estaria disposto a colocar Geminiani no lugar de destaque ocupado pelo Albinoni que desprezo… Não haverá mortes tampouco agressões em nossa discussão, ela será um dia finalizada numa Oktoberfest em Blumenau com os dois bêbados, rindo muito. Pois tais discussões servem apenas como pretexto para encontros. Detalhe: não conheço FDP Bach pessoalmente. (Post de 2012, hoje isto deixou de ser verdade).
Ah, são dois CDs. Ambos muito bons!
Geminiani: La Folia e Trios
Trio Sonata for violin, violone (or 2 violins) & continuo No. 9 (aka “No. 3”) in F major, Op. 1/9
1 Largo 3:16
2 Andante 2:12
3 Allegro 3:23
4 Concerto Grosso, for 2 violins, strings & continuo No.12 in D minor (“La Follia”; after Corelli Op. 5/12) 10:53
Faça o seguinte, por favor. Ouça as faixas 2 e 3 deste disco. Depois, quero ver você deletar o arquivo. Meu irmão CPE Bach mostra — nova e novamente — porque é considerado o mais talentoso dos manos. A interpretação das obras segue o padrão habitual da Alpha, ou seja, é sublime.
CPE Bach: Solo a Viola di gamba col Basso
1. Sonata for viola da gamba & continuo in D major, H. 559, Wq. 137: Adagio, ma non tanto
2. Sonata for viola da gamba & continuo in D major, H. 559, Wq. 137: Allegro di molto
3. Sonata for viola da gamba & continuo in D major, H. 559, Wq. 137: Arioso
4. Sonata for viola da gamba & continuo in G minor, H. 510, Wq. 88: Allegro moderato
5. Sonata for viola da gamba & continuo in G minor, H. 510, Wq. 88: Larghetto
6. Sonata for viola da gamba & continuo in G minor, H. 510, Wq. 88: Allegro assai
7. Pieces (27) for viola da gamba (MS Drexel 5871), WKO 186-212: Adagio pour viole de gambe seule
8. Sonata for viola da gamba & continuo in C major, H. 558, Wq. 136: Andante
9. Sonata for viola da gamba & continuo in C major, H. 558, Wq. 136: Allegretto
10. Sonata for viola da gamba & continuo in C major, H. 558, Wq. 136: Arioso
11. Pieces (27) for viola da gamba (MS Drexel 5871), WKO 186-212: Postlude pour viole de gambe seule
Mikrokosmos é a obra didática mais importante de compositor Béla Bartók, escrita entre 1926 e 1937 e publicada em 1940. A obra é uma coleção em seis volumes de 153 peças curtas e 33 exercícios para piano, piano e voz e dois pianos. Ao longo da coleção, Bartók introduz ao estudante distintas problemáticas rítmicas, melódicas, harmônicas e pianísticas. Apesar de terem sido criadas inicialmente com propósitos didáticos é comum o uso de peças do Mikrokosmos como peças de concerto, principalmente dos últimos volumes. Péter Bartók, filho de Béla, começou a estudar piano em 1936 com o pai e afirmou ter servido como uma espécie de “cobaia” para as peças, que o compositor escrevia mais rápido do que ele conseguia estudar. Bartók nunca havia ensinado piano a alunos iniciantes, e foi auxiliado pela professora de piano Margit Varró a organizar a obra de uma forma que fosse mais acessível a principiantes. O Mikrokosmos é particularmente notável como método de ensino de piano pelo abrangente uso de material musical não tradicional. Neste sentido contrasta com outros métodos e estudos de uso comum, como os de Czerny e Cramer. Desde as primeiras peças o estudante é introduzido tanto a escalas diatônicas tonais quanto modais, bem como a escalas pentatônicas, exóticas, politonalidade, formas canônicas e outros aspectos musicais típicos da música moderna. Por estas características a obra é especialmente útil como uma introdução à música da primeira metade do século XX.
Béla Bartók (1881-1945): Progressive pieces for piano “Mikrokosmos” (Szücs) #BRTK140 Vol. 24 de 29
1 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: LXXXI. Bolyongás / LXXXII. Scherzo / LXXXIII. Dallam meg-megszakítva / LXXXIV. Mulatság / LXXXV. Tört akkordok / LXXXVI. Két dúr pentachord
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 81: Wandering
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III
6:06
2 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: LXXXVII. Változatok / LXXXVIII. Sípszó / LXXXIX. Négyszólamúság / XC. Oroszos
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 87: Variations (Allegro moderato)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III
4:09
3 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: XCI. Kromatikus invenció I / XCII. Kromatikus invenció II
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 91: Chromatic Invention (1)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III
1:55
4 Progressive pieces for piano, Sz. 107/3, BB 105/67–96 “Mikrokosmos”: Volume 3: XCIII. Négyszólamúság / XCIV. Hol volt, hol nem volt… / XCVa. Rókadal / XCVI. Zökkenõk
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III, No. 93: In Four Parts (2)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume III
3:15
5 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: XCVII. Notturno / XCVIII. Alávetés / XCIX. Kézkeresztezés / C. Népdalféle / CI. Szûkített ötödnyi távolság
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 97: Notturno
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
5:32
6 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: CII. Felhangok / CIII. Moll és dúr / CIVa – CIVb. Vándorlás egyik hangnembõl a másikba / CV. Játék (ötfokú hangsorral) / CVI. Gyermekdal / CVII. Dallam ködgomolyban / CVIII. Birkózás
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 102: Harmonics
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
8:24
7 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: CIX. Bali szigetén / CX. És összecsendülnek-pendülnek a hangok / CXI. Intermezzo / CXII. Változatok egy népdal fölött
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 109: From the Island of Bali
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
6:15
8 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: CXIII. Bolgár ritmus I / CXIV. Téma és fordítása / CXV. Bolgár ritmus II / CXVI. Nóta / CXVII. Bourrée
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 113: Bulgarian Rhythm (Allegro molto)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
5:33
9 Progressive pieces for piano, Sz. 107/4, BB 105/97–121 “Mikrokosmos”: Volume 4: CXVIII. Triolák 9 / CXIX. 3/4-es tánc / CXX. Kvintakkordok / CXXI. Kétszólamú tanulmány
piano:
Loránt Szücs
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV, No. 118: Triplets in 9/8 Time
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume IV
4:22
10 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXII. Akkordok egyszerre és egymás ellen / CXXIIIa – CXXIIIb. Staccato and legato / CXXIV. Staccato
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 122: Chords Together and Opposed (Moltovivace)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
3:08
11 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXV. Csónakázás / CXXVI. Változó ütem / CXXVIII. Dobbantós tánc
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 125: Boating
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
3:44
12 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXIX. Váltakozó tercek / CXXX. Falusi tréfa / CXXXI. Kvartok
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 129: Alternating Thirds (Allegro molto)
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
6:00
13 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXXII. Nagy másodhangközök egyszerre és törve / CXXXIII. Szinkópák / CXXXIV. Gyakorlatok kettõsfogásban / CXXXV. Perpetuum mobile
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 132: Major Seconds Broken and Together
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
2:12
14 Progressive pieces for piano, Sz. 107/5, BB 105/122–139 “Mikrokosmos”: Volume 5: CXXXVI. Hangsorok egészhangokból / CXXXVII. Unisono / CXXXVIII. Dudamuzsika / CXLIX. Paprikajancsi
piano:
Kornél Zempléni
recording of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V, No. 136: Whole-Tone Scales
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Mikrokosmos, Sz. 107, BB 105: Volume V
Em outubro de 2019 fiz uma postagem com música de Prokofiev – Sonatas para Violino – e na propaganda da postagem que fiz no fb, eu dizia: Música que demanda um pouco de esforço, no princípio, mas uma vez conquistada, proporciona muito prazer!
Não poderia dizer nada diferente sobre a música desta postagem. Um disco espetacular, mas que demanda ser conquistado.
Não é por nada que o pianista é o mesmo da mencionada postagem, o selo do disco, a inglesa Hyperion, assim como o compositor – Prokofiev, o homem que não ganhou flores em seu funeral.
No disco, uma série de três sonatas para piano com uma sequência de numeração, 6, 7 e 8, assim como na publicação, Opp. 82, 83 e 84, evidência de como as três fazem parte de um grupo. Elas foram compostas durante a guerra, entre 1939 e 1944. Prokofiev trabalhou na composição das três simultaneamente, assim como em outras obras, como a ópera Guerra e Paz e o balé Romeu e Julieta. Em alguns momentos, especialmente nos movimentos lentos, nas sonatas, pode-se perceber ecos das danças usadas no balé. Ouça, por exemplo, o segundo movimento da Sexta Sonata.
Nas sonatas ouvimos as diferentes expressões da música para piano de Prokofiev. Dos ritmos percussivos aos momentos mais tranquilos. Um caminho recheado de armadilhas para os pianistas: martelar ou amarelar?
É por isso que a gravação é importante e a Hyperion mantem seus altíssimos padrões: produção primorosa, incluindo os detalhes. A capa do disco é um exemplo disso. A escolha da imagem nos coloca em imediata sintonia com a música – bela, moderna e ligeiramente alarmante. A arte de Marianne von Werefkin pode gerar uma certa inquietação, à la Edvard Munch, mas é também marcante, inesquecível.
Aqui está a proposta: ouça o disco uma duas, três vezes, e depois responda: valeu a pena?
Serge Prokofiev (1891 – 1953)
Sonata para Piano No. 6 em lá maior, Op. 82
Allegro moderato – Poco più mosso – Allegro moderato, come I
Allegretto
Tempo di valzer lentissimo
Vivace – Andante – Vivace
Sonata para Piano No. 7 em si bemol maior, Op. 83
Allegro inquieto – Andantino – Allegro inquieto, come I
Andante caloroso – Poco più animato – Tempo
Precipitato
Sonata para Piano No. 8 em si bemol maior, Op. 84
Andante dolce – Allegro moderato – Andante dolce, come I – Allegro
Andante sognando
Vivace – Allegro ben marcato – Andantino – Vivace, come I
Nas notas do disco, Steven agradece a ajuda de sua fisioterapeuta, Bronwen Ackermann, que o ajudou a realizar o disco: From first electrifying note-punch to last, with so much poetry and poignancy in between, this is a tour de force of pianism highlighting what seems more than ever like the great sonata sequence of the 20th century.
Hyperion’s sound never flinches from Osborne’s colossal bass in climaxes. Is it any wonder he dedicates the disc to ‘Bronwen Ackermann, physio extraordinaire’? Whatever the fallout, he must know that it was worth it: this is legendary stuff. BBC Music Magazine
[…] Osborne is at his best in Sonata No 8 … no pianist in my experience has matched Osborne’s finale for acuity of touch, pinpoint transparency and airborne suppleness. The music dances off the page, tickles the ear, engages the mind and, for once, sounds far shorter than its nine-minute duration. […] Gramophone
Não deixe de visitar as postagens a seguir, caso tenha gostado desta…
O mineiro de Boa Esperança, que foi muito jovem estudar piano no Rio de Janeiro e depois em Viena, nos deixou hoje aos 77 anos. Uma grande perda para a música brasileira e mundial.
Hoje não teremos postagens de Nelson Freire. Já foram muitas as homenagens em vida. Apenas remetemos a três janelas para o vasto mundo online lá fora, janelas que têm em comum a figura de Villa-Lobos, de quem Nelson foi um dos maiores intérpretes. O primeiro vídeo, de 1965 e postado pelo incansável Instituto Piano Brasileiro, mostra Nelson muito jovem na Alemanha tocando várias miniaturas para piano de Debussy, Scriabin e outros, incluindo a Dança (Miudinho), 4º mov. das Bachianas brasileiras No.4.
Nelson aprendeu com grandes mestres como Novaes, Rubinstein e Horowitz a arte de montar recitais de piano com pequenas peças que vão se encaixando, arte na qual o bis é essencial. Aliás, o seu disco mais recente é todo dedicado aos bises (Encores, pela Decca em 2019).
Passando para os anos 1970, um blog europeu publicou recentemente o maravilhoso álbum que Nelson gravou, também na Alemanha, pela Telefunken/Teldec. O repertório é só Villa-Lobos:
E o segundo vídeo mostra Nelson no auge da fama, tocando o Momoprecoce, composição carnavalesca de 1929 na qual Villa-Lobos utiliza percussões que nós brasileiros conhecemos bem: chocalhos, reco-reco, tamborim… Que essa homenagem seja uma celebração alegre, se é que é possível.