DESAFIO PQP! -> Schumann (1810 – 1856) & Grieg (1843 – 1907): Concertos para Piano

 

Schumann & Grieg

Concertos para Piano

 

 

Discos com música de um único compositor costuma ser o normal, mas há também aqueles discos nos quais o artista apresenta um recital escolhendo peças de vários compositores que mais se adequam às suas características ou habilidades. Estes discos podem ser apenas montados pelas gravadoras para homenagear o artista ou para fins comerciais mesmo.

Que foi? Nunca viu um par de jarros?

Entre estes extremos temos aqueles discos que reúnem duas obras que se tornaram ‘dobradinhas’ ao longo da história das gravações. As duplas mais famosas são os quartetos de cordas de Debussy e Ravel e os concertos para piano de Schumann e Grieg.

Digo Schumann e Grieg pois Schumann é mais velho e compôs o seu concerto primeiro, que serviu de inspiração para o mais jovem compositor. Mas as prevalências acabam aqui, pois que os dois concertos são obras espetaculares e, a menos que você seja um absoluto negacionista do romantismo, deve amar estas obras.

Seguindo, portanto, a linha de apresentar obras representativas do repertório clássico para o Desafio PQP, escolhi estes dois concertos para esta que já é a quarta rodada.

Conta a história que em 1845 Clara Schumann estreou o Concerto do maridão como solista em uma apresentação em Dresden. Alguns anos depois, em outro concerto que fez em Leipzig, esteve presente o então jovem norueguês Edvard Grieg, que ficou encantado com a obra do compositor mais velho e inspirado pela sua beleza e romantismo logo deitou mãos à obra. E então, como diz o adágio, o resto é história.

Para tornar o desafio ainda mais interessante, temos aqui não uma gravação, mas duas gravações deste par de ‘cavalos de batalha’. Doravante elas serão tratadas por Desafio A e Desafio B.

Para ganhar o nome inscrito em um tijolo na virtual calçada da fama do PQP Bach, você precisará nomear os artistas das duas gravações.

E mais não digo pois que os nossos argutos e dedicados Sherlockes musicais são capazes de farejar mesmo nos mais rarefeitos bites digitais dos arquivos postados.

Vamos, aproveitem estas duas gravações dos lindos concertos e digam-me sem demora os nomes e sobrenomes dos intérpretes!

Robert Schumann (1810 – 1856)

Concerto para Piano em lá menor, Op. 54

  1. I. Allegro affetuoso
  2. II. Intermezzo: Andantino grazioso e III. Allegro vivace

Edvard Grieg (1843 – 1907)

Concerto para Piano em lá menor, Op. 16

  1. Allegro molto moderato
  2. Adagio
  3. Allegro moderato molto e marcato

Desafio A

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 248 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 134 MB

Desafio B

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 232 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 129 MB

Neste ambiente foi descoberta a solução do último desafio – verdadeiro trabalho de Sherlock!

Reafirmo aqui a questão motivadora desta espécie de ‘coluna’ do PQP Bach… Como se fosse a Seção de Palavras Cruzadas:

O quanto o conhecimento antecipado do intérprete afeta nossa apreciação de um disco?

Nossos ouvidos podem ser levados a apreciar com mais condescendência aqueles intérpretes que amamos ou ficarem de sobrepostos para as escorregadelas  daqueles com os quais não simpatizamos. Isto sem contar com as muitas gravações que não nos chamam particularmente a atenção. Pois aqui você tem a oportunidade de ouvir uma boa música sem pré-julgamentos de qualquer tipo… Pelo menos até que o desafio não seja resolvido!

Aproveite!

René Denon

PS: Se você se interessou pelos desafios, poderá encontrar os anteriores clicando nos links a seguir.

DESAFIO PQP! –> Beethoven (1770-1827): Concerto para Piano No. 5 – ‘Emperor’ & Fantasia Coral #BTHVN250 ֍

DESAFIO PQP! –> Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 40 & 41

DESAFIO PQP! –> Brahms (1833-1897): Concertos para Piano

 

4 comments / Add your comment below

  1. Um desafio muito interessante! Ouvi as duas gravações de cada concerto e anotei os tempos de execução dos dois intérpretes. A primeira gravação é mais antiga, os tempos são mais lentos e me agradou mais. Já a segunda é bem mais recente e o som está mais cristalino e definido. Os tempos para o concerto de Grieg são similares e posso dizer que para mim ambas as interpretações são muito boas. No entanto, a segunda gravação do concerto de Schumann me parece mais rápida que a de costume, especialmente o primeiro movimento. Só para comparar, nas duas gravações que Perahia fez do concerto de Schumann ele executa o primeiro movimento em 14 minutos e quarenta e pouco segundos. A pianista Martha Argerich gravou esse concerto pelo menos três vezes e seus tempos são similares aos de Perahia. Já o intérprete da gravação B despacha o primeiro movimento em doze minutos e quarenta e sete segundos, mais ou menos. É a gravação mais rápida que ouvi do concerto de Schumann. É claro que o tempo de execução é apenas um parâmetro para analisar a qualidade de uma gravação e não diz tudo. É apenas uma maneira imperfeita para tentar fazer uma análise um pouco menos subjetiva…

    Quis no entanto ressaltar esse aspecto, pois analisando as várias gravações que já ouvi desse concerto, observei que os tempos de execução do concerto de Grieg são mais ou menos os mesmos para diversos intérpretes, mas para o concerto de Schumann a variação é bem significativa. Gravações mais antigas tendem a ser mais lentas, como Rubinstein e Guiomar Novaes. Na única gravação que encontrei de Nelson Freire, ele executa o primeiro movimento em 15′ 16″ e os demais em 16′ 20″. Ainda comparando com a gravação B, o segundo e terceiro movimentos duram 14′ 51″.

    Resumindo: Para mim, ambas as interpretações do concerto de Grieg são excelentes, mas tenho minhas ressalvas para a segunda gravação do concerto de Schumann, um pouco rápida demais. Quanto aos pianistas, ambos são muito bons. Como a gravação B aparentemente é mais moderna, seu som é bem melhor que a gravação A.

  2. Caro René,
    A primeira gravação, eu a reconheci imediatamente: Solomon Cutner é um dos meus pianistas favoritos, seu estilo é inconfundível e, ademais, há algumas particularidades na sua execução da introdução do concerto de Schumann que são a assinatura de sua interpretação sob Herbert Menges e a Philharmonia. Apesar de sua carreira ter sido abreviada por uma doença desastrosa, que bom que ele foi tão bem gravado pelos engenheiros da EMI – a gravação tem quase 70 anos, mas é vívida e empolgante.
    A segunda me tomou mais tempo: não identifiquei os “sotaques” mais espessos – russo, francês, alemão -, então foquei em intérpretes dos Estados Unidos e do Reino Unido. Chamou-me a atenção o andamento, que – diferentemente da maior parte das interpretações – não arrefece na exposição do primeiro tema do concerto de Schumann. Debrucei-me no Spotify a ouvir as introduções de várias gravações de concertos de Schumann, até concluir que a gravação B é a de Howard Shelley tocando e, admiravelmente, também regendo a orquestra – no caso, a para mim desconhecida Orchestra of Opera North.

    1. Dear Mr. Henry!
      You are right! Very well done!
      Salomon, como ele era conhecido, foi um pianista extraordinário e muito inglês. Eu, que tenho pouquíssimas gravações antigas, prefiro sempre aquelas mais recentes, não hesitei em postar a gravação dele, que é mono!
      E a outra gravação é realmente do Howard Shelley, que é excelente pianista e regente. Suas gravações que mais prezo são de um torso de integral de Concertos para Piano de Mozart, para a Chandos, com um extra CD mais antigo da IMP.
      Ele é rápido, curvo-me a isto, mas não absurdamente e não o faz por si só. O disco original ainda tem um concerto de Saint-Saëns que não postei aqui, para não dar tanta bandeira. Assim, em breve editarei a postagem trazendo a íntegra do CD.
      Nossos leitores-seguidores não perdem por esperar.
      Aproveito também para parabenizar a tentativa quase bem sucedida do leitor RN! Congrats!
      Para o próximo desafio preciso fazer um esforço ainda maior para esconder a identidade dos intérpretes…
      Até a próxima rodada!
      Enquanto isso, aproveite estas duas bastante interessantes gravações dos lindos cavalos de batalha!
      RD

Deixe um comentário para René Denon Cancelar resposta