Igor Stravinsky (1882-1971): Pulcinella – Ballet avec chante en un acte, Suite No. 1 e Suite No. 2

Igor Stravinsky (1882-1971): Pulcinella – Ballet avec chante en un acte, Suite No. 1 e Suite No. 2

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A Suite Pulcinella, com sua elegância e originalidade, é o coroamento da fase em que Stravinsky permaneceu retirado em seu refúgio na Suíça, quando dedicou-se particularmente à criação de uma grande e inspirada série de obras de câmara. Isto se deu um ano antes de sua mudança para Paris. Terminada a 20 de abril de 1920 e estreada com enorme sucesso a 15 de maio do mesmo ano, Pulcinella nasceu não só da encomenda de Sergei Diaghilev para o seu balé russo, mas foi também a realização, para Stravinsky, de um antigo sonho de trabalhar com Picasso, com quem há muito se identificava esteticamente. Já de seus encontros com o genial pintor espanhol nos idos de 1917, em Roma e Nápoles (onde Stravinsky estivera para reger Pássaro de Fogo e Fogos de Artifício com o balé russo), nascera o acordo entre os dois de trabalharem juntos no resgate de antigas aquarelas italianas para o palco das “commedia dell”arte” renascentistas. A encomenda de Diaghilev vinha de encontro a uma fase em que Stravinsky se ocupava intensamente com música antiga. Diaghilev sabia disso e não perdeu a oportunidade de se aproveitar destas condições favoráveis ao descobrir, em Nápoles e Londres, a música de Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736), que o encantou e seduziu. A ela juntou o texto escolhido de um compêndio composto por várias comédias do folclore napolitano, manuscrito datado de 1700 e encontrado em Nápoles, do qual foram excluídos os nomes dos autores. O texto chamava-se Os Quatro Pulcinellas Iguais e contava a história de Pulcinella, um rapaz aventureiro, amado por todas as moças do lugar e odiado pelos noivos destas. Então três destes enciumados rapazes se fantasiaram de Pulcinella e se apresentaram às suas noivas como tal, aproveitando-se da situação para atacar e se ver livre do que eles achavam ser o verdadeiro Pulcinella. Só que aquele que eles deixam estirado no chão como morto, pensando com isto terem se livrado de seu rival, não era outro senão um sósia que Pulcinella colocara em seu lugar ao perceber toda a trama. Pulcinella, então, fantasia-se de mágico, faz uma cena como que ressuscitando o morto e acaba casando os três noivos com três das noivas, tomando para si próprio a Pimpinella como mulher, a quem ele queria. Para o balé de oito cenas, Stravinsky escreveu 15 números musicais, que contaram não só com a sua genialidade, mas também com a de Picasso – que se encarregou dos cenários e dos costumes, a de Massine, responsável pela coreografia, e a de Diaghilev, dirigindo o balé russo. A Suite Pulcinella é uma forma concertante, portanto reduzida, do balé, a qual teve sua revisão definitiva em 1949. A fonte pode ser encontrada AQUI. Aparecem ainda as Suítes números 1 e 2. É ouvir e se deleitar com essa maravilha.

Igor Stravinsky (1882-1971) – Pulcinella – Ballet avec chante en un acte, Suite No. 1 e Suite No. 2

Pulcinella – Ballet avec chante en un acte*
01. Overture
02. Mentre l’erbetta pasce l’agnella
03. Contento forse vivere
04. Con queste paroline
05. Sento dire no’nce pace
06. Una te falan zemprece
07. Se tu m’ami
08. Gavotta
09. Variation 1
10. Variation 2
11. Pupillette fiammette

Suite No. 1
12. Andante
13. Napolitana
14. Española
15. Balalaïka

Suite No. 2
16. Marche
17. Valse
18. Polka
19. Galop

Northen Sinfonia Orchestra
Simon Rattle, regente
*Jennifer Smith, soprano
*John Fryatt, tenor
*Malcolm King, baixo

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Eu também já fui jovem, Rattle
Eu também já fui jovem, Rattle

Carlinus (revalidado por PQP)

Tchaikovsky: The Complete Orchestral Suites – Neeme Järvi Detroit SO CHANDOS 1998

Tchaikovsky é um compositor surpreendente. Quando achamos que já ouvimos todos os seus top hits e isso nos basta, eis que ele vem com ares novos, mostrando que na verdade o buraco é mais embaixo. Não duvide, Tchaikovsky é um compositor de primeiríssima grandeza, coisa fina.

Ele compôs 4 suites para orquestra (pensou em Bach?), destinadas principalmente à dança, mas sem um roteiro determinado, o que talvez tenham feito delas obras pouco visitadas, se comparadas com as suites de seus ballets com libreto. Eu mesmo cheguei a escutá-las, esporadica e espaçadamente, em alguns programas da Rádio Cultura de SP. Sempre me chamaram a atenção, mas a indústria fonográfica não lhes deu muito crédito. Eis que a internet fez aflorar estas pérolas: requintadíssimas no quesito orquestração, irresistíveis com seus ritmos russos, e uma verve melódica espantosa – aliás, que talento tinha esse cara para compor melodias! E, pasmem, a Suite no.1 começa com nada mais nada menos que uma Fuga, e das cabeludas. É realmente de se espantar: Tchaikovsky? Fuga? preciso ouvir isso!

Claro, não tem o mesmo apelo dramático que seus ballets ou sinfonias, são, neste quesito, bem mais modestas, mas… que música! A suite no.4 é uma homenagem, à sua maneira, do compositor que ele mais gostava, Mozart, e é de uma espontaneidade contagiante. Resumo: Imperdível.

Piotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893)
CD1
Orchestral Suite no.1 in D major op.43
Orchestral Suite no.2 in C major op.53
CD2
Orchestral Suite no.3 in G major op.55
Orchestral Suite no.4 in G major op.61 “Mozartiana”

Detroit Symphony Orchestra
Neeme Järvi
CHANDOS, 1998

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Arquivo FLAC (sem perda de qualidade), 624Mb

CHUCRUTEN

Felix Mendelssohn (1809-1847): The Piano Trios / Works for Cello & Piano

Felix Mendelssohn (1809-1847): The Piano Trios / Works for Cello & Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em janeiro deste ano de 2017, tive a felicidade de ver este trio em ação no Wigmore Hall interpretando o Notturno e os Trios Op. 99 e 100 de Schubert. Foi uma noite inesquecível. Quando começou o recital, eu e minha mulher — que é violinista de primeira linha — tomamos um susto. Quem eram aqueles caras tão perfeitos, integrados, cantantes, seguros e sem estrelismo, que valorizam cada nota? Bem, eram Lucy Gould (violino), Alice Neary (cello) e Benjamin Frith (piano). Comprei um CD deles no intervalo e soube que Lucy Gould era apenas a spalla da Chamber Orchestra of Europe e que seus dois companheiros eram no mesmo calibre. Seu trio já tem 25 anos. Minha mulher disse que foi o melhor Schubert que já ouviu na vida e o mesmo digo eu. No final, fui pedir autógrafos dos músicos no meu CD com os Trios de Mendessohn, este CD que lhes mostro. Devo ter dito coisas muito boas, porque ganhei as assinaturas de todos e, de Lucy — que toca num Guarnierius — , mais um CD com o Trio Arquiduque.

Felix Mendelssohn (1809-1847): The Piano Trios; Works for Cello & Piano

Piano Trio No. 1 in D minor, Op. 49
1 Molto allegro agitato 9:16
2 Andante con moto tranquillo 6:19
3 Scherzo 3:41
4 Finale 8:34

5 Variations Concertantes for Cello & Piano in D major, Op. 17 9:10

Piano Trio No. 2 in C minor, Op. 66
6 Allegro energico e con fuoco 10:46
7 Andante espressivo 6:39
8 Scherzo 3:33
9 Finale 7:34

10 Albumblatt for Piano in E minor, Op. 117 2:01

11 Song Without Words for Cello & Piano in D minor, Op. 109 4:53

The Gould Piano Trio

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São perfeitos. Têm até a mesma altura, fato que percebi quando os vi no Wigmore Hall.
São perfeitos. Têm até a mesma altura, fato que percebi quando os vi no Wigmore Hall.

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971) / Witold Lutoslawski (1913-1994): Violin Concerto / Chain 2 & Partita

Igor Stravinsky (1882-1971) / Witold Lutoslawski (1913-1994): Violin Concerto / Chain 2 & Partita

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este disco de 1990 é uma joia. E é também um CD de grandes artistas celebrando a talentosa violinista Anne-Sophie Mutter. Temos o imenso Paul Sacher regendo o Concerto de Stravinsky e Witold Lutoslawski conduzindo sua própria música. Garanto-lhes que você não poderá obter performances melhores desta música em CD. Ao menos por enquanto. O conhecido Concerto de Stravinsky é a peça mais conhecida e fácil de compreender neste CD. Mutter é absurdamente brilhante neste concerto. Os Lutoslawski são mais difíceis mas nada agressivos. Eu os colocaria em algum lugar na transição entre a música erudita conservadora do século 20 conservadora e os casos mais intrincados. De qualquer maneira, o prazer de ouvir Mutter é algo.

Igor Stravinsky (1882-1971) / Witold Lutoslawski (1913-1994): Violin Concerto / Chain 2 & Partita

Igor Stravinsky (1882 – 1971)
Concerto en rPartie for violin and Orchestra
1) 1. Toccata [5:51]
2) 2. Aria I [4:09]
3) 3. Aria II [5:13]
4) 4. Capriccio [5:49]
Anne-Sophie Mutter
Philharmonia Orchestra
Paul Sacher

Witold Lutoslawski (1913 – 1994)
Partita (for Violin and Orchestra)
5) 1. Allegro giusto [4:14]
6) 2. Ad libitum [1:12]
7) 3. Largo [6:22]
8) 4. Ad libitum [0:47]
9) 5. Presto [3:51]
Anne-Sophie Mutter
Phillip Moll
BBC Symphony Orchestra

Witold Lutoslawski
Chain 2 Dialogue for Violin and Orchestra
10) 1. Ad libitum [3:48]
11) 2. A battuta [4:58]
12) 3. Ad libitum [4:58]
13) 4. A battuta – Ad libitum – A battuta [4:27]
Anne-Sophie Mutter
BBC Symphony Orchestra
Witold Lutoslawski

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Anne-Sophie Mutter em pode especial para o PQP Bach
Anne-Sophie Mutter em pose especial para o PQP Bach

PQP

.: intermezzo:. Carla Bley – The Lost Chords Find Paolo Fresu

.: intermezzo:. Carla Bley – The Lost Chords Find Paolo Fresu

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este é um CDs mais baixados do PQP Bach em todos os tempos. E merece. Tenho pouco a dizer. É um dos melhores discos de jazz que já ouvi. Mesmo. The Lost Chords Find Paolo Fresu é uma obra-prima desta tremenda compositora, pianista, arranjadora, band leader e dona do espetacular grupo The Lost Chords. Notável a elegância e sofisticação de lady Bley, aqui aos 71 anos, idade que tinha quando do lançamento do disco. Aqui, Carla Bley deixa inteiramente de lado seu humor anárquico e, tendo convidado o extraordinário trompetista italiano Paolo Fresu — uma das maiores revelações do jazz atual — , expõe inesperado e melancólico lirismo.

Se um dia eu chegasse à conclusão que não teria mais tempo ou disposição para seguir no PQP, este álbum seria uma bela despedida; mas ainda não penso nisso, pois acho que ainda devo auxiliar os melhores acordes perdidos a encontrar os mais compreensivos ouvidos.

(Os antigos ouvintes dos Beatles reconhecerão I want you (She`s so heavy) na faixa 4. Descubram lá!)

Carla Bley: The Lost Chords Find Paolo Fresu

1. One Banana 8:29
2. Two Banana 6:37
3. Three Banana 3:50
4. Four 4:51
5. Five Banana 7:51
6. One Banana More 1:23
7. Liver Of Life 7:13
8. Death Of Superman / Dream Sequence#1 – Flying 7:50
9. Ad Infinitum 7:42

Paolo Fresu: trumpet, flugelhorn
Andy Sheppard: soprano and tenor saxophones
Carla Bley: piano
Steve Swallow: bass
Billy Drummond: drums.

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E como procuraram Fresu antes de encontrá-lo!
E como procuraram Fresu antes de encontrá-lo!

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): As Seis Partitas (versão de João Carlos Martins)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): As Seis Partitas (versão de João Carlos Martins)

Confesso minha decepção. Adorava, amava e fantasiava com estas Partitas — as obras para teclado que mais gosto de Bach ao lado das Goldberg, do Concerto Italiano e dos Cravos Bem Temperados — tocadas pelo João Carlos Martins. Eu as tenho em vinil, mas por pura preguiça sempre as “tocava” dentro de minha cabeça mesmo. Talvez por ouvir tantas outras versões, não mantive intacta a interpretação de Martins na minha jukebox privada, antes deixei-a mais viva e melhor. Era a gravação ideal. Ledo engano. Agora, hoje, voltando à realidade, ouvi uma boa gravação, consistente e nada mais. Digo tudo isso sem o menor revanchismo contra o amigo de Paulo Maluf cuja prisão um dia foi decretada por crimes contra a ordem tributária.

Ah, na Sarabanda da Suíte Nº 6 há um problema qualquer, em um minuto passa. Tenho também desconfianças sobre a ordem dos movimentos desta mesma suíte, mas não revisei. Mesmo assim, vale tranquilamente o download.

Sobre estas Partitas, repito: dentre os pianistas, ainda fico com Tatiana Nikolayeva e Angela Hewitt. Melhor ainda é ouvir Trevor Pinnock ao cravo. A versão presente aqui no PQP Bach e da qual devemos fugir é a de Scott Ross, que é realmente péssima.

As Seis Partitas para Cravo – Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

No.1 BWV 825 in B flat Major
01 – Praeludium
02 – Allemande
03 – Corrente
04 – Sarabande
05 – Menuet I & II
07 – Gigue

No.2 BWV 826 in C minor
01 – Sinfonia
02 – Allemande
03 – Courante
04 – Sarabande
05 – Rondeaux
06 – Capriccio

No.3 BWV 827 in A minor
01 – Fantasia
02 – Allemande
03 – Corrente
04 – Sarabande
05 – Burlesca
06 – Scherzo
07 – Gigue

No.4 BWV 828 in D Major
01 – Ouverture
02 – Allemande
03 – Courante
04 – Aria
05 – Sarabande
06 – Menuet
07 – Gigue

No.5 BWV 829 in G Major
01 – Praeambulum
02 – Allemande
03 – Corrente
04 – Sarabande
05 – Tempo di Minuetto
06 – Passepied
07 – Gigue

No.6 BWV 830 in E minor
01 – Toccata
02 – Allemande
03 – Corrente
04 – Air
05 – Sarabande
06 – Tempo di Gavotta
07 – Gigue

Piano: João Carlos Martins

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PQP

Wieniawski: Violin Concertos 1 & 2, Legend op.17; Sarasate: Zigeunerweisen – Gil Shaham, Foster, LSO DG 1991

Estes concertos são considerados, ao lado dos de Paganini, os carros-chefe do repertório virtuoso dos violinistas. Com efeito, são concertos dificílimos. Mas para quem não é violinista, ou não tem uma predileção especial pelo violino, são bem chatos. Tem lá seus bons momentos, mas foram escritos por um violinista e não por um compositor, então o virtuosismo se sobressai ao material musical. Nada contra. Apenas acho chato, lhe falta a fluência melódica que faz de seus concorrentes (Paganini mesmo) mais interessantes.
Mas esta gravação em especial me fez gostar mais destes concertos que de costume, não sei se pela sonoridade de Shaham ou pelos tempos de Lawrence Foster, mas eles me chamaram mais a atenção, e considero isto, neste caso específico, digno de nota. E, realmente, foi uma gravação elogiadíssima na ocasião de seu lançamento. Deve ser por isso.

Aproveitem!

Henryk Wieniawski (1835-1880)
Violin Concerto no.1 in F-sharp minor op.14
Violin Concerto no.2 in D minor op.22
Légende in G minor, op.17

Pablo de Sarasate (1844-1908)
Zingaresca, op.20

Gil Shaham, violin
London Symphony Orchestra
Lawrence Foster
Deutsche Grammophon, 1991

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Arquivo FLAC (sem perda de qualidade), 340Mb

CHUCRUTEN

Amoyel, Bacri, Britten, Cassadó, Crumb, Dutilleux, Henze, Kodály, Ligeti: O Violoncelo do Século XX

Amoyel, Bacri, Britten, Cassadó, Crumb, Dutilleux, Henze, Kodály, Ligeti: O Violoncelo do Século XX

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este álbum reúne dois CDs de música moderna para violoncelo solo interpretados por Emmanuelle Bertrand. No passado recente, ambos foram lançados em separado. O primeiro disco é a estreia de Bertrand na Harmonia Mundi. Ele apresenta obras de Dutilleux, Crumb, Henze, Ligeti e Bacri. O segundo, lançado sob o título Le violoncelle parle (o violoncelo fala), inclui suítes para violoncelo solo de Britten e Cassadó e a monumental Sonata de Kodaly para violoncelo solo. Nas mãos de Bertrand, o violoncelo realmente “fala” e nos leva direto ao coração de uma linguagem ainda não compreendida por todos. “Não gostam agora? Gostarão mais tarde”, diria Beethoven. Muitas das peças foram dedicadas a Bertrand, mas damos destaque especial para Itinérance, onde a violoncelista canta — sim, com a voz. É óbvio que o compositor Pascal Amoyel sabia da bela voz da violoncelista.

Emmanuelle Bertrand – Le violoncelle au XXe siècle

Disc 1

Henri Dutilleux [1916-2013]
Trois strophes sur le nom de SACHER (1976-82)
1 I. Un poco indeciso / A tempo 4’02
2 II. Andante sostenuto 3’21
3 III. Vivace – Calmo – A tempo 3’14

Hans Werner Henze [1926-2012]
Sérénade (1949)
4 I. Adagio rubato 0’58
5 II. Poco allegretto 0’50
6 III. Pastorale 0’42
7 IV. Andante con moto. Rubato 0’59
8 V. Vivace 0’42
9 VI. Tango 1’16
10 VII. Allegro marciale 0’42
11 VIII. Allegretto 0’44
12 IX. Menuett 1’04

George Crumb [1929]
Sonate (1955)
13 I. Fantasia. Andante espressivo e con molto rubato 4’16
14 II. Tema pastorale con variazioni. Tema : Grazioso e dlicato Var. I : Un poco più animato. Var. II : Allegro possibile e sempre pizzicato. Var. III : Poco adagio e molto espressivo 5’01
15 III. Toccata. Largo e drammatico. Allegro vivace 2’31

György Ligeti [1923-2006]
Sonate (1948-53)
16 I. Dialogo. Adagio, rubato, cantabile 5’18
17 II. Capriccio. Presto con slancio – Sostenuto – Presto 5’10

Nicolas Bacri [1961]
Suite n°4 op.50 (1994-96)
dédiée à Emmanuelle Bertrand
18 I. Preludio. Adagio 4’35
19 II. Sonata gioconda. Presto volante, etc. 2’43
20 III. Intermezzo improvvisato. Adagio lamentoso 4’02
21 IV. Sonata seria. Andante maestoso 4’56

Disc 2

Benjamin Britten [1913-1976]
Suite for solo violoncello no.3 op.87 (1971) in C minor / ut mineur / e-moll
1 I. Introduzione. Lento 2’15
2 II. Marcia. Allegro 1’44
3 III. Canto. Con moto 1’20
4 IV. Barcarola. Lento 1’19
5 V. Dialogo. Allegretto 1’27
6 VI. Fuga. Andante espressivo 2’48
7 VII. Recitativo. Fantastico 1’27
8 VIII. Moto perpetuo. Presto 0’55
9 IX. Passacaglia. Lento solenne 8’32

Gaspar Cassadó [1897-1966]
Suite for solo violoncello (1926)
10 I. Preludio-Fantasia. Andante 6’06
11 II. Sardana (Danza). Allegro giusto 4’09
12 III. Intermezzo e danza finale. Lento ma non troppo 5’23

Pascal Amoyel [1971]
13 Itinérance (2003). Lento. Prégnant, du fond des âges 10’35

Zoltán Kodály [1882-1967]
Sonata for solo violoncello op.8 (1915)
14 I. Allegro maestoso ma appassionato 9’13
15 II. Adagio 12’50
16 III. Allegro molto vivace 11’46

Nicolas Bacri [1961]
17. Suite No. 4 pour violoncelle seul, Op. 50: V. Postludio – Adagio (2:36)

Emmanuelle Bertrand, violoncelo e também voz em Itinérance

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Emmanuelle Bertrand: intimidade com o século XX
Emmanuelle Bertrand: intimidade com o século XX

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971): Scherzo fantastique / Apollon Musagète / Suíte Pássaro de Fogo

Igor Stravinsky (1882-1971): Scherzo fantastique / Apollon Musagète / Suíte Pássaro de Fogo

O Scherzo fantastique, op. 3, foi composto em 1908 e é o segundo trabalho orquestral de Igor Stravinsky. Foi precedido por sua única Sinfonia composta na Rússia,

Apollon Musagète (Apolo, líder das Musas) é um bailado em duas cenas de Igor Stravinsky, encomendado por Elizabeth Sprague Coolidge e composto entre 1927 e 1928. Na década de 1950 o título da obra foi abreviado para Apollo.

L’Oiseau de feu (em português: O Pássaro de Fogo) é um ballet de Igor Stravinsky de 1910 baseado nos contos populares russos sobre um pássaro mágico brilhante que é tanto uma bênção como uma perdição para o seu captor.

O homem era um gênio e tem uma obra imensa e incontornável, Chailly e o Concertgebouw estão esplêndidos, mas achei estranha a colocação das obras dentro do CD. Meus ouvidos e os de vocês notarão que Apollon é uma obra muito mais recente com as cordas do período neoclássico de Strava. Então a gente vai de 1908 para 1947 e volta a 1910. Tudo bem. Vale muito a audição.

Stravinsky 1882-1971): Scherzo fantastique / Apollon Musagete / Suíte Pássaro de Fogo

1 Stravinsky: Scherzo fantastique, Op.3 12:07

2 Apollon Musagète (1947 Version) – 1. Birth Of Apollo 4:39
3 Apollon Musagète (1947 Version) – 2. Variation Of Apolllo (Apollo And The Muses) 3:10
4 Apollon Musagète (1947 Version) – 3. Pas D’action (Apollo And The 3 Muses) 4:32
5 Apollon Musagète (1947 Version) – 4. Variation Of Calliope (The Alexandrine) 1:26
6 Apollon Musagète (1947 Version) – 5. Variation Of Polyhymnia 1:18
7 Apollon Musagète (1947 Version) – 6. Variation Of Terpsichore 1:34
8 Apollon Musagète (1947 Version) – 7. Variation Of Apollo 2:18
9 Apollon Musagète (1947 Version) – 8. Pas De Deux (Apollo And Terpsichore) 3:55
10 Apollon Musagète (1947 Version) – 9. Coda 3:23
11 Apollon Musagète (1947 Version) – 10. Apotheosis 3:35

12 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Introduction 3:01
13 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Prelude & Dance Of The Firebird – Variations 1:26
14 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Pantomime I 0:22
15 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Pas De Deux 4:22
16 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Pantomime II 0:21
17 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Scherzo: Dance Of The Princesses 2:30
18 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Pantomime III 1:10
19 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Rondo 4:27
20 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Infernal Dance 4:23
21 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Lullaby 3:23
22 The Firebird (L’oiseau De Feu) – Suite (1945) – Final Hymn 3:13

Royal Concertgebouw Orchestra of Amsterdam
Riccardo Chailly

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Stravinsky mostrando seu pássaro de fogo
Stravinsky mostrando seu pássaro de fogo

PQP

César Franck (1822-1890): Trio em Fá sustenido menor, Op. 1 No. 1 / Maurice Ravel (1875-1937): Trio em Lá menor

César Franck (1822-1890): Trio em Fá sustenido menor, Op. 1 No. 1 / Maurice Ravel (1875-1937): Trio em Lá menor

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Duas obras-primas da música de câmara francesa, aqui com algum sotaque russo. O Trio Nº 1 de Franck é esplêndido, denso, brahmsiano, lindo, ímpar. E o que dizer do Trio de Ravel, uma das maiores músicas do repertório de câmara de todos os tempos? A gravação é ao vivo. A química entre os três músicos (S. Richter, Kagan, Gutman) era especial e têm uma guardam uma “sensação de concerto” que é bastante emocionante. São típicas das performances tardias de Richter: há salpicos de notas erradas e momentos defeituosos, mas a maneira pela qual a música é reinventada é única.

César Franck (1822-1890) – Trio em Fá sustenido menor, Op. 1 No. 1
01. I. Andante con Moto
02. II. Alegro Molto
03. III. Finale Alegro Maestoso

Maurice Ravel (1875-1937) – Trio em Lá menor
04. I. Moderee
05. II. Pantoum Assez vif
06. III. Passacaille tres large
07. IV. Anime

Sviatoslav Richter, piano
Oleg Kagan, violino
Natalia Gutman, cello

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Richter - Kagan - Gutman
Richter – Kagan – Gutman

Carlinus

Albinoni: The Complete Concertos op.9 – Ayo, Holliger, I Musici PHILIPS DUO

Esta compilação foi lançada em 1997 simultaneamente pelos selos DECCA e PHILIPS, já que a esta altura do campeonato as gravadoras começavam a abrir o bico e acabaram se fundindo (e se fudindo) em uma única, a Universal Music. E assim, o mesmo disco foi lançado de várias formas, já num prenúncio de desespero que viria a se concretizar no cenário dos anos 2000. Era o início do declínio da indústria da música clássica, segundo Norman Lebrecht.

Mas, de qualquer forma, agradecemos o fato de que todo o gigantesco acervo de meio século de gravações espetaculares foi digitalizado, podendo assim se manter acessível quando o negócio em si não se sustenta mais. E aí, gravações como esta, da década de 70 e 80, se mantém vívidas e disponíveis.

Albinoni já foi tratado aqui várias vezes por postagens magníficas, e, se o seu famoso Adagio (que inclusive consta no final deste disco, talvez para torná-lo mais vendável) é um grande embuste, pelo menos serviu para colocá-lo no cenário musical com algum respeito. E, realmente, estes concertos são bem diferentes do tal Adagio, e nos delicia com seu barroco autêntico.

A audição destes concertos, contudo, é muito curiosa: eles tem uma sonoridade que lembra muito a formação típica de Vivaldi, em alguns momentos parece Vivaldi, mas não tem os irresistíveis temas de Vivaldi, salvo algumas exceções. É como se estivéssemos ouvindo um Vivaldi sem a inspiração temática. Tirem suas conclusões.

E, nem preciso dizer, interpretação da melhor qualidade, Dream Team.
Boa audição.

Tommaso Albinoni
CD1
Concerto a 5 in B flat, Op.9, No.1 for Violin, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in D minor, Op.9, No.2 for Oboe, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in F, Op.9, No.3 for 2 Oboes, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in A ,Op.9, No.4 for Violin, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in C, Op.9, No.5 for Oboe, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in G, Op.9, No.6 for 2 Oboes, Strings, and Continuo
CD2
Concerto a 5 in D, Op.9, No.7 for Violin, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in G minor, Op.9, No.8 for Oboe, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in C, Op.9, No.9 for 2 Oboes, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in F, Op.9, No.10 for Violin, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in B flat, Op.9, No.11 for Oboe, Strings, and Continuo
Concerto a 5 in D, Op.9, No.12 for 2 Oboes, Strings,and Continuo
Adagio for Strings and Organ in G minor

Félix Ayo, violino
Heinz Holliger, oboe
Maurice Bourgue, oboe
I Musici

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Arquiva FLAC (sem perda de qualidade), 702Mb

CHUCRUTEN

In Memory Of… Classics for Funerals (Sugestões de Repertório para seu Velório)

In Memory Of… Classics for Funerals (Sugestões de Repertório para seu Velório)

IM-PER-DÍ-V…

Este álbum duplo que me caiu nas mãos é algo bastante original. In Memory Of… Classics for Funerals é uma série de highlights lentos, tristes e pouco barulhentos. A respeitada gravadora Chandos resolver perder o pudor e chamou a coletânea de Clássicos para Funerais, ou seja, se algum familiar seu morrer e você quiser colocar uma música culta e digna em honra a seu morto, aí está! Lembrem do PQP quando ouvirem a trilha no velório, por favor. É o mínimo.

A primeira faixa do disco, a Marcha Fúnebre de Chopin é tocada com orquestra e isso me incomodou. Depois, o nível da coisa sobe muito e o morto pode seguir de forma decorosa para o vazio. Há belas lembranças de obras que não relaciono com a morte — como se fizéssemos alguma coisa neste mundo que não tivesse relação com a morte! –, mas que agora, sei lá, talvez passe a relacionar. Apesar de ser uma incrível colcha de retalhos, misturando, épocas e gêneros, gostei de ouvir o disco de mais de 150 minutos.

Boa morte a todos! Coloquem música no lugar do padre! Basta de recaídas religiosas na hora da morte! É de péssimo gosto!

In Memory Of… Classics for Funerals (Sugestões de Repertório para seu Velório)

1.Frédéric Chopin Piano Sonata No. 2 in B flat minor, Op. 35, CT. 202 : Funeral March 7:05
2.Giuseppe Verdi Requiem Mass, for soloists, chorus & orchestra (Manzoni Requiem) : Agnus Dei 5:23
3.Johann Sebastian Bach Komm, süsser Tod, for voice & continuo (Schemelli Gesangbuch No. 868), BWV 478 (BC F227) 5:07
4.Gabriel Fauré Requiem, for 2 solo voices, chorus, organ & orchestra, Op. 48 : Pie Jesu 3:24
5.Edward Elgar Enigma Variations, for orchestra, Op. 36 : Nimrod 3:31
6.George Frederick Handel Messiah, oratorio, HWV 56 : I know that my redeemer liveth 6:01
7.Johann Sebastian Bach Concerto for 2 violins, strings & continuo in D minor (“Double”), BWV 1043 : Largo 6:56
8.Gabriel Fauré Pavane, for orchestra & chorus ad lib in F sharp minor, Op. 50 6:24
9.Sergey Rachmaninov Vocalise, transcription for orchestra, Op. 34/14 4:29
10.Henry Purcell Dido and Aeneas, opera, Z. 626 : When I am laid in earth 3:26
11.Jules Massenet Thaïs, opera in 3 acts : Méditation 4:51
12.Maurice Ravel Pavane pour une infante défunte, for piano (or orchestra) 6:25
13.Percy Grainger Irish Tune from County Derry (Londonderry Air), folk song for string orchestra with 2 horns ad lib. (BFMS 15) 4:22
14.Samuel Barber Adagio for strings (or string quartet; arr. from 2nd mvt. of String Quartet), Op. 11 8:25
15.Wolfgang Amadeus Mozart Requiem for soloists, chorus, and orchestra, K. 626 : Introitus 5:20
16.Jules Massenet La Vierge, sacred legend in 4 acts : Le dernier sommeil de la Vierge 3:31
17.César Franck Panis angelicus for tenor, organ, harp, cello & bass 3:47
18.Gustav Mahler Adagietto, for orchestra (from the Symphony No. 5) 10:51
19.George Frederick Handel Saul, oratorio, HWV 53 : Dead March 5:20
20.Johann Sebastian Bach St. John Passion (Johannespassion), BWV 245 (BC D2) : Ruht wohl, ihr heiligen Gebeine 6:56
21.Arvo Pärt Cantus in Memory of Benjamin Britten, for string orchestra & bell 6:18
22.Gabriel Fauré Requiem, for 2 solo voices, chorus, organ & orchestra, Op. 48 : Agnus Dei 5:49
23.William Walton Henry V, film score : Touch her soft lips and part 1:37
24.Edvard Grieg Peer Gynt Suite for orchestra (or piano or piano, 4 hands) No. 1, Op. 46 : Death of Åse 4:11
25.Johann Sebastian Bach Cantata No. 147, “Herz und Mund und Tat und Leben,” BWV 147 (BC A174) : Jesu, Joy of Man’s Desiring 3:02
26.Edward Elgar Sursum Corda, elévation for brass, organ, strings & 2 timpani in B flat major, Op. 11 7:11
27.Ludwig van Beethoven Symphony No. 3 in E flat major (“Eroica”), Op. 55 : Marcia funebre 15:05

A relação com os artistas envolvidos:

Disc: 1

1. Funeral March From Op.35 – BBC Philharmonic
2. Agnus Dei – Richard Hickox
3. Komm Susse Tod – BBC Philharmonic
4. Pie Jesu – Libby Crabtree
5. ‘Nimrod’ – Alexander Gibson
6. ‘I Know That My Redeemer Liveth’ – Joan Rodgers
7. Largo – Simon Standage
8. Pavane – BBC Philharmonic
9. Vocalise – Detroit Symphony Orchestra
10. ‘When I Am Laid In Earth’ – Emma Kirby
11. ‘Meditation’ – Yuri Torchinsky
12. Pavane Pour Une Infante Defunte – Louis Lortie
13. Irish Tune – BBC Philharmonic
14. Adagio For Strings, Op.11 – Neeme Jarvi

Disc: 2

1. Introitus – Choir Of Saint John’s College
2. ‘Le Dernier Sommeil De La Vierge – BBC Philharmonic
3. Panis Angelicus – BBC Philharmonic
4. Adagietto – Neeme Jarvi
5. ‘Dead March’ – BBC Philharmonic
6. ‘Ruht Wohl, Ihr Heiligen Gebeine’ – Harry Christophers
7. Cantus-In Memory Of Benjamin Britten – Neeme Jarvi
8. Agnus Dei – City Of Birmingham Symphony Chorus
9. ‘Touch Her Soft Lips And Part’ – Richard Hickox
10. ‘Death Of Ase’ – Vernon Handley
11. ‘Jesu, Joy Of Man’s Desiring’ – Michael Austin
12. Sursum Corda, Op.11 – Bournemouth Sinfonietta
13. Marcia Funebre – Walter Weller

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O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman: joguinho de xadrez com a morte
O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman: joguinho de xadrez com a morte

PQP

William Boyce (1711-1779): Solomon: A Serenata

William Boyce (1711-1779): Solomon: A Serenata

Muita gente fala na longa hibernação da música inglesa. Ela teria começado com a morte de Purcell e seu sono apenas teria acabado quando do aparecimento de Britten. Dizer isso é um pouco exagerado, mas é o que se diz por aí. Boyce foi um londrino cuja música foi muito pouco executada após sua morte e que hoje experimenta um tímido renascimento. De certa forma, o cadáver pôs a mão para fora do caixão. Boyce escreveu muito. Há oito sinfonias e muitíssima música sacra. Solomon: A Serenata é boa música, ultra influenciada pela sombra gigantesca de Handel, mas sem a magia deste. É uma boa diversão. os cantores e instrumentistas são fantásticos. Roy Goodman e The Parley of Instruments estão (são) esplêndidos.

William Boyce (1711-1779): Solomon: A Serenata

1. A Seranata: Part 1: Ouverture (Largo – Allegro – Larghetto)
2. A Seranata: Part 1: Chorus – Behold, Jerusalem, behold thy king
3. A Seranata: Part 1: Recitative – From the mountains, lo! he comes (She)
4. A Seranata: Part 1: Air – Tell me, lovely shepherd (She)
5. A Seranata: Part 1: Air – Fairest of the virgin throng (He)
6. A Seranata: Part 1: Recitative – As the rich apple, on whose boughs (She)
7. A Seranata: Part 1: Air – Beneath his ample shade I lay (She)
8. A Seranata: Part 1: Recitative – Who quits the lily’s fleecy white (He)
9. A Seranata: Part 1: Air – Balmy sweetness, ever flowing (He)
10. A Seranata: Part 1: Recitative – Let not my prince his slave despise; Air – Ah Simple Me! My own, more dear (She)
11. A Seranata: Part 1: Air – Fair and comely is my love (He)
12. A Seranata: Part 1: Recitative – Forbear, O charming swain, forbear! (She)
13. A Seranata: Part 1: Air – Fill with cooling juice the bowl! (She)
14. A Seranata: Part 2: Sinfonia
15. A Seranata: Part 2: Recitative – The cheerful spring begins today; Air – Arise, my fair, and come away (He and She)
16. A Seranata: Part 2: Duet – Together let us range the fields (He and She)
17. A Seranata: Part 2: Recitative – How lovely art thou to the sight (He)
18. A Seranata: Part 2: Air – Let me love, thy bole ascending (He)
19. A Seranata: Part 2: Recitative – O, that a sister’s specious name (She)
20. A Seranata: Part 2: Air – Soft, I adjure you, by the fawns (She)
21. A Seranata: Part 2: Recitative – My fair’s a garden of delight (He)
22. A Seranata: Part 2: Air and Chorus – Soflty rise, O southern breeze! (He)
23. A Seranata: Part 3: AriosoArise, my fair, the doors unfold (He and She)
24. A Seranata: Part 3: Recitative – Obedient to thy voice I hie (She)
25. A Seranata: Part 3: Air – Ye blooming virgins, as ye rove (She)
26. A Seranata: Part 3: Chorus Of Virgins – Who is thy love, O charming maid!
27. A Seranata: Part 3: Air – On his face the vernal rose (She)
28. A Seranata: Part 3: Arioso – This, O ye virgins (She)
29. A Seranata: Part 3: Recitative – Sweet nymph, whom ruddier charms addorn (He)
30. A Seranata: Part 3: Recitative – O take me! stamp me on thy breast! (She)
31. A Seranata: Part 3: Duet and ChorusThou – Thou soft invader of the soul! – In vain we trace the globe (He and She)

Bronwen Mills
Howard Crook
The Parley of Instruments
Roy Goodman

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Nós não chyegamos a fazer questão de beleza, mas tem gente que enfeia os posts, né, seu Boyce?
Nós não chegamos a fazer questão de beleza, mas tem gente que enfeia os posts, né, seu Boyce?

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Os Concertos de Brandenburgo (Collegium Aureum)

J. S. Bach (1685-1750): Os Concertos de Brandenburgo (Collegium Aureum)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vou-lhes contar uma coisa: na minha opinião, esta é a melhor versão dos Concertos de Brandenburgo que já ouvi. Mas tenho de lhes contar outra coisa: este foi, em 1973 0u 74, o primeiro disco de música erudita que comprei. Tinha 16 ou 17 anos. É claro que os fatos devem estar ligados. Quando comprei aquele belíssimo álbum duplo importado de uma tal Deutsche Harmonia Mundi que me custara os olhos da cara, jamais imaginaria que ele me acompanharia por tanto tempo. E é realmente uma gravação extraordinária. Liderado pelo violinista Franzjosef Maier e tendo a seu serviço o cravista Gustav Leonhardt, o Collegium Aureum e a Harmonia Mundi alemã me mostravam um mundo de sonoridade diferente daquela que meu pai (ou padrasto, sei lá, pois não sou filho de Bach?) ouvia em casa. O segredo estava escrito na capa em letras amarelas: auf Originalinstrumenten, com instrumentos originais. Ainda hoje ouço esta gravação e a tenho como a melhor. Já a submeti a vários músicos, que ficaram entre a surpresa e o encanto. Se estou no mesmo caso da propaganda do primeiro sutiã? (A primeira vez a gente nunca esquece…) Talvez, mas ouçam antes. O registro é de 1969.

Uma curiosidade: Franzjosef Maier foi professor e o principal mentor de Reinhard Goebel, o fundador e líder do Musica Antiqua de Köln.

Recomendo fortemente!!! Para ouvir e comprar!!!

J. S. Bach (1685-1750): Os Concertos de Brandenburgo (Collegium Aureum)

CD1:

1. Brandenburg Concertos: Concerto No. I In F Major: Allegro
2. Brandenburg Concertos: Concerto No. I In F Major: Adagio
3. Brandenburg Concertos: Concerto No. I In F Major: Allegro
4. Brandenburg Concertos: Concerto No. I In F Major: Menuetto

5. Brandenburg Concertos: Concerto No. II In F Major: Allegro
6. Brandenburg Concertos: Concerto No. II In F Major: Andante
7. Brandenburg Concertos: Concerto No. II In F Major: Allegro Assai

8. Brandenburg Concertos: Concerto No. III In G Major: Allegro
9. Brandenburg Concertos: Concerto No. III In G Major: Adagio
10. Brandenburg Concertos: Concerto No. III In G Major: Allegro

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CD2:

11. Brandenburg Concertos: Concerto No. IV In G Major: Allegro
12. Brandenburg Concertos: Concerto No. IV In G Major: Andante
13. Brandenburg Concertos: Concerto No. IV In G Major: Presto

14. Brandenburg Concertos: Concerto No. V In D Major: Allegro
15. Brandenburg Concertos: Concerto No. V In D Major: Affettuoso
16. Brandenburg Concertos: Concerto No. V In D Major: Allegro

17. Brandenburg Concertos: Concerto No. VI In B Major: Allegro
18. Brandenburg Concertos: Concerto No. VI In B Major: Adagio ma non tanto
19. Brandenburg Concertos: Concerto No. VI In B Major: Allegro

Collegium Aureum
Franzjosef Maier (Violino e regência)
Gustav Leonhardt (Solista no Concerto Nº 5 e baixo contínuo nos outros)

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O violinista e Franzjosef Maier
O violinista e Konzertmeister Franzjosef Maier

PQP

Erik Satie (1866-1925): Socrate, hino e melodias

Erik Satie (1866-1925): Socrate, hino e melodias

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um CD de qualidade extraordinária tendo como estrela o soprano Barbara Hannigan. Como 2016 foi o ano do 150º aniversário de nascimento de Erik Satie, Barbara Hannigan e Reinbert de Leeuw apresentam, com grande intensidade expressiva, o mundo sonoro fascinante deste compositor e pianista francês. Hannigan e Leeuw nos permitem descobrir e experimentar composições vocais quase esquecidas de Satie: Trois Mélodies, Trois Autres Mélodies e Hymne. O trabalho principal e título do álbum é a composição Socrate composta por três partes – Portrait de Socrate, Les Bords d’Illissus e Mort de Socrate: música que soa clara, transparente e frágil.

Hannigan e Leeuw durante um papo no jardim
Hannigan e Leeuw durante um papo no jardim

Erik Satie (1866-1925): Socrate, hino e melodias

01. Trois Melodies: Les Anges
02. Trois Melodies: Elegie
03. Trois Melodies: Sylvie
04. Trois Autres Melodies: Chanson
05. Trois Autres Melodies: Chanson medievale
06. Trois Autres Melodies: Les fleurs
07. Hymne
08. Socrate: Portrait de Socrate
09. Socrate: Les Bords d’illissus
10. Socrate: Mort de Socrate

Barbara Hannigan, soprano
Reinbert De Leeuw, piano

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Barbara Hannigan penteia-se para encontrar os fãs de nosso blog
Barbara Hannigan penteia-se para encontrar seus fãs de nosso blog

PQP

Prokofiev: Piano Concerto No. 3 / Tchaikovsky: Piano Concerto No. 1 (Behzod Abduraimov)

Prokofiev: Piano Concerto No. 3 / Tchaikovsky: Piano Concerto No. 1 (Behzod Abduraimov)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O uzbeque Behzod Abduraimov (1990) interpreta magnífica, fantasticamente dois dos mais populares concertos para piano russos: o terceiro de Prokofiev e o primeiro de Tchaikovsky. A coisa é e-mo-cio-nan-te. O Concerto Nº 3 de Prokofiev foi a peça com a qual Behzod Abduraimov entrou em cena em uma performance vitoriosa no Concurso Internacional de Piano em Londres. A interpretação é eletrizante e de absurdo controle técnico. Junto a Prokofiev está o primeiro concerto de Tchaikovsky. Para mim, a coisa perde um pouco de graça, mas é impossível não curvar-se a Abduraimov e ao maestro eslovaco Juarj Valcuha, principal regente na Orquestra da RAI Turim. Entre os concertos temos uma rara e virtuosística transcrição para piano do Pas de Quatre (Dança dos Quatro Cisnes) de O Lago dos Cisnes.

Prokofiev: Piano Concerto No. 3 / Tchaikovsky: Piano Concerto No. 1 (Behzod Abduraimov)

Prokofiev – Piano Concerto No. 3 in C, Op. 26
1. I Andante – Allegro
2. II Tema con variazione
3. III Allegro ma non troppo

Tchaikovsky – Swan Lake, Op.20, TH. 12: Dance Of The Four Swans
4. Dance of the Four Swans, Pas de Quatre from Swan Lake

Tchaikovsky – Piano Concerto No. 1 In B Flat Minor, Op. 23
5. I Allegro non troppo e molto maestoso – Allegro con spirito
6. II Andantino semplice – Prestissimo – Tempo I
7. III Allegro con fuoco

Behzod Abduraimov (piano)
Orchestra Sinfonica Nazionale della RAI
Juarj Valcuha (conductor)

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Behzod Abduraimov: um monstro
Behzod Abduraimov: um monstro

PQP

The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 4, 5 e 6 de 27)

The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 4, 5 e 6 de 27)

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Toda a série está aqui, ó.

CD 4

Sinfonia Nº 7, Op. 60, Leningrado (1941)

De história riquíssima, a Sinfonia Nº 7 – dedicada à resistência da cidade de Leningrado cercada pelos nazistas – deve sua celebridade a uma transmissão de rádio feita para a cidade devastada e sitiada. Ela auxiliou as autoridades soviéticas a elevar o moral em Leningrado e no país. Várias outras performances foram programadas com intenções patrióticas na União Soviética e na Europa. Não é melhor sinfonia de Shostakovich, nem perto. A notável Sinfonia Nº 11, tão superior à sétima, é tão mais eficiente como musica programática de conteúdo histórico, que torna falso qualquer grande elogio à Sétima. De qualquer maneira, é esplêndido o primeiro movimento que descreve a marcha nazista. Também é importante salientar o equívoco do grande público que vê resistência e patriotismo numa obra sobre a devastação e a morte. Mas, como diria Lênin, o que fazer?

Symphony No. 7 in C major Op. 60 “Leningrad”
1. Allegretto
2. Moderato (poco allegretto)
3. Adagio
4. Allegro non troppo

WDR Sinfonieorchester,
Rudolf Barshai

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CD 5

Sinfonia Nº 8, Op. 65 (1943)

Esta enormidade musical é também muito admirada, mas é música que, apesar de não ser nada má, perderá para suas irmãs gêmeas compostas depois, dentro do mesmo espírito. Gosto muito da beleza austera do quarto movimento em 12 variações – uma passacaglia – e também dos dois primeiros, com destaque para o divertido diálogo entre o piccolo, o clarinete e o fagote do scherzo. O terceiro movimento, de efeito fácil e heróico, é divertido, mas tem aquela melodia entoada pelo trompete que… Sei lá, acho estranho uma sinfonia com dois Scherzi.

Symphony No. 8 in C minor Op. 65
1. Adagio. Allegro ma non troppo. Allegro. Adagio
2. Allegretto
3. Allegro non troppo
4. Largo
5. Allegretto. Allegro. Adagio. Allegretto. Andante

WDR Sinfonieorchester,
Rudolf Barshai

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CD 6

Sinfonia Nº 9, Op. 70 (1945)

Desde Schubert, com sua Sinfonia Nº 9 “A Grande”, passando pela Nona de Beethoven e pelas nonas de Bruckner e Mahler, que espera-se muito das sinfonias Nº 9. Há até uma maldição que fala que o compositor morre após a nona, o que, casualmente ou não, ocorreu com todos os citados menos Shostakovitch. Esta sinfonia – por ser a “Nona” – foi muito aguardada e, bem, digamos que não seria Shostakovitch se ele não tivesse feito algo inesperado.

Leonard Bernstein ria desta partitura, cujas muitas citações formam um todo no mínimo sarcástico. O compositor declarou que faria uma música que expressaria “a luta contra a barbárie e grandeza dos combatentes soviéticos”, mas os severos críticos soviéticos, adeptos do realismo socialista, foram mais exatos e apontaram que a obra seria debochada, irônica e de influência stravinskiana. Bingo! Na verdade é uma das composições mais agradáveis que conheço. O material temático pode ser bizarro e bem humorado (primeiro e terceiro movimentos), mas é também terno e melancólico (segundo e largo introdutório do quarto), terminando por explodir numa engraçadíssima coda. Barshai dá um andamento bastante lento e original à coda. Stálin assistiria e assistiu à estreia de uma Nona grandiosa…

Apesar dos cinco movimentos, é uma sinfonia curta, muito parecida em espírito com a primeira sinfonia “Clássica” de Prokofiev e com a Sinfonia “Renana” de Schumann, também em cinco movimentos.

Sinfonia Nº 10, Op. 93 (1953)

Este monumento da arte contemporânea mistura música absoluta, intensidade trágica, humor, ódio mortal, tranqüilidade bucólica e paródia. Tem, ademais, uma história bastante particular.

Em março de 1953, quando da morte de Stalin, Shostakovich estava proibido de estrear novas obras e a execução das já publicadas estava sob censura, necessitando autorizações especiais para serem apresentadas. Tais autorizações eram, normalmente, negadas. Foi o período em que Shostakovich dedicou-se à música de câmara e a maior prova disto é a distância de oito anos que separa a nona sinfonia desta décima. Esta sinfonia, provavelmente escrita durante o período de censura, além de seus méritos musicais indiscutíveis, é considerada uma vingança contra Stalin. Primeiramente, ela parece inteiramente desligada de quaisquer dogmas estabelecidos pelo realismo socialista da época. Para afastar-se ainda mais, seu segundo movimento – um estranho no ninho, em completo contraste com o restante da obra – contém exatamente as ousadias sinfônicas que deixaram Shostakovich mal com o regime stalinista. Não são poucos os comentaristas consideram ser este movimento uma descrição musical de Stálin: breve, é absolutamente violento e brutal, enfurecido mesmo, e sua oposição ao restante da obra faz-nos pensar em alguma segunda intenção do compositor. (Chego a pensar que, se este movimento fosse apresentado aos jogadores de Parreira, antes do jogo contra a França, trucidaríamos Zidane com ou sem cabeçadas e Roberto Carlos lembraria de qualquer coisa, menos de suas meias…) Para completar o estranhamento, o movimento seguinte é pastoral e tranqüilo, contendo o maior enigma musical do mestre: a orquestra pára, dando espaço para a trompa executar o famoso tema baseado nas notas DSCH (ré, mi bemol, dó e si, em notação alemã) que é assinatura musical de Dmitri SCHostakovich, em grafia alemã. Para identificá-la, ouça o tema executado a capela pela trompa. Ele é repetido quatro vezes. Ouvindo a sinfonia, chega-nos sempre a certeza de que Shostakovich está dizendo insistentemente: Stalin está morto, Shostakovich, não. O mais notável da décima é o tratamento magistral em torno de temas que se transfiguram constantemente.

Symphony No. 9 in E flat major Op. 70
1. Allegro
2. Moderato. Adagio
3. Presto
4. Largo
5. Allegretto. Allegro

Symphony No. 10 in E minor Op. 93
1. Moderato
2. Allegro
3. Allegretto
4. Andante. Allegro
WDR Sinfonieorchester,
Rudolf Barshai

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Shostakovich
Shostakovich

PQP

.: interlúdio :. Charlie Haden & Gonzalo Rubalcaba: Tokyo Adagio

.: interlúdio :. Charlie Haden & Gonzalo Rubalcaba: Tokyo Adagio

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Charlie Haden é o baixista Charlie Haden, um dos maiores nomes do jazz de todos os tempos, infelizmente falecido em julho de 2014. Gonzalo Rubalcaba é um esplêndido pianista cubano. Juntos, eles gravaram este Tokyo Adagio, uma calma e quente flanada sobre alguns temas próprios e outros velhos conhecidos nossos. O resultado é uma conversa suave entre dois amigos — um talentoso pianista de coração romântico, e um baixista que teve a generosidade e empatia para ajudá-lo a cantar. O que eles criam é pura poesia. Rubalcaba nunca é menos que impressionante aqui. Depois da audição você volta a ficar grato por este registro ter acontecido e por ter havido como Charlie Haden andando em nosso planeta.

Charlie Haden & Gonzalo Rubalcaba – Tokyo Adagio

1. En La Orilla Del Mundo (The Edge Of The World) (9:04)
2. My Love And I (11:54)
3. When Will The Blues Leave (8:29)
4. Sandino (5:47)
5. Solamente Una Vez (You Belong To My Heart) (9:11)
6. Transparence (7:18)

Charlie Haden, bass
Gonzalo Rubalcaba, piano

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Gonzalo Rubalcaba e Charlie Haden
Gonzalo Rubalcaba e Charlie Haden

PQP

J. S. Bach (1685-1750): As Suítes para Violoncelo (Isserlis)

J. S. Bach (1685-1750): As Suítes para Violoncelo (Isserlis)

Claro que a versão de Steven Isserlis é boa, mas o problema é que lhe falta aquela dose de transcendência difícil de se caracterizar e que nos é passada através de pequenos detalhes de fraseado e acentuação. Com uma interpretação menos profunda e concentrada do que a de, por exemplo, Queyras e Cocset, Isserlis toca todas as notas, mas sua versão ainda parece estar aquém da maturação. Porém, posso estar errado, talvez muito errado. Então, digo para os pequepianos ouvirem esta gravação das Suítes de Bach a fim de formarem suas próprias opiniões.

J. S. Bach (1685-1750): As Suítes para Violoncelo (Isserlis)

Disc: 1
1. Prelude (Suite #1 in G major)
2. Allemande
3. Courante
4. Sarabande
5. Menuet I – Menuet II
6. Gigue

7. Prelude (Suite # 2 in D minor)
8. Allemande
9. Courante
10. Sarabande
11. Menuet I – Menuet II
12. Gigue

13. Prelude (Suite # 3 in C major)
14. Allemande
15. Courante
16. Sarabande
17. Bouree I – Bouree II
18. Gigue

19. Prelude (Suite # 4 in E flat major)
20. Allemande
21. Courante
22. Sarabande
23. Bourree I – Bourree II
24. Gigue

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Disc: 2
1. Prelude (Suite # 5 in C minor)
2. Allemande
3. Courante
4. Sarabande
5. Gavotte I – Gavotte II
6. Gigue

7. Prelude (Suite # 6 in D major)
8. Allemande
9. Courante
10. Sarabande
11. Gavotte I – Gavotte II
12. Gigue

13. The Song of the Birds (Catalan folksong- arranged by Sally Beamish)

14. Prelude from Suite # 1 (from Anna Magdalena manuscript)
15. Prelude from Suite # 1 (from the John Peter Kellner manuscript)
16. Prelude from Suite # 1 (from the collection of Johann Christoph)

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Steven Isserlis, violoncelo

Steven Isserlis
Steven Isserlis: tá assustado, meu?

PQP

.: interlúdio :. The Bad Plus Joshua Redman

.: interlúdio :. The Bad Plus Joshua Redman

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em 2012, The Bad Plus convidou o saxofonista Joshua Redman para se juntar a eles por uma semana de performances no Blue Note em Nova York. Foi um estrondoso sucesso. Filas e mais filas de pessoas entusiasmadas que obrigaram o grupo a se reunir outras vezes no local e fora dele. Foram feitos uns para os outros. Mas apenas em 2014 entraram nos estúdio da Nonesuch para gravar seu álbum de “estreia”. Sete das nove faixas são composições inéditas. Apenas Dirty Blonde e Silence Is the Question, são novos arranjos de favoritos do Bad Plus. Redman disse que “tocar o Bad Plus me permitiu explorar uma parte da minha música e minha herança musical que eu nunca tinha acessado com qualquer outro grupo. A aventura com é como estar num liquidificador. O trio me empurra para as margens e me atrai para o núcleo”.

The Bad Plus Joshua Redman

01 – As This Moment Slips Away
02 – Beauty Has It Hard
03 – County Seat
04 – The Mending
05 – Dirty Blonde
06 – Faith Through Error
07 – Lack The Faith But Not The Wine
08 – Friend Or Foe
09 – Silence Is The Question

Reid Anderson – bass
Ethan Iverson – piano
David King – drums
Joshua Redman – tenor saxophone

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The Bad plus Joshua Redman
The Bad plus Joshua Redman

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Frédéric Chopin (1810-1849): 4 Scherzi – 4 Impromptus

Frédéric Chopin (1810-1849): 4 Scherzi – 4 Impromptus

chopin szidon

Quando eu era criança em Porto Alegre, Roberto Szidon era nosso orgulho. Na área da cultura, era dos poucos porto-alegrenses famosos em âmbito mundial. E ele era bom mesmo. Andou por longo tempo sumido na Alemanha e morreu em 2011, aos 70 anos, quando pretendia voltar a dar recitais na cidade. Meu pai tinha todos os seus discos e, pianista amador, tentava imitá-lo no instrumento.

Foi um grande artista . Especialista não apenas em Villa-Lobos como no repertório romântico. Era artista da DG.

Frédéric Chopin (1810 – 1849): 4 Scherzi – 4 Impromptus

1. Scherzo No.1 in B minor, Op.20 10:49
2. Scherzo No.2 in B flat minor, Op.31 10:54
3. Scherzo No.3 in C sharp minor, Op.39 8:23
4. Scherzo No.4 in E, Op.54 11:26

5. Impromptu No.1 in A flat, Op.29 4:21
6. Impromptu No.2 in F sharp, Op.36 6:25
7. Impromptu No.3 in G flat, Op.51 5:23
8. Impromptu No.4 in C sharp minor, Op.66 “Fantaisie-Impromptu” 5:07

Roberto Szidon, piano

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Roberto Szidon
Roberto Szidon (1941-2011), o grande pianista porto-alegrense

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Hans Abrahamsen (1963): Let Me Tell You

Hans Abrahamsen (1963): Let Me Tell You

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Se você cruzar na rua com Barbara Hannigan, faça de tudo para conhecê-la. É um raro soprano que une enorme musicalidade, bela voz, profunda inteligência e beleza física. Por que não é tão famosa? Ora, é que ela especializou-se em música moderna. É dela a melhor Lulu (Alban Berg) de todos os tempos. Ligeti — que não era nada tolo — admirou-a e escreveu para ela. E este CD é algo inacreditável.

Hans Abrahamsen
Hans Abrahamsen

Let me tell you, de Hans Abrahamsen, para soprano e orquestra, é baseado na novela de mesmo nome, de autoria de Paul Griffiths, e foi estreado em 20 de dezembro de 2013 pela Filarmônica de Berlim, com a solista soprano Barbara Hannigan — a quem o trabalho é dedicado. Franz Welser-Möst regeu a Orquestra de Cleveland na estreia estadunidense em janeiro de 2016. Abrahamsen ganhou o Prêmio Grawemeyer de US$ 100.000 por este trabalho. Sim estamos no terreno do reconhecimento. Isto é uma obra-prima!

Mas voltamos a Barbara. Aclamado mundialmente como um soprano de enorme força expressiva, tem uma estranha e cristalina beleza cristalina, uma intensidade frágil e deslumbrante. Ela é soberba, uma campeã da música nova. A profunda e etérea magia da música de Abrahamsen é tratada brilhantemente. O comando de Andris Nelsons é suave e a orquestra bávara é perfeita. Ouçam porque vale a pena.

Hannigan em Lulu. Além de cantar tudo o que canta, ela costuma também aparecer como maestrina.
Hannigan em Lulu. Além de cantar tudo o que canta, ela costuma também aparecer como maestrina.

Hans Abrahamsen (1963): Let Me Tell You

1 Part 1: Let me tell you how it was 3:51
2 Let Me Tell You, Pt. 1: Part 1: O but memory is not one but many 2:51
3 Part 1: There was a time, I remember 6:00
4 Let Me Tell You, Pt. 2: Part 2: Let me tell you how it is 2:03
5 Let Me Tell You, Pt. 2: Part 2: Now I do not mind 6:14
6 Part 3: I know you are there 1:01
7 Part 3: I will go out now 10:43

Barbara Hannigan
Bavarian Radio Symphony Orchestra
Andris Nelsons

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A notável Barbara Hannigan
A notável Barbara Hannigan

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J. S. Bach (1685-1750): Concertos "redescobertos" para instrumentos de sopro

J. S. Bach (1685-1750): Concertos "redescobertos" para instrumentos de sopro

Mais um bom disco dedicado a transcrições. A novidade é que as transcrições aqui apresentadas são de papai. Sim, ele adaptou alguns de seus concertos para violino e cravo e algumas coisas de sua cantatas para gáudio de uns instrumentistas de sopro aê. É um bom CD, consistente e bem interpretado, vale sua audição, porém desta vez permitam-me ficar com os originais, está bem?

Bach: Concertos “redescobertos” para instrumentos de sopro

1. Concerto For 2 Oboes, Bassoon And B.C. (After BWV 42 & BWV 249)a/I. Ohne Bezeichnung 6:16
2. Concerto For 2 Oboes, Bassoon And B.C. (After BWV 42 & BWV 249)a/II. Adagio 5:52
3. Concerto For 2 Oboes, Bassoon And B.C. (After BWV 42 & BWV 249)a/III. Ohne Bezeichnung 3:43
4. Concerto For 2 Oboes, Bassoon And B.C. (After BWV 42 & BWV 249)a/IV. Adagio (Alternative Version Of Movement II) 6:06

5. Concerto For Bassoon, Strings, Oboe D’amore Di Ripieno And B.C. (After BWV 169, BWV 49 & BWV 1053)/I. Ohne Bezeichnung 8:05
6. Concerto For Bassoon, Strings, Oboe D’amore Di Ripieno And B.C. (After BWV 169, BWV 49 & BWV 1053)/II. Siciliano 5:50
7. Concerto For Bassoon, Strings, Oboe D’amore Di Ripieno And B.C. (After BWV 169, BWV 49 & BWV 1053)/III. Allegro 6:18

8. Concerto For Oboe, Strings And B.C. (After BWV 1056 & BWV 156)/I. Ohne Bezeichnung 3:22
9. Concerto For Oboe, Strings And B.C. (After BWV 1056 & BWV 156)/II. Adagio 2:38
10. Concerto For Oboe, Strings And B.C. (After BWV 1056 & BWV 156)/III. Presto 3:23

11. Instrumental Piece (Instrumentalsatz) For Violin, Oboe And B.C., BWV 1040

Sergio Azzolini
Kammerakademie Potsdam

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Sopra, Azzolini, sopra
Manda soprar, Azzolini, manda

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