Maura Moreira: O Canto da Terra – Ernani Braga (1888-1948), Luciano Gallet (1893-1931), Jayme Ovalle (1894-1955), Waldemar Henrique (1905-1995), João Baptista Siqueira (1906-1992) e Aloysio de Alencar Pinto (1912-2007) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!

(postado originalmente em 6 de dezembro de 2012. Repostado agora com arquivo em FLAC)

A postagem de hoje atrasou, mas saiu. Vamos com mais um pouco de música erudita brasileira, brasileiríssima!

Aliás, você conhece ou, pelo menos, já ouviu falar de Maura Moreira? Ah, precisamos conhecê-la!

Maura foi (é) uma contralto brasileira excepcional de sólida carreira no exterior. Mineira de Belo Horizonte, começou seus estudos musicais no Conservatório Mineiro de Música. Após vencer um concurso de canto, deu prosseguimento aos estudos em Viena, onde teve aula com grandes nomes da música erudita. Estreou profissionalmente 1958, no teatro da cidade de Ulm, na Alemanha, interpretando Santuzza, na Cavalleria Rusticana de Pietro Mascagni. No ano seguinte fixou residência naquele país. Ao longo da carreira, acumulou outros papéis importantes, em óperas como Aida, Don Carlo e Madame Butterfly. Integrou, a partir de 1962, a tradicional Casa de Ópera de Colônia.

Por ser brasileira e negra, sempre se dedicou à música do Brasil e à música raiz e folclórica. Em meio Às suas gravações, sempre abriu um espaço para compositores como Villa-Lobos, Jayme Ovalle e Waldemar Henrique, para cantos de nossa terra…

Aqui ela se obrigou a levar sua técnica ao máximo: há uma variedade tão grande de ritmos, cadências, evoluções e síncopas da mesma maneira como grande é este país e diversificada a sua cultura. Há cantos indígenas amazônicos, pontos de orixás, cantos de trabalho, modinhas e canções de vários tipos, que fazem com que Maura Moreira mostre toda a sua versatilidade (e seu belo timbre) com O Canto da Terra. Coisa linda!

Em duas dimensões, no tempo e no espaço, este é um recital abrangente onde temos, pela voz privilegiada de Maura Moreira, um panorama do canto popular na terra brasileira. Popular em seu sentido mais fundamentado, porque profundamente ligado à terra e às suas tradições e acima dos modismos. São cantos de confluências raciais, de heranças espirituais que se somam, buscando pela complexidade da convivência evitar a perplexidade dos desencontros. (Zito Batista Filho, extraído do encarte)

Show de bola! Ouça! Ouça! Deleite-se!

Fonogramas espetaculosamente cedidos pelo paraense Raphael Soares! Inestimável!

Maura Moreira (1933-)
O Canto da Terra

Waldemar Henrique (Belém, PA, 1905-1995)
01. Lendas Amazônicas – Cobra grande
02. Lendas Amazônicas – Tamba-tajá
03. Lendas Amazônicas – Uirapuru
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
04. Cantos indígenas – Tagnani-tangrê (canto religioso dos índios Nhambiquaras)
05. Cantos indígenas – Canções dos índios botocudos: Céu grande, Macaco barbado na árvore, Minha mulher é boa de verdade
Jayme Ovalle (Belém, PA, 1894 – Rio de Janeiro, RJ, 1955) (arr.)
06. Três pontos de Santo – Chariô
07. Três pontos de Santo – Aruanda
08. Três pontos de Santo – Estrela do mar
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
09. Três cantos afro-brasileiros – O Fuli-lorerê ê (Canto de Oxalá)
10. Três cantos afro-brasileiros – Yemanjá (Toada à Mãe-d’Água)
11. Três cantos afro-brasileiros – Abá Iogum (Louvação a Ogum)
João Baptista Siqueira (Princesa, PB, 1906 – Rio de Janeiro, RJ, 1992) (arr.)
12. Se meus suspiros pudessem (Modinha do séc. XVIII)
13. Hei de amar-te até morrer (Melodia do séc. XX)
Ernani Costa Braga (Rio de Janeiro, RJ, 1888 – 1948) (arr.)
14. Casinha pequenina (Modinha do séc. XX)
Luciano Gallet (Rio de Janeiro, RJ, 1893 – 1931) (arr.)
15. Morena, morena (Modinha recolhida no Paraná)
Mário Raul de Morais Andrade (São Paulo, SP, 1893 – 1945) (letra)
16. Viola quebrada (Toada de caipira)
Aloysio de Alencar Pinto (Fortaleza, CE, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 2007) (arr.)
17. Sodade (Cantiga de roda de Minas Gerais)
Luciano Gallet (Rio de Janeiro, RJ, 1893 – 1931) (arr.)
18. Tayêras (Chula de mulatas do Norte)
Ubiratan (arr.)
19. Prenda minha (Folclore gaúcho)
Ernani Costa Braga (Rio de Janeiro, RJ, 1888 – 1948) (arr.)
20. Capim di pranta (Folclore gaúcho), (Canto de trabalho de negros escravos)

Maura Moreira, contralto
Sonia Maria Vieira, piano
Rio de Janeiro, 1979


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AH, E POR FAVOR… TEÇA ALGUM COMENTÁRIO. DEU UM TRABALHÃO…

Bisnaga

Arthur Moreira Lima interpreta Waldemar Henrique – Waldemar Henrique (1905-1995), Tynnôko Costa, Luiz Pardal e Sergei Firsanov (1982) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

SHOW DE BOLA !

(postado originalmente em 22 de novembro de 2012)

Ah, que orgulho! Hoje o P.Q.P.Bach tem a honra de disponibilizar a vocês as interpretações do fodástico pianista conterrâneo Arthur Moreira Lima sobre as obras do grande compositor paraense Waldemar Henrique! Moreira Lima, assim como um grupo considerável de colegas seus brasileiros, figura no rol dos melhores pianistas do planeta.

O CD é bipartido: a primeira parte contém nove canções ao piano com Moreira Lima e solistas de alta categoria: Adriane Queiroz, Maria Monarcha, Augusto Ó de Almeida e José Maria Cardoso. A segunda parte nos traz três brilhantes fantasias sobre temas henriquianos compostas para piano e orquestra por autores que, para grande parte de nós, são desconhecidos: Luiz Pardal cria a Suíte Waldemar, o russo Sergei Firsanov elabora uma Rapsódia sobre a obra de Henrique e Tynnôko Costa reelabora a canção Tajá-Panema. Um começo mais intimista e um final monumental. Show!

Muito, muito bom! Ouça, ouça!

Arthur Moreira Lima interpreta Waldemar Henrique 
.

Waldemar Henrique (Belém, PA, 1905-1995)
01. Uirapuru
02. Tambatajá
03. Matintaperera
04. Abaluaiê
05. Foi o Boto, Sinhá
06. Boi-Bumbá
07. Minha Terra
08. Senhora Dona Sancha
09. Essa Nêga Fulô
Luiz Pereira de Moraes Filho (Luiz Pardal)
10. Suíte Valdemar, para piano e Orquestra, 1. Uirapuru
11. Suíte Valdemar, para piano e Orquestra, 3. Valsa
12. Suíte Valdemar, para piano e Orquestra, 3. Rolinha
Sergei Firsanov (Moscou, Rússia, 1982)
13. Rapsódia para Piano e Orquestra
Tynnôko Costa (Antonio Carlos Vieira Costa – Belém, PA, 19??)
14. Tajá-Panema, suíte para piano e orquestra

Arthur Moreira Lima, piano (faixas 1-14)
Adriane Queiroz, soprano (faixas 1, 2, 5 e 6)
Maria Monarcha, soprano (faixa 9)
Augusto Ó de Almeida, tenor (faixas 7 e 8)
José Maria Cardoso, baixo (faixas 3 e 4)
Orquestra Sinf do Theatro da Paz (faixas 10-14)
Barry Ford, regente (faixas 10-14)

Belém, Pará, 2005


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Bisnaga

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiens, K. 626, em duas versões inteiramente diferentes

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiens, K. 626, em duas versões inteiramente diferentes

Como diversão, aqui vão duas gravações do justamente célebre Réquiem de Mozart. O portento vem em duas versões totalmente diferentes: uma com instrumentos modernos, outra com instrumentos originais. Para meu gosto, apesar de respeitar o grande regente que foi Karl Böhm, a transparência e delicadeza torna a gravação de Koopman muito melhor do que o pesado registro lá dos anos 70. Acho que esta é uma batalha ganha pelos modernos admiradores das coisas antigas. Meu argumento é simples: admito que os contemporâneos possam dar sua interpretação contemporânea à música antiga, mas é forçoso admitir que o compositor escreveu as obras para os instrumentos de época, desconhecendo o que ocorreria no futuro. Se nossas salas de concertos já são museus sonoros, nada mais natural que os timbres originais sejam respeitados, penso.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Réquiem, K. 626 (2 versões)

01 – Requiem – Kyrie
02 – Dies Irae
03 – Tuba Mirum
04 – Rex Tremendae
05 – Recordare
06 – Confutatis
07 – Lacrimosa
08 – Domine Jesu
09 – Hostias
10 – Sanctus
11 – Benedictus
12 – Agnus Dei – Lux Aeterna

Wiener Staatsopernchor
Norbert Balatsch, dir.

Edith Mathis, soprano
Julia Hamari, contralto
Wieslaw Ochman, tenor
Hans Haselbock, órgão
Karl Ridderbusch, baixo

Wiener Philharmoniker
Karl Böhm, regente

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01 – Requiem – Kyrie
02 – Dies Irae
03 – Tuba mirum
04 – Rex tremendae
05 – Recordare
06 – Confutatis
07 – Lacrimosa
08 – Domine Jesu
09 – Hostias
10 – Sanctus
11 – Benedictus
12 – Agnus Dei – Lux aeterna

Barbara Schlick, sopran
Carolyn Watkinson, alt
Christoph Prégardien, tenor
Harry van der Kamp, bass

Amsterdam Baroque Orchestra
Koor van de Nederlandse Bachvereniging
Ton Koopman

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A dúvida: instrumentos originais -- utilizar ou não?
Os instrumentos originais custam caro, né, seu PQP?

PQP

Antonio Carlos Gomes (1836-1896), Giuseppe Verdi (1813-1901), Charles Gounod (1818-1893) e Giacomo Puccini (1858-1924) [Acervo PQPQBach] [link atualizado 2017]

ES-TU-PEN-DO !!!

(postado originalmente em 15 de novembro de 2012)

P.Q.P.Bach, SEIS anos, com Carlos Gomes na pauta. Acredito que vocês, nossos ilustríssimos usuários/ouvintes, apreciarão.

Já vos aviso que este CD é um de meus prediletos! Guardei-o para uma ocasião especial e, como posto às quintas e o aniversário do P.Q.P.Bach foi cair justo nesse dia da semana, ei-lo aqui.

Para começar, o que mais um violista (mesmo que frustrado, como eu), amante das cordas e das óperas, poderia achar de um CD de compositores operísticos que se arriscaram nas peças de câmara? É simplesmente maravilhoso!

E aqui temos os corajosos e belíssimos trabalhos para grupos de cordas compostos pelo nosso conterrâneo Carlos Gomes e contemporâneos seus: Verdi, Gounod e Puccini, que se aventuraram nessa área, com a qual não tinham muita experiência, e se saíram muito, mas muito bem.

O Quarteto em Mi Menor, de Verdi, é passional, romântico, como não poderia deixar de sê-lo vindo de um compositor italiano: uma joia. O Quarteto em Lá Menor, de Gounod é tenso, visceral, problemático: parece que ele quer resolver algo e não consegue, resultando em uma música instigante e que prende inevitavelmente nossa atenção e nosso interesse. Já a Crisantemi, de Puccini, é obra mais sencilha, melancólica e sofrida, há muito sentimento em suas notas bem escritas. Cativante.

O ponto alto, não querendo ser bairrista, mas inexoravelmente o sendo, é a Sonata em Ré, a conhecida Burrico de Pau, de Carlos Gomes (quem é da região de Campinas vira e mexe ouve seu primeiro movimento quando aparece a propaganda do “Concertos EPTV”: repare). Essa é uma obra de gênio, sinceramente: jovial, vibrante (e Carlos Gomes já estava doente) e, pelo que percebo, a de mais difícil execução de todo o álbum. Pizzicatos, estacatos, pulos da primeira para a quarta corda, percussão das costas dos arcos nas cordas… Muito difícil e, pra melhorar, muito bonita. O último movimento, que dá nome à sonata, foi composto quando Carlos Gomes viu a sobrinha brincando com um cavalinho de madeira. Ele estava em seu auge composístico, com as obras mais melódicas e mais refinadas de sua carreira.

Para melhorar ainda mais, esse conjunto de peças inspiradas é executado pelo Quarteto Bessler-Reis, nome por demais importante no cenário camerístico nacional. Os que possuem um ouvido mais apurado perceberão um errinho, uma pequena escorregadela aqui ou lá, mas não se poderá negar que a execução do Besser-Reis tem o que é mais essencial à música: paixão. A execução é vibrante, carregada: eles tocam com vontade, mesmo, não são meros executores; há muito sentimento e as músicas saem com as cores mais vivas que a paleta musical as poderia pintar.

Um baaaaita CD! Digno da comemoração dos SEIS anos de existência deste blog. Ouça, ouça! Faça seu dia, sua semana melhor!

Palhinha: o Quarteto Vox Brasiliensis (não achei vídeo com o Bessler-Reis) tocando o Burrico de Pau:

Quarteto Bessler-Reis
Carlos Gomes e seus Contemporâneos

Antonio Carlos Gomes (Campinas, SP, 1836 – Belém, PA, 1896)
01. Sonata em Ré “O Burrico de Pau”, I. Allegro animato
02. Sonata em Ré “O Burrico de Pau”, II. Allegro Scherzoso
03. Sonata em Ré “O Burrico de Pau”, III. Adagio lento e calmo
04. Sonata em Ré “O Burrico de Pau”, IV. (Vivace) O Burrico de Pau
Giuseppe Verdi (Roncole, Itália 1813 — Milão, Itália, 1901)
05. Quarteto em Mi menor, I. Allegro
06. Quarteto em Mi menor, II. Andantino
07. Quarteto em Mi menor, III. Prestissimo
08. Quarteto em Mi menor, IV. Scherzo-fuga (allegro assi; mosso)
Charles Gounod (Paris, França, 1818 – Saint-Cloud, França, 1893)
09. Quarteto nº3 em Lá menor, I. Allegro
10. Quarteto nº3 em Lá menor, II. Allegreto quasi moderato
11. Quarteto nº3 em Lá menor, III. Scherzo
12. Quarteto nº3 em Lá menor, IV. Final. Allegreto
Giacomo Puccini (Lucca, Itália, 1858 – Bruxelas, Bélgica, 1924)
13. Crisantemi

Quarteto Bessler-Reis
Rio de Janeiro, 1999


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MP3  (238Mb)
FLAC  (421Mb)

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…Mas comente… Não me responda apenas com o vazio do silêncio…

Bisnaga

Beethoven: Variações sobre um tema de Diabelli / Bach: Partita Nº 4

Beethoven: Variações sobre um tema de Diabelli / Bach: Partita Nº 4

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Duas obras-primas em mãos competentes. Não poderia dar errado e não deu mesmo. As luminosas 33 Variações sobre uma Valda de Diabelli, de Beethoven, e a Partita Nº 4, de Bach, recebem o banho de talento de um dos pianistas preferidos de meu irmão FDP Bach. Não há reparos a fazer, resta apenas deliciar-se ouvindo este filho de um croata e de uma californiana. Ele tem bom gosto, tanto que foi o terceiro marido de Martha Argerich. Espero que os pequepianos não imaginem o que ambos faziam com os dedos, mas informo que eles têm uma filha fotógrafa, Stéphanie.

Beethoven – 33 Variations in C on a Waltz by Anton Diabelli, op.120 (51min24)

01 Tema: Vivace  0.45
02 I AlIa marcia maestoso 1.24
03 II Poco allegro  0.40
04 III L’istesso tempo 1.19
05 IV Un poco più vivace 0.52
06 V Allegro vivace 0.53
07 VI Allegro ma non troppo e serioso 1.48
08 VII Un poco più allegro 1.02
09 VIII Poco vivace 1.34
10 IX Allegro pesante e risoluto 1.41
11 X Presto 0.36
12 XI Allegretto 1.03
13 XII Un poco più moto 0.52
14 XIII Vivace 0.58
15 XIV Grave e maestoso 4.13
16 XV Presto scherzando 0.31
17 XVI Allegro 0.57
18 XVII Allegro 1.03
19 XVIII Poco moderato 1.26
20 XIX Presto 0.50
21 XX Andante 2.18
22 XXI Allegro con brio – Meno allegro 1.03
23 XXII Allegro molto  0.38
24 XXIII Allegro assai 0.54
25 XXIV Fughetta: Andante 3.11
26 XXV Allegro 0.43
27 XXVI Piacevole 1.14
28 XXVII Vivace 0.56
29 XXVIII Allegro 0.52
30 XXIX Adagio ma non troppo 1.19
31 XXX Andante, sempre cantabile 1.59
32 XXXI Largo, molto espressivo  4.56
33 XXXII Fuga: Allegro  2.55
34 XXXIII Tempo di menuetto moderato 4.04

Bach Partita No. 4 in D Major BWV 828  (26min07)

35 I Ouverture 5.54
36 II Allemande 7.36
37 III Courante 2.24
38 IV Aria 1.32
39 V Sarabande 3.55
40 VI Menuet 1.27
41 VII Gigue 2.44

Total timing: 77min32

Stephen Kovacevich, piano

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Stephen Kovacevich: que belo registro de duas obras-primas!
Stephen Kovacevich: que belo registro de duas obras-primas!

PQP

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) – Obra sacra integral [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

Lindo!!!

(Postado originalmente em 19 de abril de 2013, agora repostado com opção em formato FLAC)

Eu já estava com problemas internos por haver passado um tempo sem postar nada de música brasileira. Hoje sarei! E volto com um peso-pesado: Camargo Guarnieri. O cara é foda!

O tieteense Mozart Camargo Guarnieri tinha um pai fissurado em óperas: seus outros dois irmãos se chamavam Verdi e Rossini Camargo Guarnieri. Seu pai era barbeiro, mas ganhava a vida também como flautista, tocava em bailes e cinemas da pequena Tietê. Sua mãe era pianista. É de se esperar que, numa família como essas, as crianças saíssem inclinadas à música. E foi o que aconteceu: todos os filhos do casal tiveram iniciação musical com os pais desde muito pequenos. Talvez os pais de Mozart nunca imaginassem o quão longe o filho iria com a música, tornando-se um dos principais maestros e compositores do país.

Depois do primeiro e indiscutível lugar pertencente a Villa-Lobos no panteão dos compositores brasileiros do século XX , é bastante comum que coloquem Camargo Guarnieri logo ali do ladinho. O cara é muito bom e faz jus ao prenome de Mozart (ainda que não seja classicista). Suas obras, especialmente as sinfônicas e pianísticas, são de grande complexibilidade e denotam a mente brilhante do filho do barbeiro-flautista de Tietê.

Hoje postamos aqui a obra sacra integral de Camargo Guarnieri. Não é uma maravilha de CD, pois o coral tem alguns problemas (o timbre do conjunto não está muito bem limpo, há momentos em que se percebe as sopranos exagerando nos vibratos). No entanto, vale muito baixar o álbum, pois algumas peças são as únicas gravações que conheço: mal de música erudita brasileira: por ser pouco gravada, muitas vezes não temos muita opção.

Mais pra frente postaremos mais desse gênio que foi Camargo Guarnieri.

Apesar de qualquer senão, ouça, ouça! A obra de Guarnieri é belíssima! Deleite-se!

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993)
Obra Sacra Integral

01. Salmo 23 (O Senhor é meu pastor)
02. Ave Maria – 1980
03. Ave Maria – 1937
04. Em Memória de meu Pai – Versículo do livro de Hebreus 13:6
05. Louvação ao Senhor (Salmo 150)
Missa Dilígite, “Amai-vos uns aos outros”
06. I. Kirie
07. II. Gloria
08. III. Sanctus e Benedictus
09. IV. Agnus Dei
Canto de Amor aos meus irmãos do mundo
10. I. Lento
11. II. Contemplativo
12. III. Confiante

Coral Camargo Guarnieri
Orquestra organizada para esta gravação
Flávio Santos, regente
2004

 

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FLAC (223Mb) encartes a 5.0 Mpixel
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O grande Camargo Guarnieri.

Bisnaga

.: interlúdio :. Mariano Otero: Desarreglos

.: interlúdio :. Mariano Otero: Desarreglos

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente disco do jovem baixista, compositor, arranjador e bandleader argentino Mariano Otero e seu noneto. Neste disco, presta homenagem a seu professor Walter Malosetti, com composições originais do aluno Otero e de seu professor. O resultado é brilhante, o noneto mostra-se talentosíssimo ao fazer coexistir o moderno e o tradicional. Normalmente, os tributos são lugares confortáveis o suficiente para não se dizer nada de novo. Abundam homenagens inúteis a todos. Mas um tributo pode ser também uma operação de releitura, de compromisso com o homenageado e, acima de tudo, uma forma de dar primeiro plano a algumas músicas raras. Um achado!

Mariano Otero: Desarreglos

1 El maestro 04:42
2 Ale Blues 06:24
3 Mini 07:52
4 Grama 05:27
5 Walter´s Rithm 05:22
6 Avellaneda 02:45
7 Madrid 04:41
8 Pappo´s blues 05:15
9 Espíritu 05:53
10 Blues for Pepi 05:25
11 Adiós Lala 05:58
12 Clifford 05:18

Músicos:
Mariano Otero Noneto:
Mariano Otero contrabajo
Juan Cruz De Urquiza trompeta, flugelhorn
Rodrigo Dominguez saxo tenor
Ramiro Flores saxos alto y tenor
Carlos Michelini saxos alto y tenor
Martín Pantyrer saxo barítono
Juan Canosa trombón
Francisco Lovuolo piano
Pepi Taveira batería

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Mariano Otero
Mariano Otero

PQP

Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta

Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta

saariahoFala Saariaho:

Seis Jardins Japoneses é uma coleção de impressões sobre os jardins que vi em Kyoto durante a minha estadia no Japão, no verão de 1993 e minhas reflexões sobre o ritmo naquela época.

Como o título indica, a peça é dividida em seis partes. Cada uma destas partes tem a aparência de um material específico rítmico, a partir da primeira parte simples, em que a instrumentação principal é introduzida, usando figuras polirrítmicos em ostinato ou complexas, com alternância de material rítmico e colorístico.

A seleção dos instrumentos tocados pelo percussionista é voluntariamente reduzido para dar espaço para a percepção das evoluções rítmicas. Além disso, as cores reduzidas são estendidas com a adição de uma parte eletrônica, em que ouvimos os sons da natureza, canto ritual, e instrumentos de percussão gravados no Colégio Kuntachi de Música. As seções já misturadas são acionados pelo percussionista durante a peça, a partir de um computador Macintosh.

Todo o trabalho para o processamento e mistura do material pré-gravado foi feito com um computador Macintosh no meu home studio. Algumas transformações são feitas com os filtros ressonantes no programa CANTO, e com o SVP Phaser Vocoder. Este trabalho foi feito com Jean-Baptiste Barrière. A mistura final foi feita com o programa Protools com o auxílio de Hanspeter Stubbe Teglbjaerg.

A peça é encomendada pela Academia Kunitachi de Música e dedicada a Shinti Ueno.

Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta

Six Japanese Gardens (1993) 16m03s
1 Tenju-an Garden of Nanzen-ji Temple 3m12s
2 Kinkaku-ki (Golden Pavillon) 1m20s
3 Tenryu-ji (Dry Mountain Stream) 3m03s
4 Ryoan-ji (Sand Garden) 2m20s
5 Saiho-ji (Moss Garden) 2m48s
6 Daisen-in (Stone Bridges) 3m10s

7 Trois rivières Delta (1993) 14m14s
7 1 3m45s
8 2 6m36s
9 3 3m53s

Thierry Miroglio, percussion

Total duration: 30m17s

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Saariaho: belezas orientais
Saariaho: belezas orientais

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Obras para Cravo-Alaúde, com Gergely Sárközy

J. S. Bach (1685-1750): Obras para Cravo-Alaúde, com Gergely Sárközy

Estas obras, que costumam ser interpretadas ao alaúde ou transcritas para o violão, aqui as ouvimos no curioso e quase esquecido instrumento Lautenclavicymbel, ou Lauteklavier, ou ainda Lute-Harpsichord: o Cravo-Alaúde. Para nós e nossos tempos um exótico instrumento, semelhante a uma grande tartaruga emborcada e dotada de teclado; as cordas de tripa e sonoridade de um alaúde com maior projeção sonora e timbre particular. Embora o mestre Johann Sebastian tivesse em seu círculo de amigos o grande alaudista e compositor Silvius Leopold Weiss e que tenha composto para o seu encantador instrumento, sabe-se também que Bach possuía um Cravo-Alaúde e por ele tinha particular apreço. Embora não tenhamos registros precisos sobre a destinação das suas peças hoje interpretadas ao alaúde, muito possivelmente algumas poderiam ter sido pensadas para aquele originalíssimo cordofone; o que a presente gravação só vem a reforçar, pelo caráter de algumas das obras, a exemplo da Suíte em Dó Menor BWV 997, cujo impetuoso Prelúdio e a extraordinária e rara Fuga Da Capo nos apontariam uma possível concepção para o teclado. Ressaltemos também a impressionante Sarabande desta Suíte, pois sua melodia é similar à do coral que conclui a Paixão Segundo São Mateus, só que uma terça menor abaixo.

Das poucas tentativas de se reconstruir e gravar num Alaúde-Cravo, um dos mais bem sucedidos resultados (para mim o melhor resultado) é o instrumento construído pelo musicista húngaro Gergely Sárközy, baseado em antigas cartas de lutenaria. Seu instrumento produz uma sonoridade bela, rica, encorpada e ao mesmo tempo suave. Quem for purista e tiver conhecido estas obras ao alaúde ou violão em interpretações ‘bem comportadas’, talvez venha a desdenhar, pois Sárközy interpreta com acentuada expressão e improvisa onde encontra espaço. Mas improvisa muito bem e logra convencer (o que nem todo intérprete de música barroca que improvisa consegue, soando às vezes engessado). Sárközy tem bom gosto e sua interpretação emociona. Pelo menos a mim vem emocionando há muito, que conheci a presente gravação do selo Hungaroton nos tempos do vinil (e sob estas pautas muitas garrafas passaram).

Preciso agora dizer que esta é a primeira postagem que faço no PQP Bach, um oasis de cultura e beleza nesses tempos do cólera. Fico enaltecido e grato pelo convite dos amigos integrantes dessa Távola Musical. Espero partilhar muito mais, retribuindo as felicidades que têm nos trazido com tanta generosidade e amor à música. Sendo assim uma primeira postagem, escolhi o nosso bom Pai João Sebastião para começar com sua bêncão.

Bach – Suites for Lute-Harpsichord – Gergely Sarkozy

1 Suite in E minor BWV 996 Praeludio. Passagio – Presto
2 Allemande
3 Courante
4 Sarabande
5 Bourree
6 Gigue

7 Choral Preludes from the Kirnberg Collection BWV 690 (b)
8 BWV 691
9 BWV 690

10 Suite in C minor BWV 997
11 Fuga
12 Sarabande
13 Gigue
14 Double

Gergely Sárközy, cravo-alaúde

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Gergely Sarkozy: um disco absolutamente matador
Gergely Sarkozy: um disco absolutamente matador

WELLBACH

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Piano Concerto nº 2 – Kissin, Ashkenazy, PO, Gutierrez, Tennstedt, BPO

71oZxLJ2oWL._SL1417_É difícil dizer qual é o meu concerto favorito para piano de Prokofiev. Fico sempre pendendo entre o segundo e o terceiro. Ambos tem momentos absolutamente brilhantes, passagens de um nível técnico altíssimo. Talvez eu penda minha balança para o Concerto de nº 2 de Prokofiev, mas com certeza ambos estão entre os meus Top 10, entre os meus concertos para piano compostos para este instrumento. E facilmente o coloco ao lado de outros monumentos da literatura pianística, como o “Imperador” de Beethoven ou o Segundo Concerto de Brahms.
5144VsDqZsLHoje vou propor uma brincadeirinha com os senhores. Duas gravações bem diferentes do mesmo concerto de nº 2 de Prokofiev, tocados por dois pianistas oriundos de escolas bem diferentes. Um de sangue latino, quente, que faz derreter as teclas do seu piano, outro de sangue russo, mais contido e técnico, cerebral. Um embate clássico entre a razão x emoção. E curiosamente, duas gravações realizadas ao vivo, frente a uma platéia, ou seja, errou, errou, não tem como consertar. Não se trata de saber qual a melhor, e sim identificar as diferenças entre as interpretações. Claro que inconscientemente faremos nossas escolhas. Ah, em um caso, temos uma orquestra inglesa com um regente russo, em outro caso a orquestra e o regente são alemães.

Façam as suas escolhas.

01 – Klavier Konzert Nr. 2 in G minor – I. Andantino – Allegretto
02 – II. Scherzo – Vivace
03 – III. Intermezzo – Allegro Moderato
04 – IV. Finale – Allegro tempestoso

Evgeny Kissin – Piano
Philarmonia Orchestra
Wladimir Ashkenazy – Conductor

04 Klavier Konzert Nr. 2 in G minor – I. Andantino – Allegretto
05 – II. Scherzo – Vivace
06 – III. Intermezzo – Allegro Moderato
07 – IV. Finale – Allegro tempestoso

Horacio Gutierrez – Piano
Berliner Philharmoniker
Klaus Tennstedt – Conductor

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FDPBach

.: interlúdio :. Oregon – Winter Light (1974)

.: interlúdio :. Oregon – Winter Light (1974)


Winter Light é um belíssimo disco da fase inicial deste velho e duradouro grupo de jazz, formado por músicos que se tornaram estrelas também individualmente. O Oregon é um grupo que oscila entre o vanguardismo e as melodias acessíveis, como faz um de seus membros em seus discos “singles”: Ralph Towner. Mas é jazz, sem nenhuma dúvida, e do bom. E, como o quarteto é formado de muitiinstrumentistas,a coisa fica sempre colorida e interessante.

Há inesperados solos de piano de Ralph Towner… Há um pulso delicado e pré-minimalista em algumas músicas e muita, mas muita improvisação. Ah, como na época ainda não tínhamos nos livrado da infuência indiana, Colin Walcott nos tortura moderadamente com algumas tablas.

Importante: este trabalho recebeu avaliação máxima de nove ouvintes na Amazon. Prova de que não só eu gosto dele.

Oregon – Winter Light

1. Tide Pool
2. Witchi-Tai-To
3. Ghost Beads
4. Deer Path
5. Fond Libre
6. Street Dance
7. Rainmaker
8. Poesia
9. Margueritte

Paul McCandless Clarinet (Bass), Horn (English), Oboe
Ralph Towner Guitar, Percussion, Clay Drums, Hands, Guitar (Classical), Piano, Guitar (12 String), French Horn, Flugelhorn
Collin Walcott Dulcimer, Clarinet, Percussion, Cover Photo, Pakawaj, Tabla, Sitar, Conga
Glen Moore Bass, Piano, Violin, Guitar (Bass), Bass (Electric), Flute

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É o que sempre digo: todos nós já fomos jovens
É o que sempre digo: todos nós já fomos jovens

PQP

Duo Quanta: Música Brasileira para Piano e Violoncelo – Henrique Oswald (1852-1931), José Siqueira (1907-1985), Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993), Osvaldo Lacerda (1927-2011), José Carlos Amaral Vieira (1952) e João Linhares (1963) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Postado originalmente em 28 de março de 2013. Repostado com direito a FLAC

Pessoal, que baita CD!

Eu confesso aqui que sou meio grandiloquente e que geralmente me interessam mais obras compostas para orquestras completas. Conjuntos pequenos, especialmente duetos, algumas vezes acabam por me cansar pela monotonia que eventualmente causam. Mas monotonia não é nem de longe o que esses dois caras fenomenais – repito: FE-NO-ME-NAIS – fazem aqui.

O Duo Quanta, com  o paulista Paulo Gazzaneo no piano e o paraibano Raïff Dantas Barreto no violoncelo, é imenso, amplo, generoso na interpretação das músicas. E eu, vergonhosamente, os desconhecia até há bem pouco tempo e, portanto, o encarte falará melhor que eu sobre a dupla:

Formado por artistas de sólida reputação no mercado artístico nacional, o Duo Quanta vem preencher uma lacuna ainda pouco abordada pelos músicos brasileiros: o repertório de nosso país para piano e violoncelo.

O presente CD, com obras de compositores de São Paulo, Rio de Janeiro e da Paraíba, marca a estreia do duo formado por Raïff Dantas Barreto e Paulo Gazzaneo no cenário artístico nacional. com a premissa principal de resgatar as obras brasileiras para esta formação. Em defesa da brasilidade de seu trabalho, o duo escolheu para este registro fonográfico o uso de instrumentos de fabricação nacional, evidenciando e pondo em prova a qualidade sonora de nosso acervo instrumental. Nas cordas do violoncelo de Saulo Dantas Barreto e na primazia dos harmônicos produzidos pelo piano Fritz Dobbert os artistas foram muito bem sucedidos no emprego da máxima capacidade sonora dos instrumentos utilizados, mostrando-nos que já dispomos de conhecimento para produzir instrumentos com a mesma propriedade dos grandes que a história da música já presenciou (extraído do encarte).

São 13 faixas que contemplam compositores brasileiros desde o romantismo, como o melodioso Henrique Oswald (seu Berceuse e sua Elegia são de grande inspiração), até os contemporâneos como João Linhares, cujo Côco é simplesmente genial, o difícil Osvaldo Lacerda, com uma Elegia e uma Cançoneta, e Amaral Vieira, com as intrigantes Elegia e Burlesca. Aparecem também, brilhantemente, os modernos: Ponteio e Dansa (escrita assim, à antiga) são as vibrantes obras de Camargo Guarnieri apresentadas neste álbum. Já seu colega José Siqueira, sempre complexo, sincopado e genial, completa o álbum com a espetacular Suíte Sertaneja, digna deste grande compositor que a concebeu.

Obras muito boas, escolhidas a dedo. Um baita repertório rico, com todas as síncopas, contratempos e outros tempos quebrados que são característicos de nossa música e tão nossos, intercalados com momentos de extremo lirismo, de melodias enlevantes.

Ouça, ouça! Deleite-se sem a menor moderação!

Palhinha: o Côco, de João Linhares (faixa 2):

Duo Quanta
Música Brasileira para Piano e Violoncelo

Henrique Oswald (1852-1931)
01. Berceuse
João Linhares (1963)
02. Coco
Osvaldo Lacerda (1927-2011)
03. Elegia
Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993)
04. Ponteio
05. Dansa
Osvaldo Lacerda (1927-2011)
06. Aria
Amaral Vieira (1952)
07. Elegia
08. Burlesca
Henrique Oswald (1852-1931)
09. Elegia
Osvaldo Lacerda (1927-2011)
10. Canconeta
José Siqueira (1907-1985)
11. Suite Sertaneja – Baião
12. Suite Sertaneja – Aboio
13. Suite Sertaneja – Coco de Engenho

Duo Quanta
Raïff Dantas Barreto, violoncelo
Paulo Gazzaneo, piano


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MP3  (128Mb)
FLAC  (304Mb)

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Bisnaga

Astor Piazzolla – Tracing Astor – Gidon Kremer & Kremerata Baltica

FrontAstor Piazzolla é meio que unanimidade aqui no PQPBach. Todos amamos sua música incondicionalmente. Desde a primeira vez que o ouvi, em seu magnífico disco com Amelita Baltar, onde tocavam “Balada de un Loco” foi paixão a primeira audição. O velho LP ainda está guardado ali na estante, mas estou sem um toca discos decente para ouvi-lo.
O violinista Gidon Kremer abraçou a causa “Piazzolla” há alguns anos e já lançou alguns cds onde interpreta a obra do compositor argentino, não sei dizer quantos. Um deles, inclusive, cheguei a postar por aqui. Mas o curioso é como um lituano, Kremer, conseguiu compreender a obra de um argentino compositor de tangos, uma música que necessita de sangue, suor e lágrimas para interpretá-la.
Esse CD que ora vos trago foi lançado em 2001. Emocionante e delicado como não deveria deixar de ser um CD com obras de Piazzolla, ou mesmo inspiradas nele. Destaco a magnífica “”Chuiquilín de Bachin”, interpretado por um trio de cordas, mas que tem a participação mais que especial de Horacio Ferrer, um dos letristas favoritos de Piazzolla. O inconfundível sotaque porteño na voz de Ferrer é no mínimo, emocionante. Espero que apreciem.

1 La Calle 92
Ula Ulijona – viola
Marta Sudraba – Cello

2-4 Tango – Etudes
Gidon Kremer – Violin

5 Chiquilín de Bachin
Horacio Ferrer – Voice
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello

6 Rio Sena
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello

7-9 Tango – Etudes
Gidon Kremer – Violin

10 Viollonceles, Vibrez!
Marta Sudraba & Sol Gabetta – Cellos

11 Milonga sin Palabras
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello

12 Tracing Astor
Gidon Kremer – Violin
Ula Ulijona – Viola
Marta Sudraba – Cello
Leonid Desyatnikov – Piano

13 All in the Past (Remembering Oskar Strock) for Violin & Strings
Gidon Kremer – Violin
Kremerata Baltica

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Inside red
Gidon Kremer cercado de beldades muito talentosas e Astor Piazzolla em ação

 

.: interlúdio :. Charles Mingus & Eric Dolphy: The Complete Bremen Concert

.: interlúdio :. Charles Mingus & Eric Dolphy: The Complete Bremen Concert

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Há pouco mais de 50 anos, Charles Mingus, Eric Dolphy e o sexteto de Mingus davam esta inacreditável comprovação de musicalidade e talento para uma plateia de Bremen. Dois meses depois, Dolphy morreria da forma mais estúpida possível: na tarde de 18 de Junho de 1964, ele caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros não sabiam que ele era diabético e pensaram que ele (como acontecia com muitos jazzistas) estava sob overdose. Deixaram-no, então, num leito até que passasse o efeito das “drogas”. E Dolphy morreu após o coma diabético. Aos 36 anos. Bastava-lhe uma injeção. São coisas que acontecem muito com negros.

O som do CD não é uma maravilha, mas é muito mais do que o suficiente para se notar que estamos entre gênios. Mingus era um sujeito duríssimo com sua banda. Certa vez acertou um direto no queixo de seu fiel trombonista Jimmy Knepper porque ele não acertava uma nota. Com Dolphy, a comunicação parecia ser telepática. Mingus dizia que não precisava conversar muito com Dolphy, que eles se entendiam silenciosamente antes de partir para outras dimensões. Verdade, partiam mesmo.

Charles Mingus & Eric Dolphy: The Complete Bremen Concert

CD1
01 – A.T.F.W. [Art Tatum-Fats Waller]
02 – Sophisticated Lady
03 – So long Eric
04 – Parkeriana

CD2
01 – Meditations On Integration
02 – Fables Of Faubus

Charles Mingus, bass
Eric Dolphy, alto sax / flute / bass clarinet
Johnny Coles, trumpet
Clifford Jordan, tenor sax
Jacki Byard, piano
Dannie Richmond, drums

in April 16, 1964

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Charles Mingus e Eric Dolphy: muita genialidade em pouco espaço
Charles Mingus e Eric Dolphy: muita genialidade em pouco espaço físico

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Alcina

G. F. Handel (1685-1759): Alcina


Excelente ópera de Handel. Passei o dia de ontem ouvindo e valeu a pena.

Da Wikipedia:

Alcina (HWV 34) é um ópera em três atos de autoria do compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1785-1759). Sua estreia se deu no Royal Opera House de Covent Garden em 16 de abril de 1735, tendo sido uma das últimas óperas de sucesso do compositor. Um libreto de Antonio Marchi denominado Alcina delusa da Ruggiero foi musicado por Tomaso Albinoni em Veneza em 1725. A ópera foi revivida em 1732 sob o nome de Gli evenimenti di Ruggiero. No entanto, salvo por conta do argumento, não há relação entre esse texto e aquele utilizado por Händel. Winton Dean sustenta que o mais provável é que Händel tenha trabalhado sozinho adaptando o libreto da ópera de Ricardo Broschi L’Isola d’Alcina. Assim como outras óperas de Händel como Orlando e Ariodante, o enredo de Alcina tem por base a obra de Ludovico Ariosto Orlando Furioso, poema épico ambientado no tempo das guerras de Carlos Magno contra o Islã. A ópera contém várias sequências musicais para dança, compostas para a dançarina Marie Sallé e para o corpo de baile do Covent Garden.

No PQP, a categoria ópera foi apenas recentemente criada pelo Bisnaga. Não confie totalmente nela. Há mais óperas escondidas por aí…

G. F. Handel (1685-1759): Alcina

Disc: 1
1. Alcina: Sinfonia
2. Alcina: Minuet
3. Alcina: Musette
4. Alcina: Atto 1, Scena I: Recitativo – Oh Dei! quivi non scorgo alcun sentiero! (Bradamante)
5. Alcina: Atto 1, Scena I: Aria – O s’apre al riso (Morgana)
6. Alcina: Atto 1, Scena II: Coro – Questo e il cielo de’ contenti
7. Alcina: Atto 1, Scena II: Recitativo – Ecco l’infido (Bradamante)
8. Alcina: Atto 1, Scena II: Aira – Di’, cor mio, quanto t’amai (Alcina)
9. Alcina: Atto 1, Scena III: Recitativo – Generosi guerrier (Oberto)
10. Alcina: Atto 1, Scena III: Aria – Chi m’insegna iil caro padre? (Oberto)
11. Alcina: Atto 1, Scena IV: Recitativo – Mi ravvisi (Bradamante)
12. Alcina: Atto 1, Scena IV: Aria – Di te mi rido (Ruggiero)
13. Alcina: Atto 1, Scena V: Recitativo – Qua dunque ne veniste (Oronte)
14. Alcina: Atto 1, Scena VI: Aria – E gelosia (Bradamante)
15. Alcina: Atto 1, Scena VII: Recitativo – lo dunque (Orante)
16. Alcina: Atto 1, Scena VIII: Recitativo – La cerco in vano (Ruggiero) – Aria – Semplicetto! (Oronte)
17. Alcina: Atto 1, Scena IX: Recitativo – Ah, infedele, infedel! (Ruggiero)
18. Alcina: Atto 1, Scena X: Aria – Si, con quella! (Alcina)
19. Alcina: Atto 1, Scena XI: Recitativo – Se nemico mi fossi (Bradamante)
20. Alcina: Atto 1, Scena XII: Recitativo – Bradamante favella? (Ruggiero) – Aria – La bocca vaga (Ruggiero)
21. Alcina: Atto 1, Scena XIII: Recitativo – Fuggi cor mio (Morgana)
22. Alcina: Atto 1, Scena XIV: Aria – Tornami a vagheggiar (Morgana)

Disc: 2
1. Alcina: Atto II, Scena I: Arioso – Col celarvi a chi v’ama (Ruggiero)
2. Alcina: Atto II, Scena I: Recitativo – Taci, taci, codardo (Melissa) – Arioso – Qual portento mi richiama (Ruggiero)
3. Alcina: Atto II, Scena I: Recitativo – Ah, Bradamante! (Ruggiero)
4. Alcina: Atto II, Scena I: Aria – Pensa a chi geme d’amor (Melissa)
5. Alcina: Atto II, Scena II: Recitativo – Qual adio ingiusto contro me? (Bradamante)
6. Alcina: Atto II, Scena II: Aria – Vorrei vendicarmi (Bradamante)
7. Alcina: Atto II, Scena III: Recitativo – Chi scopre al mio pensiero (Ruggiero)
8. Alcina: Atto II, Scena III: Aria – Mi lusinga il dolce affetto (Ruggiero)
9. Alcina: Atto II, Scena IV: Recitativo – S’acquieti il rio sospetto (Alcina)
10. Alcina: Atto II, Scena V: Recitativo – E la tua pace (Morgana)
11. Alcina: Atto II, Scena VI: Recitativo – Non scorgo nel tuo viso (Alcina) – Aria – Ama, sospira (Morgana)
12. Alcina: Atto II, Scena VI: Aria – Mio bel tesoro (Ruggiero)
13. Alcina: Atto II, Scena VII: Recitativo – Regina, io cerco in vano (Oberto)
14. Alcina: Atto II, Scena VII: Aria – Tra speme e timore (Oberto)
15. Alcina: Atto II, Scena VIII: Recitativo – Regina, sei tradita (Oronte)
16. Alcina: Atto II, Scena VIII: Aria – Ah! mio cor! (Alcina)
17. Alcina: Atto II, Scena IX: Recitativo – Or, che dici, Morgana? (Oronte)
18. Alcina: Atto II, Scena X: Aria – E un folle (Oronte)
19. Alcina: Atto II, Scena XI: Recitativo – Eccomi a’ piedi tuoi (Ruggiero)
20. Alcina: Atto II, Scena XI: Aria – Verdi prati (Ruggiero)
21. Alcina: Atto II, Scena XII: Recitativo accompagnato – Ah! Ruggiero crude! (Alcina)
22. Alcina: Atto II, Scena XII: Aria – Ombre pallide (Alcina)

Disc: 3
1. Sinfonia
2. Atto III, Scena I: Recitativo – Voglio amar e disamar (Oronte)
3. Atto III, Scena I: Aria – Credete el mio dolore (Morgana)
4. Atto III, Scena I: Recitativo – M’inganna, me n’avveggo (Oronte)
5. Atto III, Scena I: Aria – Un momento di contento (Oronte)
6. Atto III, Scena II: Recitativo – Molestissimo incontro! (Ruggiero)
7. Atto III, Scena II: Aria – Ma quando tornerai (Alcina)
8. Atto III, Scena III: Recitativo – Tutta d’armate squadre (Melisso)
9. Atto III, Scena III: Aria – Sta nell’lrcana (Ruggiero)
10. Atto III, Scena IV: Recitativo – Vanne tu seco ancora (Melisso)
11. Atto III, Scena IV: Aria – All’alma fedel (Bradamante)
12. Atto III, Scena V: Recitativo – Niuna forza lo arresta (Oronte)
13. Atto III, Scena V: Aria – Mi restano le lagrime (Alcina)
14. Atto III, Scena VI: Recitativo – Gia vicino e il momento (Oberto)
15. Atto III, Scena VI: Aria – Barbara! (Oberto)
16. Atto III, Scena VII: Recitativo – Le lusinghe (Bradamante)
17. Atto III, Scena VII: Terzetto – Non e amor, ne gelosia (Ruggiero, Alcina, Bradamante)
18. Atto III, Scena VIII: Recitativo – Ah mio Ruggier, che tenti? (Alcina)
19. Atto III, Scena IX: Recitativo – Misera, ah, no! (Alcina), Scena ultima: Recitativo – A che tardi? (Melisso), Scena ultima: Coro – Dall’orror di notte cieca
20. Scena ultima: Entree
21. Scena ultima: Tamburino
22. Scena ultima: Coro – Dopo tante amare pene

Renee Fleming
Susan Graham
Natalie Dessay
Kathleen Kuhlmann
Timothy Robinson
Laurent Naouri
Juanita Lascarro

Les Arts Florissants
William Christie

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William Christie
William Christie

PQP

Olafur Arnalds (1986): Found Songs

Olafur Arnalds (1986): Found Songs


Olafur Arnalds (ou Ólafur Arnalds) é um rapazinho que ainda não completou 30 anos. Nasceu em Mosfellsbær, na Islândia. A história do disco que posto hoje — um disco curtinho mas que está completinho — é muito legal: em abril de 2009, Arnalds compôs e lançou instantaneamente na internet uma faixa por dia durante sete dias. A coleção de faixas foi intitulada Found Songs. Ele repetiu a coisa no álbum Living Room Songs. A música de Olafur é meio estática, meio neo-clássica e por vezes é bem chatinha. Mas o cara está sendo muito ouvido na Europa. Confiram aê!

Olafur Arnalds: Found Songs

01. Day I Erla’s Waltz
02. Day II RAein
03. Day III Romance
04. Day IV Allt var Hljott
05. Day V Lost Song
06. Day VI Faun
07. Day VII Ljosid

Olafur Arnalds

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Olafur Arnalds
Olafur Arnalds: bom, hein?

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Violin Concertos – Carmignola, Concerto Köln

Concerto Koln & Giuliano Carmignola - Bach Violin Concertos (2014)Confesso que eu estava ansioso aguardando esta gravação. O incrível violinista italiano Giuliano Carmignola, um dos grandes nomes do violino barroco da atualidade, encara os Concertos para Violino de Papai Johann.

Já perdi as contas de quantas gravações já ouvi destes concertos. Mas aí reside uma das qualidades da genialidade de Bach: cada intérprete consegue extrair algo novo da obra, por mais gravada, estudada ou interpretada que ela seja. Cada cabeça, uma sentença, cada solista, uma leitura diferente, uma solução diferente. Mullova e Rachel Podger, só para citar duas violinistas contemporâneas, optaram por grupos orquestrais mínimos, dando destaque para o instrumento solista. Carmignola obviamente dá destaque para o violino, mas não esquece da genial orquestração que papai Johann escreveu para estas obras.

Giuliano Carmignola juntou-se ao excelente conjunto Concerto Köln, um dos principais conjuntos de câmara alemães, e que já estão na ativa há décadas. O sangue quente italiano aliou-se ao espírito crítico, austero e por vezes ríspido do sangue alemão, e curiosamente o italiano se conteve em seus virtuosismos. Sua interpretação é correta, coerente, nos oferecendo uma opção diferente por exemplo, da já citada Rachel Podger, em minha opinião, um tanto quanto radical em suas escolhas, mas também excelente.

Não temo em considerar esse CD IM-PER-DÍ-VEL!! por trazer novos horizontes a estes concertos já tão gravados. Mostra um intérprete no apogeu de sua maturidade artística.

Trata-se de um cd para os senhores apreciarem de preferência sentados em suas melhores poltronas, apreciando cada detalhe, cada nuance destas obras primas do repertório violinístico.

01. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 1. (Allegro moderato)
02. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 2. Andante
03. Violin Concerto No.1 In A Minor, BWV 1041 3. Allegro assai
04. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 1. Allegro
05. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 2. Adagio
06. Violin Concerto No.2 In E, BWV 1042 3. Allegro assai
07. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 1. Vivace
08. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 2. Largo ma non tanto
09. Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 3. Allegro
10. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 1. Allegro
11. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 2. Largo
12. Concerto For Violin, Strings And Continuo In G Minor, BWV 1056 – Reconstruction 3. Presto
13. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 1. Allegro
14. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 2. Adagio
15. Concerto For Violin, Strings And Continuo In D Minor, BWV 1052 – Reconstruction 3. Allegro

Giuliano Carmignola – Violin
Mayumi Hirasaki – Second Violin on BWV 1043
Concerto Köln

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FDPBach

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Concertos, Orchestral Suites, Chamber Symphonies – CDs 7, 8 e 9 de 9 – Mullova, Kremer, Schiff, et all.

Box FrontVamos concluir então essa excelente coleção com as obras de Shostakovich, com mais grandes nomes envolvidos em sua gravação.
Temos o segundo concerto para piano, com a brasileira Cristina Ortiz, os concertos para violino nas mãos de Viktoria Mullova e Gidon Kremer, e o concerto para violoncelo, com o Heinrich Schiff, sendo o filho de Shostakovich, Maxim, o regente junto à Orquestra da Rádio Bávara. Não posso esquecer de Rudolf Barshai com outra de suas orquestrações dos quartetos de corda, e o incansável Vladimir Ashkenazy, um dos maiores especialistas em Shostakovich. Só tem feras por aqui.
Achei a recepção desta coleção um tanto quanto morna, achei que teria mais downloads. Creio que algumas destas obras nunca tinham aparecido por aqui. Mas tudo bem, não podemos satisfazer a todos. A música deste grande compositor russo ainda é um tanto quanto desconhecida para nós daqui do sul do Equador,

CD 7

01. Festival Overture, Op.96

02. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Allegro
03. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Andante
04. Piano Concerto No.2 in F, Op.102 – Allegro

Cristina Ortiz – Piano

05. Five Fragments, Op.42 – Moderato
06. Five Fragments, Op.42 – Andante
07. Five Fragments, Op.42 – Largo
08. Five Fragments, Op.42 – Moderato
09. Five Fragments, Op.42 – Allegretto

Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor

10. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Allegretto
11. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Moderato com moto
12. Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Allegro non troppo
13 Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Adagio – attaca
14 Symphony for Strings and Woodwinds Op.73A (orch. Barshai) – Moderato

Chamber Orchestra of Europe
Rudolf Barschai – Conductor

15. 15. October – Symphonic Poem, Op.131

Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor

CD 8

01. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 I. Nocturne Moderato
02. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 II. Scherzo Allegro
03. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 III. Passacaglia Andante
04. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 IV. Burlesque Allegro con brio – Presto

Viktoria Mullova – Violin
Royal Philharmonic Orchestra
Andre Previn – Conductor

05. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 I. Moderato
06. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 II. Adagio
07. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129 III. Adagio – Allegro

Gidon Kremer – Violin
Boston Symphony Orchestra
Seiji Ozawa – Conductor

CD 9

01. Cello Concerto No. 1, Op. 107 I. Allegretto
02. Cello Concerto No. 1, Op. 107 II. Moderato
03. Cello Concerto No. 1, Op. 107 III. Cadenza
04. Cello Concerto No. 1, Op. 107 IV. Allegro Con Moto
05. Cello Concerto No. 2, Op. 126 II. Allegretto
06. Cello Concerto No. 2, Op. 126 III. Allegretto

Heinrich Schiff – Cello
Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks
Maxim Shostakovich – Conductor

CD 7 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 8 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 9 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Concertos, Orchestral Suites, Chamber Symphonies – Cds 4, 5 e 6 de 9

Box FrontMinhas férias estão acabando, e isso significa que o tempo disponível para preparar postagens também. Por isso, tenho de deixar as coisas mais ou menos preparadas, ainda mais que já há algum tempo apenas eu e PQPBach estamos envolvidos nas postagens. Monge Ranulfus de vez em quando colabora, de acordo com seu tempo disponível, assim como Mestre Avicenna.
Vou acelerar então um pouco as postagens e trazer três cds de uma só vez desta coleção do Shostakovich. E a partir de agora as coisas começam a ficar melhor, se é que se pode melhorar o que já está bom.

CD 4

1 Chamber Symphony Op.110A – 1. Largo
2 Chamber Symphony Op.110A – 2. Allegro Molto
3 Chamber Symphony Op.110A – 3. Allegretto
4 Chamber Symphony Op.110A – 4. Largo
5 Chamber Symphony Op.110A – 5. Largo
6 Symphony for Strings Op.118A – 1. Andante
7 Symphony for Strings Op.118A – 2. Allegretto Furioso
8 Symphony for Strings Op.118A – 3. Adagio
9 Symphony for Strings Op.118A – 4. Allgretto – Andante
10 Chamber Symphony Op.83A – 1.Allegretto
11 Chamber Symphony Op.83A – 2. Andantino
12 Chamber Symphony Op.83A – 4. Allegretto
13 Chamber Symphony Op.83A – 3. Allegretto

Chamber Orchestra of Europe
Rudolf Barshai

CD 5

1 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – I. Introduction and night patrol
2 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – II. Funeral march
3 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – III. Flourish and dance music
4 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – IV. The hunt
5 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – IX. Ophelia’s song
6 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – V. Pantomime of the actors
7 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VI. Procession
8 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VII. Musical pantomime
9 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – VIII. Banquet
10 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – X. Cradle song
11 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XI. Requiem
12 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XII. Tournament
13 Hamlet – Suite, op.32a from the film music – XIII. Fortinbras’s march
14 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – I. Overture
15 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – II. Bureaucrat’s dance
16 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – III. Drayman’s dance
17 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – IV. Tango
18 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – V. Intermezzo
19 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VI. The colonial slavegirl’s dance
20 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VII. The Yes-Man
21 The Bolt – Suite, op.27a from the ballet – VIII. General dance and apotheosis
22 The Golden Age – Suite, op.22a – I. Introduction
23 The Golden Age – Suite, op.22a – II. Adagio
24 The Golden Age – Suite, op.22a – III. Polka
25 The Golden Age – Suite, op.22a – IV. Dance

Gothenburg Symphony Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

CD 6

1 Overture on Russian and Kirghiz Folk Themes, Op.115

Royal Concertgebow Orchestra
Bernard Haitink – Conductor

2 The Song of the Forests, Op.81 – When the War Ended
3 The Song of the Forests, Op.81 – We will clothe our homeland with forests
4 The Song of the Forests, Op.81 – Memories of the Past
5 The Song of the Forests, Op.81 – The Pioneers Plant the Forest
6 The Song of the Forests, Op.81 – The Young Communists go Forth
7 The Song of the Forests, Op.81 – A walk in the future
8 The Song of the Forests, Op.81 – Glory

Mikhail Kotliarov – Tenor
NIkita Storojev – Bass

9 Funeral and Triumphal Prelude, op.130

New London Children´s Choir
Brigthon Festival Chorus
Royal Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy – Conductor

10 The Execution of Stepan Razin, op.119

Siegfried Vogel – Bass
Rundfunkchor Leipzig
Radio-Sinfonie-Orchester Leipzig
Herbert Kegel – Conductor

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CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 6 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Antonio Vivaldi (1678-1741) – 12 Concerti, op 7 – Accardo, Heinz Holliger, I Musici

CaratulaNestas minhas merecidas férias tenho aproveitado para colocar em dia a audição de alguns cds que, apesar de me serem muito queridos, ainda os ouço com pouca frequência devido às atribulações do dia a dia. Esta coleção do I Musici interpretando Vivaldi é um destes casos. Já a tenho há alguns anos, mas raramente à ouço. Fica esquecida num canto da estante, e em um belo momento, a recupero.

O op. 7 traz dez concertos para violino e dois para oboé. Mais uma vez o destaque aqui são os solistas, Salvatore Accardo e Heinz Holliger, dois gigantes em seus instrumentos. Beleza, sensibilidade, técnica, virtuosismo, são alguns dos adjetivos que eu poderia aplicar, mas são desnecessários, diria até mais, redundantes. Por isso, vamos ao que viemos.

CD 1
1-3 Concerto nº1 in B flat RV 465 for oboe
4-6 Concerto nº2 in C RV 188 for violin
7-9 Concerto nº3 in G minor RV 326 for violin
10-12 Concerto nº4 in A minor RV 354 for violin
13-15 Concerto nº5 in F flat RV 285a for violin
16-18 Concerto nº6 in B flat RV 374 for violin

CD 2

1-3 Concerto nº7 in B flat RV 464 for oboe
4-6 Concerto nº8 in G RV 299 for violin
7-9 Concerto nº9 in B flat RV 373 for violin
10-12 Concerto nº10 in F flat RV 294a for violin
13-15 Concerto nº11 in D RV 208a for violin
16-18 Concerto nº12 in D RV 214 for violin

Heinz Holliger – Oboe
Salvatore Accardo – Violin
I Musici

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Dmitri Shostakovich – Concertos, Chamber Suites, Chamber Symphonies – CD 3 de 9 – RCO, Chailly

Box FrontMais um cd desta belíssima caixa com obras de Shostakovich. E aqui continuamos a ouvir trilha sonoras de filmes. Desconheço maiores detalhes sobre esses filmes, ou sob que circunstâncias essas obras foram compostas. Se o nosso mentor, PQPBach, puder nos atualizar, agradeceria sobremaneira.

Riccardo Chailly e a Royal Concertgebow Orchestra formaram durante muito tempo uma parceria única. A fama desta orquestra se solidificou com sua direção. Não por acaso ela lidera o “ranking” das orquestras da atualidade.

01. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- Presto
02. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- Andante
03. Counterplan (The Passer-by), film score, Op. 33- The Song of the counterplan
04. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Marche, the Street
05. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Galop
06. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Barrel organ
07. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- March
08. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Altai
09. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- In Kuzmina’s Hut
10. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- School children
11. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Storm breaks
12. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Snow storm
13. Alone (All Alone), film score, Op. 26 (part lost)- Calm after the Storm
14. The Silly Little Mouse, animated film score, Op. 56
15. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Introduction
16. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Palace music
17. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Ball at the castle
18. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Ball
19. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- In the garden
20. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Military music
21. Hamlet, film score, Op. 116 (unrelated to incidental music)- Scene of the poi
22. The Great Citizen II, film score, Op. 55 (part lost)- Funeral march
23. Sofia Perovskaya, film score, Op. 132 (2 numbers missing)- Waltz
24. Pirogov, suite from the film score, Op. 76a (assembled by Atovmyan)- Scherzo
25. The Gadfly, suite from the film score, Op. 97a (assembled by Atovmyan)- Romance
26. Pirogov, suite from the film score, Op. 76a (assembled by Atovmyan)- Finale

Royal Concertgebow Orchestra
Riccardo Chailly – Conductor

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Daníel Bjarnason (1979): Processions

Daníel Bjarnason (1979): Processions

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um novo compositor estreia hoje no PQP Bach. Daníel Bjarnason é um islandês, compositor e maestro, nascido em Reykjavík. É uma figura conhecida: já regeu a Los Angeles Philharmonic, The Ulster Orchestra, Winnipeg Symphony Orchestra, Britten Sinfonia, Adelaide Symphony Orchestra e sua música foi interpretada por gente como Gustavo Dudamel, James Conlon, Ilan Volkov, etc. Em seu país pertence ao selo-comunidade de compositores chamado Bedroom Community.

Os elogios recebidos por este álbum não são por acaso. O disco inicia por Bow to String, uma peça para infinitos violoncelos gravados pela mesma instrumentista, de nome Sæunn Þorsteinsdóttir — pronuncie você meu amigo, desejo-lhe em dobro. É uma esplêndida peça que você deverá conhecer. Processions é um belo Concerto para Piano cheio de personalidade e com final cinematográfico. O CD fecha suas cortinas com Skelja, uma tranquila composição para harpa e percussão.

O mundo gira e as novidades e os novos talentos vão aparecendo. Vida longa e criativa para Daníel Bjarnason!

Daníel Bjarnason (1979): Processions

1. Bow to String I. “Sorrow conquers happiness” 05:20
2. Bow to String II. Blood To Bones 05:08
3. Bow to String III. Air to Breath 04:11

4. Processions I. In Medias Res 10:24
5. Processions II. Spindrift 12:33
6. Processions III. Red–handed 05:34

7. Skelja 06:21

Instrumentistas:
Bow to String
Sæunn Þorsteinsdóttir: Cello (or ‘an infinite number of cellos’)
Valgeir Sigurðsson: Programming on 1st movement, Sorrow conquers happiness

Processions
Iceland Symphony Orchestra
Víkingur Heiðar Ólafsson: Piano
Daníel Bjarnason: Conductor

Skelja
Katie Buckley: Harp
Frank Aarnink: Percussion

Iceland Symphony Orchestra: 1st Violin: Sigrún Eðvaldsdóttir, Zbigniew Dubik, Martin Frewer, Bryndís Pálsdóttir, Júlíana Elín Kjartansdóttir, Gunnhildur Daðadóttir, Mark Reedman, Sigríður Hrafnkelsdóttir, Pálína Árnadóttir, Hildigunnur Halldórsdóttir, Rósa Guðmundsdóttir, Magdalena Dubik 2nd Violin: Ari Þór Vilhjálmsson, Margrét Þorsteinsdóttir, Þórdís Stross, Christian Diethard, Roland Hartwell, Ólöf Þorvarðsdóttir, María Weiss, Ingrid Karlsdóttir, Kristján Matthíasson, Joanna Koziura Viola: Þórunn Ósk Marinósdóttir, Sarah Buckley, Guðrún Þórarinsdóttir, Kathryn Harrison, Eyjólfur Alfreðsson, Sesselja Halldórsdóttir, Herdís Anna Jónsdóttir, Þórarinn Már Baldursson Cello: Sigurgeir Agnarsson, Hrafnkell Orri Egilsson, Margrét Árnadóttir, Lovísa Fjeldsted, Bryndís Björgvinsdóttir, Ólöf Sesselja Óskarsdóttir, Auður Ingvadóttir Doublebass Hávarður Tryggvason, Dean Ferrell, Jóhannes Georgsson, Þórir Jóhannsson, Gunnlaugur Torfi Stefánsson Flute: Áshildur Haraldsdóttir, Melkorka Ólafsdóttir Oboe: Daði Kolbeinsson, Peter Tompkins Clarinet: Rúnar Óskarsson, Sigurður I. Snorrason Bassoon:Rúnar Vilbergsson, Brjánn Ingason Horn: Joseph Ognibene, Emil Friðfinnsson, Stefán Jón Bernharðsson, Lilja Valdimarsdóttir Trumpet: Ásgeir Steingrímsson, Einar Jónsson, Eiríkur Örn Pálsson Trombone: Sigurður Þorbergsson, Jón Halldór Finnsson, David Bobroff Tuba: Finnbogi Óskarsson Harp: Elísabet Waage Timpani: Eggert Pálsson Percussion: Steef van Oosterhout, Frank Aarnink, Kjartan Guðnason

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Daníel Bjarnason
Daníel Bjarnason, um gato que deixamos para as pequepianas que nos prestigiam diariamente.

PQP

.:interlúdio:. Eliane Elias – Cross Currents

MI0002544750Outro excelente disco localizado na imensa discografia do Randy Brecker, não por acaso, ex-marido desta talentosíssima pianista brasileira, Eliane Elias. Aqui, Brecker cuida mais da produção e tem uma pequena participação vocal.O “resto” da galera com quem ela toca tem apenas Jack DeJohnete, Eddie Gomez e Peter Erskine, entre outras feras.
A discografia de Eliane Elias é bem grande, e diversificada e já ganhou diversos prêmios por ela. Gravou de tudo um pouco. E ainda se arrisca nos vocais. Seu último trabalho é dedicado a Chet Baker.
Se os senhores gostarem, trago outro dia seu CD dedicado a Tom Jobim.

1 – Hallucinations
2 – Cross Currents
3 – Beautiful Love
4 – Campari & Soda
5 – One Side of You
6 – Another Side of You
7 – Peggy´s Blue Skylight
8 – Impulsive
9 – When You Wish Upon a Star
10 – East Costin´
11 – Coming and Going

Eliane Elias – Vocais, Piano
Eddie Gomez – Bass
Jack DeJohnette – Drums
Peter Erskine – Drums
Café – Percussion
Barry Finnerty – Guitar

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Bela foto de Eliane Elias com o maridão, o baixista Marc Johnson.

Dmitri Shostakovich – Concertos, Orchestral Suites, Chamber Symphonies – CD 2 de 9 – Chailly, The Philadelphia Orchestra

Box FrontMais um delicioso CD desta deliciosa caixa da DECCA com música de Shostakovich.
O Cd abre com uma Suíte de uma Opereta, Moscow-Cheryomuschki, uma suíte de um balé, e conclui com a trilha sonora composta para um filme. São peças curtas, leves, alegres e divertidas.
E mais uma vez Riccardo Chailly dá um show de versatilidade, totalmente à vontade frente à excelente The Philadelphia Orchestra. Não tem como não gostar desse repertório.
Como já notaram, o grande expert em Shostakovich é nosso mentor PQPBach. Conhece muito bem a vida e a obra do compositor russo, como já deixou demonstrado em outras postagens de Shosta, como carinhosamente o chama.
Mas vamos ao que viemos.

01. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite A Spin Through Moscow
02. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Waltz
03. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Dances (Polka – Galop)
04. Moscow, Cheryomushki, Operetta, Op. 105 Suite Ballet
05. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Introduction
06. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Polka
07. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Variations
08. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Tango
09. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Intermezzo
10. The Bolt, Suite From The Ballet, Op. 27a Finale
11. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Overture
12. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Cliff
13. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Youth (Romance)
14. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Slap In The Face
15. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Barrel Organ
16. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Contredanse
17. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Galop
18. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Market Place
19. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Escape
20. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Montanelli
21. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Finale
22. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts The Austrians
23. The Gadfly, Suite From The Film Score, Op. 97a Excerpts Gemma’s Room

The Philadelphia Orchestra
Riccardo Chailly – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nº 2 e Nº 3 (CDs 2, 3 e 4 de 16) (Bernstein)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nº 2 e Nº 3 (CDs 2, 3 e 4 de 16) (Bernstein)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Estas duas sinfonias de Mahler, colocadas nesta coleção na ordem inversa — primeiro a terceira e depois e segunda — são o que mais gosto em sua obra, logo após A Canção da Terra. São sinfonias com programas que depois foram rejeitados por Mahler, mas suas audições não enganam: dando razão à Adorno, são músicas que funcionam como romances. E bem longos. A terceira sinfonia abre com o maior movimento de todas as sinfonias. É um portento de 34 minutos e com uma estrutura onde cabe tudo: música de câmara, sinfônica, bandas militares, melodias sublimes e intencionalmente vulgares. É ciclotímica, a cada cinco minutos muda de comportamento. Parece um pot-pourri cuja comunicação é muito tênue. É uma verdadeira revolução que é mantida pelas duas sinfonias, mas que é mais clara aqui. O terceiro movimento da sinfonia nº 2 é aquele mesmo utilizado por inteiro na Sinfonia de Berio, talvez a maior homenagem que um compositor tenha feito a outro em todos os tempos. Como escreveu Marc Vignal no calhamaço “História da Música Ocidental” de Jean e Brigitte Massin, nestas sinfonias Mahler não hesita em momento nenhum de se fazer cúmplice do caos. Não parece haver nenhuma autocensura nestas obras mastodônticas e que provocaram o futuro de forma que ele não pôde nunca mais ser o mesmo.

A seguir, textos retirados da Wikipedia sobre estas sinfonias.

Sinfonia Nº 2

A Sinfonia no 2, em Dó Menor (termina em Mi Bemol Maior) por Gustav Mahler foi escrita entre 1888 e 1894. Ela foi publicada em 1897 (Leipzig, Hofmeistere) e passou por uma revisão em 1910. Ela também é conhecida como Sinfonia da Ressurreição porque faz referências à citada crença cristã.

Histórico

Mahler compôs o primeiro movimento em 10 de setembro de 1888. Em 1893 completou o Andante e o Scherzo.

Em fevereiro de 1894, durante os funerais do pianista e regente Hans von Büllow, Mahler ouviu um coro de meninos cantarem o hino Auferstehen (Ressurreição), da autoria de Friedrich Klopstock. O hino impressionou tanto Mahler que ele resolveu incorporá-lo ao Finale da sinfonia que estava em preparação. Ao mesmo tempo decidiu que a Ressurreição seria o tema principal da obra.

Características

A Segunda Sinfonia é a primeira sinfonia em que Mahler usa a voz humana. Ela aparece na última parte da obra, no clímax, tal qual a Sinfonia no 9 de Beethoven. Além da influência de Beethoven, percebe-se traços de Bruckner e Wagner na composição.

Apesar da origem judia, Mahler sentia fascínio pela liturgia cristã, principalmente pela crença na Ressurreição e Redenção. A Segunda Sinfonia propõe responder à pergunta: “Por que se vive?”. Simbolicamente ela narra a derrota da morte e a redenção final do ser humano, após este ter passado por uma período de incertezas e agrúrias.

A Sinfonia no 2 foi escrita para uma orquestra com as seguintes composição: 4 flautas (todas alternando com 4 piccolos), 4 oboés (2 alternando com corne-inglês), 3 clarinetes (Sib, La, Do – um alternando com clarone), 2 clarinetes em Mib, 3 fagotes, 1 contrafagote, 10 trompas em fá (4 usadas fora do palco, menos no final), 8-10 trompetes em fá e dó (4 a 6 usados fora do palco, menos no final), 4 trombones, 1 tuba contrabaixo, 7 tímpanos (um fora do palco), 2 pares de pratos (um fora do palco), 2 triângulos (um fora do palco), Caixa clara, Glockenspiel, 3 sinos (Glocken, sem afinação), 2 bombos (um fora do palco), 2 tam-tams (alto e baixo), 2 harpas, órgão,quinteto de Cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda Dó grave). Há ainda: Soprano Solo, Contralto Solo e um Coro Misto.

Os movimentos

Na sua forma final a sinfonia, cuja duração aproximada é de 80 minutos, é formada por cinco movimentos distribuídos da seguinte forma:

1. ‘Totenfeier’: Allegro maestoso. Mit durchaus ernstem und feierlichem Ausdruck (~23 minutos)
2. Andante moderato. Sehr gemächlich. Nicht eilen (~10 minutos)
3. In ruhig fliessender Bewegung (~10 minutos)
4. ‘Urlicht’ . Sehr feierlich, aber schlicht (~5 minutos)
5. Im Tempo des Scherzos. Wild herausfahrend (’Aufersteh’n’) (~35 minutos)

A sinfonia narra a queda e morte do herói sinfônico, as suas dúvidas, fé e ressurreição no Dia do Juízo Final.

O primeiro movimento é sobre a morte, no segundo a vida é relembrada e o terceiro apresenta as dúvidas quanto à existência e ao destino. No quarto movimento o herói readquire a sua fé e a esperança. No quinto e último movimento ocorre a Ressurreição, na forma imaginada por Mahler.

FDP Bach escreveu acerca da Sinfonia Nº 2:

“The earth quakes, the graves burst open, the dead arise and stream on in endless procession….. The trumpets of the apocalypse ring out… And behold, it is no judgement…. There is no punishment and no reward. An overwhelming love illuminates our being. We know and are.” (From Mahler’s 1894 description of the symphony.)”

Era assim que o próprio Mahler definia sua Sinfonia nº 2. Gosto muito dela, principalmente de seus dois primeiros movimentos. É uma obra de fôlego, pesada, que realmente nos esgota. Não recomendaria como uma primeira audição mahleriana. Mas, uma vez passado o temor, nunca cansamos de ouví-la.

Li alguns comentários muito interessantes na postagem da “Titã”, com os quais me identifiquei. Principalmente aqueles que falavam da dificuldade de se assimilar uma obra tão complexa. Confesso que demorei a ouvir Mahler, e ainda o temo, mesmo passados alguns anos do primeiro contato com a sua obra. E o meu primeiro contato foi, como para muitos, com a Sinfonia nº5, o a do famoso adagieto, utilizado com maestria no filme do Visconti. Mas trata-se de uma questão de educação dos ouvidos. Uma vez assimilada a forma com que a sinfonia se estrutura fica mais fácil sua compreensão. E isso vale para qualquer música. Será um pouco difícil gostar em uma primeira audição, mas com o tempo, se acostuma. Se não se acostumar, bem, que podemos fazer?

Bernstein, como sempre, está a vontade regendo Mahler. E se os senhores tiverem oportunidade, sugiro a aquisição da série de DVDs que o trazem regendo estas sinfonias. Ver Bernstein regendo é um espetáculo à parte. Ele se joga com tal ímpeto na condução da obra que, no final, está totalmente esgotado. Os DVDs foram lançados pela Deutsche Grammophon, e são dirigidos pelo grande Humphrey Burton, que faz uma edição primorosa da apresentação.

E como sempre, a gravação é recheada de estrelas de primeira grandeza: a maravilhosa contralto wagneriana Christa Ludwig, e a então jovem soprano americana, Barbara Hendricks.

Creio que será uma bela forma de se passar a tarde de sábado, pois a obra tem mais de 80 minutos de duração.

Jorge de Sena, em 1967, escreveu o seguinte poema sobre esta música:

MAHLER: SINFONIA DA RESSURREIÇÃO

Ante este ímpeto de sons e silêncio,
ante tais gritos de furiosa paz,
ante o furor tamanho de existir-se eterno,
há Portas no Infinito que resistam?

Há infinito que resista a não ter portas
para serem forçadas? Há um paraíso
que não deseje ser verdade? E que Paraíso
pode sonhar-se a si mesmo mais real que este?

Sinfonia Nº 3, copiado da Wikipedia

A sinfonia Nº3 em ré menor, de Gustav Mahler foi composta entre 1893 e 1896. É uma obra bastante longa (a maior sinfonia de Mahler), a mais longa do reportório romântico, aproximadamente cem minutos de música.

Estrutura

A sinfonia está dividida em seis andamentos:

1. Kräftig entschieden (forte e decisivo) (36 minutos)
2. Tempo di Menuetto (Tempo de minueto) (10 minutos)
3. Comodo (Scherzando) (confortável, como um scherzo) (18 minutos)
4. Sehr langsam–Misterioso (muito lento, misteriosamente) (10 minutos)
5. Lustig im Tempo und keck im Ausdruck (Alegre em tempo e atrevido em expressão) (4 minutos)
6. Langsam–Ruhevoll–Empfunden (lento, tranquilo, profundo) (26 minutos)

Em cada uma das primeiras quatro sinfonias de Gustav Mahler, o próprio criou uma explicação da narrativa destas sinfonias. Na terceira, a explicação de cada andamento, é a seguinte:

1. “Chega o Verão”
2. “O que me dizem as flores do campo”
3. “O que me dizem os animais da floresta”
4. “O que me dizem os homens”
5. “O que me dizem os homens”
6. “O que me diz o amor”

Todos estes títulos foram publicados em 1898.

Originalmente a Sinfonia possuía um sétimo andamento, “O que me dizem as crianças”, porém este foi colocado na Sinfonia No.4, no último andamento.

Análise

Esta obra está composta em seis andamentos, divididos em duas partes: A primeira compreende o primeiro andamento, muito longo. A segunda agrupa os restantes andamentos. No quarto andamento a parte do contralto é um texto de “Assim falou Zaratustra” do Friedrich Nietzsche. No andamento seguinte, o coro das crianças canta um tema de “Das Knaben Wunderhorn” (A trompa mágica do rapaz). O andamento final é um hino ao amor, que conclui a sinfonia com um adagio que faz meditar.

Kräftig entschieden

O monumental primeiro andamento da terceira sinfonia, um dos mais longos escritos por Mahler (entre 30 a 35 minutos de música), importa-nos imediatamente para um universo mineral, uma ruptura completa com o quotidiano da vida. O andamento, todo ele muito bem estruturado quase parece uma sinfonia de Mozart, tendo um carácter monumental. O desenvolvimento temático, descritivo e filosófico, dá uma grande possibilidade de interpretação ao ouvinte, possibilidade essa com que Mahler descreve na explicação do andamento: “Chega o Verão”.

FDP Bach escreveu acerca da Sinfonia Nº 3:

Chegamos à Sinfonia nº 3. E que sinfonia… e que orquestra (FIlarmônica de Nova York)… e que coral… e que solista…(novamente A divina Christa Ludwig), e Bernstein em seu domínio…
A seguir, uma análise mais apurada, tirada da Wikipedia.

“The symphony, though atypical due to the extensive number of movements and their marked differences in character and construction, is a unique work. The opening movement, grotesque in its conception (much like the symphony itself), roughly takes the shape of sonata form, insofar as there is an alternating presentation of two theme groups; however, the themes are varied and developed with each presentation, and the typical harmonic logic of the sonata form movement–particularly the tonic statement of second theme group material in the recapitulation–is replaced here by something new. The slow opening can seem to evoke the primordial sleep of nature, slowly gathering itself into a rousing orchestral march. A solo tenor trombone passage states a bold melody that is developed and transformed in its recurrences. Innovation is present everywhere in this movement, including its apparent length. At the apparent conclusion of the development, several solo snare drums “in a high gallery” play a rhythmic passage lasting about thirty seconds and the opening passage by eight horns is repeated almost exactly.

The third movement quotes extensively from Mahler’s early song “Ablösung im Sommer”(Relief in Summer). The fourth is a setting of Friedrich Nietzsche’s “Midnight Song” from Also sprach Zarathustra, while the fifth, “Es sungen drei Engel”, is one of Mahler’s Des Knaben Wunderhorn songs.

It is in the finale, however, that Mahler reveals his true genius for stirring the soul. The construction of it is masterful, and the interplay of a developing chromatic harmony and sonorous string melody, developed and re-orchestrated with perfect grace and poise builds to a conclusion that, though seemingly overblown when heard in isolation, is, in the wider context of the symphony, both musically justified and emotionally overwhelming. The symphony ends with repeated D major chords and timpani statements before one final long chord.”

Mahler – Sinfonias Nº 2 e Nº 3

CD2
Gustav Mahler – Leonard Bernstein – Symphonie no. 3

Sinfonia Nº 3
01. Symphony #3 – Kraftig. Entschieden
02. Symphony #3 – Tempo di Menuetto. Sehr massig
03. Symphony #3 – Comodo. Scherzando. Ohne Hast

New York Philarmonic
Leonard Bernstein

CD3
Gustav Mahler – Leonard Bernstein – Symphonie no. 3 & 2

01. Symphony #3 – Sehr langsam. Misterioso. Durchaus ppp
02. Symphony #3 – Lustig im Tempo und keck im Ausdruck
03. Symphony #3 – Langsam. Ruhevoll. Empfunden

Christa Ludwig : mezzo-soprano
New York Choral Artists
Brooklyn Boys Chorus
New York Philarmonic
Leonard Bernstein

Sinfonia Nº 2

04. Symphony #2 – 1. Allegro maestoso (Totenfeier)

New York Philarmonic
Leonard Bernstein

CD4
Gustav Mahler – Mahler The Complete Symphonies & Orchestral Songs

01. Symphony No.2 in C minor Resurrection – 2. Andante moderato
02. Symphony No.2 in C minor Resurrection – 3. [Scherzo], In ruhig fliessenttaca
03. Symphony No.2 in C minor Resurrection – 4. Ulrich, Sehr feierlich, aber
04. Symphony No.2 in C minor Resurrection – 5. Im Tempo Des Scherzo, Wild H

Barbara Hendricks : soprano
Christa Ludwig : mezzo-soprano
Westminster Choir
New York Philarmonic
Leonard Bernstein

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Em chamas -- Leonard Bernstein dirigiendo 'Resurrección', de Mahler, interpretada por la Boston Symphony en Tanglewood (Massachusetts) en 1970. / FOTO: BETTMANN / CORBIS
Em chamas — Leonard Bernstein dirigiendo ‘Resurrección’, de Mahler, interpretada por la Boston Symphony en Tanglewood (Massachusetts) en 1970. / FOTO: BETTMANN / CORBIS

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