Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) – Valsas e sonata para piano

ValsasComo o CVL anda presenteando todo mundo, achei interessante trazer esse presente para ele e para vocês. As valsas de Carmargo Guarnieri são excelentes, algumas vezes penso que são melhores que as de Chopin. A sonata também é ótima (a única escrita?) e merece reconhecimento. Grande mérito à pianista brasileira Belkiss Sá Carneiro de Mendonça.

CDF

Faixas:
1 Valsa n° 1 – Lentamente – dó menor 00:03:40
2 Valsa n° 2 – Preguiçoso – dó sustenido menor 00:03:23
3 Valsa n° 3 – Com moleza – lá menor 00:03:49
4 Valsa n° 4 – Calmo e saudoso – fá sustenido menor 00:03:23
5 Valsa n° 5 – Calmo – mi menor 00:02:46
6 Valsa n° 6 – Lento – lá menor 00:04:44
7 Valsa n° 7 – Saudoso – lá menor 00:03:12
8 Valsa n° 8 – Calmo – mi menor 00:03:31
9 Valsa n° 9 – Calmo – do filme Rebelião em Vila Rica – lá menor 00:02:15
10 Valsa n° 10 – Caloroso – mi bemol menor 00:04:30
11 Sonata – Tenso 00:03:24
12 Sonata – Amargurado 00:06:00
13 Sonata – Triunfante – Enérgico (fuga) – Triunfante 00:04:10

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French opera overtures

Não, isso não é um repeteco. Marcelo Stravinsky, que posta CDs “na doida” (ele é mais o imprevisível de nós todos, pois não é comprometido com um estilo, época ou lugar, feito os demais), me legitimou a aparecer do nada e compartilhar este outro CD bacana de aberturas de óperas/operetas francesas que possuo há uns 15 anos. Se não fosse por minha conexão ruim, atualmente, estaria postando outras coisas boas de surpresa, fora música clássica brasileira pós-colonial.

Espero o quanto antes postar Le bal masqué, de Poulenc, em retribuição ao mano CDF.

***

French opera overtures

1. Bizet – Abertura de Carmen – Sinfônica de Bratislava – Ondrej Lénard
2. Offenbach – Abertura de A vida parisiense – London Festival Orchestra – Alfred Scholz
3. Auber – Abertura de Fra diavolo – Sinfônica de Nuremberg – Hanspeter Gmür
4. Adam – Abertura de Se eu fosse rei – LFS – Scholz
5. Berlioz – Abertura de O carnaval romano – Filarmônica Eslovaca – Ludovit Rajter
6. Boieldieu – Abertura de A dama branca – Sinfônica de Bratislava – Lénard
7. Offenbach – Abertura de Orfeu nos infernos – LFS – Scholz
8. Auber – Abertura de O dominó negro – Philharmonia Slavonica – Scholz
9. Boieldieu – Abertura de O califa de Bagdá – Sinfônica de Bratislava – Lénard

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CVL

J. S. Bach (1685-1750): Transcriptions [link atualizado 2017]

Quero, também, homenagear Johann Sebastian Bach. Trago-lhes Bach em algumas roupagens diferentes. Orquestrações e arranjos de obras do gênio alemão feitas por compositores consagrados e em várias épocas distintas. Tudo isso sob a batuta de Esa-Pekka Salonen frente a Los Angeles Philharmonic. O cd inclui o espetacular arranjo orquestral de Stokowski para a Tocata e Fuga em Ré Menor e os arranjos de Gustav Mahler para algumas partes das Suites Orquestrais 2 e 3.

Um cd IM-PER-DÍ-VEL®!

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Bach: Transcriptions

01 Toccata and Fugue for Organ in D minor, BWV 565 (10:07)
Orchestrated: Leopold Stokowski

02 Fantasie and Fugue for Organ in C minor, BWV 537 (9:10)
Orchestrated: Edward Elgar

03 Musikalisches Opfer, BWV 1079: Ricercare (8:39)
Orchestrated: Anton Webern

04 Prelude and Fugue for Organ in E flat major, BWV 552 “St. Anne” (15:24)
Arranged: Arnold Schoenberg

05 Fugue in G minor, BWV 578 “Little G minor” (3:57)
Orchestrated: Leopold Stokowski

Suite For Organ, Harpsichord & Orchestra
(Selections from Orchestral Suites 2 & 3)
Arranged: Gustav Mahler

Orchestral Suite No.2 BWV 1067
06 Overture (7:47)
07 Rondeau and Badinerie (3:20)

Orchestral Suite No.3 BWV 1068
08 Air (5:31)
09 Gavotte I and Gavotte II (3:44)

Los Angeles Philharmonic
Esa-Pekka Salonen

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Marcelo Stravinsky
Repostado por Bisnaga

J. S. Bach (1685-1750): Capricci, Toccata, Little Preludes

Vou tomar uma atitude profilática. Estou mandando tomar no cu quem reclamar que este CD tem apenas uma faixa. Bom, ele é uma conversão de um antigo LP de 1986 da Melodija soviética que nunca tornou-se CD e que é tão bom, tão bom, mas tão bom que é melhor calar e ouvir. (Explico melhor: mandarei tomar aqueles não leem o que estão baixando. Você, meu dedicado leitor que chegou a esta linha, é amado por mim).

Eu não sei quem foi este Lubimov, eu só sei que o cara amava Bach, tocava demais e seu LP/CD/mp3 é de se ouvir de joelhos. Ajoelhei ou tremei, infiéis! (Querem ver como alguém vai reclamar que está tudo numa só faixa? Não me chamo P.Q.P. Bach se alguém não reclamar!)

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Ah, som de boa qualidade!

J. S. Bach – Capricci, Toccata, Little Preludes

Capriccio in B flat major “Sopra la lontananza del suo fratello dilettissimo” BWV 992 – 10.15
01. 1. Arioso. Adagio
02. 2. (Andante)
03. 3. Adagissimo
04. 4. (Andante con moto)
05. 5. Aria di Postiglione. Allegro poco
06. 6. Fuga all’ imitazione della cornetta di postiglione

07. Capriccio in E major “In honorem Joh. Christoph. Bachii”, BWV 993 – 5.51

Toccata in E minor, BWV 914 – 7.09
08. 1. –
09. 2. Un poco Allegro
10. 3. Adagio
11. 4. Fuga. Allegro

Twelve Little Preludes, – 11.35
12. 1. in C major, BWV 924
13. 2. in C major, BWV 939
14. 3. in C minor, BWV 999
15. 4. in D major, BWV 925
16. 5. in D minor, BWV 926
17. 6. in D minor, BWV 940
18. 7. in E minor, BWV 941
19. 8. in F major, BWV 927
20. 9. in F major, BWV 928
21. 10. in G minor, BWV 929
22. 11. in G minor, BWV 930
23. 12. in A minor, BWV 942

Six Little Preludes – 10.46
24. 1. in C major, BWV 933
25. 2. in C minor, BWV 934
26. 3. in D minor, BWV 935
27. 4. in D major, BWV 936
28. 5. in E major, BWV 937
29. 6. in E minor, BWV 938

Alexei Lubimov – “Tschudi” harpsichord, London 1766
Conversão feita a partir de um LP

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PQP

Bernd Alois Zimmermann (1918-1970): Réquiem para um jovem poeta

Bernd Alois Zimmermann tem sua maior obra em Requiem für einen jungen Dichter (Réquiem para um jovem poeta, 1967-69), uma estupenda realização escrita para três coros, soprano e baixo, que literalmente conversam entre si — sim, membros dos coros agem como atores –, órgão, gravações com sons de rua, um jazz combo e uma enorme orquestra. Trabalhando com uma multiplicidade de textos, Zimmermann tinha inicialmente planejado utilizar apenas textos de poetas suicidas, como, por exemplo, Vladimir Maiakovski. Porém, Zimmermann, vivendo a ebulição revolucionária do maio de 68 e o início do Baader-Meinhof na Alemanha, abriu-se a todos os tipos de fontes orais em múltiplos idiomas. Discursos políticos, passagens da Vulgata Latina, vozes de presidente Mao, Hitler e até mesmo “Hey Jude”, dos Beatles participam da obra. Zimmermann acabou construindo não apenas um poderoso réquiem dirigido aos poetas que de matam, mas para o próprio século XX e sua crise cultural.

A obra dialoga intensamente com a Sinfonia de Berio, mas refere-se ainda mais à sua e nossa época. Acho que é indiscutivelmente superior que a citada Sinfonia, pois tem os dois pés inteiramente encharcados em nossa realidade. Um aspecto surpreendente do Réquiem para os jovens poetas é sua atualidade. Poderia ter sido escrita em 2009 por um inventivo compositor de vanguarda, se este tivesse o talento, a CULTURA e a ambição artística de Zimmermann.

Wikipedia: Zimmermann nasceu em Bliesheim perto de Colónia. Cresceu numa comunidade rural Católica na Alemanha ocidental. Seu pai trabalhou para o ‘Reichsbahn’ (Imperial Ferroviária) e também foi agricultor. Em 1929, Zimmermann começou a frequentar uma escola privada católica, onde ele teve seu primeiro encontro com a música. Após os nacional-socialistas (ou nazis) fecharem todas as escolas privadas, ele mudou para uma escola pública católica em Colônia, onde, em 1937, recebeu o diploma colegial.

Começou a estudar Educação Musical, Musicologia e Composição no inverno de 1938 na Universidade de Música de Colónia. Em 1940, foi integrado na Wehrmacht (o exército alemão), mas foi libertado em 1942 devido a uma grave doença da pele. Retornou aos seus estudos, não recebeu um grau até 1947 devido ao fim da guerra. No entanto, ele já estava ocupado como free-lancer compositor em 1946, principalmente para a rádio. De 1948 a 1950, fêz (Curso de férias para a Nova Música) onde estudou com René Leibowitz e Wolfgang Fortner, entre outros.

Estava morando em Grosskönigsdorf perto de Colónia. No entanto, a sua tendência depressiva aumentou para um nível mais físico, agravados por uma deterioração rápida nos olhos. Em 10 de agosto de 1970, Zimmermann cometeu suicídio, apenas cinco dias depois de completar a Ich wandte mich um und sah alles Unrecht das geschah unter der Sonne. Na época, estava a preparar outra ópera, Medea.

Em contraste com a chamada “Escola Darmstadt” (Stockhausen, Boulez, Nono, etc.), Zimmermann não fez uma ruptura radical com a tradição. No final da década de 50, desenvolveu o seu próprio estilo de composição, o pluralistica “Klangkomposition”. A combinação e sobreposição de camadas de materiais musicais de diversos períodos de tempo (medieval Barroco e Clássico, de Jazz e música pop), utilizando técnicas musicais avançadas, (visto algo no seu trabalho orquestral Photoptosis) (o ballet Musique pour les soupers du Roi Ubu). Nas suas obras vocais, especialmente o seu Requiem, o texto é usado para o progresso da peça pela sobreposição de textos a partir de várias fontes. Ele criou sua própria atitude musical utilizando a metáfora the spherical form of time (“a forma esférica do tempo).

O romance How Is This Going to Continue? (2007) de James Chapman é inspirado no Requiem für einen jungen Dichter e inclui passagens que prestam homenagem ao compositor.

Obs.: Esta notável gravação me foi passada pelo Dr. Cravinhos e não é a mesma do CD da Amazon acima.

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Bernd Alois Zimmermann – Requiem für einen Jungen Dichter (1967/69):

Lingual für Sprecher, Sopran- und Bass-Solo, drei Chöre, Orchester, Jazz-Combo, Orgel und elektronische Klänge, nach Texten verschiedener Dichter, Berichten, Reportagen

1. Prolog / Requiem 1 / Requiem 2 (29:02)
2. Ricercar (10:36)
3. Rappresentazione (5:32)
4. Elegia (1:36)
5. Tratto (1:28)
6. Lamento (7:07)
7. Dona Nobis Pacem (8:36)

Matthias Buss and Marcel Welten – Narrators
Penelope Walmsley-Clark – Soprano
David Pittman-Jennings – Baritone

Tschechischer Philharmonischer Chor Brno
Slowakischer Philharmonischer Chor Bratislava
Herren der Europachor-Akademie Mainz

Jazz-Combo: Axel Dörner (trumpet), Gerd Dudek (reeds), Alexander von Schlippenbach (piano), Jochen Schmidt (bass), Paul Lovens (drums)

João Rafael – Klangregie

Philharmonisches Staatsorchester Hamburg
Conductor: Ingo Metzmacher

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PQP

E ainda nem respondi ao e-mail…

… apesar de estar louco de orgulho!

Assunto: O Pensador Selvagem: CD de composições do Compomus da UFPB

Boa tarde!

Venho aqui atender ao pedido dos compositores do Laboratório de Composição Musical da UFPB (COMPOMUS) que desejam ter o conteúdo do seu CD mais recente (BRASSIL Interpreta Compositores da Paraíba, patrocinado pela Petrobrás) disponibilizado para download em seu blog, PQP Bach. Todos os compositores envolvidos no projeto concordaram com a disponibilização gratuita do disco.
Aguardo seu retorno para saber como devemos proceder.

Rafael Laurindo

Podem usar e abusar do PQP Bach. Procedam primeiramente chutando a porta. A casa é de vocês! Por favor, enviem o link do mp3 convertido em 320 KB — acompanhado de comentários e notícias biográficas de cada autor — para o e-mail [email protected] .

Nós é que agradecemos a cada um de vocês!

PQP

Schnittke (1934 -1998): Symphony no.1

Depois de 1970, com as barreiras destruídas, o mundo da música clássica não experimentou algo que pudéssemos chamar de “nova escola”. Pelo menos não tão significativa como o classicismo, romantismo ou serialismo. Como não há escola, podemos dizer que a liberdade é máxima. Por outro lado, o compositor não tem uma estrutura onde se amparar. Diferente de um Beethoven ou Wagner que expandiram o classicismo e o romantismo até a última fronteira, o compositor contemporâneo não tem base onde se fundamentar e nem o que desenvolver, tudo é vácuo.
E porque fui escolher esse ano, 1970? Pois nesse período nascia uma obra que define bem esse período de desamparo e esgotamento que viviam os novos compositores – a Sinfonia n.1 de Alfred Schnittke. Essa obra também é conhecida com a “sinfonia esquizofrênica”. Ela tem a estrutura clássica de 4 movimentos e depois…loucura. Ela tem similaridades com a Sinfonia de Berio, nas inúmeras citações de obras clássicas, no fechamento de um ciclo e a procura de um outro; mas Schnittke também vai ao submundo, “suja” sua obra com temas vulgares, não faz vistas grossas ao mundo que o cercava. A obra é “feia” mesmo, mas não podemos escapar, é de fundamental importância.
A sinfonia n.1 é uma caricatura do mundo esquizofrênico de Schnittke…e do nosso.

CDF

Faixas:
1. I. Senza tempo – Moderato – Allegro – Andante
2. II. Allegretto
3. III. Lento
4. IV. Lento
5. V. Aplause

Performed by Royal Stockholm Philharmonic Orchestra
with Carl-Axel Dominique
Conducted by Leif Segerstam

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Carlo Gesualdo da Venosa (1566-1613): Livro I dos Madrigais

Texto de Milton Ribeiro. Retirado daqui.

Quem leu Cortázar direitinho sabe quem é Gesualdo da Venosa. Aquele pessoal da Renascença não era mole. Passei grande parte da segunda e terça-feira com o iPod ligado, ouvindo Gesualdo, um sujeito nascido em 1566 que merecia ser conhecido por sua música e não apenas por ter cometido um espetacular assassinato.

Gesualdo casou-se aos 26 anos com sua prima, Maria d`Avalos. Dois anos de casamento feliz — provavelmente só na opinião do marido — e Maria começou um caso com Fabrizio Carafa, Duque de Andria. Como quase sempre acontece, o corno é o último a saber; ou seja, toda cidade sabia, menos o proprietário das frondosas peças. Talvez fosse esperado que, ao descobrir com quem sua Maria se deitava, o Príncipe da Venosa tivesse uma reação blasé, mais ou menos como um nobre francês… Nada disso! Gesualdo deve ter pensado que “Corno que sabe e consente, bem age quem lhe acrescente…”, e tratou de vingar-se. Vamos ver o que fez Gesualdo.

Num belo dia de outono, ele preparou algo que lhe servisse como aquecimento: uma caçada com amigos. Nada melhor que um pouco de sangue para alguém quem traz um desejo de morte na alma. Então, em meio à caçada, Gesu resolveu ver como andavam as coisas em casa, digo, no Palazzo San Severo. Severo? Severíssimo! Testemunhas disseram que Gesualdo pediu que os empregados segurassem Fabrizio, dando-lhe um lugar confortável onde pudesse ver o primeiro ato da cena. Então, dedicou-se à mulher, enfiando-lhe a espada diversas vezes. Como Maria custasse a morrer, ele berrava “Ainda não?, Ainda não?” e seguia perfurando a pobre adúltera. Na segunda parte, ministrou tratamento semelhante à Fabrizio, com resultado análogo. Contudo, antes, fez o Duque de Andria trajar um vestido de noite de Maria. As roupas de Fabrizio foram encontradas limpas e sem marcas de violência.

Completou a obra deixando os corpos bem na frente de seu castelo, de forma a mostrar como se faz à cidade de Nápoles. Tal atitude foi cantada em versos por Tasso e admirada em toda a Europa. Virou tema de ópera, poemas e peças teatrais.

Mas voltemos ao caso. Vocês estão pensando que ele foi preso, não? Nada disso, os nobres nunca eram presos; havia para eles uma pizza institucionalizada. Porém (ah, porém…), um outro nobre podia vingar-se dele numa boa. Após o crime, Gesualdo arranjou outra mulher e isolou-se, compondo sua maravilhosa (mesmo!) obra musical. Aquele aristocrático napolitano só foi reconhecido nos primeiros anos do século XX. Tinha uma linguagem avançada que incluia dissonâncias, progressões harmônicas, ritmos contrastantes, passagens diatônicas, cromatismo, etc. Stravinski erigiu-lhe um monumento musical — o Monumentum pro Gesualdo (1960) –, Julio Cortázar dedicou-lhe com conto; Anatole France, um romance (Le puits de Sainte-Claire); e Aldous Huxley várias páginas de seu As Portas da Percepção (The Doors of Perception).

Só que eu escrevi um “ah, porém” ao estilo de Paulinho da Viola. O motivo é que, vinte anos depois da morte da mãe, o segundo filho do casal Gesualdo e Maria d`Avalos resolveu vingar-se, matando o pai que assassinara sua mãe quando era bebê. A vingança é um prato que se come frio e, com mais esta morte, pegamos um dos pingos do sangue de Gesualdo para pormos um ponto final a este post.

Gesualdo (1566-1613): Livro I dos Madrigais

1 Baci Soavi E Cari
2 Il Parte – Quanto Ha Di Dolce
3 Madonna Io Ben Vorrei
4 Come Esser Può
5 Gelo Ha Madonna Il Seno
6 Mentre Madonna Il Lasso
7 Il Parte – Ahi Troppo Saggia
8 Se Da Sì Nobil Mano
9 II Parte – Amor Pace Non Chero
10 Sì Gioioso Mi Fanno I Dolor Miei
11 O Dolce Mio Martire
12 Tirsi Morir Volea
13 II Parte – Frenò Tirsi Il Desio
14 Mentre Mia Stella Miri
15 Non Mirar Di Questa Bella Imago
16 Questi Leggiadri Adorosetti
17 Felice Primavera
18 II Parte – Danzan Le Ninfe Oneste
19 Son Sì Belle Le Rose
20 Bella Angioletta

Conductor, Harpsichord – Sergio Vartolo
Ensemble – Concerto Delle Dame Di Ferrara

Harp – Loredana Gintoli
Vocals [Alto] – Gabriella Martellacci
Vocals [Bass] – Walter Testolin
Vocals [Soprano I] – Lisa Serafini
Vocals [Soprano Ii] – Angela Bucci
Vocals [Tenor I] – Makoto Sakurada
Vocals [Tenor Ii] – Giampaolo Fagotto

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PQP

Arcangelo Corelli (1653-1713) – Concerti Grossi, Op.6 (Completo) – LINK RESTAURADO

Um acepipe de primeira categoria para o numeroso grupo de adoradores do barroco que vem a este blog cuja modéstia ruborizou-se após a premiação referida por mim no antepenúltimo post e que só meu pudor impede de citar novamente… (Sim, sem vírgulas! Espero não ter roubado muito ar dos leitores.)

Adianto que o Op.6 de Corelli é grande música, aqui interpretada pelo sempre escandaloso Fabio Biondi, o qual costuma tomar algumas liberdades que, ao menos a mim, são bem-vindas. Ouvi os dois CDs ontem à noite, enquanto preparava-se o dia gris de hoje e, puxa, fui dormir o sono dos justos. Não vou escrever mais porque o livro que estou lendo é muito bom (Istambul, de Orham Pamuk) e está me chamando. Assim sendo, deixo vocês livres de minha verborragia sem direção.

Antes copio aqui uma nota biográfica de Coreli retirada deste barulhento site. Notem como toda a pequena obra de Corelli está no repertório barroco atual. Prova de sua imensa qualidade.

Arcangelo Corelli nasceu no dia 17 de fevereiro de 1653 em Fusignano, cidade localizada entre Bolonha e Ravena. Descendia de uma das mais ricas e tradicionais famílias da região.
Foi enviado muito cedo para Faenza onde recebeu educação básica e onde teria recebido as primeiras lições de música de um padre. Continuou os estudos em Lugo e, depois mudou-se para Bolonha, em 1666.

Em Bolonha o jovem Corelli se familiarizou com o violino e resolveu dedicar-se inteiramente a ele. Com Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli ele adquiriu os elementos essenciais da técnica violinística. Após quatro anos de estudos, Corelli foi admitido na Academia Filarmônica de Bolonha.

Em 1675, ele já estava em Roma. Nesta época, os nobre de Roma rivalizavam-se em pompa ao patrocinar apresentações artísticas. Entre os grandes mecenas, destacava-se Cristina Alexandra, que se fixara em Roma depois de abdicar de seu trono na Suécia, em 1659. Músicos, poetas, filósofos reuniam-se ao redor dela em seu palácio, e era uma honra ser convidado para suas festas. Cristina fundou a Academia da Arcádia – a sociedade musical mais fechada da Itália – onde Corelli seria recebido em 1709.

Aos 36 anos, e após a morte de Cristina da Suécia, Corelli passou a trabalhar para o Cardeal Ottoboni, seu maior protetor e grande amigo. Homem liberal e apaixonado pelas artes, Ottoboni possibilitou livre trânsito a seu protegido, fornecendo-lhe o tempo e as condições necessárias para que ele elaborasse suas obras com absoluta tranqüilidade.

Sua fama se expandia e estudantes de música vinham de longe para aprender com ele. Corelli já se firmara como um dos nomes importantes da música instrumental.

Corelli morreu durante a noite de 8 de janeiro de 1713. Estava só. Desolado, o Cardeal Ottoboni mandou embalsamá-lo e colocá-lo em um triplo ataúde, feito de chumbo, de cipreste e de castanheiro, e enterrou-o no panteão de Roma, reservado apenas aos pintores, arquitetos e escultores, membros da Artística Congregazione dei Virtuosi al Pantheon.

Sua Obra

Contrariamente à maioria dos grandes nomes da música barroca, Corelli produziu pouco, abordando apenas poucas formas de expressão musical existente em seu tempo. Jamais escreveu para voz. Sua glória repousa inteiramente em seis coletâneas de música instrumental, todas elas dedicadas aos instrumentos de arco.

As quatro primeiras delas dedica-se aos trios, a quinta é o famoso livro de sonatas para violino solo e baixo; e a sexta obra, os doze Concertos Grossos.

A Corelli pertence, entre outros, o mérito de ter favorecido a expansão do concerto grosso e contribuído de modo decisivo para o enobrecimento do violino. Derivado da viola, o violino surgiu em meados do século XIV, sempre relegado às festas populares e à idéia de vagabundagem e ao gosto duvidoso. Timidamente introduzido nos salões do início do século XVII, recebeu depois, com Corelli, brilhante tratamento técnico e conquistou definitivamente a corte.

Corelli – Concerti Grossi, Op.6 (Completo)

CD1:
1. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio, Vivace, Allegro…
2. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
3. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Grave, Andante Largo
4. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
5. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio, Allegro
6. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio
7. Concerto N 4 In Re Maggiore : Vivace
8. Concerto N 4 In Re Maggiore : Allegro
9. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Allegro, Adagio
10. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio
11. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Allegro, Adagio
12. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Largo, Allegro
13. Concerto N 3 In Do Minore : Largo
14. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro, Adagio
15. Concerto N 3 In Do Minore : Grave
16. Concerto N 3 In Do Minore : Vivace
17. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro
18. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo, Allegro, Largo, Allegro
19. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo
20. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
21. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
22. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Adagio
23. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro
24. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Largo
25. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Vivace
26. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro

CD2:
27. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio
28. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
29. Concerto N 7 In Re Maggiore : Andante Largo
30. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
31. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace
32. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace, Grave
33. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
34. Concerto N 8 In Sol Minore : Adagio, Allegro, Adagio
35. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace
36. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
37. Concerto N 8 In Sol Minore : Pastorale Largo
38. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Preludio : Largo
39. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Allemanda : Allegro
40. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Corrente : Vivace
41. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Gavotta : Allegro
42. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Adagio
43. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Minuetto : Vivace
44. Concerto N 10 In Do Maggiore : Preludio : Andante Largo
45. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allemanda : Allegro
46. Concerto N 10 In Do Maggiore : Adagio
47. Concerto N 10 In Do Maggiore : Corrente : Vivace
48. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allegro
49. Concerto N 10 In Do Maggiore : Minuetto : Vivace
50. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Preludio : Andante Largo
51. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Allemanda : Allegro
52. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Andante Largo
53. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Sarabanda : Largo
54. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Giga : Vivace
55. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Preludio : Adagio
56. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Allegro
57. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Adagio
58. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Sarabanda : Vivace
59. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Giga : Allegro

Europa Galante (Ensemble),
Fabio Biondi (Violino e Regência),
Antonio Fantinuoli (Violoncelle),
Silvia Cantatore (Violon), et al.

BAIXE AMBOS AQUI – DOWNLOAD BOTH HERE

PQP

Narciso Yepes – Guitarra Española – Cds 4 e 5

Um pacotaço duplo para encerrar esta coleção maravilhosa, com o violão de Narciso Yepes interpretando as grandes obras compostas para este instrumento.

Nestes dois últimos cds o que predomina é a obra de Joaquin Rodrigo, com os conhecidíssimos “Concierto de Aranjuez” e “Fantasia para un Gentilhombre”, além de trazer também uma obra chamada “Concierto: Tres graficos para Guitara e Orquesta”, de Maurice Ohana, compositor que até então eu não conhecia. Sua biografia pode ser encontrada aqui .

Os números de download para estes cds do Yepes me surpreenderam, não imaginava que tantos de nossos ouvintes – leitores gostassem do instrumento.  Tentarei trazer outras obras, além de outros estilos.

CD 4
Joaquin Rodrigo
01. Concierto de Aranjuez I Allegro con Spirito
02. Concierto de Aranjuez II Adagio
03. Concierto de Aranjuez III Allegro gentile

Narciso Yepes – Violão
Orquestra Sinfónica R.T.V. Española

Salvador Bacarisse (1898-1963)
04. Concertino para guitarra y orquesta en la menor (A minor) op 72 I Allegro
05. Concertino para guitarra y orquesta en la menor (A minor) op 72 II Romanza. Andante
06. Concertino para guitarra y orquesta en la menor (A minor) op 72 III Scherzo. Allegretto
07. Concertino para guitarra y orquesta en la menor (A minor) op 72 IV Rondo. Allegro ben misurato

Narciso Yepes – Violão
Orquestra Sinfónica R.T.V. Española
Odón Alonso – Condutor

Antonio Ruiz-Pipó (1933)
08. Tablas para guitarra y orquesta I Canto libre
09. Tablas para guitarra y orquesta II Scherzando (attaca)
10. Tablas para guitarra y orquesta III Elegía
11. Tablas para guitarra y orquesta IV Molto vivace

Narciso Yepes – Violão
London Symphony Orchestra
Rafael Frübeck de Burgos – Condutor

CD 5
Joaquín Rodrigo – Fantasia para un Gentilhombre
01. Villano y ricercar
02. Espanoleta y fanfare de la cabelleria de Napoles
03. Danza de las hachas
04. Canario

Narciso Yepes – Violão
Orquestra da R.T.V. Española
Odón Alonso – Condutor

Maurice Ohana – Concierto: Tres gráficos para Guitarra y Orquesta
05. Grafico de la farruca y cadencias
06. Improvisacion sobre un grafico de la siguiriya
07. Grafico de la buleria tiento

Narciso Yepes – Violão
London Symphony Orchestra
Rafael Frübeck de Burgos – Maestro

Joaquin Rodrigo – Concierto Madrigal para Dos Guitarras y Orquesta
08. Fanfarre
09. Madrigal
10. Entrada
11. Pastorcico, tu que vienes, pastorcic, tu que vas
12. Girardilla
13. Pastoral
14. Fandango
15. Arieta
16. Zapateado
17. Caccia a la espanola

Narciso Yepes y Godelieve Monden – Violões
Philarmonia Orchestra
Garcia Navarro – Condutor

CD 4 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) – Vinte estudos para piano

Já faz um tempinho que deixei de postar coisas de minha própria discoteca em prol de ótimos CDs sugeridos e solicitados. Este post vai ser a última sugestão alheia durante os próximos meses.

Os vinte estudos guarnierianos para piano podem não ser tão conhecidos quanto os Ponteios, postados meses atrás, mas estão no mesmo patamar de beleza destes e são de um virtuosismo mais acentuado (justamente por serem estudos).

Agora só fica faltando eu postar os concertos para piano n° 4 e 5 – do primeiro ao terceiro vocês já podem baixar aqui no blog (o sexto concerto não foi gravado até hoje).

***

Camargo Guarnieri – Twenty Estudos

No. 1 (1949) Deciso
No. 2 (1949) Brilhante
No. 3 (1949) Appassionato
No. 4 (1954) Animato
No. 5 (1950) Con moto
No. 6 (1962) Impetuoso, marcatissimo
No. 7 (1962) Sem pressa
No. 8 (1962) Comodo
No. 9 (1962) Furioso
No. 10 (1962) Movido
No. 11 (1968) Brilhante
No. 12 (1968) Dengoso
No. 13 (1969) “Homenagem a Claude Debussy”
No. 14 (1969) Sem pressa
No. 15 (1970) Maneiroso
No. 16 (1984) Caprichoso
No. 17 (1985) Sem pressa
No. 18 (1988) “Ondeante”
No. 19 (1981) (For the left hand alone) – Dramatico e Triste
No. 20 (1982) “Saramba
Piano: Frederick Moyer

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CVL

Quinteto Villa-Lobos de graça em Porto Alegre

O Quinteto Villa-Lobos traz de volta seu amor, desata macumbaria, doenças mandadas e da carne. Traz seu emprego de volta — assim como o desejo –, cura doenças e faz com que ela chame seu nome mesmo que esteja junto de outro homem. Faz tudo ao contrário e vice-versa se você for mulher.

Não perca, imbecil!

PQP

Mozart – Quinteto K. 452 / Beethoven – Quinteto Op. 16

A nominata galática dos executantes e dos compositores não garante um grande CD. Talvez eu esteja equivocado, mas nem o Op. 16 de Beethoven e menos ainda o Quinteto K. 452 são grandes obras. Falo em equívoco, pois considero inconcebível que venha a tratar como algo de importância menor um CD que some Mozart, Beethoven, Brendel, Holliger, etc.

Mozart – Quinteto K. 452 / Beethoven – Quinteto Op. 16

01. Mozart – Quintet in E flat K.452 Largo – Allegro molto
02. Mozart – Quintet in E flat K.452 Larghetto
03. Mozart – Quintet in E flat K.452 Allegretto

04. Beethoven – Quintet in E flat Op.16 Grave – Allegro ma non troppo
05. Beethoven – Quintet in E flat Op.16 Andante cantabile
06. Beethoven – Quintet in E flat Op.16 Rondo

Alfred Brendel
Heinz Holliger
Eduard Brunner
Hermann Baumann
Klaus Thunemann

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PQP

Narciso Yepes – Guitarra Española – CD 3 de 5

Minha vida anda uma correria só, e tem sido muito difícil arranjar um tempinho para postar. Por isso serei econômico no texto, afinal de contas, o que importa aqui é o violão de Narciso Yepes, o resto é só blá, blá, blá.

O CD começa com o magnífico “Recuerdos de Alhambra”, talvez a peça mais conhecida de Tárrega, depois temos Albéniz, Falla, Turina, Rodrigo, entre outros.

Respondendo ao questionamento feito em postagem anterior, relacionado à autoria da transcrição da obra “Astúrias”, de Albéniz, informo que Yepes aqui toca a versão de Andrés Segovia. Aqui, neste terceiro cd, a transcrição de “Malagueña” é do próprio Yepes.

Narciso Yepes – Guitarra Espanõla – CD 3

Francisco Tárrega

01 Recuerdos de La Alhambra(Andante)

02 ‘Marieta’ Mazurke(Lento)

03 Capricho arabe. Serenata(Andantino)

04 Tango

Isaac Albéniz

05 Malaquena from op.165(Transcr.; Narciso Yepes)

Manuel de Falla

06 Homenaje ‘Le tombeau de Claude Debussy’

Joaquin Turina

07 Garrotin y soleares

08 Rafaga

Joaquin Rodrigo

09 En los Trigales

Anonimo

10 La Filla del marxant

11 La filadora

12 El mestre

13 La canco del lladre

Emilio Pujol

14 El abejorro. Estudio

Federico Moreno Torroba

15 Madronos

Xavier Montsalvatge

16 Habanera(Arr.; Narciso Yepes)

Maurice Ohana

17 Tiento(Arr.; Narciso Yepes)

Antonio Ruiz-Pipó

18 Cancion y danza Nr.1(Arr.; Narciso Yepes)

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FDP Bach

W. A. Mozart (1756-1791) – Serenata No. 10 para 13 Instrumentos de Sopro, K. 361, ‘Gran Partita’

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Na página não parecia… Nada! O princípio simples, quase cómico. Só uma pulsação. Fagotes, clarinetes-baixo… como uma sanfona enferrujada. E depois, subitamente… lá bem no alto… um oboé. Uma única nota, ali pendurada, decidida. Até que um clarinete a substitui, adoçando-a numa frase de tal voluptuosidade… Isto não era uma composição de um macaco amestrado. Era música como eu nunca tinha ouvido. Cheia de uma saudade, de uma saudade não realizada. Parecia-me que estava a ouvir a voz de Deus.

Salieri disse estas palavras em Amadeus, referindo-se ao dilacerante e lindíssimo Adágio desta Serenata. A tradução acima foi realizada e depois roubada por mim deste blog. A Serenata K. 361 é uma obra-prima de Mozart para alegrar os corações de nossos ouvintes-leitores neste dia 7 de julho, o qual não significa nada em especial para este que vos escreve… Uma bela e surpreendente gravação do pessoal da Chamber Orchestra. Não seja louco de não baixar.

Mozart – Serenata No. 10 para 13 Instrumentos de Sopro, K. 361, ‘Gran Partita’

01. Largo – allegro molto
02. Menuetto
03. Adagio
04. Menuetto, allegretto
05. Romanze, adagio
06. Tema con variazioni
07. Rondo

Wind Soloists of The Chamber Orchestra of the Europe
Alexander Schneider

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PQP

.: interlúdio – Miles Davis at the Fillmore :.

Reduzindo seu grupo de onze para 7 integrantes, Miles apresentou quatro shows no Fillmore East de NYC, de 17 a 20 de junho de 1970. O produtor Teo Macero resolveu adicionar sua criatividade ao disco fazendo um trabalho de colagem: recortando diversos temas apresentados a cada noite e montando uma única e longa faixa.

Evidente que o termo “ao vivo” fica um pouco prejudicado. Não temos registros completos de cada música, e sim quatro coletâneas, nomeadas originalmente com o dia da semana em que o show foi realizado. Apesar disso, o resultado é interessante; mostra um grupo mais agressivo do que em Bitches Brew, e já com bastante espaço destinado ao fusion.

Miles Davis at Fillmore: Live at the Fillmore East (320)
Miles Davis: trumpet
Steve Grossman: soprano sax
Chick Corea: electric piano
Keith Jarrett: electronic organ
Dave Holland: acoustic bass, electric bass
Jack DeJohnette: drums
Airto Moreira: percussion, cuica
Produzido por Teo Macero para a Columbia

download disco1 (117MB) disco2 (115MB)

Disco 1
Wednesday Miles
01 Directions 2’29
02 Bitches Brew 0’53
03 The Mask 1’35
04 It’s About That Time 8’12
05 Bitches Brew/The Theme 10’55

Thursday Miles
06 Directions 9’01
07 The Mask 9’50
08 It’s About That Time 11’22

Disco 2
Friday Miles
01 It’s About That Time 9’01
02 I Fall in Love Too Easily 2′
03 Sanctuary 3’44
04 Bitches Brew/The Theme 13’09

Saturday Miles
05 It’s About That Time 3’43
06 I Fall in Love Too Easily 0’54
07 Sanctuary 2’49
08 Bitches Brew 6’57
09 Willie Nelson/The Theme 7’57

Boa audição!

Blue Dog

Narciso Yepes – Guitarra Española – CD 2 de 5

Aí está o segundo cd da coleção “Guitarra Española”, na excepcional interpretação de Narciso Yepes. E este cd aqui, bem, este segundo cd é talvez o melhor da coleção , pois traz aquela que é a maior das composições de Isaac Albeniz, a Suíte Española nº5 – Asturias, uma das belas composições feitas para o violão.

Pois então, divirtam-se:

Narciso Yepes – Guitarra Española – CD 2 de 5

01 Isaac Albeniz; Suite espanola; No. 5 Asturias. Leyenda
02 Isaac Albeniz; Recuerdos de viaje; No. 6 Rumores de las caleta. Malaguena
03 Isaac Albeniz; Piezas características; No. 12 Torre bermeja. Serenata
04 Enrique Granados; Danza espanola no. 4 – Villanesca
05 Francisco Tarrega; Alborada. Capriccio
06 Francisco Tarrega; Danza mora
07 Francisco Tarrega; Sueno
08 Manuel de Falla; El círculo mágico (El amor brujo)
09 Manuel de Falla; Cancíon del fuego fatuo (El amor brujo)
10 Manuel de Falla; Danza del molinero. Farruca (El sombrero de tres picos)
11 Joaquín Turina; Sonata Op. 61 (Allegro – Andante – Allegro vivo)
12 Joaquín Turina; Fandanguillo Op. 36
13 Salvador Bacarisse; Passapie
14 Narciso Yepes; Catarina d’Alió
15 Anónimo; Romance (du film ‘Jeux interdits’)

Narciso Yepes – Violão

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FDP Bach