.: interlúdio :. Egberto Gismonti (1947) e Naná Vasconcelos (1944-2016): DANÇA DAS CABEÇAS (1977) – in memoriam

Estive ouvindo novamente esse disco, depois de muito tempo, se dizer mais de trinta anos talvez não esteja exagerando. E ao fuçar nos arquivos das antigas postagens encontrei esse texto escrito pelo saudoso Monge Ranulfus, que nos deixou há alguns anos, e provavelmente está trocando idéias com o mesmo Naná Vasconcelos, que homenageia no começo de seu texto. Ou seja, o ano era 2016. 

Então aproveito o texto, e apenas atualizo o link, não podemos deixar de oferecer um disco desses no nosso PQPBach, como comentou o próprio Monge, “um dos discos mais importantes do último terço do século 20, independente de categorias.”

Que temporada de perdas na música… Dois dias depois de Harnoncourt, quem nos deixou, anteontem, foi o pernambucano Naná Vasconcelos, um dos mais refinados e reconhecidos percussionistas do mundo. Em lembrança e homenagem, atualizamos esta postagem feita originalmente em 11.06.2010 – sem alterações além deste parágrafo e da foto abaixo.

nana-gismonti

Isto é música popular? Experimente tocar ali na quermesse.

É jazz? Bem, é evidente que recebeu influência, mas quem no século 20 não recebeu? E nos trechos em piano solo também é evidente a influência de Chopin.

É clássico? O site da Amazon diz que sim. Mas conheço gente que certamente torceria o nariz diante dessa afirmação.

Afinal, o que é que faz determinada música ser “clássica” ou “erudita”? Evidentemente não pode ser a ausência de melodias cantáveis, a ausência de texto, a ausência ou pouca importância da percussão ou de determinadas instrumentações, e até mesmo ausência de vulgaridade ou banalidade… pois cada uma dessas “ausências” é contradita por abundância de presenças no repertório estabelecido.

Para muitos, “clássico” equivale, mesmo que sem consciência disso, a “em formas, escalas e instrumentações de origem européia”. Donde considerarem clássicas, p.ex., as valsas dos dois Johann Strauss, quando para mim são evidentemente música popular em arranjos para poderosos.

Não estou dizendo que são inferiores por serem populares, nem que não caibam num blog como este. As danças compostas e/ou publicadas pelo Pretorius, do século 16, também são música popular em bons arranjos, e seria uma pena não tê-las aqui!

Para mim, o “clássico” ou “erudito” se refere ao grau de complexidade da elaboração na dimensão “forma”, e/ou de libertação em relação às duas fontes primárias da música (a dança e a declamação expressiva) na direção de uma música-pela-música. E nesse sentido encontramos “clássico” em muitas tradições totalmente autônomas da européia: chinesa, indiana, mandê (da qual postei aqui o lindo exemplo que é TOUMANI DIABATÉ), e também em outras que recebem maior ou menor medida de influxo da tradição européia, mas o incorporam em formas produzidas com total autonomia em relação a essa tradição.

O Brasil talvez seja a maior usina mundial da produção deste último tipo de música – mas não me refiro a nenhum dos nossos compositores normalmente identificados como “clássicos” ou “eruditos”: nem a Villa-Lobos, nem a Camargo Guarnieri, nem a Almeida Prado, ninguém desses: todos eles trabalham fundamentalmente com a herança das matrizes formais européias. O que não os desqualifica, não se trata disso!

Trata-se, ao contrário, de qualificar música que às vezes é tida como de segunda, quando é de primeiríssima. E é nesse sentido que já postei aqui o balé “Z” de GILBERTO GIL, que recomendo com ênfase o pouco postado e o muito por postar de MARLUI MIRANDA e do grupo UAKTI… e que posto agora este outro, que foi um dos discos de maior impacto no mundo em 1977-78.

Pra deixar claro o que não quero dizer, acho pretensioso e chato a maior parte do que o Egberto fez depois. Com exceção de momentos geniais em Nó Caipira e em Sol do Meio Dia, quase tudo em que ele meteu orquestra se afastou do conceito de “clássico” que estou usando aqui. Estereotipou. E portanto banalizou.

Mas Dança das Cabeças não tem nada de esterotipado: Dança das Cabeças foi fundador. Se você já ouviu coisa parecida, veio depois, e bebeu daí. Para mim, um dos discos mais importantes do último terço do século 20, independente de categorias.

Ou seja: um clássico.

Egberto Gismonti: Dança das Cabeças – gravado em Oslo em nov. 1976
Egberto Gismonti: violão de 8 cordas, piano, flautas e outras madeiras étnicas, voz
Naná Vasconcelos: berimbau, percussão instrumental e corporal, voz

01 Part I 25:15
– Quarto Mundo #1 (E. Gismonti)
– Dança das Cabeças (E. Gismonti)
– Águas Luminosas (D. Bressane)
– Celebração de Núpcias (E. Gismonti)
– Porta Encantada (E. Gismonti)
– Quarto Mundo #2 (E. Gismonti)

02 Part II 24:30
– Tango (E. Gismonti/G.E.Carneiro)
– Bambuzal (E. Gismonti)
– Fé Cega, Faca Amolada (M.Nascimento/R.Bastos)
– Dança Solitária

. . . . . . . BAIXE AQUI – download here

Ranulfus

Link atualizado por FDPBach (em licença sabática de sei lá quanto tempo)

.: interlúdio :. Kaori Muraji

.: interlúdio :. Kaori Muraji

Considere o vídeo abaixo:

Seguindo o caminho do interlúdio anterior, continuamos ouvindo violões, por que não. E sobre Kaori, bem; é jovem, linda, e toca de olhos fechados. Que dizer mais? Era daquelas crianças-prodígio, aprendeu a tocar violão com o pai aos três anos, e dali em diante foi conquistando competições e prêmios internacionais — até ser a primeira artista japonesa a assinar um contrato internacional com a Decca.

Credenciais à parte, os ouvidos notam que Kaori leva tudo muito a sério. Tem uma técnica impecável, e suas escolhas nos arranjos não costumam ser bem comportadas. Dos quatro álbuns desde post — talvez 1/5 de sua discografia — , três são de repertório erudito, e se o próprio Joaquín Rodrigo, pouco antes de sua morte, elegeu-a como sua voz no século XXI, a resenha do AMG para “Plays Bach” é bem menos elogiosa. (Este cão, que sabidamente não entende lhufas de música erudita, gostou bastante da segunda parte do cd, em que ela toca sozinha.) O último disco do post é de repertório popular, bem ao estilo balaio de gatos, misturando West Side Story à International Socialista — e se eu prefiro mastigar vidro a ouvir Tears in Heaven outra vez nesta ou em qualquer outra vida, há momentos realmente sublimes, como Jongo, Sunburst e até Merry Christmas Mr. Lawrence (no vídeo abaixo, numa parceria muito bem concatenada com o próprio Saka).

Dito isto, aos álbuns? Blue Dog recomenda a ordem cronológia/de postagem mesmo; Lumières é fabuloso.

P.S.: Atendendo a pedidos, e não tão longe do contexto, participamos que o post de Wes Montgomery para “Full House” foi atualizado com um rip em V0. E no mesmo post foi adicionado um outro álbum — que você também deveria ouvir. Ctrl+clique o link acima pra não esquecer.


Kaori Muraji – Lumières /2005 [V0]
Kaori Muraji: guitar
download / 107MB

01 Gymnopedie No. 1 (Satie)
02 Gymnopedie No. 3 (Satie)
03 La fille aux cheveux de lin (Debussy)
04 Pavane Pour Une Infante Defunte (Ravel)
05 Saudade No. 3 (From Trois Saudades): I Rituel (Dyens)
06 Saudade No. 3 (From Trois Saudades): II Danse (Dyens)
07 Saudade No. 3 (From Trois Saudades): III Fete Et Final (Dyens)
08 2 Barcarolles, Op.60: I Lent, Calme, Dans Une Quietude Expressive (Kleynjans)
09 2 Barcarolles, Op.60: II Allegro (Kleynjans)
10 Fantasie Pour Guitare: I Resolu (De Breville)
11 Fantasie Pour Guitare: II Lent (De Breville)
12 Fantasie Pour Guitare: III Trés Vite (De Breville)
13 Gnossienne No 1 (Satie)
14 Water Color Scalor: I Prelude (Yoshimatsu)
15 Water Color Scalor: II Intermezzo A (Yoshimatsu)
16 Water Color Scalor: III Dance (Yoshimatsu)
17 Water Color Scalor: IV Intermezzo B (Yoshimatsu)
18 Water Color Scalor: V Rondo (Yoshimatsu)
19 Claire de Lune from Suite Bergamasque (Debussy)
20 Summer Knows Theme from “The Summer of ’42” (Legrand)


Kaori Muraji – Viva! Rodrigo /2007 [V0]
Kaori Muraji, guitar; Orquesta Sinfónica de Galícia, reg. Viktor Pablo Pérez. Música de Joaquín Rodrigo
download / 97MB

01 Concierto de Aranjuez – Allegro con spirito
02 Concierto de Aranjuez – Adagio
03 Concierto de Aranjuez – Allegro gentile
04 Sones en la Giralda
05 Concierto para una fiesta – Allegro deciso
06 Concierto para una fiesta – Andante calmo
07 Concierto para una fiesta – Allegro moderato


Kaori Muraji – Plays Bach /2008 [V0]
Kaori Muraji, guitar; Leipzig Bachorchester, reg. Christian Funke
download / 113MB

01 Cembalo Concerto No.2 in E major, BWV 1053 – I. Allegro
02 Cembalo Concerto No.2 in E major, BWV 1053 – II. Siciliano
03 Cembalo Concerto No.2 in E major, BWV 1053 – III. Allegro
04 BWV 1068 Air on the G string
05 Cembalo Concerto No.5 in F minor, BWV 1056 – I. Allegro
06 Cembalo Concerto No.5 in F minor, BWV 1056 – II. Largo
07 Cembalo Concerto No.5 in F minor, BWV 1056 – III. Presto
08 BWV 147 Choral Jesus bleibet meine Freude
09 Partita No.2 in D minor, BWV 1004 – I. Allmanda
10 Partita No.2 in D minor, BWV 1004 – II. Corrente
11 Partita No.2 in D minor, BWV 1004 – III. Sarabanda
12 Partita No.2 in D minor, BWV 1004 – IV. Giga
13 Partita No.2 in D minor, BWV 1004 – V. Ciaconna
14 Menuet, BWV Anh. 114 & 115


Kaori Muraji – Portraits /2009 [320]
Kaori Muraji, guitar
download / 156MB

01 Merry Christmas Mr. Lawrence (Sakamoto)
02 Tango en Skai (Dyens)
03 Tears In Heaven (Clapton)
04 Jongo for guitar(Bellinatti)
05 Energy Flow (Sakamoto)
06 What a Friend We Have in Jesus(Converse)
07 Internationale (De Geyter)
08 Amours Perdues (Kosma)
09 Secret Love (Fain)
10 Porgy and Bess – Summertime (Gershwin)
11 West Side Story – I Feel Pretty (Bernstein)
12 West Side Story – Maria (Bernstein)
13 West Side Story – America (Bernstein)
14 Nocturne No.2 in E flat, Op.9 No.2 (Chopin)
15 Thousands of Prayers (Tanikawa)
16 Träumerei (Schumann)
17 Love Waltz (Neumann)
18 Introduction To Sunburst/Sunburst (York)
19 In My Life (Lennon / McCartney)

Boa audição!
Blue Dog

In memoriam Cussy de Almeida: Orquestra Armorial acompanha Duo Assad (1977)

Duo Assad e Orquestra Armorial http://i27.tinypic.com/b3wmjk.jpgBom, eis o disco sugerido pelo leitor Fausto Silva – que eu nem sabia que havia se tornado raridade. Só espero que não pensem que milagres assim são possíveis sempre: foi uma enorme “gata” que eu tivesse esse disco!

Como nosso maior interesse no momento é o trabalho de Cussy de Almeida à frente da Orquestra Armorial, coloquei no início o concerto do Radamés Gnattali (pronúncia Nhátali, para os mais novos), que no vinil ocupa o Lado B. As demais cinco faixas são apenas a dois violões.

Se me permitem… tenho a sensação de que está aí um disco que tinha tudo para acontecer e não aconteceu. A orquestra está perfeita, limpa… Os irmãos Assad são sempre grandes… e Radamés Gnattali escreve muito bem. Mas parece que faltou um clic para esses três elementos entrarem em sinergia e de fato levantarem o concerto.

Mesmo assim, concordo que não se pode deixar esse disco naufragar no olvido. No mínimo é um documento importante de certas vertentes da produção musical brasileira dos 2.º e 3.º terços do século XX.

Além disso, a gravadora Continental realmente boiou na maionese na hora de nomear: “Latino América para duas guitarras”… Por que guitarras, se o nome brasileiro consagrado dessa variante do instrumento é “violão”? E por que “Latino América”, quando quase 90% do repertório é brasileiro? Por causa das 4 Micro-Peças do cubano Leo Brouwer, que inclusive não puxam nada para o lado nacionalista ou “típico”? E onde fica o italiano Castelnuovo-Tedesco, que ocupa tanto espaço no disco quanto Brouwer?

Bom, hoje eu estou ranzinza mesmo, como vocês devem ter notado… mas de modo nenhum estou sugerindo que não valha a pena baixar e ouvir esse disco! Eu mesmo vejo mais razões para baixar que para não baixar. Ou então não o teria carregado nas 15 mudanças que já fiz desde que o tenho… (se é que não esqueci nenhuma!)
 
 
Sérgio e Odair Assad (violões) – com Moacir Freitas, da OSB (oboé)
e as cordas da Orquestra Armorial, regida por Cussi de Almeida

Edição em vinil: Continental, 1977
Digitalizado por Ranulfus, jul. 2010

Radamés Gnattali (Porto Alegre, 1909 – Rio, 1988):
Concerto para 2 violões, oboé e cordas (dedicado ao Duo Assad)
Gravado ao vivo no Conservatório Pernambucano de Música
01 Allegro moderato
02 Adagio
03 Con spirito

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
04 Alnilan (de “As Três Marias” – transcrição)

Francisco Mignone (1897-1986)
05 Lenda sertaneja (peça dedicada ao Duo Assad)
06 Lundu

Mario Castelnuovo-Tedesco (1895-1968)
07 Siciliana (da Sonatina Canônica para dois violões)

Leo Brouwer (*1939)
08 Cuatro Micro-Piezas

. . . . . BAIXE AQUI – download here (Megaupload)

Ranulfus

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): peças para Orquestra de Câmara e Solistas – com Paulo Moura (1933-2010) ao sax (reloaded in memoriam)

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Fazia tempo que eu queria postar esse CD, mas ele simplesmente tinha desaparecido. Lembrei dele, porque senti falta da Fantasia para Saxofone e Orquestra entre as obras postadas, mas acabei perdendo a oportunidade de postá-lo em homenagem aos 50 anos de falecimento de Villa-Lobos, exatamente por não saber onde andava o meu exemplar. Agora que o encontrei, cá estou compartilhando com vocês.

***

O instrumento mais representativo da música brasileira é o violão. Não é à toa que uma das parcelas mais legítimas da obra de Heitor Villa-Lobos seja dedicada a este instumento. É claro que seria incongruente afirmar-se que há composições mais ou menos legítimas do que outras. Mas, no caso específico de Villa-Lobos, a obra para violão, principalmente os Préludios, os Estudos e o Concerto para Violão e Pequena Orquestra, já integram em caráter definitivo o repertório universal do violão, enquanto outras obras ainda aguardam a vez de se legitimarem. Todo compositor passa por esse processo. Mahler, Bruckner e muitos outros também viveram essa experiência, embora já estivessem mortos.

Em 1951, atendendo a um pedido do violonista Andrés Segóvia, Villa-Lobos compôs o Concerto para Violão e Pequena Orquestra. Hoje em dia, a popularidade de uma obra, sem nos descuidarmos de sua valoração intrínseca, pode ser medida estatisticamente, através do número de gravações registrado em catálogos. Nos últimos dez anos, o Concerto para Violão mereceu mais de vinte gravações, tendo como intérpretes alguns dos maiores violonistas da atualidade: Juliam Bream, Pepe Romero, John Williams, Turíbio Santos e outros. Na verdade, o Concerto é um verdadeiro achado, dividido nos tradicionais três movimentos, obedientes aos andamentos rápido-lento-rápido. Uma das grandes atrações inventadas por Villa-Lobos é a cadenza que faz a união do segundo com o terceiro movimento, onde o violonista exige suas habilidades técnicas em harmônicos, ritmos e citações de grande sutileza.

Talvez a identificação de um paralelismo entre Bach e a essência da música brasileira tenha sido a principal marca da genialidade de Heitor Villa-Lobos.  Foi a partir daí que a representação de nossos sistemas rítmicos adquiriu a grandeza indispensável à fama internacional. Doa a quem doer, o sistema rítmico da antiga MPB era viciado no uso e abuso da síncope, tanto na melodia quanto no acompanhamento, o que dificultava sua reprodução por músicos de outras culturas. Uma vez Villa-Lobos se referiu à dificuldade com que os compositores brasileiros da primeira metade do século anotavam o samba. Além do mais, os ritmos que acentuam os tempos fortes do acompanhamento se tornam mais populares (a valsa, a marcha, o tango, o blues, etc.). A grandeza das Bachianas foi sublinhada justamente por essa característica rítmica mais universal, sem que se perdessem os padrões brasileiros. O grande exemplo é a Quarta Bachianas. Já a Bachianas Nº 9 é mais econômica e, devido a isso, talvez seja mais representativa das intenções de Villa. Composta originalmente para vozes, sendo em seguida reestruturada para orquestra, apresenta como introdução um Prelúdio de escritura absolutamente despojada, seguido por uma Fuga a seis vozes, onde Heitor esbanja seus conhecimentos de contraponto.

Tanto a Fantasia para Saxofone e Pequena Orquestra, de 1948, quanto a Ciranda das Setes Notas, para fagote e quinteto de cordas, de 1933, mostram o compositor numa de suas preferências: a combinação de instrumentos de sopro e conjuntos de cordas. Na verdade, a Fantasia para Saxofone, funciona como um pequeno concerto, também nos três movimentos tradicionais, rápido-lento-rápido, já empregados no Concerto para Violão.

Na Ciranda, as sete notas do título são enunciadas pelas cordas e repetidas pelo fagote, do primeiro ao sétimo grau da escala, com um retorno imediato ao sexto. Um tema simples, que passará por diversos estágios, garantindo ao fagote o papel de condutor de uma estrutura composta em forma contínua, mas que na realidade têm um sabor de suíte. A comunicação através de uma escritura multifacetada, às vezes tipicamente brasileira, outras vezes, em tonalidades reflexivas, tão bem desenhadas pelo timbre nostálgico do instrumento solista.

Fonte: Encarte do CD. (Victor Giudice)

Uma ótima audição!

.oOo.

Villa-Lobos: Concertos para Solista e Orquestra

Concerto para Violão e Pequena Orquestra (1951)
01. Allegro preciso (5:14)
02. Andantino ed Andante – Cadenza (7:03)
03. Allegro non troppo (4:43)

Bachianas Brasileiras Nº 9 para orquestra de cordas (1945)
04. Prelúdio (2:11)
05. Fuga (6:50)

Fantasia para Saxofone e Orquestra (1948)
06. Animé (4:41)
07. Lent (3:11)
08. Très animé (3:12)

09. Ciranda das Sete Notas para fagote e cordas (1933) (10:26)

Turíbios Santos, violão
Paulo Moura, saxofone soprano
Noel Devos, fagote

Orquestra de Câmara Brasileira
Bernardo Bessler

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

Marcelo Stravinsky