BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Quinteto de cordas em Fá maior, WAB 112 e Intermezzo em Ré menor, WAB 113 (Melos)

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Quinteto de cordas em Fá maior, WAB 112 e Intermezzo em Ré menor, WAB 113 (Melos)

Bruckner era um compositor eminentemente religioso. Tornou-se conhecido pelas esplêndidas sinfonias, missas e motetos que compôs. Mas também enveredou pela música de câmara. Escreveu 4 peças – um Quarteto de cordas em dó menor, um Quinteto em fá maior, o Intermezzo em sol maior e a Abendklänge. Neste CD temos o Quinteto em fá maior e o Intermezzo. O Quinteto foi composto em 1879 a pedido do regente e violinista austríaco José Hellmesberger. O Intermezzo foi composto também no mesmo ano de 1879. Fiquei muito feliz de ouvir este CD com algumas das poucas obras de câmara deste compositor tão preferencialmente sinfônico. Em 1879, Bruckner tinha escrito a versão final da Quinta Sinfonia, estava prestes a revisar (ah, como ele revisava e revisava) o finale da Quarta e começava a Sexta. A maior parte do Quinteto “soa” como Bruckner, mas existem momentos incomuns. É uma obra romântica muito bem escrita, de caráter sinceramente íntimo, cujo Adagio expressa uma rara (em Bruckner) e maravilhosa felicidade. Um excelente CD!

Anton Bruckner (1824-1896) – Quinteto de cordas em Fá maior, WAB 112 e Intermezzo em Ré menor, WAB 113

Quinteto de cordas em Fá maior, WAB 112
01. GemaBigt
02. Scherzo. Schnell-Langsamer-Schnell
03. Adagio
04. Finale. Lebhaft bewegt-Langsamer

Intermezzo em Ré menor, WAB 113
05. Intermezzo em Ré menor

Melos String Quartet Stuttgart

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Bruckner em 1880
Bruckner em 1880

PQP

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias Nº 5, 7, 8 e 9 (4 CDs) (Van Beinum)

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias Nº 5, 7, 8 e 9 (4 CDs) (Van Beinum)

Recadinho de PQP: esta é uma gravação dos nos 40 e 50. O som não é aquilo tudo.

É curioso este fato, mas ouvir Bruckner é ser remetido a galáxias luminosas e de profundo recolhimento. Nunca ouvi música tão luminosa, tão repleta por sensos de devoção elevante. A consequência da relação com a música de Bruckner nos engravida de um idealismo espiritualizante. Sentimo-nos nas altas montanhas, verdadeiros monges; um anacoreta, fugitivo dos mundos mesquinhos. Isso é tão bom que chega a nos fazer mal! É esse paradoxo que cria, em muitos casos, simpatias e antipatias pela música do compositor austríaco. Já fui bastante contestador da música desse seguidor de Wagner, mas aos poucos aprendi a reverenciá-lo. Suas sinfonias são tratados gigantes, serpentes com corpos elásticos, que se estendem por galáxias e galáxias. Essas sinfonias podem nos conduzir a mundos magicizantes ou nos esmagar por completo. Tudo depende da relação que estabelecemos com elas. Já tive os ossos esmagados uma porção de vezes, mas aprendi a me deixar levar por elas, nesse balanço, nessa viagem prolixa, que se repete, que se replica, que se repisa e nos mostra abismos, céus, paraísos, zonas escuras. É preciso aprender a ouvir Bruckner para poder suportar Bruckner. Resolvi postar estes quatro CDs como um convite ao aprendizando. As sinfonias aqui apresentadas são hinos a cultos e reverências sacralizantes. Van Beinum é o sacerdote que realiza liturgia. Bruckner é o querubim que nos faz viajar e conhecer o eterno, o puro, o santo. Uma boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias Nº 5, 7, 8 e 9 (4 CDs) (Van Beinum)

DISCO 01

Symphony No. 5 in B flat,, WAB 105
01. 1. Introduction: Adagio – Allegro
02. 2. Sehr langsam
03. 3. Scherzo: Molto vivace – Trio
04. 4. Finale: Adagio – Allegro molto

DISCO 02

Sinfonia No. 7 em Mi Maior
01. I. Allegro moderato
02. II. Adagio (Sehr feierlich und sehr langsam)
03. III. Scherzo (Sehr schnell) & Trio (Etwas lang
04. IV. Finale (Bewegt, doch nicht zu schnell)

DISCO 03

Symphony No. 8 in C minor, WAB 108
01. I. Allegro moderato
02. II. Scherzo. Allegro moderato
03. III. Adagio. Feierlich langsam_ doch nicht schleppend
04. IV. Finale. Feierlich, nicht schnell

DISCO 04

Sinfonia No. 9 em Ré menor
01. I. Feierlich, Misterioso
02. II. Scherzo. Bewegt, lebhaft – Trio. Schnell
03. III. Adagio. Langsam, Feierlich

Royal Concertgebouw Orchestra
Eduard van Beinum, regente

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Eduard van Beinum (1901-1959) estudando Bruckner.

Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896): Missa Nº 3

Anton Bruckner (1824-1896): Missa Nº 3

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A obra de Bruckner é densa, funda; obra para monges; para asceses catárticas. Como no simbolismo místico de Cruz e Sousa a qual afirma na poesia Música Misteriosa:

Tenda de Estrelas níveas, refulgentes,
Que abris a doce luz de alampadários,

As harmonias dos Stradivarius

Erram da Lua nos clarões dormentes…

Pelos raios fluídicos, diluentes
Dos Astros, pelos trêmulos velários,

Cantam Sonhos de místicos templários,

De ermitões e de ascetas reverentes…

Cânticos vagos, infinitos, aéreos
Fluir parecem dos Azuis etéreos,

Dentre os nevoeiros do luar fluindo…

E vai, de Estrela a Estrela, a luz da Lua,
Na láctea claridade que flutua,

A surdina das lágrimas subindo…

Ouçamos Bruckner e diluamos as imoralidades, os sacrilégios, as inverdades. Que o mundo escute Bruckner e seja curado dos seus desmazelos, de suas chagas purulentas; de sua luxúria, de sua glutonaria pelas vaidades e seus repastos insossos. Sim! O último disco traz a maravilhosa Missa em Fá. É para ouvir e sentir-se beatificado. Subamos a montanha da música brukneriana e lá tenhamos um encontro com a prece e com a exaltação. Perdoem-me o afetamento. Mas a solidão e essa música imaculada “botam a gente comovido como o diabo” – Drummond. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – Missa No. 3 em Fá menor para solistas, coro e orquestra

01. I – Kyrie. Moderato
02. II – Gloria. Allegro – Andante, mehr Adagio (sehr langsam)
03. III – Allegro – Moderato misterioso – Langsam – Largo –
04. IV – Sanctus. Moderato – Allegro
05. V – Benedictus. Allegro moderato – Allegro
06. VI – Agnus Dei. Andante – Moderato

Philharmonischer Chor München
Sergiu Celibidache, regente
Margaret Price, soprano
Doris Soffel, alto
Peter Straka, tenor
Matthias Hölle, baixo

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Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 7 / Te Deum

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 7 / Te Deum

PQP, aquele chato, caça a palavra de Carlinus para dizer que, em sua opinião, as gravações da 7ª de Haitink e Wand dão um baile na de Celibidache. Um Baile, um 7 x 1. Só isso. Diz aí, Carlinus!

Seguindo com nosso empreendimento. Desta vez surgem duas obras monumentais — a Sinfonia No. 7 e Te Deum, de singular beleza. A Sinfonia No. 7 em Mi Maior é uma das obras mais conhecidas de Bruckner. Foi composta entre os anos de 1881 e 1883 e foi revista, como Bruckner costumava fazer, no ano de 1885. O trabalho consagrou em definitivo o compositor. A monumentalidade da obra impressiona. A outra obra do post é o Te Deum, que na tradição latina da Igreja é um hino de louvor, cantado geralmente como agradecimento a Deus por uma benção especial. O termo em latim é: Te Deum Laudamus. Ou seja, A Ti, ó Deus, louvamos. Uma boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 7 em Mi Maior
01. Applause
02. I – Allegro moderato
03. II – Adagio. Sehr feierlich und sehr langsam

01. III – Scherzo. Sehr schnell – Trio
02. IV – Finale. Bewegt, doch nicht schnell

Te Deum, para solistas, coral, órgão e orquestra
03. Applause
04. I – Allegro moderato
05. II – Te ergo. Moderato
06. III – Aeterna fac. Allegro moderato. Feierlich, mit Kraft
07. IV – Salvum fac. Mooderato – Allegro moderato
08. V – In te, Domine, speravi. Mäßig bewegt – Allegro moderato

Philharmonischer Chor München
Sergiu Celibidache, regente
Members of the Münchener Bach-Chor
Josef Schmidhuber, chorus master
Margaret Price, soprano
Christel Borchers, contralto
Claes H. Ahnsjö, tenor
Karl Helm, baixo
Elmar Schloter, órgão

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Celibidache, um dos mensageiros de Bruckner, aqui dá uma derrapada

Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 em Ré Menor (Celibidache)

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 em Ré Menor (Celibidache)

A Sinfonia No. 9 é o coroamento do trabalho sinfônico de Bruckner. Um portento, uma esplêndida obra-prima que ficou inacabada. Quando da sua morte, ele ainda trabalhava na composição da sinfonia. Esta gravação de Celibidache possui a eletricidade e a emoção dos registros ao vivo e ombreia-se às versões de Wand, Haitink e Nelsons. Mas vejam bem, os quatro citados na frase anterior são deuses. Sim, estamos no Olimpo da música. E quem os coloca lá é Bruckner.

Porém, neste álbum que ora postamos, há excertos dos ensaios de Celibidache. Mesmo — meu caso — não entendendo alemão, nota-se como suas correções vão inequivocamente melhorando a música. É uma gravação para ser ouvida várias vezes e ainda aprender.

A Sinfonia foi estreada postumamente em 1903 e Bruckner teria a dedicado a seu amado deus, mas tal fato não é comprovado por nenhum documento. O terceiro movimento ficou pronto em 1894, um Adagio esplêndido. O compositor viveu mais dois anos, mas sua saúde já não permitia o empenho necessário e morreu sem que o quarto e último movimento estivesse concluído. O que já havia escrito não era nada mais do que um esboço. Diante disso, ele recomendou que se tocasse como finale o seu “Te Deum”, obra coral religiosa que conferiria à sua Nona um formato semelhante ao da Nona de Beethoven. Mas o que todo regente faz hoje é apresentar a obra tal como ela ficou, inacabada.

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 em Ré Menor

01. Applause
02. I. Feierlich, Misterioso
03. II. Scherzo. Bewegt, lebhalt – Trio. Schnell
04. III. Adagio. Langsam, feierlich
05. IV. Applause
06. Excerpts from the rehearsals
07. Excerpts from the rehearsals
08. Excerpts from the rehearsals
09. Excerpts from the rehearsals
10. Excerpts from the rehearsals
11. Excerpts from the rehearsals
12. Excerpts from the rehearsals
13. Excerpts from the rehearsals
14. Excerpts from the rehearsals

Edition: Leopold Nowak
Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Celibidache tomando um café com o pessoal do PQP lá pelos anos 40 ou 50. Era um dia quente.

PQP

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 8

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 8

Tentarei finalizar esta caixa com 12 Cds com as sinfonias de Bruckner, sendo conduzidas por Celibidache, o mais rápido possível. Sei. A parcimônia e os intervalos entre uma postagem e outra estão cacete. É que nesses últimos dias estive sem muita vontade de postar. Além do que comecei a trabalhar numa escola, com possibilidade de trabalhar em outra, já que passei num concurso para professor. Em dois empregos, o tempo para postar irá diminuir. Mas, vamos a mais um post dessa fabulosa caixa. Bruckner labutou em sua Oitava Sinfonia de 1884 a 1887. Mas, mesmo assim, o trabalho só foi estrear em 1892 com Hans Richter. Ou seja, o trabalho somente veio para o mundo propriamente 8 anos após a sua concepção. Tal característica era típica de Bruckner, que era dado a profundos e incessantes receios. Sua personalidade o impulsionava a tais atos. Mas, ainda bem, pois temos uma verdadeira obra prima. É um dos trabalhos mais prodigiosos do compositor. A versão que temos nest post é do ano de 1890. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 8

01. Applause
02. Allegro moderato
03. Scherzo. Allegro moderato – Trio. Langsam
04. Adagio. Feierlich langsam; doch nicht schleppend
05. Finale. Feierlich, nicht schnell
06. Applause

Version: 1890
Edition: Leopold Nowak

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Celibidache, o genial inimigo de Karajan.

Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 6

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 6

R-7419421-1441138225-2995.jpegSigamos destemidamente em nosso empreendimento. Desta vez, surge a maravilhosa sinfonia número 6. Para ser franco, cada vez que escuto Bruckner, mais impressiono com Bruckner. Como alguém como ele, sujeito capenga, tímido, de alma frágil, compôs trabalhos tão atordoadores? Confesso que não gostava de Bruckner. Achava o seu trabalho demasiadamente extravagante, habitado por divagações forçadas. Cansava-me com facilidade quando ouvia qualquer das suas obras. O “repisamento”, uma impressão de circularidade, a força julgada, em alguns casos, desnecessária, afastou-me por muito tempo desse católico inveterado. Até que um dia, a música de Bruckner me abraçou com força. Não pude me desvencilhar de seu abraço fatal. Hoje, quando o ouço, faço questão de ligar o volume do meu som numa altura considerável. Sei que os vizinhos me olham obliquamente, mas não ligo. Outro dia estava ouvindo a Quarta Sinfonia do mesmo Bruckner com Harnoncourt e alguém comentou: “Só tu mesmo… Tu é doido!”. Forcei um riso de complacência, mas fiquei interiormente a rir em meu silêncio exultante. Cheguei a uma teoria: as sinfonias de Bruckner, Mahler e Shostakovich só podem ser apreciadas quando em volume máximo. Que os vizinhos reclamem; que continuem com os sorrisos de escárnio. Bruckner é uma galáxia e eu me perco nele. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 6 em Lá maior
01. Applause I
02. I. Majestoso
03. II. Adagio. Sehr feierlich
04. III. Scherzo. Nicht schnell – Trio. Langsam
05. IV. Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell
06. Applause II

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Celibidache foi um grande talento e especialista em Bruckner.
Celibidache ensaiando: ele foi um grande talento e especialista em Bruckner.

Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 5 (CDs 3 e 4 de 12)

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 5 (CDs 3 e 4 de 12)

61-4cYIGGfLA Sinfonia No. 5 é grande, enorme. Não me refiro apenas ao tempo cronológico, mas às dimensões e profundidade do trabalho. É uma das obras mais arrebatadores de Bruckner. Ao ouvir a Quinta Sinfonia, alçamos galáxias e realidades para além do mundo. A seguir, alguns dados importantes sobre a Quinta Sinfonia:

“Bruckner iniciou a composição de sua Quinta Sinfonia, em fevereiro de 1875, uma época de grandes dificuldades pessoais e econômicas para ele. Por causa disso, não causa admiração que esta sua obra inicie com um adagio, tempo sempre reflexivo e melancólico, presença constante na obra do músico. É a única sinfonia de Bruckner onde a lenta introdução influenciará, tanto tonal quanto tematicamente, em toda esta obra. A singulariedade do primeiro movimento, um complexo arranjo de temas e formas, com grandes espaços preenchidos separados por espaços abertos, tal qual uma “catedral sonora”, nas palavras do músico Halbreich. A constante mudança do tema, os constantes contrastes entre fortíssimos e pianíssimos, trazendo inovação à estrutura sinfônica, culminando com os belíssimos ostinati da coda. A aparência simples do adagio, só o é a primeira vista, pois possui como de costume nos adágios de Bruckner, uma bela riqueza composicional, começando de um início austero , evoluindo melodicamente através do desdobramento de modulações e mutações harmônicas, começando por um sentimento trágico que transforma-se em esperança. O scherzo que compõe o terceiro movimento demonstra toda a genialidade composicional de Bruckner, que partindo de um simples ländler, transforma-se em um dos maiores compostos pelo músico, cheio de crescendos seguidos de ríspidas paradas, uma grande demonstração da arte de conjugar extremos. O gigantesco quarto e último movimento, utilizando-se da forma sonata acrescida de uma dupla fuga onde aparecem os temas anteriores da sinfonia, transmutados em formas estranhas e imaginativas , sendo executados em uma gigantesca peça polifônica. A coda, com seus contrapontos e harmonias, utiliza-se enormemente da polifonia orquestral, que conduzirá à um dos maiores climax da música sinfônica”.

Extraído DAQUI

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 5 em Si bemol maior

DISCO 3

01. Applause
02. I. Introduction. Adagio – Allegro
03. II. Adagio. Sehr lagsam

Total time: 48:03

DISCO 4

01. III. Scherzo. Molto vivace (Schnell) – Trio
02. IV. Finale. Adagio – Allegro moderato
03. Applause

Total time: 41:50

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Celi não é mole não.
Celi não é mole não.

Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 3 em Ré menor (Sinfonia Wagner) (CD 1 de 12)

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 3 em Ré menor (Sinfonia Wagner) (CD 1 de 12)

Recado de PQP: IM-PER-Dí-VEL !!! 

Costumava achar que as obras-primas dentre as Sinfonias de Bruckner estavam entre as de numero 4 a 9, mas a 3ª também é extraordinária. É música grandiosa e difícil, que vale todo o investimento cerebral que você fizer para ouvi-la. Celibidache esmerilha. Mas passemos a palavra ao Carlinus.

Passei muito tempo alimentando o intento de iniciar uma integral com as sinfonias de Anton Bruckner. A princípio a tarefa me pareceu difícil, estava com preguiça. Hoje, após ter tomado a resolução de forma intempestiva, resolvi-me pela condução de Sergiu Celibidache. E por quê? Primeiro, porque as sinfonias de Bruckner são trabalhos densos, enormes; repletas de um espírito de onipotência. Após ouvirmos Bruckner ficamos com aquela sensação de que fomos visitados por um evento ascético,  divino. Segundo, gosto da condução de Celibidache. Ainda não ouvi a caixa com os 12 CDs, mas acredito que um Bruckner denso, enorme, sendo conduzido por um Celibidache, deve resultar num casamento interessante. Então está justificado o porquê de minha escolha. Curiosamente, a caixa com 12 CDs começa pela Sinfonia No. 3, também conhecida como Sinfonia Wagner. O trabalho é do ano de 1873. Não deixe de ouvir, de apreciar este extraordinário post. Bom deleite!

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 3 em Ré menor – “Sinfonia Wagner”

01 – I. Mehr langsam. Misterioso
02 – II. Adagio, bewegt, quasi Andante
03 – III. Ziemlich schnell
04 – IV. Allegro
05 – Applaudissements

Version: 1888/89
Edition: Leopold Nowak

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Celibidache: gênio, gênio, gênio, gênio
Celibidache: gênio, gênio, gênio, gênio

Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896): Missa Nº 2 e Libera me, Domine / Josef Gabriel Rheinberger (1839-1901): Requiem, Op. 84

Anton Bruckner (1824-1896): Missa Nº 2 e Libera me, Domine / Josef Gabriel Rheinberger (1839-1901): Requiem, Op. 84

Hoje decidi fazer esta postagem sacra. Ainda não conhecia com propriedade duas questões concernentes a este CD: (1) nunca havia escutado esta missa de Anton Bruckner; e (2) não sabia da existência de Josef Gabriel Rheinberger, nem tão menos de seu réquiem. Não é escusado afirmar que temos um registro singular – tanto por conta dos compositores, quanto pela música que se nos apresenta. Já alimentei uma desconfiança considerável com relação a Bruckner, até que o redimi após ter ouvido as suas sinfonias. Iniciei de soslaio, mas ao chegar à Quinta Sinfonia, eu já havia arrefecido os meus mais graves juízos. A vida de Bruckner não condiz com a grandiosidade da sua obra. O compositor era um religioso; dono de uma timidez e de uma passividade impressionante. Dizem que certa vez após um intérprete ter executado a sua música, Anton beijou a mão do homem e ajoelhou-se para agradecer, numa atitude submissa. Suas composições tinham que passar por imensas revisões. Mas deixemos o homem Bruckner e nos fixemos em sua obra, que é expressiva. Essa sua missa é música para mosteiros. Para manhãs silenciosas, de reverência e contrição. O primeiro movimento (Kyrie) é de uma diafanidade embriagante. Já o Réquiem de Rheinberger é de uma beleza própria. Não é pessimista como o de Brahms, nem grandioso e eloquente como o de Mozart. Aproxima-se do réquiem de Fauré em matéria de beleza e suavidade. Em resumo: trata-se de um CD como músicas belas, para ouvir nos momentos em que o secularismo da pós-modernidade nos abandonar e nos enchermos de sentimentos sublimes; quando a vida se encher de envolvimentos augustos. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896)

Missa Nº 2 
1. Kyrie
2. Gloria
3. Credo
4. Sanctus
5. Benedictus
6. Agnus Dei

Libera me, Domine, WAB 22
7. Libera me, Domine

Josef Gabriel Rheinberger (1839-1901)

Requiem in Es, Op. 84
8. Introitus
9. Kyrie
10. Tractus
11. Offertorium
12. Sanctus
13. Benedictus
14. Agnus Dei
15. Comunio

Kammer Chor Saarbrüken
Bläser der Kammerphilharmonie Mannheim

Georg Grün, direção

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My name is Bruckner, Anton Bruckner
My name is Bruckner, Anton Bruckner

Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896) – Symphony No. 4 in E-flat major – "Romântica" (CD2 de 12)

Postado inicialmente em 6 de novembro de 2010.

Mais uma sinfonia dessa imperdível integral. A “Romântica” de Bruckner, como também é conhecida a Quarta Sinfonia, foi gravada em 1874 e passou por inúmeras revisões até o ano de 1888. Revisionismo era uma palavra que seguiu a carreira de Bruckner. Muitas das suas sinfonias passaram por imensas “remodelagens”. Talvez isso fosse uma traço da insegurança do compositor. Embora a Sinfonia No. 4 tenha o nome de “Romântica”, ela não segue o ideário do “amor romântico” do século XVIII. Bruckner segue um programa medieval, inspirado nas óperas Lohengrin e Siegfried de Richard Wagner. Esqueçamos Wagner e nos fixemos em Bruckner, num dos trabalhos mais belos e populares do seu repertório. Confesso que não gostei tanto da versão do Celibidache. As versões com o Abbado e com o Harnoncourt ficaram bem melhores. Com Abbado eu já postei; com Harnoncourt, ainda postarei. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – Symphony No. 4 in E-flat major – “Romântica”
01 – I – Bewegt, nicht zu schnell
02 – II – Andante quasi Allegretto
03 – III – Scherzo. Bewegt – Trio. Nicht zu schnell. Keinesfalls schleppend
04 – IV – Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell

Edition: Robert Haas

Total time: 79:11

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 3 in D minor e Symphony No. 8 in C minor

Ouvi este baita CD há pouco e percebi que era fundamental compartilhá-lo. Percebo dois momentos da vida de Bruckner aqui escancarados: (1) A Sinfonia no. 3 é um trabalho repleto de “idealismos”. Foi dedicada a Richard Wagner. Possui bons momentos; passagens daquilo que seria trabalhada a partir da Quarta Sinfonia – momento em que os grandes trabalhos se sucederiam numa progressão assustadora. (2) A poderosa Oitava Sinfonia, um dos trabalhos mais atordoadores de toda a história das composições sinfônicas, é uma marca do gênio de Bruckner. As sinfonias números 7, 8 e 9 de Bruckner são portais que nos levam ao paraíso. Acredito (sem exagero) que essas sinfonias serão tocadas na “Nova Jerusalém” – nomenclatura utilizada pelo livro de Apocalipese para descrever o “Novo Céu”. Ultimamente tenho ouvido muita coisa com George Szell e me impressiona a qualidade desse regente. Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 3 in D minor e Symphony No. 8 in C minor

DISCO 01

01. Mehr bewegt, misterioso
02. Andante. Bewegt, feierlich, quasi Adagio
03. Scherzo. Ziemlich schnell
04. Finale. Allegro

Symphony No. 8 in C minor, WAB 108

01. I. Allegro moderato

DISCO 02

01. II. Scherzo. Allegro moderato
02. III. Adagio. Feierlich langsam_ doch nicht schleppend
03. IV. Finale. Feierlich, nicht schnell

Cleveland Orchestra
George Szell, regente

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Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 8 em Dó menor e Richad Wagner (1813-1883) – Lohengrin – Preludio Acto 1, Siegfried Idyll e Parsifal etc

Este é um CD implacável. Sério. Estou ouvindo a sua música atordoante desde às 8 e meia da manhã. Em meio ao pandemônio da preparação de provas, planejamento semanal, correção de exercícios. Desde o dia de ontem, encontro-me nesse torvelinho. Meu final de semana está sendo terrível. Segunda recomeçará a roda-viva. O que me consola é a música poderosa de Bruckner. Entre as sinfonias do compositor, a sua número 8 me bota um sorriso bobo de espanto e contemplação. Como alguém como Bruckner conseguiu fazer algo assim? Mas, com certeza, tal aspecto apenas engrandece a fineza e a sensibilidade que lhe habitava o interior. A peça é uma viagem filósofica e religiosa. Um evento cartático, com transfiguração e redenção. As sinfonias de Bruckner, a partir da Terceira, constituem eventos notáveis, de perfeição exagerada, beirando o impossível. Esta versão com Hans Knappertbusch, gravada em 1963, é algo que impressiona e se estabelece como uma das melhores versões que já ouvi. Aparece ainda no post, Richard Wagner. Sei. É um post que causa uma impressão fundante. Saiam da frente que a música é grande, enorme, capaz de silenciar os homens e embalar o universo. Um bom deleite!

DISCO 01

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 8 em Dó menor

01. I. Allegro moderato
02. II. Scherzo. Allegro moderato-Trio. Langsam
03. III. Adagio- Feierlich langsam, doch nicht schleppend

DISCO 02

01. IV. Finale- Feierlich, nicht schnell

*Versión 1892 de Bruckner y Joseph Schalk. Ed. Haslinger-Schlesinger-Lienau

Richad Wagner (1813-1883) –

Lohengrin – Preludio Acto 1
02. Lohengrin – Preludio Acto 1

Siegfried Idyll
03. Siegfried Idyll

Parsifal – Preludio Acto 1
04. Parsifal – Preludio Acto 1

Münchner Philharmoniker
Hans Knappertbusch, regente

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Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No.4 in E Flat major, WAB 104 – "Romântica" (Abbado)

Uma das grandes dádivas acerca do ser humano é que ele muda. Assim como a relidade é resultado de um devir constante, as concepções frágeis que vamos alimentando pela vida afora acabam sendo esfareladas pelo peso das horas, dos dias, dos meses. Oscar Wilde disse certa vez num aforismo extraordinário: “A única coisa de que podemos ter certeza acerca da natureza humana é que ela muda”. Nietzsche também diz que “há intuições que são admitidas com o tempo”. Ou seja, a questão é que há fatos e acontecimentos para as quais não estamos preparados em dado momento. Machado de Assis diz em Esaú e Jacó, que “o tempo dá um habeas corpus para que Deus haja”. Devaneei dessa forma para mostrar que há algum tempo Bruckner era alguém  que eu via com maus olhos. Hoje, compositor tornou-se uma figura admirada, benfazeja.  Daqui há alguns dias iniciarei uma série de postagens com 12 CDs com obras de Bruckner regidas por Sergiu Celibidache. Ou seja, um Bruckner lento, pesadão, mastodôntico, mas que eu gosto bastante. Por enquanto, boa apreciação desse extraordinário CD.

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No.4 in E Flat major, WAB 104 – “Romântica”.

I. Bewegt, nicht zu schnell
II. Andante quasi Allegretto
III. Scherzo. Bewegt – Trio. Nicht zu schnell. Keinesfalls schleppend – Scherzo
IV. Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell

Lucerne Festival Orchestra
Claudio Abbado, regente

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Anton Bruckner (1824-1896) – Symphony No. 8 in C minor, WAB 108 – REPOSTADO

A fantástica Sinfonia No. 8 de Anton Bruckner foi a última obra sinfônica completada pelo compositor. Há duas versões – a de 1887 e a de 1890. Ela foi dedicada ao imperador Francisco José I da Áustria. Bruckner começou a trabalhar nessa obra no ano de 1884, ou seja, oito anos antes dela ser estreada em 1892 pelo regente Hans Richter. A obra chega a quase uma hora e meia de duração (80 minutos). É um dos daqueles trabalhos sinfonicamente eloquentes típicos do compositor. É uma peça cheia de paisagens reveladoras, de caminhos de tranquilidade. Conseguimos vislumbrar a alma religiosa de Bruckner. O compositor é o homem dos mosteiros, das paisagens frias e alpinas. Um homem de devoção constante, que buscou “exatificar” a sua fé por meio de suas sinfonias. Confesso que mudei de opinião em relação a Bruckner. O trabalho de Bruckner já me foi bastante inamistoso. Todavia, hoje eu mudei de postura em relação ao compositor. Como é bom ouvi-lo. Permitir que a sonoridade densa e maciça nos encha a interioridade. É preciso certa disposição de alma para ouvi-lo. A regência deste fantástico trabalho fica por conta de Karl Böhm, numa gravação que dispensa comentários. Uma boa devoção!

Anton Bruckner (1824-1896) – Symphony No. 8 in C minor, WAB 108

01. I. Allegro moderato
02. II. Scherzo. Allegro moderato
03. III. Adagio. Feierlich langsam_ doch nicht schleppend
04. IV. Finale. Feierlich, nicht schnell

Wiener Philharmoniker
Karl Bohm, regente

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Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 6 em A maior WAB 106

Não tecerei comentários demasiados sobre este extraordinário post. A obra se auto-explica. É grande. Poderosa. Esmagadora. É um dos trabalhos mais densos de Bruckner. Gravação ao vivo! Boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 6 em A maior WAB 106

01. 1. Maestoso
02. 2. Adagio – Sehr Feierlich
03. 3. Scherzo, Trio
04. 4. Finale

Staatskapelle Dresden
Bernard Haitink, regente

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