200 Anos de Música em Versailles Uma viagem ao coração do Barroco Francês
CD5/20: Os “prazeres” de Versailles durante o reinado de Luis XIV: Concertos e Sinfonias para o Rei.
Em 1683, Luís XIV introduziu os “soirées d’appartement” em Versalhes: três noites por semana, jogos e música para o entretenimento dos cortesãos. No Mars Salon, onde as atividades musicais aconteciam, os virtuosos músicos do rei eram ouvidos, incluindo os Couperins, d’Anglebert, Marais, Hotteterre, La Barre e outros. Compostos no final do reinado de Luis XIV, os Concerts royaux de Francois Couperin estão entre as obras mais refinadas e mais pessoais já apresentadas na corte do Rei Sol. Em sua velhice, Luis XIV os ouvia todos os dias para alegrar sua solidão.
Em dias especiais, quando havia celebrações de algum tipo em Versalhes, o protocolo da corte exigia que a orquestra de câmara de Luís XIV, a 24 Violons du Roi, tocasse durante a Ceia do Rei, em uma sala conhecida como Antichambre du Grand Couvert. Ali, durante três quartos de hora (a duração da refeição), a orquestra tocava peças instrumentais, com o Surintendant de la Musique de la Chambre marcando o compasso. Estas Symphonies pour le Souper du Roi eram de fato suítes de dança, com as danças tiradas de óperas que estavam então na moda e organizadas para a ocasião. Mas alguns músicos, incluindo Lalande e Jean-Baptiste Lully (filho), compuseram peças especialmente para esse fim.
200 Anos de Música em Versailles Concertos e Sinfonias para o Rei.
François Couperin (France, 1668 -1733) 01. Premier Concert royal1. Prelude 02. Premier Concert royal2. Allemande 03. Premier Concert royal3. Sarabande 04. Premier Concert royal4. Gavotte 05. Premier Concert royal5. Gigue 06. Premier Concert royal6. Menuet 07. Deuxième Concert royal1. Prelude 08. Deuxième Concert royal2. Allemande fugue 09. Deuxième Concert royal3. Air tendre 10. Deuxième Concert royal4. Air contre-fugue 11. Deuxième Concert royal5. Echos Les Folies Françoises, Patrick Coën-Akenine, violon et dir.
Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726) 12. Symphonies pour les Soupers du Roi1. Ouverture 13. Symphonies pour les Soupers du Roi2. Prelude 14. Symphonies pour les Soupers du Roi3. Marche des Candiots 15. Symphonies pour les Soupers du Roi4. Air des Candiots 16. Symphonies pour les Soupers du Roi5. Air des Combattants 17. Symphonies pour les Soupers du Roi6. Chaconne 18. Symphonies pour les Soupers du Roi7. Air d’Ancelade Jean-Baptiste Lully Fils (França, 1665-1743) 19. Concert donné au souper du Roi 1. Ouverture 20. Concert donné au souper du Roi 2. Sarabande 21. Concert donné au souper du Roi 3. Bourree 22. Concert donné au souper du Roi 4. Quatrième Air en suite 23. Concert donné au souper du Roi 5. Loure 24. Concert donné au souper du Roi 6. Premier et deuxième Rigaudon 25. Concert donné au souper du Roi 7. Grand Air en suite 26. Concert donné au souper du Roi 8. Rondeau en suite 27. Concert donné au souper du Roi 9. Grand Air en fanfare 28. Concert donné au souper du Roi 10. Passacaille Musica Florea. Marek Štrynel, dir.
200 Anos de Música em Versailles CD5/20: Os “prazeres” de Versailles durante o reinado de Luis XIV: Concertos e Sinfonias para o Rei. – 2007
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200 Anos de Música em Versailles Uma viagem ao coração do Barroco Francês
CD4/20: Os “prazeres” de Versailles durante o reinado de Luis XIV: Lully e seus sucessores na Académie Royale de Musique.
A morte de Lully, em 1687, pôs fim ao monopólio da produção operística de quase quinze anos, de modo que, finalmente, outros compositores puderam apresentar seus trabalhos no palco da prestigiada Academia Royale de Musique.
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Colasse, Desmarest, Charpentier, Destouches, Marais e outros compuseram obras que mostram força e personalidade. Dramaturgos, sinfonistas e melodistas apareceram. Nunca a ópera francesa viu tanta variedade quanto na época – para o deleite do público!
200 Anos de Música em Versailles Lully e seus sucessores na Académie Royale de Musique
Andre Cardinal Destouches (França, 1672 – 1749) 01. Callirhoé (extraits) – 1. Ouverture 02. Callirhoé (extraits) – 2. O nuit temoin des mes soupirs 03. Callirhoé (extraits) – 3. Air Regnez a jamais 04. Callirhoé (extraits) – 4. Premier air 05. Callirhoé (extraits) – 5. Deuxieme air 06. Callirhoé (extraits) – 6. Air Le Tendre Amour 07. Callirhoé (extraits) – 7. Troisieme air 08. Callirhoé (extraits) – 8. Quatrieme air 09. Callirhoé (extraits) – 9. Reprise troisieme air Pascal Colasse (França, 1649 – 1709) 10. Achille & Polyxène (extraits) – 1. Ouverture 11. Achille & Polyxène (extraits) – 2. Gavotte Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687) 12. Persée (extraits) – 1. Jeux junoniens – premier et deuxieme air 13. Persée (extraits) – 2. Entrée des Cyclopes 14. Persée (extraits) – 3. Entrée des Nymphes guerrieres 15. Persée (extraits) – 4. O Mort! Venez finir mon destin deplorable Marin Marais (France, 1656-1728) 16. Chaconne de Sémélé Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704) 17. Médée (extraits) – 1. Rondo pourles Corinthiens 18. Médée (extraits) – 2. Air pour les Argiens 19. Médée (extraits) – 3. Quel prix de mon amour _ 20. Médée (extraits) – 4. Croiras-tu mon malheur _ 21. Médée (extraits) – 5. Noires filles du Styx 22. Médée (extraits) – 6. Intermede
Stéphanie d’Oustrac, bas-dessus (mezzo-soprano) Le Concert Spirituel (Hervé Niquet) Alice Piérot, violon & dir.
200 Anos de Música em Versailles CD4/20: Os “prazeres” de Versailles durante o reinado de Luis XIV: Lully e seus sucessores na Académie Royale de Musique – 2007
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200 Anos de Música em Versailles Uma viagem ao coração do Barroco Francês
CD3/20: Os “prazeres” de Versailles durante o reinado de Luis XIV: Lully, o criador da ópera francesa
Com o poeta Quinault e a pedido de Louis XIV, Lully criou as primeiras óperas francesas com um gênero que deveria ter um futuro brilhante: a tragédia e a música. Todos os anos, de 1673 a 1686, Lully apresentou um novo trabalho desse tipo durante o período do carnaval.
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Em treze anos, o estilo do compositor evoluiu consideravelmente: seus últimos trabalhos, Roland, Amada e Arrnick, mostram-no no auge de sua realização. Todos os meios possíveis foram usados para entreter o público, incluindo intensas e expressivas árias, coros fortes, uma rica orquestra tocando ao longo do trabalho e diversões festivas e coloridas. Suas óperas não eram apenas divertidas, mas também apresentavam representações sutis de paixões humanas violentas e contrastantes, como em algumas das árias de Oriane e Arcabonne em Amadis (1684) e o lamento tocante de Pan em Ísis (1677).
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200 Anos de Música em Versailles Lully, o criador da ópera francesa
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687) 01. Isis (excerpts) _ Ouverture 02. Isis (excerpts) _ Publions en tous lieux 03. Isis (excerpts) _ L’ hyver qui nous tourmente 04. Isis (excerpts) _ Tot, tot, tot 05. Isis (excerpts) _ Liberte, liberte 06. Isis (excerpts) _ Aimons sans cesse 07. Isis (excerpts) _ Helas! Quel bruit!
Barbara Kusa, dessus
Jean-Francis Lombard, haute-contre
Marc Mauillon, taille
Edwin Crossley-Mercer, baritone
Les Pages et les Chantres du Centre de Musique Baroque de Versailles
Musica Florea (Mark Štrynel)
Olivier Schneebeli, dir.
08. Amadis _ Ouverture 09. Amadis _ Marche pour le combat de la barriere 10. Amadis _ Premier air, les combattants 11. Amadis _ Second air 12. Amadis _ Amour que veux-tu de moi_ 13. Amadis _ Toi qui dans ce tombeau 14. Amadis _ Prelude 15. Amadis _ Ciel ! finissez nos peines 16. Amadis _ A qui pourrai-je avoir recours_ 17. Amadis _ Que vois-je_ 18. Amadis _ Fermez-vous pour jamais, mes yeux 19. Amadis _ Je soumets a mes lois l’enfer, la terre et l’ onde 20. Amadis _ Chaconne
Véronique Gens, dessus
Benoît Porcherot, haute-countre
David Witczak, basse-taille
Les Chantres du Centre de Musique Baroque de Versailles
Musica Florea (Marek Štrynel)
Olivier Schneebeli, dir.
200 Anos de Música em Versailles CD3/20: Os “prazeres” de Versailles durante o reinado de Luis XIV: Lully, o criador da ópera francesa- 2007
200 Anos de Música em Versailles A música na corte no tempo de Luis XIII
CD2/20: Os segredos de Versailles no tempo de Luis XIII: A música na corte no tempo de Luis XIII
O cravista Jacques Champion Chambonnières foi sem dúvida um dos mais interessantes dos muitos músicos da primeira metade do século XVII. Ele foi o fundador da escola francesa de tocar e compor no cravo, e em 1641 criou, com o objetivo de promover obras de câmara contemporâneas, uma das primeiras sociedades de concertos francesas, a ‘Assemblée des Honnestes Curieux’, onde a sociedade de então se reunia para interpretar composições instrumentais e vocais de Boesset, Chancy, Richard, Lambert ou Moulinié, todos músicos da Câmara do Rei.
200 Anos de Música em Versailles A música na corte no tempo de Luis XII Jacques Champion de Chambonnières (França, ca 1601-1672) 01. Pièces de clavecin – Pavane Antoine Boesset (França, 1587-1643) 02. Airs de cour – Beaute dont les rigueurs 03. Airs de cour – Donc vos rigueurs belle Uranie Jacques Champion de Chambonnières (França, ca 1601-1672) 04. Pièces de clavecin – L’Affligee, allemande Antoine Boesset (França, 1587-1643) 05. Airs de cour – Me veux tu voir mourir Francois Richard (França, ca 1585-1650) 06. Airs de cour – Helas que je souffre de mal Jean Lacquemant, dit Dubuisson (França, ca 1622-ca 1680) 07. Pièces de luth – Prelude – Sarabande grave Antoine Boesset (França, 1587-1643) 08. Airs de cour – Depart que le devoir me fait precipiter Ennemond Gaultier, dit “Le Vieux Gaultier” (França, 1575-1651) 09. Pièces de luth – Les larmes de Boesset, courant Antoine Boesset (França, 1587-1643) 10. Airs de cour – Je meurs je languis François de Chancy (França, 1600-1656) 11. Airs de cour – Cher ami tes amoureux discours 12. Airs de cour – Je goute en liberte Jacques Champion de Chambonnières (França, ca 1601-1672) 13. Pièces de clavecin – Gigue 14. Pièces de clavecin – L’Entretien des dieux, pavane Étienne Moulinié (França, 1599-1676) 15. Airs de cour – Respects qui me donnez la loi Michel Lambert (França, 1610-1696) 16. Airs de cour – Philis j’arrete enfin mon humeur vagabonde Étienne Moulinié (França, 1599-1676) 17. Airs de cour – Amour je te suis oblige
200 Anos de Música em Versailles CD2/20: Os segredos de Versailles no tempo de Luis XIII: A música na corte no tempo de Luis XIII.- 2007
Benjamin Perrot, alaúde
Blandine Rannou, cravo
Il Seminario Musicale
Gérard Lesne, dir.
200 Anos de Música em Versailles Uma viagem ao coração do Barroco Francês
CD1/20: Os segredos de Versailles no tempo de Luis XIII: Nos salões do pavilhão de caça no começo do período barroco.
Sabemos que Luís XIII, que caçava nas proximidades de Versalhes (então não mais do que uma aldeia) desde a infância, gostava de ficar no pavilhão de caça – na verdade um pequeno palácio – que construíra no local. Mas só podemos imaginar a música que foi ouvida lá naquele momento. Teria incluído peças para alaúde ou para viola por GAULTIER ou MOUTON, airs de cour de GUEDRON ou BOESSET … Talvez fossem executados motets ou missas por FORME e FREMART, com os meios limitados disponíveis, na pequena capela lá, e talvez foram acompanhados por peças para órgãos compostas por ROBERDAY ou TITELOUZE … (Extraido e traduzido do encarte)
A Air de Cour (Ária da Corte) foi um tipo popular de música secular vocal na França, no final do período Renascentista e no início do Barroco, de aproximadamente 1570 até por volta de 1650. Entre 1610 e 1635, durante o reinado de Luis XIII, esta foi a forma predominante de composição vocal secular na França, especialmente na corte real. (Wikipedia)
O rico, polifônico air de cour claramente pertence ao período da Renascença, enquanto o solo air de cours com o acompanhamento do alaúde é uma manifestação óbvia do novo estilo “barroco”. A linha vocal é simples e o texto perfeitamente inteligível, com o objetivo de ressaltar a elegância e o refinamento da poesia, particularmente apreciada na época, nos salões da cidade. Nos “duplos” e reprises a cantora ficava livre para expressar sua virtuosidade e bom gosto através da realização de arabescos sutis. (Extraido e traduzido do encarte)
200 Anos de Música em Versailles Nos salões do pavilhão de caça no começo do período barroco Antoine Boesset (França, 1587-1643) 01. Airs de cour – ‘Air qui produit tant de choses si belles’ 02. Airs de cour – ‘Ne deliberons plus’ 03. Airs de cour – ‘Jamais n’auray-je le pouvoir’ Robert Ballard Senior (França, ca 1520-1588) 04. Pièces pour luth – Ballet du Dauphin Antoine Boesset (França, 1587-1643) 05. Airs de cour – ‘Plaignez la rigueur de mon sort’ 06. Airs de cour – ‘Suis-je pas miserable’ Robert Ballard Senior (França, ca 1520-1588) 07. Pièces pour luth – Entree Antoine Boesset (França, 1587-1643) 08. Airs de cour – ‘Ennuis, désespoirs et douleurs’ 09. Airs de cour – ‘Du plus doux de ses traits’ Anônimo 10. Pièces pour luth – Courante 11. Pièces pour luth – Volte Antoine Boesset (França, 1587-1643) 12. Airs de cour – ‘Me veux-tu voir mourir’ 13. Airs de cour – ‘Alors que d’un discours hardy’ 14. Airs de cour – ‘Heureux sejour de Partenisse’
200 Anos de Música em Versailles CD1/20: Os segredos de Versailles no tempo de Luis XIII: Nos salões do pavilhão de caça no começo do período barroco.- 2007
Monique Zanetti, soprano francesa, especializada em música do repertório barroco.
Claire Antonini, francesa, especializada em música para alaúde do repertório barroco.
Este disco polonês consiste em uma agradável mistura de cantatas e peças instrumentais francesas que podem ser apreciadas como um concerto. Elas datam das três primeiras décadas do século XVIII, período entre a morte de Lully e a ascensão de Rameau, enorme compositor ainda subestimado. Esta combinação de compositores e a escolha do repertório oferecem um programa muito colorido e divertido. Com Clérambault, Montéclair e Rameau, a Cantata francesa atingiu uma espécie de apogeu, empurrando os limites de sua teatralidade e tornando-se cada vez mais operística. É como se estivéssemos num salão da Paris do século XVIII, numa tranquila tarde de verão, com a porta da sala de estar entreaberta e chegasse até nós um cheiro de perfume acompanhado do riso abafado das cortesãs e de sons de um violino virtuoso. Delícia.
Destaque para a faixa 22, a absurdamente linda e “ostinata” Sonnerie de Sainte Genevieve du Mont de Paris, de Marin Marais.
Cantates et Petits Macarons
1
Le Retour de la Paix: I. Vivement “Dans les maux qu’une afreuse guerre”
De Michel Pignolet de Monteclair
1:36
2
Le Retour de la Paix: II. Air “Pourquoi de la Parque inflèxible”
De Michel Pignolet de Monteclair
5:21
3
Le Retour de la Paix: III. Legèrement “O ciel! La fureur qui les guide”
De Michel Pignolet de Monteclair
1:20
4
Le Retour de la Paix: IV. Récitatif “Ah! quelle est mon erreur?”
De Michel Pignolet de Monteclair
0:25
5
Le Retour de la Paix: V. Lent et dètaché “Fille du ciel!”
De Michel Pignolet de Monteclair
3:14
6
Le Retour de la Paix: VI. Leger et doux “Mais quel èclat soudain!”
De Michel Pignolet de Monteclair
1:15
7
Le Retour de la Paix: VII. Récitatif “Discorde tes èforts”
De Michel Pignolet de Monteclair
1:32
8
Le Retour de la Paix: VIII. Air de Trompètes et de Musètes “Que les guerrieres trompètes”
De Michel Pignolet de Monteclair
2:05
9
L’Apothéose de Corelli in B Minor: I. Corelli au piéd du Parnasse prie les Muses de le Recevoir parmi elles
De François Couperin
2:06
10
L’Apothéose de Corelli in B Minor: II. Corelli charmé de la bonne réception qu’on lui fait au Parnasse, en marque Sa joye. Il continuë avec ceux qui L’accompagnen
De François Couperin
2:12
11
L’Apothéose de Corelli in B Minor: III. Corelli buvant à la Source D’hypocrêne. Sa Troupe Continuë
De François Couperin
1:55
12
L’Apothéose de Corelli in B Minor: IV. Enthouziasme de Corelli Causé par les eaux D’hypocrêne
De François Couperin
0:59
13
L’Apothéose de Corelli in B Minor: V. Corelli après son enthouziasme S’endort; et sa Troupe jouë le Sommeil suivant
De François Couperin
1:54
14
L’Apothéose de Corelli in B Minor: VI. Les Muses reveillent Corelli, Et le placent auprês d’Apollon
De François Couperin
0:43
15
L’Apothéose de Corelli in B Minor: VII. Remerciment de Corelli
De François Couperin
2:22
16
Le berger fidèle, RCT 24: “Prêt à voir immoler l’objet de sa tendresse” (Récitatif)
De Jean-Philippe Rameau
0:42
17
Le berger fidèle, RCT 24: “Diane , appaise ton courroux!” (Air plaintif)
De Jean-Philippe Rameau
4:31
18
Le berger fidèle, RCT 24: “Mais c’est trop me livrer à ma douleur mortelle” (Récitatif)
De Jean-Philippe Rameau
0:21
19
Le berger fidèle, RCT 24: “L’amour qui règne dans votre âme” (Air gai)
De Jean-Philippe Rameau
4:03
20
Le berger fidèle, RCT 24: “Cependant à l’autel le Berger se présente” (Récitatif)
De Jean-Philippe Rameau
0:58
21
Le berger fidèle, RCT 24: “Air vif et gracieux Charmant Amour, sous ta puissance”
De Jean-Philippe Rameau
4:14
22
Sonnerie de Sainte Genevieve du Mont de Paris
De Marin Marais
7:40
23
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: I. “Fort gravement” (Prelude)
De Louis-Nicolas Clerambault
0:41
24
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: II. “Mortels, pour contenter vos desirs curieux” (Récitatif)
De Louis-Nicolas Clerambault
0:30
25
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: III. “Au son des trompettes bruiantes” (Air gai)
De Louis-Nicolas Clerambault
4:26
26
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: IV. “Mais quel bruit interrompt ces doux amusements” (Tempeste)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:03
27
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: V. “Non, les Dieux attendris” (Récitatif)
De Louis-Nicolas Clerambault
0:25
28
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: VI. “Oyseaux, qui sous ces feüillages” (Air fort tendrement)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:44
29
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: VII. “Vos concerts heureux Oyseaux” (Sommeil)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:03
30
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: VIII. “Mais quels novueaux accords dont l’horreur est extréme?” (Prelude infernal)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:09
31
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: IX. “Ne craignons rien, un changement heureux” (Récitatif)
De Louis-Nicolas Clerambault
0:27
32
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: X. “Ce n’est qu’une belle chimere” (Air gay et piqué)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:39
Natalia Kawalek, soprano
Il Giardino d’Amore
Stefan Plewniak
A criatividade de Charpentier em evitar a monotonia usa as vozes de uma forma magistral criando mudanças, variando o tamanho e, até onde ele pode decidir, suas disposições.
Os solos de órgãos curtos que teriam desempenhado um papel na Missa não estão incluídos no manuscrito, pois muito provavelmente eles teriam sido improvisados.
Em suma, este é um excelente registro. Os conhecedores do estilo de Charpentier encontrarão uma qualidade na música bastante distinta daquela que caracteriza muitas outras composições sagradas. Os desempenhos são de primeira classe, como é a própria gravação, feita com assistência financeira da Societe Marc-Antoine Charpentier. Interpretações imaginativas de música inspirada, uma conquista esplêndida. Muito recomendado. (Gramophone UK)
Charpentier: Miserere and other sacred works Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704) 01. Prélude en G re sol à 4 pour les violons et flûtes (H 528) 02. Miserere mei, Deus (H 157) 03. Recordare (Incipit oratio Jeremiae) (H 95) 04. Prélude pour le Domine salvum en F ut fa à 4 voix (H 535) 05. Nisi Dominus (H 150) 06. Prélude, [menuet et passepied] pour les flûtes et hautbois devant l’ouverture (H 520) 07. Antiphona in honorem beatae virginis a redemptione captivorum (Beata es Maria) (H 25) 08. Salve regina à 3 voix pareilles (H 23) (prélude) 09. Laudate Dominum (H 159) 10. Sub tuum praesidium (H 20)
Charpentier: Miserere and other sacred works – 2005 Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704) Ensemble L’Apothéose Ensemble Vocale Ricercare Label: Happy Few
Provém de Sabará a primeira informação sobre a presença de cravos e cravistas no Estado de Minas Gerais: em 1739, o músico José Soares tocou cravo na Matriz de Nossa Senhora da Conceição para festejar o dia de Nossa Senhora do Amparo. Não sabemos o que e como ele tocou, e muito menos a reação do público. Infelizmente, a escassez de informações desse tipo nos impede de reconstituir satisfatoriamente a trajetória dos instrumentos de teclado no Brasil Colonial, a fim de podermos avaliar o impacto de um repertório tecladístico na nascente musicalidade brasileira.
Cresce, assim, em importância o desvelamento de uma peça instrumental, única até o momento, de música colonial mineira, encontrada nos arquivos da Sociedade Musical Santa Cecília de Sabará. Trata-se da Sonata 2º para teclado, de autor anônimo, composta pelos seguintes movimentos: a) Allegro, com estrutura muito próxima dos esquemas da forma sonata bitemática, textura típica do classicismo musical do século XVIII; b) Adagio, com estrutura formal do lied instrumental, atendendo aos padrões de andamentos lentos do século XVIII; c) Rondó, com textura típica do estilo rococó cravístico.
A existência desta sonata nos conduz a uma série de exercícios analíticos, pelos quais tentamos, através de associações de ordem estilística, filosófica e sociológica, situá-la no tempo e no espaço. Acreditamos, no entanto, que tais exercícios seriam inúteis se faltasse à obra a oportunidade de ser em si mesma, isto é, realizar- se enquanto experiência musical. Surge, então, a figura do intérprete, que, com a dimensão transcendental de sua subjetividade, nos oferece o ser da obra.
Neste trabalho, o cravista Antonio Carlos de Magalhães cria um espaço possível de realização da Sonata 2ª – “Sabará”-, ao inseri-la em um universo que se caracteriza pela pluralidade de composições, no qual ocorrem relações de alteridade. Esse universo se constitui a partir de uma lógica historiográfica que nos permite supor, para a música colonial brasileira, vínculos com a música praticada por povos que de alguma forma participaram de nossa colonização. Atendendo a esta lógica, Antonio Carlos de Magalhães imagina o contexto sonoro daquele cravista do século XVIII e reúne em um só objeto peças de doze compositores – a saber: Frescobaldi, Cabezon, Sweelink, Couperin, Purcell, Zipolli, Scarlatti, Carlos Seixas, Rameau, Francisco Xavier Baptista, Padre José Maurício e o anônimo sabarense. Resulta disso que o CD Sabará foi concebido em duas dimensões – uma estética, quando ele exercita a ação reflexiva de nossos sentidos, e outra histórica, no momento em que ele presentifica a intuição de um passado.
Ressaltamos o belo jogo de cores a que Antonio Carlos de Magalhães procede ao alternar as sonoridades de dois cravos – o primeiro, um raro exemplar dobrável, que possui sons mais ásperos e rústicos, e o segundo, um Taskin, que produz sons mais aveludados. Esse procedimento revela urna sensibilidade fragmentadora, típica do fazer musical contemporâneo, que tensifica a sensibilidade unificadora característica das músicas do sistema tonal, realçada pelo respeito uniforme às convenções de dinâmica, agógica e ornamentação inerentes aos períodos de composição das peças.
(José Eduardo Costa Silva, extraído do encarte)
Girolamo Frescobaldi (Italy, 1583-1643) 01. Toccatta prima
Antonio de Cabezón (Spain, 1510-1566) 02. Diferencias cavallero
Jan Pieterszoon Sweelinck (Netherlands, 1562-1621) 03. More palatino
François Couperin (France, 1668-1733) 04. Quatrième prélude (L’art du toucher clavecin) 05. La superbe ou la Forqueray (Dixseptième ordre)
Henry Purcell (England, 1659-1695) 06. Ground (z.D221)
Domenico Zipoli (Prato, Itália,1688 – Córdoba, Argentina 1726) 07. Corrente
Giuseppe Domenico Scarlatti (Italy, 1685-1757) 08. Sonata XXX
José António Carlos de Seixas, (Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742) 09. Sonata em Sol m
Jean-Philippe Rameau (France, 1683-1764) 10. Allemande (Pieces de clavecin, avec une table pour les agrémens)
Francisco Xavier Baptista (Portugal, ? – 1797) 11. Sonata IV – 1. Allegro 12. Sonata IV – 2. Allegro
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) 13. Fantasia 6ª (Método do pianoforte)
Anônimo (Sabará, MG, final do séc. XVIII) 14. Sonata 2ª (Sabará) – 1. Allegro 15. Sonata 2ª (Sabará) – 2. Adágio 16. Sonata 2ª (Sabará) – 3. Rondó
Marc-Antonie Charpentier Litanies de la Vierge Motets pour la Maison de Guise Ensemble Correspondances
Motets for the House of Guise
For nearly twenty years, Charpentier lived at the Hôtel de Guise in the rue de la Chaume (now rue des Archives) in Paris. He arrived there in the early 1670s, shortly after his stay in Rome, and left only on the death of Mademoiselle de Guise in 1688. Marie de Lorraine, Princesse de Joinville, Duchesse de Joyeuse and Duchesse de Guise, was the last family member to bear the Guise name. she was the granddaughter of Henri de Lorraine, Duc de Guise, known as ‘le Balafré’ (Scarface), one of the organisers of the Catholic League, who was murdered in 1588 on the orders of King Henri III. Suspected of conspiracy by Richelieu, his son Charles de Lorraine was forced into exile. From 1631 to 1643 he lived in Florence with his family. As a guest at the sumptuous receptions given by the Medici, young Marie formed her musical tastes through listening to the oratorios of Giovanni Battista Gagliano and Silvestro Angolo di Conti, the Medici household musicians. Born on August 15,2 she was deeply devoted to the Virgin Mary, an attachment strengthened by the pilgrimage she made to Loreto, near Ancona, before returning to Paris. The singing of the Litany of the Blessed Virgin made a strong impression on her, an emotion she must have felt once more on hearing the setting Charpentier presented to her some forty years later.
Motets pour la Maison de Guise
Pendant près de vingt ans, Charpentier habita à l’hôtel de Guise de la rue du Chaume (l’actuelle rue des Archives) à Paris. Arrivé au début des années 1670 peu après son séjour à Rome, il n’en partit qu’à la mort de Mademoiselle de Guise en 1688. Dernière descendante du nom, Marie de Lorraine, princesse de Joinville, duchesse de Joyeuse et duchesse de Guise, était la petite-fille d’Henri de Lorraine, duc de Guise, dit le “Balafré”, organisateur de la Ligue et assassiné sur l’ordre d’Henri III en 1588. Soupçonné de conspiration par Richelieu, son fils Charles de Lorraine fut contraint à l’exil. De 1631 à 1643, il vécut à Florence avec toute sa famille. Témoin des grandes réceptions données par les Médicis, la jeune Marie forma son goût musical à l’audition des oratorios de Giovanni Battista Gagliano ou d’Angolo di Silvestro Conti, musiciens de la maison. Née un 15 août, elle vouait une profonde dévotion à la Vierge affermie par le pèlerinage qu’elle fit à Loreto, près d’Ancône, avant de retrouver Paris. Le chant des Litanies de la Vierge fit une forte impression sur elle, émotion qu’elle dut retrouver lorsqu’elle entendit la version que Charpentier lui offrit quelque quarante années plus tard.
Motetten für das Haus Guise
Annähernd zwanzig Jahre lang lebte Charpentier im Palais der Guise in der Rue du Chaume (heute Rue des Archives) in Paris. Kurz nach seiner Rückkehr aus Rom nahm er Anfang der 1670er Jahre dort Wohnung und blieb bis zum Tod von Mademoiselle de Guise im Jahr 1688. Marie de Lorraine, Prinzessin von Joinville, Herzogin von Joyeuse und Herzogin von Guise, die letzte Nachfahrin dieses Namens, war die Enkelin von Henri de Lorraine, Herzog von Guise, genannt Le Balafré, der die Heilige Liga gegründet hatte und der 1588 auf Anordnung von Henri III. ermordet wurde. Sein Sohn Charles de Lorraine wurde von Richelieu verdächtigt, eine Verschwörung angezettelt zu haben, und war gezwungen, ins Exil zu gehen. Von 1631 bis 1643 lebte er mit seiner ganzen Familie in Florenz. Als junges Mädchen erlebte Marie die prächtigen Empfänge im Hause der Medici, und Aufführungen der Oratorien von Giovanni Battista Gagliano oder Angolo di Silvestro Conti, beide Musiker in Diensten der Medici, prägten ihren musikalischen Geschmack. Sie ist an einem 15. August geboren, und das war für sie der Anstoß zu einer tiefempfundenen Marienverehrung, die sie durch eine Wallfahrt nach Loreto nahe Ancona bekräftigte, bevor sie nach Paris zurückkehrte. Der Gesang der Lauretanischen Litanei machte großen Eindruck auf sie, und diese Empfindungen wurden sicherlich wieder lebendig, als sie die Fassung Charpentiers hörte, die er ihr mehr als vierzig Jahre später zum Geschenk machte.
Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704)
Litanies de la Vierge – Motets pour la Maison de Guise 01. Miserere H.193 – I. Miserere mei Deus 02. Miserere H.193 – II. Auditui meo dabis gaudiam 03. Miserere H.193 – III. Ne projicias me 04. Miserere H.193 – IV. Libera me 05. Miserere H.193 – V. Sacrificium Deo spiritus contribulatus 06. Antienne H.526 07. Annunciate superi H.333 – I. Annunciate superi 08. Annunciate superi H.333 – II. Hæc enim Virgo 09. Annunciate superi H.333 – III. Psallite ergo populi 10. Ouverture H.536 11. Litanies de la Vierge H.83 – I. Kyrie eleison 12. Litanies de la Vierge H.83 – II. Speculum justitiæ 13. Litanies de la Vierge H.83 – III. Salus infirmorum 14. Litanies de la Vierge H.83 – IV. Agnus Dei
Litanies de la Vierge – Motets pour la Maison de Guise – 2013 Ensemble Correspondances
Clavecin, orgue & direction, Sébastien Daucé
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MP3 320 kbps – 146,3 + 1,9 MB – 1 h powered by iTunes 11.1.3 . .Boa audição.
Pigmaleão, na mitologia grega, foi um rei da ilha de Chipre que, segundo Ovídio, poeta romano contemporâneo de Augusto, também era escultor e se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Ele havia decidido viver em celibato na ilha por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, conhecidas como cortesãs. O mito de Pigmaleão, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares ou coletivas. A lenda de Pigmalião tem atraído vários artistas. O nome da estátua, depois que ela vira mulher, Galathea, não é encontrado nos textos antigos, mas aparece em representações artísticas modernas do mito. Uma versão moderna da lenda é a peça de George Bernard Shaw, Pigmalião, ou My Fair Lady, em que, em vez de uma estátua transformada em mulher, temos uma mulher do povo transformada em mulher da alta sociedade. A peça é também um musical e um filme.
O “ato de balé” de Rameau, Pygmalion, foi o primeiro trabalho do compositor a ter essa designação. O termo denota uma ópera de um ato com os números individuais de solo, duetos e coros, intercalados com episódios de dança que, geralmente, são mais representativos do que o traçado pela trama… A “ópera” foi apresentada 30 vezes em 1748 e foi revivida com aclamação arrebatadora três anos depois.
O conjunto de Christophe Rousset dispensa comentários. É um especialista neste repertório.
Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Pygmalion & Les Fêtes de Polymnie
01. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52: Ouverture
02. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 1: Air «Fatal Amour, cruel vainqueur» (Pygmalion)
03. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 2: Récit «Pygmalion, est-il possible» (Pygmalion, Céphis)
04. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 3: Récit «Que d’appas ! Que d’attraits !» (Pygmalion, la Statue)
05. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 3: Récit «D’où naissent ces accords ?»
06. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 3: Récit «Quel prodige ? Quel dieu ?»
07. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 3: Air «De mes maux à jamais»
08. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: Récit «Du pouvoir de l’Amour» (L’Amour, Pygmalion & la Statue)
09. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: «Jeux et ris qui suivez mes traces» ariette vive et gracieuse
10. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: Les différents caractères de la danse
11. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: Sarabande pour la Statue
12. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 4: Récit «Le peuple en ces lieux s’avance»
13. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: “Air gay pour l’entrée du peuple qui vient admirer la Statue” (Pygmalion, la Statue & chœurs)
14. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Gavottes
15. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: «L’Amour triomphe» (ariette)
16. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Pantomime niaise et un peu lente
17. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Pantomime très vive
18. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: «Règne, Amour» (ariette)
19. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Air gracieux
20. Pygmalion, acte de ballet, RCT 52, Scène 5: Contredanse
21. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: I. Ouverture
22. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: II. Air grave et fier
23. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: III. Mouvement de Chaconne
24. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: IV. Air grave et majestueux
25. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: V. Premier et second Menuets
26. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: VI. Premier et second Passepieds
27. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: VII. Entrée des Peuples
28. Les Fêtes De Polymnie, Suite D’Orchestre, Rct 39: VIII. Gigue
29. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: IX. Air vif
30. Les Fêtes de Polymnie, suite d’orchestre, RCT 39: X. Air fort gai
PERSONNEL
Les Talens Lyriques
Christophe Rousset, conductor
Em 18 de fevereiro de 1706, a tragédia musical Alcyone foi executada pela primeira vez em Paris, no salão do Palais Royal. Imediatamente recebeu uma calorosa recepção por parte do público. Foi o maior êxito de Marin Marais, o autor da partitura. O compositor, aos cinquenta anos de idade, estava no auge de sua carreira. Ele tinha acabado de substituir André Campra no Opera.
Alcyone é uma ópera que toma a forma de uma tragédie en musique. O libreto, de Antoine Houdar de la Motte, é baseado no mito grego de Ceyx e Alcyone como relatado por Ovídio em suas Metamorfoses. A ópera foi apresentada pela primeira vez na Académie Royale de Musique, em Paris, em 18 de fevereiro de 1706. A partitura é particularmente famosa pela tempestade (tempête) no Ato Quatro. A Marche pour les Matelots, também parte deste movimento, tornou-se popular como uma melodia de Natal.
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Palhinha: ouça 01. Ouverture
Alcyone, Suite des airs à joüer 1ère Suite “Airs pour les Driades & les Bergers:
01. Ouverture
02. Marche pour les Bergers et Bergères
03. Air pour les Faunes et les Driades
04. Menuet pour les Bergers et Bergères
05. 2e Menuet pour les mêmes
06. Bourrée pour les Bergers et Bergères
07. Passepieds I & II pour les mêmes
2e Suite “Air pour les Éoliens et Éoliennes”
08. Air pour les Éoliens et Éoliennes
09. Menuet pour les mêmes
10. 2e Air pour les mêmes
11. Menuet pour les mêmes
12. Sarabande pour les mèmes
13. Gigue pour les mêmes
3e Suite “Airs pour les Prêtresses & les Magiciens”
14. Prélude de l’Acte second
15. Sarabande pour les Prêtresses de Junon
16. Prélude pour les Prêtresses de Junon
17. Gigue pour les mêmes
18. Airs I & II pour les magiciens
4e Suite “Airs pour les Matelots & les Tritons”
19. Prélude de l’Acte troisième
20. Marche pour les Matelots
21. 2e Air pour les mêmes 22. 3e Air ‘Tambourin’ pour les mêmes
23. Symphonie pour le Sommeil
24. Tempête
25. Ritournelle
26. Entr’acte Menuet
27. Chaconne pour les Tritons
Marais: Alcione, Suite des airs à joüer, 1706 – Savall
Marin Marais (Paris, 1656-1728)
Le Concert des Nations
Jordi Savall
Gravado no Château de Cardona (Catalunya) em dezembro de 1993.
Harmonia Mundi: História da Música Sacra vol 08: Lamentações & Tenebrae
Tenebrae (“trevas”em latim) é uma celebração cristã que ocorre nos últimos três dias da Semana Santa: quinta, sexta e sábado de Aleluia. A cerimônia distingue-se pelo candelabro de 15 velas, que são apagadas progressivamente ao final de cada salmo. No rito católico, proclama-se os 3 salmos do ofício das leituras, os 3 salmos das laudes e o Benedictus (7a. vela). A vela mais alta é extinta ao final da celebração. Também proclama-se as leituras do ofício do dia. Entre o terceiro e quarto salmos, é lido (ou cantado) um trecho do Livro das Lamentações.
Huelgas-Ensemble. Maestro Paul Van Nevel
Tiburtio Massaino (Italy, b.1550-a.1608) 01. Musica super Threnos Ieremiae prophete, in maiori hebdomada dacantadas à 5. Feria V. In coena Domini 1. Lectio Prima 02. Musica super Threnos Ieremiae prophete, in maiori hebdomada dacantadas à 5. Feria V. In coena Domini 2. Lectio Secunda 03. Musica super Threnos Ieremiae prophete, in maiori hebdomada dacantadas à 5. Feria V. In coena Domini 3. Lectio Tertia
Orlande de Lassus (also Orlandus Lassus, Orlando di Lasso, Roland de Lassus, or Roland Delattre) (Franco-Flemish, 1532/1530-1594) 04. Lamentationes Hieremiae. Feria sexta in Parasceve à 5 – 1. Lamentatio Prima 05. Lamentationes Hieremiae. Feria sexta in Parasceve à 5 – 2. Lamentatio Secunda 06. Lamentationes Hieremiae. Feria sexta in Parasceve à 5 – 3. Lamentatio Tertia
Concerto Vocale. Maestro René Jacobs
Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704) 07. Leçons de Ténèbres du Mercredy Sainct – Seconde Leçon: VAU – Et egressus est a filia Sion
François Couperin (France, 1668 -1733) 08. Leçons de Ténèbres – Troisième Leçon
RIAS Kammerchor. Maestro Marcus Creed
Ernst Krenek (Austria, 1900 – Estados Unidos, 1991) 09. Hieremie prophetae Lamentationes – Lectio secunda
History of the Sacred Music vol. 08: Lamentations & Tenebrae
Harmonia Mundi: História da Música Sacra vol 07: Os pequenos e os grandes motetos franceses
Durante o reinado de Louis XIV (1638-1715) a música sacra se apresentou de três formas essenciais: o Grand Motet (específico para a corte francesa), o Petit Motet em escala menor, e peças para órgão alternandas com cantochão.
Todas as três formas foram reunidas em Versalhes na celebração diária da missa do rei. Elas também foram os componentes das cerimônias religiosas importantes realizadas nas principais igrejas de Paris, como a Notre Dame e a Sainte-Chapelle, a qual manteve um corpo de músicos de primeira linha. A música sacra em Versalhes fazia parte do ofício diário comum, assim como também era apresentada em ocasiões especiais, como o Te Deum.
A famosa “pompa” de Versalhes, como ilustrada pela configuração gloriosa do Te Deum de Marc-Antoine Charpentier, ouvido nesta gravação, envolvendo solistas, um grande coro e uma orquestra com trompetes e tímpanos, co-existia com obras excepcionalmente íntimas, tais como o Miserere de Lalande ou os petit motets compostos por Dumont, que ilustram o aspecto mais pessoal da música sacra francesa da época barroca.
Finalmente, a música de órgão desempenhou um papel importante em cerimônias religiosas por todo o reino, nas catedrais das províncias e na Capela Real. Em Versalhes quatro organistas partilhavam a tarefa de tocar o instrumento encomendado por Luís XIV, com cada um tendo um quarto do ano. François Couperin e Louis Marchand estavam entre os mais famosos dos organistas reais.
Henri Dumont (also Henry Du Mont, originally Henry de Thier) (Franco-Belgian, 1610-1684) 01. Grand Motet: Memorare
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687) 02. Grand Motet: Dies irae
Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726) 03. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 1. Simphonie. Super flumina 04. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 2. In salicibus 05. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 3. Quia illic interrogaverunt nos 06. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 4. Hymnum cantate nobis 07. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 5. Si oblitus fuero tui 08. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 6. Adhaereat lingua mea 09. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 7. Memore esto, Domine 10. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 8. Filia Babilonis misera (solis) 11. Grand Motet: Super flumina Babilonis – 9. Filia Babilonis misera (choeur)
Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704) 12. Grand Motet: Te Deum – 1. Prélude 13. Grand Motet: Te Deum – 2. Te Deus laudamus (basse, 2 violons, basse continue) 14. Grand Motet: Te Deum – 3. Te aeternum Patrem (soli, choeur et orchestre) 15. Grand Motet: Te Deum – 4. Per te orbem terrarum (contre-ténor, ténor, basse, basse continue) 16. Grand Motet: Te Deum – 5. Tu devicto mortis aculeo (soli, choeur et orchestre) 17. Grand Motet: Te Deum – 6. Te ergo quaesumus (soprano, 2 flûtes, basse continue) 18. Grand Motet: Te Deum – 7. Aeterna fac cum sanctis tuis (soli, choeur et orchestre) 19. Grand Motet: Te Deum – 8. Dignare Domine (soprano, basse, 2 violons, basse continue) 20. Grand Motet: Te Deum – 9. Fiat misericordia tua Domine (2 sopranos, basse, 2 flûtes, basse continue) 21. Grand Motet: Te Deum – 10. In te Domine speravi (soli, choeur et orchestre)
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687) 22. Petit Motet: Ave coeli (haute-contre, ténor, bassel)
Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726) 23. Petit Motet: Miserator et misericors
History of the Sacred Music vol. 07: The French’s ‘Petit Motet’ and ‘Grand Motet’ – Faixa 01 e 02 – Solistes, Choeur et Orchestre de la Chapelle Royale. Maestro Philippe Herreweghe – Faixa 03 a 23 – Les Arts Florissants. Maestro William Christie
Um Feliz Natal aos que nos tem acompanhado nesta aventura musical !!
. A la venue de Noël Messe sur des Noëls Ensemble Aria Voce
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Missa de Natal inédita. O Ensemble Aria Voce, dirigido por Philippe Le Corf, foi constituído para interpretar repertórios barrocos pouco conhecidos. É neste espírito que a obra de William Minoret foi gravada. Sua missa, original até então, “Missa pro tempore Nativitatis” é construída sobre temas populares de Natal. Uma obra sagrada magistral para se descobrir. . A La Venue de Noël: Messe sur des Noëls
André Raison (France, c.1640 – 1719) 01. Une jeune pucelle 02. Joseph est bien marié 03. Or, nous dites Marie
Guillaume Minoret (France,1650 – 1717 /1720) 04. Missa pro tempore Nativitatis 1. Kyrie 05. Missa pro tempore Nativitatis 2. Gloria 06. Missa pro tempore Nativitatis 3. Credo 07. Missa pro tempore Nativitatis 4. Sanctus 08. Missa pro tempore Nativitatis 5. Agnus Dei 09. Missa pro tempore Nativitatis 6. Domine, salvum fac Regem
Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704) 10. Joseph est bien marié-Symphonie 11. À la venue de Noël-Symphonie 12. Ô pretiosum 13. Or, nous dites Marie-Symphonie 14. Petite Cantate de Noël
Michel Corrette (France, 1707 – 1795) 15. Où s’en vont ces gays bergers
Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726) 16. Symphonie sur des Noëls
Nicolas Lebègue (France, 1631-1702) 17. Une Vierge Pucelle
A la venue de Noël: Messe sur des Noëls – 2005
Ensemble Aria Voce
Maestro Philippe Le Corf
22º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora 2011
Com instrumentos de época. On period instruments.
Referida nos catálogos de composições do mulato mineiro José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746?-1805), por Maria da Conceição de Resende Fonseca (n.5) e por Maria Inês Guimarães (n.6), esta obra foi impressa na série Patrimônio Arquivístico – Musical Mineiro (n.3), a partir de sua única fonte conhecida: uma cópia de Hermenegildo José de Sousa Trindade (1806-1887), pertencente à Orquestra Lira Sanjoanense (São João Dei-Rei – MG). Destinada a uma cerimônia religiosa setecentista, seu texto latino invoca a intermediação de Nossa Senhora em nossa conexão com Deus. No Breviário Romano, Beata Mater é a Antífona do Magnificat para as comemorações de Nossa Senhora, mas o compositor utilizou uma versão do texto dividido em duas seções, com o acréscimo da doxologia Gloria Patri, o que lhe confere a incomum estrutura responsorial, talvez indicando algum uso paralitúrgico da obra.
Escrita para quatro vozes, violinos I e II, viola, baixo, trompas I e II, a obra utiliza uma textura homofônica, alternando solos, duos e tutti, como era habitual nos compositores mineiros da segunda metade do século XVIII, porém no Intercede pro nobis ad Dominum, a seção mais longa da peça, o autor emprega um discurso mais desenvolvido, com tendências polifônicas e repetição contínua dessa pequena frase latina. Na doxologia Gloria Patri, que desempenha a função de Verso, o compositor utilizou apenas o duo de soprano e contralto, acompanhado de maneira bastante simples e com o convencional caráter de seção contrastante. Esse Gloria Patri, no entanto, pode ter sido uma inclusão de outro compositor no século XIX, possivelmente o próprio Hermenegildo José de Sousa Trindade, que também acrescentou partes de flauta e clarineta ao conjunto instrumental, partes que não foram utilizadas na edição dessa obra.
Na atualidade, e fora do ambiente litúrgico, obviamente esquecemos a função religiosa que esta composição pode ter desempenhado, ou seja, a função de um elemento que, integrado em um ritual, era capaz de nos religar à vida. Essa religação foi necessária desde que os seres humanos começaram a dividir as tarefas práticas dos seus grupos sociais, há milhares de anos, e a gastar nelas mais tempo e energia do que nos aspectos imateriais da vida, como o pensamento, o sentimento e a vontade. Manifestas em sonhos, medos, tendências psíquicas, angústias e alegrias, por mais que fossem reprimida em nome das tarefas cotidianas, tais particularidades da vida ressurgiam e invadiam o ser humano, além de seu controle. Por isso, foram divinizadas, adoradas como aspectos exteriores ao cotidiano, remetidas para um lugar inacessível acima de nossas cabeças (Céu, Olimpo, Sinai, astros) e denominadas ‘espirituais’ (do latim spiritus, sopro), ou seja, intangíveis, imateriais. Assim, os antigos conceberam o sopro como o portador da vida, capaz, portanto, de expressar-se em som, voz, palavra, nome e música.
Entre os interesses que existem na revitalização da música antiga e na discussão de sua função no presente, estão o contato com um repertório que, séculos atrás, de alguma maneira ajudava o ser humano a se religar aos aspectos imateriais da vida, reprimidos em nome das tarefas cotidianas, além da real possibilidade de que essa música possa nos ajudar a fazer o mesmo na atualidade. Interessante notar que essa função existia não apenas na música feita para os templos, mas também nas sonatas, óperas, concertos e sinfonias, desde que a sociedade leiga assumiu a tarefa de também fazer o que anteriormente apenas as igrejas faziam. Sempre que o ideal de religação foi posto em prática, o belo manifestou-se de alguma maneira e nosso interesse por esse belo pode agora nos proporcionar nova religação. Mas o belo não é produzido pela indústria e nem comprado em lojas, o belo é uma manifestação da vida criadora em nome da própria vida. Apenas consumir esse repertório, em lugar de procurar nele algo realmente belo, é perder a oportunidade de religação e, novamente, separar-se da vida.
Obviamente, uma grande parte da música que precedeu o século XX foi destinada às elites, portanto sem beneficiar a maior parte da população de seu tempo e, conseqüentemente, bela apenas em sua forma e não totalmente em sua função. Mas deixar de usar esse repertório no presente, apenas porque foi vetado à maior parte dos homens do passado é, no mínimo, um desperdício: seria o mesmo que eliminar dos dias atuais a escrita, por ter sido esse o meio de comunicação usado pelas antigas elites para a repressão popular. A vida que necessita cuidado não é mais a do passado, porém a do presente e, para isso, são válidos todos os meios hoje disponíveis, desde que realmente estejam a serviço da vida (de toda a vida) e não mais de sua repressão. Cabe-nos, portanto, recriar o belo, não apenas da forma, mas principalmente de sua função.
A Antífona ou Responsório Beata Mater, de Lobo de Mesquita, pode estar distante de sua função original, mas como toda obra antiga, guarda um resquício de sua beleza, ou de sua capacidade de religação que, por meio da edição contemporânea e de uma interpretação tão sensível e cuidadosa, como a da Orquestra Barroca do XXII Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, pode ser ao menos parcialmente revitalizada, provocando-nos novamente algum efeito de ‘suspensão da cotidianidade’, como a esse fenômeno se referiu Michel Maffesoli.
Ouvir hoje Lobo de Mesquita é tomar contato com um recurso criado para desempenhar uma importante função de religação com a vida, ainda que a ignorância humana tenha somado a essa tarefa a repressão social, o patrulhamento cultural e a ditadura religiosa. Se realmente tivermos a finalidade de fazer no presente esse tipo de conexão com a vida, qualquer meio será válido. E se colocarmos essa intenção na pequena Beata Mater, ela deixa de ser uma mera sequência de notas, uma velha partitura, um agente de repressão, um novo item de catálogo, um recente trabalho ou mais um produto, para se tornar uma oportunidade de contato com a vida que está acima das tarefas repetitivas do nosso cotidiano. Em outras palavras: a mais pura espiritualidade, comum a qualquer cristão, judeu, muçulmano, budista, ateu, músico ou pessoa comum. Ouvir Lobo de Mesquita para religar-se à nossa vida é conectar-se, por meio de Lobo de Mesquita, à vida que há em cada um de nós.
(Paulo Castagna, extraído do encarte)
Orquestra Barroca Jean-Philippe Rameau (France, 1683-1764) 01. Suite extraída da ópera “Hypollite et Aricie” 1. Ouverture 02. Suite extraída da ópera “Hypollite et Aricie” 2. Premier air 03. Suite extraída da ópera “Hypollite et Aricie” 3. Deuxième air 04. Suite extraída da ópera “Hypollite et Aricie” 4. Premiere air infernal 05. Suite extraída da ópera “Hypollite et Aricie” 5. Deuxième air de furies 06. Suite extraída da ópera “Hypollite et Aricie” 6. Air des Matelots I et II 07. Suite extraída da ópera “Hypollite et Aricie” 7. Rigaudon I et II 08. Suite extraída da ópera “Hypollite et Aricie” 8. Chaconne 09. Suite extraída do ballet “Pygmalion” 1. Ouverture 10. Suite extraída do ballet “Pygmalion” 2. Air / Gavotte / Chaconne / Loure / Passepied / Rigaudon 11. Suite extraída do ballet “Pygmalion” 3. Sarabande 12. Suite extraída do ballet “Pygmalion” 4. Tambourin 13. Suite extraída do ballet “Pygmalion” 5. Pantomime I et II Francesco Geminiani (Itália, 1687-Irlanda, 1762) 14. Concerto Grosso em ré menor, nº 3 op. 3 – 1. Adagio e stacatto – allegro 15. Concerto Grosso em ré menor, nº 3 op. 3 – 2. Adagio 16. Concerto Grosso em ré menor, nº 3 op. 3 – 3. Allegro 17. Concerto Grosso em ré menor, nº 4 op. 3 – 1. Largo e stacatto 18. Concerto Grosso em ré menor, nº 4 op. 3 – 2. Allegro – largo – allegro 19. Concerto Grosso em ré menor, nº 4 op. 3 – 3. Vivace José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805) 20. “Beata Mater”, antífona do Magnificat
22º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora – 2011
Orquestra Barroca, Maestro Luis Otávio Santos
20º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora 2009
Com instrumentos de época. On period instruments.
Estas pequenas, porém expressivas peças foram compostas por Jerônimo de Sousa, nome genérico utilizado por pelo menos dois compositores de Vila Rica (antiga Ouro Preto): Jerônimo de Sousa Lobo Lisboa e Jerônimo Sousa Lobo Queirós, que floresceram entre 1746 e 1826. Foram editadas no v.2 da série Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro (PAMM 10 e 11), publicada pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais em 2008.
Salve Regina é uma Antífona de Nossa Senhora, destinada a várias funções litúrgicas e paralitúrgicas, entre elas as Vésperas e as Missas dominicais, enquanto Vide Domine, quoniam tribulor foi escrito para o Setenário das Dores, função celebrada durante sete dias, nos quais eram rememoradas cada uma das “dores” de Nossa Senhora, que correspondem a passagens particularmente sofridas de sua vida. As duas composições aparecem isoladas em várias cópias mineiras, porém associadas em sua principal fonte, um pequeno e belo manuscrito de meados do século XIX, pertencente à Casa de Cultura de Santa Luzia (MG).
As duas peças são homofônicas e sem solos, com freqüente ornamentação e intensa movimentação dos violinos. Na antífona Salve Regina alternam-se tutti e duos de contralto e tenor, acompanhados por uma rica figuração no violino I e freqüentes acordes arpejados, notas rebatidas e baixos de Alberti. É comum, em toda a obra, a terminação feminina nas cadências, típica das melodias de modinhas luso-brasileiras da transição do século XVIII para o XIX.
Na antífona Vide Domine, quoniam tribulor, música bem mais difundida em manuscritos mineiros que a obra precedente, alternam-se duos, trios e quartetos, utilizando-se uma textura diferente a cada uma das frases ou segmentos do texto literário, possivelmente com a função de ressaltar seu significado e seu caráter melancólico. O autor explora de maneira sensível a forma poética do texto, dividindo-o em dois blocos (Vide Domine e Quoniam amaritudine) e separando-os com três compassos destinados exclusivamente às cordas. Para dar maior força expressiva ao versículo, Jerônimo de Sousa apresenta o texto completo duas vezes, a primeira em uma seção em Mi bemol maior e a segunda em Fá menor, ambas com o mesmo material temático e sempre terminando na dominante da seção seguinte. Um trecho final de três compassos sobre a repetição da frase Et domini mors similis est leva a tonalidade novamente para Mi bemol maior.
Em nenhuma das fontes conhecidas destas duas obras existem partes de trompas, mas são freqüentes as partes de flautas I e II, cuja composição por Jerônimo de Sousa é discutível e, por isso, estão ausentes na presente gravação. Difícil, no entanto, é precisar a época na qual foram compostas. Seu estilo distancia-se das obras de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746?-1805), porém aproxima-se das de João de Deus de Castro Lobo (1794-1832), o que pode nos proporcionar uma certa idéia de quando foram idealizadas. Talvez sejam composições da década de 1810 ou 1820, um período de particular exuberância da música sacra mineira.
A rica interpretação que aqui se ouve valoriza a beleza destas pequenas composições, representantes de uma fase de intensa criatividade na música sacra mineira e brasileira. Seu estilo, de inegável origem europeia, não visava diferenciar a música escrita na América daquela produzida no Velho Mundo, ainda que certos “sotaques” possam ser identificados. Seu valor não está na busca dessa diferença, concepção hoje considerada praticamente irrelevante, mas sim na idéia de que os cristãos entendiam-se como iguais em qualquer lugar do mundo. Talvez seja esse o maior mérito daqueles que, em lugar de invadir terras anteriormente habitadas, enriquecer-se com elas, explorar o trabalho escravo e esgotar os recursos minerais em benefício de uma minoria local e de potências internacionais, dedicaram suas vidas à arte e à contemplação espiritual. Somos capazes disso no presente?
(Prof. Paulo Castanha, extraído do encarte)
20º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora Jean-Fèry Rebel (France, 1666-1747) 01. La Fantasie: introduction: airs et batteries de tambours par M. Philidor Jean-Philippe Rameau (France, 1683-1764) 02. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 1. Ouverture 03. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 2. Gracieusiment 04. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 3. Musette 05. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 4. Air grave pour deux polonais 06. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 5. Menuets I et II 07. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 6. Tonnerre (extraído de “Hippolyte et Aricie”) 08. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 7. Air grave pour deux guerriers 09. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 8. Air pour les esclaves africains 10. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 9. Tambourin I et II 11. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 10. Prèlude pour l’adoration du Soleil 12. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 11. Air des Incas du Perou pour la dévotion du Soleil 13. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 12. Gavottes I e II 14. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 13. Entrée (extraído de “Les Borèades”) 15. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 14. Air pour les fleurs 16. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 15. Les sauvages 17. Les Indes Galantes, suite para orquestra: 16. Chaconne Jerônimo de Souza “Queiroz” (Vila Rica, fl. 1721-1826) 18. Salve Regina (Edição Paulo Castagna) 19. Vide Domine, quoniam tribulor (Edição Paulo Castagna)
20º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora – 2009
Orquestra Barroca
Regência: Luis Otávio Santos
Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
16º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora 2005
Com instrumentos de época. On period instruments.
A Criação do Universo. Do Big-Bang ao rouxinol. Única e extravagante.Imperdível!!!
O CD1 contém a Cantata BWV 66 “Erfrent euch, ihs Herzen”, mais uma pérola de beleza e perfeição de Bach.
Entretanto, é a obra do seu obscuro vizinho francês que demanda maiores informações neste texto. Jean-Féry Rebel foi discípulo de Jean-Baptiste Lully, figura máxima da música nos tempos de Luís XIV. Dele, Rebel herdou a influência predominante que a música de dança teve na corte francesa e grande parte da obra de Rebel são peças coreográficas independentes, um detalhe incomum para a época, onde o ballet era um dos indivisíveis componentes da ópera francesa. Sua última obra, contudo, é a mais chocante. “Les Élémens” (1737) é uma obra única e extravagante, onde o compositor retrata a criação do universo. Sua invenção é futurista não somente no aspecto musical (uso abusivo de dissonância e desordem na construção da abertura, intitulada “o caos”), mas também na sua cosmogonia: depois do “big-bang” inicial, os quatro elementos Terra (longas e repetidas notas dos baixos), Fogo (rapidíssimas figurações dos violinos), Água (linhas fluidas e desconectadas das flautas) e Ar (agudíssimos trinados dos pícolos) buscam a ordem entre sí, que só será encontrada no fim da peça, seguida de uma tradicional suite de danças em estilo francês.
Palhinha: ouça 01. Les Élémens, ballet – 1. Le Cahos
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O CD2 é dedicado ao maior expoente da escola colonial mineira, J. J. Emerico Lobo de Mesquita, com uma de suas mais aclamadas obras: a Missa em Fá Maior. Esta gravação, a primeira a ser realizada sob o ponto de vista histórico, com instrumentos da época, temperamento desigual e forças instrumentais e vocais adequadas ao seu próprio contexto musical, celebra o bicentenário do compositor, morto em 1805. Completando o CD, um tríptico de obras napolitano-luso-brasileira demonstrando os pontos comuns dos universos estéticos de Francesco Durante, Pedro Antonio Avondano e Florêncio Coutinho. (extraído do encarte)
CD1
Jean-Féry Rebel (1666-1747) 01. Les Élémens, ballet – 1. Le Cahos
02. Les Élémens, ballet – 2. Loure I
03. Les Élémens, ballet – 3. Chaconne
04. Les Élémens, ballet – 4. Ramage/Rossignols
05. Les Élémens, ballet – 5. Loure II
06. Les Élémens, ballet – 6. Tambourin I et II
07. Les Élémens, ballet – 7. Sicillienne
08. Les Élémens, ballet – 8. Caprice
Johann Sebastian Bach (1685-1750) 09. Cantata BWV 66 – Erfreut Euch, Ihr Herzen – 1. Coro
10. Cantata BWV 66 – Erfreut Euch, Ihr Herzen – 2. Recitativo (Basso)
11. Cantata BWV 66 – Erfreut Euch, Ihr Herzen – 3. Aria (Basso)
12. Cantata BWV 66 – Erfreut Euch, Ihr Herzen – 4. Dialogus (Alto, Tenore)
13. Cantata BWV 66 – Erfreut Euch, Ihr Herzen – 5. Aria (Alto, Tenore)
14. Cantata BWV 66 – Erfreut Euch, Ihr Herzen – 6. Choral
CD2
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1746-1805) 01. Missa em Fá Maior – 1. Kyrie
02. Missa em Fá Maior – 2. Gloria
03. Missa em Fá Maior – 3. Cum Sancto Spiritu
04. Missa em Fá Maior – 4. Credo
05. Missa em Fá Maior – 5. Et Incarnatus
06. Missa em Fá Maior – 6. Et Resurrexit
07. Missa em Fá Maior – 7. Sanctus
08. Missa em Fá Maior – 8. Sanctus
09. Missa em Fá Maior – 9. Benedictus
10. Missa em Fá Maior – 10. Agnus Dei
Francesco Durante (Itália, 1684-1755) 11. Litania A Quatro voci
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782) 12. Ladainha A Quatro
Florêncio José Ferreira Coutinho (Vila Rica, 1750-1819) 13. Laudate Pueri Dominum
Orquestra Barroca do 16º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, MG – julho de 2005 – com instrumentos de época
Regente: Luís Otávio Santos .
15º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora 2004
Com instrumentos de época. On period instruments.
O Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora celebra seus 15 anos com esta edição comemorativa e especial: a produção em DVD de um concerto a Orquestra Barroca do Festival, dirigida por Luis Otávio Santos.
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Jean-Marie Leclair (França, 1697 – 1764) 01. Scylla Et Glaucus: Ouverture 02. Scylla Et Glaucus: Sarabande 03. Scylla Et Glaucus: Symphonie Pour La Descente De Venus 04. Scylla Et Glaucus: Passepied 05. Scylla Et Glaucus: Air De Silvains 06. Scylla Et Glaucus: Air En Roundeau 07. Scylla Et Glaucus: Air De Demons 08. Scylla Et Glaucus: Tamburin
Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 09. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Coro 10. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Recitativo 11. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Aria 12. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Recitativo 13. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Aria 14. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Recitativo 15. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Aria 16. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Recitativo 17. Tönet, ihr Pauken! BWV 214: Coro
Antonio Lucio Vivaldi (Itália, 1678-1741) 18. Concerto Violino Op.4 N.4 La Stravaganza: Allegro 19. Concerto Violino Op.4 N.4 La Stravaganza: Largo 20. Concerto Violino Op.4 N.4 La Stravaganza: Allegro
15º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora
2004
Orquestra Barroca
Regente: Luis Otávio Santos
Muffat nasceu em Megève, Saboia (hoje território francês). É considerado alemão, apesar da ascendência escocesa e de Saboia. Estudou em Paris com Jean-Baptiste Lully entre 1663 e 1669. Já sentiram que o cara era eclético ou ao menos tinha variadas culturas na cabeça, né? Pois saibam que Georg Muffat teve um papel importante como introdutor dos estilos francês e italiano no universo musical germânico. Conhecia Lully e Corelli – foi aluno do primeiro, como já dissemos, e conheceu os maravilhosos concerti grossi do segundo. Pôde então identificar e trazer para sua música a expressão italiana e a leveza do bailado francês. Fazia fusion barroco. Era um baita organista. Os Florilegium Primum & secundum, ambos de 1695, são Suítes Orquestrais. Um bom disco, muito agradável.
Georg Muffat (1653-1704): Florilegium Primum (1695)
Vêpres de l’Assomption de la Vierge Mexico-Versailles
Mais uma apresentação da série ‘Les Chemins du Baroque’, K617, gravada em 1992 na igreja dos Carmos em Tavira, Portugal.
Músicas compostas no México e em Versailles, em uma mesma época, caracterizam esta gravação.
Les Chemins du Baroque – Vêpres de l’Assomption de la Vierge Mexico-Versailles
Anonymous (Bogota 1701) 01. Deus in Adjutorium
Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712) 02. Dixit Dominus (Ps 109)
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704) 03. 1e Kyrie, Laudate Pueri (Ps 112), 3e Kyrie
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (México, c.1678-1755) 04. Lætatus sum / 5e Kyrie
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704) 05. Nisi Dominus (Ps 126)
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (México, c.1678-1755) 06. Laudate Jerusalem (Ps 147)
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704) 07. Kyrie / Ave Maris stella / Offerte à deux chœurs 08. Magnificat
Les Chemins du Baroque – K617
Vêpres de l’Assomption de la Vierge Mexico-Versailles – 1992
La Grande Ecurie et la Chambre du Roy
La Maîtrise Nationale de Versailles
La Compañia Musical de las Americas
Maestro Jean-Claude Malgoire
Jean-Marie Leclair é considerado o fundador da escola de violino francesa. E que fundador! Bem, finalizando nosso improvisado Festival do Barroco Francês — o qual visa (?) demonstrar que antigamente se fazia música de verdade na França — apresentamos um CD absolutamente fantástico com o genial violinista inglês Simon Standage. Porém, antes leiam a tese de nosso comentarista Haya de La Torre:
Eu acho que o que matou a vida musical francesa foi a inveja. Bem, ao menos a se julgar pela trajetória de Rameau, que parece ter sido vítima, junto com sua música, de todo tipo de difamação e intriga no meio intelectual francês de sua época, que por fim deu pra proclamar que Rameau não poderia escrever música boa visto que só os italianos sabiam fazer isso. Em todo caso, o declínio da produção musical francesa entre o desaparecimento de Rameau e o surgimento de Frank serviu para alimentar o mito de que só a Alemanha era capaz de fazer boa música, e eu desconfio que esse declínio francês e a supremacia alemã tem muito que ver com a situação política desses dois países, que não é nada relativo ao “DNA” cultural deles. Em todo caso, a música francesa com seus altos e baixos deve ser a segunda em importância no continente (ou será a da Rússia?). A Inglaterra, por ex…
Pois eu concordo e defendo a tese do empate entre a Rússia e a França como segundos lugares em termos de países em importância musical no continente. O primeiro, obviamente, é a Alemanha. Os barrocos franceses mais Ravel, Debussy, Franck, Fauré, os operistas, Poulenc, Messiaen, Boulez, etc. ganham em número dos russos, mas o politburo russo é foda de enfrentar, mesmo em minoria.
Mas tergiverso em vez de falar que as esplêndidas composições de Leclair e o incrível som e fraseado alcançados por Standage fazem este CD absolutamente necessário aos apaixonados pelo barroco.
Jean-Marie Leclair (1697–1764): Sonatas para Violino
Sonata for violin & continuo in A major, Op. 9/1
Jean-Marie Leclair
1 Adagio 4:32
2 Allegro assai 3:18
3 Andante. Arpeggio sempre 2:48
4 Minuetto. Allegro moderato 5:43
5 La Superbe, ou La Forqueray, for harpsichord (Pièces de clavecin, III, 17e ordre) 4:40
François Couperin
Sonata for violin & continuo in D major, Op. 9/3
Jean-Marie Leclair
6 Un poco andante 3:43
7 Allegro 3:01
8 Sarabanda. Largo 2:34
9 Tambourin. Presto 3:47
10 La Leclair (from Pièces de viole, Deuxième Divertissement) 3:24
Jean-Baptiste Forqueray
Sonata for violin & continuo in A minor, Op. 9/5
Jean-Marie Leclair
11 Andante 6:11
12 Allegro assai 4:14
13 Adagio 3:21
14 Allegro ma non troppo 2:22
15 La Forqueray, rondeau for harpsichord (from Pièces de Clavicin, Book 3) 6:24
Jacques Duphly
Sonata for violin & continuo in C major, Op. 9/8
Jean-Marie Leclair
16 Andante ma non troppo 3:42
17 Allegro assai 5:25
18 Andante 2:52
19 Tempo di Ciaccona 7:27
Em 19 de dezembro de 2011, no Théâtre des Champs-Élysées de Paris, o Le Concert d’ Astrée, sob a direção de sua fundadora e maestrina Emmanuelle Haïm, deu um concerto intitulado “Fetes Baroques” para comemorar seu 10º aniversário de fundação.Juntaram-se a Haïm e à orquestra nada menos que 24 dos mais famosos cantores do repertório barroco do mundo.
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Palhinha: 30. Giulio Cesare – Act III : E pur così in un giorno… Piangerò – avec Sandrine Piau/Olivier Bénichou (UMA DELICADEZA!)
Une Fête Baroque Jean-Philippe Rameau (France, 1683-1764)
01. Les Indes galantes : Les Sauvages – Danse du Calumet de la Paix et duo Forêts Paisibles – avec Natalie Dessay/Stéphane Degout
02. Hippolyte et Aricie – Acte IV : Quelle plainte en ces lieux m’appelle? – avec Anne Sofie von Otter
03. Dardanus : Acte IV: Ritournelle (gracieusement, un peu gai)
04. Dardanus : Calme des sens
05. Dardanus : Tambourins
06. Hippolyte et Aricie – Acte V : Rossignols amoureux (La bergère) – avec Jaël Azzaretti/David Plantier/Alexis Kossenko
07. Hippolyte et Aricie – Acte IV : A la chasse, à la chasse – avec Aurélia Legay/Jeroen Billiet/Yannick Maillet
08. Dardanus – Acte IV : Voici les tristes lieux… Monstre affreux, monstre redoutable – avec Stéphane Degout
09. Platée – Acte II : Formons les plus brillants concerts…Aux langueurs d’Apollon (La folie) – avec Patricia Petibon
10. Hippolyte et Aricie : Bruit de tonnerre
11. Castor et Pollux – Acte I : Tristes apprêts (Télaïre) – avec Karine Deshayes
12. Dardanus : Chaconne – avec Karine Deshayes
13. Les Indes galantes: Les Sauvages: Régnez, plaisirs et jeux (Zima) – avec Sonya Yoncheva
14. Dardanus – Acte IV : Lieux funestes (Dardanus) – avec Topi Lehtipuu
15. Dardanus – Acte III : Paix favorable, paix adorable – avec Francoise Masset/Stéphane Degout
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687)
16. Thésée: Acte I: Marche
17. Thésée – Acte V : Vivez contents dans ces aimables lieux – avec Jaël Azzaretti/Francoise Masset/Topi Lehtipuu/Stéphane Degout
Henry Purcell (England, 1659-1695)
18. King Arthur or the British Worthy – Act III : What Power art thou (Cold Genius) – avec Christopher Purves
19. Come, ye Sons of Art : Sound the Trumpet – avec Philippe Jaroussky/Pascal Bertin
Georg Friedrich Händel (Germany,1685-England,1759)
20. Rinaldo – Act III : In quel bosco di strali… Al trionfo del nostro furore – avec Laura Claycomb/Lorenzo Regazzo
21. Rinaldo – Act II : Lascia ch’io pianga avec – Ann Hallenberg
22. Agrippina – Act III : Come nube che fugge dal vento – avec Renata Pokupic
23. Dixit Dominus : De torrente via bibet
24. Orlando – Act I : T’ubbidiro, crudele….Fammi combattere – avec Marijana Mijanovic
25. Il Delirio Amoroso : Un pensiero voli in ciel – avec Magali Léger/Stéphanie-Marie Degand
26. La Resurezzione : Piangete, si, piangete – avec Sara Mingardo
27. Tamerlano – Act I : Ciel e terra armi di sdegno – avec Rolando Villazon
28. Giulio Cesare – Act I : Son nata a lagrimar – avec Philippe Jaroussky/Anne Sofie von Otter
29. Il trionfo del tempo e del disinganno : Voglio tempo per risolvere – avec Jaël Azzaretti/Ann Hallenberg/Marijana Mijanovic/Topi Lehtipuu
30. Giulio Cesare – Act III : E pur così in un giorno… Piangerò – avec Sandrine Piau/Olivier Bénichou
31. Rinaldo – Act I : Venti turbini – avec Philippe Jaroussky/David Plantier/Philippe Miqueu
32. Aci, Galatea e Polifemo : Benchè tuoni e l’etra avvampi – avec Delphine Haidan
33. Giulio Cesare – Act II : Che sento… Se pietà – avec Natalie Dessay
34. Theodora – Act III : How strange their ends
35. Messiah : Hallelujah – Le Concert d’Astrée avec solistes invités
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Une Fête Baroque – Baroque Festival of Voice – 2011
O “Concert Spirituel” foi uma das primeiras séries de concertos públicos da história. Eles começaram em Paris no ano de 1725 e terminaram em 1790. Mais tarde, concertos ou séries de concertos de mesmo nome ocorreram em Paris, Viena, Londres e em outros lugares. A série foi fundada para proporcionar entretenimento durante a quinzena de Páscoa e em feriados religiosos quando as outras casas de espetáculos (a Ópera de Paris, a Comédie-Française e a Comédia italiana) eram fechadas. Os programas apresentaram uma mistura de obras corais sacras e peças instrumentais virtuosas. Durante muitos anos tais concertos aconteceram na Salle des Cent Suisses, magnificamente decorada, no Palácio das Tulherias. Começavam às 18h duravam por volta de 4h. Eram frequentados principalmente por burgueses ricos, pela aristocracia mais baixa e visitantes estrangeiros. Em 1784, os concertos foram movidos para a área de palco da Salle des Machines e, em 1790, quando a família real estava confinada nas Tulherias, passaram aos teatros. O que dizer sobre os concertos e Savall? Tudo maravilhoso, né? Peças e interpretação. No Rameau há uma atmosfera de festa que me parece bem dentro do espírito do “Concert Spirituel”.
Jordi Savall & Le Concert des Nations – Le Concert Spirituel: Au temps de Louis XV
ARCANGELO CORELLI (1653-1713)
Concerto Grosso, en Re Majeur Op. 6, núm. 4
1-2 Adagio-Allegro
3 Adagio
4 Vivace
5-6 Allegro-Allegro
GEORG PHILIPP TELEMANN (1681-1767)
Ouverture avec la Suite en Ré Majeur
pour Viola da Gamba et Cordes TWV 55:D6
7 Ouverture
8 La Trompette
9 Sarabande
10 Rondeau
11 Bourrée
12 Courante-Double
13 Gigue
GEORG PHILIPP TELEMANN
CONCERTO IN LA MINORE
per Flauto Dolce, Viola di Gamba, Corde e Fondamento TWV 52:a1
14-15 Grave-Allegro
16 Dolce
17 Allegro
GEORG PHILIPP TELEMANN
OUVERTURE AVEC LA SUITE EN MI MINEUR, TAFELMUSIK
à deux flûtes et cordes (première production) TWV 55:e1
18 Ouverture: Lentement – Vite – Lentement
19 Réjouissance
20 Rondeau
21 Loure
22 Passepied
23 Air; un peu vivement
24 Gigue
JEAN-PHILIPPE RAMEAU (1683-1764)
Les Indes Galantes. Suites des airs à Jouer (Symphonies)
25 Air pour les guerriers portans les Drapeaux
26 Air pour les Amants qui suivent Bellone Lent, tendrement-Vite
27 Orage
28 Air pour les Esclaves Africains
29 Air pour Borée et la Rose Très vite
30 2eme. Air pour Zéphire
31 Tambourins I et II
Pierre Hamon flauto
Enrico Onofri violino concertino
Marc Hantaï, Charles Zebley, Yi-Fen Chen traverso
Riccardo Minasi, Mauro Lopes, Olivia Centurione violini
Balázs Máté violoncello
LE CONCERT DES NATIONS
JORDI SAVALL viole de gambe et direction
François Couperin (1668-1733), Alessandro Poglietti (?-1683), Nicolas de Grigny (1672-1703), Jean-Philippe Rameau (1682-1764) e Henry Purcell (1659-1695): The Gustav Leonhardt Edition (CDs 10, 11 e 12 de 21)
CD 10: François Couperin
Messe a L’usage Ordinaire Des Paroisses
01. Offertoire Sur Les Grands Jeux
L’Art De Toucher Le Clavecin
02-09. Preludes 1-8
Alessandro Poglietti
10. Ricercar Primi Toni
Nicolas de Grigny
11. Cromorne En Taille A Deux Parties
Jean-Philippe Rameau
Pieces De Clavecin
12. La Triomphante
13. L’Entretien Des Muses
14. Menuet In G Major – Menuet In G Minor
15. Les Tourbillons
16. Sarabande In A Major
17. La Villageoise
CD 12: Henry Purcell
01. Rejoice In The Lord Alway, Z49
02. Blow Up The Trumpet In Sion, Z10
03. O God, Thou Art My God, Z35
04. Chacony In G Minor, Z730
05. O God, Thou Hast Cast Us Out, Z36
06. My Heart Js Inditing, Z30
07. Remember Not, Lord, Our Offences, Z50
James Bowman, countertenor (01-03, 05 & 06)
Nigel Rogers Tenor (01-03, 05 & 06)
Max Van Egmond, bass (01-03, 05 & 06)
The Choir Of King’s College, Cambridge
Leonhardt-Consort / Gustav Leonhardt, harpsichord / organ
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Dias atrás, aqui mesmo no PQPBach, trouxe para os senhores uma versão século XXI das Estações de Vivaldi, “recomposta” pelo compositor alemão Max Richter, na interpretação brilhante de Daniel Hope. Hoje trago as próprias Quatro Estações com o mesmo Daniel Hope, que para variar dá outro show de competência, técnica e virtuosismo, acompanhado da Zürcher Kammerorchester. Rameau, Tchaikovsky, Bach, Schumann entre outros, também estão presentes neste CD.
Eis uma bela trilha sonora para esperar a Primavera, que chega daqui em 30 dias.
01. Vivaldi- Concerto In E Major ”La primavera”, Op. 8, No. 1, RV 269-1. Allegro
02. Vivaldi- Concerto In E Major ”La primavera”, Op. 8, No. 1, RV 269-2. Largo
03. Vivaldi- Concerto In E Major ”La primavera”, Op. 8, No. 1, RV 269-3. Allegro
04. Vivaldi- Concerto In G Minor ”L’estate”, Op. 8, No. 2, RV 315-1. Allegro non molto
05. Vivaldi- Concerto In G Minor ”L’estate”, Op. 8, No. 2, RV 315-2. Adagio
06. Vivaldi- Concerto In G Minor ”L’estate”, Op. 8, No. 2, RV 315-3. Presto
07. Vivaldi- Concerto In F Major ”L’autunno”, Op. 8, No. 3, RV 293-1. Allegro
08. Vivaldi- Concerto In F Major ”L’autunno”, Op. 8, No. 3, RV 293-2. Adagio molto
09. Vivaldi- Concerto In F Major ”L’autunno”, Op. 8, No. 3, RV 293-3. Allegro
10. Vivaldi- Concerto In F Minor ”L’inverno”, Op. 8, No. 4, RV 297-1. Allegro non molto
11. Vivaldi- Concerto In F Minor ”L’inverno”, Op. 8, No. 4, RV 297-2. Largo
12. Vivaldi- Concerto In F Minor ”L’inverno”, Op. 8, No. 4, RV 297-3. Allegro
13. Frahm- Ambre (Arr. By Christian Badzura)
14. Rameau- Les Indes galantes, RCT 44 – Entrée IV-Danse des sauvages
15. Richter- Recomposed By Max Richter- Vivaldi, The Four Seasons-Spring 1
16. Aphex Twin- Avril 14th (Arr. By Christian Badzura)
17. Traditional- Amazing Grace (Arr. By Daniel Hope And Dom Bouffard)
18. Tchaikovsky- The Seasons, Op.37b-June (Arr. By Daniel Hope And Jacques Ammon)
19. Schumann- Dichterliebe, Op.48-12. Am leuchtenden Sommermorgen (Arr. By Daniel Hope)
20. Chilly Gonzales- Les doutes d’août
21. Weill- Knickerbocker Holiday-September Song (Arr. By Paul Bateman)
22. Molter- Concerto Pastorale In G Major-Aria II- Lento e sempre piano
23. J.S. Bach- Cantata, BWV 115 ”Mache dich, mein Geist, bereit”-Aria ”Bete aber auch dabei”
24. Chilly Gonzales- Wintermezzo
25. Brahms- Fünf Lieder für eine Stimme, Op. 49-Guten Abend, gut Nacht (Arr. By Daniel Hope)