B. Strozzi, C. Monteverdi, G. Kapsberger, G. Carissimi, G. Caccini, S. d’India, L. Rossi – La bella più bella (Roberta Invernizzi, soprano / Craig Marchitelli, arquialaúde)

Aqui, temos Barbara Strozzi junto com um monte de homens do século XVII. No meio desses compositores italianos – e Kapsberger, austríaco que viveu a maior parte da vida na Itália – fica evidente que Strozzi ocupa, com Monteverdi e mais um ou dois, um lugar de destaque: não se trata, aqui, apenas de elogiar uma das raras mulheres que publicaram música naquele século, mas sobretudo de ouvir música que merece ser ouvida por suas qualidades intrínsecas.

E essas coleções de obras de autores diferentes permitem notar as diferenças: nas duas obras de Luigi Rossi, por exemplo, incluindo a “bela mais bela” que dá o nome ao álbum, temos música realmente bela, com virtuosismo vocal, mas a forma e a harmonia são bem quadradinhas, previsíveis como uma bela canção de rádio do século XX. Já nas duas obras de Barbara Strozzi, uma de tom trágico e outra de risos cômicos, há mais liberdade e menos previsibilidade. Embora não haja uma rígida separação de movimentos, Strozzi cria momentos diferentes ao longo da mesma obra, uma das características da cantata italiana, gênero do qual ela é uma das criadoras.

Temos, então, neste disco, três tipos de obras:

a) as puramente instrumentais, tocadas pelo arquialaúde ou pela teorba, instrumentos de cordas típicos da música barroca

b) as que poderíamos chamar de canções, com toda a ação em um movimento único e mais ou menos próximas da música popular;

c) as cantatas, que iniciavam um distanciamento ainda incipiente e não rígido em relação à música vocal popular.

É preciso lembrar certos detalhes do contexto histórico: por toda a Idade Média, música escrita, via de regra, era apenas a religiosa, enquanto todos os vários tipos de música popular eram de tradição apenas oral. Após a invenção europeia da imprensa, no século XVI e sobretudo no XVII começam a existir dois tipos de música impressa, sobretudo nas grandes cidades italianas (Veneza e Roma): a música instrumental, como a de Frescobaldi e Merulo, e a música vocal não religiosa, como as desses compositores aqui gravados. Também continuavam havendo cópias manuscritas, é claro, mas o fato de existirem cópias impressas dava uma respeitabilidade àquela música, fazendo com que gente, digamos, estudiosa e metódica começasse a levar aquilo a sério.

Filha adotiva de um rico poeta veneziano herdeiro de uma família de banqueiros (provavelmente filha natural, ou seja, sua mãe não era casada com seu pai, este a adotou), Barbara Strozzi teve o que poucas mulheres tiveram em sua época: apoio familiar e renda suficiente para se dedicar ao estudo da música. Impossibilitada de fazer música para a igreja ou óperas como as de Monteverdi, ela destacou-se na música de câmara de sua época, para uma ou duas cantoras acompanhada(s) por baixo contínuo.

La bella più bella – música vocal do barroco italiano

01 Strana armonia d’amore 2:44
Giulio Romano (fl. early 17th century)

02 Son ruinato, appassionato 3:45
Benedetto Ferrari (?1603/4 – 1681)

03 Toccata V [instr.] 2:14
Alessandro Piccinini (1566 – c. 1638)

04 Dolcissimo sospiro 2:44
Giulio Caccini (1551 – 1618)

05 Dalla porta d ’Oriente 1:56
Giulio Caccini

06 Torna, deh torna 4:32
Giulio Caccini

07 Ciaccona [instr.] 1:28
Giovanni Girolamo Kapsberger (c. 1580 – 1651)

Giacomo Carissimi

08 La bella più bella 2:49
Luigi Rossi (?1597/8 – 1653)

09 Piangete, aure, piangete 7:25
Giacomo Carissimi (1605 – 1674)

10 Toccata VI [instr.] 3:13
Giovanni Girolamo Kapsberger

11 A qual dardo 3:51
Luigi Rossi

12 Udite amanti, L’Eraclito amoroso 6:02
Barbara Strozzi (1619 – 1677)

13 Mi fa rider la speranza 4:08
Barbara Strozzi

14 Tasteggio soave [instr.] 4:17
Bellerofonte Castaldi (1580 – 1649)

15 Folle è ben che si crede 2:38
Tarquinio Merula (1594/5 – 1665)

16 Cruda Amarilli 2:31
Sigismondo d’India (c. 1582 – 1629)

17 Intenerite voi, lagrime mie 2:34
Sigismondo d’India

18 Aria di Sarabanda [instr.] 3:48
Alessandro Piccinini

19 Ninna nanna 5:09
Giovanni Girolamo Kapsberger

20 Ecco di dolci raggi il sol armato 2:17
Claudio Monteverdi (1567 – 1643)

Claudio Monteverdi

21 Eri già tutta mia 2:18
Claudio Monteverdi

22 Voglio di vita uscir 4:41
Claudio Monteverdi

Roberta Invernizzi, soprano / Craig Marchitelli, arquialaúde, teorba

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

A encantadora Barbara Strozzi

 

Johannes Hieronymus Kapsberger (1580-1651): Libro Quarto D’Intavolatura Di Chitarone – Rolf Lislevand

Johannes Hieronymus Kapsberger (1580-1651): Libro Quarto D’Intavolatura Di Chitarone – Rolf Lislevand

 

 

Il Tedesco della Tiorba

 

 

 

Johannes Hieronymus Kapsberger deve ter sido chamado Giovanni por toda a sua vida. Entendi que ele nasceu em Veneza, para onde o Coronel Wilhelm (Guglielmo) von Kapsberger, da Casa Imperial de Áustria, fora de armas e bagagens. Por volta de 1609, Kapsberger, o filho, estava em Roma onde ganhou fama de virtuose das cordas – alaúde, tiorba, guitarra e instrumentos do gênero. Ele deve ter passado uma temporada em Nápoles. Casou-se com Gerolima Rossi, de família nobre napolitana. Aqui você encontrará uma entrevista com uma estudiosa de Kapsberger, revelando o quanto se tem descoberto sobre esse interessante personagem.

Este compositor não é um total estranho aqui nas paradas do PQP. Seu nome aparece em algumas postagens. Em uma delas, um álbum gravado pelo Hespèrion XX e Jordi Savall, temos duas faixas dedicadas a Kapsberger, ambas se repetem aqui – Canario e Arpeggiata. E ambas dividem o mesmo intérprete principal, o mago das cordas tangidas, o norueguês Rolf Lislevand. Aqui temos um álbum dedicado totalmente a Kapsberger. As peças do Libro Quarto d’Intavolatura di Chitarone. Você poderá ver o Rolf em ação, aqui.

The CD is on the table!

Lislevand também contribuiu para o texto do livreto e afirma em aparente contradição: Kapsberg era tão mau compositor quanto era excelente instrumentalista. Ainda segundo Rolf, a música de Kapsberger tem falhas na coerência e sua estrutura é imprevisível (criatividade?). É assim um desafio para os intérpretes. Aqui uma característica deste maravilhoso disco: a música é apresentada não apenas pelo solista, mas tem o acompanhamento de vários outros músicos. Para que você julgue por si mesmo, compare a interpretação dada neste álbum para a faixa denominada Canario, com a interpretação dada por outro intérprete, aqui.

Com uma execução como esta, para uma coleção tão diversa e surpreendente, temos um álbum delicioso que continuará lhe dando muito prazer mesmo após diversas audições. As minhas faixas favoritas são a Capona-Sferraina, Canario e Ciaccona. Mas há muito mais em que se deleitar.

Giovanni Girolamo Kapsberger

Johannes Heronymus Kapsberger (1580-1651)

 Libro Quarto D’Intavolatura Di Chitarone, Roma 1640
  1. Toccata Prima
  2. Capona – Sferraina
  3. Toccata 9na
  4. Toccata Xma
  5. Passacaglia In 1a
  6. Canario
  7. Ballo Primo (Uscita – Ballo – Gagliarda – Corrente)
  8. Toccata 7ma
  9. Ciaccona
  10. Passacaglia In Re
  11. Oassacaglia In Sol
  12. Bergamasca
  13. Canzone Prima
  14. Toccata 2da
  15. Kapsberger
  16. Battaglia
  17. Colasione
  18. Toccata Seconda Arpeggiata

Rolf Lislevand, théorbe, colascione

Eduardo Eguez, chitarra batente
Brian Feehan, chitarrone, colascione
Guido Morini, organ, harpsicord
Lorentz Duftschmid, violino
Pedro Estevan, percussion

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 236 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 138 MB

Rolf Lislevand

Uma prova de que as interpretações de Kapsberger eram impressionantes e apaixonadas está na descrição feita por seu amigo, o poeta Ciampoli, quando este louvou as festividades de coroação do papa Urbano VIII:

“Di lunghe fila armata
Tiorba à febo amica
Con Alemanno ardir fulmini, e tuoni.”

Salve, Tedesco!

René Denon

Love & Lament: Italian Early Baroque – Choir of the Netherlands Bach Society & Ensemble Cappella Figuralis. Maestro Jos van Veldhoven – 2001

Love & Lament: Italian Early Baroque

Choir of the Netherlands Bach Society
Ensemble Cappella Figuralis

Maestro Jos van Veldhoven

2001

 

Italian Early Baroque

Desde o início do século 17, compositores na Itália e muito além de suas fronteiras descobriram o poder dramático de pequenos conjuntos, na maior parte abandonando o tradicional estilo a cappella polifônico. A riqueza da linguagem verbal apontou o caminho para novos modos de expressão. A canção monódica desempenhou um papel central neste desenvolvimento: em essência, consistia em uma única voz cantada acompanhada pelo novo estilo de “baixo contínuo”. O texto foi apoiado e seguido palavra por palavra, fazendo uso do “affetti”, uma nova liberdade no tratamento da dissonância, bem como contrastantes tratamentos melódicos e rítmicos.

Naturalmente, qualquer número de novas formas musicais e gêneros também se desenvolveu, um dos quais foi o diálogo – um gênero que tem sido repetidamente recebido atenção por Cappella Figuralis nos últimos anos – e sua versão mais expansiva, o oratório. Um diálogo pode ser melhor descrito como uma conversa cantada, em que cada uma das pessoas participantes é representada por uma única voz e um grupo por um conjunto vocal. Além disso, o “elenco” às vezes inclui um narrador, cuja parte pode ser de uma única voz ou de muitas vozes. (…)
(Pieter Dirksen)

 
Love & Lament: Italian Early Baroque
Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, 1567- Veneza, 1643)
01. Lamento della Ninfa (from Madrigali Guerrieri et amorosi, 1638)
Girolamo Frescobaldi (Italy, 1583-1643)
02. Toccata 2a in F (from Suonate d’intavolatura del Sig. Girolamo Frescobaldi)
Domenico Mazzocchi (Italy, 1592-1665)
03. Lamento di David (from Sacrae Concertationes)
Johann Hieronymus Kapsberger (Italy, 1580 – 1651)
04. Toccata Settima (from Libro quarto di chitarrone, 1640)
Allesandro Della Ciaia (Italy, c. 1605-c. 1670)
05. Lamentatio Virginis in dispositione Filii de cruce (from Sacri modulatus, 1666)
Michelangelo Rossi (Italy, 1602 – 1656)
06. Settima Toccata (from Toccate e correnti d’intavolatura d’organo e cimbalo, 1640)
Giacomo Carissimi (Italy, 1605 – 1674)
07. Historia di Jephte (1650)
.
Love & Lament: Italian Early Baroque – 2001
Choir of the Netherlands Bach Society
Ensemble Cappella Figuralis
.
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 155 MB

powered by iTunes 12.8.1 | 1 h 13 min

Boa audição!

Avicenna

Alma Latina: The Jesuit Operas by Kapsberger & Zipoli – Ensemble Abendmusik

1zmnyiaThe Jesuit Operas
.
Apotheosis of Saints Ignatius Loyola and Francis Xavier
by Johannes Hieronymus Kapsberger
(Italy, 1580-1651)

San Ignacio de Loyola
by Domenico Zipoli
(Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726)

As canonizações dos Santos Inácio de Loyola e Francisco Xavier, em Roma, em 12 de março de 1622, foram comemorados com cerimônias e música extremamente elaboradas. Um marco na curta história da Companhia de Jesus (que tinha sido fundada em 1540), as canonizações também deram origem à alegria do público em um nível universal, sendo observada sempre que uma província jesuíta era estabelecida, consequentemente, em todos os continentes, exceto a Austrália habitável.

Até que movimentos começaram a desmantelar a Companhia em meados do século 18, resultando na expulsão dos jesuítas de muitos territórios, porém seus membros continuaram a exaltar as virtudes de Loyola e Xavier, tanto na música como nas artes plásticas.

As óperas jesuítas: óperas de Kapsberger & Zipoli são bem diferenciadas em suas composições, tanto em ordem cronológica como geograficamente. A Apoteose sive consecractio SS. Ignatii et Francisci Xaverii por Kapsberger estreou em Roma em 1622, e a ópera San Ignacio de Loyola foi produzida nas missões jesuíticas da Bolívia em meados do século 18. Juntos, elas são, em qualquer caso, uma homenagem às contribuições feitas pela ordem jesuíta por todo o mundo, nas artes e nas ciências. A sua revitalização é um desenvolvimento interessante no estudo do globalismo da música no início do período moderno.

Esta produção foi realizada em Boston pelo Ensemble Abendmusik sob James David Christie durante a primeira conferência dos Jesuítas em culturas, ciências e artes em 1998, e, posteriormente, registrada por Dorian. Parece notável, no entanto, que a Apoteose em cinco atos por Kapsberger, uma das produções mais importantes em Roma antes das óperas Barberini da década de 1630, não foi editada nem executada até os anos 1990. A edição desta realização foi feita por Frank T. Kennedy, SJ, de um manuscrito da Bibliothèque Nationale em Paris, e a gravação comentada aqui é a única disponível da Apoteose, enquanto San Ignacio de Loyola, editado e reconstruído por Bernardo Illari , já foi gravado pelo Ensemble Elyma sob Gabriel Garrido.

Uma fascinante mistura de referências pagãs, alegorias orientais e virtudes cristãs, a Apoteose fica a meio caminho entre teatro e ópera jesuítas. Embora o prólogo é inteiramente falado, os cinco atos consistem em recitativo, coros e música instrumental. Os únicos personagens que não são alegorias nacionais são Metagenes e Pythis, junto com uma série de gladiadores que fazem muito breves entradas para o final da obra.

O primeiro ato situa Roma como o locus da celebração, enquanto os personagens alegóricos da Espanha e Portugal (esses países estavam unidos sob uma única coroa no momento da composição) honravam os santos e suas origens. Índia e Palestina estão acopladas no segundo ato: Índia e sua comitiva como personagens exóticos e maravilhosos, e a Palestina representada como uma nação abatida que, no entanto, comemora Inácio, com todos os protagonistas orando para ajudar seu povo.

Nos Atos 3 e 4 surgem os engates ocidental-oriental da França, do Japão, daItália e da China, os quais fazem oferendas, realizando jogos e invocando os novos santos. Este Orientalismo binário do sexo masculino e feminino Occident Orient, aliás, antecipa em um século as origens do final do século 18, citados por Edward W. Said, como discutido por Victor Coelho em “apoteose” da Kapsberger de Francis Xavier (1622) e a conquista of India “, na obra de uma ópera: gênero, nacionalidade e diferença sexual, eds. R.Dellamora e D.Fischlin (1997).

Finalmente, o Ato 5 envolve Roma sendo responsável por reunir todas as nações em um único conjunto para executar os atos finais da consagração, das comemorações que incluem jogos e lutas de gladiadores. Apesar da concentração do enredo nas civilizações orientais procuradas por Xavier em sua vida e nas suas viagens (Japão, China e Índia), deve-se notar que em nenhum momento há qualquer menção de expansão colonial nas Américas e nas Filipinas, que forneceram à ordem dos jesuítas meios materiais de acesso para todo o mundo.

A ópera San Ignacio de Loyola, perdida na região amazônica, foi encontrada há alguns anos nas Missões Jesuíticas de Chiquitos boliviano. Como no filme Missão, a história da ópera retrata a incrível história do trabalho realizado pelos Missionários e os povos da Amazônia.

A ópera mostra o clássico combate entre o bem e o mal no meio de anjos, demônios e jesuítas. A parte mais incrível de tudo isso é que é provável que a maior parte da ópera e algumas músicas extras registradas neste CD tinham sido compostas e executadas pelos índios Chiquitanos e Moxos após a expulsão dos jesuítas das Américas em 1767. Incrivelmente, a papelada que continha milhares de obras musicais foram copiadas durante 200 anos pelos bolivianos, a quem pertence agora este tesouro. (textos acima obtidos na internet e livremente traduzidos por Avicenna)


The Jesuit Operas
Apotheosis of Saints Ignatius Loyola and Francis Xavier
Johannes Hieronymus Kapsberger (Italy,1622)
Performer: Ellen Hargis (Soprano), Roberta Anderson (Soprano), Donald Wilkinson (Bass),
Ryan Turner (Tenor), Steven Rickards (Countertenor), Randall K Wong (Countertenor),
Terrance Barber (Countertenor), Anne Harley (Soprano), John Elwes (Tenor),
Mark McSweeney (Baritone), Michael Collver (Countertenor)
Conductor: James David Christie
Orchestra/Ensemble: Ensemble Abendmusik
Period: Renaissance
Written: 1622; Rome, Italy
Date of Recording: 1998-99
Venue: Campion Center, Boston, Massachusetts
Length: 88 Minutes 14 Secs.
Language: Latin
Disc 1 = Act I, II, III, IV
Disc 2 = Act V


The Jesuit Operas
San Ignacio de Loyola
Domenico Zipoli/Martin Schmidt/Anonymous Indigenous Composers (Bolívia, ca. 1755)
Performer: Steven Rickards (Countertenor), Pamela Murray (Soprano), Randall K Wong (Countertenor),
John Elwes (Tenor)
Conductor: James David Christie
Orchestra/Ensemble: Ensemble Abendmusik
Period: Baroque
Written: ca. 1755: Chiquitos, Bolívia
Date of Recording: 1998-99
Venue: Campion Center, Boston, Massachusetts
Length: 41 Minutes 34 Secs.
Notes: Arranged: Bernardo Illari (1997)
This selection is performed in Spanish and Chiquitano.
Disc 2 = Act I, II

The Jesuit Operas – 1999
Ensemble Abendmusik
Director: James David Christie

DISCO 1
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 284,9 MB | HQ Scans 14,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 167,3 + 14,7 MB – 1 h 06 min
powered by iTunes 12.0.1

DISCO 2
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 269,5 MB | HQ Scans 14,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 158,4 + 14,7 MB – 1 h 02 min
powered by iTunes 12.0.1

Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Obrigado !!!

Boa audição.

148g22b

 

 

 

 

.

..

..

..

Avicenna

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Händel Goes Wild

Georg Friedrich Händel (1685-1759): Händel Goes Wild

A austríaca Christina Pluhar tem um longo histórico na música antiga. Toca alaúde e tiorba, ganhou prêmios por suas interpretações de música antiga, etc. Em 2000, fundou o grupo L’Arpeggiata e a liberdade que passou a sentir foi, literalmente, impressionante. Após o excelente CD que postamos ontem e que é de 2014, ela reaparece com uma bordagem respeitosa e originalíssima de Händel. Na companhia do soprano Nuria Rial, do contratenor Valer Sabadus e do saxofonista e clarinetista de jazz Gianluigi Trovesi, ela aborda Händel. Não curti tanto quando o Purcell de 2014, mas é um CD que não deve passar em branco. Tem de tudo nele, inclusive e principalmente bom gosto. O wild é só para causar.

Händel Goes Wild

1 Handel / Arr Pluhar: Alcina, HWV 34, Act 3: Sinfonia (Arr. Pluhar) – Christina Pluhar
2 Handel / Arr Pluhar: Rinaldo, HWV 7b, Act 1: “Venti, turbini” (Rinaldo) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
3 Handel / Arr Pluhar: Semele, HWV 58, Act 2: “O sleep, why dost thou leave me” (Semele) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
4 Vivaldi / Arr Pluhar: Improvisation on Concerto for Strings in G Minor, RV 157: I. Allegro (Arr. Pluhar) – Christina Pluhar
5 Handel: Rinaldo, HWV 7b, Act 1: “Cara sposa” (Rinaldo) – Christina Pluhar
6 Handel / Arr Pluhar: Semele, HWV 58, Act 2: “Where’er you walk” (Semele) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
7 Handel / Arr Pluhar: Solomon, HWV 67, Act 3: The Arrival of the Queen of Sheba (Arr. Pluhar) – Christina Pluhar
8 Handel / Arr Pluhar: Amadigi di Gaula, HWV 11, Act 2: “Pena tiranna” (Dardano) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
9 Handel / Arr Pluhar: Giulio Cesare in Egitto, HWV 17, Act 3: “Piangerò la sorte mia” (Cleopatra) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
10 Kapsberger: Canario (Arr. Pluhar) – Christina Pluhar
11 Handel / Arr Pluhar: Alcina, HWV 34, Act 2: “Verdi prati” (Ruggiero) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
12 Handel / Arr Pluhar: Il trionfo del Tempo e della Verità, HWV 46b, Part 2: “Tu del Ciel ministro eletto” (Belezza) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
13 Handel: Alcina, HWV 34, Act 2: “Mi lusinga il dolce affetto” (Ruggiero) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
14 Handel: Rinaldo, HWV 7, Act 2: “Lascia ch’io pianga” (Improvisations by Josep Maria Martí Duran and Turrisi) – Christina Pluhar
15 Handel: Serse, HWV 40, Act 1: “Ombra mai fu” (Serse) – Christina Pluhar

L’Arpeggiata
Christina Pluhar

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Christina Pluhar, uma figura muito interessante
Christina Pluhar, uma figura muito interessante

PQP

L’Arpeggiata e Phillipe Jaroussky, contratenor: Icônes du Seicento – ao vivo (2009)

Icones du SeicentoEntrei em contato com o grupo L’Arpeggiata aos poucos, através de postagens esparsas dos colegas do blog, como esta, esta, e esta.

Gostei de imediato, mas foi só a partir da terceira que me percebi em risco de ficar viciado. Comecei a ver tudo que é vídeo do grupo no YouTube, e foi aí que viciei mesmo: a paixão contida porém visível com que os músicos tocam, o bom humor e discreta teatralidade aqui e ali, e sobretudo o encanto visual dos instrumentos fazem do L’Arpeggiata algo ainda mais rico quando se vê, além de ouvir.

Talvez seja por isso que este lindo trabalho com peças italianas dos anos 1600 nem foi lançado em CD, apenas em vídeo. As faixas disponibilizadas aqui foram extraídas do vídeo. – Mas então por que postar no PQP, se já está no YouTube? – alguém poderá perguntar… e eu responderei: há abundância de ocasiões em que não se pode ver mas se gostaria de ouvir – e nessas ocasiões é prático ter o material dividido em faixas, não é?

Falando de faixas… das cantadas pelo extraordinário contratenor que é Jaroussky, minhas preferidas são a 07 (onde faz valer o sentido das palavras ‘Oh gloriosa senhora!), 09, 11 (Stabat Mater) e 13 (um setting por Monteverdi do tratado de instrumentação da antiguidade que é o Salmo 150). Jaroussky também é magnífico na faixa tratada com mais liberdade estilística, que é a versão jazzy de outra peça de Monteverdi (faixa 15), onde me encantam especialmente os efeitos à Louis Armstrong extraídos do cornetto pelo californiano Doron Sherwin – que, de resto, empresta brilho a quase todas as faixas. Mas quem compete seriamente com Jaroussky pelo estrelato máximo do show é o violinista Alessandro Tampieri, sobretudo nas faixas 06, 08 e 12. E não se deve deixar de mencionar a bela toccata de G. Kapsberger, à qual o grupo deve seu nome, solada à tiorba por sua diretora, a austríaca Christina Pluhar (faixa 10). Espiem lá!

Palhinha: um bis de Monteverdi em versão jazzy (faixa 15)

Philippe Jaroussky com L’Arpeggiata
ICONES DU SEICENTO – ao vivo / live

01 Abertura do vídeo: vinheta da faixa 10 (instrumental) – 01’00
02 Anônimo – Ninna nanna al bambino Gesù – 05’34
03 Maurizio Cazzati – Ciaccona (instrumental) – 03’36
04 Benedetto Ferrari – Queste pungenti spine – 03’16
05 Maurizio Cazzati – Passacaglia (instrumental) – 03’32
06 Pandolfo Mealli – La vinciolina (instrumental) – 02’12
07 Ignazio Donati – O gloriosa domina – 04’00
08 Marco Uccellini – La Luciminia contenta (instrumental) – 04’02
09 Luigi Rossi – Lasciate averno – 06’07
10 Girolamo Kapsberger – Toccata l’Arpeggiata (instrumental) – 02’35
11 Giovanni Felice Sances – Stabat mater dolorosa – 07’00
12 Antonio Bertali – Ciaccona (instrumental) – 04’32
13 Claudio Monteverdi – Laudate Dominum (Salmo 150) – 04’17
14 Anônimo – Ciaccona di paradiso et dell’Inferno – 03’36
15 Claudio Monteverdi – Ohimè, ch’io cado – versão jazzy – 04’19
16 Domenico Maria Melli – Dispiegate, guance amate – 02’05
17 Claudio Monteverdi – Sì dolce è’l tormento – 04’38
__

Philippe Jaroussky – contratenor

L’Arpeggiata
Christina Pluhar, tiorba e direção
• Alessandro Tampieri, violino
• Doron Sherwin, corneto
• Eero Palviainen, arquialaúde e guitarra barroca
• Charles Edouard Fantin, alaúde, guitarra barroca
• Margit Übellacker, saltério
• Haru Kitamika, órgão, cravo
• Richard Myron, violone
• Michèle Claude, percussão

Gravado na Abadia de Ambronay, França, em 18 de setembro de 2008,
dentro do 29º Festival de Ambronay

Website do conjunto: http://www.arpeggiata.com

Material não lançado em CD
Áudio extraído do vídeo disponível no YouTube, código ?v=KFRMwgQLHLk
Directed by Olivier Simonnet © Broadcast by Mezzo, 2008

.  .  .  .  .  .  BAIXE AQUI – download here

Ranulfus

Música Antiga com Jordi Savall e o Hesperion XX: Folias & Canarios

Música Antiga com Jordi Savall e o Hesperion XX: Folias & Canarios

Existe a Música Antiga, o Barroco e há Savall. A abordagem do gambista, violoncelista e regente Jordi Savall à música pré-barroca é tão talentosa e interessada, que parece de um gênero diferente. É um grande mestre que, de forma inesperada e paradoxal, “renova” a música antiga, revelando como ela pode ser, quando interpretada com sensibilidade e senso de estilo. Para completar, Savall promove diálogos interculturais em seus discos e, sem palavras, faz-nos pensar.

Música Antiga com Jordi Savall e o Hesperion XX: Folias & Canarios

1 Folias (Pavana Con Su Glosa) Composed By – Antonio de Cabezón 2:03
2 Fantasia Composed By – Alonso Mudarra 2:45
3 Tiento De Falsas Composed By – Joan Cabanilles* 4:02
4 Jàcaras Composed By – Gaspar Sanz 2:15
5 Canarios Composed By – Gaspar Sanz 2:01
6 Paduana Del Re Composed By – Anonyme* 2:18
7 Saltarello Composed By – Anonyme* 1:10
8 Arpegiatta Composed By – Girolamo Kapsberger* 1:43
9 Gallarda Composed By – Giacomo De Gorzanis* 1:35
10 Canarios Composed By – Girolamo Kapsberger* 2:07
11 Si Ay Perdut Mon Saber Composed By – Jordi Savall, Ponç d’Ortafà* 3:59
12 La Mariagneta Composed By – Anon*, Jordi Savall 1:48
13 Con Que La Lavaré Composed By – Anonyme* 2:19
14 El Pare I La Mare Composed By – Anonyme*, Jordi Savall 3:39
15 Paradetas Composed By – Andrew Lawrence King*, Lucas Ruiz De Ribadayaz* 3:19
16 Clarines Y Trompetas Composed By – Gaspar Sanz 5:29
17 Fantasia Composed By – Joan Cabanilles* 2:33
18 Toccata & Chiaccona Composed By – Alessandro Piccinini 3:44
19 Todo El Mundo En General Composed By – Francisco Correa De Arauxo 3:57
20 Canarios Composed By – Anonyme*, Jordi Savall 2:19

Hespèrion XX
Jordi Savall

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O PQP Bach adverte: hoje, a Hesperion XX atualizou-se e já é Hesperion XXI
O PQP Bach adverte: hoje, a Hesperion XX atualizou-se e já é Hesperion XXI

PQP

Guia dos Instrumentos antigos 4/8 – A Arte de Diminuir / Os tempos de Monteverdi / Pássaros e Flautas [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Tem na Amazon: aqui.

Bom, baixando hoje você já chega na metade da coleção, heim!
Já estamos entrando nos começos do barroco: Monteverdi dá as caras no quarto volume, com seu estilo que ainda mescla os trovadores e o canto gregoriano com inúmeras inovações. Novos tempos, outros sons, outros instrumentos.

Quarta postagem! Começamos domingo passado e nos estenderemos até o domingo que vem, brindando-vos com o livro escaneado todinho!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD4
A Arte de Diminuir / Os tempos de Monteverdi / Pássaros e Flautas

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 182Mb

Chegou agora e tem que pegar o bonde andando? a gente te ajuda: Os CDs anteriores estão aqui: CD1, CD2, CD3.

Partituras e outros que tais? Clique aqui

Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

Gordurinhas! Que beleza!

Avicenna & Bisnaga