.: interlúdio :. The PQP Festival of Ray Charles (Dedicated to You + Ray Charles & Betty Carter + Genius Loves Company + Bonus Tracks by PQP )

The PQP Festival of Ray Charles

Dedicated to You

Ray Charles & Betty Carter

Genius Loves Company

Bonus Tracks by PQP

 

O culpado por esta postagem é o FDP com sua maravilhosa Sarah Vaughan de ontem! Entrei no clima e posto o Ray Charles para acompanhar!

Em 1960 apareceu no cenário musical um novo cantor norte americano chamado Ray Charles que, mesmo cego desde a infância, dominou as paradas de sucesso e o show business.

É desse fenômeno que destacamos o primeiro LP do nosso festival: Dedicated to you, lançado em 1961. Com uma canção chamada “Stella by Starlight” estorou nas paradas de sucesso que nem um tsunami! Todas as canções desse LP tinham um nome de mulher. Dai o nome deste que foi o segundo LP de sua carreira e o primeiro dele que conheci. Ah, o primeiro Ray Charles a gente nunca esquece!!

Dedicated to you

01. Hardhearted Hannah
02. Nancy
03. Margie
04. Ruby
05. Rosetta
06. Stella By Starlight
07. Cherry
08. Josephine
09. Candy
10. Marie
11. Diane
12. Sweet Georgia Brown

..oOo..

O próximo LP que apresentamos, Ray Charles & Betty Carter, gravado também em 1961, mostra a versatilidade de Ray Charles no campo do blues/jazz. Betty Carter, sua companheira de gravação, foi uma cantora de jazz norte-americana, conhecida por sua técnica de improvisação e outras habilidades musicais complexas que demonstrou com seu talento vocal e interpretação imaginativa das letras e melodias. 

Ray Charles & Betty Carter

01. Ev’ry Time We Say Goodbye
02. You and I
03. Intro: Goodbye/We’ll Be Together Again
04. People Will Say We’re in Love
05. Cocktails for Two
06. Side By Side
07. Baby, It’s Cold Outside
08. Together
09. For All We Know
10. Takes Two to Tango
11. Alone Together
12. Just You, Just Me
13. But on the Other Hand Baby
14. I Never See Maggie Alone
15. I Like to Hear it Sometime

..oOo..

O terceiro album, Genius Loves Company, foi gravado em 2004, alguns meses antes da morte de Ray, teve um lançamento post-mortem. Nele, Ray interpreta grandes sucessos com grandes amigos. Ficou meses em primeiro lugar nas paradas de sucessos dos Estados Unidos e do Canadá. Ganhou 8 Grammy !

Genius Loves Company

1. “Here We Go Again” (with Norah Jones)
2. “Sweet Potato Pie” (with James Taylor)
3. “You Don’t Know Me” (with Diana Krall) 
4. “Sorry Seems to Be the Hardest Word” (with Elton John)
5.”Fever” (with Natalie Cole)
6. “Do I Ever Cross Your Mind?” (with Bonnie Raitt)
7. “It Was a Very Good Year” (with Willie Nelson)
8. “Hey Girl” (with Michael McDonald)
9. “Sinner’s Prayer” (with B.B. King)
10. “Heaven Help Us All” (with Gladys Knight)
11. “Over the Rainbow” (with Johnny Mathis)
12. “Crazy Love” (with Van Morrison)
13. “Ary My Love” (with Itoshi No Ary)

..oOo..

Por último, separei 16 músicas que não estavam em nenhum dos 3 albuns anteriores e que mereciam estar nesta postagem e juntei tudo num album chamado Bonus Tracks by PQP.

Bonus Tracks by PQP

01. I can’t stop lovin’ you
02. Hey good lookin’
03. Take these chains from my heart
04. Cry
05. Seven Spanish Angels
06. Hit the road, Jack
07. Oh, lonesome me
08. That lucky old sun just rolls around heaven
09. Amazing Grace
10. Crying time
11. Someday you’ll want me to want you
12. What’d I say
13. Sweet memories
14. You Don’t Know Me
15. Over the Rainbow
16. I’ll never stand in your way

Esta postagem vai dedicada a todas as semi-novas e a todos os semi-novos que viveram e usufruíram os Anos Dourados! Tim-tim! ?

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 399 MB

Boa audição!

 

 

 

 

 

 

Avicenna

 

.: interlúdio :. Sarah Vaughan – The Best Of The Roulette Years 1960-1963

Ai vai meu presente de Natal para os fãs da Divina Sarah Vaughan: três cds com o melhor de suas interpretações no começo dos anos 60, pelo selo Roulette. Só fico lhes devendo a ficha técnica dos cds, para saber quem a acompanha: Orquestra, maestro, solistas … enfim, creio que uma busca mais atenta pela internet os senhores conseguem estas informações.
De qualquer forma, são três finíssimos CDs, de altíssimo nível, como não poderia deixar de ser, em se tratando de Sarah Vaughan.
Divirtam-se, curtam, deliciem-se… trata-se de papa finíssima …

CD 1

Sarah Vaughan – 01 – The More I See You
Sarah Vaughan – 02 – My Favorite Things
Sarah Vaughan – 03 – Call Me Irresponsible
Sarah Vaughan – 04 – Star Eyes
Sarah Vaughan – 05 – Perdido
Sarah Vaughan – 06 – I Got Rhythm
Sarah Vaughan – 07 – Baubles, Bangles And Beads
Sarah Vaughan – 08 – Great Day
Sarah Vaughan – 09 – I’m Gonna Live ‘Til I Die
Sarah Vaughan – 10 – Lover Man
Sarah Vaughan – 11 – I Believe In You
Sarah Vaughan – 12 – Ev’ry Time We Say Goodbye
Sarah Vaughan – 13 – Always On My Mind
Sarah Vaughan – 14 – Sophisticated Lady
Sarah Vaughan – 15 – In A Sentimental Mood
Sarah Vaughan – 16 – The Lady’s In Love With You
Sarah Vaughan – 17 – You Stepped Out Of A Dream
Sarah Vaughan – 18 – A Garden In The Rain
Sarah Vaughan – 19 – Moonglow
Sarah Vaughan – 20 – Fly Me To The Moon
Sarah Vaughan – 21 – Maria
Sarah Vaughan – 22 – Falling In Love With Love
Sarah Vaughan – 23 – On Green Dolphin Street
Sarah Vaughan – 24 – If I Had You
Sarah Vaughan – 25 – As Long As He Needs Me

CD 2

Sarah Vaughan – 01 – Honeysuckle Rose
Sarah Vaughan – 02 – I Can’t Give You Anything But Love
Sarah Vaughan – 03 – These Foolish Things
Sarah Vaughan – 04 – Solitude
Sarah Vaughan – 05 – Nobody Else But Me
Sarah Vaughan – 06 – I Could Write A Book
Sarah Vaughan – 07 – The Lonely Hours
Sarah Vaughan – 08 – You’re Driving Me Crazy
Sarah Vaughan – 09 – Mama He Treats Your Daughter Mean
Sarah Vaughan – 10 – ‘Round Midnight
Sarah Vaughan – 11 – Moanin’
Sarah Vaughan – 12 – What Kind Of Fool Am I
Sarah Vaughan – 13 – The Man I Love
Sarah Vaughan – 14 – The Good Life
Sarah Vaughan – 15 – Easy Street
Sarah Vaughan – 16 – I Guess I’ll Hang My Tears Out To Dry
Sarah Vaughan – 17 – Gravy Waltz
Sarah Vaughan – 18 – Baby Won’t You Please Come Home
Sarah Vaughan – 19 – Midnight Sun
Sarah Vaughan – 20 – I Hadn’t Anyone ‘Til You
Sarah Vaughan – 21 – Look To Your Heart
Sarah Vaughan – 22 – I Remember You
Sarah Vaughan – 23 – Dreamy

CD 3

Sarah Vaughan – 01 – I Fall In Love Too Easily
Sarah Vaughan – 02 – Oh You Crazy Moon
Sarah Vaughan – 03 – Serenata
Sarah Vaughan – 04 – Have You Met Miss Jones
Sarah Vaughan – 05 – I Cried For You
Sarah Vaughan – 06 – Snowbound
Sarah Vaughan – 07 – When Lights Are Low
Sarah Vaughan – 08 – The Best Is Yet To Come
Sarah Vaughan – 09 – Blah Blah Blah
Sarah Vaughan – 10 – The Second Time Arround
Sarah Vaughan – 11 – One Mint Yulep
Sarah Vaughan – 12 – This Cant Be Love
Sarah Vaughan – 13 – Wonder Why
Sarah Vaughan – 14 – Vanity
Sarah Vaughan – 15 – All Or Nothing All
Sarah Vaughan – 16 – My Reverie
Sarah Vaughan – 17 – Moonlight Love
Sarah Vaughan – 18 – Till The End Of Time
Sarah Vaughan – 19 – None But The Lonely Heart
Sarah Vaughan – 20 – Wrap Your Troubles In Dreams
Sarah Vaughan – 21 – I Cover The Waterfront
Sarah Vaughan – 22 – Dont Blame Me
Sarah Vaughan – 23 – A Ghost Of A Chance
Sarah Vaughan – 24 – Time After Time
Sarah Vaughan – 25 – Body And Soul

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.:interludio :. Cannonball Adderley – Somethin Else (1958)

Provavelmente um dos melhores discos da história do Jazz, ‘Somethin´ Else’ é um primor, uma verdadeira obra prima, um daqueles momentos de inspiração únicos, apesar de que em se tratando desta turma aqui, estes momentos de inspiração eram bastante comuns.
Desde os primeiros momentos de ‘Autumm Leaves’ já entendemos que o vem pela frente é peso pesado, que ninguém aqui está brincando em serviço. Tenho certeza de que boa parte de nossos leitores conhecem esse CD, e quem não o conhece, por favor, não percam tempo baixem e ouçam e assim os senhores terão a confirmação do que estou dizendo.
Miles Davis aqui é um convidado, o dono da bola aqui é o saxofonista Cannonball Adderley, um monstro, um gigante, não tenho superlativos para aplicar a este músico. Não por coincidência, Miles traria o mesmo Cannonball para ajudar a gravar seu disco seminal, sua obra prima absoluta, aquele que para muitos é o melhor disco já gravado na história do jazz, o clássico “Kind of Blue”.

Cannonball Adderley – Somethin Else (1958)

01. Autumn Leaves
02. Love for Sale
03. Somethin Else
04. One for Daddy-O
05. Dancing in the Dark

Julian “Cannonball” Adderley – Alto Saxophone
Miles Davis – Trumpet
Hank Jones – Piano
Sam Jones – Bass
Art Blakey – Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. Marianne Faithfull: Strange Weather

.: interlúdio :. Marianne Faithfull: Strange Weather

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Marianne Faithfull (1946) foi uma das mulheres mais lindas, fotografadas e admiradas do Reino Unido durante os anos 60. Cantora e modelo, todos achavam-na uma gracinha ao lado do namorado Mick Jagger. Tolinhos, a doce moça das fotos era um furacão. Foi ela quem apresentou as drogas aos Rolling Stones todos, enquanto levava até sua cama metade dos músicos mais importantes da Inglaterra. Porém, como todo mundo, ela envelheceu e hoje é uma bela senhora inglesa que passou por diversas clínicas de reabilitação. Mas o que nos interessa aqui é que, desde aquela época, ela volta e meia lança um (grande) disco. Talvez nenhum tenha sido melhor do que este Strange Weather de 1987. É uma seleção de músicas inéditas e antigas de grandes autores, que vão desde Tom Waits, Bob Dylan e Jagger-Richards até compositores dos anos 40 como Jerome Kern — que obra-prima é Yesterdays! –, dos anos 30 como Kid Prince Moore e dos 20 como a dupla Dubin-Warren. Se fosse você, jamais deixaria de ouvir esta maravilhosa coleção de canções arranjadas por Bill Frisell e Michael Gibbs, interpretadas pela voz surrada de Faithfull.

Marianne Faithfull: Strange Weather

1 Stranger Intro
Written-By – Anonymous
0:30

2 Boulevard Of Broken Dreams
Violin – Michael Levine
Written-By – Al Dubin, Harry Warren (2)
3:04

3 I Ain’t Goin’ Down To The Well No More
Written-By – Alan Lomax, Huddie Ledbetter, John Lomax*
1:07

4 Yesterdays
Flute – Chris Hunter
Written-By – Jerome Kern, Otto Harbach
5:18

5 Sign Of Judgement
Written-By – Kid Prince Moore
2:53

6 Strange Weather
Accordion – Garth Hudson
Written-By – Kathleen Brennan, Tom Waits
4:13

7 Love Life And Money
Piano – Mac Rebennack
Written-By – Henry Glover, Julius Dixon
4:05

8 I’ll Keep It With Mine
Acoustic Guitar – Bill Frisell
Written-By – Bob Dylan
3:46

9 Hello Stranger
Arranged By [Horns] – Michael Gibbs
Electric Piano – Mac Rebennack
Guitar – Fernando Saunders
Saxophone [Alto] – Chris Hunter, Steve Slagle
Written-By – Doc Pomus, Mac Rebennack
2:30

10 Penthouse Serenade (When We’re Alone)
Written-By – Val Burton, Will Jason
2:34

11 As Tears Go By
Accordion – William Schimmel
Written-By – Andrew Oldham*, Keith Richards, Mick Jagger
3:42

12 A Stranger On Earth
Trumpet – Lew Soloff
Written-By – Rick Ward (2), Sid Feller
3:56

Arranged By – Bill Frisell
Arranged By [Strings & Horns] – Michael Gibbs
Arranged By [Strings] – Michael Gibbs
Bass – Fernando Saunders
Drums – J.T. Lewis
Guitar – Bill Frisell, Robert Quine
Piano – Sharon Freeman
Vocals – Marianne Faithfull

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Faithfull nos anos 60
E bem depois
Alain Delon, Marianne Faithfull e Mick Jagger em 1968: perdeu playboy.

PQP

.: interlúdio :. Vienna Art Orchestra (VAO): Art & Fun

.: interlúdio :. Vienna Art Orchestra (VAO): Art & Fun

IM-PER-DÍ-VEL E AGORA COMPLETO !!!

Agradecemos ao finíssimo pequepiano C. P., que nos mandou este álbum completo ao ver que tínhamos feito uma postagem parcial do mesmo há mais ou menos um mês.

Eu é que agradeço, PQP. O PQP Bach têm contribuído demais para que eu amplie o meu conhecimento musical e aproveite melhor as criações dos mestres. Sempre que puder, estou à disposição.

Vocês, pequepianos, são os melhores, sem dúvida!

Bem, o CD1 é sensacional . Já o segundo é mais elétrico e tenho um problema com eletricidade. As ideias são boas, há humor e criatividade como no CD1, mas sou um cara complicado.

A Vienna Art Orchestra (VAO) foi um grupo europeu de jazz sediado em Viena, na Áustria. Organizado em diferentes momentos, tanto como uma big band ou em combinações menores, foi considerado como um dos principais conjuntos de jazz europeus e embaixador cultural oficial da República da Áustria. Extinguiu-se em 2010. A VAO foi fundada em Viena em 1977 pelo pianista suíço Mathias Ruegg. Ele modificou o formação tradicional das bigs bands, com a adição de novos instrumentos. De resto, a VAO é composta quase só por austríacos. A orquestra deu concertos nos EUA, Europa e África. Participou de muitos festivais, com grande sucesso. Ela teve como convidados John Surman, George Lewis, Karin Krog, Art Farmer e toda a torcida do Flamengo.

Vienna Art Orchestra: Art and Fun

Live
1-1 Art & Fun 4:26
1-2 L’Art Du Son 7:20
1-3 Art Of Sin 5:59
1-4 Art Is Gone 4:49
1-5 Art Is Smart 5:40
1-6 Art With Heart 8:15
1-7 Art To Dance 3:26
1-8 Art In Trance 4:08
1-9 Art To Lunch 7:12
1-10 Art With Punch 6:47
1-11 Art Got Drunk 4:14
1-12 L’Art Goes Funk 4:35
1-13 Fun & Art 7:21

Remixed
2-1 Artful Noise 4:12
2-2 Son Of Sun 4:20
2-3 Time To Sin 5:07
2-4 Gone Movies 4:44
2-5 Smart Shades 1:57
2-6 Heartbeat 5:02
2-7 Trance Versus Dance 5:39
2-8 Out For Lunch? 5:11
2-9 Dark Water Punch 5:45
2-10 Drunk With Consuela 4:30
2-11 Funkloch 6:32
2-12 Funny Accent 4:17
2-13 Marquis De Satie 6:16

Vienna Art Orchestra

CD1
Recorded at Porgy and Bess, Vienna, August 2001
Mixed at Studio Powerplay, Zurich, January 2002
CD2
All remixes of CD1 at Sonic Spell Lounge/Berlin, November-December 2001

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A VAO em 1985. Art & Fun é de 2001.

PQP

.: interlúdio :. Herbie Hancock em dose dupla (ou seria tripla?) – V.S.O.P. – The Quintet, Herbie Hancock – Quartett

No final da década de 90 tive a oportunidade de conhecer um grande amigo, que chamarei aqui de Victor, uma grande figura, e com o qual mantenho contato até hoje, apesar da distância. Trabalhamos juntos como bolsistas dentro de uma Universidade Pública. Ele já era formado em Ciências Sociais, mas como tinha grande conhecimento na área de informática, trabalhava em projetos de pesquisa com alguns professores, e eu ainda fazia, aos trancos e barrancos, minha graduação em História. Tivemos então a oportunidade de trabalharmos no mesmo andar. E como não poderia deixar de ser diferente, nossos gostos semelhantes em matéria de música nos aproximaram ainda mais. Após o expediente de trabalho, nos dias em que eu não tinha aula, ia na sala de trabalho dele ouvir Jazz. Eram os primórdios do MP3, e nos aproveitávamos da estrutura de rede da Universidade para baixarmos zetabites de música. O acervo que ele já havia formado naqueles dois anos como bolsista já passava dos mil cds. Foi ele quem me apresentou músicos como Allan Holdsworth, Victor Wooten, Denis Chambers, entre dezenas de outros, ou seja, sua grande paixão era mesmo o Fusion.

Enfim, para não me alongar muito, um belo dia ele botou para tocar um CD do Herbie Hancock, intitulado “Quartett”. ‘Que catzo é isso, meu caro?’, perguntei, assim que começaram os primeiros acordes. Então ele me passou o CD, e fiquei olhando estupefato aquela capa. Pensei comigo mesmo naquele momento: “provavelmente este é o melhor disco de Jazz que já ouvi na minha vida”. No dia seguinte, levei o ‘V.S.O.P’ para compararmos. O mesmo trio, Hancock, Williams, Carter, que durante os anos sessenta haviam feito parte da melhor banda que Miles Davis já havia formado. Acrescente a eles o genial trompetista Freddie Hubbard e a lenda do sax Wayne Shorter, então os senhores terão o “V.S.O.P.”. Só isso.

Claro, existe o ‘Kind of Blue’, do próprio Miles Davis, e o “Ah Hum” do Mingus entre outros na parada dos melhores CDs da história do Jazz, mas não temo em colocar na lista esse assombro de criatividade, versatilidade e virtuosismo que são tanto o “V.S.O.P.” quanto o “Quartett”, e este, para nosso deleite maior, ainda traz o jovem Winton Marsalis botando para quebrar e arrasando tudo o que vem pela frente.

Estes dois CDs já apareceram aqui no PQPBach em outra ocasião, mas resolvi reuni-los em uma única postagem para celebrar este dia em que estou preparando esta postagem,  dia 17 de novembro, quando a lenda do piano chamada Herbie Hancock estará mais uma vez se apresentando no Brasil. Parabéns para os sortudos que poderão assistir a este Show. Infelizmente não poderei ir. Já estou me lamentando há dias, mas a vida tem destas coisas.

V.S.O.P.

  1. One of a Kind
  2. Third Plane
  3. Jessica
  4. Lawra
  5. Darts
  6. Dolores
  7. Little Waltz
  8. Bydlike

Herbie Hancock – Piano
Freedie Hubbard – Trumpet
Tony Williams – Drums
Ron Carter – Bass
Wayne Shorter – Saxophones

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

QUARTET

  1. Well You Needn´t ?
  2. ´Round Midnight
  3. Clear Ways
  4. A Quick Sketch
  5. The Eye of Hurricane
  6. Parade
  7. The Sorcerer
  8. Pee Wee
  9. I Fall in Love so Easily

Herbie Hancock – Piano
Ron Carter – Bass
Wynton Marsalis – Trumpet
Tony Williams – Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. Sun Ra & His Astro Infinity Arkestra: My Brother the Wind Vol. II (1971)

.: interlúdio :. Sun Ra & His Astro Infinity Arkestra: My Brother the Wind Vol. II (1971)

PQP Bach
12 anos de Prazer

Eu gosto de todos os sons que perturbam as pessoas. Gosto de tirá-las da zona de conforto porque esse mundo está muito ruim em muitos aspectos. Elas precisam acordar para ver como está ruim, então talvez elas façam algo pra mudar.

~ Sun Ra ~

Sun Ra (1914-1993) foi um dos primeiros líderes de jazz a utilizar dois baixos, empregar o baixo elétrico e teclados eletrônicos, usar polirritmos, explorar música modal e improvisações de forma livre em solo e em grupo.

Além disso Sun Ra foi precursor de diversos fatores importantes no renascimento cultural/político da população negra americana na década de 1960: ressaltou as origens africanas do jazz, afirmava o orgulho da história negra e as dimensões espirituais e místicas da música.

Dimensões espirituais estas também presentes na música de vários outros organistas da música clássica (Bach, Messiaen) ou do jazz (Ray Charles, Billy Preston).

A música de Sun Ra é jazz, mas não cabe em nenhum subgênero. Estava à frente de seu tempo, usando teclados elétricos dez anos antes de Miles Davis, por outro lado Sun Ra liderou por décadas uma big band, coisa rara no jazz pós-anos 40. A Myth Science Arkestra, depois Solar Arkestra, depois Astro-Infinity Arkestra, depois Outer Space Arkestra reuniu dezenas de grandes músicos negros, incluindo o saxofonista John Gilmore, que deu aulas pra John Coltrane.

Em 1971, Sun Ra lançou seu primeiro disco incluindo uma mulher, a cantora June Tyson. Ela canta em “Somebody Else’s World” e na deliciosa balada jazz-funk “Walking on the Moon”, obviamente escrita após o desembarque na lua em julho de 1969. Them folk’s been walkin’ on the moon. If you wake up now, it won’t be too soon. Tudo isso com a Arkestra liderada por Ra e seu órgão Farfisa.

O álbum termina com cinco breves experimentos no sintetizador Mini Moog, recém-lançado na época. My Brother the Wind, Vol. II parece um disco esquizofrênico: tem algumas das canções mais acessíveis e dançantes em toda a louca discografia de Sun Ra, mas os experimentos cósmicos no Moog são “música difícil” que perturba ouvidos frágeis e acorda quem estava distraído, aliás essa era precisamente a ideia.

1. Otherness Blue
2. Somebody Else’s World (a.k.a. Somebody Else’s Idea)
3. Pleasant Twilight
4. Walking on the Moon
5. Somewhere Else
6. Contrast
7. The Wind Speaks
8. Sun Thoughts
9. Journey to the Stars
10. World of the Myth “I”
11. The Design – Cosmos II

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Sun Ra em uma noite em que resolveu sair de casa com uma roupinha mais básica

Pleyel

.: interlúdio :. Women: The Best Jazz Vocals (Edição Comemorativa PQPBach 12 Anos)

.: interlúdio :. Women: The Best Jazz Vocals (Edição Comemorativa PQPBach 12 Anos)

PQP Bach
12 anos de Prazer


Women

The Best Jazz Vocals

2001

 

Por mais que a gente receba elogios pelas nossas postagens e por mais que nos sintamos realizados por este trabalho, nada é perfeito! Se um dia você atingiu a perfeição, pode desconfiar. A perfeição, meu amigo, é um ponto lá no infinito.

Pois é, nada é perfeito. Nem o nosso blog PQPBach. Falta uma mulher no nosso time! Só tem homens, sim, inteligentes, cultos, alto astral, bem resolvidos mas … só homens. Falta delicadeza, sutileza. Nosso blog anda imperfeito demais!

Meu sogro comentava que o homem vem do macaco. Percebemos sua aproximação pela som forte de sua fala, pelo chiado da sua respiração, pelo barulho dos seus pés raspando no chão. A mulher, não, afirmava ele, ela vem da borboleta … só percebemos que ela chegou quando notamos o colorido silencioso de suas asas e a delicadeza do seu pousar ao nosso lado. É o que falta para almejarmos a perfeição do nosso blog.

Mas não é que não estamos tentando, e muito, mas só aparece barbudo. Então, estamos soltando um grito de socorro clamando por uma ajuda. Estamos convidando mulheres que gostem de música de concerto, blues e jazz a nos acompanhar nesta jornada, tornando nossa vida e a do nosso blog mais colorida! Só precisa possuir música para postar e saber comentá-la, além de ter familiaridade com computador. O resto, a gente orienta. Combinado? Beleza!! Então mande um email com o que você quer fazer para [email protected]. Vem pro blog, você também!!

.oOo.

Preparei um CD especial para hoje, pois comemoramos 12 anos de existência, e sem uma mulher no nosso time. Women:The Best Jazz Vocals. Somente música de primeira, interpretada por mulheres notáveis. Para você ouvir, meu amigo, sob a penumbra de um abajur amarelado, enquanto coloca um pouco mais de vinho tinto na taça de sua cúmplice, companheira, esposa, amiga, confidente, amante, brindando o tanto que vocês já caminharam juntos ao longo do tempo, que não é perfeito e nem infinito.

Ah! E se quiser dançar com ela, vá em frente. Vocês merecem …

Women: The Best Jazz Vocals
01. I’ve Got You Under My Skin – Diana Krall
02. Every Time We Say Goodbye – Silje Nergaard
03. Something Cool – Ruth Cameron
04. Angel Eyes – Dee Dee Bridgewater
05. Brother, Can You Spare A Dime – Abbey Lincoln
06. I’ve Grown Accustomed To His Face – Cassandra Wilson
07. Why Should I Care – Diana Krall
08. I Got Lost In His Arms – Shirley Horn
09. One For My Baby – Ruth Cameron
10. Bewitched, Bothered And Bewildered – Silje Nergaard
11. What Are You Doing The Rest Of Your Life – Laura Fygi
12. The Man I Love – Diane Schuur
13. Baby Ain’t I Good To You – Helen Merrill
14. Misty – Sarah Vaughan
15. Someone To Watch Over Me – Ella Fitzgerald
16. Mad About The Boy – Dinah Washington
17. Stormy Weather – Billie Holiday
18. Don’t Explain – Nina Simone
19. Dream Of Life – Carmen McRae
20. Where Are You Running? – Teri Thornton
21. September Song – Ella Fitzgerald
22. Smoke Gets In Your Eyes – Sarah Vaughan
23. Come Rain Or Come Shine – Billie Holiday
24. Cry Me A River – Dinah Washington
25. They Can’t Take That Away From Me – Peggy Lee
26. That Old Feeling – Dorothy Dandridge
27. Tenderly – Anita O’Day
28. Once Upon A Summertime – Blossom Dearie
29. I Didn’t Know About You – Patti Page

Women: The Best Jazz Vocals – 2001

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 630 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 Kbps | 280 MB

powered by iTunes 12.8.0 | 1 h 59 min

Juliette Binoche, uma singela homenagem ao PQP, fundador do blog e nosso ‘pai-de-todos’.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
When you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição !

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

.: interlúdio :. Pekka Pohjola – Heavy Jazz

Pekka Pohjola vem direto das terras geladas da Finlândia nos apresentar um sólido e consistente CD de Fusion, gravado ao vivo, em uma clara referência ao clássico álbum de Jaco Pastorius, “Heavy ´n´ Jazz”. Mas o som de Pohjola não é tão ‘sujo’ quando o de Pastorius, é mais discreto, mais ‘clean” talvez devido ao seu sangue finlandês mesmo. Pastorius sempre tocou como se fosse a última vez em que estivesse empunhando seu Fender Jazz, principalmente nos últimos anos de sua vida, como se já antecipasse sua morte, ocorrida tão precocemente.

Infelizmente, Pohjola também morreu precocemente, aos 56 anos de idade, em 2008, devido a consequências de problemas com o alcoolismo.

Uma curiosidade: Pekka Pohjola era de família de músicos, teve formação em violino e Piano na Academia Sibelius , e também chegou a compor uma Sinfonia, que estreou no final dos anos 80.

A banda que o acompanha é muito competente, e os solos seguem o padrão, discretos, sem nenhuma aula de virtuosismo exacerbado, ou apenas espanadores de cordas, como diria nosso querido PQP Bach.

Se vocês quiserem ouvir algum outro trabalho de estúdio dele, basta pedir. Tenho alguns outros cds dele. Espero que apreciem.

CD 1

01. Relief
02. Pressure
03. Imppu’s Tango
04. Nykiva keskustelu tuntemattoman kanssa
05. Innocent Questions
06. Fanatic Answers

CD 2

01. Benjamin
02. No Way Out
03. Albatross
04. Risto
05. Heavy Jazz

Pekka Pohjola – Bass
Seppo Kantonen – Keyboards
Markku Kanerva – Guitar
Anssi Nykänen – Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Pekka Pohjola (1952-2008)

.: interlúdio :. Lee Konitz, Dan Tepfer: Decade

.: interlúdio :. Lee Konitz, Dan Tepfer: Decade

Para celebrar uma década de intensa colaboração musical e amizade, o super sax alto Lee Konitz (90 anos) e o excepcional pianista Dan Tepfer (36), lançam Decade, linda continuação para Duos With Lee. A dupla vem se apresentando frequentemente e aqui seu maduro senso de improviso aparece claramente em 15 peças curtas, espontâneas, que parecem surgidas do nada. De posse de uma invejável originalidade em termos de som e linguagem, a dupla toma a mesma direção e supera com facilidade qualquer possível lacuna geracional. Este aspecto torna-se imediatamente perceptível em Thrill, a iluminada e enigmática peça de abertura, que mostra Tepfer em fantástico trabalho de textura. A delicada tensão criada favorece a sintaxe de Konitz. Temos também momentos de criatividade extraordinária: Body and Soul é totalmente transformada através de harmonização e melodia alteradas; Rebounds afirma um groove contrapontístico que depois é expandido em acordes grandiosos. Num estilo deliciosamente peculiar, Konitz e Tepfer proporcionam ao ouvinte aqueles momentos verdadeiramente mágicos que os manterão suspirando de prazer. Konitz chega a cantar em algumas faixas.

Lee Konitz, Dan Tepfer: Decade

1 Thrill 2:30
2 9/11 Suite, Part 1 3:53
3 9/11 Suite, Part 2 2:40
4 9/11 Suite, Part 3 4:28
5 Pulsing Green 1:27
6 Alter Ego 3:10
7 Through The Tunnel 6:01
8 Egos Alter 1:04
9 Rebounds 4:37
10 A Place We Know 2:16
11 Pulsing Orange 1:33
12 Whirlpool 1:59
13 Ceaseless 2:39
14 Eager Altos 0:55
15 Body & Soul 6:59

Alto Saxophone, Soprano Saxophone, Voice – Lee Konitz
Piano – Dan Tepfer

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Lee Konitz & Dan Tepfer: alto nível

PQP

.: interlúdio :. Itzhak Perlman, Andre Previn, Shelly Manne, Jim Hall, Red Mitchell – A Different Kind of Blues, It´s a Breeze

Estes dois CDs reunidos em um só trazem uma das incursões do grande violinista Itzhak Perlman no Jazz, muito bem acompanhado por sinal por seu amigo de longa data Andre Previn e um fantástico grupo que ainda traz Jim Hall, Shelly Manne e Red Mitchel. Garanto aos senhores que vale a pena conhecer e apreciar. O talento de Perlman é plenamente conhecido e já trouxemos diversos cds seus para atestar isso.
O que ouviremos aqui é um música de alto nível, tocada por músicos de altíssimo nível, sem dúvida alguma. Tenho certeza de que irão gostar.

A DIFFERENT KIND OF BLUES

01. Look at Him Go
02. Little Face
03. Who Reads Reviews
04. Night Thoughts
05. A Different Kind of Blues
06. Chocolate Apricot
07. The Five of Us
08. Make Up Your Mind

Itzhak Perlman – Violin
Andre Previn – Piano
Shelly Manne – Drums
Jim Hall – Guitar
Red Mitchell – Bass

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

IT´S A BREEZE

01. It_s A Breeze
02. Rain In My Head
03. Catgut Your Tongue
04. It_s About Time
05. Quiet Diddling
06. A Tune For Heather
07. Bowing and Scraping
08. The Red Bar

Itzhak Perlman – Violin
Andre Previn – Piano
Shelly Manne – Drums
Jim Hall – Guitar
Red Mitchell – Bass

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio (ou não) :. Shani Diluka: Route 66 (American Piano Music)

.: interlúdio (ou não) :. Shani Diluka: Route 66 (American Piano Music)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um belo disco difícil de definir: é jazz ou erudito? Bem, na verdade eu nem noto mais a diferença. Ouço ambos os gêneros indistintamente. A pianista Shani Diluka, nascida no Sri Lanka, chama seu recital de 18 peças de compositores e improvisadores norte-americanos de Route 66. Nas anotações que vêm junto ao CD, ela liga cada peça a uma passagem de On the Road, de Jack Kerouac, embora a calma que prevalece na maioria das canções dificilmente evoque a narrativa contundente do romance. Ela demonstra um colorido maior do que normalmente se ouve dos chamados especialistas em música contemporânea. Isso é bom, claro. Porém, na maioria das peças líricas, no entanto, a dinâmica suave retrocede e murcha quase a ponto de desaparecer, especialmente quando Diluka faz diminuendos. Mas o saldo final é altamente positivo. A pianista é excelente e o repertório fantástico.

Deixem eu contar uma história rapidinha para vocês. Certa vez, estava em Londres e fui assistir a um concerto sensacional onde um conhecido pianista interpretaria um Concerto de Mozart. Ele tocou maravilhosamente e foi muito aplaudido. Voltou três vezes ao palco. O pedido por um bis era óbvio. Então ele ergueu os braços e pediu silêncio. Disse que no dia anterior substituíra outro pianista que caíra doente. Tivera que ir até Praga para fazer o Concerto Nº 1 de Brahms. Estava no contrato. Na volta, o avião atrasara. Contou que estava cansadíssimo e que ia dar o bis tocando a peça que costumava tocar à noite, quando estava em casa e queria relaxar para dormir. E anunciou: “Vamos relaxar juntos. Vou tocar Peace Piece, de Bill Evans. Espero que vocês não durmam”. A ultra civilizada e culta plateia londrina, em vez de aplaudir, fez aquele som misto de aplausos e Uh, Uh! típicos dos concertos de jazz. Melhor cidade do mundo.

Shani Diluka: Route 66 (American Piano Music)

1 China Gates
Composed By – John Adams
4:40
2 My Wild Irish Rose
Arranged By – Keith Jarrett
5:05
3 Lullaby
Composed By – Percy Grainger
5:06
4 Pas De Deux
Composed By – Samuel Barber
3:59
5 Young Birches
Composed By – Amy Beach*
2:38
6 Waltz For Debby
Composed By – Bill Evans
2:10
7 Etude No. 9
Composed By – Philip Glass
2:17
8 For Felicia Montealegre
Composed By – Leonard Bernstein
1:59
9 In A Landscape
Composed By – John Cage
6:18
10 I Love Porgy
Arranged By – Keith Jarrett
Composed By – George Gershwin
5:10
11 Interlude
Composed By – Leonard Bernstein
1:36
12 Chandeliers
Composed By – Hyung-Ki Joo
6:26
13 Danza De La Mozo Donosa
Composed By – Alberto Ginastera
3:23
14 For Aaron Copland
Composed By – Leonard Bernstein
1:06
15 Piano Blues No. 1 “For Leo Smit”
Composed By – Aaron Copland
2:22
16 Peace Piece
Composed By – Bill Evans
7:05
17 Love Walked In
Arranged By – Percy Grainger
Composed By – George Gershwin
4:29
18 What Is This Thing Called Love
Arranged By – Raphaël Merlin
Composed By – Cole Porter

Piano – Shani Diluka
Vocals – Natalie Dessay (faixa 18)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Diluka: às vezes delicada demais, mas com alto saldo positivo

PQP

.:interludio:. Chano Domínguez & Niño Josele – Chano & Josele (2014)

.:interludio:. Chano Domínguez & Niño Josele – Chano & Josele (2014)

Nosso tio Oscar tinha um jeito meio “wild” de perseguir a beleza, diria até que ele se arruinou por causa disso. Viveu atrás de um amoreco desprezível, uma beleza grega, segundo ele achava, perdeu tudo e foi parar no xilindró, coitado. Depois disso ninguém quis mais conversa com ele – vejam só o que é a hipocrisia. Quando era rico e incensado todos lhe abriam as portas, depois da derrocada, quando o viam com seu passo cadenciado pelo absinto, atravessavam pra outra calçada. Porém, como ele mesmo costumava dizer, “não se deve lamentar que o poeta seja bêbado, mas que nem todo bêbado seja poeta!” e para os carolas ele deflagrava que “experiência é o nome que todos dão aos seus próprios erros”. Como vinha dizendo, o tio Oscar era um sujeito movido pela beleza, melhor dizendo, um ser estético, uma encarnação do senso estético e isso permeava as suas ideias sobre tudo. Para ele a beleza seria “uma forma de genialidade – aliás, superior à genialidade na medida em que não precisa de comentários. Ela é um dos grandes fatos do mundo, assim como a luz do sol, ou a primavera, ou a miragem na água escura daquela concha de prata que chamamos de lua. Não pode ser interrogada – é soberana por direito divino.” Sim, tio Oscar era de tirar o folego com suas tiradas e aforismos. Quem no mundo poderia se pronunciar dessa forma sobre a beleza? Mas por que estou falando tanto de beleza mesmo? Ah, claro! Que disco, meus amigos! Um oceano de beleza no qual rebrilha nas vagas uma dourada melancolia – eu não aconselharia para os combalidos, pois sei que uma dose de beleza melancólica pode ser mesmo letal, sério! Como diria tio Oscar, “A música nos cria um passado que ignoramos, e nos transmite um sentido da dor até então oculto às nossas lágrimas” (!!!) Tio Oscar era foda.

Dois príncipes das baladas, em nosso contexto infelizmente não muito conhecidos: o pianista Chano Domínguez e o violonista Niño Josele. Chano, nascido em Cádiz (1960), pianista de Latin Jazz, Flamenco e pós-Bop. Enveredou pelo rock progressivo até se deparar com Thelonius Monk e Bill Evans. Em sua riquíssima carreira permeada por diversos músicos e parceiros, Chano também lecionou em diversos países, hoje mora no Brooklyn. Niño, de Almeria (1974), é um expoente do chamado Novo flamenco, embora de uma versatilidade, verve e pathos indescritíveis, porém apreciáveis em suas primorosas gravações; a exemplo desta, na qual ambos, verdadeiros poetas musicais aos seus instrumentos, nos trazem um bouquet de beleza arrebatador. Não uso esta palavra, buquê, à toa. Entre as faixas temos Rosa, do nosso Pizindim – aquele menino bom que se tornou imortal. Sentiram-se atingidos por uma pequena e flamejante flecha de Cupido bem no miocárdio? Pois bem, segurem essas: Luiza e Olha Maria, do nosso Tom Jobim, a segunda com letra do Chico e do Vinícius (a gente sempre fala deles com esse ar de intimidade, não é mesmo? É uma graça), mas aqui em versão puramente instrumental. Uma surpresa deliciosa: Lua Branca de Dona Chiquinha Gonzaga! Sim! E que gravação, Santo Zeus… A agridoce balada Django, de derreter os fígados mais empedernidos, do John Lewis – aquele soberbo pianista do Modern Jazz Quartet. Nossos poetas musicais nos colheram um ramalhete e tanto: dos Beatles, Because. Do Henry Mancini, Two for the Road; De Michel Legrand, a lancinante Je t’attendrai, mais famosa no título inglês I will Wait for You – essa é uma daquelas desaconselháveis para os ainda convalescentes de gripe cardíaca. Numa gentil troca de figurinhas, Niño transcreve Chano em Alma de Mujer e vice-versa com Es Esto una Buleria? Uma feliz crítica ao álbum diz que “este é o tipo de registro que ridiculariza a noção de gêneros e classificações, já que ambos os músicos se envolvem em uma conversa em torno de algumas belas peças de música, levando-os aonde quer que sua sensibilidade possa levá-los a qualquer momento: música clássica, música popular, latino-americana, flamenco ou jazz, muitas vezes dentro da mesma composição.” Digo feliz crítica porque, sempre lembrando tio Oscar, “se a função do crítico é educar o público, a função do artista é educar o crítico”; é que vemos tantas asneiras escritas sobre música por aí. Esse festival de beleza, de sussurros e arrebatamentos, este cálido romance em forma de disco, se arremata numa linda faixa a mais, Solitude in Granada, de Domínguez – perfume em forma de música; uma linda e terna melodia que lembra bastante o tema Spleen, do maravilhoso acordeonista Richard Galliano.

Detesto a ideia de datar textos, mas cumpre observar que em nossos tempos de feiura em tantos aspectos, um banho de beleza desses não é coisa pouca. E por falar em beleza, sempre citando tio Oscar, “nada pode curar a alma, exceto os sentidos”. “Todos estamos deitados na sarjeta, mas alguns estão mirando as estrelas”. Ou ainda: “Viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria apenas existe”. Eu poderia passar mil e uma noites citando as maravilhas do tio Oscar, porém ele mesmo me reprovaria por estar sendo tedioso. Mas só umazinha: Certa vez ele foi interpelado por alguém que exclamava: “Oscar! Não se lembra de mim? E ele: Perdão, não reconheci você, é que eu mudei muito”.

Chano Domínguez & Niño Josele – Chano & Josele (2014)

  • Alma de Mujer
  • Django
  • Because
  • Je t’Attendrai
  • Lua Branca
  • Es Esto uma Buleria?
  • Two for the Road
  • Rosa
  • Luiza
  • Olha Maria
  • Solitude in Granada

Chano Domínguez – Piano
Niño Josele – Guitarra (Violão)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Nosso tio Oscar, no esplendor de sua beleza e juventude, que Deus o tenha.

Wellbach

.: interlúdio :. Carla Bley: Fancy Chamber Music (1998)

.: interlúdio :. Carla Bley: Fancy Chamber Music (1998)

Este é um daqueles CDs que demonstram o que os preconceituosos não admitem: que o jazz e a música erudita caminham lado a lado. Carla Bley escreveu uma série de peças onde faz uma paródia erudito-jazzística misturando os muitos sotaques. Seu Fancy Chamber Music faz um curioso diálogo com os CDs de Keith Jarrett que postamos semanas atrás. Se ali Jarrett sentia-se totalmente à vontade interpretando Bach e Handel, aqui Bley brinca fazendo paródias de… Mozart, por exemplo. Pegue Monk, Stravinsky, Mozart, Ellington, Satie, Gershwin e Schubert em uma panela bem grande e você obterá algo próximo da Carla Bley deste disco, obterá lago tão revolucionário quanto a Bley dos anos setenta — só que aqui tudo é calmo.

Abaixo, uma canção que não está no CD, mas que demonstra o humor de Bley ao lado do maridão e fundamental baixista Steve Swallow. Atenção à letra, por favor!

Carla Bley: Fancy Chamber Music

1. Wolfgang Tango
2. Romantic Notion, No. 4
3. End of Vienna
4. Tigers in Training
5. Romantic Notion, No. 6
6. Jon Benet

Carla Bley piano
Steve Morris violin
Andrew Byrt viola
Emma Black cello
Steve Swallow bass
Alison Hayhurst flute
Sara Lee clarinet, glockenspiel
Chris Wells percussion

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

A Deusa Carla Bley

PQP

.: interlúdio :. Fred Hersch: {Open Book}

.: interlúdio :. Fred Hersch: {Open Book}

R-10676095-1503040211-4793.jpegApós um episódio de coma e quase morte em 2008, o lírico pianista Fred Hersch manteve o status de pianista de jazz de primeira linha. A série de álbuns pós-doença, Whirl (2010), Alone At The Vanguard (2011), Floating (2014), Solo (2015) e Sunday Night At the Vanguard (2016), todos pela Palmetto Records, revelam clareza artística, ao lado de uma abordagem emotiva mais profunda, em comparação com sua produção excelente, mas talvez mais cerebral, de antes de sua luta contra sérios problemas de saúde.

{Open Book}, o décimo primeiro álbum de piano solo de Hersch, é excelente. Só ouvir Whisper not e Zingaro já basta para considerá-lo um disco de exceção.

Fred Hersch: {Open Book}

1 The Orb
Written-By – Fred Hersch
6:26
2 Whisper Not
Written-By – Benny Golson
6:27
3 Zingaro
Written-By – A. C. Jobim
7:58
4 Through The Forest
Written-By – Fred Hersch
19:54
5 Plainsong
Written-By – Fred Hersch
4:51
6 Eronel
Written-By – Sadik Hakim, Thelonious Monk
5:40
7 And So It Goes
Written-By – Billy Joel
5:57

Fred Hersch, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Hersch: esquisitão calmo, sensível e bom de piano.
Hersch: esquisitão ressuscitado, calmo, sensível e bom de piano.

PQP

.: interlúdio :. Dave Brubeck – The Very Best Of (2015) — 3 CDs

.: interlúdio :. Dave Brubeck – The Very Best Of (2015) — 3 CDs

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um amigo meu diz que Dave Brubeck (1920-2012) fazia “jazz para médicos”. É que vários destes profissionais o procuram angustiados para aulas. O maior desejo deles é o de aprender a tocar Take Five… (Que, aliás, é de autoria de Paul Desmond). Brubeck é um merecido sucesso. Seu quarteto — de várias formações, mas solidificado a partir do grande sucesso do disco de 1959, Time Out —  não é espetacular. Suas improvisações – de partituras! — não chegam a impressionar. Mesmo Brubeck não é um virtuose. Porém, não se pode estender tais críticas aos temas de seu quarteto. Além de excelentes composições próprias, a escolha das músicas de outros é de muito bom gosto. Há verdadeiras obras-primas nesta seleção. Acho que vocês vão gostar, mesmo que não sejam médicos. Bem, o conjunto de comentários deste post está realmente muito bom. Deem uma olhada.

Dave Brubeck – The Very Best Of (2015)

01. Take Five
02. Three To Get Ready
03. Perdido (Live)
04. It’s A Raggy Waltz
05. Blue Moon
06. Camptown Races
07. The Trolley Song
08. Tea For Two
09. Bossa Nova U.S.A.
10. Take The A Train
11. Unsquare Dance
12. There’ll Be Some Changes Made
13. The Duke
14. These Foolish Things
15. Out Of Nowhere
16. I Feel Pretty
17. Tonight
18. Over The Rainbow
19. Blue Rondo A La Turk
20. In Your Own Sweet Way
21. Maria
22. Stardust
23. Jeepers Creepers
24. Somewhere
25. Let’s Fall In Love
26. You Go To My Head
27. Indiana

O quarteto básico da maioria das faixas:

Dave Brubeck, piano
Paul Desmond, sax
Joe Morello, bateria
Gene Wright, baixo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

The Dave Brubeck Quartet em 1967. Da esquerda para a direita: Joe Morello, Eugene Wright, Dave Brubeck and Paul Desmond
The Dave Brubeck Quartet em 1967. Da esquerda para a direita: Joe Morello, Eugene Wright, Dave Brubeck and Paul Desmond

PQP

.: interlúdio :. Jacky Terrasson & Stéphane Belmondo: Mother

.: interlúdio :. Jacky Terrasson & Stéphane Belmondo: Mother

MotherUm belo disco de canções levadas pelo trompete de Belmondo e o piano de Terrasson. São 14 faixas: três composições de Terrasson (Hand in hand, Mother e Fun Keys), uma de Belmondo (Souvenirs), duas curtas de improviso (Pic Saint-Loup, Pompignan), clássicos (Lover Man, In Your Own Sweet Way, You Don’t Know What Love Is e, para começar o CD com uma nota cheia de emoção a First Song de Charlie Haden. Também temos mais duas músicas de filme (Les Valseuses de Grapelli e a bela La Chanson d’Hélène composta por Philipe Sarde), além de outras. Bem, tudo isso para dizer que são canções avulsas que recebem lindo tratamento jazzístico da dupla. Destaque para a qualidade de som. Fantástica. Ouçam porque vale a pena.

Jacky Terrasson & Stéphane Belmondo: Mother

1 First Song 3:16
2 Hand In Hand 4:42
3 Lover Man 4:52
4 La Chanson d’Hélène 3:47
5 In Your Own Sweet Way 5:22
6 Pic Saint-Loup 0:42
7 Mother 5:30
8 Fun Keys 2:30
9 Les Valseuses 1:16
10 Souvenirs 3:47
11 You Don’t Know What Love Is 4:36
12 Pompignan 0:54
13 You Are The Sunshine Of My Life 4:53
14 Que Reste-t-il de Nos Amours 2:06

Stéphane Belmondo: flugelhorn, trumpet
Jacky Terrasson: piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Terrasson e Belmondo
Terrasson e Belmondo

PQP

.: interlúdio :. Diane Schuur: Love Walked In

.: interlúdio :. Diane Schuur: Love Walked In

R-7349908-1488108397-9008.jpegIM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco dos mais agradáveis com a baita cantora que é Diane Schuur. Ninguém que goste de grandes cantoras deve deixar de ouvir este CD. Aqui, Diane saúda sua heroína, a deusa Dinah Washington. As músicas são lindamente arranjadas. O resultado final é muito musical e sexy. Algumas das canções são curtas, o próprio CD mal passa de meia hora, deixando a gente com vontade de ouvir mais. Todas as músicas são boas e é muito difícil escolher uma. Eu escolheria How Deep Is The Ocean, Love walked in e Time after time. Mas Sunday kind of love… Enfim, as outras também são demais!

Diane Schuur: Love Walked In

1 Love Walked In 2:14
2 Time After Time 3:20
3 Say It Isn’t So 4:04
4 Blue Gardenia 3:05
5 Never Let Me Go 4:50
6 Nothing Ever Changes My Love For You 3:51
7 Sunday Kind Of Love 4:00
8 How Deep Is The Ocean 3:36
9 You’re A Sweetheart 2:37
10 I Wanna Be Loved 4:36

John Guerin – drums
Assa Drori – concert master
Wayne Bergeron – trumpet
John Patitucci – bass
Andrew Martin – trombone
Richard Todd – French horn
Gary Foster – saxophone
Diane Schuur – vocals
Philip Upchurch – guitar
John T. Johnson – tuba
Michael Wofford – piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Diane Schuur: ela realmente vê mais do que muita gente por aí
Diane Schuur: ela realmente vê mais do que muita gente por aí

PQP

.: interlúdio :. Johnnie Ray – As Time Goes By

a-capa-web
Johnnie Ray (1927 – 1990)

As Time Goes By (Sucessos dos anos 50)

 

Um brinde à vida! Um brinde à música! Um brinde às nossas raízes! Um brinde aos semi-novos!

John Alvin Ray (1927 – 1990) foi um cantor, compositor e pianista americano. Extremamente popular durante a maior parte dos anos 50, Ray foi citado pela crítica como um dos principais precursores do que viria a ser o rock and roll, pela sua música influenciada pelo jazz e pelo blues e pela sua personalidade de palco animada. Tony Bennett chamou Ray de “pai do rock and roll”, e os historiadores o consideraram uma figura pioneira no desenvolvimento do gênero.

O British Hit Singles & Albums observou que Ray foi “uma sensação na década de 1950, a entrega vocal violenta de ‘Cry’ influenciou muitos atos, incluindo Elvis e foi o principal alvo para a histeria entre adolescentes nos dias pré-Presley”. As performances teatrais dramáticas de Ray e as canções melancólicas foram creditadas pelos historiadores da música como precursoras para artistas posteriores, variando de Leonard Cohen a Morrissey. (Wikipedia)

Além de tudo acima descrito, Johnnie Ray foi um homem de sorte: cantando em pequenas casas noturnas predominantemente afro-americanas em Detroit, onde foi descoberto em 1951 e posteriormente contratado pela Columbia Records, subiu rapidamente da obscuridade nos Estados Unidos com o lançamento de seu álbum de estréia, Johnnie Ray (1952), bem como com um single de 78 rpm, cujos lados alcançaram as canções Top Hot 100 da revista Billboard de 1952: “Cry” e “The Little White Cloud That Cried“.

No encarte tem mais informações interessantes.

Palhinha: ouça 19. Cry, hino dos Anos Dourados, minha geração! ‘This is the record that catapulted Johnnie Ray into the stratosphere of the big musical stars, and became his signature song. It was recorded October 16, 1951 in New York at the Columbia Recording Studios and produced by Mitch Miller. The Four Lads provided inspired support as did Mundell Lowe on guitar and Buddy Weed on piano. This record sold in the multi-millions, and is forever associated with Johnnie.’ (internet)

01. As Time Goes By
02. Miss Me Just A Little
03. Walkin´ My Baby Back Home
04. If You Believe
05. Pretty-Eyed Baby
06. You`re All That I Live For
07. I´ve Got So Many Million Years
08. All Of Me
09. Just Walking In The Rain
10. Hey There
11. Lotus Blossom
12. Somebody Stole My Gal
13. Alexander´s Ragtime Band
14. Shake A Hand
15. Song Of The Dreamer
16. Don´t Blame Me
17. Hernando´s Hideaway
18. I´ll Never Fall In Love Again
19. Cry

Johnnie Ray – Sucessos dos anos 50
.
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 276 MB
 .
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 kbps | 108 MB
.
powered by iTunes 12.8.0 |  50 min
.

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.
.
When you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição.

Avicenna

.: interlúdio :. Keith Jarrett: Rio

71sYRxxxeYL._SX355_Recado de PQP Bach: o CD2 deste trabalho é das melhores coisas que Jarrett fez até hoje.

Keith Jarrett já esteve algumas vezes no Brasil. Mas foi em sua última apresentação no Rio de Janeiro, no Municipal, em 2011, que sua performance foi gravada. O texto abaixo foi retirado do site da própria gravadora, ECM, e simplifica a apresentação desse CD aqui no PQPBach:

A fascinating document of Keith Jarrett’s solo concert in Rio de Janeiro on April 9, 2011. The pianist pulls a broad range of material from the ether: thoughtful/reflective pieces, abstract sound-structures, pieces that fairly vibrate with energy. The double album climaxes with a marvellous sequence of encores. 40 years ago Keith Jarrett recorded his first ECM disc, the solo piano “Facing You”. He has refined his approach to solo music many times since then, always finding new things to play. So it is here, in this engaging solo recording from Brazil.”

Enfim, Keith Jarrett é um artista no sentido extremo e completo do termo, sempre irrequieto, mesmo aos setenta anos de idade. Ao assistirmos uma performance sua ao vivo a impressão que temos que ele está sempre desconfortável, tentando encontrar um melhor posicionamento na banqueta. Suas caretas e gemidos fazem parte da música. Qualquer barulho da platéia o incomoda, é necessário o silêncio completo. Só falta colocarem uma faixa dizendo: “Silêncio, gênio trabalhando”, pois o que estamos tendo a oportunidade de ouvir e presenciar naquele momento é único, nunca mais se repetirá.

Keith Jarrett: Rio

CD 1

01. Part I
02. Part II
03. Part III
04. Part IV
05. Part V
06. Part VI

CD 2

01. Part VII
02. Part VIII
03. Part IX
04. Part X
05. Part XI
06. Part XII
07. Part XIII
08. Part XIV

Keith Jarrett, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Não podemos dizer que Jarrett tenha uma postura convencional quando toca.
Não podemos dizer que Jarrett tenha uma postura convencional quando toca.

FDP

.: interlúdio :. Bjørnstad, Darling, Rypdal & Christensen: The Sea II

.: interlúdio :. Bjørnstad, Darling, Rypdal & Christensen: The Sea II

the-sea-ii

O quarteto do pianista e escritor Ketil Bjørnstad com o violoncelista David Darling, o guitarrista Terje Rypdal e o baterista Jon Christensen é quase um estereótipo dos discos médios da ECM. Os dez temas originais deste CD têm um humor introspectivo e sombrio. Na verdade, os temas são menos importantes do que a atmosfera que eles criam, assim como os solos individuais dos músicos são menos significativos do que o som do conjunto. A coisa toda é um pouco sonolenta e o desenvolvimento das músicas é bem lento, embora haja alguns solos de fogo e rock do guitarrista Rypdal.

Bjørnstad, Darling, Rypdal & Christensen: The Sea II

1 Laila
2 Outward Bound
3 Brand
4 The Mother
5 Song for a Planet
6 Consequences
7 Agnes
8 Mime
9 December
10 South

Ketil Bjørnstad, piano
David Darling, cello
Jon Christensen, drums
Terje Rypdal, guitars

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Bjornstad, Darling, Rypdal & Christensen
Bjornstad, Darling, Rypdal & Christensen

PQP

.: interlúdio :. Tigran Hamasyan: For Gyumri

.: interlúdio :. Tigran Hamasyan: For Gyumri

R-11641506-1519903149-9815.jpegUma pequena joia. Este CD — cujo lançamento foi preferencialmente em vinil — traz poucos e deliciosos minutos com Tigran Hamassyan. Gyumri foi onde o nasceu este pianista armênio. Embora focado principalmente no universo do jazz, suas composições integram melodias e tradições armênias com ruídos ambientes e até mesmo heavy metal. Tudo com uma abordagem composicional de mente aberta e cheia de nuances. As melodias são bem concebidas, orientadas para o vocal e para as sofisticadas variações. Fica evidente que o pianista tem grande sutileza e escreve temas cheios de belos ganchos melódicos.

Tigran Hamasyan: For Gyumri

A1 Aragatz
A2 Rays Of Light
A3 The American
B1 Self-Portrait 1
B2 Revolving – Prayer

Tigran Hamasyan: piano, voz, pós-produção

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Hamasayan coçando o próprio ouvido.
Hamasyan apura o ouvido para os sons de sua Armênia.

.: interlúdio :. Nicolas Masson, Colin Vallon, Patrice Moret, Lionel Friedli: Travelers

nicolas-masson-travelersO suíço Nicolas Masson aparece como líder de um quarteto que apresenta o pianista Colin Vallon — ele próprio líder de banda e artista que grava para a ECM –, o baixista Patrice Moret (membro dos grupos de Vallon) e o baterista Lionel Friedli. Masson compôs todas as nove faixas, mas torna-se óbvio desde a primeira faixa que ele não quer chamar atenção para si mesmo como solista. Seu mote é a interação com o grupo. As estrondosas notas baixas do piano, os címbalos sussurrantes e a linha de baixo contrapontística oferecem um exercício modal tipicamente oriental e um fluxo rítmico misterioso. A música de Masson é conscientemente lenta em seu desenvolvimento. Não há vôos desnecessários. É focada e democrática. Revela seus segredos lentamente, mas oferece ao ouvinte uma experiência fascinante de descobri-los e absorvê-los.

Nicolas Masson, Colin Vallon, Patrice Moret, Lionel Friedli: Travelers

1 Gagarine 3:06
2 Fuchsia 7:04
3 Almost Forty 7:27
4 The Deep 4:07
5 Travelers 3:43
6 Philae 7:20
7 Wood 5:31
8 Blurred 4:59
9 Jura 6:58

Tenor Saxophone, Soprano Saxophone, Clarinet – Nicolas Masson
Piano – Colin Vallon
Double Bass – Patrice Moret
Drums – Lionel Friedli

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Nicolas Masson
Nicolas Masson

PQP

.: interlúdio :. Chet Baker: As Times Goes By, 1986

.: interlúdio :. Chet Baker: As Times Goes By, 1986

23kt6wjDizia o saudoso Paulo Francis: “Chet Baker é um escroto, como todo drogado, mas o que importa? Basta ouvi-lo no trompete ou com uma voz curiosamente andrógina e perco a consciência de mim mesmo, como em grande música. Ouço Chet Baker horas. O prazer é puramente sensorial, apesar de o jazz cool ter estruturação fincada em música maior, mas que importa? Chet tem a mesma qualidade de Ella, Sarah ou Billie, rara entre brancos.” Alguns artistas nos capturam, mesmo quando não se é músico. Na verdade, aqueles que conheci que mais amavam música sequer eram músicos, mas doces melômanos, eruditos inatos. Não entrarei aqui no que Francis poderia tomar por ‘grande música’ ou ‘música maior’, para mim toda música é erudita, desde quando tem um Know-how necessário à sua manifestação. Mas Francis era um espírito de porco e este é o único espírito no qual acredito; prestada esta homenagem, sigamos em frente.

2u46mphAssim como certos artistas, certos filmes também nos capturam. Alguns capturam gerações inteiras, a exemplo do septuagenário Casablanca, de Michael Curtiz. O que faria Casablanca (1942) ser o sucesso imorredouro que é? Um filme rodado em meio a muitos outros, numa época na qual as películas eram produzidas às pencas, os atores saltando de um set de filmagem para outro, tropeçando em camelos, gladiadores, damas fatais, detetives sombrios, profetas barbudos, apaches e cowboys… Talvez um roteiro dinâmico, caleidoscópico em aparições de personagens variadíssimos: nazistas, um barman alemão antinazista; um garçom russo; policiais franceses corruptos e colaboracionistas; espiões, ladrões, refugiados, jogadores, músicos que tocam Perfídia (vale conferir) e La Marseillaise – numa das maiores cenas da história do cinema. O que nos fascina tanto em Casablanca e nos faz querer estar ali? Num bar em uma cidadela do Marrocos enquanto o mundo lá fora explode em guerra. No bar do adorável cafajeste Rick (Bogart), confessadamente ‘drunk’. Capaz das melhores e inesperadas ações, mas também capaz de eliminar sem hesitação qualquer antagonista. Num dos melhores momentos do filme Rick salva um casal de fugitivos, autorizando em pessoa uma trapaça na roleta, frustrando assim os planos de sedução do comissário francês colaboracionista para com a bela refugiada e atraindo contra si o desafeto do mesmo. No final, eliminando sem pestanejar o oficial nazista (Conrad Veidt em seu último papel) que impediria a fuga da sua amada Ilsa Lund Laszlo (Ingrid Bergman) com seu marido herói da resistência. Nem é preciso falar de Sam (Dooley Wilson), o formidável pianista, intérprete da celebérrima canção que intitula o presente disco e que é o coração do filme.

b4w9qqConta-se que ninguém previa o sucesso do filme, ao que parece nem os roteiristas Julius Epstein, Phillip G. Epstein e Howard Koch parecem ter vaticinado tal sucesso quando se basearam na peça jamais encenada Everybody Comes to Rick’s (Todo mundo vem ao Café de Rick), de Murray Burnett e Joan Allison. Não conheço a peça, não saberia dizer se as irresistíveis citações do filme seriam virtude dos dramaturgos ou dos roteiristas. Já citei em uma postagem anterior um grande momento, quando Rick rememora seus dias de amor com Ilsa na Paris recém ocupada pelos nazis: “Eu me lembro de todos os detalhes. Os alemães vestiam cinza e você azul”. E na célebre despedida ao final da película: “Nós sempre teremos Paris”. Outro momento ótimo, quando Rick se vê inquirido por uma antiga amante que o persegue. Quando ela lhe indaga onde estava na noite anterior ele se queixa da memória, e respondendo ao que fará à noite: “não costumo fazer planos com tanta antecedência”.

2128kkiPessoalmente falando, o que mais aprecio em Casablanca é a participação do grande ator Peter Lorre como Mister Ugarte. A fugaz aparição de Lorre em Casablanca rouba a cena. O personagem Mr. Ugarte é o pivô de todo o filme, quando confia a Rick os vistos que libertariam Mr. Laszlo (herói da resistência) e sua consorte – razão de todo o drama e manguaça de Rick, que se pergunta por quê, em meio a milhares de bares sobre a terra, ela teria de entrar precisamente no seu. Além disso, a atuação de Lorre cativa pela sua aparente covardia, mas ele acabara de eliminar alguns nazista e roubar-lhes as passagens. É portanto um herói e ao longo de todo o filme, eu, pelo menos, sinto a falta do personagem. É famosa a fala na qual ele indaga a Rick se o despreza e o mesmo responde que o desprezaria se ao menos pensasse nele. Soberbo.

Enfim, sobre o presente disco, é mais uma joia de Baker, que interpreta As Times Goes By com a sua amiúde irresistível verve, nos levando por deliciosos abismos de melancólica beleza. Para os que ainda não conhecem Baker ou Casablanca, acredito que “este é o começo de uma bela amizade”.

Chet Baker: As Times Goes By, 1986

  1. You And The Night And The Music
  2. As Times Goes By
  3. My Melancholy Baby
  4. I Am A Fool To Want You
  5. When She Smiles
  6. Sea Breeze
  7. You Have Been Here All Along
  8. Angel Eyes
  9. You’d Be So Nice To Come Home To
  10. ‘Round Midnight

Chet Baker – Trumpet, Vocals.
Harold Danko – Piano
John Burr – Bass
Ben Riley – Drums

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Chet Baker, As Times Goes By.
Chet Baker, As Times Goes By.

Wellbach

.: interlúdio :. Omar Sosa, Seckou Keita: Transparent Water

.: interlúdio :. Omar Sosa, Seckou Keita: Transparent Water

Omar-Sosa-Seckou-Keita-Transparent-WaterÁlbum agradável e eufônico, com uma interessante mistura de instrumentos e estilos musicais. Algumas das faixas são bastante fracas, no entanto. A sutil e fascinante combinação de piano e kora, que eu nunca tinha ouvido antes, funciona bem e também é ótimo ouvir o koto, um dos meus instrumentos favoritos. Funcionará bem como música de fundo ou para as noites calmas e relaxantes em casa.

Bem, Transparent Water é a nova colaboração de estúdio entre o guitarrista e pianista Omar Sosa, sete vezes indicado ao Grammy, e o cantor senegalês e mestre de kora Seckou Keita, que reside em Londres. A ideia do projeto surgiu de um improviso casual da dupla em 2012 com o baterista Marque Gilmore no CLF Art Café em Londres. Motivado pela boa experiência, Omar convidou Seckou. Esta gravação foi lançada em fevereiro deste ano, mas é de 2013.

Omar Sosa, Seckou Keita: Transparent Water

1 Dary 5:09
2 In The Forest 5:14
3 Black Dream 5:24
4 Mining-Nah 4:11
5 Tama-Tama 4:55
6 Another Prayer 5:13
7 Fatiliku 5:38
8 Oni Yalorde 3:53
9 Peace Keeping 4:48
10 Moro Yeye 4:36
11 Recaredo 1993 4:19
12 Zululand 3:01
13 Thiossane 4:09

Musicians:
Omar Sosa – piano, keyboards, electronics, marimba, vocals
Seckou Keita – kora, djembe, talking drum, sabar, vocals
Gustavo Ovalles – bata drums, culo’e puya, clave, maracas, guataca, calabaza
Mieko Miyazaki – koto
Wu Tong – sheng, bawu
Mosin Khan Kawa – nagadi
E’Joung-Ju – geomungo
Dominique Huchet – bird EFX

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A dupla.
A dupla.

PQP