Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 3, Eroica / Sinfonia Nº 8 (Fricsay)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 3, Eroica / Sinfonia Nº 8 (Fricsay)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um portento. Uma coisa de louco estas gravações de Fricsay (1914-1963) com a Filarmônica de Berlim. Se não estou errado é uma gravação de 1958. Aqui não estamos falando de curiosidades, mas de uma orquestra fenomenal regida pelo maior dos regentes, ou quase isso. Esta Sinfonia contém a dedicatória rasgada mais célebre de todos os tempos: a que Beethoven dedicou a Napoleão, pensando-o um libertador, rasgando-a — ou melhor, apagando-a no papel COM UMA FACA — quando percebeu a que sonhos de grandeza vinha o pigmeu corso. É impossível ouvi-la sem a paixão da dedicatória, antes e depois. A Marcha Fúnebre… Quem quer viver na “Marcia Funebre” todas as dores da perda, só há a gravação de Ferenc Fricsay. E aqui está ela. Não há melhor gravação da Eroica. E nem vou falar da Oitava.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 3, Eroica / Sinfonia Nº 8 (Fricsay)

Sinfonia Nº 3, Op 55
1) Allegro con brio
2) Marcia funebre. Adagio assai
3) Scherzo. Allegro vivace
4) Finale. Allegro molto

Sinfonia Nº 8, Op. 93
5) Allegro vivace e con brio
6) Allegretto scherzando
7) Tempo di Minuetto
8) Allegro vivace

Berliner Philharmoniker
Ferenc Fricsay

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Nossa, quanta delicadeza ao apagar...
Nossa, quanta delicadeza ao apagar…

PQP

Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Este é um daqueles discos da MoviePlay que são bastante bons. Ele não chega a ser um monumento, mas grudei nele. O repertório é excelente. Os quartetos são lindos, assim como o trio de Schumann. Em 1785, Mozart recebeu uma encomenda para três quartetos do editor Franz Anton Hoffmeister. Hoff achou que este quarteto, o K. 478, era muito difícil e que o público não o compraria, então ele liberou Mozart da obrigação de completar o conjunto. Nove meses depois, Mozart compôs um segundo quarteto para piano, o K. 493. O medo de Hoffmeister de que a obra fosse muito difícil para amadores foi confirmado por um artigo no Journal des Luxus und der Moden publicado em Weimar em junho de 1788. O artigo elogiou muito Mozart e sua obra, mas expressou consternação com as tentativas de amadores de executá-la. O Op. 16 de Beethoven parece ser um Quinteto. Então talvez a MoviePlay esteja louca, pra variar. Os dois primeiros trios para piano de Schumann foram escritos em sucessão próxima, apesar do grande intervalo entre os números de opus de suas obras. O segundo trio para piano, Op. 80, é mais efervescente e alegre do que o primeiro trio – o próprio compositor disse que ele causa uma “impressão mais amigável e imediata” do que seu antecessor. Excelente CD.

Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Piano Quartet In G-Minor KV 478 – Wolfgang Amadeus Mozart
1 Allegro 10:31
2 Andante 7:10
3 Rondo: Allegro 7:08

Piano Quartet In E Flat Major Op. 16 – Ludwig van Beethoven
4 Grave: Allegro ma non troppo 9:50
5 Andante cantabile 5:58
6 Rondo: Allegro ma non troppo 5:37

Piano Trio In F Major Op. 80 – Robert Schumann
7 Sehr lebhaft 8:26
8 Mit innigem Andanten 8:31
9 In mässiger Bewegung 4:37
10 Nicht zu rasch 5:36

Bamberger Klavierquartett & Trio
Bamberg Piano Quartet & Trio

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Bob Schu em momento de mau humor.

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia No. 3, Op. 55, Eroica / Sinfonia No. 5, Op. 67 / Sinfonia No. 7, Op. 92 (Solti, Wiener Ph)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia No. 3, Op. 55, Eroica / Sinfonia No. 5, Op. 67 / Sinfonia No. 7, Op. 92 (Solti, Wiener Ph)

Excelente gravação. Velhinha mas boa. Das nove sinfonias compostas por Beethoven, seis estão na lista das minhas peças favoritas. São elas a 1, 3, 5, 6, 7 e 9. Entre estas seis, fazendo um refinamento, posso afirmar que as de número 3, 6, 9 são insuperáveis. Elas marcaram a minha existência em um dado momento. Talvez os acontecimentos singulares com as quais elas me marcaram, justifiquem a minha predileção. Neste CD fabuloso que ora posto sob a condução de Solti, encontramos três das seis sinfonias supra mencionadas – as de número 3, 5 e 7. É uma gravação primorosa como as peças de Beethoven merecem. Antes de postar, ouvir duas vezes. É música pura, plena, absoluta. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 3, Op. 55, Eroica / Sinfonia No. 5, Op. 67 / Sinfonia No. 7, Op. 92 (Solti, Wiener Ph)

Disco 1

Sinfonia No. 3 in E-flat major, op. 55 – “Eroica”
01. 1. Allegro Con Brio
02. 2. Marcia Funebre – Adagio
03. 3. Scherzo – Allegro Vivace
04. 4. Finale_ Allegro Molto

Disco 2

Sinfonia No. 5 in C minor, op. 67
01. 1. Allegro Con Brio
02. 2. Andante Con Moto
03. 3. Scherzo – Allegro
04. 4. Allegro

Sinfonia No. 7 in A major, op. 92
05. 1. Adagio Molto, Allegro Con Brio
06. 2. Allegretto
07. 3. Scherzo
08. 4. Allegro Molto

Wiener Philharmoniker
Georg Solti, regente

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Sei pouco da vida pessoal de Solti, mas sempre me pareceu um cara legal, além de um extraordinário regente e discípulo de Bartók

Carlinus

Beethoven 1802: Variações op. 34 e 35, Sonata “Tempestade”, Bagatelas op. 33 (J. Vitaud, piano)

Um belo disco de obras da fase intermediária de Beethoven, quanto ele tinha trinta e poucos anos. Jonas Vitaud não é exatamente um fenômeno midiático: calvo desde jovem, faz mais o perfil sério e intelectualizado, a exemplo de pianistas das antigas como Alfred Brendel, Paul Badura-Skoda e Arnaldo Estrella. Sendo assim, e vivendo em nossos tempos, é claro que Vitaud se interessou pelos instrumentos da época de Beethoven e pelas práticas informadas, mesmo tocando em um piano de fabricação bem mais recente. Isso se nota na sua sonoridade, nos fortes e pianos com certa suavidade em ambos os extremos, nas ligações entre notas, no uso do pedal, etc.

No texto do livreto, escrito por Vitaud, ao invés de falar sobre aspectos técnicos do piano de Beethoven, ele explica sua escolha de obras para o álbum, todas de 1802, anos em que sua audição ia piorando e ele ia alternando entre períodos de pessimismo e de esperança, com esta última sendo uma marca distintiva de suas obras entre as de todos os outros compositores. Escreve Vitaud, em tradução minha com certos cortes:

Ano de 1802. Beethoven, que havia se mudado de Bonn para Viena dez anos antes, vive uma crise pessoal sem precedentes. Desde 1796, sua audição começava a declinar. Ele tenta vários remédios, vai a muitos médicos. No meio de 1801, ele se apoxima do professor Johann Schmidt, que aconselha ao compositor, para melhorar sua audição e acalmar seus nervos, um período na pequena vila de Heiligenstadt, longe da agitação vienense. Beethoven permanecerá ali de abril a outubro de 1802, período de “férias” extremamente longo para os seus padrões. Após esses seis meses, sem constatar qualquer melhora, ele perde a esperança da cura.

É então que ele escreve, em outubro de 1802, um forte testemunho a ser lido após sua morte, o famoso “testament de Heiligenstadt”, dirigido aos seus irmãos e também a toda a humanidade, no qual ele fala se seu sofrimento com a progressão da surdez e a vontade de suicídio.

Pianoforte de Conrad Graf,1822, que pertenceu a Beethoven. Aqui, Vitaud usa um Steinway moderno

A sonata opus 31 n° 2, de apelido Tempestade, é a única que reflete realmente a angústia, a desorientação moral e o desespero de Beethoven naquele período. Iniciada em 1801, esta obra leva ao extremo as noções de contraste, de imprevisibilidade, de conflito. No 1º movimento, todos os parâmetros fornecem o máximo de contrastes: sonoridades, dinâmicas, articulações, andamentos. Entre o primeiro e o último movimento, nos quais a tensão parece atingir níveis insuportáveis, Beethoven coloca um movimento lento, contemplativo e profundo, fazendo renascer a esperança.

Beethoven se consola na natureza, é ela que lhe dá a força para resistir. “Como estou feliz de poder passear nos bosques, florestas, entre as árvores, ervas e rochedos; ninguém conseguiria amar os campos mais do que eu”, escreve ele a uma amiga. Os dois conjuntos de variações opus 34 e opus 35, compostos no seu período em Heiligenstadt, fazem parte das suas obras marcadas por lirismo sereno e paz interior.

Essa esperança como princípio está no cerne da obra de Beethoven, exprime a sua crença em uma transformação da humanidade, sua capacidade de ir além do horizonte imediato para falar às gerações futuras. Em nosso período de crise cultural e sanitárias [2021], quando o Outro é muitas vezes visto como uma ameaça, um potencial contaminador, a música de Beethoven pode nos oferecer o sentimento de ligação entre humanos sem distinção. Essa música nos ajuda a resistir. (Jonas Vitaud, 2021)

BEETHOVEN 1802:
01. Variações “Eroica” en mi bemol maior opus 35
02-08. Bagatelles opus 33
09-11. Sonata “Tempestade” em ré menor opus 31 n°2
12. Variações em fá maior opus 34

Jonas Vitaud, piano
Gravado em: ’Abbaye-école de Sorèze (France), agosto-setembro de 2020

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“Como em Goethe, a esperança tem em Beethoven um papel decisivo como categoria mística secularizada. … A imagem da esperança sem a mentira da religião.” (T.W. Adorno, in: Beethoven – Philosophie de la musique)

Pleyel

Beethoven (1770 – 1827): Sonata para Piano No. 29 “Hammerklavier” – An die ferne Geliebte – Nobuyuki Tsujii (piano) ֎

Beethoven (1770 – 1827): Sonata para Piano No. 29 “Hammerklavier” – An die ferne Geliebte –  Nobuyuki Tsujii (piano) ֎

Touching the sound

O segundo B no panteão pqpbachiano…

Este é o disco de estreia do artista para o selo amarelo e traz um repertório impactante – a Hammerklavier – acompanhada do ciclo de canções An die ferne Geliebte, transcrito para piano. Beethoven e o selo amarelo vão de mãos dadas, mas o pianista chama a atenção, mesmo não sendo mais uma surpresa, pois que o sorridente rapaz da foto da capa já está no circuito musical há um bom tempo.

Nobuyuki Tsujii, Nobu, como é chamado, nasceu cego e foi encontrado pela música bem cedo. Seu feito mais notável foi ter arrebatado o Concurso Van Cliburn em 2009, assim como os corações da audiência e dos jurados, como foi o caso de Menahen Pressler.

Há grandes músicos que nasceram cegos o que ficaram cegos ao longo da vida, mas quando pensamos no dia-a-dia deles não deixamos de nos perguntar como conseguem suplantar tal obstáculo. Cada caso tem suas próprias peculiaridades e a mente humana pode ter muitos outros caminhos além dos habituais para chegar onde realmente quer.

No caso de Nobu, ele aprendia as partituras das músicas escritas em Braile, mas era um processo lento. Seu professor passou a gravar em tape cada parte da música – mão esquerda, mão direita – num processo bem técnico. Isso encurtou o tempo para que ele ‘aprendesse’ a música que passava a interpretar, com seus dons e sua própria sensibilidade.

Para o caso de música com orquestra, ele explica de maneira natural, que se deixa levar pela atmosfera que o cerca e que até os sons da respiração do maestro lhe serve de guia.

Se você tiver tempo e interesse, há muita informação sobre Nobuyuki na internet, mas o documentário ‘Touching the Sound’, da PBS, é particularmente revelador. [aqui]

Eu confesso não ter grande afinidade com a música de Franz Liszt, mas alguém que tem amor pelas canções (Lieder) assim como é o meu caso, merece grande consideração. Essa transcrição do ciclo de canções do grande Ludovico, na interpretação do Nobuyuki ficou supimpa. E a Hammerklavier está ótima. O grande movimento lento não está tão lento assim como em certas famosas interpretações, mas tem a concentração e o afeto que a coloca lá bem no alto.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

An die ferne Geliebte, Op. 98
Arr. Liszt for Solo Piano as S. 469
  1. Auf dem Hügel sitz ich, spähend (2:27)
  2. Wo die Berge so blau (1:58)
  3. Leichte Segler in den Höhen (1:38)
  4. Diese Wolken in den Höhen (1:04)
  5. Es kehret der Maien, es blühet die Au (2:20)
  6. Nimm sie hin denn, diese Lieder (4:10)
Piano Sonata No. 29 in B-Flat Major, Op. 106 “Hammerklavier”
  1. Allegro (11:33)
  2. Scherzo. Assai vivace – Presto (2:45)
  3. Adagio sostenuto, appassionato e con molto sentimento (17:34)
  4. Largo – Allegro – Allegro risoluto (11:46)

Nobuyuki Tsujii, piano

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MP3 | 320 KBPS | 132 MB

Nobuyuki, que decora cada partitura por conta de sua cegueira, comentou sobre a natureza assustadora do Hammerklavier: “É um trabalho tão longo que é muito difícil manter a concentração. Passei muito tempo me preparando para a gravação… tornando a música minha. … Quanto mais você toca, mais profundamente você a sente. Há aspectos da experiência de Beethoven que se sobrepõem à minha — ele perdeu a audição, mas ainda assim escreveu peças maravilhosas e muito difíceis como esta sonata. Então trabalhei nela com grande respeito.”

Tsujii é reverenciado tanto pela pureza e beleza de suas notas quanto por sua excelente técnica de execução, mas em vez de permitir que sua própria personalidade musical domine, ele busca fielmente expressar as profundezas e complexidades atraentes de qualquer obra-prima que esteja tocando. Mais do que tudo, ele encontra alegria em compartilhar a música com seu público, e isso realmente transparece em suas performances. Essa franqueza o torna tão amado por públicos de todas as nações. “Eu amava me apresentar para as pessoas quando era muito jovem, e essa paixão nunca vacilou. Sempre que toco, tento o meu melhor para ser um com o público.”

Aproveite!

René Denon

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Piano Sonatas – CDs, 6, 7 e 8 de 8 (Ronald Brautigam)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Piano Sonatas – CDs, 6, 7 e 8 de 8 (Ronald Brautigam)

Muito bem, depois de um pequeno período de férias, no qual deixei o PQPBach matar saudades dos senhores, e vice-versa, estou trazendo os três últimos cds desta ótima coleção das sonatas para piano de Beethoven. E aqui só tem petardo, começando com a “Waldstein”, passando pela “Appassionata”, e “Hammerklavier”, entre outras obras primas do repertório. São obras consolidadas, definitivas. Não precisam de apresentação, verdadeiros tour-de-force para os intérpretes. E Brautigam é um senhor pianista,com certeza um dos grandes nomes do instrumento neste novo século, e todas suas recentes gravações são de primeira linha, sem dúvidas.

Pois bem, então concluo mais uma integral. Espero que tenham gostado e vamos em frente porque atrás vem gente e quem fica parado é poste.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Piano Sonatas – CDs, 6, 7 e 8 de 8 (Ronald Brautigam)

CD 6

01 – Sonate Nr.21 C-Dur ‘Waldstein,’ Op.53 – Allegro Con Brio
02 – Sonate Nr.21 C-Dur ‘Waldstein,’ Op.53 – Adagio Molto — Attacca Subito Il Rondo
03 – Sonate Nr.21 C-Dur ‘Waldstein,’ Op.53 – Allegretto Moderato – Prestissimo

04 – Sonate Nr.22 F-Dur, Op.54 – In Tempo D’un Menuetto
05 – Sonate Nr.22 F-Dur, Op.54 – Allegretto — Più Allegro

06 – Sonate Nr.23 F-Moll ‘Appassionata’, Op.57 – Allegro Assai
07 – Sonate Nr.23 F-Moll ‘Appassionata’, Op.57 – Andante Con Moto – Attacca l’Allegro
08 – Sonate Nr.23 F-Moll ‘Appassionata’, Op.57 – Allegro Ma Non Troppo – Presto

09 – Sonate Nr.24 F#-Dur, Op.78 – Adagio Cantabile – Allegro Ma Non Troppo
10 – Sonate Nr.24 F#-Dur, Op.78 – Allegro Vivace

11 – Sonate Nr.25 G-Dur, Op.79 – Presto Alla Tedesca
12 – Sonate Nr.25 G-Dur, Op.79 – Andante
13 – Sonate Nr.25 G-Dur, Op.79 – Vivace

CD 7

01 – Sonata No.26 in E flat major, Op. 81a ‘Das Lebewohl’ – Das Lebewohl
02 – Sonata No.26 in E flat major, Op. 81a ‘Das Lebewohl’ – Abwesenheit
03 – Sonata No.26 in E flat major, Op. 81a ‘Das Lebewohl’ – Das Wiedersehen

04 – Sonata No.27 in E minor Op. 90 – Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung
05 – Sonata No.27 in E minor Op. 90 – Nicht zu geschwind  und sehr singbahr vorgetragen

06 – Sonata No.29 in B flat major Op. 106 ‘Hammerklavier’ – Allegro
07 – Sonata No.29 in B flat major Op. 106 ‘Hammerklavier’ – Scherzo. Assai vivace
08 – Sonata No.29 in B flat major Op. 106 ‘Hammerklavier’ – Adagio sostenuto (Appassionato e con molto sentimento)
09 – Sonata No.29 in B flat major Op. 106 ‘Hammerklavier’ – Largo – Allegro risoluto – Fuga a tre voci, con alcune licenze

CD 8

01 – Sonata No.28 in A major, Op. 101- Etwas lebhaft
02 – Sonata No.28 in A major, Op. 101- Lebhaft. Marschmassig
03 – Sonata No.28 in A major, Op. 101- Langsam und sehnsuchtsvoll
04 – Sonata No.28 in A major, Op. 101- Geschwinde

05 – Sonata No.30 in E major, Op. 109 – Vivace
06 – Sonata No.30 in E major, Op. 109 – Prestissimo
07 – Sonata No.30 in E major, Op. 109 – Gesangvoll

08 – Sonata No.31 in A flat major, Op. 110 – Moderato cantabile
09 – Sonata No.31 in A flat major, Op. 110 – Allegro molto
10 – Sonata No.31 in A flat major, Op. 110 – Adagio ma non troppo – Fuga

11 – Sonata No.32 in c minor, Op. 111 – Maestoso
12 – Sonata No.32 in c minor, Op. 111 – Arietta

Ronald Brautigam – Piano

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FDP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Violin Concerto, Op. 61 (Perlman / Giulini, Jansen / Järvi)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Violin Concerto, Op. 61 (Perlman / Giulini, Jansen / Järvi)

Eis uma falha do blog que nunca deverá ser perdoada. Um leitor alertou que não encontrou nenhuma gravação do Concerto para Violino de Beethoven, o famoso op. 61. Em minha cabeça, eu tinha certeza de que havia postado alguma versão, ainda no início do blog, mas para minha surpresa, nem com Heifetz, nem com o Stern, nem com o Oistrakh, enfim,nenhuma. Nem da parte de meus colegas, talvez Clara Schumann tenha postado alguma versão, mas não lembro, e quando ela se retirou do blog, apagou todas as suas postagens.

Para compensar esta tremenda falha, estarei nos próximos dias estarei postando as minhas versões favoritas, desde as mais antigas, até as mais atuais.

Para começar, trago duas versões. Uma é a recentemente lançada pela Janine Jansen, uma jovem holandesa, que já nos deixou embevecidos com sua beleza graças a uma postagem do mano PQP, em sua redenção à obra de Tchaikovsky.

A outra gravação que trago aqui agora é a celebrada versão de Itzhak Perlmann com o Giulini, creio que gravada em 1980.

Não quero fazer comparações, apenas demonstrar de que forma esta obra vem sendo interpretada no correr dos anos. Não posso comparar gigantes em seu apogeu, como Oistrakh ou Heifetz com a própria Jansen, ou Hahn, jovens que tem uma vida inteira pela frente.

PQP se mete na história: vitória de Janine. 

Enfim, vamos ao que interessa:

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Violino, Op. 61 (Perlman / Giulini)

1 Allegro ma non troppo
2 Larghetto
3 Rondo – Allegro

Itzhak Perlman – Violin
Philharmonia Orchestra
Carlo Maria Giulini

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Violino, Op. 61 / Benjamin Britten (1913-1976): Concerto para Violino, Op. 15 (Jansen / Järvi)

Violin Concerto In D Major, Op. 61 • Ré Majeur • D-Dur
1 I Allegro Ma Non Troppo 22:56
2 II Larghetto — 8:20
3 III Rondo: Allegro 9:25
Cadenza [Cadenzas] – Fritz Kreisler
Composed By – Ludwig van Beethoven
Violin – Janine Jansen
Orchestra – Die Deutsche Kammerphilharmonie Bremen*
Conductor – Paavo Järvi

E um brinde espetacular! Amo este Concerto de Britten!

Violin Concerto, Op. 15
4 I Moderato Con Moto 9:31
5 II Vivace — Cadenza — 8:35
6 III Passacaglia: Andante Lento 14:29
Composed By – Benjamin Britten
Violin – Janine Jansen
Orchestra – London Symphony Orchestra*
Conductor – Paavo Järvi

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No âmbito das fotos, preferimos Jansen a Perlman
No âmbito das fotos, preferimos Jansen a Perlman

FDP Bach

Beethoven (1770 – 1827): Sinfonia No. 3 em mi bemol maior, Op. 55 – Eroica – Ensemble 28 & Daniel Grossmann ֎

Beethoven (1770 – 1827): Sinfonia No. 3 em mi bemol maior, Op. 55 – Eroica – Ensemble 28 & Daniel Grossmann ֎

BTHVN

Sinfonia Eroica

Ensemble 28

Daniel Grossmann

Domingo fui visitar meu velho tio Antoine Denon, em sua enorme casa, aquela que lembra a mansão da Família Addams. Depois de colocarmos o papo em dia, regado naturalmente a chá mate e biscoitinhos, tio Antoine escorregou em sua poltrona preferida, deixou cair uma de suas pantufas e mergulhou no seu natural estado letárgico. Eu aproveitei a deixa e me esgueirei escada acima até seu ‘laboratório’, que meu tio sempre foi dado a inventos amalucados. Encontrei assim sua empoeirada máquina do tempo, da qual ele sempre se vangloriava, de frente para a estante com seus livros de física, sobre buracos negros e teoria quântica. É claro que não acreditava muito nisso tudo, pois que eu desconfiei da facilidade de chegar ao Lab, a porta ficara entreaberta e meu tio é conhecido por adorar uma traquinagem. De qualquer forma, resolvi viajar na brincadeira e acertei os ponteiros da máquina para que me levasse para o Palácio Lobkowitz, casa do Príncipe Lobkowitz em Viena, nas primeiras horas do dia 9 do lindo mês de maio de 1804. Pois levei um susto quando a máquina se pôs a trepidar e lentamente começar a girar… Ainda bem que que estava com meus fones de ouvido e acionei meu Suíço Celular, que toca os arquivos de música com os quais estou lidando.

Foto do Palácio em Viena

Não é que estava na vez do arquivo desta postagem – uma recriação da primeira audição (com ensaios e tudo) da Sinfonia Eroica, composta pelo tal Ludovico, amigão do Príncipe, que para a ocasião desembolsou o pagamento de uns 22 músicos, incluindo uma terceira trompa, pedido especial do compositor para sua nova sinfonia. Podemos dizer que essa gravação, feita em 2003, buscava levar o nível de compromisso com os ideais de HIP ao seu mais alto nível – instrumentos de época, tamanho da orquestra original, no local exato. Por isso a minha viagem no tempo.

Essa é uma gravação no mínimo desafiadora, com tempos rápidos, que nos dá um sensação de impetuosidade, de novidade, como deve ter sido realmente o que a obra causou naquele dia.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sinfonia No. 3 em mi bemol maior, Op. 55 – Eroica
  1. Allegro con brio
  2. Marcia funebre Adagio assai
  3. Scherzo Allegro vivace
  4. Finale Allegro molto

Ensemble 28

Daniel Grossmann

Gravado em 2003 no Palácio Lobkowitz, Viena

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MP3 | 320 KBPS | 106 MB

Daniel Grossmann olhando firme para os violinos da PQP Bach Orchestra

[…] Relying on the relatively new Barenreiter Edition, Ensemble28’s rendition is among the fastest I have heard. It is also a unique recording due to its sparse instrumentation; young German conductor Daniel Grossman does an admirable job emphasizing the textural richness of Beethoven’s score. I doubt I have heard a more exciting account of the opening first movement (Allegro con brio) that is as memorable from a period instrument perspective, and indeed, one that compares favorably to those from the likes of Harnoncourt, Abbado and Haitink, among others in recordings dating from the early 1990s. The same can be said for the following three: Marcia funebre: Adagio assai; Scherzo: Allegro vivace; and Finale: Allegro molto. Grossman’s riveting account merely emphasizes the truly revolutionary nature of Beethoven’s work […]

[…] Usando a relativamente nova edição Barenreiter, a versão do Ensemble28 está entre as mais rápidas que já ouvi. É também uma gravação única devido à sua instrumentação esparsa; o jovem maestro alemão Daniel Grossman faz um trabalho admirável ao enfatizar a riqueza da textura da partitura de Beethoven. Duvido ter ouvido uma interpretaçã mais emocionante do primeiro movimento (Allegro con brio) e que seja tão memorável do ponto de vista dos instrumentos de época e, de fato, que se compare favoravelmente com aqueles de nomes como Harnoncourt, Abbado e Haitink, entre outros. O mesmo pode ser dito dos três movimentos seguintes: Marcia funebre: Adagio assai; Scherzo: Allegro vivace; e Final: Allegro molto. A fascinante interpretação de Grossman apenas enfatiza a natureza verdadeiramente revolucionária da obra de Beethoven […] [crítica na Amazon]

Aproveite!

René Denon

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Missa Solemnis (Schermerhorn, Nashville Symphony Orchestra, Phillips, Redmon, Taylor, Baylon)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Missa Solemnis (Schermerhorn, Nashville Symphony Orchestra, Phillips, Redmon, Taylor, Baylon)

Há grandes admiradores desta Missa, mas não é uma obra que eu aprecie demais. Isto importa? Claro que não! Sempre li que as gravações da Missa Solemnis eram categorizadas sem meio termo. Há as ótimas e as outras — de alguma forma falhas. Agora, haveria talvez uma dúzia de ótimas. Fala-se que o campeão seria David Zinman e que esta versão de Kenneth Schermerhorn estaria também lá no topo, o que é sensacional. O que seria o “ótimo”? Ora, que seja uma gravação estimulante, inspiradora, abastecida com alto talento musical e precisão. As forças de Nashville estão à altura das temíveis demandas da obra e, para elas e Schermerhorn (discípulo de Bernstein e maestro da orquestra por 20 anos), a gravação poderia ser considerada uma conquista. Certamente, uma das características mais satisfatórias da performance se enquadra na escolha dos andamentos e dos fraseados. Ouvi verdadeiro virtuosismo nas passagens com ritmos intrincados, como a fuga “Et vitam venturi”, onde a composição de Beethoven dança com total audácia. Os solistas também estão à altura das gravações europeias mais estreladas. Recomendo.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Missa Solemnis (Schermerhorn, Nashville Symphony Orchestra, Phillips, Redmon, Taylor, Baylon)

1 Kyrie eleison 05:01
2 Gloria: Gloria in excelsis Deo 05:01
3 Gloria: Qui tollis peccata mundi 05:17
4 Gloria: Quoniam tu solus sanctus 06:37
5 Credo: Credo in unum Deum 04:18
6 Credo: Et incarnatus est 05:06
7 Credo: Et resurrexit tertia die 09:12
8 Sanctus 05:38
9 Sanctus: Benedictus 10:23
10 Agnus Dei 05:53
11 Agnus Dei: Dona nobis pacem 09:27

Bass-Baritone Vocals – Jay Baylon
Chorus – Nashville Symphony Chorus
Conductor – Kenneth Schermerhorn
Mezzo-soprano Vocals – Robynne Redmon
Orchestra – Nashville Symphony Orchestra
Soprano Vocals – Lori Phillips (2)
Tenor Vocals – James Taylor (5)
Violin – Mary Kathryn Van Osdale* (tracks: 9)

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PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano — Appassionata • Sturm • Les Adieux (Sylvia Čápová)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano — Appassionata • Sturm • Les Adieux (Sylvia Čápová)

Este é um disco que eu recolhi lá do fundo da minha coleção. Nem lembrava mais dele, mas, ao colocá-lo para rodar, revelou-se bom. A eslovaca Sylvia Čápová-Vizváry é muito competente e estas famosas Sonatas de Ludovico são indiscutíveis. Sylvia tem poesia, paixão, drama e bravura, tudo o que queremos nesse repertório. Aposto que vocês não sabem o que é uma Sonata. Na origem do termo, Sonata (do latim sonare) era a música feita para soar, ou seja, a música instrumental − em oposição à cantata, a música cantada. Sonata / Cantata, OK? Depois, tornou-se um tipo de composição musical para um único instrumento ou para pequeno conjunto. Normalmente, a sonata é dividida em três partes. No Barroco, as sonatas eram compostas principalmente para solistas acompanhados de baixo contínuo, que era o cravo com a mão esquerda, às vezes reforçada por uma viola da gamba. Agora, vocês bem o que é gamba?  Não é uma variedade de gambá. E não tem nada a ver com o gambito da rainha, acho. Pesquisem, eu não sei jogar xadrez.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano — Appassionata • Sturm • Les Adieux (Sylvia Čápová)

Sonate F-Moll Op. 57 “Appassionata” / In F-Minor Op. 57
1 Allegro Assai 10:17
2 Andante Con Moto 6:10
3 Allegro Ma Non Troppo 8:13

Sonate D-Moll Op. 31/ 2 “Der Sturm” / In D-Minor (Tempest)
4 Largo – Allegro 8:19
5 Adagio 6:11
6 Allegretto 6:04

Sonate Es-Dur Op. 81 A “Les Adieux” / in E Flat
7 Adagio 7:09
8 Andante Espressivo 3:49
9 Vivacissimamente 6:09

Piano – Sylvia Čápová

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PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas para Violino 1, 5, 6 e 10 – Antje Weithaas, Dénes Vájon

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas para Violino 1, 5, 6 e 10 – Antje Weithaas, Dénes Vájon

Já há algum tempo venho ensaiando a postagem dessa série, uma das melhores gravações que já ouvi dessas obras. Romântico inveterado que sempre fui, tenho a “Sonata Primavera” como a trilha sonora de minha juventude. Hoje, já adentrando na meia idade, a gravação da dupla Henryk Szeryng / Ingrid Haebler ainda soa nos meus ouvidos, trinta e poucos anos depois de ouvi-la pela primeira vez, e que me impactou profundamente, em uma fita cassete que arrebentou de tanto que ouvi. Lembro de ouvi-la no meu walkman caminhando pelas ruas de São Paulo, em finais de tarde tipicamente paulistanos, caóticos e barulhentos, ali no início dos anos 90. Beethoven já embalava meus sonhos e desejos.

Antje Weithaas nasceu em 1966, um ano mais nova que este que este que vos escreve, é uma das melhores violinistas da atualidade, muito discreta, e dedica boa parte de sua vida a dar aulas, porém, de vez em quando, entra na gravadora e sai com uma belíssima gravação. Já devo ter ouvido tudo o que ela gravou, e é difícil dizer que uma gravação é mais fraca que outra. Assim como sua integral dos Concertos de Max Bruch, seu Brahms também tem muita personalidade e se destaca como um dos melhores registros desse Concerto já realizados neste século.

Esta série das Sonatas de Beethoven tem três volumes, e Antje conta com a parceria do pianista Dénes Vájon. E vou trazê-los aos poucos, para serem melhor apreciados.

V0u começar pelo fim, esse é o terceiro volume, que não poderia começar melhor, pois abre com a maravilhosa Sonata Primavera, obra que sempre me emociona, mesmo depois de já ouvi-la dezenas, quiçá centenas de vezes. Weithaas opta por uma leitura mais conservadora e discreta, porém não deixa de nos emocionar com sua sensibilidade.

Longe de querer compará-la com gigantes do passado, como o próprio Szeryng, Antje Weithaas vem escrevendo seu nome com discrição no rol dos grandes solistas da atualidade. Vale a pena conhecê-la.

P.S. Após concluir o texto desta postagem, fui no site da violinista e me deparei com esta notícia:

Antje Weithaas na lista de melhores do German Record Critics’ Prize pela primeira vez: Beethoven Vol. 3 premiado como gravação de referência

Pela primeira vez, Antje Weithaas foi premiada com um lugar na lista dos melhores do Prêmio da Crítica Discográfica Alemã. O PdSK elogiou o Volume 3 da Gravação Completa de Beethoven de Antje Weithaas e Dénes Várjon como uma “gravação de referência que ninguém deve perder”.

Não preciso falar mais nada, né?

1 Violin Sonata No. 5 in F Major, Op. 24 _Spring_ – I. Allegro
2 Violin Sonata No. 5 in F Major, Op. 24 _Spring_ – II. Adagio molto espressivo
3 Violin Sonata No. 5 in F Major, Op. 24 _Spring_ – III. Scherzo. Allegro molto — Trio
4 Violin Sonata No. 5 in F Major, Op. 24 _Spring_ – IV. Rondo. Allegro ma non troppo
5 Violin Sonata No. 6 in A Major, Op. 30 No. 1 – I. Allegro
6 Violin Sonata No. 6 in A Major, Op. 30 No. 1 – II. Adagio molto espressivo
7 Violin Sonata No. 6 in A Major, Op. 30 No. 1 – III. Allegretto con variazioni
8 Violin Sonata No. 1 in D Major, Op. 12, No. 1 – I. Allegro con brio
9 Violin Sonata No. 1 in D Major, Op. 12, No. 1 – II. Tema con variazioni. Andante con moto
10 Violin Sonata No. 1 in D Major, Op. 12, No. 1 – III. Rondo. Allegro
11 Violin Sonata No. 10 in G Major, Op. 96 – I. Allegro moderato
12 Violin Sonata No. 10 in G Major, Op. 96 – II. Adagio espressivo
13 Violin Sonata No. 10 in G Major, Op. 96 – III. Scherzo. Allegro
14 Violin Sonata No. 10 in G Major, Op. 96 – IV. Poco Allegretto

Antje Weithaas – Violino
Dénes Vájon – Piano

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FDP

Chopin (1810 – 1849): Sonata para Piano No. 2 • Beethoven (1770 – 1827): Sonata para Piano No. 29 ‘Hammerklavier’ • Beatrice Rana (piano) ֍

Chopin (1810 – 1849): Sonata para Piano No. 2 • Beethoven (1770 – 1827): Sonata para Piano No. 29 ‘Hammerklavier’ • Beatrice Rana (piano) ֍

CHPN & BTHVN

Sonatas para Piano

Beatrice Rana

Beatrice Rana brilhou para o mundo da música ao ganhar o Concurso Musical Internacional de Montreal, em 2011, e novamente, ao ganhar a Medalha de Prata no 14º. Van Cliburn International Piano Competition, dois anos depois. O disco do Concurso de Montreal tem os Prelúdios de Chopin e uma sonata para piano de Scriabin. O disco do Concurso Van Cliburn tem os Estudos Sinfônicos de Schumann, Gaspard de la nuit, de Ravel e Out of Doors, de Bartók, apenas…

A jovem pianista já se apresentou aqui nos palcos do PQP Bach interpretando Bach, Chopin e Ravel, sempre com sucesso de crítica e público. Encorajado por esse retrospecto e verdadeiramente mesmerizado por esse novo disco, nada mais certo do que a trazer novamente para essas páginas.

Esse disco reúne pela primeira vez (talvez) duas sonatas para piano que são emblemáticas da obra de cada um dos compositores. Ela mesma explicou as razões dessas escolhas em uma entrevista para Jeremy Nicholas, que poderá ser lida na íntegra no livreto que acompanha os arquivos musicais da postagem. Aqui está um resumo.

Sobre a Hammerklavier, ela disse que teve tempo de estuda-la bastante durante a pandemia: Eu realmente encontrei uma conexão profunda com essa música, especialmente por causa da época em que aprendi a Sonata: o isolamento, estar trancada longe do resto do mundo. O terceiro movimento fala muito sobre solidão, sobre ir fundo em si mesmo, um espelho completo do que eu estava vivenciando. Ao mesmo tempo, o quarto movimento, com sua grande fuga, me mostrou que também havia uma chance de escapar dessa condição. É uma peça que afirma muito a vida, apesar do fato de que também refletia muito do que estava acontecendo em nosso mundo naquela época.

Sobre a Sonata de Chopin: Eu absolutamente adoro esse período intermediário de Chopin em particular, quando a Sonata foi escrita: uma época em que ele estava experimentando com som, harmonias e estrutura. Eu acho isso tão visionário. […] É muito mais aventureiro do que em suas composições finais, que são muito clássicas de certa forma. Então a Segunda Sonata, mesmo agora, é incrível. Quando você pensa no quarto movimento, é tão moderno, tão experimental. Sim, a Sonata de Beethoven é uma sonata muito humana, mas a Sonata de Chopin é humana de uma forma muito diferente. O trio no meio da marcha fúnebre [terceiro movimento] é meio que übermenschlich – como um filósofo pode descrever a superação de si mesmo de uma forma transcendental.

Sobre a reunião das duas peças em um só disco: Essas duas sonatas em si bemol transcendem a condição humana de maneiras muito diferentes — mas não totalmente diferentes, porque ambas têm muito a ver com o medo da morte, com o medo da solidão. Cada uma encontra uma solução de maneira diferente. Acho que isso tornou a junção dessas duas peças muito interessante. Mas também, embora esses compositores fossem próximos cronologicamente, eles parecem totalmente separados. E de certa forma, a Sonata de Chopin é muito Beethoveniana porque sua estrutura — a do primeiro movimento especialmente — é muito compacta. Há tanta linearidade na arquitetura. Ela está sempre avançando — não é um ciclo, é uma única história que se está contando. Tecnicamente, os dois compositores não têm muito em comum, mas ambos estão experimentando. Acho que quando você olha para os últimos movimentos das duas sonatas, ambos são experimentos — experimentos no mais alto nível e de maneiras completamente diferentes.

FRÉDÉRIC CHOPIN (1810–1849)

Piano Sonata No.2 in B flat minor Op.35 “Funeral March”
  1. Grave – Doppio movimento
  2. Scherzo
  3. Marche funèbre: Lento
  4. Finale: Presto

LUDWIG VAN BEETHOVEN 1770–1827

Piano Sonata No.29 in B flat Op.106 “Hammerklavier”
  1. Allegro
  2. Scherzo: Assai vivace
  3. Adagio sostenuto
  4. Introduzione: Largo – Allegro
  5. Fuga: Allegro risoluto

BEATRICE RANA piano

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MP3 | 320 KBPS | 173 MB

“Beatrice Rana possesses a old soul that belies under her twenty years, and more than a touch of genius.”    Gramophone

Aproveite!

René Denon

Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 7 / Brahms (1833-1897): Sinfonias 1, 3 & Abertura Trágica / Dvořák (1841-1904): Sinfonia Nº 8 (Wiener Philharmoniker – Herbert von Karajan) ֎

Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 7 / Brahms (1833-1897): Sinfonias 1, 3 & Abertura Trágica / Dvořák (1841-1904): Sinfonia Nº 8 (Wiener Philharmoniker – Herbert von Karajan) ֎

The Best of Jurassic World!

Beethoven #7

Brahms #1 & #3

Dvořák # 8

Wiener Philharmoniker

Herbert von Karajan

Houve um período no qual enormes maestrossáuros andavam pelos territórios musicais e regiam tudo à sua volta! Uma dessas típicas criaturas era Herr Karajan, que dominava as melhores orquestras, os melhores festivais e casas de ópera. Com a Berliner Philharmoniker ele gravava (over and over) seu vasto repertório sinfônico para o selo amarelo, iniciando tudo de novo a cada novo avanço tecnológico. Em geral, suas melhores contribuições ocorreram na década de 1960. A postagem de hoje, no entanto, explora outra parte de suas gravações, feitas com a Wiener Philharmoniker para a gravadora DECCA. O produtor aqui era John Culshaw, uma verdadeira lenda das gravações. O repertório aqui incluía óperas e música sinfônica, mas nada de ciclos completos.

Reuni para essa postagem quatro sinfonias:  Sétima de Beethoven, Primeira e Terceira de Brahms e Oitava de Dvořák. Uma festa para quem gosta dessas sinfonias interpretadas com grande orquestra.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sinfonia No. 7 em lá maior, Op. 92

  1. Poco sostenuto – Vivace
  2. Allegretto
  3. Presto – Assai meno presto
  4. Allegro con brio

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Abertura Trágica, Op. 81

  1. Allegro Non Troppo

Sinfonia No. 1 em dó minor, Op. 68

  1. Allegro
  2. Andante sostenuto
  3. Un poco allegretto e grazioso
  4. Allegro non troppo ma con brio

Sinfonia No. 3 em fá maior, Op. 90

  1. Allegro con brio
  2. Andante
  3. Poco allegretto
  4. Allegro

Antonin Dvořák (1841 – 1904)

Sinfonia No. 8 em sol maior, Op. 88

  1. Allegro con brio
  2. Adagio
  3. Allegretto grazioso
  4. Allegro ma non troppo

Wiener Philharmoniker

Herbert von Karajan

Gravações feitas na Sofiensaal, Viena

1959 (Beethoven 7 & Brahms 1); 1961 (outras)

Produção: John Culshaw

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MP3 | 320 KBPS | 378 MB

Maestrossáuro pronto para dar um bote…

Regendo a Filarmônica de Viena: Em Salzburgo, em 1934, von Karajan liderou a Filarmônica de Viena pela primeira vez e, de 1934 a 1941, foi contratado para conduzir concertos de ópera e orquestra sinfônica no Teatro Aachen.

Sobre a criatura: Como diretor e administrador, ele tolerava pouca interferência, mas como maestro, ele era camaleônico em sua abordagem às orquestras: um professor nato e um ensaiador habilidoso que, nas palavras de Walter Legge, “conhecia a psicologia de uma orquestra provavelmente melhor do que qualquer pessoa viva”.  Os críticos notaram isso pela primeira vez no Festival de Salzburgo de 1957 quando, após um cancelamento de Otto Klemperer, Karajan foi obrigado a reger a Filarmônica de Viena e sua própria Filarmônica de Berlim em noites sucessivas. Ambas as orquestras são carros dos melhores fabricantes, observou o Die Presse de Viena, e Karajan dirige ambos com igual habilidade. “No caso da Filarmônica de Viena, sua direção é calma e sem ostentação. Ele não pressiona a orquestra; ele sabe que ela prefere um ritmo fácil e uma maneira relaxada. Os berlinenses, por outro lado, tocam da ponta de seus assentos.” Dito isso, a Filarmônica de Viena também podia tocar da ponta de seus assentos, particularmente em grandes peças orquestrais, como mostram essas gravações.

Aproveite!

René Denon

Maestrossáuro, para colorir…

Dvořák: Sinfonia Nº 9, Novo Mundo / Beethoven: Grosse Fuge, Op. 133 (versão para orquestra) (Kubelik/ Bavarian Radio SO)

Dvořák: Sinfonia Nº 9, Novo Mundo / Beethoven: Grosse Fuge, Op. 133 (versão para orquestra) (Kubelik/ Bavarian Radio SO)

O nome de Rafael Kubelik é garantia de qualidade e durabilidade. Ele não deforma, não tem cheiro e não solta as tiras. E quando ele pega um boêmio a coisa se torna realmente linda. É uma gravação de referência para a Nona de Dvořák. A Nona Sinfonia foi escrita em 1892 no período em que o compositor estava nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo que estava encantado com o novo lugar sentia saudades de sua terra. Essa confusão pra lá de fingida aparece neste Op. 95 quando temas norte-americanos dialogam com eslavos e a obra ganha um tom trágico. A obra estreou em 1893 no Carnegie Hall de Nova York em comemoração ao aniversário da conquista do novo mundo, fato que deu nome à obra. Já a transcrição de quarteto de cordas para orquestra do Fugão de Beethoven é desnecessária. Ouça a versão original e estamos conversados.

Dvořák: Sinfonia Nº 9, Novo Mundo / Beethoven: Grosse Fuge, Op. 133 (versão para orquestra) (Kubelik/ Bavarian Radio SO)

Antonín Dvorák (1841-1904) –
Symphony No. 9 in E minor, op. 95 “From the New World”
01. Adagio – Allegro molto
02. Largo
03. Scherzo (Molto vivace)
04. Allegro con fuoco

Ludwig van Beethoven (1770-1827) –
Grande Fuga em Si maior, Op. 133
05. Grande Fuga em Si maior, Op. 133

Bavarian Radio Symphony Orchestra
Rafael Kubelik, regente

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Kubelik era um boêmio e não tinha o hábito de pentear-se pela manhã.

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Music for Wind Ensemble – The Albion Ensemble

Poderia classificar esse CD como curioso, mas a versatilidade dos músicos do Albion Essemble está acima dessa classificação tão simplista. É Beethoven, sim, não precisam ficar assustados, afinal, estamos acostumados a grandes conjuntos orquestrais interpretando a Abertura “Egmont” ou a “Sinfonia nº1”. Talvez os mais puristas fiquem de cabelo em pé, reclamem, esbravejem, mas veja bem, estas transcrições foram realizadas ainda em tempos de Beethoven vivo, ou seja, devem ter passado por sua aprovação. Parece que era moda e muito comum encontrar estas transcrições disponíveis ali no começo do século XIX. Uma curiosidade acerca destas transcrições, o texto foi retirado de outro CD do mesmo Albion Ensemble:

“É amplamente reconhecido que a maior parte do vasto corpo de trabalho do período clássico para pequena banda de sopro, ou ‘Harmonie’, foi planejada para ser usada como música de fundo – isto é, música para fazer serenata aos nobres e ricos ou para acompanhar as suas refeições (Tafelmusik). Embora em muitos casos a qualidade da música, seja ela original ou arranjada, é variável, existe também um belo repertório que merece a escuta mais atenta. Talvez o primeiro grande expoente da música Harmonie tenha sido Mozart, que soube imbuir toda a sua obra, independentemente da função a que se destinava, de uma profundidade faltando na produção de muitos de seus contemporâneos menores. É difícil imaginar a nobre Serenata em E bemol, K375, ou a grande e grave Serenata em dó menor, K388, sendo música destinada apenas a capturar um interesse passageiro do ouvinte. Assim também, nesta gravação, encontramos música Harmonie digna do primeiro plano.

A música Harmonie tornou-se um gênero particularmente na moda em Viena após o Imperador da dinastia, dos Habsburgos  José II, estabeleceu em sua corte um grupo que veio a ser conhecido como Kaiserlich Harmonia königlich. Este conjunto fundado em 1782 era um octeto composto por dois oboés de cada clarinetes, fagotes e trompas, diferindo de outras pequenas bandas de sopro, que eram empregadas em todo o mundo e na Europa a partir de meados do século, na medida em que os seus músicos não eram apenas criados uniformizados, mas também os principais músicos profissionais vienenses da época.”

As peças que o “Albion Ensemble” gravou nesse CD são bem conhecidas pelos fãs do compositor. Começando pela abertura “Egmont”, e terminando com a emblemática Sonata ‘Patetique’, escrita para piano, o que podemos ouvir aqui não são simplificações, ao contrário. Cada peça foi cuidadosamente transcrita, obedecendo o modelo original, claro que com as ressalvas e adaptações necessárias. Nas obras orquestrais obviamente sentimos falta da própria massas orquestral, e na Sonata Patética, principalmente em seus momentos mais intensos, sentimos falta da impulsividade percussiva do solista, não sei se me fiz entender.

Deixo ao crivo dos senhores o veredito desse CD. Gostei do que ouvi, antes de tudo, muito respeito a originalidade da empreitada, e claro, um profundo conhecimento da obra de Beethoven. É mais comum nos dias de hoje ouvirmos as sinfonias transcritas para piano, como a conhecida versão de Liszt, disponível aqui mesmo no PQPBach. Lembrei-me agora de um membro do blog que infelizmente aparece muito pouco por aqui, o Marcelo Stravinsky, que se declara um fã incondicional de versões alternativas, transcrições, etc. Esse com certeza é um CD que ele vai apreciar.

Para maiores informações, sugiro a leitura do livreto anexo ao arquivo compactado.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Music for Wind Ensemble – The Albion Ensemble

01 – Egmont, Op. 84_ Overture
02 – Symphony No. 1 in C Major, Op. 21_ I. Adagio molto – Allegro con brio
03 – Symphony No. 1 in C Major, Op. 21_ II. Andante cantabile con moto
04 – Symphony No. 1 in C Major, Op. 21_ III. Menuetto – Allegro molto e vivace
05 – Symphony No. 1 in C Major, Op. 21_ IV. Finale. Allegro molto vivave
06 – Fidelio, Op. 72_ Overture
07 – Fidelio, Op. 72, Act II_ March
08 – Piano Quintet in E-Flat Major, Op. 16_ II. Andante cantabile
09 – Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13, _Pathetique__ I. Grave – Allegro di molto e con brio
10 – Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13, _Pathetique__ II. Adagio cantabile
11 – Piano Sonata No. 8 in C Minor, Op. 13, _Pathetique__ III. Rondo. Allegro

THE ALBION ENSEMBLE
GEORGE CAIRD, VICTORIA WOOD oboes
ANGELA MALSBURY, MICHAEL HARRIS clarinets
PETER FRANCOMB, SIMON MORGAN horns
GARETH NEWMAN, ROBIN KENNARD bassoons
MARTIN FIELD contrabassoo

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FDP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 9 “Coral”, Op. 125 (Concertgebouw / Haitink)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 9 “Coral”, Op. 125 (Concertgebouw / Haitink)

Haitink gravou 4 vezes a Nona de Beethoven. Cada uma tem seus prós e contras. O “contra” deste CD é o som um pouco distante, os prós são o resto. Bem, mais ou menos. Pois, atenção: é uma versão contida, dentro do padrão e sem grandes voos. Trata-se de uma gravação ao vivo, de um dia em que Haitink resolveu fazer tudo certinho. Então, quando quero “ouvir com gosto” uma Nona, pego Böhm ou outro daqueles sensacionais — quase sempre pego Böhm, Wand, Fricsay ou Barenboim, os melhores. Mas quando quero mostrar a Nona, trago essa, pois é uma espécie de gravação padrão, sem polêmicas.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 9 “Coral”, Op. 125 (Concertgebouw / Haitink) (1:09:52)

1 I – Allegro Ma Non Troppo, Un Poco Maestoso 16:14
2 II – Molto Vivace 11:12
3 III – Adagio Molto e Cantabile 17:07
4 IV – Presto 25:07

Bass Vocals – Robert Holl
Choir – Groot Omroepkoor
Chorus Master – Robin Gritton
Conductor – Bernard Haitink
Contralto Vocals – Carolyn Watkinson
Orchestra – Concertgebouworkest
Soprano Vocals – Lucia Popp
Tenor Vocals – Peter Schreier

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PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Aberturas (Harnoncourt / Chamber Orchestra Of Europe)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Aberturas (Harnoncourt / Chamber Orchestra Of Europe)

O Beethoven de Harnoncourt sempre é considerado uma experiência emocionante, polêmica e distinta — e este conjunto de aberturas não é diferente. Isto é pura excitação com uma execução verdadeiramente fora deste mundo, especialmente nas transições da “escuridão para a luz” das aberturas Leonora e do maravilhoso “Egmont”, sempre um dos meus favoritos. “As Criaturas de Prometeus” também é muito interessante porque incorpora algumas músicas do próprio balé, enquanto “Coriolano” está repleto de tanto drama e tensão quanto se poderia esperar do mestre austríaco. Porém, na abertura campeã “Coriolano”, Carlos Kleiber permanece imbatível no pódio. Essas gravações estão disponíveis de uma forma ou de outra há vários anos, então, há várias capas para o mesmo disco.

Harnoncourt: é isso aí, o negócio é espremer os músicos até sair algo que preste
Harnoncourt: é isso aí, o negócio é espremer os músicos até sair algo que preste

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Aberturas (Harnoncourt / Chamber Orchestra Of Europe)

Coriolan Op. 62 (8:11)
1 Allegro Con Brio 8:11

Die Geschöpfe Des Prometheus Op. 43 (7:16)
2 Adagio ∙ Allegro Molto Con Brio Introduction: Allegro Non Troppo La Tempesta 7:16

Die Ruinen Von Athen Op. 113 (5:53)
3 Andante Con Moto ∙ Allegro, Ma Non Troppo 5:53

Fidelio Op. 72 (7:27)
4 Allegro 7:27

Leonore I Op. 138 (10:18)
5 Andante Con Moto ∙ Allegro Con Brio 10:18

Leonore II Op. 72 (13:40)
6 Adagio ∙ Allegro 13:40

Leonore III Op. 72 (14:00)
7 Adagio ∙ Allegro 14:00

Egmont Op. 84 (8:13)
8 Sostenuto Ma Non Troppo ∙ Allegro 8:13

Composed By – Ludwig van Beethoven
Conductor – Nikolaus Harnoncourt
Orchestra – Chamber Orchestra Of Europe

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Beethoven de perfil

PQP

R. Strauss (1864-1949): Burleske / Beethoven (1770-1827): Sinfonia nº 7 (Gulda, Böhm)

R. Strauss (1864-1949): Burleske / Beethoven (1770-1827): Sinfonia nº 7 (Gulda, Böhm)

Meine Damen und Herren, apertem os cintos pois vamos fazer uma breve viagem no tempo. O destino: Salzburgo, Áustria, 25 de agosto de 1957. Um encontro de gigantes deu-se no palco do Altes Festspielhaus naquela noite, no 9º concerto sinfônico da programação do Festival de Salzburgo. À frente da Orquestra Filarmônica de Viena estava Karl Böhm, que regeu no festival por mais de quatro décadas, com recém-completados 61 anos. Ao piano, ainda sem os chapeuzinhos que virariam uma de suas marcas registradas, o compatriota vienense Friedrich Gulda. Era sua segunda aparição no festival, seis anos após o recital que catapultou seu nome para as estrelas, em 1951.

No programa, dois dos grandes amores de Böhm: Richard Strauss, seu grande amigo e de quem regeu a estreia de diversas obras, e Ludwig van Beethoven. Uma combinação muito interessante, com a Burleske para piano e orquestra e a eterna, mítica Sétima Sinfonia, Op. 92, do velho Ludovico. Foi um concerto que marcou época, em um ano profundamente simbólico para o panorama cultural austríaco: foi em 1957 que um certo Herbert von Karajan assumiu tanto a direção do Festival de Salzburgo como da Ópera Estatal de Viena, sucedendo o próprio Böhm, que deixara o posto no ano anterior. As gerações estavam mudando no coração musical da Europa.

Com a palavra, Harald Hermann, em sua crítica sobre o concerto no Neues Österreich:

“A Áustria possui um número grande de jovens pianistas altamente qualificados e reconhecidos internacionalmente, mas tem só um Friedrich Gulda. Estrelas deste brilho aparecem no céu noturno apenas uma vez a cada cinquenta anos ou algo assim. O tocar de Gulda combina um conhecimento de professor que conhece os segredos mais íntimos da técnica pianística com a força deslumbrante de sua personalidade artística, uma personalidade que tem a capacidade de julgar a quantidade apropriada de conteúdo emocional para cada mundo estilístico. Gulda não é um modernista, um artista determinado a ser “objetivo” a qualquer custo. Ele não insiste em princípios imutáveis. Naturalmente, ele ataca a Burleske de Strauss do único ângulo apropriado, que é o aspecto de romantismo tardio da obra, e ele interpreta o feliz segundo terma — o sincero encontro de amantes entre Crysothemis e Guntram no jardim de Brahms — com toda a exuberância de uma adolescência dotada de criatividade, uma exuberância que Strauss capturou em sua música de uma forma que foi tanto imediata quanto essencialmente pessoal.”

Gulda: “Que foi, nunca me viu sem chapéu?”

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Richard Strauss (1864-1959)
1. Burleske para piano e orquestra em ré menor

Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sinfonia nº 7 em lá maior, Op. 92
2. Poco Sostenuto – Vivace
3. Allegretto
4. Presto
5. Allegro con Brio

Friedrich Gulda, piano
Orquestra Filarmônica de Viena
Karl Böhn, regente

Gravado ao vivo no Altes Festpielhaus, durante o Festival de Salzburgo, em 25 de agosto de 1957.

O maestro em Salzburgo, 1963. Esse cara era Böhm demais!

Karlheinz

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Quartetos de Cordas (Kodály) (CD 9 de 9)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Quartetos de Cordas (Kodály) (CD 9 de 9)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Enfim, chegamos ao final de mais uma série! O Op. 135 é menor em tamanho e nele há temas que aparecem acenar ao Op. 64 de Haydn, principalmente no primeiro movimento. Mas quando pensamos que Beethoven tornou-se mais clássico na forma, ele ataca novamente com seus temas curtos e afirmativos no segundo movimento e volta a expor uma longa reflexão no terceiro movimento. Mesmo assim, acho que nossos leitores-ouvintes, não ficariam escandalizados se eu dissesse que o Op. 135 é a Oitava Sinfonia deste grupo final. É menor e mais relaxado.

O mesmo não se pode dizer do Op. 131. Cheio de abismos e de contrastes, traz grande parte daquilo que Shostakovich faria depois. É. Confiram! Não estou dizendo que falte originalidade à Shosta, estou apenas comentando que ele foi à melhor fonte para fazer a melhor música. Alguns bebem de fontes mais impuras; Shosta caiu de cabeça na melhor delas. Porém, tergiverso. Analisando rapidamente temos um L-R-R-L-R-L-R (L=Lento, R=Rápido). Sim, sim, o homem estava escrevendo novamente em chinês e este quarteto deve ter sido detestadíssimo pelo público. Concordas, Flávio? (Quem trouxe o chinês à baila foste tu!) Na verdade, estou meio divagativo e fico pensando na impressão que aquele público da década de 20 do século XIX teve de um quarteto como este… Sorrio para o monitor como se estivesse vendo suas caras de pasmo ou talvez de indignação. Mal sabiam eles que estavam vendo o futuro. Se os movimentos fossem mais curtos e as mudanças de humor mais constantes, eles estariam DENTRO futuro e Beethoven seria internado.

Não obstante esta apresentação irônica, trata-se de música seríssima e adorada por mim. Sugiro uma audição muito atenta do Andante ma non troppo e molto cantabile. Há algo naquele violoncelo que parece negar toda a tranquilidade ao movimento. Acompanhem-no. É como se Beethoven, inteiramente neurótico como qualquer cidadão de nossa época, nos dissesse: a calma e a beleza, qualquer calma e beleza, meus amigos, são absolutamente falsas.

O Op. 131 é a música que perpassa todo o belíssimo filme "O Último Quarteto" de Yaron Zilberman
O Op. 131 é a música que perpassa todo o belíssimo filme “O Último Concerto” de Yaron Zilberman

Ludwig van Beethoven

String Quartet No. 16 in F major, Op. 135
I. Allegretto 00:06:01
II. Vivace 00:03:14
III. Lento assai, cantante e tranquillo 00:06:39
IV. Grave ma non troppo tratto – Allegro 00:07:03

String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131
I. Adagio ma non troppo e molto espressivo 00:08:01
II. Allegro molto vivace 00:03:00
III. Allegro moderato 00:00:50
IV. Andante ma non troppo e molto cantabile 00:13:43
V. Presto 00:05:19
VI. Adagio quasi un poco andante 00:02:02
VII. Allegro 00:07:06

Kodaly Quartet

Total Playing Time: 01:02:58

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Beethoven dando uma voltinha pelas redondezas
Beethoven dando uma voltinha pelas redondezas

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Quartetos de Cordas (Kodály) (CD 8 de 9)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Quartetos de Cordas (Kodály) (CD 8 de 9)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Originalmente, o Quarteto Op.130 era finalizado por uma enorme fuga. Depois, Beethoven resolveu separá-la do restante, criando a Grande Fuga (Grosse Fugue), Op. 133. Só que a indústria fonográfica atrapalhou as intenções do compositor. Creio que todos os discos de vinil e CDs que têm o Quarteto Op. 130, trazem a Grosse Fugue no final. Ou seja, a separação da fuga como obra autônoma não valeu para as gravações pelo simples motivo que é mais lógico colocá-la ali, logo após o Finale do Quarteto. É uma espécie de descumprimento póstumo. Você desejava assim, mas nós queremos assado… É claro que o CD do Kodály também traz a Grosse Fugue logo ali atrás, grudadinha no colo materno.

Fico pensando nos motivos que teriam levado Beethoven a separar a obra em duas. Talvez a razão fosse a inacreditável Cavatina, que normalmente era a última faixa do lado 1 dos discos… A Cavatina foi muitas vezes saudada pelo compositor como uma de suas maiores realizações. E é. Movimento aparentado do glorioso Adagio da Nona Sinfonia e ainda mais do terceiro movimento do Op. 132, é belíssima, com algumas melodias claras e outras apenas sugeridas, balbuciadas. Coisa de gênio. Talvez ele não quisesse ter dois movimentos tão significativos juntos, ou talvez achasse que a fuga tinha espírito diverso do resto ou que o quarteto já estava muito grande, não sei. Ou talvez algum de nossos leitores-ouvintes saiba o real motivo e o explique nos comentários.

O que importa é que este quarteto não fica a dever em nenhum aspecto a meu preferido, o Op. 132. É também genial e foi o primeiro que conheci, numa gravação do início dos anos 60 feita pelo Quarteto Amadeus, com a enorme carranca de Ludwig van na capa. Um presente do Dr. Herbert Caro há exatos de 37 anos.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Integral dos Quartetos de Cordas (CD 8 de 9)

1. String Quartet No. 13, B flat major, Op. 130: Adagio ma non troppo: Allegro 13:00
2. String Quartet No. 13, B flat major, Op. 130: Presto 2:03
3. String Quartet No. 13, B flat major, Op. 130: Andante con moto ma non troppo 6:28
4. String Quartet No. 13, B flat major, Op. 130: Alla danza tedesca: Allegro assai 2:51
5. String Quartet No. 13, B flat major, Op. 130: Cavatina: Adagio molto espressivo 6:17
6. String Quartet No. 13, B flat major, Op. 130: Finale: Allegro 9:00

7. Grosse Fuge in B flat major, Op. 133

Kodály Quartet

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Separo a Grosse Fugue do 130 ou deixo assim?
Goethe humilhando-se, Beethoven passando reto pelo monarca

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Mozart (1756-1791): Concertos para Piano nº 20, 22 e 25 / Beethoven (1770-1827): Concerto para Piano nº 3 (A. de Larrocha / A.B. Michelangeli)

Alicia de Larrocha

Dois discos gravados ao vivo com orquestras alemãs na década de 1980. Dois discos com concertos de Mozart, um deles também com um de Beethoven. Dois pianistas de imensa reputação nesse repertório. Nem preciso apresentar Alicia de Larrocha (1923-2009) e Arturo Benedetti Michelangeli (1920-1995), então falarei um pouco das orquestras.

Alicia tocou esses concertos com duas orquestras do sul da Alemanha, em Stuttgart e Baden-Baden, e os concertos foram gravados pelas rádios alemãs: o lançamento em CD foi décadas depois. Em um ou outro detalhe, soam diferentes das orquestras novíssimas que, nos últimos 15 ou 20 anos, têm mostrado um Mozart mais leve. Mas esses músicos alemães, em 1986, defendiam de modo muito convincente o Mozart criador de tensões sonoras que já soam como profecias dos exageros do romantismo. Sobretudo a percussão: neste Concerto nº 22 – como aliás em outros concertos do Mozart maduro: o 25º, o 26… –  as pauladas no tambor são intensas como em Beethoven ou, se corrermos um pouco no túnel do tempo, lembram até os tambores e martelos de Mahler.

E tenho para mim que os músicos de Stuttgart fazem um Mozart mais rico em detalhes do que os da English Chamber Orchestra, com quem Larrocha gravaria este Concerto nº 22 nos anos 90. Também no 3º Concerto de Beethoven o desempenho da orquestra é bastante interessante, ao menos para quem gosta de Beethoven tocado por orquestras com um número generoso de cordas.

Michelangeli (com um cigarrinho)

O disco de Arturo, também ao vivo, é com a orquestra da Rádio do Norte Alemão (NDR-Sinfonieorchester), em Hamburgo. No Concerto nº 20, o primeiro composto por Mozart em um tom menor, a orquestra faz milagres que nunca ouvi em outras gravações deste concerto. Um som cheio de mistérios, sombras e nuvens. Também Michelangeli está em excelente forma e muto bem gravado, fazendo cada um dos ornamentos com o cuidado e perfeccionismo que eram sua marca registrada. E ele usa a cadência de Beethoven. No Concerto nº 25, porém, a orquestra exagera na intensidade do 1º movimento (Allegro maestoso) e hoje em dia, com tantas gravações historicamente mais informadas, fica difícil perdoar alguns exageros que eram comuns na época. Ou seja: pare o que estiver fazendo agora para ouvir o Concerto em ré menor, mas o outro em dó maior dá pra deixar pra ouvir outro dia.


Alicia de Larrocha – Piano Concertos: Mozart 22, Beethoven 3 – mp3

Alicia de Larrocha – Piano Concertos: Mozart 22, Beethoven 3 – flac


Michelangeli – Piano Concertos: Mozart 20, 25 – mp3

Pleyel

.: interlúdio :. D’Elboux / Beethoven / Bruckner / Borodin / Bach: Meus Dois Mundos (Tau Ceti)

.: interlúdio :. D’Elboux / Beethoven / Bruckner / Borodin / Bach: Meus Dois Mundos (Tau Ceti)

José Eduardo D’Elboux é um pequepiano. Volta e meia ele comenta algum post, está sempre por aí. Há poucos anos, ele me mandou este CD que eu ouvi e deixei de lado por estar passando uma fase meio anti-rock progressivo. Mas hoje o peguei gostei muito do que ouvi. Os clientes da Livraria Bamboletras (2 links) também. As pergutavam o que era aquilo e o José Eduardo ficaria feliz porque um deles perguntou se era o ELP. Achei ótimo e muito divertido. Ele é dividido em duas partes: a primeira composta por D’Elboux sozinho ou com parceiros e a segunda com arranjos de eruditos de outrem ou par D’Elboux.

Como disse, às vezes, D’Elboux soa muito como o grupo que mais admira, o Emerson, Lake & Palmer, mas sua voz natural me parece mais tranquila do que com a fúria habitual dos ingleses. Gostei muito dos arranjos de eruditos. Seu Coriolano e o início da Sinfonia Nº 4, Romântica, de Bruckner, ficaram excelentes, assim como a Toccata e Fuga em Ré Menor, BWV 565, de Bach.

D’Elboux fez sua vida como engenheiro. Foi uma opção consciente. “Especialmente no Brasil, onde o tipo de música que gosto é pouco divulgada, preferi ter uma carreira como profissional de engenharia (o que também gosto) e levar o lado musical como hobby – mas fazendo exatamente o que eu queria em Música, sem concessões, uma vez que não iria depender financeiramente disso. (…) Foi minha “cabeça-dura”, de insistir no que acredito, que fez, desde meu início em 1982 com as primeiras tentativas de bandas, até formar o Tau Ceti em 1988 (cuja semente já estava em minha banda anterior, o Antares, de 1985), e lançar o primeiro álbum em 1995… Depois de um longo tempo parado, retomando a Música ainda insisti e lancei mais um álbum em 2019, mais de 20 anos depois do primeiro. E, neste, já sem outros músicos que topassem a empreitada, fiz um álbum solo onde me responsabilizei por tudo, desde composições e tocar os teclados, como programar os demais instrumentos, arranjos, produção, etc.”.

Para quem chegou da Lua ontem, o rock progressivo (também abreviado por prog rock ou prog) é um gênero que se desenvolveu na Inglaterra e nos EUA em meados da década de 1960, atingindo o pico no início da década de 1970. O estilo foi uma consequência das bandas psicodélicas que abandonaram as tradições padrão em favor de instrumentação e técnicas de composição mais frequentemente associadas ao jazz ou à música clássica. Elementos adicionais contribuíram para o rótulo de “progressivo”: as letras eram mais poéticas, a tecnologia era aproveitada para novos sons, a música se aproximava da condição de “arte” e o estúdio, mais do que o palco, tornou-se o foco da atividade musical, que muitas vezes envolvia criar música para ouvir em vez de dançar.

.: interlúdio :. D’Elboux / Beethoven / Bruckner / Borodin / Bach: Meus Dois Mundos

Parte 1 — Mundo Prog
1. Prelúdio para Sintetizador (D’Elboux) 1:23
2. D’Elboux is on the Table (D’Elboux) 3:17
3. Boto (D’Elboux / Iantorno) 2:21
4. Tempestades Noturnas (D’Elboux / Cesarino) 2:52
5. Reflexões Ectoplasmáticas (D’Elboux) 4:55
6. Prelúdio-Improviso para Piano (D’Elboux) 5:16

Parte 2 — Mundo Clássico
7. Coriolano (Beethoven / arr. D’Elboux) 5:07
8. Prelúdio para Orquestra (D’Elboux) 1:17
9. Romântica (Bruckner / arr. D’Elboux) 5:12
10. Prelúdio para Órgão (D’Elboux) 1:41
11. Épica (Borodin / arr. D’Elboux) 1:58
12. Antares (D’Elboux) 4:49
13. Toccata (Bach / arr. D’Elboux) 3:36

José Eduardo D’Elboux: teclados e programação

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli, Op. 120 (Maurizio Pollini)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli, Op. 120 (Maurizio Pollini)

Diabelli teve sorte e foi imortalizado mesmo sem nunca ter escrito grande coisa. As 33 Variações sobre uma Valsa de Anton Diabelli, Op. 120, comumente conhecidas como Variações Diabelli, é um conjunto de variações para piano escritas entre 1819 e 1823 por Beethoven sobre uma valsa composta por — adivinhem? — Anton Diabelli. É frequentemente considerado um dos maiores conjuntos de variações para teclado junto com as Variações Goldberg de Bach. Recentemente, Vassily postou uma gravação da mesma obra que parece ser imbatível — é esta aqui. Pollini mantém sua categoria habitual e sua versão não é nada secundária, mesmo que perca para Uchida. Aqui, cada detalhe tem a marca de Pollini: a afirmação assertiva, quase brusca, do tema, o tremendo ataque a tudo o que exige brilho técnico, a altivez aristocrática com que trata as variações mais introspectivas, a ótima intepretação nos momentos de humor, como a citação da ária de Leporello de Don Giovanni de Mozart na variação 22. Todos são claramente o produto do comando soberano do teclado. Mas ficaremos com Uchida desta vez.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli, Op. 120 (Maurizio Pollini)

1 Tema. Vivace 0:50
2 Var. 1. Alla Marcia Maestoso 1:40
3 Var. 2. Poco Allegro 0:51
4 Var. 3. L’Istesso Tempo 1:12
5 Var. 4. Un Poco Più Vivace 0:59
6 Var. 5. Allegro Vivace 0:50
7 Var. 6. Allegro Ma Non Troppo E Serioso 1:32
8 Var. 7. Un Poco Più Allegro 1:15
9 Var. 8. Poco Vivace 1:24
10 Var. 9. Allegro Pesante E Risoluto 1:59
11 Var. 10. Presto 0:36
12 Var. 11. Allegretto 1:03
13 Var. 12. Un Poco Più Moto 0:50
14 Var. 13. Vivace 0:55
15 Var. 14. Grave E Maestoso 3:26
16 Var. 15. Presto Scherzando 0:36
17 Var. 16. Allegro 0:57
18 Var. 17 0:58
19 Var. 18. Poco Moderato 1:24
20 Var. 19. Presto 0:50
21 Var. 20. Andante 2:06
22 Var. 21. Allegro Con Brio – Meno Allegro 1:09
23 Var. 22. Allegro Molto (Alla “Notte E Giorno Faticar” Di Mozart) 0:50
24 Var. 23. Allegro Assai 0:55
25 Var. 24. Fughetta. Andante 2:48
26 Var. 25. Allegro 0:47
27 Var. 26 0:58
28 Var. 27. Vivace 0:54
29 Var. 28. Allegro 0:59
30 Var. 29. Adagio Ma Non Troppo 1:08
31 Var. 30. Andante, Sempre Cantabile 1:46
32 Var. 31. Largo, Molto Espressivo 4:49
33 Var. 32. Fuga. Allegro 2:54
34 Var. 33. Tempo Di Menuetto, Moderato (Ma Non Tirarsi Dietro) 3:58

Maurizio Pollini, piano

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Diabelli: o homem que entrou de gaiato na imortalidade.

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Beethoven (1770-1827): Algumas Sonatas para Piano – Rachmaninov (1873 – 1943): Concerto para Piano No. 1 – Richard Strauss (1864 – 1949): Burleske – Byron Janis (piano) ֎

Beethoven (1770-1827): Algumas Sonatas para Piano – Rachmaninov (1873 – 1943): Concerto para Piano No. 1 – Richard Strauss (1864 – 1949): Burleske – Byron Janis (piano) ֎

 

Homenagem ao pianista Byron JANIS (1928 – 2024)

Imagine ser um pianista virtuose no período no qual reinavam nomes como Gilels, Horowitz, Rubinstein, Richter. O pelotão de frente era espetacular, estelar… Pois isso foi o que viveu profissionalmente Byron Janis, que faleceu há alguns dias, em 14 de março de 2024, pouco antes de completar 96 anos.

Viver 96 anos é um feito reservado a poucos, ainda mais se pensarmos que esses anos decorreram entre 1928 e 2024, podemos imaginar quantas mudanças ele testemunhou.

Nascido na Pensilvânia, estreou como pianista aos 15 anos com a orquestra do maestro Toscanini e aos 18 anos tornou-se o mais novo aluno de Horowitz. Também nessa idade tornou-se o mais novo pianista a ser contratado pela RCA Victor.

Em 1960 foi o primeiro artista americano a participar de um pioneiro Intercâmbio Cultural entre os Estados Unidos e a então União Soviética.

A partir dos anos 1970 passou a sofrer de um tipo de artrite que lhe causava muitas dores, mesmo assim prosseguiu na carreira e essa condição só se tornou pública em 1985, quando deu um concerto na Casa Branca, na era Reagan. Desde então passou a ser o porta voz da Arthritis Foundation e também seu Embaixador para as Artes.

Eu conhecia suas gravações dos enormes concertos para piano, como os ultra-românticos Rach #2 e #3 e o espetacular Prkfv #3, originalmente gravados pelo selo Mercury, mas para essa postagem escolhi algumas gravações mais antigas, talvez menos conhecidas, mas de maneira alguma desinteressantes.

As Sonatas para piano de Beethoven estão supimpas e há de bônus um impromptu de Schubert que está delicioso.

Para representar sua arte como pianista com orquestra escolhi um disco com o primeiro concerto de Rachmaninov, que esbanja juventude e impetuosidade, acompanhado da Burleske, de Strauss, uma peça intrigante e aqui muito bem apresentada. Para garantir que tudo fosse nos trinques, essas peças veem acompanhadas pela Orquestra Sinfônica de Chicago regida pelo seu tiranossauro mor, Fritz Reiner!

Ludwig van Beethoven (1770 – 1828 )

Piano Sonata No. 17 in D minor, Op. 31 No. 2 ‘Tempest’

  1. Largo – Allegro
  2. Adagio
  3. Allegretto

Franz Schubert (1797 – 1828)

  1. Impromptu in E flat major, D899 No. 2

Byron Janis (piano)

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Ludwig van Beethoven (1770 – 1828 )

Piano Sonata No. 21 in C major, Op. 53 ‘Waldstein’

  1. Allegro con brio
  2. Introduzione – Adagio molto
  3. Rondo – Allegro comodo

Piano Sonata No. 30 in E major, Op. 109

  1. Vivace, ma non troppo
  2. Prestissimo
  3. Andante molto cantabile ed espressivo

Byron Janis (piano)

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MP3 | 320 KBPS | 98 MB

Sergey Vassilievich Rachmaninov (1873-1943)

Piano Concerto No. 1 in F sharp minor, Op. 1

  1. Vivace
  2. Andante cantabile
  3. Allegro vivace

Richard Strauss (1864–1949)

Burleske for Piano and orchestra in D minor, AV85

  1. Burleske

Byron Janis (piano)

Chicago Symphony Orchestra

Fritz Reiner

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MP3 | 320 KBPS | 116 MB

Maestro Reiner com o jovem Byron nos ensaios para a gravação do disco
Postagem com selo Jurássico!

In 1967, Janis accidentally discovered two previously unknown manuscripts of Chopin waltzes in France and later found two others while teaching at Yale University.

“In spite of adverse physical challenges throughout his career, he overcame them, and it did not diminish his artistry,” Maria Cooper Janis, 86, wrote. “Music is Byron’s soul, not a ticket to stardom, and his passion for and love of creating music informed every day of his life of 95 years.

Foi um bamba do teclado…

Aproveite!

René Denon

 

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Concertos para Piano (Pollini / Abbado)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Concertos para Piano (Pollini / Abbado)

Maurizio Pollini faleceu hoje, dia 23 de março de 2024, aos 82 anos. Certamente, foi o pianista que mais ouvi tocar em meus 66 anos e o que maior prazer me causou. Meu pai começou tudo quando eu ainda era adolescente. Como esquecer da série de concertos de Mozart gravados por Pollini com Karl Böhm? Depois vieram seus imbatíveis Concertos para Piano de Brahms, a música moderna, as Sonatas de Schubert — sua Fantasia Wanderer… — as últimas Sonatas de Beethoven e depois a integral. E Debussy e Chopin. Eu não estou aqui para medir pianistas, mas não creio ter havido melhores do que S. Richter e Pollini. Ah, e como esquecer quando o vi em Londres? Como esquecer do discurso que minha mulher — uma muito talentosa e inteligente musicista — fez no intervalo, falando sobre como ele dava sentido a cada nota que tocava? O fato é que estou triste, apesar de termos registrados grandes momentos deste enorme artista. Jamais escreverei um RIP para ele, pois agora mesmo estou ouvindo estes CDs que ora posto. Não vou te deixar descansando, Maurizio. Esqueça.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Concertos para Piano (Pollini / Abbado)

The Piano Concertos (Live Recordings)

Concerto For Piano And Orchestra No. 1 In C Major
1. Allegro Con Brio 17:16
2. Largo 11:13
3. Rondo. Allegro [Scherzando] 8:59

Concerto For Piano And Orchestra No. 2 In B Flat Major
1. Allegro Con Brio 13:33
2. Adagio 7:41
3. Rondo. Molto Allegro 7:31

Concerto For Piano And Orchestra No. 3 In C Minor
1. Allegro Con Brio 16:07
2. Largo 10:07
3. Rondo. Allegro 9:28

Concerto For Piano And Orchestra No. 4 In G Major
1. Allegro Moderato 17:18
2. Andante Con Moto 5:17
3. Rondo. Vivace 10:00

Concerto For Piano And Orchestra No. 5 In E Flat Major, “Emperor”
1. Allegro 20:29
2. Adagio Un Poco Moto – Attacca: 7:48
3. Rondo. Allegro 10:35

Maurizio Pollini, piano
Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado

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A luz mais constante do céu musical da minha vida se apagou. Grazie, maestro. (Karlheinz)

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