.: interlúdio :. Diane Schuur: I Remember You: With Love To Stan And Frank (2014)

.: interlúdio :. Diane Schuur: I Remember You: With Love To Stan And Frank (2014)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um tremendo disco desta tremenda cantora cega que vê muito mais do que a esmagadora maioria de nós. Enquanto alguns vocalistas escolhem entre o lucro e o jazz, Schuur leva ambas as carreiras com competência. Ela está constantemente entre as salas de concertos e os pequenos clubes. Seu estilo incorpora tanto a interpretação do jazz sutil quanto o rhythm and blues. Neste recente CD, Diane Schuur dá um banho ao homenagear Mr. Getz (clonado pelo saxofonista Joel Frahm) e o um certo crooner de sobrenome Sinatra. Sua voz parece estar cada vez mais linda. As novas roupagens da músicas são do caraglio, e o bicho pega, principalmente quando Schuur se solta e improvisa.

Diane Schuur: I Remember You: With Love To Stan And Frank (2014)

01. S’ Wonderful (3:32)
02. Nice N Easy (4:11)
03. Watch What Happens (5:09)
04. I’ve Got You Under My Skin (5:21)
05. How Insensitive (5:09)
06. Here’s That Rainy Day (6:42)
07. Didn’t We (5:52)
08. I Remember You (3:02)
09. I Get Along Without You – Don’t Worry ‘Bout Me (5:01)
10. The Second Time Around (4:58)
11. For Once In My Life (2:56)

Diane Schuur: vocals;
Alan Broadbent: arrangements, piano;
Roni Ben-Hur and Romero Lubambo: guitars,
Joel Frahm: saxophone,
Ben Wolfe: bass;
Ulysses Owens Jr.: drums.

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Diane Schuur:
Diane Schuur: que voz!

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Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino e Sinfonia Nº4, “Inextinguível”

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino e Sinfonia Nº4, “Inextinguível”

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sibelius é considerado o grande compositor escandinavo da virada do século. Nada contra o grande careca, mas Nielsen merece ter sua posição revista, o cara foi genial e mereceria estar ao lado do finlandês. Seu Concerto para Violino e Orq. é belíssimo. Por alguma razão, é muito estimulante ouvi-lo. (Seria a introdução de plácidos temas folclóricos no primeiro movimento e seus desenvolvimentos?) E o excelente violinista Arve Tellefsen sendo regido pelo também violinista e lenda Yehudi Menuhin? Que show! O mesmo se pode dizer da Sinfonia Nº 4, Inextinguível, um petardo para ser tocado em um movimento. De peças que deveriam fazer parte do repertório de orquestras e conjuntos de sopros, Nielsen tem seis sinfonias — todas merecem ser conhecidas –, um Quinteto de Sopros e concertos para violino, flauta e clarinete.

Crescido no seio de uma família de poucos recursos financeiros, Nielsen foi maestro, violinista e professor da Real Academia de Música Dinamarquesa. Durante a sua vida, a reputação de Nielsen era considerada como marginal, tanto no seu país como internacionalmente. Apenas mais tarde é que os seus trabalhos foram incluídos no repertório internacional, sendo a década de 1960 um marco de aumento da sua popularidade através de Leonard Bernstein e outros. Na Dinamarca, a sua reputação ficou definitivamente marcada em 2006 quando três das suas composições passaram a ser consideradas nos Cânones da Cultura Dinamarquesa entre as doze grandes peças musicais da música daquele país. Durante muitos anos, sua imagem apareceu em notas de dinheiro dinamarquesas. O Museu Carl Nielsen em Odense, documenta a sua vida e a da sua mulher. Entre 1994 e 2009, a Real Biblioteca Dinamarquesa, completou a Edição Carl Nielsen, disponível na internet, contendo a história e as pautas dos trabalhos de Nielsen, algumas das quais nunca publicadas.

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino
1. I Praeludium: Largo –
2. Allegro Cavalleresco
3. II Poco Adagio –
4. Rondo: Allegretto Scherzando

Carl Nielsen (1865-1931): Sinfonia Nº4, “Inextinguível”
5. I Allegro -/II Poco Allegretto –
6. III Poco Adagio Quasi Andante – Con Anima -/IV Allegro

Arve Tellefsen, violino
Royal Philharmonic Orchestra
Yehudi Menuhin

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Carl Nielsen num momento assim.
Carl Nielsen num momento assim.

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Felix Mendelssohn (1809-1847): Piano Trios Nos. 1 & 2, Op. 49 e 66

Felix Mendelssohn (1809-1847): Piano Trios Nos. 1 & 2, Op. 49 e 66

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os três são grandes solistas, porém, nesta gravação, Emanuel Ax, Itzhak Perlman e Yo-Yo Ma provam suas qualidades como músicos de câmara. Não há luta pela supremacia. Os músicos honram o fluxo da música e as melodias fluem suavemente do violoncelo para o violino e daí para o piano em qualquer ordem. Eles parecem vir da primavera, dando-nos vontade de cantar junto. A música é romântica, elegante e melódica, refinada como convém a um talentoso intelectual do século XIX, membro de uma rica família de banqueiros e intelectuais judeus da Europa Central.

Felix Mendelssohn (1809-1847): Piano Trios Nos. 1 & 2, Op. 49 e 66

1 Piano Trio No. 1 In D Minor, Op. 49: I. Molto Allegro E Agitato 9:59
2 Piano Trio No. 1 In D Minor, Op. 49: II. Andante Con Moto Tranquillo 6:15
3 Piano Trio No. 1 In D Minor, Op. 49: III. Scherzo: Leggiero E Vivace 3:52
4 Piano Trio No. 1 In D Minor, Op. 49: IV. Finale: Allegro Assai Appassionato 8:56

5 Piano Trio No. 2 In C Minor Op. 66: I. Allegro Energico E Con Fuoco 11:13
6 Piano Trio No. 2 In C Minor Op. 66: II. Andante Espressivo 6:41
7 Piano Trio No. 2 In C Minor Op. 66: III. Scherzo: Molto Allegro Quasi Presto 3:47
8 Piano Trio No. 2 In C Minor Op. 66: IV. Finale: Allegro Appassionato 8:25

Yo-Yo Ma, cello
Itzhak Perlman, violino
Emanuel Ax, piano

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Completando o texto, Mendelssohn depois converteu-se ao cristianismo
Completando o texto, Mendelssohn depois converteu-se ao cristianismo

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.: interlúdios :. Dois Kennies, o Werner e o Wheeler, e uma confusão

.: interlúdios :. Dois Kennies, o Werner e o Wheeler, e uma confusão

Pois eu peguei dois CDs de Kenny Wheeler e botei para tocar no carro. Achei estranho. O primeiro não parecia ser de Wheeler. Ele estaria tocando uma música dos The Animals, House Of The Rising Sun? Mais do que estranho, mas mesmo assim era bom, muito bom até. Um sonzaço de big band. Aí fui ver e era de Kenny WERNER, de uma big band de Bruxelas. Fui ver o segundo e era mesmo de Wheeler. Os dois Kennies estão aí para vocês os compararem. Menos mal que não era o Kenny G.

Duas excelentes big bands para esta terça-feira.

Kenny Werner & Brussels Jazz Orchestra – Institute of Higher Learning (2011)

1. Cantabile 1st 10:46
2. Cantabile 2nd 10:53
3. Cantabile 3rd 6:28
4. Second Love Song 7:46
5. House Of The Rising Sun 10:11
6. Compensation 13:00
7. Institute Of Higher Learning 10:24

Personnel:
Kenny Werner: piano; Peter Hertmans: guitar; Jos Machtel: double bass; Martijn Vink: drums; Frank Vaganee: artistic director, lead alto and soprano saxphones; Dieter Limbourg: alto and soprano saxophones, clarinet, flute; Kurt Van Herck: tenor saxophone, flute; Bart Defoort: tenor saxophone, clarinet; Bo Van der Werf: baritone saxophone, bass clarinet; Serge Plume: lead trumpet, flugelhorn; Nico Schepers: trumpet, flugelhorn; Pierre Drevet: trumpet, flugelhorn; Joeroen Van Malderen: trumpet, flugelhorn; Marc Godfried: lead trombone; Lode Mertens: trombone; Ben Fleerakkers: trombone; Laurent Hendrick: bass trombone.

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Kenny Wheeler Big Band – The Long Waiting (2012)

1. Canter N.6 [04:18]
2. Four, Five, Six [09:50]
3. The Long Waiting [07:27]
4. Seven, Eight, Nine [05:33]
5. Enowena [11:23]
6. Comba N.3 [07:58]
7. Canter N.1 / Old Ballad [14:11]
8. Upwards [07:47]

Personnel:

John Parricelli – Guitar
Julian Arguelles – Soprano & Tenor Sax
Martin France – Drums
John Taylor – Piano
Kenny Wheeler – Trumpet, Flugelhorn
Pete Churchill – Conductor
Diana Torto – vocals
Ray Warleigh – Alto Sax
Duncan Lamont – Alto Sax
Stan Sulzmann – Tenor Sax
Julian Siegel – Tenor Sax
Henry Lowther – Trumpet
Derek Watkins – Trumpet
Tony Fisher – Trumpet
Nick Smart – Trumpet
Mark Nightingale – Trombone
Barnaby Dickinson – Trombone
Dave Horler – Trombone
Dave Stewart – Bass Trombone
Chris Laurence – Bass

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Werner
Werner
Wheeler
Wheeler

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Franz Joseph Haydn (1732-1809): Cello Concertos / Sinfonia concertante

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Cello Concertos / Sinfonia concertante

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Difícil encontrar melhores gravações destes concertos. Steven Isserlis e Roger Norrington fazem misérias nos belíssimos concertos de Haydn e na Concertante. Não é nada surpreendente o fato deste CD ter aparecido em todas as listas de melhores do ano quando de seu lançamento. Equilíbrio, musicalidade, senso de estilo, tudo parece ter sido minuciosamente pensado e executado. Um CD para se ouvir por anos.

(A imagem acima é a do CD relançado, que inclui a Sinfonia Nº 13. Utilizamos o CD completo da primeira edição, sem esta pequena faixa única da 13ª).

Franz Josef Haydn (1732-1809):
Cello Concertos / Sinfonia concertante

1. Cello Concerto No. 1 in C major, H. 7b/1: 1. Moderato
2. Cello Concerto No. 1 in C major, H. 7b/1: 2. Adagio
3. Cello Concerto No. 1 in C major, H. 7b/1: 3. Allegro molto

5. Cello Concerto No. 2 in D major, H. 7b/2 (Op. 101): 1. Allegro moderato
6. Cello Concerto No. 2 in D major, H. 7b/2 (Op. 101): 2. Adagio
7. Cello Concerto No. 2 in D major, H. 7b/2 (Op. 101): 3. Rondo. Allegro

8. Sinfonia Concertante for violin, cello, oboe, bassoon & orchestra, H. 1/105: 1. Allegro
9. Sinfonia Concertante for violin, cello, oboe, bassoon & orchestra, H. 1/105: 2. Andante
10. Sinfonia Concertante for violin, cello, oboe, bassoon & orchestra, H. 1/105: 3. Allegro con spirito

Steven Isserlis, violoncelo
Chamber Orchestra of Europe
Roger Norrington

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Sir Roger Norrington: trabalho esplêndido
Sir Roger Norrington: trabalho esplêndido

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J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares BWV 210 e 204

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares BWV 210 e 204

Mais um bom CD de Cantatas de Bach. Grande trabalho do soprano Dorothea Röschmann, do excelente Les Violons Du Roy e de Bernard Labadie. A BWV 210 é imensa, dura mais de 30 minutos e a 204 não lhe fica muito atrás em dimensões e qualidade. A Cantata é o gênero mais importante de música de câmara vocal do período barroco, o principal elemento musical do culto luterano. Desde o final do século XVIII, o termo foi aplicado a uma ampla variedade de obras, sacras e seculares, na maioria para coro e orquestra, desde as cantatas de Beethoven por ocasião da morte e sucessão de imperadores, até as cantatas soviéticas patrióticas de Shostakovich.

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares BWV 210 e 204

1 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: O holder Tag, erwunschte Zeit 1:02
2 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Spielet, ihr beseelten Lieder 7:00
3 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: Doch, haltet ein, ihr munter Saiten 1:11
4 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Ruhet hie, matte Tone 6:24
5 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: So glaubt man denn, dass die Musik verfuhre 2:09
6 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Schweigt, ihr Floten, schweigt, ihr Tone 4:11
7 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: Was Luft? was Grab? 1:46
8 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Grosser Gonner, dein Vergnugen 3:09
9 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: Hochteurer Mann, so fahre ferner fort 1:22
10 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Seid begluckt, edle beide 5:33

11 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Recitative: Ich bin in mir vergnugt 1:47
12 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Aria: Ruhig und in sich zufrieden 7:13
13 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Recitative: Ihr Seelen, die ihr ausser euch 2:03
14 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Aria: Die Schatzbarkeit der weiten Erden 4:15
15 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Recitative: Schwer ist es zwar, viel Eitles zu besitzen 2:22
16 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Aria: Meine Seele sei vergnugt 6:27
17 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Recitative – Arioso: Ein edler Mensch ist Perlenmuscheln gleich 2:35
18 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Aria: Himmlische Vergnugsamkeit 4:16

Dorothea Röschmann, soprano
Les Violons Du Roy
Bernard Labadie

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Felizes e de boas: Le Violons du Roy
Felizes e de boas: Le Violons du Roy

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quarteto No. 9 K.169, Quarteto No. 18 K. 464 e Quarteto No. 22 K. 589

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quarteto No. 9 K.169, Quarteto No. 18 K. 464 e Quarteto No. 22 K. 589

O Quarteto de Cordas é uma forma musical inventada por F. J. Haydn. Poucas coisas parecem ter dado tão certo. Ele foi adotado imediatamente pela maioria dos compositores e mais: mostrou-se como o espaço ideal para experimentações. Beethoven, Bartók, Shosta, Mozart, Schubert, Ligeti, poucos foram grandes sem utilizar o quarteto. Até o Titanic tinha um!

Mozart foi um dos grandes do gênero que, na época, ainda copiava a estrutura básica de quatro movimentos da sinfonia clássica: um movimento rápido inicial, um lento, um minueto e outro rápido para fechar. Logo depois, tudo mudou. O Armida é um excelente quarteto e seu Mozart é ótimo. Parece ser formado por dois casais que se relacionam amorosamente. Um perigo, pois falta o cara mais velho que acalma todo mundo. Espero que nunca briguem!

O primeiro violinista é casado com a violista. E parece que o violoncelista namora o segundo violino. Confusão à vista.
O primeiro violinista é casado com a violista. E parece que o violoncelista namora o segundo violino. Confusão à vista.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quarteto No. 9 K.169, Quarteto No. 18 K. 464 e Quarteto No. 22 K. 589

String Quartet No. 9 in A Major, K.169
01. I. Molto adagio
02. II. Andante
03. III. Menuetto
04. IV. Rondeau. Allegro

String Quartet no. 18 in A major, K. 464
05. I. Allegro
06. II. Menuetto-Trio
07. III. Andante
08. IV. Allegro non troppo

String Quartet No. 22 in B Flat Major K. 589
09. I. Allegro
10. II. Larghetto
11. III. Menuetto-Moderato
12. IV. Allegro assai

Armida Quartett

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Armida Quartett: duas belas baixinhas e dois caras grandes
Armida Quartett: duas belas baixinhas e dois caras grandes

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Restaurado – J. S. Bach (1685-1750): Sonatas and Partitas for Solo Violin, BWV 1001-1006 – Christian Tetzlaff

Restaurado – J. S. Bach (1685-1750): Sonatas and Partitas for Solo Violin, BWV 1001-1006 – Christian Tetzlaff

Nos últimos dias, publicamos duas versões destas mesmas obras: a primeira por Holloway e a segunda uma estranha transposição para o violoncelo feita por Luolajan-Mikkola. Há dois anos atrás publicamos a melhor gravação que conheço, a de Beyer. Faz parte do jogo da música erudita ouvir várias versões. É um longo diálogo que visa abordar cada vez melhor cada obra. Os nomes citados acima são gente de primeira linha, ninguém é perna de pau, longe disso. Beyer dá, na minha opinião, a versão mais convincente, redonda e firme. Também chega com uma sonoridade linda, assim como Holloway. Tetzlaff é meio mão pesada, mas tem qualidades extraordinárias. Sua Chacona é espetacular.

Numa noite fria do século XVIII, Bach escrevia a Chacona da Partita Nº 2 para violino solo. A música partia de sua imaginação (1) para o violino (2), no qual era testada, e daí para o papel (3). Anos depois, foi copiada (4) e publicada (5). Hoje, o violinista lê a Chacona (6) e, de seus olhos, passa o que está escrito ao violino (9) utilizando para isso seu controverso cérebro (7) e sua instável, ou não, técnica (8). Do violino, a música passa a um engenheiro de som (10) que a grava em um equipamento (11), para só então chegar ao ouvinte (12), que se desmilingui àquilo.

Na variação entre todas essas passagens e comunicações, está a infindável diversidade das interpretações. Mas ainda faltam elos, como a qualidade do violino – e se seu som for divino ou de lata, e se ele for um instrumento original ou moderno? E o calibre do violinista? E seu senso de estilo e cultura? E o ouvinte? E… as verdadeiras intenções de Bach? Desejava ele que o pequeno violino tomasse as proporções gigantescas e polifônicas do órgão? Mesmo?

E depois tem gente que acha chata a música erudita…

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas and Partitas for Solo Violin, BWV 1001 – 1006

Sonata I G-Moll / In G Minor, BWV 1001 (15:35)
1-1 Adagio 3:51
1-2 Fuga. Allegro 5:11
1-3 Sicilana 3:16
1-4 Presto 3:17
Partita I H-Moll / B Minor, BWV 1002 (25:59)
1-5 Allemanda 4:29
1-6 Double 2:21
1-7 Corrente 2:46
1-8 Double. Presto 3:02
1-9 Sarabanda 4:05
1-10 Double 3:09
1-11 Tempo Di Bourrée 3:11
1-12 Double 2:56
Sonata II A-Moll / A Minor, BWV 1003 (21:13)
1-13 Grave 3:52
1-14 Fuga 7:24
1-15 Andante 5:01
1-16 Allegro 4:56

 

Partita II D-Moll / D Minor, BWV 1004 (27:43)
2-1 Allemanda 4:15
2-2 Corrente 2:15
2-3 Sarabanda 4:03
2-4 Giga 3:43
2-5 Ciaccona 13:27
Sonata III C-Dur / C Major, BWV 1005 (21:17)
2-6 Adagio 3:48
2-7 Corrente 9:18
2-8 Largo 3:36
2-9 Allegro Assai 4:35
Partita III E-Dur / E Major, BWV 1006 (17:54)
2-10 Preludio 3:18
2-11 Loure 4:40
2-12 Gavotte En Rondeau 2:55
2-13 Menuet I 1:39
2-14 Menuet II 2:26
2-15 Bourrée 1:14
2-16 Giga 1:42

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Christian Tetzlaff, violin

 

Tetzlaff dando uma aulinha
Tetzlaff dando uma aulinha

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[restaurado por Vassily em 6/6/2020]

Fanny Mendelssohn (1805-1847): Canções e Trio

Fanny Mendelssohn (1805-1847): Canções e Trio

frontFanny Cäcilie Mendelssohn, mais tarde Fanny Hensel, foi uma pianista e compositora da Alemanha, irmã de Felix Mendelssohn; ambos netos do filósofo Moses Mendelssohn. Depois de Hildegard von Bingen (1098-1179), foi a primeira importante mulher compositora. Fanny Mendelssohn nasceu em Hamburgo, primeira de quatro filhos. Em 1811, a família fugiu das atrocidades do exército de Napoleão para Berlim. A família era de origem judia, mas tornou-se protestante. Fanny e seus irmãos foram batizados em 1816 em Berlim; neste dia Fanny recebeu o segundo nome Cäcilie. Como mulher, Fanny não podia pensar em exercer uma profissão séria. Por isso, recebeu aulas de música somente para ser amadora e não profissional como seu irmão Felix. Mesmo assim Fanny aprendeu muito e com grande velocidade. Tornou-se uma pianista extraordinária e começou a compor desde criança. Presa aos preconceitos da época, a própria família teve vergonha do fato de que Fanny queria ser compositora e não somente uma dona de casa em uma família tradicional da classe média alta. Em 1829, depois de um namoro de vários anos, Fanny casou com o pintor Wilhelm Hensel e no ano seguinte deu à luz seu único filho, Sebastian Ludwig Felix Hensel. O marido gostava das atividades musicais de sua esposa e ela teve oportunidades de organizar apresentações em casa. Em 1838, ela tocou publicamente, e, em 1846, publicou algumas obras no estilo lied (canção), como as deste disco — faixas de 1 a 14. São conhecidas 466 composições de Fanny. Entre elas predominam os lieder, muito populares na época, e obras para piano — faixa 14. A maior obra dela é o “Oratorium nach Bildern der Bibel” (Oratório segundo imagens da Bìblia), 1831, para coral, orquestra e solistas, uma belíssima obra romântica. Pelos preconceitos da época, a obra nunca foi apresentada e estreou somente em 1987

Além dos belos lieder, o Trio que está neste CD também é esplêndido, pleno de calma e beleza.

Fanny Mendelssohn (1805-1847): Canções e Trio

Lieder
1 Italien 1:47
2 Im Herbste 3:23
3 Sehnsucht 2:38
4 Bergeslust 1:40
5 Ferne 2:47
6 Harfners Lied 2:36
7 Warum Sind Denn Die Rosen So Blaß 2:17
8 Ach! Die Augen Sind Es Wieder 1:30
9 Ich Wandelte Unter Den Bäumen 3:43
10 Abenbild 2:45
11 Nach Süden 1:58
12 Kommen Und Scheiden 2:20
13 Gondellied 3:35

Lied
14 Lied Für Klavier 7:00

Trio Op. 11
15 Allegro Molto Vivace 12:22
16 Andante Espressivo 5:56
17 Lied 2:08
18 Finale 6:03

Donna Brown
Françoise Tillard
Trio Brentano

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Fanny Hensel, antes Fanny Mendelssohn, irmã de Felix
Fanny Hensel, antes Fanny Mendelssohn, irmã de Felix

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J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares (Cantata do Café, dos Camponeses e Para Leopoldo) (Les Violons Du Roy / Labadie)

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares (Cantata do Café, dos Camponeses e Para Leopoldo) (Les Violons Du Roy / Labadie)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente versão de três Cantatas Seculares de Bach, as famosas “do Café”, “dos Camponeses” e aquela composta para Leopoldo. A versão de Bernard Labadie e seus Les Violons Du Roy valorizam sobremaneira a música e o estilo destas Cantatas não religiosas. A Cantata do Café tem uma curiosa história:

Schlendrian é um pai grosseiro e está preocupadíssimo porque sua filha Lieschen entregou-se à nova mania de tomar café. Todas as promessas e ameaças para desviá-la de tão detestável hábito foram infrutíferas até que, para dissuadi-la, ofereceu-lhe um marido. Lieschen aceita a idéia com entusiasmo e o pai parte apressadamente para conseguir-lhe um. Esta é a idéia principal da Cantata do Café, obra cômica de J. S. Bach, uma mini-ópera, que foi apresentada entre 1732 e 1735 na Kaffeehaus de Zimmermann, em Leipzig. A primeira Kaffeehaus da cidade foi aberta em 1694 — o café chegara à Alemanha em 1670 — e em 1735 a burguesia podia escolher entre oito privilegiadas casas.

A Kaffeekantate, BWV 211, foi encomendada a Bach por Zimmermann e é, em parte, uma ode ao produto (sim, puro merchandising) e, de outra parte, uma punhalada no movimento existente na Alemanha para impedir seu consumo pelas mulheres. Acreditava-se que o “negro veneno” pudesse causar descontrole e esterilidade ao sexo frágil, mas Bach, em troca do pagamento de Zimmermann, ignorou estes terríveis perigos. Senão, talvez não musicasse uma ária que diz: “Ah, como é doce o seu sabor. / Delicioso como milhares de beijos, / mais doce que um moscatel. / Eu preciso de café”; e nem nos brindaria com estas delicadezas…: “Paizinho, não sejas tão mau. / Se eu não beber meu café / as minhas curvas vão secar / as minhas pernas vão murchar / ninguém comigo irá casar”.

Bach aprendera muito bem, em sua vida familiar e em seu trabalho como professor, que influenciar os jovens não era assim tão fácil. Portanto, adicionou um recitativo no qual os planos de Lieschen são revelados: o homem que quiser casar com ela terá de consentir numa cláusula: o contrato matrimonial preverá que ela possa tomar café sempre que lhe apetecer.

No final, há um breve coro de três cantores, onde o café e a evolução são admitidos como coisas inevitáveis. Esta Cantata — ao lado de outras poucas obras vocais profanas — é uma evidente exceção na obra de Bach. O compositor, que possui a injusta fama de sério, aceitou o convite de Zimmermann para compor uma propaganda de seu Café e, como quase sempre fazia, produziu uma obra-prima, uma pequena comédia que funciona tanto no palco quanto nas salas de concertos. O efeito da primeira apresentação deve ter sido consideravelmente ampliado pelo fato de que às mulheres não era permitido cantar em cafés (nem em igrejas) e o papel de Lieschen foi, provavelmente, interpretado por um cantor em falsete. Bach, com o auxílio do poeta Picander, construiu dois personagens muito humanos e verossímeis: um pai resmungão e rústico e uma filha obstinada e cheia de caprichos. O compositor parece estar à vontade ao traçar a caricatura do pai com o baixo pesado, os ritmos acentuados e a prescrição con pompa, enquanto os violinos rosnam para indicar seu temperamento irascível.

Quando ele ameaça privar Lieschen de sua saia-balão de última moda, Bach indica seu tremendo diâmetro de forma escandalosa. A ária de Lieschen em louvor ao café é convencional, tão convencional que parece que o compositor quer insinuar que ela futilmente adotara tal hábito apenas para seguir a moda, o que seria um gol contra para Zimmermann. Entretanto, seu entusiasmo por um possível marido não é simulado… A alegria expressa na melodia em ritmo de dança popular é contagiosa. Para os puristas, o divino e sacro Bach chega a ser grosseiro: afinal, quando Lieschen diz que quer um amante fogoso e robusto, os violinos e as violas silenciam, como para deixar bem clara aos ouvintes a afirmativa sem rodeios. O Café Zimmermann deve ter vindo abaixo…

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares (Cantata do Café, dos Camponeses e Para Leopoldo)

1. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Recit: Durchlauchster Leopold
2. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Guldner Sonnen frohe Stunden
3. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Leopolds Vortrefflichkeiten
4. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Unter seinem Purpursaum
5. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Recit: Durchlauchtigster, den Anhalt Vater nennt
6. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: So schau dies holden Tages Licht
7. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Dein Name gleich der Sonnen geh
8. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Chorus: Nimm auch, grosser Furst, uns auf

9. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Schweigt stille, plaudert nicht
10. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Aria: Hat man nicht mit seinen Kindern
11. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Du boses Kind, du loses Madchen
12. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Aria: Ei! wie schmeckt der Coffee susse
13. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Wenn du mir nicht den Coffee lasst
14. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Aria: Madchen, die von harten Sinnen
15. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Nun folge, was dein Vater spricht!
16. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Aria: Heute noch, lieber Vater, tut es doch
17. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Nun geht und sucht der alte Schlendrian
18. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Chorus: Die Katze lasst das Mausen nicht

19. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Sinfonia
20. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria (duetto): Mer hahn en neue Oberkeet
21. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Nu, Mieke, gib dein Guschel immer her!
22. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Ach, es schmeckt doch gar zu gut
23. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Der Herr ist gut
24. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Ach, Herr Schosser, geht nicht gar zu schlimm
25. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Es bleibt dabei
26. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Unser trefflicher lieber Kammerherr
27. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Er hilft uns allen, alt und jung
28. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Das ist galant
29. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Und unsre gnadge Frau
30. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Funfzig Taler bares Geld
31. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Im Ernst ein Wort!
32. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Klein-Zschocher musse
33. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Das ist zu klug fur dich
34. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria col Corne de Chasse: Es nehme zehntausend Dukaten
35. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Das klingt zu liederlich
36. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Gib, Schone
37. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Du hast wohl recht
38. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Dein Wachstum sei feste
39. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Und damit sei es auch genung
40. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Und dass ihrs alle wisst
41. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Mein Schatz! erraten!
42. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Chor: Wir gehn nun, wo der Tudelsack

Les Violons Du Roy
Bernard Labadie

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Cantata do Café

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Aram Khachaturian (1903-1978): Spartacus; Gayaneh / Alexander Glazunov (1865-1936): The Seasons

Aram Khachaturian (1903-1978): Spartacus; Gayaneh / Alexander Glazunov (1865-1936): The Seasons

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Nada posso fazer, este é mais um CD imperdível. Trata-se do próprio Khachaturian regendo a Filarmônica de Viena em duas de suas obras mais importantes, os balés SpartacusGayaneh. Não é uma música tímida, muito pelo contrário, a coisa é boa e barulhenta pacas. Este armênio é pouco divulgado, mas gosto muito do que conheço dele. A música vai do sereno ao agitado, da tradição ocidental ao exótico e é tão extraordinária que me dá uma estranha vontade de ver balé. Vejam só.

O único problema deste disco é suportar o Glazunov. Que bosta.

Aram Khachaturian (1903-1978): Spartacus; Gayaneh / Alexander Glazunov (1865-1936): The Seasons

1 Khachaturian: Spartacus – Adagio Of Spartacus And Phrygia 9:10
2 Khachaturian: Spartacus – Variation Of Aegina & Bacchanalia 3:19
3 Khachaturian: Spartacus – Scene & Dance With Crotalums 3:39
4 Khachaturian: Spartacus – Scene Of The Gaditanae Maidens & Victory Of Spartacus 6:55

5 Khachaturian: Gayaneh – Sabre Dance 2:32
6 Khachaturian: Gayaneh – Ayesha’s Dance 5:11
7 Khachaturian: Gayaneh – Lezghinka 2:43
8 Khachaturian: Gayaneh – Gayaneh’s Adagio 4:17
9 Khachaturian: Gayaneh – Gopak 2:57

10 Glazunov: The Seasons, Op.67 – 1. Winter 9:53
11 Glazunov: The Seasons, Op.67 – 2. Spring 5:28
12 Glazunov: The Seasons, Op.67 – 3. Summer 11:12
13 Glazunov: The Seasons, Op.67 – 4. Autumn 9:29

Faixas 1 a 9:
Wiener Philharmoniker
Aram Khachaturian

Faixas 10 a 13:
L’Orchestre de la Suisse Romande
Ernest Ansermet

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Khachaturian ficando bonitinho para o concerto.
Khachaturian ficando bonitinho para o concerto.

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Alberto Ginastera (1916-1983): Panambí e Estancia (Balés Completos)

Alberto Ginastera (1916-1983): Panambí e Estancia (Balés Completos)

O Ortlieb nos enviou dois CDs da música do argentino Alberto Ginastera. Dois CDs excelentes. Como estou realmente ocupadíssimo hoje, recorro à Coleção Folha de Música Clássica com a informação biográfica deste grande compositor nacionalista. Notem como a Folha admite que Buenos Aires é nossa capital cultural… Estou trabalhando e ouvindo o CD. É muito bom e… às vezes parece Stravinski, mas não é cópia. Ginastera tem voz própria e distinta do russo. É grande compositor, sem dúvida.

Aclamado como o compositor argentino mais influente da história contemporânea, Alberto Evaristo Ginastera desenvolveu uma obra clássica que, surpreendentemente, inspirou várias bandas de rock progressivo na segunda metade do século 20. Estimulantes, líricas e vibrantes, suas composições nacionalistas retratavam o folclore argentino com temáticas fantásticas.

De origem humilde, filho de um catalão e uma imigrante italiana que trabalhavam na agricultura, Alberto Evaristo Ginastera nascera em 11 de abril de 1916, na capital cultural da América do Sul, Buenos Aires. Começou a estudar piano aos sete anos de idade. Com 19, recebeu o seu primeiro prêmio, na Associação El Unisono. Em seguida, formou-se no Conservatório Nacional de Buenos Aires, onde, em 1940, realizou a inédita apresentação de sua famosa obra para balé, O Panambí, além das Danças argentinas (para piano), que lhe projetaram nacionalmente.

O sucesso da estréia também lhe rendeu uma vaga como professor titular no Conservatório Nacional da Argentina. Posteriormente, frequentou as aulas de Aaron Copland em Tanglewood, na Fundação Guggenheim, em Nova York, onde entrou em contato com músicos como o maestro brasileiro Heitor Villa-Lobos.

De volta a Buenos Aires, tomado pela “onda musical nacionalista”, ele e outros compositores argentinos fundaram a Associação Nacional dos Compositores Argentinos, o Conservatório La Plata de Buenos Aires e o Centro Latino Americano para Estudos Musicais Avançados no Instituto Di Tella, do qual se tornou diretor em 1963.

Ginastera foi um compositor completo. Além de desenvolver modernas técnicas de composição, valendo-se do estilo microtonal, construiu um currículo acadêmico respeitadíssimo.

Acumulou cargos em várias instituições, tais como membro do Conselho Internacional de Musica (Unesco), reitor na Universidade Católica Argentina, além de ter sido professor emérito na Universidade de Música no Chile e na Academia Brasileira de Musica. Sua obra – que inclui óperas, balé, música para teatro, concertos para piano e música de câmara, entre vários outros gêneros — foi utilizada até em trilhas sonoras de filmes.

Mas ao contrário de sua agitada carreira, o argentino levou uma vida pessoal com discrição. Depois de passar longos anos entre a Argentina e viagens ao exterior, resolveu mudar-se em 1970 para Genebra, na Suíça, onde conheceu e casou-se com a violoncelista Aurora Natola.

Longe das turbulências políticas e econômicas da Argentina, o compositor passou a utilizar cada vez menos a temática folclórica e dedicar-se mais à criação de obras neo-expressionistas, que foram fontes de inspiração de bandas como o Yes, Gênesis, Emerson Lake and Palmer e Pink Floyd.

Alberto Ginastera morreu no dia 25 de junho de 1983, curiosamente no mesmo ano em que a Argentina voltava à democracia com a convocação de eleições gerais.

Alberto Ginastera – Panambí; Estancia

1. Panambi, Op. 1: Claro de luna el Parana (Moonlight on the Parana) 4:42
2. Panambi, Op. 1: Fiesta indigena (Native festival) 0:26
3. Panambi, Op. 1: Ronda de la doncellas (Girls’ round dance) 1:23
4. Panambi, Op. 1: Danza de los guerreros (Warriors’ dance) 1:58
5. Panambi, Op. 1: Escena (Scene) 2:42
6. Panambi, Op. 1: Pantomima del amor eterno (Pantomime of eternal love) 3:53
7. Panambi, Op. 1: Canto de Guirahu (Guirahu’s Song) 3:21
8. Panambi, Op. 1: El Hechicero se dirige hacia Guirahu (The sorcerer approaches Guirahu) – Aparecen las deidades del agua (The water sprites appear) ? 0:29
9. Panambi, Op. 1: Juego de las deidades del agua (The water sprites play) 2:09
10. Panambi, Op. 1: Reaparece el Hechicero (The sorcerer reappears) – Los gritos del Hechicero (The Sorcerer’s cries) 0:36
11. Panambi, Op. 1: Inquietud de la tribu (The tribe is uneasy) – Suplica de Panambi (Panambi’s prayer) 4:15
12. Panambi, Op. 1: Invocacion a los espiritus poderosos (Invocation to the spirits of power) 1:19
13. Panambi, Op. 1: Danza del Hechicero (Dance of the Sorcerer) 2:10
14. Panambi, Op. 1: El Hechicero habla (The Sorcerer speaks) 0:34
15. Panambi, Op. 1: Lamento de las doncellas (The girls’ lament) 3:12
16. Panambi, Op. 1: Aparicion de Tupa (Tupa appears) – Los guerreros amenazan al Hechicero (The warriors threaten the Sorcerer) 0:51
17. Panambi, Op. 1: El Amanecer (Dawn) 5:09

18. Estancia, Op. 8: Scene 1: El Amanecer – Introduccion y Escena (Dawn – Introduction and Scena) 2:33
19. Estancia, Op. 8: Pequena Danza (Little dance) 2:07
20. Estancia, Op. 8: Scene 2: La Manana – Danza del trigo (Morning – Wheat Dance) 3:21
21. Estancia, Op. 8: Los trabajadores agricolas (The farm labourers) 2:55
22. Estancia, Op. 8: Los peones de hacienda – Entrada de los caballitos (The cattlemen – Entry of the foals) 2:04
23. Estancia, Op. 8: Los puebleros (The townsfolk) 2:19
24. Estancia, Op. 8: Scene 3: La tarde – Triste pampeano (Afternoon – ‘Triste’ from the Pampas) 3:22
25. Estancia, Op. 8: La doma (Rodeo) 2:04
26. Estancia, Op. 8: Idilio crepuscular (Twilight idyll) 2:51
27. Estancia, Op. 8: Scene 4: La Noche – Nocturno (Night – Nocturne) 4:19
28. Estancia, Op. 8: Scene 5: El Amanecer – Escena (Dawn – Scena) 1:41
29. Estancia, Op. 8: Danza final (Final Dance) (Malambo) 3:32

Luis Gaeta, Narrador, Baixo-barítono
London Symphony Orchestra
Gisèle Ben-Dor

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Alberto Ginastera e o gato que pegou emprestado da parede de Poe
Alberto Ginastera e o gato que pegou emprestado da parede de Poe

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Béla Bartók (1881-1945): Os Três Concertos para Piano

Béla Bartók (1881-1945): Os Três Concertos para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Bem simples. Em quase 59 anos de vida e ouvindo música há pelo menos 45, digo-lhes que este é um dos melhores CDs que conheço. Não era para menos. Aqui temos o gênio do húngaro Bela Bartók + o extraordinário pianista, também húngaro, Géza Anda + aquele que talvez seja o melhor regente de todos os tempos: o igualmente húngaro Ferenc Fricsay. Imaginem que Fricsay, que infelizmente faleceu precocemente aos 49 anos, foi aluno de Bartók. Não dá para descrever o resultado. São pessoas que conhecem e compreendem profundamente um dos maiores compositores do século XX. Aqui nada é normal ou rotineiro. É para se ouvir de joelhos. Aproveitem este verdadeiro tesouro.

Béla Bartók — Concertos para Piano Nº 1, 2 e 3

1. Piano Concerto No.1, BB 91, Sz. 83 – 1. Allegro moderato – Allegro 9:16
2. Piano Concerto No.1, BB 91, Sz. 83 – 2. Andante 8:35
3. Piano Concerto No.1, BB 91, Sz. 83 – 3. Allegro molto 7:12

4. Piano Concerto No.2, BB 101, Sz. 95 – 1. Allegro 9:59
5. Piano Concerto No.2, BB 101, Sz. 95 – 2. Adagio – Più adagio – Presto 12:18
6. Piano Concerto No.2, BB 101, Sz. 95 – 3. Allegro molto 6:12

7. Piano Concerto No.3, BB 127, Sz. 119 – 1. Allegretto 7:23
8. Piano Concerto No.3, BB 127, Sz. 119 – 2. Adagio religioso 10:16
9. Piano Concerto No.3, BB 127, Sz. 119 – 3. Allegro vivace 6:46

Géza Anda, piano
Radio Symphonie Orchester Berlin — Rias SO de Berlim
Ferenc Fricsay

Gravado em outubro de 1960 (1º concerto) e setembro de 1959 (2º e 3º)

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Bartók: não basta gerar o rebento há que amá-lo e brincar com ele
Bartók: não basta gerar o rebento, há que amá-lo e, se o pedido for razoável, fazer o que ele pede

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Violin Sonatas Nos. 9 “Kreutzer”, 4 & 2

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Violin Sonatas Nos. 9 “Kreutzer”, 4 & 2

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente gravação de uma Naxos cada vez mais bonita e mainstream. Gatto e Libeer realizam um belo trabalho sobre conhecidas obras de câmara de Beethoven. A linda Sonata para violino e piano nº 9, em lá maior, Op. 47, de Ludwig van Beethoven (1770-1827) foi inicialmente dedicada a George Augustus Polgreen Bridgetower, um violinista mulato da Polônia e depois, como relata a tradição, por uma fútil questiúncula amorosa, acabou por ser repassada a Rodolphe Kreutzer (1766-1831), um violinista francês que tinha visitado Viena em 1798 e que Beethoven descreveu como um “querido e afável companheiro que durante sua permanência me proporcionou muito prazer”. Kreutzer teve boa sorte póstuma. Em primeiro lugar porque colocou seu nome na melhor das Sonatas para Violino e Piano e, em segundo lugar, porque. em 1889, Tolstói escreveu uma novela chamada Sonata Kreutzer a qual grudou definitivamente o nome do violinista na Sonata Nº 9.  O tema da novela é a morte, as relações de casal e é uma reafirmação dos valores do espírito. Nem deus sabe qual foi a intenção de Tolstói ao dar este título à novela. Mas vala a pena ouvir este CD.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Violin Sonatas Nos. 9 “Kreutzer”, 4 & 2

Violin Sonata No. 9 in A Major, Op. 47 “Kreutzer”
1 I. Adagio sostenuto – Presto 13:37
2 II. Andante con variazioni 14:20
3 III. Finale. Presto 8:40

Violin Sonata No. 4 in A Minor, Op. 23
4 I. Presto 7:04
5 II. Andante scherzoso, più allegretto 7:37
6 III. Allegro molto 5:11

Violin Sonata No. 2 in A Major, Op. 12 No. 2
7 I. Allegro vivace 6:01
8 II. Andante, più tosto Allegretto 5:20
9 III. Allegro piacevole 5:10

Lorenzo Gatto, violin
Julien Libeer, piano

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Lorenzo: um violinista que é gato
Lorenzo: um violinista que é gato

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Brahms, Bach, Ravel, Chausson, Waxman: Música para violino e piano

Brahms, Bach, Ravel, Chausson, Waxman: Música para violino e piano

Este disco é bom demais, mas tem limitações, sabem? O Brahms é MESMO NOTÁVEL, o Bach é LINDO DE MORRER, o Ravel é EXTRAORDINÁRIO, mas depois o pequepiano de verdade deverá desligar o computador ou o CD Player porque a coisa fica suspeita. Após uma transição meio estranha a cargo de Chausson — um francês que achei mela-cueca — , o tal Waxman faz um medley de Carmen que é das piores coisas que ouvi ultimamente. OK, o CD tem cara de recital. Daquele gênero de recital que começa com o filé e termina com aquela concessão ao gosto do público mais vulgar. É um estilo do qual não gosto. Mas, como diz Milton Ribeiro, futebol é bola na rede e o resto é secundário. Então ouçam o que e como quiserem. Mas de uma coisa tenham certeza, esses armênios aê são bons pra caralho.

Brahms, Bach, Ravel, Chausson, Waxman: Música para violino e piano

Brahms:
1. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: I. Allegro
2. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: II. Adagio
3. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: III. Un poco presto e con sentimento
4. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: IV. Presto agitato
Bach:
5. Ciaccona from Partita No.2 in D minor, BWV 1004 for violin solo
Ravel:
6. Tzigane, Rhapsodie de Concert
Chausson:
7. Poème Op. 25
Waxman:
8. Carmen Fantasie for Violin and Piano base on Themes from the Opera of Georges Bizet

Sergey Khachatryan, Violino
Lusine Khachatryan, Piano
Vladimir Khachatryan, Piano

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Sergey e Lusine Khachatryan, não encontramos Vladímir
Sergey e Lusine Khachatryan, não encontramos Vladímir

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Leevi Madetoja (1887-1947): Symphony No. 2 in E-Flat Major, Op. 35 / Kullervo / Elegy

Leevi Madetoja (1887-1947): Symphony No. 2 in E-Flat Major, Op. 35 / Kullervo / Elegy

Madetoja foi aluno de Sibelius e isto fica claro logo que começamos a ouvi-lo. Mas Madetoja é muito mais grandioso e menos dotado de talento Porém, não é suplício manter contato com este CD.  A orquestração é excelente, a orquestra de Helsinki é maravilhosa e a gente acaba engolindo tudo facilmente. Mas não é um gênio como foi seu professor. Sua maior obra é esta Sinfonia Nº 2 e é curioso notar como há nela tanto Sibelius quanto Tchaikovski. O final da Sinfonia, triste e resignado, é seu ponto alto. Ele escreveu três sinfonias e sua inspiração secou. Havia uma quarta sinfonia totalmente pronta, mas ela foi perdida numa estação ferroviária de Paris em 1938. Madetoja ficou muito deprimido. Exausto, morreu aos 60 anos de doença cardíaca.

Leevi Madetoja (1887-1947): Symphony No. 2 in E-Flat Major, Op. 35 / Kullervo / Elegy

1 Kullervo, Op. 15 14:23

Symphony No. 2 in E-Flat Major, Op. 35
2 I. Allegro moderato 13:24
3 II. Andante 13:36
4 III. Allegro non troppo 09:40
5 IV. Epilogue: Andantino 05:05

6 Sinfoninen sarja (Symphonic Suite), Op. 4: I. Elegia (Elegy) 05:54

Helsinki Philharmonic Orchestra
John Storgårds

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Leevi Madetoja: grandiloquente
Leevi Madetoja: grandiloquente, mas com belo final de Sinfonia

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Joseph Joachim Raff (1822-1882): Cello Concertos / Begegnung / Duo for Cello and Piano, Op.59

Joseph Joachim Raff (1822-1882): Cello Concertos / Begegnung / Duo for Cello and Piano, Op.59

Joachim Raff era um dos compositores mais populares e influentes da era romântica. ele escreveu onze sinfonias, três óperas, e uma infinidade de sonatas, concertos e canções, trazendo sua obra completa para mais de 300 peças. Por que não ouvimos falar dele? Ora, ele deveria estar na moda. Imaginem que ele era socialmente progressista e fundou uma escola de composição para mulheres! Mas era suíço, e as pessoas odeiam a Suíça. A família Raff mudou-se da Alemanha para a Suíça para que seu pai evitasse o recrutamento por Napoleão para a campanha malfadada à Rússia. Boa jogada. Por falar em boa, sua música é de boa qualidade. Raff parece ter simplesmente caído fora de moda sem explicação plausível. E a gente ouve carradas de românticos ruins… A estrela desta gravação é, sem dúvida, Daniel Müller-Schott, cuja inteligência na interpretação e virtuosismo são realmente arrebatadores. São performances muito maduras para um artista ainda em início de carreira.

Joseph Joachim Raff (1822-1882):
Cello Concertos / Begegnung / Duo for Cello and Piano, Op.59

1. Cello Concerto No. 1 in D minor, Op. 193: 1. Allegro
2. Cello Concerto No. 1 in D minor, Op. 193: 2. Larghetto
3. Cello Concerto No. 1 in D minor, Op. 193: 3. Finale. Vivace

4. Begegnung, phantasie-stück for cello & piano, Op. 86/1

5. Duo for cello & piano in A major, Op. 59: 1. Andantino
6. Duo for cello & piano in A major, Op. 59: 2. Allegro appassionato

7. Cello Concerto No. 2 in G major, Op. posth.: 1. Allegro
8. Cello Concerto No. 2 in G major, Op. posth.: 2. Andante
9. Cello Concerto No. 2 in G major, Op. posth.: 3. Allegro vivace

Daniel Müller-Schott, violoncelo
Robert Kulek, piano
Bamberger Symphoniker
Hans Stadlmair, regente

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Joseph Joachim Raff
Joseph Joachim Raff

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J. S. Bach (1685-1750): As Sonatas e Partitas para Violino Solo – John Holloway

J. S. Bach (1685-1750): As Sonatas e Partitas para Violino Solo – John Holloway

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Um grande disco! Uma das melhores versão das Sonatas e Partitas de Bach para violino solo. E uma bela e surpreendente gravação da ECM. Em todos os níveis — estético, emocional, técnico — , as interpretações de John Holloway convencem. Sua articulação está limpa, maleável e o timbre de seu violino barroco garante desde o Adagio da abertura do Sonata Nº 1, o brilho que os contrapontos de Bach exigem serem abordados com clareza. Inteligência, intensidade e drama estão presentes em igual medida.

É uma música muito familiar a mim, mas que aqui é ouvida como se fosse nova. O violinista inglês, um astro da música em instrumentos de época, extrai Bach de seu violino como se o estivesse reesculpindo.

J. S. Bach – The Sonatas and Partitas for Violin Solo

CD 1
1. Sonata No.1 in G minor BWV 1001 – I. Adagio
2. Sonata No.1 in G minor BWV 1001 – II. Fuga – Allegro
3. Sonata No.1 in G minor BWV 1001 – III. Siciliana
4. Sonata No.1 in G minor BWV 1001 – IV. Presto

5. Partita No.1 in B minor BWV 1002 – I. Allemanda
6. Partita No.1 in B minor BWV 1002 – II. Double
7. Partita No.1 in B minor BWV 1002 – III. Corrente
8. Partita No.1 in B minor BWV 1002 – IV. Double. Presto
9. Partita No.1 in B minor BWV 1002 – V. Sarabande
10. Partita No.1 in B minor BWV 1002 – VI. Double
11. Partita No.1 in B minor BWV 1002 – VII. Tempo di Borea
12. Partita No.1 in B minor BWV 1002 – VIII. Double

13. Sonata No.2 in A minor BWV 1003 – I. Grave
14. Sonata No.2 in A minor BWV 1003 – II. Fuga
15. Sonata No.2 in A minor BWV 1003 – III. Andante
16. Sonata No.2 in A minor BWV 1003 – IV. Allegro

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CD 2
1. Partita No.2 in D minor BWV 1004 – I. Allemanda
2. Partita No.2 in D minor BWV 1004 – II. Corrente
3. Partita No.2 in D minor BWV 1004 – III. Sarabanda
4. Partita No.2 in D minor BWV 1004 – IV. Giga
5. Partita No.2 in D minor BWV 1004 – V. Ciaccona

6. Sonata No.3 in C major BWV 1005 – I. Adagio
7. Sonata No.3 in C major BWV 1005 – II. Fuga
8. Sonata No.3 in C major BWV 1005 – III. Largo
9. Sonata No.3 in C major BWV 1005 – IV. Allegr assai

10. Partita No.3 in E major BWV 1006 – I. Preludio
11. Partita No.3 in E major BWV 1006 – II. Loure
12. Partita No.3 in E major BWV 1006 – III. Gavotte en rondeau
13. Partita No.3 in E major BWV 1006 – IV. Menuet I
14. Partita No.3 in E major BWV 1006 – V. Menuet II
15. Partita No.3 in E major BWV 1006 – VI. Bourrée
16. Partita No.3 in E major BWV 1006 – VII. Gigue

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John Holloway, violino barroco

ECM New Series 1909/10

 

John Holloway, nada rotineiro
John Holloway, nada rotineiro

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[restaurado por Vassily em 6/6/2020 e em 9/1/2022]

Erik Satie (1866-1925): Peças para Piano

Erik Satie (1866-1925): Peças para Piano

É inevitável. Ao menos um disco de Satie você terá em seu acervo. Ele tem algumas obras bastante boas e famosas. Mas poucas pessoas são apaixonadas por sua arte muitas vezes estática e quase sempre bem humorada. Aliás, o cômico em Satie costuma permanecer esquecido para dar espaço à poesia de peças como a deste disco. Porém, afirmo-lhes: o melhor de Satie está nos últimos discos da coleção de suas obras completas. São peças para vários instrumentos que ninguém mais ouve. Sei lá onde guardei aquilo, mas é muito cômico e bom. No mês passado, em 17 de maio, Satie completou 150 anos de nascimento. As homenagens foram bem modestas, considerando sua popularidade. Olga Scheps dá excelente tratamento a elas neste CD recém lançado e dá um passinho à frente dos outros CDs ao gravar a alegre Cinq Grimaces pour le songe d’une nuit d’été.

Debussy e Satie: provavelmente em conversa sem ritmo.
Debussy e Satie estáticos, como quase sempre.

Erik Satie (1866-1925): Peças para Piano

01. Gnossienne No. 1 Lent
02. Gnossienne No. 2 Avec étonnement
03. Gnossienne No. 3 Lent
04. Gnossienne No. 4 Lent
05. Gnossienne No. 5 Modéré
06. Gnossienne No. 6 Avec conviction et avec une tristesse rigoureuse
07. Cinq Grimaces pour le songe d’une nuit d’été I. Préambule
08. Cinq Grimaces pour le songe d’une nuit d’été II. Coquecigrue
09. Cinq Grimaces pour le songe d’une nuit d’été III. Chasse
10. Cinq Grimaces pour le songe d’une nuit d’été IV. Fanfaronnade
11. Cinq Grimaces pour le songe d’une nuit d’été V. Pour sortir
12. Gymnopédie No. 1 Lent et douloureux
13. Gymnopédie No. 2 Lent et triste
14. Gymnopédie No. 3 Lent et grave
15. Je te veux
16. Sarabande No. 1 in F Minor
17. Sarabande No. 2 in D Minor, à Maurice Ravel
18. Sarabande No. 3 in B-Flat Minor
19. Tendrement – Valse chantée
20. Gentle Threat

Olga Scheps, piano

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Eric Satie: 150 anos no mês passado
Eric Satie: 150 anos no mês passado

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Max Bruch (1838-1920): Concertos para Violino Nros. 2 e 3

Max Bruch (1838-1920): Concertos para Violino Nros. 2 e 3

Este disco vale para conhecer a tremenda violinista russa Lydia Mordkovitch (1944-2014), aluna e assistente de David Oistrakh nos anos 60. Desde 1980, quando mudou-se para Londres e assinou contrato com a Chandos, ela fez 60 CDs de altíssima qualidade. Mas, sabem vocês, ficou sempre em segundo plano, talvez por ser gordinha, baixinha e só se preocupar com música. Lydia Mordkovitch mereceria estar no topo com outros tantos violinistas de primeira linha. Por exemplo, sua gravação dos Concertos de Shostakovich, de 1995, recebeu inúmeros prêmios e é uma referência absoluta. Sua gravação dos Concertos Nº 1 e 2 de Prokofiev é inacreditável. Faleceu sem gravar o Concerto de Tchaikovsky, o qual foi longamente esperado por seus admiradores. Dizia não estar pronta, mas o tocava mais de 3 vezes por ano em concertos. Desde 1995, dava aulas de música russa na Royal Academy of Music. Era procuradíssima.

Max Bruch foi um bom compositor romântico. Só que este disco é inteiramente da intérprete. Aqui, a cantora supera em muito a canção.

Max Bruch (1838-1920): Concertos para Violino Nros. 2 e 3

Violin Concerto No. 2, Op. 44 in D minor
1 I. Adagio ma non troppo 15:04
2 II. Recitative. Allegro moderato 4:32
3 III. Finale. Allegro molto 9:52

Violin Concerto No. 3, Op. 58 in D minor
4 I. Allegro energico 20:27
5 II. Adagio 11:50
6 III. Finale. Allegro molto 9:03

Lydia Mordkovitch
London Symphony Orchestra
Richard Hickox

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Lydia Mordkovitch, tremenda violinista
Lydia Mordkovitch, tremenda violinista

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Mason Bates (1977): Works for Orchestra (The B-Sides, Liquid Interface e Alternative Energy)

Mason Bates (1977): Works for Orchestra (The B-Sides, Liquid Interface e Alternative Energy)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Apesar de não ter chegado ainda aos 40 anos. Mason Bates é o segundo compositor erudito vivo mais executado de nosso planeta. Creio que vocês sabem quem é o primeiro. Sua obra recém está começando a ser criada, mas ela já funde inovadoras escritas orquestrais, formas narrativas originais, harmonias do jazz, ritmos de techno e foi a primeira música sinfônica que recebeu ampla aceitação e integração de sons eletrônicos, muitas vezes pilotados pelo compositor. Maestros como Riccardo Muti, Michael Tilson Thomas e Leonard Slatkin já o descobriram o têm em seus catálogos. Gostei de conhecê-lo. Sua música olha para o futuro. Ele não escreve para o passado. Divirtam-se. Conheçam.

Mason Bates estará como compositor visitante da Osesp em 9 (amanhã!), 10 e 11 de junho deste ano. Vai tocar… laptop. Mas não pense em loucuras eletrônicas. Quando você mantiver contato com este disco, ouvirá tudo super integrado, elegante e… acústico.

Mason Bates (1977): Works for Orchestra

The B-Sides
1 Broom of the System 4:12
2 Aerosol Melody (Hanalei) 4:01
3 Gemini in the Solar Wind 5:32
4 Temescal Noir 3:14
5 Warehouse Medicine 4:45

Liquid Interface
6 Glaciers Calving 6:47
7 Scherzo Liquido 3:54
8 Crescent City 8:24
9 On the Wannsee 4:29

Alternative Energy
10 Ford’s Farm, 1896 7:07
11 Chicago, 2012 5:53
12 Xinjiang Province, 2112 8:06
13 Reykjavik, 2222 4:55

San Francisco Symphony
Michael Tilson Thomas

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Mason Bates com a Orquestra de São Francisco na estreia de The B-Sides
Mason Bates com a Orquestra de São Francisco na estreia de The B-Sides

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F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nros. 44, 48 e 49

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nros. 44, 48 e 49

haydn

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Para não se alegrar com Haydn, só mesmo embriagado ou muito louco. Que compositor e que interpretação esta de Daniel Barenboim com a Orquestra de Câmara Inglesa! Este CD não existe na Europa. Ele faz parte da Deutsche Grammophon Collection, vendida apenas — creio –no Brasil, América do Sul e Península Ibérica. Trata-se de uma garimpagem nos bons CDs da DG, o que não desmerece o resultado, muito pelo contrário. E, bem, se você não ficar feliz ouvindo a Sinfonia Maria Teresa, chame o Dr. Simão Bacamarte porque há uma corrente e uma árvore aguardando por você num manicômio.

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nros. 44, 48 e 49

01. 1.Allegro Con Brio – Symphony N. 44 In E Minor ‘Trauer’
02. 2.Menuetto – Allegretto – Canone In Diapason – Symphony N. 44 In E Minor ‘Trauer’
03. 3.Adagio – Symphony N. 44 In E Minor ‘Trauer’
04. 4.Finale – Symphony N. 44 In E Minor ‘Trauer’.

05. 1.Allegro – Symphony N. 48, In C Major ‘Maria Theresia’.
06. 2.Adagio – Symphony N. 48, In C Major ‘Maria Theresia’
07. 3.Menuetto – Trio – Menuetto – Symphony N. 48, In C Major ‘Maria Theresia’
08. 4.Finale – Allegro – Symphony N. 48, In C Major ‘Maria Theresia’

09. 1.Adagio – Symphony N. 49, In F Minor ‘La Passione’
10. 2.Allegro Di Molto – Symphony N. 49, In F Minor ‘La Passione’
11. 3.Menuet – Symphony N. 49, In F Minor ‘La Passione’
12. 4.Finale – Presto – Symphony N. 49, In F Minor ‘La Passione’

English Chamber Orchestra
Daniel Barenboim

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Haydn: meio fora de moda, mas QUE COMPOSITOR!
Haydn: meio fora de moda, mas QUE COMPOSITOR!

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Johannes Brahms (1833-1897): Piano Trios 1 & 3

Johannes Brahms (1833-1897): Piano Trios 1 & 3

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este Trio Nº 1, Op. 8, é uma comprovação de que Brahms nasceu pronto. É obra de um jovem compositor maduro. É um repertório incontornável do período romântico. Você tem que conhecer. Simples assim.

Como se não bastasse o trocadilho infame que o nome Brahms sugere a nós, brasileiros, ele era filho de um contrabaixista de Hamburgo que tocava em cervejarias… E, a partir dos dez anos de idade, o pequeno Johannes passou a trabalhar como pianista com seu pai, nas tabernas. Não sabemos se estas atividades foram nocivas à saúde do menino, sabemos apenas que ele, mais tarde, fez bom uso de seu conhecimento sobre o repertório popular alemão. Brahms teve apenas dois professores, ambos durante a infância e adolescência. Ainda muito jovem, ficou pronto para compor após estudar Bach, Mozart e Beethoven.

Começou a compor cedo e, antes de completar 20 anos, seu Scherzo opus 4 já tinha entusiasmado e revelado afinidades com Schumann, a quem Brahms ainda desconhecia. Foi visitar Schumann e então os fatos são mais conhecidos: primeiro, Schumann escreve em seu diário “Visita de Brahms, um gênio!”, depois publica artigo altamente elogioso ao compositor, fazendo com que o jovem Brahms tivesse a melhor publicidade que um artista pudesse desejar. Schumann o considerava um filho espiritual e a esposa de Schumann, Clara, chamava-o de seu “deus loiro”. Muitas hipóteses são possíveis sobre a relação entre Clara e Brahms, mas só uma coisa é certa: eles destruíram a maior parte das cartas que dizia respeito a ela. Porém, a versão de que houve um forte componente amoroso na relação entre os dois dá margem a muitas conjeturas e ficções.

A música de câmara de Brahms é um verdadeiro tratado sobre a humanidade. Foi um compositor originalíssimo. Suas obras representam uma tentativa única de fusão entre a expressividade romântica e as preocupações formais clássicas. O resultado é uma música de grande densidade e intensidade. Foi, em sua época, adotado pelos conservadores. Ele colaborou bastante com esta adoção ao assinar um manifesto contra a chamada escola neo-alemã de Liszt e Wagner. Porém… teve tal imerecido estigma quebrado pelo famoso ensaio de Schoenberg: “Brahms, o Progressista”.

Johannes Brahms (1833-1897): Piano Trios 1 & 3

Piano Trio No.1 in B major, Op.8
01. I. Allegro
02. II. Scherzo- Allegro molto
03. III. Adagio
04. IV. Allegro

Piano Trio No.3 in C minor, Op.101
05. I. Allegro energico
06. II. Presto non assai
07. III. Andante grazioso
08. IV. Allegro molto

Gutman Trio
Sviatoslav Moroz, violino
Natalia Gutman, cello
Dmitri Vinnik, piano

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O Trio Gutman
O Trio Gutman

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Gustav Mahler (1860-1911): Adagio da Sinfonia Nº 10 / Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 14

Gustav Mahler (1860-1911): Adagio da Sinfonia Nº 10 / Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 14

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sim, a versão apresentada neste disco para o adágio da 10ª Sinfonia — Mahler completou apenas este movimento da 10ª que permaneceu incompleta, apesar das atuais “reconstruções” — é uma redução para cordas escrita por Hans Stadlmair. É inferior ao original mahleriano, mas é muito bonita. Porém, a Sinfonia Nº 14 de Shostakovich está com sua instrumentação completa. Não têm razão os críticos que atacam Kremer por ele ter gravado duas reduções. Fico pasmo com isso: pessoas que se apresentam como críticos de música ignoram que a Sinfonia Nº 14 SEJA uma sinfonia de câmara.

Este CD é uma iguaria. A redução do tristíssimo Adágio de Mahler combinou perfeitamente com a 14ª de Shosta. A KREMERara Baltica (fundada em 1997) comemorou seu décimo aniversário lançando este CD onde interpreta o adágio da inacabada décima de Mahler com grande sensibilidade, assim como 14ª Sinfonia de Shostakovich – ambos são trabalhos escritos tendo por horizonte a proximidade da morte. Shosta, aliás, fez sua sinfonia sobre poemas a respeito da morte. Estão presentes, por exemplo, García Lorca, Apollinaire e Rilke. Ambas são composições plenas de dor e desespero.

Sobre a 14ª de Shostakovich, eu já tinha escrito neste blog:

Sinfonia Nº 14, Op. 135 (1969)

A Sinfonia Nº 14 – espécie de ciclo de canções – foi dedicada a Britten, que a estreou em 1970 na Inglaterra. É a menos casual das dedicatórias. Seu formato e sonoridade é semelhante à Serenata para Tenor, Trompa e Cordas, Op. 31, e à Les Illuminations para tenor e orquestra de cordas, Op. 18, ambas do compositor inglês. Os dois eram amigos pessoais; conheceram-se em Londres em 1960, e Britten, depois disto, fez várias visitas à URSS. Se o formato musical vem de Britten, o espírito da música é inteiramente de Shostakovich, que se utiliza de poemas de Lorca, Brentano, Apollinaire, Küchelbecker e Rilke, sempre sobre o mesmo assunto: a morte.

O ciclo, escrito para soprano, baixo, percussão e cordas, não deixa a margem à consolação, é música de tristeza sem esperança. Cada canção tem personalidade própria, indo do sombrio e elegíaco em A la Santé, An Delvig e A Morte do Poeta, ao macabro na sensacional Malagueña, ao amargo em Les Attentives, ao grotesco em Réponse des Cosaques Zaporogues e à evocação dramática de Loreley. Não há música mais direta e que trabalhe tanto para a poesia, chegando, por vezes, a casar-se com ela sílaba por sílaba para tornar-se mais expressiva. Há uma versão da sinfonia no idioma original de cada poema, mas sempre a ouvi em russo. Então, já que não entendo esta língua, tenho que ouvi-la ao mesmo tempo em que leio uma tradução dos poemas. Posso dizer que a sinfonia torna-se apenas triste se estiver desacompanhada da compreensão dos poemas – pecado que cometi por anos! Ela perde sentido se não temos consciência de seu conteúdo autenticamente fúnebre. Além do mais, os poemas são notáveis.

Possui indiscutíveis seus méritos musicais mas o que importa é sua extrema sinceridade. Me entusiasmam especialmente a Malagueña, feita sobre poema de Lorca e a estranha Conclusão (Schluss-Stück) de Rilke, que é brevíssima, sardônica e — puxa vida — muito, mas muito final.

Gustav Mahler (1860-1911)

1 Symphony No. 10 – Adagio (1910) adapted for strings by Hans Stadlmair and Kremerata Baltica

Dmitri Shostakovich (1906-1975)

Symphony No. 14 op. 135 (1969) for soprano, bass and chamber orchestra
Dedicated to Benjamin Britten

2 De profundis
3 Malagueña
4 Loreley
5 The Suicide
6 On the Alert
7 Look, Madame
8 At the Santé Jail
9 The Zaporozhian Cossacks’ Reply to the Sultan of Constantinople
10 O Delvig, Delvig!
11 The Death of the Poet
12 Conclusion

Yulia Korpacheva soprano
Fedor Kuznetsov bass
The Kremerata Baltica
Gidon Kremer

Recorded 2001 and 2004
ECM New Series 2024

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Gidon Kremers e sua Kremerata Baltica
Gidon Kremer e sua Kremerata Baltica

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.: interlúdio :. Carla Bley & Her Remarkable Big Band – Appearing Nightly (2006)

.: interlúdio :. Carla Bley & Her Remarkable Big Band – Appearing Nightly (2006)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

80 anos de Carla Bley !!!

O jazz atacou severamente aqui em casa ontem à noite. Enquanto os céus caíam sobre Porto Alegre, deixando desabrigados no interior, nós — um grupo de umas dez pessoas aqui em casa — discutíamos se havia ou não uma flauta e um órgão na Big Band de Carla Bley. Havia ambos, prova de que eu estava bêbado mas permanecia com os ouvidos em pleno funcionamento, ao contrario da maioria. Quando ficamos com a eletricidade em apenas uma fase, tivemos a sorte de que o aparelho de som permaneceu funcionando, assim como os vinhos.

E aqui está o registro principal da noite, o mais explorado, o Appearing Nightly da maravilhosa compositora, arranjadora e pianista Carla Bley.

Divirtam-se.

.: interlúdio :. Carla Bley & Her Remarkable Big Band – Appearing Nightly (2006)

1 Greasy Gravy
2 Awful Coffee
3 Appearing Nightly At The Black Orchid
4 Someone To Watch
5 I Hadn’t Anyone ‘Till You

Lew Soloff, Earl Gardner – trumpet
Steve Swallow – upright bass
Billy Drummond – drums
Christophe Panzani – tenor saxophone
Carla Bley – piano
Andy Sheppard – tenor saxophone
Gary Valente – trombone
Karen Mantler – organ
Julian Arguelles -baritone saxophone
Wolfgang Pusching – flute, alto saxophone
Richard Henry trombone
Beppe Calamosca – trombone
Florian Esch – trumpet
Gigi Grata – trombone
Roger Jannotta – flute, soprano saxophone, alto saxophone

Recorded August 2006

ECM

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Carla Bley e sua Big Band mandando bala
Carla Bley e sua Big Band mandando bala. O rapaz ali é um de seus pupilos, Charlie Haden

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