.: interlúdio :. Gary Peacock Trio: Tangents

.: interlúdio :. Gary Peacock Trio: Tangents

O viajandão Gary Peacock tem 82 anos e está há quase 65 por aí, se apresentando e gravando com seu contrabaixo. Já formou grupos com luminares como Albert Ayler, Paul Bley, Bill Evans e Keith Jarrett, ou seja, está na história do jazz. Quando o Standards Trio, de Jarrett, Peacock e o baterista Jack DeJohnette foi dissolvido em 2014, após mais de vinte gravações, Peacock lançou seu próprio trio de piano com o pianista Marc Copland e o baterista Joey Baron. Tangents vem logo após Now This (ECM, 2015).

Ao invés de ficar numa boa, lambendo sua própria história, Peacock está disposto a experimentar formas mais livres. Ele encontrou parceiros empáticos em Baron e Copland, que “têm a mesma experiência e a vontade de sentir a música juntos”. Tangents deve ser considerado um destaque nas carreiras dos três artistas. Para mim, eles muitas vezes são sérios demais e exploram pouco as tais tangentes. Mas há dias em que se precisa de um CD assim calmo, introspectivo e, paradoxalmente, cintilante.

Gary Peacock Trio: Tangents

1 Contact 6:29
2 December Greenwings 4:50
3 Tempei Tempo 4:10
4 Cauldron 2:29
5 Spartacus 5:10
6 Empty Forest 7:11
7 Blue In Green 4:42
8 Rumblin’ 4:07
9 Talkin’ Blues 4:04
10 In And Out 2:53
11 Tangents 6:50

Double Bass – Gary Peacock
Drums – Joey Baron
Piano – Marc Copland

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O Gary Peacock Trio
O Gary Peacock Trio

PQP

.: interlúdio :. Ahmad Jamal: Marseille

.: interlúdio :. Ahmad Jamal: Marseille

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Lembro de Jamal dando uma entrevista após um daqueles lendários Festivais de Jazz de São Paulo. O repórter perguntou o motivo pelo qual ele não utilizava piano elétrico… E ele respondeu rindo:

— Você quer que eu abra mão de meu Steinway? É isso?

O inexperiente jornalista ficou parado, esperando mais. Bobo. “Atravessei quatro gerações em matéria de música. Eu era criança no tempo das big bands; adolescente quando chegaram as revoluções de Dizzy Gillespie e Charlie Parker; vivi o free jazz e continuo vivo na era da eletrônica”. E, aos 86 anos completados em julho, o estadunidense Ahmad Jamal segue fiel a seu piano Steinway. E faz um belo CD em homenagem à cidade que ama: “Marselha é uma cidade única, com pulsação própria. É um porto aberto ao mundo, onde se sente o vento dessa liberdade, o espírito de aventura”. E o CD Marseille é bom demais. A alegria, o uso do ritmo, do silêncio, da luz e da sombra sempre caracterizaram Jamal e sua bela mão esquerda. E eles estão aqui, provas vivíssimas de que a pirotecnia frenética não é necessária para causar impacto. Este álbum extraordinariamente belo demonstra como a idade sozinha não diminui a capacidade musical e a criatividade de um artista. Eu adorei ouvi-lo. Espero ainda mais do compositor, pianista e artista sem fim Ahmad Jamal, tá?

Ahmad Jamal: Marseille

1 Marseille (Instrumental) 8:34
2 Sometimes I Feel Like A Motherless Child 5:47
3 Pots En Verre 8:27
4 Marseille (Vocals – Abd Al Malik) 7:23
5 Autumn Leaves 8:45
6 I Came To See You / You Were Not There 5:54
7 Baalbeck 6:21
8 Marseille (Vocals – Mina Agossi) 8:14

Double Bass – James Cammack
Drums – Herlin Riley
Percussion – Manolo Badrena
Piano – Ahmad Jamal
Vocals – Abd Al Malik, Mina Agossi

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Jamal rindo gostosamente da idade.
Jamal rindo gostosamente da idade.

PQP

.: interlúdio :. Louis Hayes: Serenade For Horace

.: interlúdio :. Louis Hayes: Serenade For Horace

Horace Silver era na verdade Horace Ward Martin Tavares Silva (1928-2014), um pianista e compositor de jazz. Ele era filho de um imigrante de Cabo Verde e de uma estadunidense. Ele é o homenageado neste CD pelo baterista de seu extinto quinteto e grande amigo Louis Hayes (1937). É um disco excelente. Não chega a ser uma releitura radical, é antes uma “tranquila lembrança” concebida e liderada por Hayes. Aos 80 anos, sua bateria é tão boa e jovem como sempre foi. O CD reúne um grupo de músicos experientes e dedicados a honrar Silver, sem imitá-lo, mas tocando sua música com grande fidelidade. E a música de Silver é daquele gênero que deixa a gente feliz.

Louis Hayes: Serenade For Horace

1 Ecaroh 4:55
2 Señor Blues 5:22
3 Song for My Father 5:52
4 Hastings Street 4:09
5 Strollin’ 5:16
6 Juicy Lucy 5:57
7 Silver’s Serenade 5:05
8 Lonely Woman 6:46
9 Summer in Central Park 5:03
10 St. Vitus Dance 5:51
11 Room 608 4:55

Personnel:
Louis Hayes: drums and leader;
Abraham Burton: tenor saxophone;
Josh Evans: trumpet;
Steve Nelson: vibraphone;
David Bryant: piano;
Dezron Douglas: bass and
Gregory Porter, vocalist, on Song for My Father.

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ao piano, Horace Silver. Louis Hayes na batera.
Ao piano, Horace Silver. Louis Hayes na batera.

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral das Sonatas para Violino e Piano (Faust/Melnikov)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral das Sonatas para Violino e Piano (Faust/Melnikov)

Eu adoro Isabelle Faust, já classifiquei vários de seus trabalhos — a maioria — como IMPERDÍVEIS, mas aqui ela faz uma gravação apenas correta das Sonatas para Violino e Piano de Beethoven. Pareceu-me inferior a tantas versões do século passado e sem nada da ousadia que Mutter demonstra aqui. E, por estes dias, andei ouvindo muito à maravilhosa Patricia Kopatchinskaja… Então, tudo aqui me pareceu sem ênfase, como se Faust não chegasse aos pés sempre descalços da moldava. De certa forma, me tranquiliza ler que este não é um registro muito bem avaliado pela crítica. Desta forma, não devo estar delirando demais. É tudo muito lindinho, perfeitinho e limpinho, meio sem alma beethoveniana também.

(Mas aí ela chega na Kreutzer e arrasa! Vá entender…).

Sonata No. 1 In D Major Op. 12 No. 1
I. Allegro Con Brio 8:53
II. Andante Con Moto. Tema Con Variazioni 6:28
III. Rondo. Allegro 4:39

Sonata No. 2 In A Major Op. 12 No. 2
I. Allegro Vivace 5:51
II. Andante, Più Tosto Allegretto 4:55
III. Allegro Piacevole 5:01

Sonata No. 3 In E Flat Major Op. 12 No. 3
I. Allegro Con Spirito 7:53
II. Adagio Con Molt’Espressione 6:15
III. Rondo (Allegro Molto) 3:39

Sonata No. 4 In A Minor Op. 23
I. Presto 7:03
II. Andante Scherzoso, Più Allegretto 7:05
III. Allegro Molto 5:07

Sonata No. 5 In F Major Op. 24 “Spring”
I. Allegro 9:50
II. Adagio Molto Espressivo 5:46
III. Allegro Molto 1:09
IV. Rondo. Allegro Ma Non Troppo 6:19

Sonata No. 10 In G Major Op. 96
I. Allegro Moderato 11:28
II. Adagio Espressivo 5:23
III. Scherzo 1:53
IV. Poco Allegretto 8:49

Sonata No. 6 In A Major Op. 30 No. 1
I. Allegro 6:56
II. Adagio Molto Espressivo 6:46
III. Allegretto Con Variazioni 7:55

Sonata No. 7 In C Minor Op. 30 No. 2
I. Allegro Con Brio 7:05
II. Adagio Cantabile 7:28
III. Scherzo. Allegro 3:15
IV. Allegro 4:52

Sonata No. 8 In G Major Op. 30 No. 3
I. Allegro Assai 5:55
II. Tempo Di Minuetto 6:09
III. Allegro Vivace 3:04

Sonata No. 9 In A Major Op. 47 “Kreutzer”
I. Adagio Sostenuto 13:22
II. Andante Con Variazioni 13:41
III. Finale: Presto 8:16

Isabelle Faust, violin
Alexander Melnikov, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Melnikov e Faust: pouco ânimo para Beethoven
Melnikov e Faust: pouco ânimo para Beethoven

PQP

.: interlúdio :. Birkin Gainsbourg : le symphonique

.: interlúdio :. Birkin Gainsbourg : le symphonique

Como disse um amigo, Jane Birkin e Serge Gainsbourg foi o casal das mais belas fotos. E a lindíssima Birkin costuma ainda vestir e despir as obras de Serge, o “poeta lendário”, cujas músicas ela cantou desde o primeiro álbum que ele compôs para ela, Serge Gainsbourg / Jane Birkin, de 1969. É assim até hoje. A morte de Serge não fez diferença: Jane usa as músicas de seu parceiro quando vai por aí. “É um privilégio que um dos maiores autores franceses tenha escrito para mim de meus 20 aos 45 anos. E, de certa forma, ele nunca parou. É uma situação estranha. Eu posso sempre levar as canções comigo. Digo suas palavras.” Sob a direção artística de Philippe Lerichomme, “o homem das sombras”, companheiro de viagem de Serge e Jane desde meados da década de 1970, o grande Nobuyuki Nakajima arranjou vinte e uma músicas. A chanson francesa nunca me interessou, mas é uma instituição romântica do país. Enquanto o rock varria o mundo, os franceses permaneciam cantando delicadas, lentas ou felizes canções românticas. Quando Gainsbourg morreu, em 1991, o presidente François Mitterrand disse: “Ele foi nosso Baudelaire, nosso Apollinaire… Ele elevou a música ao nível de arte”. Bem, já tinham feito isso muito antes, mas deixemos passar… A casa de Serge é um endereço bem conhecido, frequentemente é coberta por grafitis e poemas. O homem é mesmo uma lenda e sua mulher, então, sei lá. Eu gostei do disco, mas, cá entre nós, Jane Birkin está mais para musa — E QUE MUSA — do que para cantora. Ela diz as canções que ele escreveu para ela. E não precisa fazer mais.

1468679918-044-jane-birkin-serge-gainsbourg-theredlist

Birkin Gainsbourg : le symphonique

1. Lost Song
2. Dépression au-dessus du jardin
3. Baby Alone In Babylone
4. Physique et sans issue
5. Ces petits riens
6. L’aquoiboniste
7. Valse de Melody
8. Fuir le bonheur de peur qu’il ne se sauve
9. Requiem pour un con
10. Une chose entre autres
11. Amour des feintes
12. Exercice en forme de Z
13. Manon
14. La chanson de Prévert
15. Les dessous chics
16. L’amour de moi
17. Pull marine
18. La gadoue
19. Jane B.
20. L’anamour
21. La Javanaise

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Jane Birkin e Serge Gainsbourg
Jane Birkin e Serge Gainsbourg

PQP

Béla Bártok (1881-1945): Os Três Concertos para Piano

Béla Bártok (1881-1945): Os Três Concertos para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco arrebatador: música do mais alto nível em notável interpretação! Este disco mais parece um sonho de tão bom. Só encontra rival no campeão deste extraordinário repertório. Era de se prever: os húngaros entendem melhor Bartók do que os outros… Esta é uma gravação em 1996 de András Schiff e da Orquestra do Festival de Budapeste, liderada por Ivan Fischer. O time toca um Bartók elegante e majestoso. Schiff está excelente e o som da orquestra chega cheio e reverberante. E Schiff reclama: “O Segundo Concerto é provavelmente a peça mais difícil que já toquei. Geralmente acabo com o teclado sujo de sangue, machuco os dedos”. E, bem, falar destes três concertos é bobagem. Talvez seja o que de melhor tivemos no século XX. Para ouvir este disco e aquele que está no link acima, basta apertar os cintos e viajar. Você estará num passeio surpreendente e feliz.

Béla Bártok (1881-1945): Os Três Concertos para Piano

Piano Concerto No. 1, Sz 83
01. Allegro moderato. Allegro
02. Andante
03. Allegro. Allegro molto

Piano Concerto No. 2, Sz 95
04. Allegro
05. Adagio. Presto. Adagio
06. Allegro molto

Piano Concerto No. 3, Sz 119
07. Allegretto
08. Adagio religioso
09. [Allegro vivace]

Budapest Festival Orchestra
Iván Fischer, regente
András Schiff piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Béla Bartók
Béla Bartók

Carlinus

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suíte Inglesa No.2 BWV 807, Toccata BWV 912, Abertura Francesa BWV 831 (Avdeeva)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suíte Inglesa No.2 BWV 807, Toccata BWV 912, Abertura Francesa BWV 831 (Avdeeva)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A moscovita Yulianna Avdeeva (1985) ganhou fama internacional ao vencer em 2010 o primeiro prêmio da 16ª edição do Concurso Chopin em Varsóvia. Quem já ganhou este prêmio? Ora, Maurizio Pollini, Martha Argerich, Bella Davidovich, Krystian Zimerman… Curiosamente, às vezes o juri desta competição pensa que ninguém merece o primeiro prêmio e dá os prêmios apenas a partir do segundo lugar. Tudo para que o Concurso Chopin tenha seu prestígio preservado. Ela estudou com Konstantin Scherbakov, mas isto não interessa agora. Interessa é dizer que ela faz seu piano cantar como poucas vezes ouvi. Este disco é excelente. Sua versão da Suíte Inglesa #2 demonstra que Avdeeva tem voz própria e grande personalidade. Ela faz tudo com originalidade. Já a Toccata e a Abertura em Estilo Francês nos chegam como verdadeiras pérolas.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suíte Inglesa No.2 BWV 807, Toccata BWV 912, Abertura Francesa BWV 831

1 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: I. Prélude 5:00
2 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: II. Allemande 3:37
3 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: III. Courante 1:38
4 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: IV. Sarabande 3:30
5 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: V. Bourrée I/II 4:15
6 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: VI. Gigue 3:33

7 Toccata in D Major, BWV 912 10:30

8 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: I. Ouverture 12:35
9 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: II. Courante 2:14
10 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: III. Gavotte I/II 3:22
11 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: IV. Passepied I/II 2:27
12 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: VI. Sarabande 3:35
13 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: VI. Bourrée I/II 2:29
14 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: VII. Gigue 2:28
15 Overture In The French Style In B Minor, Bwv 831: VIII. Echo 3:01

Yulianna Avdeeva, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Yulianna Avdeeva, um espanto só
Yulianna Avdeeva, um espanto só

PQP

Anton Arensky (1861-1906): Suites 1 e 3 para Orquestra e Introdução à Ópera Nal and Damajantil

Anton Arensky (1861-1906): Suites 1 e 3 para Orquestra e Introdução à Ópera Nal and Damajantil

Querem saber o que tem de melhor este CD? A orquestra e o sotaque autenticamente russo dado pelos músicos e pela regência de Evgeni Svetlanov. Isso é fascinante e faz Arensky brilhar. Arensky foi precoce musicalmente, compondo algumas canções e peças para piano ao nove anos de idade. Mudou-se com os pais para São Petersburgo em 1879, onde estudou composição no Conservatório de São Petersburgo com Nikolai Rimsky-Korsakov. Após sua formatura em 1882, Arensky tornou-se professor no Conservatório de Moscou. Entre seus alunos estiveram Alexander Scriabin, Sergei Rachmaninoff e Alexander Gretchaninov. Em 1895, Arensky retorna à São Petersburgo como diretor co Coro Imperial, posição para a qual havia sido recomendado por Mily Balakirev. Arensky aposentou-se em 1901, passando o resto da vida como pianista, regente, e compositor. Arensky morre de tuberculose em um sanatório em Perkijarvi, Finlândia. Existem boatos que a bebida e o jogo afetaram sua saúde.

Tchaikovsky foi a maior influencia nas composições de Arensky. De fato, Rimsky-Korsakov disse, “na juventude Arensky não escapou de alguma influência minha; mais tarde a influência foi de Tchaikovsky”. A percepção de que não possuía um estilo pessoal forte contribuiu à longa negligência pela qual passou sua música, contudo recentemente grande número de suas composições têm sido gravadas. Especialmente populares são as Variações sobre um tema de Tchaikovsky, para orquestra, baseadas em uma das Canções para crianças, Op. 54 do Tchai. Possivelmente as melhores composições de Arensky sejam as de música de câmara, principalmente os dois Trios para Piano, mui dignamente românticos. Compôs também dois quartetos de cordas e um quinteto para piano.

Neste disco, vocês verão que o cara é um injustiçado, apesar de efetivamente não possuir um estilo pessoal.

Anton Arensky – Suite 1 e 3 para Orquestra e Introdução à Ópera Nal and Damajanti.

01 – Suite Nº 01 – Variations
02 – Suite Nº 01 – Dance
03 – Suite Nº 01 – Scherzo
04 – Suite Nº 01- Basso Ostinato
05 – Suite Nº 01 – March

06 – Suite Nº 03 – Theme
07 – Suite Nº 03 – Dialogue
08 – Suite Nº 03 – Waltz
09 – Suite Nº 03 – March
10 – Suite Nº 03 – Menuet
11 – Suite Nº 03 – Gavote
12 – Suite Nº 03 – Scherzo
13 – Suite Nº 03 – Funeral March
14 – Suite Nº 03 – Nocturne
15 – Suite Nº 03 – Polonaise

16 – Ópera Nal and Damajanti – Introduction

Orquestra Sinfônica da URSS
Evgeni Svetlanov

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Arensky: "Noutras palavras, sou muito romântico"
Arensky: “Noutras palavras, sou muito romântico”

PQP

Anthoine Boesset (1587-1643): Je meurs sans mourir (Le Poème Harmonique)

Anthoine Boesset (1587-1643): Je meurs sans mourir (Le Poème Harmonique)

Mais um trabalho da Alpha com o Le Poème Harmonique, este apresentando Anthoine Boesset (1587-1643). Não é um CD tão espetacular quanto aquele de Charles Tessier, mas é fortemente indicado para os amantes do barroco inicial. Este CD foi lançado em 2003 e agora retornou em nova e merecida edição. São belas melodias antigas, árias que combinam poesia, canto e acompanhamento — aqui, espetacular — e que foram as delícias dos salões da época. Falemos sério: há música que amamos sem realmente tentar descobrir o motivo: eu morro sem morrer, ou “Je meurs sans mourir”, é um desses.

Anthoine Boesset (1587-1643): Je meurs sans mourir (Le Poème Harmonique)

1 Una Musiqua 4:10
2 Départ Que Le Devoir Me Fait Précipiter 5:32
Ballet Des Fous & Des Estropiés De La Cervelle (7:27)
3 Entrée De L’Embabouinée 2:22
4 Entrée Des Demy-Fous 1:26
5 Entrée Des Fantasques 2:10
6 Ballet Des Vaillans Combattans 1:29
7 Récit De Syrènes : Quel Soleil 2:05
8 Récit D’Amphion & Des Syrènes : Quels Doux Supplices 0:58
9 Récit Du Dieu Des Songes : Quelle Merveilleuse Advanture 2:47
10 Récit De Mnémosyne : Quelles Beautés, Ô Mortels 1:39
11 Récit Du Temps : Bien Que Je Vole Toutes Choses & Aux Voleurs, Au Secours, Accourez Tous 2:16
12 Je Meurs Sans Mourir 2:32
13 A La Fin Cette Bergère 3:55
14 Entrée Des Laquais 1:29
15 Dove Ne Vai, Crudele 4:27
16 Frescos Ayres Del Prado 3:56
17 La Gran Chacona
Composed By – Luis de Briceño 2:55
18 La Pacifique
Composed By – Louis Constantin 3:08
19 Ô Dieu ! 4:23
20 Nos Esprits Libres & Contents
Composed By – Anonyme* 5:28

Le Poème Harmonique
Direction Vincent Dumestre

Baritone Vocals [Basse-Contre] – Arnaud Marzorati
Baroque Guitar – Massimo Moscardo, Vincent Dumestre
Countertenor Vocals [Haute-contre] – Bruno Le Levreur
Directed By – Vincent Dumestre
Ensemble – Le Poème Harmonique
Lute – Benjamin Perrot
Lute [Archiluth] – Massimo Moscardo
Percussion – Joël Grare
Soprano Vocals [Dessus] – Claire Lefilliâtre
Tenor Vocals [Taille] – Jean-François Novelli
Theorbo – Benjamin Perrot, Vincent Dumestre
Viol [Basse De Viole] – Anne-Marie Lasla, Florence Bolton (tracks: 18), Sylvia Abramowicz
Viol [Dessus De Viole] – Kaori Uemura, Sylvie Moquet
Violone – Françoise Enock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Musical Company | Pieter Codde (1639)
Musical Company | Pieter Codde (1639)

PQP

Marin Marais (1656-1728): Pieces de Viole du IV Livre, 1717

Marin Marais (1656-1728): Pieces de Viole du IV Livre, 1717

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O gênio da música para viola da gamba Marin Marais com seu maior intérprete Jordi Savall. Não tinha como dar errado. A onipresente e nada dramática melancolia de Marais está toda aqui. Em cada peça, mesmo na que exige maior virtuosismo, há um toque agridoce. Não vou escolher peças porque achei tudo um só deleite. Savall, com sua musicalidade, senso de estilo e, claro, virtuosismo está além de qualquer crítica. Seu time é monstruoso, é um Barcelona: Pierre Hantaï, Rolf Lislevand, Xavier Díaz-Latorre, Philippe Pierlot e, claro, Pedro Estevan, são a melhor companhia possível. A qualidade de som é espantosa. Usaram microfones DPA (como a maioria dos CDs de Savall, Elena!). Ouvimos tudo, os ruídos dos dedos, os giros de páginas, as respirações, gemidos, etc., e isso dá à música uma vibração que você se sente como se estivesse em Saint-Michel en Thiérache, na França, onde as sessões de gravação ocorreram em agosto e setembro 2006.

Marin Marais (Marin Marais (1656-1728): Pieces de Viole du IV Livre, 1717

disc 1:
01. Marche Tartare, IV.55 02:11
02. Allemande, IV.56 02:11
03. Sarabande, IV.57 02:50
04. La Tartarine, IV.58 00:57
05. Double, IV.59 01:12
06. Gavotte, IV.60 01:42
07. Feste Champêtre, IV.61 05:45
08. Gigue la Fleselle, IV.62 02:26
09. Rondeau le Bijou, IV.63 05:58
10. Le Tourbillon, IV.64 01:39
11. L’Uniforme, IV.65 01:24
12. Suitte, IV.66 00:56
13. Suitte, IV.67 02:24
14. L’Ameriquaine, IV.68 04:21
15. Allemande pur le Sujet et Gigue pour la Basse, IV.69 02:36
16. Allemande l’Asmatique, IV.70 01:41
17. La Tourneuse, IV.71 02:36
18. Muzette, IV.72 05:00

disc 2:
01. 1. Caprice ou Sonate IV.73 05:29
02. 2. Le Labyrinthe IV.74 10:51
03. 3. La Sauterelle IV.75 02:33
04. 4. La Fougade IV.76 04:06
05. 5. Allemande la Bizare IV.77 02:42
06. 6. La Minaudiere IV.78 01:56
07. 7. Allemande la Singuliere IV.79 02:34
08. 8. L’Arabesque IV.80 04:49
09. 9. Allemande la Superbe IV.81 03:01
10. 10. La Reveuse IV.82 07:39
11. 11. Marche IV.83 02:01
12. 12. Gigue IV.84 01:20
13. 13. Piece Luthee IV.85 01:42
14. 14. Gigue la Caustique IV.86 01:53
15. 15. Le Badinage IV.87 03:55

Performers:
Jordi Savall, basse de viole
Rolf Lislevand, Xavier Díaz Latorre, théorbes, guitares
Philippe Pierlot, basse de viole
Pierre Hantaï, clavecin

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

E o cara esquece de anotar o autor... Que também não vai reclamar, né?
E o cara esquece de anotar o autor… Que também não vai reclamar, né?

PQP

Bernstein / Carreño / Castellanos / Estévez / Ginastera / Márquez / Revueltas / Romero: Gustavo Dudamel – Fiesta

Bernstein / Carreño / Castellanos / Estévez / Ginastera / Márquez / Revueltas / Romero: Gustavo Dudamel – Fiesta

Dudamel, grande revelação da regência da atualidade e figurinha repetida daqui do blog não? Mas sempre é bom falar mais um pouco sobre ele.

Dudamel já foi abençoado pela santíssima trindade da regência da capital musical do planeta, Berlim. Claudio Abbado, o mítico maestro da Filarmônica entre 1989 e 2002, viajou várias vezes à Venezuela para reger a Orquestra Sinfônica Juvenil Simón Bolívar, com a qual Dudamel tem percorrido o planeta. Sir Simon Rattle, sucessor de Abbado na Filarmônica, chamou o jovem de “o maestro mais dotado que já vi”, e dividiu com ele o pódio da turnê norte-americana da Simón Bolívar. Daniel Barenboim, diretor da Ópera de Berlim, atuou como pianista sob a batuta do jovem prodígio, ao lado da Filarmônica de Viena, e o convidou a reger em seu teatro. Se Dudamel é bom para Abbado, Rattle e Barenboim, é bom também para a gravadora Deutsche Grammophon. Além de um DVD, com um concerto em homenagem ao aniversário do papa Bento XVI, o mais prestigiado selo clássico do planeta já lançou três discos do prodígio venezuelano: um com a Filarmônica de Los Angeles, no Concerto para Orquestra, do húngaro Béla Bartók, e dois regendo a Simón Bolívar em sinfonias de Beethoven e Mahler.

Achei esse CD quase completo, se tirassem Sensemaya , que é um pé no saco o resto é a mais bela das coisas. Neste CD também entram o Danzón Nº 2 também figura repetida do blog mais a desse CD é incrível ! Na música o tema principal é tocado várias vezes em tons diversos e em variações do tema principal. Essa música poderia até ser um pé no saco, mas Dudamel consegue deixar a música orgãnica, ou seja, que seja de compreenção de todos e ainda por cima sem ficar chata. Além disso a música é altamente sincopada, o que realmente te dá uma vontade de dançar. (Será que é por isso que se chama Danzón?)

Fuga con Pajarillo.  Na composição musical o tema é repetido por outras vozes que entram sucessivamente e continuam de maneira entrelaçada. Começa com um tema, declarado por uma das vozes isoladamente. Uma segunda voz entra, então, “cantando” o mesmo tema mas noutra tonalidade, enquanto a primeira voz continua desenvolvendo com um acompanhamento contrapontista. As vozes restantes entram, uma a uma, cada uma iniciando com o mesmo tema. O restante da fuga desenvolve o material posterior utilizando todas as vozes e, usualmente, múltiplas declarações do tema. Ouça e entenderás…

Depois entra as quatro danças do balé Estância, do arentino Alberto Ginastera, cuja articulação rítmica impressiona tanto pela percussão quanto pela unicidade das cordas. Composto de 4 faixas :Los Trabajadores Agricolas, Danza del trigo, Los peones de hacienda e Danza Final.

Após esse turbilhão vem o conhecido Mambo, de West Side Story, de Bernstein, é conhecida para caramba.

Então, é isso.

Trechos do texto acima tirados daquidaqui.

Gustavo Dudamel – Orquestra Simon Bolívar – Fiesta

01 – Revueltas – Sensemaya
02 – Carreño -Margaritena
03 – Estévez  – Melodia en El Llano
04 – Marquéz –  Danzón Nª 02
05 – Romero – Fuga con Pajarillo
06 – Ginastera – Los Trabajadores Agricolas
07 – Ginastera – Danza del trigo
08 – Ginastera – Los peones de hacienda
09 – Ginastera – Danza Final
10 – Castellanos – Santa Cruz de Pacairigua
11 – Bernstein – Dance from West Side Story ( Mambo )

Orquestra Simón Bolívar
Gustavo Dudamel – Regente

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Já viu nossos mais de 130 endereços para baixar partituras? Clique aqui

Hum... Bem, deixa assim.
Hum… Bem, deixa assim.

Gabriel Clarinet
Repostado por PQP
Trepostado por Bisnaga

W. A. Mozart (1756-1791): As últimas sinfonias (de 31 a 36 e de 38 a 41)

W. A. Mozart (1756-1791): As últimas sinfonias (de 31 a 36 e de 38 a 41)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu espero que ninguém venha me perguntar sobre a Sinfonia Nº 37, né? Por muito tempo pensou-se que era de Mozart, mas, em 1907, Lothar Perger, descobriu que a pretensa 37ª de Mozart era, na verdade, a 25ª de Michael Haydn. É inacreditável a confusão entre o simplesinho Michael Haydn (que estava longe de ser parecido com o imenso e imortal Franz Josef Haydn) e Mozart. É difícil de compreender o motivo que levou a edição Koechel a errar, considerando os três pobres movimentos daquela Sinfonia em Sol Maior como a sucessora imediata da Sinfonia Linz…

Mas voltemos ao excelente álbum quádruplo objeto do post: essas gravações das sinfonias maduras de Mozart são muito especiais. Talvez seja o melhor registro dela em instrumentos de época. Há profundidade e grandeza. Trevor Pinnock e o The English Concert parecem apreciar cada nota das sinfonias, tal é a entrega, energia e a vitalidade que há ao longo destes quatro CDs. Eles não têm receio de se derramar nos movimentos lentos, nem de fazer animados os Allegri. Poucas vezes ouvi um CD que combine melhor as abordagens autêntica e romântica em Mozart. Adicione a isso a elegâcia e você terá ideia do que há nesta gravação.

W. A. Mozart (1756-1791): As últimas sinfonias (de 31 a 36 e de 38 a 41)

CD1
Mozart: Symphony #31 In D, K 297, “Paris” – 1. Allegro Assai 7.28
Mozart: Symphony #31 In D, K 297, “Paris” – 2. Andantino 5.53
Mozart: Symphony #31 In D, K 297, “Paris” – 3. Allegro 3.45

Mozart: Symphony #32 In G, K 318 – 1. Allegro Spiritoso 2.54
Mozart: Symphony #32 In G, K 318 – 2. Andante 2.50
Mozart: Symphony #32 In G, K 318 – 3. Allegro Spiritoso 1.57

Mozart: Symphony #33 In B Flat, K 319 – 1. Allegro Assai 6.52
Mozart: Symphony #33 In B Flat, K 319 – 2. Andante Moderato 4.26
Mozart: Symphony #33 In B Flat, K 319 – 3. Menuetto 3.12
Mozart: Symphony #33 In B Flat, K 319 – 4. Finale: Allegro Assai 8.19

Mozart: Symphony #34 In C, K 338 – 1. Allegro Vivace 6.57
Mozart: Symphony #34 In C, K 338 – 2. Andante Di Molto 7.08
Mozart: Symphony #34 In C, K 338 – 3. Allegro Vivace 7.33

CD2
Mozart: Symphony #35 In D, K 385, “Haffner” – 1. Allegro Con Spirito 5.46
Mozart: Symphony #35 In D, K 385, “Haffner” – 2. Andante 6.45
Mozart: Symphony #35 In D, K 385, “Haffner” – 3. Menuet & Trio 3.28
Mozart: Symphony #35 In D, K 385, “Haffner” – 4. Presto 3.54

Mozart: Symphony #36 In C, K 425, “Linz” – 1. Adagio, Allegro Spiritoso 11.04
Mozart: Symphony #36 In C, K 425, “Linz” – 2. Andante 9.21
Mozart: Symphony #36 In C, K 425, “Linz” – 3. Menuet & Trio 3.56
Mozart: Symphony #36 In C, K 425, “Linz” – 4. Presto 7.30

CD3
Mozart: Symphony #38 In D, K 504, “Prague” – 1. Adagio, Allegro 13.07
Mozart: Symphony #38 In D, K 504, “Prague” – 2. Andante 12.10
Mozart: Symphony #38 In D, K 504, “Prague” – 3. Presto 7.36

Mozart: Symphony #39 In E Flat, K 543 – 1. Adagio, Allegro 10.21
Mozart: Symphony #39 In E Flat, K 543 – 2. Andante Con Moto 8.26
Mozart: Symphony #39 In E Flat, K 543 – 3. Menuetto & Trio (Allegretto) 4.23
Mozart: Symphony #39 In E Flat, K 543 – 4. Finale (Allegro) 7.26

CD4
Mozart: Symphony #40 In G Minor, K 550 – 1. Molto Allegro 7.23
Mozart: Symphony #40 In G Minor, K 550 – 2. Andante 11.21
Mozart: Symphony #40 In G Minor, K 550 – 3. Menuet & Trio 4.48
Mozart: Symphony #40 In G Minor, K 550 – 4. Finale: Allegro Assai 9.28

Mozart: Symphony #41 In C, K 551, “Jupiter” – 1. Allegro Vivace 11.16
Mozart: Symphony #41 In C, K 551, “Jupiter” – 2. Andante Cantabile 11.22
Mozart: Symphony #41 In C, K 551, “Jupiter” – 3. Menuet & Trio 5.27
Mozart: Symphony #41 In C, K 551, “Jupiter” – 4. Finale: Molto Allegro 11.27

The English Concert
Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

O grande Trevor Pinnock
O grande Trevor Pinnock

PQP

.: interlúdio :. Charlie Haden – Nocturne (2001)

.: interlúdio :. Charlie Haden – Nocturne (2001)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Merecidamente multipremiado, este extraordinário CD nasceu de uma necessidade íntima de Haden. Ele precisava demonstrar novamente sua inconformidade com o bloqueio à Cuba, mas desejava fazer algo realmente bom e consistente. E fez. E como fez! Trata-se de uma reafirmação, pois seu trabalho com a Liberation Music Orchestra, com a participação de Carla Bley e tantos outros, nunca ignorou a ilha. Nocturne amplia a afinidade e o relacionamento do baixista com o espetacular pianista cubano Gonzalo Rubalcaba, que introduziu Haden na tradição do bolero cubano. O resultado é uma mistura incomum de bolero com jazz que produz peças límpidas. São canções por vezes sombrias, mas preenchidas por um lirismo melancólico. Disco especialíssimo, totalmente fora da linha de montagem.

Charlie Haden – Nocturne (2001)

01. En La Orilla Del Mundo (At The Edge Of The World) 5:14
02. Noche De Ronda (Night Of Wandering) 5:45
03. Nocturnal 6:56
04. Moonlight (Claro De Luna) 5:38
05. Yo Sin Ti (Me Without You) 6:02
06. No Te Empenes Mas (Don’t Try Anymore) 5:31
07. Transparence 6:12
08. El Ciego (The Blind) 5:58
09. Nightfall 6:40
10. Tres Palabras (Three Words) 6:18
11. Contigo En La Distancia (With You In The Distance) 6:34

musicians
Charlie Haden – bass
Gonzalo Rubalcaba – piano
Ignacio Berroa – drums, percussion
Joe Lovano – tenor sax
David Sanchez – tenor sax
Pat Metheny – acoustic guitar
Federico Britos Ruiz – violin

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Charlie Haden, em pintura de Johanna Goodman
Charlie Haden, em pintura de Johanna Goodman

PQP

Anton Bruckner (1824-1896): Integral das Sinfonias (Parte 3 de 3) (Wand)

Anton Bruckner (1824-1896): Integral das Sinfonias (Parte 3 de 3) (Wand)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Finalizando, aqui estão as sinfonias finais de Bruckner. Talvez a mais conhecida desta quadra seja a 8ª, mas eu e todos os meus amigos que gostam de Bruckner preferimos a 7ª e a 9ª. Elas penetraram em nosso cérebro e lá ficaram definitivamente. São as mais perfeitas e artisticamente equilibradas de todo o ciclo, mesmo que a 9ª não tenha seu movimento final em razão da morte do compositor.

Claro, a 8ª tem enormes qualidades, tal como o melhor dos Scherzi brucknerianos, mas peca pela excessiva solenidade — e vejam que estamos falando de um compositor bastante solene.

A 7ª tem belíssimo movimento de abertura e seu nível nunca cai, apesar das grandes proporções do conjunto.

Já a 9ª consegue ser ainda melhor, com dois portentos cercando um Scherzo que faz jus ao nome — Scherzo significa brincadeira em italiano. Tanto é assim que meus filhos pediam para que eu o tocasse quando tinham entre 3 e 6 anos. E faziam uma dança louca — saltando e mexendo os braços — quando a orquestra atacava. Ou seja, aqui tudo é bom!

Anton Bruckner (1824-1896): Integral das Sinfonias (Parte 3 de 3)

CD 7
1. Symphony No. 7 in E major (Original Version 1881-1883): Allegro moderato 19mn54
2. Symphony No. 7 in E major (Original Version 1881-1883): Adagio: Sehr feierlich und sehr langsam 22mn38
3. Symphony No. 7 in E major (Original Version 1881-1883): Scherzo: Sehr schnell 9mn45
4. Symphony No. 7 in E major (Original Version 1881-1883): Finale: Bewegt, doch nicht zu schnell 12mn03

CD 8
1. Symphony No. 8 in C minor (2. Version 1890, publ. by Robert Haas): Allegro moderato 15mn44
2. Symphony No. 8 in C minor (2. Version 1890, publ. by Robert Haas): Scherzo: Allegro moderato 15mn04
3. Symphony No. 8 in C minor (2. Version 1890, publ. by Robert Haas): Adagio: Feierlich langsam, doch n 26mn10
4. Symphony No. 8 in C minor (2. Version 1890, publ. by Robert Haas): Finale: Feierlich, nicht schnell 24mn24

CD 9
1. Symphony No. 9 in D minor (Original Version): Feierlich, misterioso 23mn59
2. Symphony No. 9 in D minor (Original Version): Scherzo: Bewegt, lebhaft – Trio: Schnell 10mn25
3. Symphony No. 9 in D minor (Original Version): Adagio: Langsam, feierlich 23mn40

Gunter Wand
Cologne Radio Symphony Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Anton Bruckner: encantando e fazendo as crianças agirem como doidas
Anton Bruckner: encantando e fazendo as crianças agirem como doidas

PQP

Anton Bruckner (1824-1896): Integral das Sinfonias (Parte 2 de 3) (Wand)

Anton Bruckner (1824-1896): Integral das Sinfonias (Parte 2 de 3) (Wand)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

As sinfonias de Bruckner têm estruturas semelhantes. Todas têm quatro movimentos. Grosso Modo, temos sempre dois Allegri, um inicial e um final. No meio há um Scherzo e um Adagio, que às vezes trocam de posição. Mas cada uma das nove sinfonias tem personalidade própria e clara. Cada uma delas é diferente e inconfundível.

O que tem de melhor neste grupo de 3 CDs? Complicado. A 4ª Sinfonia é a mais famosa de Bruckner, o que não deixa de ser merecido. Seu primeiro movimento é irresistível e o conjunto forma raro equilíbrio. Há um belo movimento lento. Mas, neste grupo de sinfonias, a melhor parte de meu amor vai para a 5ª, com seu extraordinário Adagio que, se Karajan demora mais de vinte minutos para tocar, Wand resolve as coisas em pouco mais do que 15. Curiosamente, a correria de Wand torna o Adágio ainda mais lírico, o que não deixa de ser um contrassenso. A 9ª Sinfonia — que não foi terminada, ficando no terceiro movimento — é minha preferida, mas quem me dá certa vontade de chorar, em razão de sua beleza, é a 5ª e, em especial, seu Adagio.

Anton Bruckner (1824-1896): Integral das Sinfonias (Parte 2 de 3)

CD 4
1. Symphony No. 4 in E flat major, “Romantic” (2. Version 1878/80, publ. by Robert Haas): Bewegt, nicht 17mn26
2. Symphony No. 4 in E flat major, “Romantic” (2. Version 1878/80, publ. by Robert Haas): Andante, quas 15mn39
3. Symphony No. 4 in E flat major, “Romantic” (2. Version 1878/80, publ. by Robert Haas): Scherzo: Bewe 10mn36
4. Symphony No. 4 in E flat major, “Romantic” (2. Version 1878/80, publ. by Robert Haas): Finale: Beweg 20mn20

CD 5
1. Symphony No. 5 in B flat major (Original Version 1875-1878): Introduction. Adagio – Allegro 20mn08
2. Symphony No. 5 in B flat major (Original Version 1875-1878): Adagio: Sehr langsam 15mn48
3. Symphony No. 5 in B flat major (Original Version 1875-1878): Scherzo: Molto vivace (schnell) 14mn12
4. Symphony No. 5 in B flat major (Original Version 1875-1878): Finale: Adagio – Allegro moderato 24mn08

CD 6
1. Symphony No. 6 in A major (Original Version 1879-1881): Maestoso 15mn35
2. Symphony No. 6 in A major (Original Version 1879-1881): Adagio: Sehr feierlich 15mn04
3. Symphony No. 6 in A major (Original Version 1879-1881): Scherzo: Nicht schnell – Trio: Langsam 8mn45
4. Symphony No. 6 in A major (Original Version 1879-1881): Finale: Bewegt, doch nicht zu schnell 13mn39

Gunter Wand
Cologne Radio Symphony Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

vszvcszfc
Cinco minutos a menos que Karajan e uma tonelada a mais de emoção.

PQP

Francesco Durante (1684-1755): Concerti

Francesco Durante (1684-1755): Concerti

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Volta e meia e gente dá de cara com a música maravilhosa de um obscuro compositor barroco.  O barroco é realmente um mar ainda não de todo explorado. Sorte nossa! Neste CD, o estupendo Concerto Köln dá tratamento sensível e compreensivo a obras de Francesco Durante. Durante nasceu e trabalhou em Nápoles. Havia excelentes escolas de música na cidade. O que muitos ignoram é que, assim como Veneza, Nápoles foi para a música o que Florença foi para a pintura e a escultura. Durante foi um dos principais compositores e professores da cidade. Em razão de ter escrito principalmente música religiosa, nenhuma ópera e poucas obras orquestrais, acabou esquecido. Contudo, esses concertos são notáveis, alegres e profundamente emocionantes. Parecem, quando comparados com a música de seus contemporâneos, estranhamente futuristas. Baita CD!

(E conseguimos resistir aos trocadalhos do carilho com o nome de Durante. Parabéns, PQP!).

Francesco Durante (1684-1755): Concerti

1 Concerto for Strings No. 1 in F Minor: I. Poco andante – Allegro 4:19
2 Concerto for Strings No. 1 in F Minor: II. Andante 5:30
3 Concerto for Strings No. 1 in F Minor: III. Amoroso 1:55
4 Concerto for Strings No. 1 in F Minor: IV. Allegro 1:45

5 Concerto for Strings No. 2 in G Minor: I. Affettuoso presto 5:28
6 Concerto for Strings No. 2 in G Minor: II. Largo affettuoso 3:43
7 Concerto for Strings No. 2 in G Minor: III. Allegro 2:36

8 Concerto for Strings No. 3 in E-Flat Major: I. Presto 1:01
9 Concerto for Strings No. 3 in E-Flat Major: II. Largo staccato, canone amabile 3:08
10 Concerto for Strings No. 3 in E-Flat Major: III. Allegro 2:05
11 Concerto for Strings No. 3 in E-Flat Major: IV. Minuetto 1:09
12 Concerto for Strings No. 3 in E-Flat Major: V. Allegro assai 1:14
13 Concerto for Strings No. 3 in E-Flat Major: VI. Finale 1:20

14 Concerto for Strings No. 4 in E Minor: I. Adagio 3:35
15 Concerto for Strings No. 4 in E Minor: II. Ricercar del quarto tono 1:49
16 Concerto for Strings No. 4 in E Minor: III. Largo 3:10
17 Concerto for Strings No. 4 in E Minor: IV. Presto 2:01

18 Concerto for Strings No. 5 in A Major: I. Presto 2:35
19 Concerto for Strings No. 5 in A Major: II. Largo 3:55
20 Concerto for Strings No. 5 in A Major: III. Allegro 1:12

21 Concerto for Strings No. 8 in A Major, “La Pazzia”: I. Allegro affettuso 7:56
22 Concerto for Strings No. 8 in A Major, “La Pazzia”: II. Affettuoso 2:50
23 Concerto for Strings No. 8 in A Major, “La Pazzia”: III. Allegro 1:56

Concerto Köln

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Francesco Durante
Francesco Durante

PQP

Balakarev / Borodin / Cui / Mussorgsky / Rimsky-Korsakov: Música Russa para Piano

Balakarev / Borodin / Cui / Mussorgsky / Rimsky-Korsakov: Música Russa para Piano

A pianista inglesa Margaret Fingerhut apresenta um interessante repertório do Grupo dos Cinco nacionalistas russos. São eles Mily Balakirev, Cesar Cui, Alexander Borodin, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov. Sua música, tão russa, aqui nos chega com um sotaque perfeitamente britânico. É um bom disco para se conhecer história da música, pois o nacionalismo musical fez muita coisa boa antes e depois da virada do século XIX para o XX. Mas Fingerhut tenta transformar esses russos crassos em algo próximo de Beethoven e aí não funciona tão bem quanto deveria. Mas vale muito a audição. Eu curti.

Balakarev / Borodin / Cui / Mussorgsky / Rimsky-Korsakov: Música Russa para Piano

Balakirev
01 Toccata in C sharp minor
02 In the Garden
03 Polka in F sharp minor
Mussorgsky
04 A Teardrop
05 A Children’s Prank
06 In the Village
07 Nanny and I
08 First Punishment
Cui
09 No 9 in E major
10 No 10 in G sharp minor
11 No 2 in E minor
12 No 8 in C sharp minor
Rimsky-Korsakov
13 Sherzino Op 11 No 3
14 A Little Song
15 Novellette Op 11 No 2
Borodin
16 In the Monastery
17 Scherzo in A flat major
18 Nocturne

Margaret Fingerhut, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O Grupo dos Cinco: Milii Balakirev, Cesar Cui, Alexander Borodin, Modest Mussorgsky, Nikolai Rimsky-Korsakov
O Grupo dos Cinco: Milii Balakirev, Cesar Cui, Alexander Borodin, Modest Mussorgsky, Nikolai Rimsky-Korsakov

PQP

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Concerti per molti stromenti

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Concerti per molti stromenti

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Eu, PQP Bach, tenho 60 anos e ouço música erudita diariamente desde que nasci. Explico: meu pai passava horas e horas todas as noites ouvindo música em casa ou tocando piano. Minha mãe também tocava o mesmo instrumento. Eram dentistas, mas pareciam gostar mais de sons do que de dentes. Neste período, vários compositores foram guindados a posições mais nobres em meu ranking interno, mas talvez nenhum tenho se elevado tanto quanto Telemann. Quase saindo do barroco para o clássico, Telemann só faz subir em minha consideração. Minha opinião vale só para mim, mas, sabem?, cada vez gosto mais do compositor mais popular da época de Bach. Claro que ele não arranha a qualidade de Johann Sebastian, só que é um sujeito agradabilíssimo.

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Concerti per molti stromenti

Concerto for 3 Trumpets and Timpani in D Major, TWV 54:D3
1 I. Intrada-Grave 02:10
2 II. Allegro 02:30
3 III. Largo 02:25
4 IV. Vivace 02:47

Concerto for 2 Flutes and Calchedon in B Minor, TWV 53:h1
5 I. Grave 03:45
6 II. Vivace 02:34
7 III. Dolce 02:48
8 IV. Allegro 02:54

Concerto for 3 Oboes, 3 Violins and Continuo in B-Flat Major, TWV 44:43
9 I. Allegro 02:32
10 II. Largo 02:30
11 III. Allegro 02:46

Sonata for 2 Violins, 2 Violas, cello and Continuo in F Minor, TWV 44:32
12 I. [Adagio] 01:16
13 II. [Allegro] 01:52
14 III. Largo 01:50
15 IV. Presto 02:06

Concerto for Mandolin, Hammered Dulcimer, Harp and Continuo in F Major, TWV 53:F1
16 I. Allegro 05:32
17 II. Largo 06:24
18 II. Vivace 03:27

Concerto for 2 Oboes, Bass and Continuo in D minor, TWV 53:d1
19 I. Grave 02:48
20 II. Allegro 01:58
21 III. Affettuoso 01:56
22 IV. Vivace 02:17

Concerto for 3 Horns and Violin in D Major, TWV 54:D2
23 I. Vivace 03:41
24 II. Grave – Adagio- Grave 03:27
25 III. Presto 02:21

Quartet for 2 Violins, 2 Violas and Continuo in G major, TWV 43:G5
26 I. Adagio 01:29

Akademie für Alte Musik Berlin

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

TeleMannia
TeleMannia

PQP

Robert Schumann (1810-1856) : Piano Trios, No. 1 & 2 (Florestan)

Robert Schumann (1810-1856) : Piano Trios, No. 1 & 2 (Florestan)

Eu sei. Esse é o tipo de música que acho apenas boa até minha mulher tocá-las com um trio e aí eu vou achar que trata-se de obras primas. Já aconteceu. Esta é uma gravação que foi muito aclamada quando foi lançada no final dos anos 90. E merece. São músicas negligenciadas que receberam um tratamento artístico de luxo por parte do Florestan. A maioria gosta mais do Trio Nº 1, mas eu prefiro DE LONGE o Nº 2 (o que é aquele terceiro movimento? Coisa mais linda!). Estes dois primeiros trios para piano foram escritos em 1847, cinco anos após Schumann completar seu quinteto de piano e o quarteto de piano op. 47, na minha opinião suas maiores obras de câmara. O Florestan leva tudo com toques leves e controle rigoroso do ritmo. É Schumann. Brilha nos movimentos mais rápidos e os lentos não devem ter peso excessivo.

Robert Schumann (1810-1856) : Piano Trios, No. 1 & 2

1. Robert Schumann: Piano Trio No 1 In D Minor, Mit Energie Und Leidenschaft
2. Robert Schumann: Piano Trio No 1 In D Minor, Lebhaft, Doch Nicht Zu Rasch – Trio – (Reprise) – Coda
3. Robert Schumann: Piano Trio No 1 In D Minor, Langsam, Mit Inniger Empfindung
4. Robert Schumann: Piano Trio No 1 In D Minor, Mit Feuer

5. Robert Schumann: Piano Trio No W In F Major, Sehr Lebhaft
6. Robert Schumann: Piano Trio No W In F Major, Mit Innigem Ausdruck
7. Robert Schumann: Piano Trio No W In F Major, In Massiger Bewegnung
8. Robert Schumann: Piano Trio No W In F Major, Nicht Zu Rach

Florestan Trio

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O Florestan Trio é formado por Susan Tomes (piano), Anthony Marwood (violin) e Richard Lester (cello)
O Florestan Trio é formado por Susan Tomes (piano), Anthony Marwood (violin) e Richard Lester (cello)

PQP

.: interlúdio :. Béla Fleck & The Flecktones – Rocket Science (2011)

.: interlúdio :. Béla Fleck & The Flecktones – Rocket Science (2011)

Bela Fleck é o único músico a ser indicado para o Grammy em jazz, bluegrass, pop, country, spoken word, compositor e em várias categorias de world music. Ganhou 11 vezes, com 27 indicações no total. Grande merda, né? O instrumento de Fleck é o banjo e nele o cara faz misérias. Ele toca e grava em várias formações, além de ser o inovador líder do Béla Fleck & The Flecktones. Rocket Science marca a primeira gravação dos Fab Four Flecktones em quase duas décadas, com o pianista e gaitista Howard Levy, o baixista Victor Wooten e o percussionista e baterista Roy Futureman Wooten.

Um CD que é MUITO BOM, mas que é, essencialmente, MUITO DIVERTIDO.

Béla Fleck & The Flecktones – Rocket Science (2011)

1. Gravity Lane 5:58
2. Prickly Pear 3:49
3. Joyful Spring 2:40
4. Life In Eleven 5:25
5. Falling Forward 5:10
6. Storm Warning 7:58
7. Like Water 4:41
8. Earthling Parade 7:58
9. The Secret Drawer 2:12
10. Sweet Pomegranates 5:55
11. Falani 6:51
12. Bottle Rocket 5:52

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Bela Fleck, quem mais poderia ser?
Bela Fleck, quem mais poderia ser?

PQP

Alban Berg (1885-1935): Wozzeck (Ópera em 3 Atos)

Alban Berg (1885-1935): Wozzeck (Ópera em 3 Atos)

Wozzeck é a primeira e mais famosa ópera do compositor austríaco Alban Berg. Baseia-se na peça incompleta do dramaturgo alemão Georg Büchner intitulada Woyzeck. Berg trabalhou num libreto de três atos com cinco cenas cada.

O trabalho foi iniciado em 1917 após Berg ter sido autorizado a deixar o seu regimento durante a Primeira Guerra Mundial. Completou a ópera em 1922. Erich Kleiber foi o maestro da estreia de Wozzeck na Ópera Estatal de Berlim em 14 de Dezembro de 1925.

Wozzeck é um dos mais famosos exemplos de atonalidade, o que auxiliou na dramatização dos temas da alienação e loucura. Berg seguiu as pisadas do seu mestre Arnold Schoenberg ao usar a atonalidade livre para expressar emoções e os processos de pensamento das personagens em palco.

Personagens:

Wozzeck – soldado
Marie – sua amante e prostituta
Hauptmann – Capitão
Andres – outro soldado
Doktor – médico
Tambourmajor – tocador de tambor
Margret
Kind – criança

PRIMEIRO ATO:

1ª Cena: Quarto do Capitão: O soldado Wozzeck barbeia o Capitão enquanto este o censura pela ligação ilegítima que mantém com Marie, de quem tem um filho. Wozzeck responde que quando se é pobre não se pode ser virtuoso. O Capitão diz que Wozzeck é boa pessoa, mas que pensa demais – o que lhe pode trazer disabores.

2ª Cena: Local deserto no campo: Wozzeck e o seu camarada Andrés talham umas varinhas de salgueiro, quando Wozzeck é assaltado por alucinações, que partilha com o amigo. Andrés acalma-o.

3ª Cena: Quarto de Marie: Marie está à janela com o filho. Ouve-se uma fanfarra militar que se aproxima, com o Tambor Mor à frente. Marie saúda-o e ele retribui. Margret, vizinha, também admiradora do Tambor Mor, não gosta do que vê e briga com Marie. Chega Wozzeck, ainda dominado pelos sinais agoirentos que julgou avistar, olha o filho, e parte sem explicações para o quartel.

4ª Cena: Consultório do Doutor: Wozzeck consulta o Doutor, para quem o caso do soldado é insignificante. O palavreado filosofante do médico é entrecortado por exclamações de Wozzeck que chama por Marie. O diagnóstico do Doutor indica que ele deve entrar num manicômio.

5ª Cena: Em frente da casa de Marie: Marie encontra o Tambor Mor que a seduz, e os dois entram em casa.

SEGUNDO ATO:

1ª Cena: Quarto de Marie: Marie observa ao espelho os brincos que o Tambor Mor lhe ofereceu; Wozzeck pergunta-lhe onde os arranjou, e Marie responde que os encontrou. Pouco convencido, Wozzeck entrega à mulher a sua solda e mais algumas moedas que o Capitão e o Doutor lhe deram, e sai. Marie tem um momentâneo rebate de consciência. Depois encolhe os ombros com indiferença.

2ª Cena: Rua: O Capitão e o Doutor conversam quando passa Wozzeck, a quem escolhem como motivo de sarcasmo. O Capitão refere Marie e o Tambor Mor, e o soldado foge.

3ª Cena: À porta da casa de Marie: Wozzeck, ciumento, trava um violento diálogo com Marie, que declara preferir levar uma facada a que ele a bata. Depois entra em casa, deixando Wozzeck a remoer aquelas palavras.

4ª Cena: Festa no jardim da taberna: Operários, soldados e criados dançam, enquanto Andrés e dois aprendizes cantam. Marie dança com o Tambor Mor. Wozzeck chega e observa-os, contendo a fúria. Andrés pergunta-lhe o que tem, e Wozzeck responde com palavras de morte. Andrés julga-o embriagado, e despreocupa-se. Um Louco senta-se ao lado de Wozzeck e diz que tudo aquilo é muito alegre mas que cheira a sangue. “Sangue” – uma palavra agora obsessiva para Wozzeck.

5ª Cena: Caserna: Wozzeck acorda sobressaltado, e confessa a Andrés andar obcecado com o baile, Marie, o Tambor Mor, uma faca… Depois chega o Tambor Mor, bêbedo, gabando-se da conquista de Marie e escarnecendo de Wozzeck, a quem convida a beber com ele. Wozzeck responde assobiando. O Tambor Mor irrita-se e agride-o. Wozzeck luta e regressa à cama, ensanguentado, murmurando: “Primeiro um, depois o outro”.

WozzeckMarie 003

TERCEIRO ATO:

1ª Cena: Quarto de Marie: Marie lê uma passagem da Bíblia que fala da mulher pecadora. Fica perturbada, e volta à leitura implorando misericórdia divina.

2ª Cena: Atalho na floresta: Wozzeck e Marie caminham. A mulher pede que voltem para casa, mas Wozzeck fala do tempo feliz em que se conheceram. Depois beija-a, e diz que “gostaria de poder beijá-la outras vezes, mas que é impossível”. A Lua surge. “Vermelha”, diz Maria – “como um ferro sangrento”, completa Wozzeck no instante em que a esfaqueia mortalmente. Deixa-a no chão e retira-se.

3ª Cena: Taberna: Margret e outras raparigas dançam enquanto Wozzeck bebe. Convida Margret a sentar-se, e fala coisas sem nexo, até ela reparar que ele tem sangue nas mãos. Wozzeck balbucia explicações confusas, mas todos gritam que cheira a sangue humano. Wozzeck foge.

4ª Cena: Atalho na floresta: Wozzeck procura a faca que poderia comprometê-lo, e atira-a para umas escarpas. Depois pensa que é perseguido, e decide seguir o mesmo caminho da faca. Aparecem o Doutor e o Capitão, que diz ter ouvido um gemido. O Doutor sossega-o dizendo que há muito tempo ninguém se afoga naquele rio. Saem.

5ª Cena: Esquina da casa de Marie: Crianças cantam enquanto o filho de Marie cavalga um pau. Aproximam-se outras crianças que trazem a notícia que o cadáver de Marie foi encontrado. Indiferente, o filho de Marie continua a galopar no seu cavalo imaginário.

Retirado daqui.

MELHOR AQUI. Obrigado, Ludwig.

Alban Berg (1885-1935): Wozzeck (Ópera em 3 Atos)

CD1:
1. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 1: The Captain’s room. “Langsam, Wozzeck, langsam!” 8:13
2. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 2: An open field outside the town. “Du, der Platz ist verflucht!” “Ach was!” 6:40
3. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 3: Marie’s room. “Tschin Bum, Tschin Bum, Bum, Bum, Bum! Hörst Bub? Da kommen sie!” 8:14
4. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 4: The Doctor’s study. “Was erleb ich, Wozzeck?” 7:32
5. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 5: Street before Marie’s door. “Geh einmal vor Dich hin!” 3:00

CD2:
1. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 1: Marie’s room. “Was die Steine glänzen?” 5:37
2. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 2: Street in town. “Wohin so eilig” Heinz Zednik 8:53
3. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 3: Street before Marie’s door. “Guten Tag, Franz” 3:28
4. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 4: Tavern garden. “Ich hab’ ein Hemdlein an, das ist nicht mein” 10:26
5. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 5: Guardroom in the barracks. “Oh oh Andres! Andres! Ich kann nicht schlafen” 4:30
6. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 1: Marie’s room. “Und ist kein Betrug” 3:05
7. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 1: “Und kniete hin zu seinen Fuessen” 2:01
8. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 2: Forest path by a pool. “Dort links geht’s in die Stadt” 5:00
9. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 3: A low tavern. “Tanzt Alle” 2:54
10. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 4: Forest path by a pool. “Das Messer? Wo ist das Messer?” 7:51
11. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 5: Street before Marie’s door. “Ringel, Ringel, Rosenkranz” 1:44

Hildegard Behrens
Anna Gonda
Franz Grundheber
Aage Haugland
Peter Jelosits
Werner Kamenik

Vienna Philharmonic Orchestra
Vienna State Opera Chorus
Claudio Abbado

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Wozzeck_C Bayley_W Schmidt_M Volle_hoesl

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Symphonie Nº 3 Es-dur Op. 55 "Eroica"

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Symphonie Nº 3 Es-dur Op. 55 "Eroica"

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Esta não é das melhores versões da Eroica, mas é uma das impressionantes e curiosas, pois trata-se da recriação da estreia da obra em 1804. Há uma carta de Beethoven a um dos organizadores do concerto de estreia da Eroica que diz, incrivelmente: “Eu preciso realmente ter a certeza de que terei quatro bons violinistas para o concerto. “Quatro! A seção de cordas desta gravação conta com 4, 4, 2, 2, 2! O jovem maestro Daniel Grossman (1978) recria a execução histórica para nós. A gravação é exemplar, gravada no mesmo local, com o mesmo número de músicos e instrumentos de época. É emocionante ouvir como deve ter soado a Eroica. Será que Beethoven teve sorte com seus quatro violinistas?

Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sinfonia Nº 3, Op 55 “Eroica”

1) Allegro con brio
2) Marcia funebre. Adagio assai
3) Scherzo. Allegro vivace
4) Finale. Allegro molto

Daniel Grossman
Ensemble 28

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

4 violinistas... Fuck!
4 violinistas… Fuck!

PQP

Schubert / Janáček / Stravinsky / Kreisler: Spectrum

Schubert / Janáček / Stravinsky / Kreisler: Spectrum

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este Spectrum é uma paleta de cores violinísticas que cobrem um período de 150 anos. Do Grand Duo melódico-clássico-romântico de Schubert, passando pela belíssima Sonata romântico-tardia de Janáček e pela fantasia rapsódica vienense de Kreisler, para chegar ao beijo de fada neoclássico de Stravinsky. Ouvi o CD como quem ouve um recital e me apaixonei pela coisa. Um disco de extremo bom gosto de um excelente violinista que sabe escolher seu repertório de forma a privilegiar a música. O surpreendente Benjamin Beilman é um estadunidense de Washington nascido em 1989. Bom menino.

Schubert / Janáček / Stravinsky / Kreisler: Spectrum

01 – Schubert – Sonata in A, D574 ‘Grand Duo’ – I. Allegro moderato
02 – Schubert – Sonata in A, D574 ‘Grand Duo’ – II. Scherzo. Presto
03 – Schubert – Sonata in A, D574 ‘Grand Duo’ – III. Andantino
04 – Schubert – Sonata in A, D574 ‘Grand Duo’ – IV. Allegro vivace

05 – Janáček – Sonata, JW VII-7 for violin and piano – I. Con moto
06 – Janáček – Sonata, JW VII-7 for violin and piano – II. Ballada
07 – Janáček – Sonata, JW VII-7 for violin and piano – III. Allegretto
08 – Janáček – Sonata, JW VII-7 for violin and piano – IV. Adagio

09 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – I. Sinfonia
10 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – II. Dances suisses
11 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – III. Scherzo (Au Moulin)
12 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – IV. Pas de deux – a. Adagio
13 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – IV. Pas de deux – b. Variation
14 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – IV. Pas de deux – c. Coda

15 – Kreisler – Viennese Rhapsodic Fantasietta

Benjamin Beilman, violino
Yekwon Sunwoo, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Benjamin Beilman: Dá-lhe!
Benjamin Beilman: Dá-lhe!

PQP

Vivaldi / Ferrandini / Marini / Monteverdi / Conti / Pisendel: Il Pianto di Maria

Vivaldi / Ferrandini / Marini / Monteverdi / Conti / Pisendel: Il Pianto di Maria

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Só pelo Vivaldi inicial já vale a pena ouvir este CD, mas o resto também é incrível. O Giardino Armonico, sob o comando de seu ousado diretor Giovanni Antonini, se juntou ao mezzo-soprano Bernarda Fink, para um projeto que explora a Paixão de Cristo, vista pelos olhos da Virgem Maria. As duas obras centrais são ambas lamentos da Virgem. O primeiro, Il Pianto di Maria, foi pensado que fosse de Handel — um claro reflexo de sua notável qualidade musical. Só na década de 1990 que os especialistas em caligrafia estabeleceram o trabalho como sendo do desconhecido compositor veneziano Giovanni Ferrandini. O outro lamento da Virgem é de Monteverdi, mas há a importante estreia mundial da gravação de uma ária de Francesco Conti, em que o mártir Lorenzo, ameaçado de ser queimado vivo, se recusa a negar sua fé cristã. Esta ária profundamente emocionante apresenta um antepassado raramente ouvido do clarinete moderno e usado frequentemente em árias da época barroca — o chalumeau. Um disco foda.

Antonio Vivaldi (1678-1741)
Sonata “Al Santo Sepolcro” (for strings) RV130
1) Largo Molto [2:34]
2) Allegro Ma Poco Andante [2:15]

Giovanni Battista Ferrandini (1710 ca-1791)
“Il Pianto di Maria”
[wrongly attributed to G.F.Handel (HWV 234)]

3) Recitativo: Giunta L’ora Fatal [1:33]
4) Cavatina: Se D’un Dio Fui Fatta Madre [3:01]
5) Recitativo: Ah Me Infelice! [1:54]
6) Cavatina Da Capo: Se D’un Dio Fui Fatta Madre [3:03]
7) Recitativo: Ahimè Ch’Egli Già Esclama Ad Alta Voce [1:11]
8) Aria: Sventurati Miei Sospiri [5:26]
9) Recitativo: Sì Disse La Gran Madre [1:55]
10) Aria: Pari All’amor Immenso [6:29]
11) Recitativo: Or Se Per Grande Orror Tremo La Terra [0:55]

Biagio Marini (1587-1665)
12) Passacalio (for strings and continuo) [3:48]

Claudio Monteverdi (1567-1643)
13) Pianto della Madonna sopra il Lamento d’Arianna [7:16]

Antonio Vivaldi (1678-1741)
Concerto “Madrigalesco” in D minor (for strings) RV129
14) Adagio [1:07]
15) Allegro [1:38]
16)Adagio [1:09]
17) Allegro [0:55]

Antonio Vivaldi (1678-1741)
Sinfonia “Al Santo Sepolcro” in B minor (for strings) RV169
18) Adagio Molto [2:42]
19) Allegro Ma Poco [1:49]

Francesco Conti (1681-1732)
20) “Sento già mancar la vita”, aria from “Il Martirio di S. Lorenzo”
(for mezzo soprano, chalumeau and strings) [5:59]

Johann Georg Pisendel (1687-1755)
Sonata in C minor (for strings and continuo)
21) Largo [1:53]
22) Allegro [2:16]

Bernarda Fink
Il Giardino Armonico
Giovanni Antonini

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A Virgem Maria, de Lorenzo Veneziano, pintor da escola veneziana (ativo entre 1356 e 1372)
A Virgem Maria, de Lorenzo Veneziano, pintor da escola veneziana (ativo entre 1356 e 1372)

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Opera Arias and Sinfonias

Antonio Vivaldi (1678-1741): Opera Arias and Sinfonias

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Emma Kirkby, Roy Goodman e The Brandenburg Consort? Não havia como dar errado. Eles nos trazem um Vivaldi alegre e enérgico-poético por todo o caminho. As peças são bastante boas. Se aqui falta uma ópera barroca completa, temos como espreitar bem como é. O incrível é que, com algumas exceções — por exemplo, este disco ou o maravilhoso álbum de Vivaldi de Cecilia Bartoli –, as óperas de Vivaldi ainda são praticamente desconhecidas. É realmente estranho que, com o ressurgimento da popularidade da música barroca, especialmente de Bach, Handel e do próprio Vivaldi, a música vocal do último não tenha experimentado algo parecido. A música vocal de Vivaldi é bonita e virtuosística, o veículo perfeito para uma que um soprano (ou qualquer outra voz) nos dê um recital que mostre suas habilidades técnicas sem nos encher o saco com peças que ouvimos milhares de vezes.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Opera Arias and Sinfonias

1. Griselda: Sinfonia
2. Griselda: Sinfonia
3. Griselda: Sinfonia
4. Griselda, Act III: Ombre vane, ingiusti orrori
5. Griselda, Act II: Agitata da due venti
6. Tito Manlio, Act II: Non ti lusinghi la cudeltate
7. Ottone In Villa: Sinfonia
8. Ottone In Villa: Sinfonia
9. Ottone In Villa: Sinfonia
10. Ottone in villa, Act I: Gelosia, tu gia rendi l’alma mia
11. Ottone in villa, Act II: L’ombre, l’aure, e ancora il rio
12. L’Atenaide, Act III: Ferma, teodosio
13. Tamerlano: Sinfonia
14. Tamerlano: Sinfonia
15. Tamerlano: Sinfonia
16. L’incornazione di dario, Act II: Non mi lusinga vana speranza
17. Catone In utica, Act II: Se mai senti spirati sul volto
18. Catone In utica, Act II: Se in campo armato

Emma Kirkby, soprano
The Brandenburg Consort
Roy Goodman

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Emma Kirkby: as crespas são as melhores
Emma Kirkby: as crespas são as melhores

PQP