Este é mais um disco de Aimard do que de Boulez. O regente está burocrático, o pianista está demais. Raramente se ouve uma versão do concerto para piano (duas mãos) tão bem tocada, principalmente no Adagio Assai, típico movimento que parece simples, mas onde é fácil cair no precipício da vulgaridade. Pierre-Laurent Aimard é aquele tipo de músico que só grava quando tem a compreensão completa da peça. Ele busca a intimidade e apenas vai para o estúdio quando a obra está completamente analisada em cada detalhe dentro de sua concepção. Vi-o uma vez no Cadogan Hall em Londres. O cara é extraordinário.
Maurice Ravel (1875-1937): The Piano Concertos / Miroirs
1 Piano Concerto For The Left Hand In D – Lento – Andante – Allegro – Tempo 1 18:51
2 Piano Concerto In G – 1. Allegramente 8:30
3 Piano Concerto In G – 2. Adagio Assai 9:28
4 Piano Concerto In G – 3. Presto 4:24
5 Miroirs, M.43 – 1. Noctuelles 4:53
6 Miroirs – 2. Oiseaux Tristes 4:09
7 Miroirs – 3. Une Barque Sur L’océan 7:38
8 Miroirs – 4. Alborada Del Gracioso 6:31
9 Miroirs – 5. La Vallée Des Cloches 6:08
Pierre-Laurent Aimard
The Cleveland Orchestra
Pierre Boulez
Um lindíssimo CD do trompetista italiano Paolo Fresu. Como disse um amigo, talvez o jazz europeu esteja produzindo melhor do que o norte-americano. Fresu é um dos amores de Carla Bley e foi através dos elogios dela que o descobri. Se fosse possível inserir o Miles Davis do período cool na cena do jazz contemporâneo, talvez ele soasse muito parecido com Fresu. Mas enquanto Miles se preocupava com um som urbano, Fresu oferece um cool cheio de romance. Pense no Mediterrâneo ao pôr do sol, um copo de Chianti na mão, olhando profundamente nos olhos de seu parceira(o), sentindo a brisa salgada flutuando na pele. É essa a magia. Carpe Diem, como Paolo Fresu Devil Quartet, oferece músicas espaçosas, radicais e melódicas, com um ritmo que se desdobra lentamente, envolvendo o ouvinte em felicidade. E a visão romântica de Fresu é habilmente apoiada pro um grupo fantástico de italianos formado por Bebo Ferra no violão, Paolino Dalla Porta no baixo e Stefano Bagnoli na bateria. Grande parte do álbum consiste de baladas lindamente escritas e construídas. Home, In minore, Enero, Ballata per Rimbaud, Ottobre, Giulio libano e a impressionante Human Requiem são exemplos primordiais. Um grande CD!
Paolo Fresu Devil Quartet – Carpe Diem
01. Home
02. Carpe Diem
03. In minore
04. Enero
05. Dum loquimur, fugerit invida aetas
06. Lines
07. Secret Love
08. Ballata per Rimbaud
09. Ottobre
10. Un tema per Roma
11. Human Requiem
12. Quam minimum credula postero
13. Giulio libano
14. Un posto al sole
Personnel:
Paolo Fresu – trumpet and fluglehorn
Bebo Ferra – acoustic guitar
Paolino Dalla Porta – doublebass
Stefano Bagnoli – drums
Eis um CD que provoca paixões. Desde seu lançamento, em 1994, é saudado como uma grande realização. Ohime ch’io cado e Maladetto sia l’aspetto são obras primas sensacionais. FDP Bach é tarado por Emma Kirkby, sabiam? Pois é, mas fui eu quem entrevistou ela. Toma! Mas leiam o apaixonado e descontrolado abaixo que encontrei no Google:
I love Emma Kirkby — too bad she’s married to Anthony Rooley. My dark, secret fantasy is to kidnap her and force her to sing for me whenever I want. But since I’m not into anti-social acts, this recording will have to do. It does very nicely indeed. Beautiful material and lovely sonics make this recording a definite Record to Die For for anyone but the Beavis and Butt-head crowd. The opening selection, “Quel Sguardo Sdegosetto,” is just too beautiful for words.
Olympia’s Lament
Claudio Monteverdi (1567-1643) 1. Quel sguardo sdegnosetto
2. Ohime ch’io cado
3. Lamento d’Olimpia
4. Voglio di vita uscir
5. Maladetto sia l’aspetto
Sigismondo d’India (1582-1629)
6. Diana ( Questo dardo, quest’ arco)
7. Amico hai vint’io
8. Piangono al pianger mio
9. Lamento d’Olimpia
10. Torna il sereno zefiro
11. Sfere fermate
Como já disse tantas vezes, Buxtehude é o compositor com a sintaxe mais parecida com a de Bach que conheço. Isso não significa, é claro, que o dinamarquês possua algum percentual significativo do talento do alemão, mas é mesmo assim é muito bom ouvi-lo. Estas sonatas revelam um Bux alegre e influente. Tanto que se notam ecos seus em outros compositores posteriores do barroco. É que, em diversas ocasiões, ele foi visitado por compositores promissores da época, como Georg Friedrich Händel e Johann Mattheson, que o procuraram principalmente para aprender os segredos do órgão. Porém, de todas as visitas, a mais notável foi a de Johann Sebastian Bach, grande admirador de sua obra. Bach prorrogou a estada inicialmente planejada de quatro semanas para quatro meses. Os intérpretes são notáveis. Observando a discografia do L’Estravagante está cheia de Buxtehude. Não dá para competir com os caras. São os especialistas em Bux.
Dieterich Buxtehude (1637-1707): Sonatas Op. 2
1 Sonata No. 1 in B flat major, BuxWV 259: Allegro 1:20
2 Sonata No. 1 in B flat major, BuxWV 259: Adagio – Allegro 2:28
3 Sonata No. 1 in B flat major, BuxWV 259: Grave – Vivace – Lento 3:19
4 Sonata No. 1 in B flat major, BuxWV 259: Poco Adagio – Presto 1:58
5 Sonata No. 2 in D major, BuxWV 260: Adagio – Allegro – Largo 3:22
6 Sonata No. 2 in D major, BuxWV 260: Arietta 6:35
7 Sonata No. 2 in D major, BuxWV 260: Largo – Vivace 2:21
8 Sonata No. 3 in G minor, BuxWV 261: Vivace – Lento 2:52
9 Sonata No. 3 in G minor, BuxWV 261: Allegro – Lento 1:35
10 Sonata No. 3 in G minor, BuxWV 261: Andante – Grave 4:33
11 Sonata No. 3 in G minor, BuxWV 261: Gigue 2:00
12 Sonata No. 4 in C minor, BuxWV 262: Poco Adagio 1:39
13 Sonata No. 4 in C minor, BuxWV 262: Allegro 1:27
14 Sonata No. 4 in C minor, BuxWV 262: Lento – […] – Vivace 4:30
15 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Allegro 0:58
16 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Solo 1:19
17 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Concitato 2:11
18 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Adagio (solo) 1:18
19 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: Allegro – Adagio 1:22
20 Sonata No. 5 in A major, BuxWV 263: […] – Poco Presto 2:09
21 Sonata No. 6 in E major, BuxWV 264: Grave – Vivace 3:46
22 Sonata No. 6 in E major, BuxWV 264: Adagio – Poco Presto – Lento 4:01
23 Sonata No. 6 in E major, BuxWV 264: Allegro 1:33
24 Sonata No. 7 in F major, BuxWV 265: Adagio – […] 3:00
25 Sonata No. 7 in F major, BuxWV 265: Lento – Vivace 2:42
26 Sonata No. 7 in F major, BuxWV 265: Largo – Allegro 2:47
O último CD do extraordinário John Surman tinha sido Saltash Bells, de 2012, um álbum solo que foi considerado um de seus melhores trabalhos. Invisible Threads marca a estreia de um novo trio que inclui o pianista, arranjador e compositor brasileiro Nelson Ayres e o percussionista norte-americano Rob Waring (que mora na Noruega desde 1981). Surman (que também mora lá) conheceu Ayres enquanto eles trabalhavam no disco Fala de Bicho, de Marlui Miranda, no Brasil. Depois, eles tocaram alguns shows juntos. A dupla seguiu caminhos separados com a intenção de voltar. Enquanto compunha ideias para enviar ao pianista, Surman continuava ouvindo o toque de Waring em sua cabeça. Então enviou arquivos de som com suas ideias também para Waring. Estava formado o trio sem bateria. Gravaram rapidamente e, nossa!, o resultado vale a pena ouvir.
O disco é de uma fineza só. Tranquilo e de belos temas, melodias e timbres.
Invisible Threads: John Surman, Nelson Ayres & Rob Waring
1. At First Sight (02:33)
2. Autumn Nocturne (06:52)
3. Within the Clouds (04:48)
4. Byndweed (05:11)
5. On Still Waters (04:45)
6. Another Reflection (01:33)
7. The Admiral (05:15)
8. Pitanga Pitomba (07:06)
9. Summer Song (05:22)
10. Concentric Circles (06:32)
11. Stoke Damerel (03:37)
12. Invisible Threads (05:39)
Personnel:
John Surman, soprano and baritone saxophones, bass clarinet
Nelson Ayres, piano
Rob Waring, vibraphone, marimba
Há coisas que são difíceis de entender ou que, decididamente, não dão para entender. Estranho que o mesmo mundo que privilegia autores como Glass em detrimento de outros muito superiores, pesque justo Górecki, dentre um imenso cardume de bons compositores, muitos deles banhando-se no Mar Báltico. Por que a surpresa? Ora, a surpresa deve-se a que Górecki é bom. Quando do lançamento pela Nonesuch (1992, com Dawn Upshaw e a London Sinfonietta sob a direção de David Zinman), a Sinfonia Nº 3 vendeu inacreditáveis 5 milhões de cópias no mundo. Tenho uma, claro. O CD esteve no topo da venda de discos no Reino Unido. Segundo a gravadora, vendeu quatrocentas vezes a expectativa de vendas de uma sinfonia de um compositor relativamente desconhecido no séc XX.
E é boa música. E, para gáudio dos pequepianos, este registro de Antoni Wit, feito para a Naxos em 1994, é ainda melhor. Ocorre algo semelhante com Penderecki (talvez com todos de todas as etnias): sua música soa melhor quando poloneses a interpretam. Aqui repete-se o fenômeno. Esta gravação eclipsa o esforço de americanos e ingleses. Há muito mais profundidade e força. Cada movimento cresce lenta e poderosamente. O engenheiro de som também deu mais atenção ao piano — e o resultado é uma peça muito mais marcante e comovente.
Henryk Górecki (1933-2010): Symphony No. 3, Op. 36 (“Symphony of Sorrowful Songs”)
Movement 1 – Lento sostenuto tranquillo ma cantabile
Movement 2 – Lento e largo – tranquillissimo
Movement 3 – Lento cantabile semplice
3 Olden Style Pieces
4. I
5. II
6. III
Zofia Kilanowicz, soprano
Polish National Radio Symphony Orchestra
Antoni Wit
Nerso, nerso, mineirim danado, para quê? Acho que todo artista, ainda mais um do calibre de Nelson Freire, tem o direito de dar a sua interpretação da música do passado. Afinal, Freire fez isso a vida inteira tocando maravilhosamente o repertório romântico e tornando-se um dos melhores pianistas do planeta. Mas nós temos o direito de gostar ou não. Ao completar 70 anos, nosso querido pianista resolveu dar uma viradim — ou assinou um contratim — e dirigiu-se a deus, ou seja, a Bach. Pollini já tinha feito o mesmo anos atrás com excelente resultado. Só que Freire ficou oscilando em termos estilísticos. Sua Partita 4 é romântica, é Schumann tocando Bach. Já a Suíte Inglesa 3 e a Cromática são quase simulações de cravo — e, olha, ficaram bem interessantes. Mas nos números finais, talvez por serem peças soltas e ideais para funcionar como bis em concertos, Freire se deu a liberdade de mostrar toda a sua intimidade com… o romantismo. Se eu fosse o grilo falante conselheiro de Freire — e não me considero maior do que um grilo em relação a ele –, pousaria sobre seu ombro esquerdo e diria: parta do romantismo em direção ao futuro, queridim. Nada de baquear nesta altura da vida.
J. S. Bach (1685-1750): Peças para teclado com Nelson Freire
01. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 1. Overture
02. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 2. Allemande
03. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 3. Courante
04. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 4. Aria
05. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 5. Sarabande
06. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 6. Menuet
07. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 7. Gigue
08. J.S. Bach: Toccata in C Minor, BWV 911
09. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 1. Prélude
10. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 2. Allemande
11. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 3. Courante
12. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 4. Sarabande
13. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 5. Gavotte I – Gavotte II ou la musette
14. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 6. Gigue
15. J.S. Bach: Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903 – 1. Fantasia
16. J.S. Bach: Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903 – 2. Fugue
17. J.S. Bach: Concerto in D Minor, BWV 974 – for Harpsichord/Arranged by Bach from: Oboe Concerto in D minor by Alessandro Marcello (1685-1750) – 2. Andante
18. J.S. Bach: Choral: “Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ”, BWV 639
Mozart compôs ao todo 22 óperas. Todas são belos trabalhos. Não sou muito ligado à ópera, mas as de Mozart eu costumo ouvir – principalmente sete delas. Essas óperas possuem árias que se imortalizaram na história da música. Como, por exemplo, ‘Voi che sapete che è amor”, da ópera “As Bodas de Fígaro”, que aparece no registro que ora posto. Este CD consagra as árias das óperas mozartianas na voz da bela Magdalena Kožená. No último domingo, 28, PQP postou um CD da moça celebrando a poesia de Handel com as valorosas “Cantatas Italianas”. Há quem a tenha comparado à italiana Bartoli. Claro, cada uma possui sua singularidade. O fato é que aqui temos um trabalho lindíssimo. Kožená é casada com Simon Rattle, atual quase ex-diretor da Filarmônica de Berlim. São dois importantes nomes do cenário da música erudita. Boa apreciação dessas belíssimas árias.
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Árias
01. Le nozze di Figaro, K.492 / Act 4 – Giunse alfin il momento…Deh, vieni, non tardar…
02. Le nozze di Figaro, K.492 – with embellishments by Domenico Corri / Act 2 – Voi che sapete
03. Ch’io mi scordi di te… Non temer, amato bene, K.505
04. Così fan tutte ossia La scuola degli amanti, K.588 / Act 1 – “In uomini, in soldati”
05. Così fan tutte ossia La scuola degli amanti, K.588 / Act 2 – “Ei parte…Per pietà”
06. Così fan tutte ossia La scuola degli amanti, K.588 / Act 2 – “E amore un ladroncello”
07. La clemenza di Tito, K.621 / Act 2 – “Non più di fiori”
08. Idomeneo, re di Creta, K.366 / Act 1 – “Quando avran fine omai” – “Padre, germani, addio!”
09. Vado, ma dove? oh Dei!, K.583
10. Le nozze di Figaro, K.492 / Act 1 – “Non so più cosa son, cosa faccio”
11. Alma grande e nobil core, K.578
12. Le nozze di Figaro, K.492 / Act 3 – “Giunse alfin…” _ “Al desio di chi t’adora” (K.577)
13. Le nozze di Figaro, K.492 Act 2 Voi che sapete – e-album Bonus track.mp3
Magdalena Kožená, mezzo-soprano
Orchestra of the Age of Enlightenment
Sir Simon Rattle, regente
Jos van Immerseel, pianoforte
Lamento é um CD obrigatório para quem aprecia a música barroca. Trata-se de uma coleção de obras de minha família — de meu pai Johann Sebastian, de meu irmão Carl Philipp Emanuel (C.P.E.), e de parentes como Johann Christoph (aqui não podemos usar siglas, pois faríamos confusão com meu irmão Johann Christian), Johann Christoph Friedrich (J.C.F.) e até uma transcrição de uma cantata escrita pelo italiano Francesco Conti (1682-1732), feita por meu pai.
O mezzo soprano Magdalena Kožená (1973) é a própria perfeição e a Musica Antiqua de Colônia, conduzida por Reinhard Goebel, dispensa apresentações, creio. Esse é dos campeões. A orquestra fica TRANSLÚCIDA para receber a voz LÍMPIDA de Kožená. Baixe, compre, depois compre outros para dar de presente para os amigos de quem você gosta. Só a ária de abertura do CD já é uma obra belíssima, inesquecível, tocante. Vai lá e ouve, rapaz.
Lamento: Obras da Família Bach com Magdalena Kožená
1. Ach, Dass Ich Wassers G’nug Hatte
2.. Recitativo: Languet Anima Mea Amore Tuo
3.. Aria: O Vulnera, Vita Coelestis
4.. Recitativo: Amoris Tui Jaculo
5. Aria: Tu Lumen Mentis Es
6. Alleluja
7. Aria: Vergnugte Ruh, Beliebte Seelenlust
8. Recitative: Die Welt, Das Sundenhaus
9. Aria: Wie Jammern Mich Doch Die Verkehrten Herzen
10. 4. Recitative: Wer Solte Sich Demnach
11. 5. Aria: Mir Ekelt Mehr Zu Leben
12. Bekennen Will Ich Seinen Namen
13. Selma
14. Saide, Komm, Mein Wunsch, Mein Lied!
15. Schon Ist Mein Madchen, Wie Die Traube
16. Du Quell, Der Sich Durch Goldsand Schlangelt
17. Mein Herz, Mein Herz Fleucht Ihr Entgegen
Faixa 1: Ach, daß ich Wassers genug hätte, vocal concerto
Composed by Johann Christoph Bach with Rachael Yates, Maren Ries,
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená, Stephan Schardt
Conducted by Reinhard Goebel
Faixas de 2 a 6: Languet anima mea, cantata for voice, 2 oboes & strings
Composed by Francesco Bartolomeo Conti with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená
Conducted by Reinhard Goebel
Faixas de 7 a 11: Cantata No. 170, “Vergnügte Ruh, beliebte Seelenlust,” BWV 170 (BC A106)
Composed by Johann Sebastian Bach with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená
Conducted by Reinhard Goebel
Faixa 12: Cantata No. 200, “Bekennen will ich seinen Namen” (fragment), BWV 200 (BC A192)
Composed by Johann Sebastian Bach with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená, Stephan Schardt
Conducted by Reinhard Goebel
Faixa 13: Selma (I), secular cantata for voice, 2 flutes, strings & continuo, H. 739, Wq. 236 Sie liebt! Mich liebt die Auserwählte
Composed by Carl Philipp Emanuel Bach with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená
Conducted by Reinhard Goebel
Faixas de 14 a 17: Die Amerikanerin, cantata for soprano & orchestra, HW18/3
Composed by Johann Christoph Friedrich Bach with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená
Conducted by Reinhard Goebel
O conjunto de Cantatas da Câmara Italianas, Op. 1, de Nicola Porpora, recebe uma nova e impressionante leitura dirigida por Stefano Aresi, um dos principais intérpretes deste compositor barroco tardio. Porpora, nascido em Nápoles, levou sua nuove musiche a Londres lá por 1730. Na verdade, Porpora tentou imitar Handel, que ficou famoso (e rico?) na Inglaterra. Porpora rapidamente se deu bem com a nobreza britânica e suas 12 cantatas, embora provavelmente escritas em Nápoles, foram publicadas sob o patrocínio de Frederico Luís, príncipe de Gales. Elas desfrutaram de grande sucesso, refletindo a posição de liderança da música italiana em toda a Europa da época. Estas 12 obras são interpretadas pelas quatro cantoras do Stile Galante: Francesca Cassinari e Emanuela Galli, sopranos, Giuseppina Bridelli e Marina De Liso, contraltos. Um belo CD! Há joias espalhadas nele.
CD1
01. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata V: Scrivo in te ‘amato nome
02. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata V: O pianta avventurosa
03. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata V: Per te d’amico Aprile
04. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata X: Oh se fosse il mio core
05. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata X: Se lusinga il labbro e ‘l ciglio
06. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata X: Mi fa barbara e ingrata
07. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata X: Sento pietade
08. All’Altezza Reale Di Federico Prencipe Reale Di Vallia, Op. 1, Cantata VIII: Or Che Una Nube Ingrata
09. All’Altezza Reale Di Federico Prencipe Reale Di Vallia, Op. 1, Cantata VIII: Senza Il Misero Piacer
10. All’Altezza Reale Di Federico Prencipe Reale Di Vallia, Op. 1, Cantata VIII: M’Intendi? Io Tutto Dissi
11. All’Altezza Reale Di Federico Prencipe Reale Di Vallia, Op. 1, Cantata VIII: Contemplar Almen Chi S’Ama
12. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata III: Tirsi chiamare a nome
13. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata III: Se in amor che sia vicino
14. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata III: Sì, sì, benché l’aspetto
15. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata III: So ben che la speranza
16. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IX: Destatevi, o pastori
17. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IX: Nei campi e nelle selve
18. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IX: Tornerò fra le gregge
19. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IX: Silvio amante disperato
20. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VI: Già la notte s’avvicina
21. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VI: Lascia una volta, o Nice
22. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VI: Non più fra’ sassi algosi
CD2
01. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XI: Oh Dio, che non è vero
02. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XI: Quella ferita
03. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XI: Passano i fiumi e i rivi
04. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XI: Se mi prestasse i vanni
05. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IV: Queste che miri, o Nice
06. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IV: Sei mio ben, sei mio conforto
07. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IV: Credimi, sì, mio sole
08. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IV: Amo, né sarà mai
09. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VII: Veggo la selva e il monte
10. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VII: Le direi mormorando fra’ sassi
11. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VII: Poscia quando il pasto guida
12. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VII: Ma la selva, il monte, intanto
13. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata II: Nel mio sonno almen talora
14. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata II: Pria dell’aurora, o Fille
15. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata II: Partì con l’ombra, è ver
16. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata I: D’Amore il primo dardo
17. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata I: Fra gl’amorosi lacci
18. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata I: Ch’io mai vi possa
19. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XII: Dal povero mio cor
20. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XII: Mensogniera dici
21. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XII: Pallido, ancor tremante
22. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XII: Ha scogli e rie procelle
Mais um belo CD que envolve a esplêndida Freiburger Barockorchester. Porém, desta vez, a grande estrela não é a orquestra e sim a gambista alemã Hille Perl. A competência da moça é efetivamente notável. Sua sonoridade nos consola ao apresentar um programa com trabalhos bem conhecidos e outros inteiramente fora do repertório habitual. Gravação lúcida, detalhada e suave. Dá para ouvir o CD por horas e horas, sem cansar. A música é profunda e a performance, soberba.
Telemann / Pfeiffer / Graun / Abel: Concertos
Georg Philipp Telemann Concerto For Recorder, Viola Da Gamba & Orchestra TWV 52:a1
1 Grave 4:05
2 Allegro 4:22
3 Dolce 3:45
4 Allegro 3:41
Carl Friedrich Abel From MS Drexel 5871
5 Adagio & Allegro 6:55
Johann Pfeiffer Concerto In A Major For Viola Da Gamba, Two Violins & Basso Continuo
6 À Tempo Guisto 3:29
7 Allegro 2:56
8 Lerog 4:26
9 Allegro 2:59
Carl Friedrich Abel From MS Drexel 5871
10 Interludium In D 2:24
Johann Gottlieb Graun Concerto In G Major For Viola Da Gamba, Strings & Basso Continuo
11 Allegro 5:24
12 Adagio Ma Non Tanto 8:44
13 Allegro 7:22
Carl Friedrich Abel From MS Drexel 5871
14 Arpeggiata & Fantasia 6:27
Viola da Gamba – Hille Perl
Alto Recorder – Han Tol
Violin – Petra Müllejans
Orchestra – Freiburger Barockorchester
Directed By – Petra Müllejans
Todos vocês desconfiam que meu compositor preferido seja meu pai Johann Sebastian Bach, não? E todos mais ou menos sabem que eu desprezo Dvorak, Rachmaninov, Debussy e até Wagner. Mas não sabem que meus três prediletos começam com a letra B: Bach, Beethoven, Brahms e Bartók. Johannes Brahms, claro! Sei que tal fato apenas tem importância dentro das paredes de meu cérebro e que estas impressões de ouvinte cinquentenário não devem ser vendidas como verdades ou garantia de qualidade, mas Brahms é o máximo!
É claro que tenho dezenas de gravações deste série de sonatas, mas não ouvi ainda nada melhor do que dupla Dumay-Pires e a formada por Mutter-Orkis. Certamente, esta é uma das mais belas gravações das sonatas de Brahms para violino e piano disponíveis e uma de minhas first choices.
Há que rebolar muito para espremer mais beleza destas obras de melancolia, paixão, intimidade e delicadeza.
Brahms: Sonatas para Violino e Piano
Sonata For Violin And Piano No.1 In G, Op.78
1. 1. Vivace ma non troppo
2. 2. Adagio
3. 3. Allegro molto moderato
Sonata For Violin And Piano No.2 In A, Op.100
4. 1. Allegro amabile
5. 2. Andante tranquillo – Vivace – Andante – Vivace di più – Andante vivace
6. 3. Allegretto grazioso (Quasi andante)
Sonata For Violin And Piano No 3 In D Minor, Op.108
7. 1. Allegro
8. 2. Adagio
9. 3. Un poco presto e con sentimento
10. 4. Presto agitato
A música erudita nos causa curiosos problemas. Imaginem que eu formatei este post colocando os discos na ordem de qualidade que esperava encontrar. Coloquei em primeiro lugar Rousset, depois Kirkpatrick, seguido de Yepes. Bem, é exatamente o contrário. Após ouvir os três CDs que não possuem sonatas em comum, diria que o melhor é o das transcrições de Yepes, seguido pelo do cravista-estudioso de Scarlatti Ralph Kirkpatrick e depois pelo francês Rousset.
Os três são bons, mas Yepes vence. Confiram!
Ah, Domenico não é tão talentoso quanto seu pai Alessandro, mas as 555 sonatas em um movimento que escreveu para comer a princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara são bem legais.
1. Scarlatti – Kk 461 – Sonata in C major (4:01)
2. Scarlatti – Kk 124 – Sonata in G major (5:19)
3. Scarlatti – Kk 147 – Sonata in E minor (7:39)
4. Scarlatti – Kk 531 – Sonata in E major (3:40)
5. Scarlatti – Kk 44 – Sonata in F major (5:57)
6. Scarlatti – Kk 469 – Sonata in F major (3:17)
7. Scarlatti – Kk 426 – Sonata in G minor (7:37)
8. Scarlatti – Kk 427 – Sonata in G major (2:25)
9. Scarlatti – Kk 52 – Sonata in D minor (8:16)
10. Scarlatti – Kk 53 – Sonata in D major (3:39)
11. Scarlatti – Kk 120 – Sonata in D minor (4:15)
12. Scarlatti – Kk 144 – Sonata in G major (4:22)
13. Scarlatti – Kk 450 – Sonata in G minor (3:52)
14. Scarlatti – Kk 140 – Sonata in D major (3:59)
15. Scarlatti – Kk 141 – Sonata in D minor (4:24)
Ralph Kirkpatrick – Domenico Scarlatti: Sonatas for Harpsichord
01. Sonata for keyboard in G minor, K. 347 (L. 126)
02. Sonata for keyboard in G major, K. 348 (L. 127)
03. Sonata for keyboard in D minor, K. 213 (L. 108) “The Lover”
04. Sonata for keyboard in D major, K. 214 (L. 165)
05. Sonata for keyboard in F sharp major, K. 318 (L. 31)
06. Sonata for keyboard in F sharp major, K. 319 (L. 35)
07. Sonata for keyboard in E major, K. 380 (L. 23) “Cortege”
08. Sonata for keyboard in E major, K. 381 (L. 225)
09. Sonata for keyboard in C major, K. 356 (L. 443)
10. Sonata for keyboard in C major, K. 357 (L. S45)
11. Sonata for keyboard in C minor, K. 526 (L. 456)
12. Sonata for keyboard in C major, K. 527 (L. 458)
13. Sonata for keyboard in D major, K. 478 (L. 12)
14. Sonata for keyboard in D major, K. 479 (L. S16)
15. Sonata for keyboard in F major, K. 524 (L. 283)
16. Sonata for keyboard in F major, K. 525 (L. 188)
17. Sonata for keyboard in G major, K. 454 (L. 184)
18. Sonata for keyboard in G major, K. 455 (L. 209)
19. Sonata for keyboard in B flat major, K. 248 (L. S35)
20. Sonata for keyboard in B flat major, K. 249 (L. 39)
21. Sonata for keyboard in D major, K. 436 (L. 109)
Narciso Yepes – Domenico Scarlatti: Sonatas Transcribed for 10-String Guitar
1. Sonata in G major, K.146: [Allegretto] [3’16]
2. Sonata in D minor, K.34: Larghetto [3’37]
3. Sonata in F minor, K.238: Andante [3’07]
4. Sonata in Bb major, K.42: Minuetto [1’29]
5. Sonata in Eb major, K.474: Andante e cantabile [6’05]
6. Sonata in D minor, K.32: Aria [2’10]
7. Sonata in A major, K.322: Allegro [2’56]
8. Sonata in D minor, K.77: Moderato e cantabile [7’58]
9. Sonata in G major, K.283: Andante allegro [4’57]
10. Sonata in D minor, K.64: Gavotte [2’29]
11. Sonata in F major, K.446: Pastorale [4’50]
12. Sonata in B minor, K.377: Allegrissimo [3’23]
Antes de tudo, é importante dizer que aqui não tem música de Carl Orff!!! Esta é a música medieval do século XIII extraída do Codex ” Buranus ” , aka ” Codex Latinus Monacensis ” mantido na Biblioteca Nacional da Baviera , em Munique. Carmina Burana (latim; em português: “Canções da Beuern” , sendo “Beuern” uma abreviação de Benediktbeuern) é o nome dado a poemas e textos dramáticos manuscritos do século XIII. As peças são em sua maioria picantes, irreverentes e satíricas e foram escritas principalmente em latim medieval, algumas partes em médio-alto-alemão e alguns com traços de Francês antigo ou provençal. Há também partes macarrônicas, uma mistura de latim vernáculo, alemão ou francês. Os manuscritos refletem um movimento europeu “internacional”, com canções originária de Ocitânia (atual sudoeste da França), França, Inglaterra, Escócia, Aragão, Castela e do Sacro Império.
Wellington Mendes complementa: estas canções contidas no Codex de Burano são o legado de uma curiosa classe musical da Idade Média, os Goliardos. Monges, intelectuais, poetas e cancioneiros, que itineravam entre as escolas e universidades europeias. Se diziam seguidores de um lendário Bispo Golias, que levara na juventude uma vida errante. Suas canções, como já bem diz o texto, são picarescas, satirizando os costumes, desmandos do poder, hipocrisia da Igreja, fracasso das cruzadas – nem o Papa escapava; canções hedonistas de louvor ao vinho e à vida desregrada, lamentações de clérigos destituídos de seus privilégios e de estudantes pobres; algumas delas francamente licenciosas. Enfim, sofreram a repreensão da igreja, sendo proibidos de dizerem missas, de cantarem suas sátiras, sendo decretado que os clérigos não deveriam ser bufões nem goliardos.
Carmina Burana Sacri Sarcasmi
1 Bonum Est Confidere 4:33
2 Adtende Lector! 0:42
3 Dic Christi Veritas 2:37
4 Dic Christi Veritas 6:17
5 Heu Nostris Temporibus 1:36
6 Flete Pehorrete 4:33
7 Ad Cor Tuum Reverte 5:53
8 Curritur Ad Vocem 2:13
9 Omittamus Studia 7:15
10 Carmen Ante Litteram [D.D. Sherwin] 3:34
11 Fas Et Nefas 2:49
12 Procurans Odium 2:32
13 Ave Nobilis Venerabilis 3:24
14 La Quarte Estampie Royal 2:15
15 Tempus Transit Gelidum 4:47
16 Olim Sudor Herculis 7:38
17 Eunt Ambe Virgines 1:52
18 Frigus Hinc Est Horridum 3:32
La Reverdie:
Voice – Matteo Zenatti
Voice, Arp, Teutonic Zithar – Ella De Mircovich
Voice, Flute, Vielle – Livia Caffagni
Voice, Lute, Psaltery – Claudia Caffagni
Voice, Mute Cornet, Percussion – Doron David Sherwin
Voice, Vielle, Symphonia, Bells – Elisabetta De Mircovich
Voice, Voice Actor – Andrea Favari
Não pretendo mentir para vocês. Eu tenho problemas com o Melos. Acho que lhes falta sangue, pulso. É claro que eles são ótimos, mas estou falando nas melhores versões dos últimos quartetos de Beethoven, estou falando de música de ordem superior, de Beethoven falando para o futuro, decidindo que o que devia ser, seria. A gravação é boa? Sem dúvida! Tanto que a ouvi inteirinha ontem sem grande sofrimento, mas não me venham compará-la com as versões do Alban Berg, do Emerson e do Kodály String Quartet, por exemplo.
Por que comecei a postar a integral dos quartetos de Beethoven pelo final? Ora, porque gosto mais dos últimos, simples assim. Ah, tenho que terminar a postagem das 75 cantatas de Bach gravadas pelo Richter e os CDs que restam da Hewitt, não? Bem, acho que posso ir alternando. Ninguém vai morrer por isso.
Enquanto isso, em Porto Alegre, aguardamos o fim do verão e o retorno das temperaturas CIVILIZADAS.
Ludwig van Beethoven (1770-1827): The Late String Quartets
Disc: 1
1. String Quartet No. 12 in E flat major, Op. 127: 1. Maestoso – Allegro
2. String Quartet No. 12 in E flat major, Op. 127: 2. Adagio, ma non troppo e molto cantabile – Andante con moto – Adagio molto espressi
3. String Quartet No. 12 in E flat major, Op. 127: 3. Scherzando vivace – Presto
4. String Quartet No. 12 in E flat major, Op. 127: 4. Finale
5. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: 1. Adagio, ma non troppo e molto espressivo – attacca:
6. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: 2. Allegro molto vivace – attacca:
7. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: 3. Allegro moderato – attacca:
8. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: 4. Andante, ma non troppo e molto cantabile –
9. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: Andante moderato e lusinghiero
10. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: Adagio –
11. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: Allegretto –
12. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: Adagio, ma non troppo e semplice –
13. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: Allegretto
14. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: 5. Presto –
15. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: Molto poco adagio – attacca:
16. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: 6. Adagio quasi un poco andante – attacca:
17. String Quartet No. 14 in C sharp minor, Op. 131: 7. Allegro
Disc: 2
1. String Quartet No. 13 in B flat major, Op. 130: 1. Adagio ma non troppo – Allegro
2. String Quartet No. 13 in B flat major, Op. 130: 2. Presto
3. String Quartet No. 13 in B flat major, Op. 130: 3. Andante con moto, ma non troppo
4. String Quartet No. 13 in B flat major, Op. 130: 4. Alla danza tedesca. Allegro assai
5. String Quartet No. 13 in B flat major, Op. 130: 5. Cavatina. Adagio molto espressivo – attacca:
6. String Quartet No. 13 in B flat major, Op. 130: 6. Finale. Allegro
7. Fugue for string quartet in B flat major (‘Grosse Fuge’), Op. 133: Overtura. Allegro – Fuga:
8. Fugue for string quartet in B flat major (‘Grosse Fuge’), Op. 133: Meno mosso e moderato
9. Fugue for string quartet in B flat major (‘Grosse Fuge’), Op. 133: Allegro molto e con brio
10. Fugue for string quartet in B flat major (‘Grosse Fuge’), Op. 133: Meno mosso e moderato
11. Fugue for string quartet in B flat major (‘Grosse Fuge’), Op. 133: Allegro molto e con brio
12. Fugue for string quartet in B flat major (‘Grosse Fuge’), Op. 133: Allegro
Disc: 3
1. String Quartet No. 15 in A minor (‘Heiliger Dankgesang’), Op. 132: 1. Assai sostenuto – Allegro
2. String Quartet No. 15 in A minor (‘Heiliger Dankgesang’), Op. 132: 2. Allegro ma non tanto
3. String Quartet No. 15 in A minor (‘Heiliger Dankgesang’), Op. 132: 3. Molto Adagio — Andante — Heiliger Dankgesang eines Genesenen an die Gottheit, in der lydischen Tonart. Molto adagio — Neue Kraft fühlend. Andante — Molto adagio — Andante–Molto adagio. Mit innigster Empfindung
4. String Quartet No. 15 in A minor (‘Heiliger Dankgesang’), Op. 132: 4. Alla marcia, assai vivace – Più allegro – attacca:
5. String Quartet No. 15 in A minor (‘Heiliger Dankgesang’), Op. 132: 5. Allegro appassionato
6. String Quartet No. 16 in F major, Op. 135: 1. Allegretto
7. String Quartet No. 16 in F major, Op. 135: 2. vivace
8. String Quartet No. 16 in F major, Op. 135: 3. Lento assai e cantante tranquillo
9. String Quartet No. 16 in F major, Op. 135: 4. “Der schwer gefaßte Entschluß (The difficult decision).” Grave, ma non troppo tratto (Muss es sein?/Must it be?) — Allegro (Es muss sein!/It must be!) — Grave, ma non troppo tratto — Allegro
Eu tenho lá minhas restrições a Herbert von Karajan, mas ele deu acesso a vários jovens que hoje são monstros sagrados. Ao foto do disco ao lado têm Yo-Yo Ma e Anne-Sophie Mutter adolescentes, solando com a Filarmônica de Berlim. Esta gravação do Concerto Triplo não chega a ser uma maravilha, só que ela sempre será utilizada como referência e vendeu como água em seu tempo. Bem, o Concerto para violino, violoncelo e piano (Triplo) em Dó Maior, Opus 56, foi escrito por Ludwig van Beethoven entre 1803 e 1805, sendo publicado em 1807 e estreado em Viena e, 1808. Trata-se do único concerto de Beethoven para mais de um instrumento solista. Já as aberturas são first choices nos inícios de concertos no mundo inteiro.
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
Concerto for Piano, Violin, and Cello in C, Op.56
1) 1. Allegro [17:48]
2) 2. Largo – attacca [5:50]
3) 3. Rondo alla Polacca [12:32]
Anne-Sophie Mutter
Mark Zeltser
Yo-Yo Ma
Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan
4) Music to Goethe’s Tragedy “Egmont” op.84 [8:21]
5) Overture “Coriolan”, Op.62 [9:00]
6) Overture “Fidelio”, Op.72c [6:55]
Este disco polonês consiste em uma agradável mistura de cantatas e peças instrumentais francesas que podem ser apreciadas como um concerto. Elas datam das três primeiras décadas do século XVIII, período entre a morte de Lully e a ascensão de Rameau, enorme compositor ainda subestimado. Esta combinação de compositores e a escolha do repertório oferecem um programa muito colorido e divertido. Com Clérambault, Montéclair e Rameau, a Cantata francesa atingiu uma espécie de apogeu, empurrando os limites de sua teatralidade e tornando-se cada vez mais operística. É como se estivéssemos num salão da Paris do século XVIII, numa tranquila tarde de verão, com a porta da sala de estar entreaberta e chegasse até nós um cheiro de perfume acompanhado do riso abafado das cortesãs e de sons de um violino virtuoso. Delícia.
Destaque para a faixa 22, a absurdamente linda e “ostinata” Sonnerie de Sainte Genevieve du Mont de Paris, de Marin Marais.
Cantates et Petits Macarons
1
Le Retour de la Paix: I. Vivement “Dans les maux qu’une afreuse guerre”
De Michel Pignolet de Monteclair
1:36
2
Le Retour de la Paix: II. Air “Pourquoi de la Parque inflèxible”
De Michel Pignolet de Monteclair
5:21
3
Le Retour de la Paix: III. Legèrement “O ciel! La fureur qui les guide”
De Michel Pignolet de Monteclair
1:20
4
Le Retour de la Paix: IV. Récitatif “Ah! quelle est mon erreur?”
De Michel Pignolet de Monteclair
0:25
5
Le Retour de la Paix: V. Lent et dètaché “Fille du ciel!”
De Michel Pignolet de Monteclair
3:14
6
Le Retour de la Paix: VI. Leger et doux “Mais quel èclat soudain!”
De Michel Pignolet de Monteclair
1:15
7
Le Retour de la Paix: VII. Récitatif “Discorde tes èforts”
De Michel Pignolet de Monteclair
1:32
8
Le Retour de la Paix: VIII. Air de Trompètes et de Musètes “Que les guerrieres trompètes”
De Michel Pignolet de Monteclair
2:05
9
L’Apothéose de Corelli in B Minor: I. Corelli au piéd du Parnasse prie les Muses de le Recevoir parmi elles
De François Couperin
2:06
10
L’Apothéose de Corelli in B Minor: II. Corelli charmé de la bonne réception qu’on lui fait au Parnasse, en marque Sa joye. Il continuë avec ceux qui L’accompagnen
De François Couperin
2:12
11
L’Apothéose de Corelli in B Minor: III. Corelli buvant à la Source D’hypocrêne. Sa Troupe Continuë
De François Couperin
1:55
12
L’Apothéose de Corelli in B Minor: IV. Enthouziasme de Corelli Causé par les eaux D’hypocrêne
De François Couperin
0:59
13
L’Apothéose de Corelli in B Minor: V. Corelli après son enthouziasme S’endort; et sa Troupe jouë le Sommeil suivant
De François Couperin
1:54
14
L’Apothéose de Corelli in B Minor: VI. Les Muses reveillent Corelli, Et le placent auprês d’Apollon
De François Couperin
0:43
15
L’Apothéose de Corelli in B Minor: VII. Remerciment de Corelli
De François Couperin
2:22
16
Le berger fidèle, RCT 24: “Prêt à voir immoler l’objet de sa tendresse” (Récitatif)
De Jean-Philippe Rameau
0:42
17
Le berger fidèle, RCT 24: “Diane , appaise ton courroux!” (Air plaintif)
De Jean-Philippe Rameau
4:31
18
Le berger fidèle, RCT 24: “Mais c’est trop me livrer à ma douleur mortelle” (Récitatif)
De Jean-Philippe Rameau
0:21
19
Le berger fidèle, RCT 24: “L’amour qui règne dans votre âme” (Air gai)
De Jean-Philippe Rameau
4:03
20
Le berger fidèle, RCT 24: “Cependant à l’autel le Berger se présente” (Récitatif)
De Jean-Philippe Rameau
0:58
21
Le berger fidèle, RCT 24: “Air vif et gracieux Charmant Amour, sous ta puissance”
De Jean-Philippe Rameau
4:14
22
Sonnerie de Sainte Genevieve du Mont de Paris
De Marin Marais
7:40
23
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: I. “Fort gravement” (Prelude)
De Louis-Nicolas Clerambault
0:41
24
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: II. “Mortels, pour contenter vos desirs curieux” (Récitatif)
De Louis-Nicolas Clerambault
0:30
25
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: III. “Au son des trompettes bruiantes” (Air gai)
De Louis-Nicolas Clerambault
4:26
26
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: IV. “Mais quel bruit interrompt ces doux amusements” (Tempeste)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:03
27
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: V. “Non, les Dieux attendris” (Récitatif)
De Louis-Nicolas Clerambault
0:25
28
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: VI. “Oyseaux, qui sous ces feüillages” (Air fort tendrement)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:44
29
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: VII. “Vos concerts heureux Oyseaux” (Sommeil)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:03
30
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: VIII. “Mais quels novueaux accords dont l’horreur est extréme?” (Prelude infernal)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:09
31
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: IX. “Ne craignons rien, un changement heureux” (Récitatif)
De Louis-Nicolas Clerambault
0:27
32
La Muse de l’Opera ou les caracteres lyriques: X. “Ce n’est qu’une belle chimere” (Air gay et piqué)
De Louis-Nicolas Clerambault
2:39
Natalia Kawalek, soprano
Il Giardino d’Amore
Stefan Plewniak
Não deixo por menos, estamos tratando de um dos maiores discos de jazz de todos os tempos. Aqui, o quarteto escandinavo de Jarrett dá uma notável demonstração de musicalidade e tesão, atacando diversas vertentes, desde o jazz tradicional até o free. O pianista domina a música, mas as intervenções de Garbarek são sempre preciosas, assim como o acompanhamento de Danielsson e Christensen também são notáveis. O álbum é muito convincente, uma ilustração do trabalho refinado de Jarrett com influências europeias da música clássica e folclórica .
Keith Jarrett: Nude Ants (Live At The Village Vanguard)
1 Chant Of The Soil 17:12
2 Innocence 8:15
3 Processional 20:33
4 Oasis 30:34
5 New Dance 12:57
6 Sunshine Song 12:03
Bass – Palle Danielsson
Drums, Percussion – Jon Christensen
Piano, Timbales, Percussion, Music By – Keith Jarrett
Tenor Saxophone, Soprano Saxophone – Jan Garbarek
Recorded May 1979 at the Village Vanguard, New York.
Originally released as double LP in 1980.
Atendendo a pedidos, nosso Serviço de Atendimento ao Chororô (SAC) disponibiliza links fresquíssimos para um belo álbum repleto da magistral Chaconne da Partita em Ré menor do Grande Pai Bach, em transcrições para piano (aquela célebre de Busoni, uma contemporânea de Lutz e a de Brahms para mão esquerda) e no original para violino solo. É daquelas obras que, na iminência do final do mundo, a gente desejaria colocar numa cápsula espacial para que se salve deste vale de lágrimas – e que muitos de nós outros, melômanos, certamente gostaríamos de ter nos ouvidos ao dele nos despedirmos. Uma tremenda gravação, acompanhada de uma das melhores resenhas jamais feitas pelo patrão PQP.
Vassily
POSTAGEM ORIGINAL DE PQP BACH EM 10/5/2012
Numa noite fria do século XVIII, Bach escrevia a Chacona da Partita Nº 2 para violino solo. A música partia de sua imaginação (1) para o papel (2), alternando-se com o violino (3), no qual era testada. Anos depois, foi copiada (4) e publicada (5). Hoje, o violinista lê a Chacona (6) e de seus olhos passa o que está escrito ao violino (9) utilizando para isso seu controverso cérebro (7) e sua instável, ou não, técnica (8). Do violino, a música passa a um engenheiro de som (10) que a grava em um equipamento (11), para só então chegar ao ouvinte (12), que se desmilingúi àquilo.
Na variação entre todas essas passagens e comunicações, está a infindável diversidade das interpretações. Mas ainda faltam elos, como a qualidade do violino – e se seu som for divino ou de lata, e se ele for um instrumento original ou moderno? E o calibre do violinista? E seu senso de estilo e vivências? E o ouvinte? E… as verdadeiras intenções de Bach? Desejava ele que o pequeno violino tomasse as proporções gigantescas e polifônicas do órgão? Mesmo?
E depois tem gente que acha chata a música erudita…
-=-=-=-=-
Este CD faz ainda pior. É um disco onde há três diferentes transcrições (13, 13 e 13) que foram para o papel (14), para o pianista, etc. As transcrições são muito boas.
E apenas uma certeza. Tudo muito bom, tudo muito bonito, mas a Chaconne foi mesmo escrita o VIOLINO. Quando Beyer entra, o sol aparece. É algo absurdamente luminoso, apesar de, ao que tudo indica, Bach tê-la escrito durante o luto pela morte de sua primeira esposa Maria Barbara e em honra a ela.
Bach – Busoni – Lutz – Brahms: Chaconne
1. Chaconne After Bach’s Partita for Violin Solo No. 2 in D Minor, BWV 1004 (Transcribed for Piano By Busoni) 15:47
2. Chaconne After Bach’s Partita for Violin Solo No. 2 in D Minor, BWV 1004 (Transcribed for Piano By Lutz) 15:18
3. Chaconne After Bach’s Partita for Violin Solo No. 2 in D Minor, BWV 1004 (Transcribed for Piano By Brahms) 15:28
4. Partita for Violin Solo No. 2 in D Minor, BWV 1004: V. Chaconne 13:58
Ludwig van Beethoven (Bonn, batizado em 17 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 1827).
Não há jeito, você vai ter de baixar esses cinco CDs e depois vai comprá-los. Eu pensei que a grande versão de Abbado fosse uma balela, mas não é não. Tenho de explicar umas coisinhas.
Claudio Abbado (1933-2014 — note que este post é, originalmente, de 2010) registrara um ciclo completo das Sinfonias de Beethoven com a Filarmônica de Berlim no ano de 2000. Não se saiu nada bem. Era uma versão opaca e desapaixonada, pecado mortal em Beethoven. Tinha coisas boas nas Sinfonias 1, 2, 4 e 9, mas, no geral, era um registro decepcionante, abaixo do esperado. Para surpresa geral, Abbado e a Filarmônica gravaram tudo de novo um ano mais tarde. A gravação foi feita em 2001 a partir de performances ao vivo em Roma (ah, as gravações ao vivo, sempre melhores…), mas com a Nona Sinfonia da versão de 2000.
Céus, como Abbado conseguiu evoluir em tão curto espaço de tempo! A música respira e vive como nunca. É um TRIUNFO ESPETACULAR. No encarte, o maestro fala sobre o desenvolvimento de uma visão compartilhada com a orquestra. Isso é facilmente perceptível. Onde havia uma orquestra tocando notas, um ano depois havia sentido, direção e uma emoção arrasadora.
O que distingue esse conjunto de quase todos os outros ciclos completos é sua notável coerência. Não há falhas ou partes em que o ouvinte tenha de ser indulgente. O estilo está em consonância com o mainstream de nossos dias — tocada por instrumentos modernos, mas com texturas transparentes e tempos animados, Abbado revela detalhes expressivos com pertinência e permite que a música se desdobre esplendidamente.
Há muitos concorrentes — quem não sabe? — , mas se você estiver procurando por um ciclo completo das Sinfonias de Beethoven, fique sabendo que Abbado não é somente uma das principais recomendações, como uma first choice. Em minha opinião, nunca estas obras soaram tão espontâneas. Não seja besta de não ouvir.
Oh, sim. Histórias e mais histórias: Abbado sofreu um boicote aberto dos músicos da Filarmônica de Berlim. Sua forma de trabalho não lhes agradava. Abateu-se muito e ficou doente (verdade, quase morreu). O auge da crise foi entre 1998 e 2000. A lenda conta que os músicos, sentindo-se culpados, quiseram dar-lhe o maior Beethoven possível, pois, além de mal de saúde, ele estava deprimido, em vias de ser substituiído por Simon Rattle, por exigência dos músicos amotinados. Esta é a lenda. Acredite se quiser. Só sei de uma coisa, o resultado foi verdadeiramente ESPANTOSO. O lançamento da versão romana de 2001 ocorreu em 2008. É este o registro que PQP Bach apresenta a seus amados e detestáveis leitores-ouvintes.
Beethoven: Integral das Sinfonias
Disc: 1
1. Symphony No. 1 in C major, Op. 21: 1. Adagio molto – Allegro con brio
2. Symphony No. 1 in C major, Op. 21: 2. Andante cantabile con moto
3. Symphony No. 1 in C major, Op. 21: 3. Menuetto. Allegro molto e vivace – Trio
4. Symphony No. 1 in C major, Op. 21: 4. Finale. Adagio – Allegro molto e vivace
5. Symphony No. 3 in E flat major (‘Eroica’), Op. 55: 1. Allegro con brio
6. Symphony No. 3 in E flat major (‘Eroica’), Op. 55: 2. Marcia funebre. Adagio assai
7. Symphony No. 3 in E flat major (‘Eroica’), Op. 55: 3. Scherzo. Allegro vivace – Trio
8. Symphony No. 3 in E flat major (‘Eroica’), Op. 55: 4. Finale. Allegro molto – Poco Andante – Presto
Disc: 2
1. Symphony No. 2 in D major, Op. 36: 1. Adagio – Allegro con brio
2. Symphony No. 2 in D major, Op. 36: 2. Larghetto
3. Symphony No. 2 in D major, Op. 36: 3. Scherzo. Allegro – Trio
4. Symphony No. 2 in D major, Op. 36: 4. Allegro molto
5. Symphony No. 4 in B flat major, Op. 60: 1. Adagio – Allegro vivace
6. Symphony No. 4 in B flat major, Op. 60: 2. Adagio
7. Symphony No. 4 in B flat major, Op. 60: 3. Allegro molto e vivace – Trio. Un poco meno allegro
8. Symphony No. 4 in B flat major, Op. 60: 4. Allegro ma non troppo
Disc: 3
1. Symphony No. 5 in C minor (‘Fate’), Op. 67: 1. Allegro con brio
2. Symphony No. 5 in C minor (‘Fate’), Op. 67: 2. Andante con moto
3. Symphony No. 5 in C minor (‘Fate’), Op. 67: 3. Allegro
4. Symphony No. 5 in C minor (‘Fate’), Op. 67: 4. Allegro – Presto
5. Symphony No. 6 in F major (‘Pastoral’), Op. 68: 1. Angenehme, heitere Empfindungen, welche bei der Ankunft auf dem Lande im Menschen
6. Symphony No. 6 in F major (‘Pastoral’), Op. 68: 2. Szene am Bach. Andante molto moto
7. Symphony No. 6 in F major (‘Pastoral’), Op. 68: 3. Lustiges Zusammensein der Landleute. Allegro
8. Symphony No. 6 in F major (‘Pastoral’), Op. 68: 4. Donner. Sturm. Allegro
9. Symphony No. 6 in F major (‘Pastoral’), Op. 68: 5. Hirtengesang. Wohltätige, mit Dank an die Gottheit verbundene Gefühle nach dem Stu
Disc: 4
1. Symphony No. 7 in A major, Op. 92: 1. Poco sostenuto – Vivace
2. Symphony No. 7 in A major, Op. 92: 2. Allegretto
3. Symphony No. 7 in A major, Op. 92: 3. Presto
4. Symphony No. 7 in A major, Op. 92: 4. Allegro con brio
5. Symphony No. 8 in F major, Op. 93: 1. Allegro vivace e con brio
6. Symphony No. 8 in F major, Op. 93: 2. Allegretto scherzando
7. Symphony No. 8 in F major, Op. 93: 3. Tempo di Menuetto
8. Symphony No. 8 in F major, Op. 93: 4. Allegro vivace
Disc: 5
1. Symphony No. 9 in D minor (‘Choral’), Op. 125: 1. Allegro ma non troppo e un poco maestoso
2. Symphony No. 9 in D minor (‘Choral’), Op. 125: 2. Scherzo: Molto vivace – Presto
3. Symphony No. 9 in D minor (‘Choral’), Op. 125: 3. Adagio molto e cantabile – Andante moderato
4. Symphony No. 9 in D minor (‘Choral’), Op. 125: 4. Presto – Allegro assai
5. Symphony No. 9 in D minor (‘Choral’), Op. 125: 4. Presto – O Freunde, nicht diese Töne! – Allegro assai – Allegro assai vivace
Claude-Achille Debussy (Saint-Germain-en-Laye, 22 de Agosto de 1862 — Paris, 25 de Março de 1918)
IM-PER-DÍ-VEL !!!
Eu sei quem estou envolvendo quando digo isso, mas é minha opinião: Maurizio Pollini é o melhor pianista de toda a era das gravações. Dito isto, completo o post explicando que o legendário pianista comemora na DG o ano do centenário de morte de Debussy com o álbum que inclui os Préludes II e En blanc et noir, o último gravado em duo com seu filho Danielle. Há vinte anos, Maurizio Pollini gravou o primeiro livro dos Préludes, investindo anos de experiência em suas dúzias de peças. É o estilo de Pollini. Ele passou 40 anos até gravar todas as Sonatas de Beethoven, até dar a cada uma delas maturidade sob suas mãos. Préludes II deve ficar entre as homenagens mais significativos a Debussy, um século após sua morte.
Claude Debussy (1862-1918): Préludes II (2018)
01. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-1. Brouillards
02. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-2. Feuilles mortes
03. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-3. La puerta del vino
04. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-4. Les fées sont d’exquises danseuses
05. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-5. Bruyères
06. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-6. General Lavine-eccentric
07. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-7. La terrasse des audiences du clair de lune
08. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-8. Ondine
09. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-9. Hommage à S. Pickwick, Esq., P.P.M.P.C.
10. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-10. Canope
11. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-11. Les tierces alternées
12. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-12. Feux d’artifice
13. Debussy: En blanc et noir, L.134-1. Avec emportement
14. Debussy: En blanc et noir, L.134-2. Lent. Sombre
15. Debussy: En blanc et noir, L.134-3. Scherzando
Personnel:
Maurizio Pollini, piano
Daniele Pollini, piano
Este disco é chamado de “Silêncio dos Balcãs”, mas na verdade é o registro dos sons e do ritmo dos Bálcãs e da Geórgia. O álbum foi gravado ao vivo em Tessalônica, Grécia, em 30 de dezembro de 1997. Foi o espetáculo final da cidade como Capital Europeia da Cultura de 1997. Na apresentação da última música, 3 crianças (uma da Sérvia, uma muçulmana e uma do Croata) de um orfanato em Sarajevo, pedem paz. Funções ao vivo de: Orquestra Municipal de Tessalônica (47 membros), o Coro de Tessalônica (50), 4 cantoras búlgaros que trabalham com Bregović em todas as suas apresentações, o conjunto de dança búlgaro ‘Filip Kutev’), 45 dançarinas da Grécia, uma grupo polifônico da Albânia, o cantor da ex-Iugoslávia Zdravko Čolić, o grupo de Aristidis Moshos, etc. Ou seja, foi um super show que não conseguiu sufocar a bela música deste artista filho de um croata e de uma sérvia, casado com uma muçulmana, que teve sua casa destruída durante a guerra. Ele só lamenta o incêndio de sua biblioteca:
Com a guerra perdi tudo e também minha biblioteca. Podes começar tua vida duas vezes, mas não podes começar duas vezes uma biblioteca.
9 Babylon 6:08
Choir – Choir Of Thessaloniki
Orchestra – Symphonic Orchestra Of The Municipality Of Thessaloniki
Orchestrated By – Ana Mihailovic*
Vocals – Projekt Jon
10 Green Thought 6:48
Lyrics By – Andrew Marvell
Performer – Aristidis Moschos & His Orchestra
Vocals – Lena Jinnegren, Kostas Mantzopoulos*
Este é o segundo álbum que Towner fez para a ECM. É de 1973 e eu lhe daria 3 estrelas em 5. Não chega ao nível de outros posteriores, mas é bom. Insere-se naquela tendência de vanguarda de certos trabalhos da gravadora de Manfred Eicher. Ainda é muito free jazz — talvez seja ainda mais ECM style –, com Towner revezando-se nos instrumentos em temas muitas vezes desprogramados. Não é o seu melhor trabalho, mas é o início de uma série de registros fantásticos que Towner continuaria a liberar através da ECM ao longo das décadas e até os dias de hoje. Altamente recomendado para fãs de música instrumental. O cara toca mesmo.
Johann Sebastian Bach (Eisenach, 21 de março de 1685 — Leipzig, 28 de julho de 1750).
Eu já tinha postado os quatro primeiros CDs desta fantástica coleção, mas agora ela está completa. O Café Zimmermann, liderado pelo violinista argentino Pablo Valetti e que tem sua base na França, é um dos melhores grupos da nova geração de conjuntos barrocos a oferecer interpretações rarefeitas e enérgicas em instrumentos históricos. O nome do grupo refere-se a um café de Leipzig, onde o grupo de Bach, o Collegium Musicum, apresentava-se no século XVIII. A Cantata do Café é uma homenagem ao Zimmermann. Há indícios de quem nem Bach teria sido tão econômico em número de músicos quanto o pequeno efetivo de Valetti. Meu pai teria solicitado uma orquestra de 24 instrumentistas ao Conselho de Leipzig para executar a Suíte Nº 3, por exemplo. Mas, OK, esqueçam. O alto nível de musicalidade e a leitura franca e arejada de Valetti compensam de longe.
Maravilhosa orquestra
Nos CDs abaixo estão todos os Brandemburgo, todas as Suítes orquestrais e mais alguns concertos. Neste momento, não consigo pensar em nada melhor.
O Café Zimmermann recebeu o Diapason d’Or por esta integral dos “Concerts avec plusieurs instruments de Jean-Sébastien Bach vol I-VI “.
J. S. Bach (1685-1750): Concertos e Obras Orquestrais com o Café Zimmermann — 6 CDs miraculosos, irresistíveis e indispensáveis
Disc 1:
1. Concerto pour clavecin en Ré Mineur, BWV 1052: I. Allegro 7:26
2. Concerto pour clavecin en Ré Mineur, BWV 1052: II. Adagio 6:13
3. Concerto pour clavecin en Ré Mineur, BWV 1052: III. Allegro 7:28
4. Concerto pour hautbois d’amour en La Majeur, BWV 1055: I. Allegro 4:13
5. Concerto pour hautbois d’amour en La Majeur, BWV 1055: II. Larghetto 4:28
6. Concerto pour hautbois d’amour en La Majeur, BWV 1055: III. Allegro ma non tanto 4:01
7. Concerto pour violon en Mi Majeur, BWV 1042: I. Allegro 7:20
8. Concerto pour violon en Mi Majeur, BWV 1042: II. Adagio 5:29
9. Concerto pour violon en Mi Majeur, BWV 1042: III. Allegro Assai 2:41
10. Concert Brandebourgeois No. 5 en Ré Majeur, BWV 1050: I. Allegro 9:42
11. Concert Brandebourgeois No. 5 en Ré Majeur, BWV 1050: II. Affettuoso 5:01
12. Concert Brandebourgeois No. 5 en Ré Majeur, BWV 1050: III. Allegro 5:14
Disc 2:
1. Concert Brandebourgeois No. 3 en Sol Majeur, BWV 1048: I. Allegro – Adagio 5:18
2. Concert Brandebourgeois No. 3 en Sol Majeur, BWV 1048: II. Allegro 4:18
3. Concerto pour deux violons & cordes en Ré Mineur, BWV 1043: I. Vivace 3:25
4. Concerto pour deux violons & cordes en Ré Mineur, BWV 1043: II. Largo ma non tanto 5:57
5. Concerto pour deux violons & cordes en Ré Mineur, BWV 1043: III. Allegro 4:10
6. Suite en Ut Majeur, BWV 1066: I. Ouverture 9:02
7. Suite en Ut Majeur, BWV 1066: II. Courante 2:04
8. Suite en Ut Majeur, BWV 1066: III. Gavottes I & II 2:38
9. Suite en Ut Majeur, BWV 1066: IV. Forlane 1:07
10. Suite en Ut Majeur, BWV 1066: V. Menuets I & II 2:53
11. Suite en Ut Majeur, BWV 1066: VI. Bourrées I & II 2:21
12. Suite en Ut Majeur, BWV 1066: VII. Passepieds I & II 3:09
13. Concerto pour hautbois & violon en Ut Mineur, BWV 1060: I. Allegro 4:18
14. Concerto pour hautbois & violon en Ut Mineur, BWV 1060: II. Adagio 4:32
15. Concerto pour hautbois & violon en Ut Mineur, BWV 1060: III. Allegro 3:08
Disc 3:
1. Concert Brandebourgeois No. 4 en Sol Majeur, BWV 1049: I. Allegro 6:09
2. Concert Brandebourgeois No. 4 en Sol Majeur, BWV 1049: II. Andante 3:50
3. Concert Brandebourgeois No. 4 en Sol Majeur, BWV 1049: III. Presto 4:21
4. Concerto pour hautbois d’amour en Ré Majeur, transcription du concerto pour clavecin en Mi Majeur, BWV 1053: I. 7:05
5. Concerto pour hautbois d’amour en Ré Majeur, transcription du concerto pour clavecin en Mi Majeur, BWV 1053: II. Siciliano 4:46
6. Concerto pour hautbois d’amour en Ré Majeur, transcription du concerto pour clavecin en Mi Majeur, BWV 1053: III. Allegro 6:06
7. Concerto pour trois clavecins en Do Majeur, BWV 1064: I. 5:40
8. Concerto pour trois clavecins en Do Majeur, BWV 1064: II. Adagio 5:17
9. Concerto pour trois clavecins en Do Majeur, BWV 1064: III. Allegro 4:28
10. Suite en Si Mineur, BWV 1067: I. Ouverture 10:05
11. Suite en Si Mineur, BWV 1067: II. Rondeau 1:28
12. Suite en Si Mineur, BWV 1067: III. Sarabande 3:15
13. Suite en Si Mineur, BWV 1067: IV. Bourrée I & II 2:04
14. Suite en Si Mineur, BWV 1067: V. Polonaise & Double 3:44
15. Suite en Si Mineur, BWV 1067: VI. Menuet 0:54
16. Suite en Si Mineur, BWV 1067: VII. Badinerie 1:23
Disc 4:
1. Concerto pour violon en La Mineur, BWV 1041: I. 3:29
2. Concerto pour violon en La Mineur, BWV 1041: II. Andante 6:45
3. Concerto pour violon en La Mineur, BWV 1041: III. Allegro assai 3:31
4. Concerto pour 2 clavecins en Ut Majeur, BWV 1061: I. 6:46
5. Concerto pour 2 clavecins en Ut Majeur, BWV 1061: II. Adagio 4:43
6. Concerto pour 2 clavecins en Ut Majeur, BWV 1061: III. Vivace 5:25
7. Concerto pour flûte, violon & clavecin en La Mineur, BWV 1044: I. Allegro 7:56
8. Concerto pour flûte, violon & clavecin en La Mineur, BWV 1044: II. Adagio ma non tanto e dolce 4:55
9. Concerto pour flûte, violon & clavecin en La Mineur, BWV 1044: III. Tempo di Allabreve 6:14
10. Concert Brandebourgeois No. 2 en Fa Majeur, BWV 1047: I. 4:51
11. Concert Brandebourgeois No. 2 en Fa Majeur, BWV 1047: II. Andante 3:36
12. Concert Brandebourgeois No. 2 en Fa Majeur, BWV 1047: III. Allegro assai 2:49
Disc 5:
1. Ouverture No. 3 en Ré Majeur, BWV 1068: I. Ouverture 9:33
2. Ouverture No. 3 en Ré Majeur, BWV 1068: II. Air 3:32
3. Ouverture No. 3 en Ré Majeur, BWV 1068: III. Gavottes I et II 3:54
4. Ouverture No. 3 en Ré Majeur, BWV 1068: IV. Bourrée 1:06
5. Ouverture No. 3 en Ré Majeur, BWV 1068: V. Gigue 2:38
6. Concerto pour clavecin en Fa Mineur, BWV 1056: I. Allegro 3:06
7. Concerto pour clavecin en Fa Mineur, BWV 1056: II. Adagio 2:43
8. Concerto pour clavecin en Fa Mineur, BWV 1056: III. Presto 3:17
9. Concerto Brandebourgeois No. 6 en Si Bémol Majeur, BWV 1051: I. 5:27
10. Concerto Brandebourgeois No. 6 en Si Bémol Majeur, BWV 1051: II. Adagio ma non tanto 4:38
11. Concerto Brandebourgeois No. 6 en Si Bémol Majeur, BWV 1051: III. Allegro 5:45
12. Concerto pour trois clavecins en Ré Mineur, BWV 1063: I. 4:36
13. Concerto pour trois clavecins en Ré Mineur, BWV 1063: II. Alla siciliana 3:39
14. Concerto pour trois clavecins en Ré Mineur, BWV 1063: III. Allegro 4:29
Disc 6:
1. Ouverture No. 4 en Ré Majeur, BWV 1069: I. Ouverture 11:11
2. Ouverture No. 4 en Ré Majeur, BWV 1069: II. Bourrées I & II 2:55
3. Ouverture No. 4 en Ré Majeur, BWV 1069: III. Gavotte 1:45
4. Ouverture No. 4 en Ré Majeur, BWV 1069: IV. Menuets I & II 3:20
5. Ouverture No. 4 en Ré Majeur, BWV 1069: V. Réjouissance 2:36
6. Concerto pour clavecin en La Majeur, BWV 1055: I. Allegro 4:02
7. Concerto pour clavecin en La Majeur, BWV 1055: II. Larghetto 3:48
8. Concerto pour clavecin en La Majeur, BWV 1055: III. Allegro ma non tanto 3:48
9. Concert Brandebourgeois No. 1 en Fa Majeur, BWV 1046: I. 3:52
10. Concert Brandebourgeois No. 1 en Fa Majeur, BWV 1046: II. Adagio 3:34
11. Concert Brandebourgeois No. 1 en Fa Majeur, BWV 1046: III. Allegro 4:02
12. Concert Brandebourgeois No. 1 en Fa Majeur, BWV 1046: IV. Menuet & Polonaise 5:47
13. Concerto pour quatre clavecins en Ré Mineur, BWV 1065: I. Allegro 3:25
14. Concerto pour quatre clavecins en Ré Mineur, BWV 1065: II. Adagio 2:08
15. Concerto pour quatre clavecins en Ré Mineur, BWV 1065: III. Allegro 3:07
Geminiani é um compositor curioso. Sempre o achei o menos italiano dos italianos. Assim como Vivaldi, Corelli e tantos outros barrocos, é um compositor de alta categoria, mas não é tão luminoso, mais parece um francês, talvez alemão. Ou… Quem sabe? Bem, o fato é que Geminiani mudou-se de mala e cuia para Londres em 1715 e lá ficou até morrer, ou seja, residiu em Londres por 47 anos. Será este o segredo? Bem, o que eu posso dizer é que gosto muito de sua música e o Ensemble 415, sob a direção de Chiara Banchini, dá tratamento de luxo a ela. É um excelente álbum duplo. Dá gosto de ouvir.
Francesco Geminiani (1687-1762): 12 Concerti Grossi composti sull’opera V d’Arcangelo Corelli
Concerto No. 1 En Ré Majeur / D Major / D Dur
Soloist – Chiara Banchini, Stéphanie Pfister*
(9:24)
1-1 Allegro (Grave, Allegro, Adagio, Grave, Allegro, Adagio)
1-2 Allegro
1-3 Largo
1-4 Allegro
Concerto No. 2 En Si Bémol Majeur / B-flat Major / B Dur
Soloist – Helena Zemanová, Odile Édouard*
(9:33)
1-5 Grave
1-6 Allegro
1-7 Vivace
1-8 Adagio
1-9 Vivace
Concerto No. 3 En Do Majeur / C Major / C Dur
Soloist – David Plantier, Odile Édouard*
(9:33)
1-10 Adagio
1-11 Allegro
1-12 Adagio
1-13 Allegro
Concerto No. 4 En Fa Majeur / F Major / F Dur
Soloist – Olivia Centurioni, Stéphanie Pfister*
(10:21)
1-14 Adagio
1-15 Allegro
1-16 Vivace
1-17 Adagio
1-18 Allegro
Concerto No. 5 En Sol Mineur / G-minor / G Dur
Soloist – Chiara Banchini, David Plantier
(8:40)
1-19 Adagio
1-20 Vivace
1-21 Adagio
1-22 Allegro
Concerto No. 6 En La Majeur / A Major / A Dur
Soloist – David Plantier, Olivia Centurioni
(8:40)
1-23 Adagio
1-24 Allegro
1-25 Adagio
1-26 Allegro
Concerto No. 7 En Ré Mineur / D Minor / D Dur
Soloist – David Plantier, Olivia Centurioni
(8:23)
2-1 Preludio
2-2 Corrente (Allegro)
2-3 Sarabanda (Largo)
2-4 Giga (Allegro)
Concerto No. 8 En Mi Mineur / E Minor / E Moll
Soloist – Chiara Banchini, Stéphanie Pfister*
(10:30)
2-5 Preludio (Largo)
2-6 Allemanda (Allegro)
2-7 Srabanda (Largo)
2-8 Giga (Allegro)
Concerto No. 9 En La Majeur / A Major / A Dur
Soloist – David Plantier, Olivia Centurioni
(9:58)
2-9 Preludio (Largo)
2-10 Giga (Allegro)
2-11 Adagio
2-12 Gavotta (Allegro)
Concerto No. 10 En Fa Majeur / F Major / F Dur
Soloist – David Plantier, Olivia Centurioni
(9:55)
2-13 Preludio (Adagio)
2-14 Allemanda (Allegro)
2-15 Sarabanda (Largo)
2-16 Gavotta (Allegro)
2-17 Giga (Allegro)
Concerto No. 11 En Mi Majeur / E Major E Dur
Soloist – David Plantier, Olivia Centurioni
(7:42)
2-18 Preludio
2-19 Allegro
2-20 Adagio
2-21 Vivace
2-22 Gavotta (Allegro)
2-23 Concerto No. 12 En Ré Mineur / D Minor / D Dur “Follia”
Soloist – Chiara Banchini, Stéphanie Pfister*
11:33
Ensemble 415
Cello – Hendrike Ter Brugge
Cello [Concertino] – Gaetano Nasillo
Contrabass – Michaël Chanu
Harpsichord, Organ – Andrea Marchiol
heorbo, Guitar – Evangelina Mascardi
Viola – Martine Schnorhk
Viola [Concertino] – Andreas Torgersen
Violin – David Plantier, Helena Zemanová, Odile Edouard, Olivia Centurioni, Stéphanie Pfister*
Violin, Viola – Birgit Goris
Violin, Directed By – Chiara Banchini