Jan Dismas Zelenka (1679-1745): Hipocondrie à 7 Concertanti / Alcune Arie (Virtuosi di Praga, Vlcek)

Jan Dismas Zelenka (1679-1745): Hipocondrie à 7 Concertanti / Alcune Arie (Virtuosi di Praga, Vlcek)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

(Em razão do repertório).

Sim, um excelente, um lindíssimo disco pelo repertório. Já a execução é antiguinha, naquele estilo cravo + instrumentos modernos de Karl Richter. Só que as músicas são tão boas que tudo vale a pena. Nada vale a pena, ó meu amor longínquo, senão o saber como é suave saber que nada vale a pena… (Fernando Pessoa)

Este CD traz uma peça instrumental — a sensacional Hipocondrie à 7 Concertanti e algumas esplêndidas árias. Tudo, olha, tudo MUITO BOM.

Bem, Jan Dismas Zelenka foi um compositor barroco boêmio.  Ele escreveu música instrumental e vocal, embora a maior parte de sua obra seja dedicada à música religiosa. Sua música é pouco convencional e de grande originalidade. Apesar disso, e pelo fato de Zelenka ser considerado um compositor muito conservador em sua época (tal como Johann Sebastian Bach), a maior parte de sua obra caiu no esquecimento após sua morte, e não foi antes do fim do século XX que algumas de suas obras voltaram a ser interpretadas. A maior parte de sua música religiosa foi escrita para a corte de Dresden, que se convertera ao catolicismo por questões políticas. Nesse tipo de música, Zelenka une as técnicas de composição antigas, baseadas sobre um contraponto muito estrito, conseguindo desta maneira obras de grande expressividade. Conhecem-se cerca de 20 missas, fragmentos de missas, responsórios, dois Magnificats, numerosos salmos, e três oratórios: Gesù al Calvario, Il Serpente de bronzo e I penitente al Sepolcro.

Jan Dismas Zelenka (1679-1745): Hipocondrie à 7 Concertanti / Alcune Arie (Virtuosi di Praga, Vlcek)

1 Hipocondrie à 7 Concertanti (ZWV 187)
2 Alcune Arie (ZWV 176) IV
3 Alcune Arie VI
4 Alcune Arie V
5 Alcune Arie III
6 Alcune Arie VIII

Zdena Kloubova (S)
Marta Benackova (A)
Ivan Kusnjer (B)
Five arias of eight: no. 3 (for A), 4 (for S), 5 (for S), 6 (for A) and 8 (for B).
Virtuosi di Praga
Oldrich Vlcek

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Zelenka: homens mais bonitos já passaram pelo PQP Bach

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): As Três Últimas Sonatas para Piano (2020) #BTHVN250

Ludwig van Beethoven (1770-1827): As Três Últimas Sonatas para Piano (2020) #BTHVN250

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os melhores pianistas vivos em nosso planeta são Maurizio Pollini, Martha Argerich, Grigory Sokolov e Angela Hewitt. Dito assim como se fosse uma lei — e para mim é –, escrevamos um pouco sobre o último CD deste semideus. É que Pollini acaba de regravar as 3 últimas sonatas para piano de Beethoven. Ele gravara as 5 últimas em 3 lendários discos de vinil nos anos 70, após transformados em um CD duplo. Estas foram gravações ultrapremiadas — campeoníssimas mesmo! — que se tornaram referência absoluta.

De qualquer modo, a DG tinha uma dívida no ciclo Beethoven de Maurizio Pollini, lançado em 2014 e que continha gravações que vinham desde o final da década de 1970 até a de 2010. As últimas sonatas para piano, nº 28-32, eram as únicas que estavam em gravação analógica, enquanto que algumas das outras sonatas tinham sido regravadas em formato digital antes do lançamento do ciclo completo. É que havia o consenso geral — se isso é possível no mundo das críticas da música clássica –, de que simplesmente não havia necessidade de regravar algumas das performances mais destacadas de Beethoven no catálogo, especialmente o “Hammerklavier” e o Op. 111, tal a perfeição do que Pollini fez nos anos 70. Seria impossível superar aquilo. Mas o evento dos 250 anos de Beethoven falou mais alto, e aqui temos novas performances ao vivo e digitais das três últimas sonatas para piano.

Aqui, nesta gravação ao vivo de 2020, Pollini está soltíssimo e, inclusive, canta à bocca chiusa consigo mesmo algumas vezes. E volta a prestar um ótimo serviço apresentando as sonatas da maneira mais precisa e limpa possível, sem efeitos grandiosos. Suas performances são lúcidas e fluidas, especialmente nas muitas passagens contrapontísticas que aparecem regularmente como características dessas obras. Antigamente, alguns acusavam Pollini de ser cerebral demais, mas quaisquer dúvidas sobre seu envolvimento emocional podem ser descartadas quando se ouve os movimentos lentos dos Op. 109 e 111. São performances sublimes.

E o que ele faz novamente na Arietta? Meu deus é Pollini!

Ludwig van Beethoven (1770-1827): As Três Últimas Sonatas para Piano

Piano Sonata No. 30 in E Major, Op. 109
1.1 1. Vivace, ma non troppo – Adagio espressivo 3:20
1.2 2. Prestissimo 2:15
1.3 3a. Gesangvoll, mit innigster Empfindung (Andante molto cantabile ed espressivo) 1:50
1.4 3b. Variation I: Molto espressivo 1:35
1.5 3c. Variation II: Leggiermente 1:27
1.6 3d. Variation III: Allegro vivace 0:25
1.7 3e. Variation IV: Etwas langsamer als das Thema 2:08
1.8 3f. Variation V: Allegro, ma non troppo 0:50
1.9 3g. Variation VI: Tempo I del tema 2:55

Piano Sonata No. 31 in A-Flat Major, Op. 110
1.10 1. Moderato cantabile molto espressivo 5:28
1.11 2. Allegro molto 1:53
1.12 3a. Adagio ma non troppo 3:11
1.13 3b. Fuga (Allegro ma non troppo) 6:05

Piano Sonata No. 32 in C Minor, Op. 111
1.14 1. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato 7:40
1.15 2a. Arietta. Adagio molto semplice e cantabile 2:14
1.16 2b. Variation I 1:49
1.17 2c. Variation II 1:48
1.18 2d. Variation III 1:50
1.19 2e. Variation IV 4:17
1.20 2f. Variation V 3:10

Total Playing Time 56:10

Maurizio Pollini, Piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Pollini, Martha e aquele metido.

PQP

.: interlúdio :. Duke Ellington: Paris, March 1964

.: interlúdio :. Duke Ellington: Paris, March 1964

A(s) big band(s) formadas por Duke Ellington são inacreditáveis. Todos parecem ser grandes solistas e ninguém erra. E a banda se transmuta de grande em pequena, quando quer, atuando em perfeitos subconjuntos. O som deste CD não é  o melhor, mas na terceira faixa já esquecemos disso, tal a qualidade da música e dos músicos. Ellington foi grande compositor e arranjador. Nada parece ser ocioso ou fora do lugar.

Depois de uma longa excursão pela Ásia, incluindo o Sri Lanka, e depois de duas semanas no Reino Unido, de 15 de fevereiro a 1 de março, a orquestra desembarcou no continente no dia 2, em Stuttgart, viajando por várias cidades até o dia 23, data do último concerto em Limoges. Acrescente a essa agenda estonteante o fato de que a banda costumava dar dois shows por dia e que alguns músicos às vezes realizavam sessões de gravação à tarde… Entre outras maravilhas, temos aqui cinco extratos (faixas 2 a 5 e 13) do que se tornaria em 1966 a Far East Suite, que ouvimos aqui pela primeira vez.

Duke Ellington: Paris, March 1964

1 Take The ”A” Train
2 Amad
3 Agra
4 Bluebird Of Delhi (Minah)
5 Depk
6 The Opener
7 Happy Reunion
8 Blow By Blow
9 Harmony In Harlem
10 Stompy Jones
11 Caravan
12 Tutti For Cootie (Fade Up)
13 Isfahan
14 Things Ain’t What They Use To Be
15 Banquet
16 Skillipoop (Jungle Triangle)
17 Satin Doll

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ellington na banheira da Suíte Ducal do Palácio PQP Bach

PQP

.: interlúdio :. Duke Ellington: Les Girls! (The Girls Suite & Toot Suite Premieres) 1958-1963

.: interlúdio :. Duke Ellington: Les Girls! (The Girls Suite & Toot Suite Premieres) 1958-1963

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Gente, que CD! Se ele contivesse apenas a Toot Suite já seria imperdível, mas ele tem muito mais. Tem até Ella e Dinah em duas faixas. Uma coisa de louco!

Edward Kennedy “Duke” Ellington (Washington, 29 de Abril de 1899 — Nova Iorque, 24 de Maio de 1974) foi um compositor de jazz, pianista e líder de orquestra estadunidense eternizado com a alcunha de “The Duke” e distinguido com a Presidential Medal of Freedom (condecoração americana) em 1969 e com a Legião de Honra (condecoração francesa) em 1973, sendo ambas as distinções as mais elevadas que um civil pode receber. Foi ainda o primeiro músico de jazz a entrar para a Academia Real de Música de Estocolmo, e foi honoris causa nas mais importantes universidades do mundo.

A música de Duke Ellington foi uma das maiores influências no jazz desde a década de 1920 até à de 1960. Ainda hoje suas obras têm influência apreciável e é, por isso, considerado o maior compositor de jazz americano de todos os tempos. Entre os seus muitos êxitos encontram-se “Take the A Train” (letra e música por Billy Strayhorn), “Satin Doll”, “Rockin’ in Rhythm”, “Mood Indigo”, “Caravan”, “Sophisticated Lady”, e “It Don’t Mean a Thing (If It Ain’t Got that Swing)”. Durante os anos 20 e 30, Ellington partilhava frequentemente seus créditos de compositor com seu manager Irving Mills, até que no final dos anos 30 desentenderam-se. Billy Strayhorn passou a ser o colaborador de Ellington (nem sempre creditado como tal) desde 1940 até à sua morte nos anos 70.

Ellington tinha a preocupação de adaptar as suas composições de acordo com o talento dos músicos que compunham a sua orquestra, entre eles estiveram Johnny Hodges, Bubber Miley, Joe “Tricky Sam” Nanton, Barney Bigard, Ben Webster, Harry Carney, Sonny Greer, Otto Hardwick, e Wellman Braud. Muitos músicos permaneceram ao lado de Ellington durante décadas.

Durante toda a sua vida gostou de fazer música experimental (em busca de novas sonoridades), gravou com John Coltrane e Charles Mingus e ainda com a sua dotada orquestra. Nos anos 40 e 50, a banda atingiu um pico criativo, quando escreveu para orquestra a várias vozes com grande criatividade.

Duke Ellington: Les Girls! (The Girls Suite & Toot Suite Premieres) 1958-1963

NBC Telecast, “Bell Telephone Hour-American Festival”, New York, February 10, 1959
1 –Duke Ellington With Ella Fitzgerald Medley: Satin Doll – Don’t Get Around Much Anymore – Caravan – Mood Indigo – I’m Just A Lucky-So-And-So – Caravan – Do Nothing Till You Hear From Me – I’m Beginning To See The Light 11:15

Monterey Jazz Festival, Fair Grounds, Monterey, Cal., September 23, 1961
“The Girls Suite”
2 –Duke Ellington And His Orchestra Girls 3:46
3 –Duke Ellington And His Orchestra Sarah 2:00
4 –Duke Ellington And His Orchestra Lena 3:14
5 –Duke Ellington And His Orchestra Mahalia 3:53
6 –Duke Ellington And His Orchestra Dinah 4:26

State Fair Grounds, Detroit, Mich., August 26, 1963
7 –Duke Ellington And His Orchestra With Dinah Washington Spoken Introduction By Duke Ellington 1:24
8 –Duke Ellington And His Orchestra With Dinah Washington Do Nothing Till You Hear From Me 2:57
9 –Duke Ellington And His Orchestra With Dinah Washington Evil Gal Blues 2:39

Same Date, Dinah Washington
10 –Duke Ellington And His Orchestra Jam With Sam 5:37

Sheraton Hotel, French Lick, Ind., August 15, 1958
“Toot Suite”
11 –Duke Ellington And His Orchestra Red Garter 4:53
12 –Duke Ellington And His Orchestra Red Shoes 4:46
13 –Duke Ellington And His Orchestra Red Carpet 8:30
14 –Duke Ellington And His Orchestra Ready Go 4:06

Track 1:
DUKE ELLINGTON AND ELLA FITZGERALD
Ella Fitzgeral (voc) – Duke Ellington (p) – Jim Hall (g) – Wilfred Middlebrooks (b) – Gus Johnson (b) + studio orchestra.
NBC telecast, “Bell Telephone Hour-American Festival”, New York, February 10, 1959

Tracks 2-6:
DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA
Willie Cook, Ed Mullens, Cat Anderson, Ray Nace (tp) – Lawrence Brown, Lou Blackburn (tb) – Chuck Connors (btb) – Johnny Hodges (as) – Russell Procope (cl, as) – Jimmy Hamilton (cl, ts) – Paul Gonsalves (ts) – Harry Carney (bar) – Duke Ellington (p, cond) – Aaron Bell (b) – Sam Woodyard (d)
Monterey Jazz Festival, Fair Grounds, Monterey, Cal., September 23, 1961
“The Girls Suite” (D. Ellington, B. Strayhorn)

Tracks 7-9:
DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA WITH DINAH WASHINGTON
Willie Cook, Rolf Ericson, Cat Anderson, Cootie Williams, That Jones (tp) – Lawrence Brown, Buster Cooper (tb) – Chuck Connors (btb) – Johnny Hodges (as) – Hilton Jefferson (as) – Jimmy Hamilton (cl,ts) – Harry Carney (bar) – Duke Ellignton (p, cond) – Ernie Shepard (b) – Sam Woodyard (d) – Dinah Washington (voc).
State Fair Grounds, Detroit, Mich., August 26, 1963

Track 10:
DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA
Same date, Dinah Washington out.

Tracks 11-14:
DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA
Haold Baker, Cat Anderson, Clark Terry, Ray Nance (tp) – Britt Woodman, Quentin Jackson (tb) – John Sanders (v-tb) – Johnny Hodges (as) – Russel Procope (cl, as) – Jimmy Hamilton (cl, ts) – Paul Golsalves (ts) – Harry Carney (bar) – Duke Ellington (p, cond) – Jimmy Weoode (b) – Sam Woodyard (d).
Sheraton Hotel, French Lick, Ind., August 15, 1958
“Toot Suite” (D. Ellington, B. Strayhorn)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

J. S. Bach (1685-1750) & C.P.E. Bach (1714-1788): Magnificat

J. S. Bach (1685-1750) & C.P.E. Bach (1714-1788): Magnificat

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O repertório deste disco é extraordinário. Johann Sebastian foi um barroco tardio e maior gênio musical de todos os tempos. Já seu filho mais talentoso, Carl Philipp Emanuel, tinha ares muito mais modernos, beethovenianos. Nestas duas obras sacras de primeiríssima linha, isso fica muito claramente demonstrado.

Bem, mudando de assunto — até porque há vasta bibliografia sobre os Magnificats do CD –, se há um grupo há décadas extinto e que ainda amo apaixonadamente, este é o Collegium Aureum de Franzjosef Maier (1925-2014). Eles foram um dos pioneiros da música historicamente informada. Mas recusavam a coisa matemática dos primeiros grupos e faziam REALMENTE MÚSICA num tempo em que o pessoal dos instrumentos originais fazia apenas coisas insossas e prevaleciam verdadeiros monstrengos como Karl Richter e a sua Orquestra Bach de Munique, movida a romantismo e instrumentos modernos. Grande Franzjosef Maier!, cujos discos pela Harmonia Mundo alemã eram caçados — com sucesso — por mim na periférica e provinciana Porto Alegre. Esta gravação, de 1995, já não tem Maier na regência — ele estava se aposentando –, mas ele ainda era diretor do Collegium Aureum. Pouco tempo depois, ainda nos anos 90, o conjunto dissolveu-se. Sabem quem tocou na orquestra? Bob van Asperen, Gustav Leonhardt, Hans-Martin Linde, Barthold Kuijken, Helmut Hucke, Reinhard Goebel…

Franzjosef Maier aprendeu piano, violino e viola em tenra idade. Desde 1938, frequentava o Conservatório de Augsburg, depois a Academia de Munique e, finalmente, de 1940 a 44, frequentou a escola musical de Frankfurt com Wilhelm Isselmann (1902-1987) e Kurt Thomas. Imediatamente após a guerra e a prisão, ele estudou, de 1946 a 1948, na Universidade de Música de Colônia, incluindo composição com Philipp Jarnach. Em 1948, ele co-fundou o Collegium Musicum de Música Antiga da Rádio do Noroeste da Alemanha. Ao mesmo tempo, tocou em vários conjuntos de câmara. Foi 2º violinista do Quarteto Schäffer, com o qual gravou todos os quartetos de Mozart e Beethoven.

De 1949 a 1959, lecionou no Conservatório Robert Schumann, em Düsseldorf. De 1959 a 1992, Maier foi professor de violino na Universidade de Música de Colônia. Em 1964, ele montou um estúdio para música antiga lá, autodidata que era no violino barroco .

Maier desempenhou um papel significativo no desenvolvimento da cena musical de Colônia desde a metade dos anos 50. Seus alunos foram violinistas barrocos conhecidos como Reinhard Goebel (Musica Antiqua Köln), Werner Ehrhardt, (Concerto Köln, L’arte del mondo), Manfredo Kraemer (Le concert des Nations e The Rare Fruits Council), Gustavo Zarba (Orchestra of the Eighteenth Century), etc.

Em 1964, como Konzertmeister, ele assumiu a direção do Collegium Aureum, fundado pela gravadora Deutsche Harmonia Mundi, que fazia gravações inovadoras para a prática histórica da performance na época. Maier optou pelo uso de instrumentos barrocos originais e um estilo de interpretação apropriado à época respectiva.

Franzjosef Maier morreu em 16 de outubro de 2014 em Bergisch Gladbach.

É alguém para não ser esquecido.

J. S. Bach (1685-1750), C.P.E. Bach (1714-1788) : Magnificat

Magnificat In D Major, BWV 243
1 Magnificat Anima Mea 3:14
2 Et Exsultavit Spiritus Meus 2:35
3 Quia Respexit Humilitatem 2:23
4 Omnes Generationes 1:23
5 Quia Fecit Mihi Magna 2:12
6 Et Misericordia 3:58
7 Fecit Potentiam 1:47
8 Deposuit Potentes 2:26
9 Esurientes Implevit Bonis 3:14
10 Suscepit Israel 1:57
11 Sicut Locutus Est 1:31
12 Gloria Patri 1:56

Magnificat Wq. 215
13 Magnificat Anima Mea 3:03
14 Quia Respexit Humilitatem 6:15
15 Quia Fecit Mihi Magna 4:27
16 Et Misericordia 5:24
17 Fecit Potentiam 4:25
18 Deposuit Potentes 6:38
19 Suscepit Israel 4:18
20 Gloria Patri 1:58
21 Sicut Erat 6:17

Alto Vocals – Andreas Stein (2) (tracks: 1 to 12)
Bass Vocals – Roland Hermann (tracks: 13 to 21)
Bass Vocals, Baritone Vocals – Siegmund Nimsgern (tracks: 1 to 12)
Choir – Tölzer Knabenchor
Conductor of the Choir- Gerhard Schmidt-Gaden
Conductor – Kurt Thomas
Contralto Vocals – Maureen Lehane (tracks: 13 to 21)
Director – Franjosef Maier
Ensemble – Collegium Aureum
Soprano Vocals – Elly Ameling (tracks: 13 to 21), Peter Hinterreiter (tracks: 1 to 12), Walter Gampert (tracks: 1 to 12)
Tenor Vocals – Theo Altmeyer

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O grande e genial Franzjosef Maier (1925-2014)

PQP

.: interlúdio :. Duke Ellington – Stockholm, June 1963

.: interlúdio :. Duke Ellington – Stockholm, June 1963

O ano de 1963 foi lotado de compromissos para a orquestra de Ellington, entre uma longa turnê europeia de 9 de janeiro a 4 de março e uma excursão não menos longa ao Oriente Médio e Ásia, de 6 de setembro a 22 de novembro, de Damasco a Bombaim, via Bagdá, Teerã e Cabul… Sim, parecia o time do Santos com Pelé. Menos conhecido é o fato de que a orquestra viajou à Europa no verão de 63 e passou a maior parte de junho na Suécia. Incrível a naturalidade e a atmosfera calorosa, descontraída e informal destes concertos dos quais oferecemos aqui trechos. É o exemplo acabado do que gostaríamos de ouvir com mais frequência em disco. Música tocada com alegria e entusiasmo, às vezes com erros, mas cheia de surpresas e momentos de pura loucura…

Duke Ellington – Stockholm, June 1963

1 Take The “A” Train
2 Jeep’s Blues
3 Rose Of The Rio Grande
4 Kinda Dukish / Rockin’ In Rhythm
5 In A Sentimental Mood
6 Mr Gentle And Mr Cool
7 I Let A Song Go Out Of My Heart / Don’t Get Around Much Anymore
8 Entr’acte
9 I Didn’t Know About You
10 Suite Thursday, 1st Mouv.: Misfit Blues
11 Suite Thursday, 2nd Mouv.: Schwiphti
12 Suite Thursday, 3rd Mouv.: Sweet Zurzday
13 Suite Thursday, 4th Mouv.: Lay-By
14 Laura
15 Afro-Bossa

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Assim como Pelé em 1963, Duke Ellington não parava de viajar e de fazer gols.

PQP

Purcell / Mancini / Frescobaldi: Amour et Mascarade – Música Barroca Inglesa e Italiana

É difícil entender a motivação deste disco, mas que ele é sensacional, é. Trata-se de uma coleção de obras barrocas que inclui músicas de compositores ingleses e italianos, instrumentais e vocais, seculares e sagrados, executadas pelo grupo francês Ensemble Amarillis com a soprano Patricia Petibon e o tenor Jean- François Novelli. Para o ouvinte que procura uma variedade geral de peças da época barroca, executadas com energia animada, ele é a pedida certa. Destacam-se as faixas vocais com Petibon e Novelli. Petibon, a brilha na música de Purcell e de Mancini, é um prazer ouvi-la. Seu tom é absolutamente puro e seguro. As obras de Purcell, em particular, oferecem a ela a oportunidade de exibir uma notável variedade de cores tonais e sombras dramáticas sutilmente diferenciadas; sua apresentação do lamento The Plaint é uma maravilha de expressividade musical e dramática. Ela está igualmente em casa no alegre e sexy Sound the trumpet, no qual ela se junta à Novelli. Eles (com a assistência de Purcell) transformam o texto em uma metáfora erótica, cheia de provocações que não são de todo claras na partitura, mas que, nessa performance, saltam com alegria maliciosa. As faixas instrumentais não são, em geral, tão bem sucedidas quanto as árias. As performances são animadas, e o repertório é agradável e muitas vezes divertido, mas falta algo. As deliciosas performances vocais mais do que compensam quaisquer ressalvas, e fazem deste um disco que você não pode perder.

1 The Furies
Composed By – Anonymous
1:30
2 Bid The Virtues
Composed By – Henry Purcell
3:35
3 Canzon Terza
Composed By – Girolamo Frescobaldi
3:40
4 Canzon Quinta
Composed By – Girolamo Frescobaldi
5:00
5 Canzon Prima
Composed By – Girolamo Frescobaldi
3:41
6 Canzon Sesta
Composed By – Girolamo Frescobaldi
3:06
7 O Dive Custos
Composed By – Henry Purcell
7:47
8 The Fairey Masque
Composed By – Anonymous
2:49
9 Cupararee Or Graysin
Composed By – Anonymous
2:04
10 The Plaint
Composed By – Henry Purcell
8:11
11 The Ladies Masque
Composed By – Anonymous
1:47
12 Sound The Trumpet
Composed By – Henry Purcell
2:25
13 The Coates Masque
Composed By – Anonymous
1:50
14 The Second Witches Dance
Composed By – Anonymous
1:37
15 Quanto Dolce e Quell Adore – Largo
Composed By – Francesco Mancini
6:29
16 Quanto Dolce e Quell Adore – Recitatif
Composed By – Francesco Mancini
0:48
17 Quanto Dolce e Quell Adore – Allegro
Composed By – Francesco Mancini
4:18

Ensemble Amarillis:
Heloise Gaillard (flutes a bec et hautbois baroque),
Violaine Cochard (clavecin orgue),
Ophelie Gaillard (violoncelle),
Richard Myron (contrebasse).
Patricia Petibon (Soprano) e
Jean-Francois Novelli (Tenor)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

C. Franck (1822-1890) & D. Shostakovich (1906-1975): Sonatas para Violino

C. Franck (1822-1890) & D. Shostakovich (1906-1975): Sonatas para Violino

Um disco apenas bom da dupla de irmãos armênios Lusine e Serguey Khachatryan. Este CD apresenta sonatas para violino de Franck e Shostakovich. A Sonata de César Franck foi escrita em 1886 e, como sua sinfonia, tem seus movimentos unidos pelo uso cíclico de um mesmo tema que os conecta. Tornou-se um dos trabalhos de câmara mais populares do repertório para piano e violino. Acho que esta gravação da soneta é bem superior. A Sonata para violino de Dmitri Shostakovich foi escrita em 1969 e é uma obra de extraordinária intensidade. O piano geralmente é um parceiro igual na peça e não acompanha tanto o violino. Toca junto. A melodia serpenteante que abre a peça foi uma das primeiras incursões de Shostakovich no método de Schoenberg e o sentimento inquieto e irônico que ela introduz é mantido por toda a peça. Mas não é das principais peças do russo.

C. Franck (1822-1890) & D. Shostakovich (1906-1975): Sonatas para Violino

Violin Sonata In A Major
Composed By – César Franck
1 Allegro Ben Moderato 6:15
2 Allegro 9:12
3 Recitativo Fantasia, Ben Moderato 7:37
4 Allegro Poco Mosso 6:39

Violin Sonata Opus 134
Composed By – Dmitri Shostakovich
5 Andante 10:08
6 Allegretto 6:08
7 Largo 14:14

Piano – Lusine Khachatryan
Violin – Sergey Khachatryan

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Serguey e Lusine

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 5

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 5

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Muito famosa em razão do Adagietto — utilizado por Luchino Visconti em A Morte em Veneza — a Sinfonia Nº 5 é muito bela e também difícil de ser tocada. As interpretações de Mahler a cargo de Sir Simon Rattle são amplamente reconhecidas com elogios da crítica mundial. Muitas delas estão entre as melhores versões disponíveis. De fato, a maioria recebeu prêmios de algumas das organizações e publicações musicais mais prestigiadas do mundo, entre elas o Gramophone no Reino Unido; Diapason na França, Grammy nos EUA, além de prêmios da Alemanha, Holanda, Canadá e República Tcheca.

A 5ª é marcadamente diferente de suas antecessoras. A capacidade de renovação de Mahler é surpreendente e não há duas sinfonias iguais, sendo que nenhum dos cinquenta movimentos nessas sinfonias segue o mesmo padrão. Esta sinfonia é puramente instrumental e segue uma forma sinfônica mais convencional, apesar de suas dificuldades.

A última gravação da 5ª de Mahler que ouvi foi a de Abbado e certamente há uma grande diferença. A perspectiva de Rattle sobre Mahler é muito diferente. Talvez Abbado fosse um otimista, enquanto Rattle é pessimista. Fico com o inglês. Onde Abbado dá um grande suspiro de alívio e esperança, Rattle estremece em desespero. A semelhança entre as duas leituras também é clara, não apenas porque Abbado e Rattle compartilharam a mesma orquestra, mas também porque ambos estão de olho nos detalhes.

Destaque para a fantástica participação do trompista Stephan Dohr no terceiro movimento.

Esta gravação é e permanecerá como uma das principais performances da Quinta de Mahler. Ela tem tempi vibrantes e permite que os detalhes da orquestração brilhem. Uma joia!

Symphony No. 5 In C-Sharp Minor (69:07)

1-1 I: Trauermarsch (In Gemessenem Schritt. Streng. Wie Ein Kondukt) 13:04
1-2 II: Stürmisch Bewegt (Mit Größter Vehemenz) 14:24
1-3 III: Scherzo (Kräftig, Nicht Zu Schnell) 16:56
1-4 IV: Adagietto (Sehr Langsam) 9:33
1-5 V: Rondo — Finale (Allegro) 15:02

Orquestra Filarmônica de Berlim
Sir Simon Rattle

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Mahler perdeu-se no Grande Lago dos Melômanos da Sede Rural da PQP Bach Corp.

PQP

.: interlúdio :. Duke Ellington — 2nd Sacred Concert [Live]

.: interlúdio :. Duke Ellington — 2nd Sacred Concert [Live]

OK, é Duke Ellington, mas também é aquela babação àquele amigo imaginário. Mas é Ellington. E há uma big band. E há um coral. E há uma boa cantora. Sueca. Mas há uma narração de Duke que é bem chatinha. Mas é Ellington. Supreeeeeeeme Beeeeeeing. Ouvir as orquestrações, o som inimitável de Ellington… A gente suporta até o terror da louvação.

O 2º Concerto Sacro foi registrado em 22 de janeiro e 19 fevereiro de 1968 em Nova York e foi originalmente lançado como um LP duplo da Prestige Records e relançado em CD simples. É a primeira vez que a sueca Alice Babs grava com a Orquestra de Ellington. Ela cantou “Heaven” e o vocal sem palavras “T.G.T.T. (Too Good To Title)”. Cootie Williams rosna seu trompete em “The Shepherd (Who Watches Over The Night Flock). Lindo! Esta peça é dedicada ao Rev. John Garcia Gensel, um pastor luterano que enrolava a comunidade do jazz. O final “Praise God And Dance ” vem do Salmo 150 e é muito legal. É meio jazz, meio mainstream popular dos anos 60.

Duke Ellington — 2nd Sacred Concert [Live]

1. Praise God 3:09
2. Supreme Being 11:46
3. Heaven 4:54
4. Something About Believing 8:12
5. Almighty God 6:32
6. The Shepherd (Who Watches Over The Night Flock) 7:10
7. It’s Freedom 13:00
8. Meditation 3:08
9. The Biggest And Busiest Intersection 3:58
10. T.G.T.T. 2:25
11. Praise God And Dance 10:57

Músicos:
Duke Ellington – piano, narration
Cat Anderson, Mercer Ellington, Money Johnson, Herb Jones, Cootie Williams – trumpet
Lawrence Brown, Buster Cooper, Bennie Green – trombone
Chuck Connors – bass trombone
Russell Procope – alto saxophone, clarinet
Johnny Hodges – alto saxophone
Jimmy Hamilton – clarinet, tenor saxophone
Paul Gonsalves – tenor saxophone
Harry Carney – baritone saxophone
Jeff Castleman – bass
Sam Woodyard, Steve Little – drums
Alice Babs, Devonne Gardner, Trish Turner, Roscoe Gill – vocals
The AME Mother Zion Church Choir, Choirs Of St Hilda’s and St. Hugh’s School, Central Connecticut State College Singers, The Frank Parker Singers – choirs

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

O duque na antessala da Capela Ateia do Grand Hall do PQP Bach

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Viola d`Amore

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Viola d`Amore

Não chega a ser um disco de levantar poeira, mas que entra no barracão no Andante do Concerto RV 396, por exemplo. Pois vocês conhecem Vivaldi — o padre vem na banguela e de repente engata a marcha e só vai e a gente acaba feliz. É o que acontece aqui. A Orchestra Of The Age Of Enlightenment, dirigida e solada por Catherine Mackintosh, formam um extraordinário conjunto, sempre competente e feliz, dentro espírito do veneziano.

A viola d’amore é um instrumento musical de cordas friccionadas. Tem 6 ou 7 cordas simpáticas, o que a faz ter de 12 a 14 cordas no total, e foi usado sobretudo no período barroco. É tocada sob o queixo do mesmo modo que o violino. O instrumento foi especialmente popular no final do século XVII, embora um especialista em viola de amor fosse raro, já que era costume um músico profissional tocar uma série de instrumentos, particularmente da família do instrumento principal desse músico. Mais tarde, o instrumento caiu em desuso, com o volume e pujança da família do violino a serem preferidos face à delicadeza e suavidade da família da viola. Todavia, houve interesse renovado pela viola d’amore no século XX: os violistas Henri Casadesus e Paul Hindemith tocaram ambos viola de amor no início do século XX, e o compositor de bandas sonoras Bernard Herrmann fez uso dela em várias obras. De notar que, tal como outros instrumentos da família do violino, a moderna viola d’amore foi alterada em estrutura face à versão do Barroco, sobretudo para suportar a tensão adicional das cordas metálicas. Leoš Janáček planeou usar a viola d’amore no seu quarteto de cordas n.º 2, “Cartas Íntimas”. O uso do instrumento era simbólico, pela natureza da sua relação com Kamila Stösslová, relação essa que inspirou a obra. Porém, a versão com a viola d’amore veio a ser impraticável nos ensaios e Janáček adaptou a obra para uma viola convencional. O bailado Romeu e Julieta de Sergei Prokofiev tem uma viola de amor.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Viola d`Amore

Concerto In D Major, RV 392 (11:12)
1 Allegro 4:28
2 Largo 3:25
3 Allegro 3:19

Concerto In D Minor, RV 395 (14:02)
4 Allegro 4:20
5 Andante 1:55
6 Allegro 3:47
7 Largo 4:00

Concerto In D Minor, RV 393 (9:39)
8 Allegro 3:35
9 Largo 2:26
10 Allegro 3:38

Concerto In A Minor, RV 397 (10:35)
11 Allegro 3:59
12 Largo 3:11
13 Allegro 3:25

Concerto In D Minor, RV 394 (9:53)
14 Allegro 4:23
15 Largo 1:56
16 Allegro 3:34

Concerto In A Major, RV 396 (10:47)
17 Allegro 3:21
18 Andante 4:03
19 Allegro 3:23

Orchestra – Orchestra Of The Age Of Enlightenment
Viola d’Amore, Soloist, Directed By – Catherine Mackintosh

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Jan Dismas Zelenka (1679–1745): Il Serpente Di Bronzo

Jan Dismas Zelenka (1679–1745): Il Serpente Di Bronzo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Il Serpente di Bronzo, ZWV 61 é uma belíssima cantata sacra composta pelo tcheco Jan Dismas Zelenka (1679-1745). Foi escrita em 1730 e apresentada pela primeira vez em Dresden. O libreto usado é uma história bíblica ligeiramente modificado por Zelenka. É cantada em italiano e não é tradicional pelo fato de que Deus tem várias passagens na cantata. A história é a do povo judeu que viaja do Egito para a Terra Prometida. Três judeus — Azaria, Egla e Namuel — estão cansados ​​por terem que fazer uma jornada tão longa e começam a reclamar. Isso irrita Deus, que envia mil cobras para atormentar os blasfemadores. Moisés pede perdão e Deus manda que se lance uma serpente de bronze, daí o nome Il Serpente di Bronzo. Quem é mordido por uma cobra e vê a serpente de bronze será salvo. O fim da cantata é uma repetição do início.

Zelenka foi contratado como contrabaixista na capela da corte de Dresden em 1710, e estudou com o maestro da corte imperial Johann Joseph Fux em Viena de 1716 a 1719, depois retornando à sua posição em Dresden. Ele assumiu cada vez mais os cultos da igreja e também emergiu como compositor. Em 1730, entregou seu oratório (ou cantata) Il serpente di bronzo para a Semana Santa. Em 1736 ele foi nomeado “Kirchen-Compositeur”.

Aqui, são particularmente impressionantes a ária de Deus (cantada por Peter Kooij) e a oração de Moisés, a quem o tenor Jaroslav Brezina empresta sua voz. O Inégal, sob a condução de Adam Viktora, demonstra o mais alto nível na prática da música historicamente informada.

Jan Dismas Zelenka (1679–1745): Il Serpente Di Bronzo

1 Coro 4:40
2 Recitativo (Azaria, Namuel) 1:06
3 Aria (Namuel) 9:44
4 Recitativo (Egla) 0:34
5 Aria (Egla) 4:35
6 Recitativo Accompagnato (Dio) 1:35
7 Aria (Dio) 5:53
8 Recitativo (Azaria, Egla, Namuel) 1:26
9 Aria (Azaria) 5:54
10 Recitativo (Egla,Namuel) 1:01
11 Aria A Due (Egla, Namuel) 6:19
12 Recitativo (Mose) 1:35
13 Aria (Mose) 6:45
14 Recitativo Accompagnato (Dio) 1:15
15 Recitativo (Egla) 1:49
16 Arietta Con Recitativo (Egla, Azaria) 2:45
17 Aria (Azaria) 5:37
18 Recitativo (Mose) 1:31
19 Coro 3:13

Alto Vocals – Alex Potter, Petra Noskaiová
Bass Vocals – Peter Kooy*
Libretto By – Stefano Benedetto Palvicini*
Soprano Vocals – Hana Blažíková
Tenor Vocals – Jaroslav Březina
Ensemble – Ensemble Inégal
Conductor – Adam Viktora

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Acontece sempre.

PQP

Philippe Verdelot (c. 1480-c. 1530): A Renaissance Songbook – The Complete Madrigal Book of 1536

Philippe Verdelot (c. 1480-c. 1530): A Renaissance Songbook – The Complete Madrigal Book of 1536

Um disco tranquilo e bonito do compositor renascentista. Philippe Verdelot foi um compositor francês da Renascença que, como tantos outros, passou a sua vida na Itália. Verdelot nasceu Les Loges, Seine-et-Marne, França. Provavelmente chegou a Itália numa idade precoce, em algumas cidades no norte da Itália, provavelmente incluindo Veneza. Verdelot é conhecido por ter sido mestre di cappella no Baptisterium San Giovanni, em Florença 1523-1525. Em 1526 colaborou com Niccolò Machiavelli, numa produção de famosa comédia A Mandrágora. Verdelot, junto com Costanzo Festa, é considerado o pai do madrigal, uma forma vocal a cappella que surgiu no final da década de 1520 a partir de uma convergência de várias correntes musicais anteriores. Os madrigais de Verdelot eram imensamente populares, como pode ser deduzido por sua frequência de reimpressão e ampla disseminação por toda a Europa no século XVI. Ele também compôs motetos e missas.

Philippe Verdelot (c. 1480-c. 1530): A Renaissance Songbook – The Complete Madrigal Book of 1536

1. Quanto sia lieto il giorno
2. Quando amor i begli occhi
3. Donna leggiadr’ et bella
4. Madonna, qual certezza
5. Madonna, qual certezza
6. Con lagrime et sospir
7. Fuggi, fuggi, cor mio
8. Dormend’un giorno a Baia
9. Igno soave
10. Amor se d’hor in hor
11. Donna che seta tra le belle bella
12. Se mai provasti donna
13. Con lagrime et sospir
14. Afflitti spirti mei
15. Ben che’l misero cor
16. Madonna il tuo bel viso
17. Divini occhi sereni
18. Se lieta e grata morte
19. Vita de la mia vita
20. Vita de la mia vita
21. Gloriar mi poss’io donne
22. Gloriar mi poss’io donne
23. Piove da gli occhi della donna ia
24. Con l’angelisco riso
25. S’io pensasse madonne
26. Madonna io sol vorrei
27. Madonna per voi ardo
28. Maddona per voi ardo

Catherine King, mezzo-soprano
Charles Daniels, tenor
Jacob Heringman, alaúde

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Esta é a única imagem que ficou de Verdelot.

PQP

Johann Georg Albrechtsberger (1735-1809): Concertos para Marranzano, Mandora e Orquestra (Stadlmair)

Johann Georg Albrechtsberger (1735-1809): Concertos para Marranzano, Mandora e Orquestra (Stadlmair)

POSTADO POR PQP BACH EM 14/4/2008, REVALIDADO POR VASSILY EM 28/1/2020, REVALIDADO POR VASSILY EM 2/2/2024.

Por que repostar esta gravação? Porque Albrechtsberger foi professor de Beethoven. Porque amanhã começaremos a postar a obra completa do aluno mais famoso de Albrechstberger neste blog. Porque Albrechtsberger certamente será mencionado nas postagens sobre Beethoven, e nós obviamente lembraremos que ele é autor desses inesquecíveis concertos. Porque nunca houve, nem haverá, um CD mais hilariante neste blog – quiçá nem na história da música de concerto. E porque nenhum blog que se preze deve ficar sem esta gravação no acervo – e, como o PQP Bach preza muito por seus pundonores, ei-la aqui de novo. Alerto para que a ordem dos concertos no novo link é diferente, e que este apresenta peças adicionais para marranzano, também com seu virtuose, o habilidoso Fritz Mayr – talvez para a orquestra poder costurar as hérnias abdominais agudas advindas das crises histéricas de gargalhadas, entre um concerto e outro [Vassily]

POSTAGEM ORIGINAL DE PQP BACH

Este disco do professor de Beethoven é sério candidato ao título de CD erudito mais engraçado de todos os tempos. Mas o humor do trabalho de Albrechtsberger é inteiramente involuntário, o que torna as coisas ainda mais… engraçadas. A Jew’s harp, instrumento conhecido no Brasil por Marranzano, foi inventado na China e é um dos mais antigos da humanidade, tendo sido inventando por volta de 300 A.C. Apesar do nome, nada tem a ver com judeus.

A cadenza do Andante (faixa 5) é das coisas mais hilariantes que já ouvi.

Johann Georg Albrechtsberger (Klosterneuburg, 3 de Fevereiro de 1735 – Viena, 7 de Março de 1809) foi um músico e compositor austríaco. Foi mestre de Beethoven, Johann Nepomuk Hummel, Ignaz Moscheles e Josef Weigl. Exerceu os cargos de organista de corte (1722) e de de mestre de capela na catedral de Santo Estêvão (1792). Compôs prelúdios, fugas e sonatas para piano e órgão. Por volta de 1765, escreveu pelo menos sete concertos para marranzano e mandora/lutina, um tipo de alaúde.

Johann Georg Albrechtsberger (1735-1809): Concertos para Marranzano, Mandora e Orquestra (Stadlmair)

1. Konzert in E major: Tempo moderato
2. Konzert in E major: Adagio
3. Konzert in E major: Finale – Tempo di menuetto

4. Konzert in F major: Allegro moderato
5. Konzert in F major: Andante
6. Konzert in F major: Menuetto – Moderato
7. Konzert in F major: Finale – Allegro molto

Fritz Mayr, Jew’s Harp
Dieter Kirsch, Mandora
Munich Chamber Orchestra
Hans Stadlmair, regência.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

LINK PARA O ARQUIVO ORIGINAL DE 2008… 

Alain Delon

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Quinteto para Piano / Quarteto de Cordas N° 3

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Quinteto para Piano / Quarteto de Cordas N° 3

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um grande disco do Belcea Quartet, agora com o excelente pianista Piotr Anderszewski no Quinteto para Piano de Shostakovich.

O Quinteto para piano, Op. 57 (1940)

A música perfeita. Trata-se de um irresistível quinteto escrito em cinco movimentos intensamente contrastantes. O prelúdio inicial estabelece três estilos distintos que voltarão a ser explorados adiante: um dramático, outro neo-clássico e o terceiro lírico. Todos os temas que serão ouvidos nos movimentos seguintes apresentam-se no prelúdio em forma embrionária. Depois vem uma rigorosa fuga puxada pelo primeiro violino e demais cordas até chegar ao piano. Sua melodia belíssima e lírica é seguida por um scherzo frenético. É um choque ouvir chegar o intermezzo que traz de volta a seriedade à música. Apesar do título, este intermezzo é o momento mais sombrio do quinteto. O Finale, cujo início parece uma improvisação pura do pianista, fará uma recapitulação condensada do prelúdio inicial. Este Quinteto para Piano recebeu vários prêmios como o Stálin e outros que não vale a pena referir aqui, mas o mais importante para Shostakovich foi a admiração que Béla Bartók dedicou a ele.

O Quarteto N° 3 foi lançado em Moscou pelo quarteto Beethoven, a quem é dedicado, em dezembro de 1946.  Ele foi escrito por Shosta logo após ver sua Sinfonia Nº 9 censurada. Ele também tem cinco movimentos:

Allegretto
Moderado com moto
Allegro non troppo
Adagio ( attacca )
Moderato

Para a estreia, certamente para que não fosse acusado de “formalismo” ou “elitismo “, Shostakovich renomeou os movimentos à maneira de uma história de guerra. Deixo aqui o título de cada movimento a fim de que os visitadores do blog possam dar gargalhadas relacionando “tema” e música.

O engano de ignorar o futuro cataclismo
Alguns estrondos de inquietação e antecipação
As forças de guerra são desencadeadas
Em memória dos mortos
A eterna pergunta: por que e para quê?

Um arranjo de sinfonia de câmara (Op. 73a) foi feito a partir deste quarteto por Rudolph Barshai.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Quinteto para Piano / Quarteto de Cordas N° 3

Piano Quintet In G Minor, Op. 57
Piano – Piotr Anderszewski

1 I. Prelude (Lento) 4:46
2 II. Fugue (Adagio) 11:34
3 III. Scherzo (Allegretto) 3:37
4 IV. Intermezzo (Lento) 7:02
5 V. Finale (Allegretto) 7:40

String Quartet No. 3 In F Major, Op. 73
6 I. Allegretto 7:27
7 II. Moderato Con Moto 5:37
8 III. Allegro Non Troppo 4:12
9 IV. Adagio 6:00
10 V. Moderato 11:12

Ensemble – Belcea Quartet
Cello – Antoine Lederlin
Viola – Krzysztof Chorzelski
Violin – Corina Belcea e Axel Schacher
Piano – Piotr Anderszewski

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O Belcea e Piotr Anderszewski mandando bala na Sala de Concertos Imanência e Transcendência da sede de inverno da PQP Bach Corp.

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi Op. 3 Nr. 1- 6

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi Op. 3 Nr. 1- 6

Este entusiasmado CD da Kammerorchester Basel, dirigido por Julia Schröder, é realmente muito bom! Um Händel alegre e convincente! Gostei muito!

Os Concerti Grossi, Op. 3 , HWV 312-317, são seis concertos grossos de Händel compilados em conjunto e publicados por John Walsh em 1734. Hoje, os musicólogos concordam que Handel não tinha conhecimento inicial da publicação. Em vez disso, Walsh, buscando tirar proveito do sucesso comercial do Op. 6 de Corelli, simplesmente combinou várias das obras já existentes de Händel e as agrupou em seis “concertos”. A malandragem deu super certo. A estrutura do Op. 3 é um tanto incomum. Os seis concertos têm algo entre três e cinco movimentos, e apenas dois deles contém os quatro movimentos usuais. Só ocasionalmente as forças instrumentais são estabelecidas da maneira tradicional de concerto grosso.

O concerto grosso é uma forma de música barroca na qual o material musical é passado de um pequeno grupo de solistas — primeiro e segundo violinos, primeiro viola e violoncelo (o concertino) — a uma orquestra completa (o ripieno ou concerto grosso). Isso é diferente do concerto solo, que apresenta um único instrumento solo acompanhado pela orquestra.

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi Op. 3 Nr. 1- 6

Concerto Grosso B Flat Major, Op. 3/2, HWV 313
1 Vivace 1:46
2 Largo 2:46
3 Allegro 1:46
4 Menuet 1:21
5 Gavotte 2:37

Concerto Grosso B Flat Major Op. 3/1 HWV 312
6 Allegro 2:23
7 Largo 4:16
8 Allegro 1:19

Concerto Grosso G Major, Op. 3/3, HWV 314
9 Largo E Staccato 0:27
10 Allegro 2:17
11 Adagio 0:52
12 Allegro 3:11

Concerto Grosso F Major, Op. 3/4, HWV 315
13 Andante-Allegro 6:02
14 Andante 2:22
15 Allegro 1:20
16 Minuetto Alternativo 2:18

Concerto Grosso D Major, Op. 3/6, HWV 317
17 Vivace 2:40
18 Adagio 1:16
19 Allegro 4:19

Concerto Grosso D Mino, Op. 3/5, HWV 316
20 Largo 1:26
21 Allegro 2:06
22 Adagio 1:56
23 Allegro Ma Non Troppo 1:35
24 Allegro 2:31

Orchestra – Kammerorchester Basel
Directed By – Julia Schröder

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Membras da Kammerorchester Basel na Sala de Afinação e Atonalização da PQP Bach Corp.

PQP

Johannes Brahms (1833-1897) & Paul Hindemith (1895-1963): Quintetos para Clarinete

Johannes Brahms (1833-1897) & Paul Hindemith (1895-1963): Quintetos para Clarinete

Apenas 30 anos separam os quintetos de clarinete de Brahms e Hindemith. No entanto, as diferenças não são apenas nos temperamentos dos dois artistas, nem somente na diferença dos conceitos e das estéticas. O que os separa é todo o mundo que há entre a harmonia e a desordem. Mas não pense assim, apressado leitor, amo a ambos.

O quinteto para clarinete mais popular é o de Mozart (104 gravações), seguido pelo de Brahms (87), que é baseado no primeiro. Nenhuma outra peça nessa formação rivaliza com essa dupla em popularidade, embora a literatura inclua joias como os quintetos de Weber e Reger.

Assim como eu, Erico Verissimo amava o quinteto de Brahms, tanto que chamou sua autobiografia de Solo de Clarineta. Há toda uma lenda em torno da obra. É obra belíssima.

Já Hindemith nunca derreterá corações como Brahms, e, na verdade, seu quinteto coloca-se contra a tradição musical do pré-guerra. Ele é contemporâneo de vários dos concertos da série Kammermusiken, mas não tão bons. Longe de ser uma homenagem a Brahms, o trabalho parece exorcizar o mestre mais velho.

Brahms & Hindemith: Quintetos para Clarinete

Johannes BRAHMS (1833-1897)
Clarinet Quintet in B minor, op. 115 (1891) [37:48]
I. Allegro 13:29
II. Adagio 10:29
III. Andantino 4:28
IV. Con moto 9:21

Paul HINDEMITH (1895-1963)
Clarinet Quintet, op. 30 (1954 version) (1923/1954) [19:45]
I. Sehr lebhaft 2:12
II. Ruhig 6:35
III. Schneller Ländler 5:42
IV. Arioso. Sehr ruhig 2:55
V. Sehr lebhaft, wie im ersten Satz 2:19

Raphaël Sévère (clarinet)
Pražák Quartet

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Paul Hindemith e Darius Milhaud em uma daquelas coisas de “enfie a cabeça e tire uma foto”.

PQP

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Yuja Wang e Khatia Buniatishvili são livres para se vestirem como quiserem. É justo. Mas boa parte do público as conhecem mais através das pernas de uma e dos seios e costas da outra do que por suas qualidades musicais. É injusto. Wang é efetivamente uma tremenda pianista, mas creio que o mesmo não se possa dizer de Buniatishvili, uma instrumentista que aposta apenas na emoção. Para comprovar o que digo, este CD da DG venceu vários prêmios de melhor disco erudito solo de 2019. Isto é, Wang merece ser ouvida. O Ligeti e o Prokofiev dela são sensacionais. Já Rachmaninov e Scriabin são compositores tão estranhos a meu gosto que não vou falar. A 8ª Sonata de Prokofiev é notavelmente interpretada. Como Sviatoslav Richter, ela consegue integrar o poder e o lirismo que caracterizam os longos movimentos externos. Ao manter o Andante sognando estável, elegante e discreto, os toques expressivos de Wang tornam-se ainda mais significativos. Dos três Estudos de Ligeti, o Vertige é o melhor, e raramente soou tão suave e transparente.

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
1.Prelude in G Minor, Op. 23, No. 5 3:53
Études-Tableaux, Op. 39
2.No. 1 in C Minor 3:25
Études-Tableaux, Op. 33
3.No. 3 in C Minor 4:15
4.Prelude in B Minor, Op. 32, No. 105:32

Alexander Scriabin (1872 – 1915)
5.Piano Sonata No. 10, Op. 70 11:44

György Ligeti (1923 – 2006)
Études pour piano
6.No. 3 “Touches bloquées” 1:53
Études pour piano
7.No. 9 “Vertige” 2:39
Études pour piano
8.No. 1 “Désordre” 2:35

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)
Piano Sonata No. 8 in B-Flat Major, Op. 84
9.1. Andante dolce 13:49
10.2. Andante sognando 4:39
11.3. Vivace 10:46

Yuja Wang, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Yuja Wang: excelente pianista que aposta no seu par de pernas

PQP

Jean-Baptiste Lully (1632-1687): Symphonies, Ouvertures & Airs À Jouer

Jean-Baptiste Lully (1632-1687): Symphonies, Ouvertures & Airs À Jouer

A orquestra de Savall… Nada pode sair ruim com um time desses. Grande disco. Como caminho de fones e é verão, acelerava meus passos conforme o ritmo das muitas danças deste disco. Lully era dançarino, dançava e faz ainda dançar. Resultado: cheguei suando como um porco no trabalho.

Jean-Baptiste de Lully, nascido Giovanni Battista Lulli (Florença, 28 de novembro de 1632 – Paris, 22 de março de 1687), foi um compositor italiano, naturalizado francês. Passou a maior parte da vida trabalhando na corte de Luís XIV . Compositor prolixo, seu estilo foi largamente imitado na Europa. Casou-se com Madeleine Lambert, filha do compositor Michel Lambert. Considerado mestre do barroco francês, tornou-se súdito francês em 1661. Começou a trabalhar para Luís XIV da França no final de 1652 e início de 1653, como dançarino. Compôs algumas das músicas para o Ballet de la nuit, agradando imensamente ao rei. Foi nomeado compositor de músicas instrumentais do rei, conduzindo vinte e quatro violinos da Grande Bande. Cansado com a falta de disciplina da Grande Bande e com a autorização do rei, formou os Petits Violons. Lully compôs muitos balés para o Rei durante as décadas de 1650 e 1660, nos quais o Rei e Lully dançaram. Teve também um tremendo sucesso compondo a música para as comédias de Molière, incluindo Le Mariage forcé (1664), L’Amour médecin (1665) e Le Bourgeois gentilhomme (1670). Quando conheceu Molière, Lully formou o Comédie-ballet. Entretanto, o interesse de Luís XIV pelo balé foi diminuindo com o passar dos anos, e suas habilidades para a dança declinaram (sua última performance foi em 1670) e então Lully dedicou-se inteiramente à ópera. Ele comprou o privilégio para a ópera de Pierre Perrin e com o apoio de Jean-Baptiste Colbert e do próprio Rei, criou um novo privilégio, que dada exclusivamente a Lully o controle completo de toda música apresentada na França, até sua morte,quando morreu de gangrena em 1687. Era conhecido por ser um libertino. Em 1661, em cartas de naturalização e em seu contrato de casamento com Madeleine Lambert, filha do seu amigo e companheiro Michel Lambert, Giovanni Battista Lulli declarou-se como “Jean-Baptiste de Lully” filho de “Laurent de Lully, cavalheiro florentino”. Em 8 de janeiro de 1687, Lully estava conduzindo um Te Deum em honra de Luís XIV, recém recuperado de uma doença. O compositor marcava o tempo, batendo com um grande bastão (o precursor da Batuta) no chão, como era usual nesse período, quando atingiu o próprio pé, provocando uma infecção. Essa ferida evoluiu para uma gangrena, mas Lully recusou-se a amputar o pé. Acho que o compreendo. Em consequência, acabou morrendo em 22 de março de 1687. Ele deixou sua última ópera, Achille et Polyxène inacabada. Seus dois filhos, Jean-Louis Lully e Louis Lully também tiveram uma carreira musical na corte.

Jean-Baptiste Lully (1632-1687): Symphonies, Ouvertures & Airs À Jouer

1ère Suite: Le Bourgeois Gentilhomme, 1670
1 Ouverture 2:59
2 Gavotte 1:41
3 Canaries 1:16
4 Marche Pour La Cérémonie Turque 2:03
5 1er Air Des Espagnols: Sarabande 2:08
6 2ème Air Des Espagnols: Gigue 1:12
7 L’Entrée Des Scaramouches, Trivelins Et Arlequins 2:33
8 Chaconne Des Scaramouches, Trivelins Et Arlequins 3:30

2ème Suite: Le Divertissement Royal, 1664-1670
9 Danse De Neptune 1:36
10 Les Suivants De Neptune 1:46
11 Prélude Des Trompettes 1:44
12 Les Hommes Et Femmes Armés 1:54
13 Rondeau Du Mariage Forcé (1664) 2:31
14 Second Air (Le Mariage Forcé) 2:36
15 Bourrée Du Mariage Forcé (1664) 1:52
16 Bourrée Du Divertissement De Chambord (1669) 1:25
17 Symphonie Des Plaisirs 3:06
18 Les Esclaves 1:38
19 Menuet Pour Les Trompettes 1:41

3ème Suite: Alceste, 1674
20 Marche Des Combattans 2:36
21 Menuet 1:49
22 Loure Pour Les Pêcheurs 1:31
23 Echos 1:02
24 Rondeau De La Gloire 1:13
25 La Pompe Funèbre 3:24
26 Rondeau Pour La Fête Marine 2:30
27 Les Vents 1:15
28 La Fête Infernale: 1er Air 1:19
29 2ème Air: Les Démons 3:28
30 Marche Des Assiégeants 1:12

31 Chaconne De’ L’Amour Médecin (1665) 3:32

Bassoon – Claude Wassmer, Josep Borràs
Cello [Basse De Violon] – Antoine Ladrette, Claire Giardelli, Detmar Leertower, Laura Folch, Michel Murgier
Contrabass – Richard Myron, Xavier Puertas
Flute [Flûte Traversière] – Charles Zebley, Frank Theuns, Marc Hantaï
Oboe [Hautbois] – Alessandro Piqué*, Alfredo Bernardini, Ann Vanlancker, Marcel Ponseele, Paolo Grazzi, Taka Kitazato, Xavier Blanch
Percussion, Timbales – Michèle Claude, Pedro Estevan
Theorbo [Théorbe], Guitar [Guitare] – Rolf Lislevand, Xavier Díaz*
Trumpet [Trompette] – Guy Ferber, Pascal Geay, Roland Callmar
Viola [Hautes-contre De Violon] – Angelo Bartoletti, Giovanni De Rosa, Judit Földes, Martín Barrera
Viola da Gamba [Viole De Gambe] – Eunice Brandao, Sergi Casademunt, Sophie Watillon
Violin [Dessus De Violon] – Alba Roca, Davide Amodio, Helène Plouffe, Lydia Cevidalli, Mauro Lopes*, Santi Aubert, Silvia Mondino
Violin [Premier Violon], Concertmaster – Manfredo Kraemer
Violin [Violon Il] – Pablo Valetti
Orchestra – Le Concert Des Nations
Jordi Savall

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino, Percussão e Orquestra de Cordas, Op. 80

Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino, Percussão e Orquestra de Cordas, Op. 80

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vi Sebastian Bohren em ação no Piano Salon Christophori, em Berlim. (Como se pode descrever este lugar? O Piano Salon Christophori é uma espécie de garagem, na verdade uma ex-fábrica de pianos. Imagine uma garagem semi-abandonada, imagine que ela seja utilizada como sala de concertos e centro cultural, decorada com parte de pianos penduradas nas paredes, quadros, cadeiras, velhos sofás e lustres pendurados por correntes. E que tenha uma bela acústica. É mais ou menos isso). Bem, foi uma apresentação impressionante de Bohren. Trata-se de um extraordinário violinista de habilidade, musicalidade e sonoridade espetaculares. Esta versão da sonata para violino solo, orquestra de cordas e percussão foi uma iniciativa dele. A transcrição do Op. 80 de Prokofiev foi encomendada a Andrei Pushkarev, percussionista da “Kremerata Baltica” de Gidon Kremer, um arranjador talentoso cujos arranjos podem ser encontrados no repertório de inúmeros músicos. Esta Sonata é absolutamente esplêndida, ficando entre o sublime, a tristeza e o agressivo. Ela foi escrita entre 1938 e 1946 e completada dois anos após a Sonata para Violino Nº 2. É uma das obras mais sombrias do compositor e Prokofiev recebeu o prêmio Stalin de 1947 por ela. O disco é, sim, imperdível.

Violin Sonata No. 1 in F Minor, Op 80 (Sonata for Violin, Percussion and String Orchestra (Live)
I. Andante assai (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 7:10
II. Allegro brusco (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 7:12
III. Andante (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 8:45
4 IV. Allegrissimo (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 8:57

Sebastian Bohren
Georgian Chamber Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O excelente Sebastian Bohren

PQP

François Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

François Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

Não é um grande disco, é um bom disco. Jean-Féry Rebel é um dos compositores barrocos franceses mais fascinantes. Sua suíte Les elements inclui um acorde dissonante e pioneiro de 12 notas. Nenhuma dissonância atonal ocorre aqui em seu mais educado Les caractères de la danse, uma suíte de danças populares que fazem alusões a canções favorita da época. A música é leve em comparação com a riqueza das suítes elaboradas por Couperin em Les Nations, representando os gostos francês e espanhol em uma sequência de movimentos de dança, cada um incluindo uma fina e nobre Passacaille. Mas, sabem?, prefiro os 9 minutinhos de Rebel à quase uma hora de Couperin. O Florilegium é ótimo, com duas flautas particularmente bem equilibradas.

Francois Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

Francois Couperin
1. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Sonate – Couperin 07:08
2. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Suite – Couperin 03:45
3. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Courante – Couperin 01:35
4. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Seconde courante – Couperin 02:14
5. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Sarabande – Couperin 02:19
6. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Gigue – Couperin 01:16
7. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Chacone ou Passacaille – Couperin 02:52
8. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Gavotte – Couperin 00:58
9. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Menuet – Couperin 01:12

10. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Sonate – Couperin 08:47
11. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Suite – Couperin 02:51
12. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Courante – Couperin 03:23
13. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Seconde Courante – Couperin 01:44
14. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Sarabande – Couperin 02:45
15. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Gigue Louree – Couperin 02:21
16. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Gavotte – Couperin 01:01
17. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Rondeau – Couperin 02:39
18. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Bouree – Couperin 00:50
19. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Double de la Bouree prededente – Couperin 01:37
20. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Passacaille – Couperin 04:47

Jean-Féry Rebel
21. Les Caracteres de la danse – Rebel 09:12

Florilegium Chamber Ensemble

Total time: 65:24

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

As danças muito gentis e estudadas da Corte Francesa pré-corte… de cabeças.

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

As atraentes Sonatas para Violino Op. 2 de Vivaldi eram extremamente populares em sua época. Foram muito publicadas e rearranjadas para outras combinações de instrumentos. As seis primeiras são apresentados aqui em sua forma original pela excelente Elizabeth Wallfisch, elegantemente apoiada por Richard Tunnicliffe e Malcolm Proud. O disco é bom em razão dos excelentes instrumentistas. Não fiquei muito entusiasmado pelo repertório.

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

1. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Preludio: Andante
2. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Giga: Allegro
3. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Sarabanda: Largo
4. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Corrente: Presto

5. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Preludio a capriccio – Presto
6. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Corrente: Allegro
7. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Adagio
8. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Giga: Allegro
9. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Pastorale ad libitum

10. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Preludio: Andante
11. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Corrente: Allegro
12. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Adagio
13. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Giga: Allegro

14. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Andante
15. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Allemanda: Allegro
16. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Sarabanda: Andante
17. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Corrente: Presto

18. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Preludio: Andante
19. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Corrente: Allegro
20. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Giga: Presto

21. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Preludio: Andante
22. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Allemanda: Presto
23. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Giga: Allegro

Elizabeth Wallfisch (violin)
Richard Tunnicliffe (cello)
Malcolm Proud (harpsichord)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Elizabeth Wallfisch exibe seu belo sorriso na Sala de Imanência e Transcendência da Sede de Gala da PQP Bach Corporation

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (versão de Karl Richter)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (versão de Karl Richter)

Eu estava no Rio de Janeiro em fevereiro de 1981 quando abri o Jornal do Brasil e dei de cara com a manchete do Caderno B: “Morre o mensageiro de Bach”. Como eu, PQP, estava ali, lendo o jornal, o morto só podia ser Karl Richter ou Gustav Leonhardt. Era Karl Richter (1926-1981) e a manchete era justa. Para os de minha geração, Karl Richter e sua Orquestra Bach de Munique eram a garantia do melhor Bach. Ele morreu quando as performances com instrumentos históricos estavam engatinhando. Tinha uma forma excessivamente romântica de dirigir seus músicos absolutamente fantásticos e eu já tinha comprado em 1975 a gravação decisiva em meu amor pelas interpretações autênticas: os Concertos de Brandenburgo pelo Collegium Aureum com direção de Franzjosef Maier (violinista) e que tinha um cravista que vou contar para vocês… Era apenas Gustav Leonhardt. Eu estava sendo apresentado a ele naquela gravação e ele fazia misérias no Concerto Nº 5. Mas, voltando a Karl Richter, ele ainda era em 1981 o mais bachiano de todos os músicos vivos e tinha sido vitimado por um reles ataque cardíaco aos 54 anos. Hoje, ouvindo novamente sua gravação da Missa, realizada em 1962 porém com som que parece ter sido gravado ontem, a emoção do primeiro Bach que ouvi retornou mais ou menos como se fosse o primeiro sutiã da propaganda.

Uma das maiores burrices que um ser humano pode cometer é a de não mudar de opinião. Hoje, eu acho esta versão muito ruim. Ela é patchy, uma colcha de retalhos às vezes estranhos um ao outro, mas há a excepcional participação de Hertha Töpper no Agnus Dei e o melhor Cum Sancto Spiritu que já ouvi. Algo arrebatador.

Johann Sebastian Bach – Missa em Si Menor – BWV 232

CD1

1-01 Missa: Kyrie: Kyrie eleison
1-02 Missa: Kyrie: Christe eleison
1-03 Missa: Kyrie: Kyrie eleison
1-04 Missa: Gloria: Gloria in excelsis Deo
1-05 Et in terra pax
1-06 Missa: Gloria: Laudamus te
1-07 Missa: Gloria: Gratias agimus tibi
1-08 Missa: Gloria: Domine Deus
1-09 Missa: Gloria: Qui tollis
1-10 Missa: Gloria: Qui Sedes
1-11 Missa: Gloria: Quoniam tu solus
1-12 Missa: Gloria: Cum Sancto Spiritu

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD 1

CD2

2-01 Symbolum Nicenum: Credo: Credo in unum Deum
2-02 Symbolum Nicenum: Credo: Patrem omnipotentem
2-03 Symbolum Nicenum: Credo: Et in unum Dominum
2-04 Symbolum Nicenum: Credo: Et incarnatus est
2-05 Symbolum Nicenum: Credo: Crucifixus
2-06 Symbolum Nicenum: Credo: Et resurrexit
2-07 Symbolum Nicenum: Credo: Et in Spiritum
2-08 Symbolum Nicenum: Credo: Confiteor
2-09 Symbolum Nicenum: Credo: Ex expecto
2-10 Sanctus: Sanctus
2-11 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Osanna
2-12 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem Benedictus
2-13 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Osanna
2-14 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Agnus Dei
2-15 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Dona nobis pacem

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD 2

Maria Stader, soprano
Hertha Töpper, contralto
Ernst Haefliger, tenor
Dietrich Fischer-Dieskau, baixo
Kieth Engen, baixo
Coro Bach de Munique
Orquestra Bach de Munique
Karl Richter

PQP

John Blow (1649-1708): Ode pela morte do Sr. Henry Purcell / Venus & Adonis

John Blow (1649-1708): Ode pela morte do Sr. Henry Purcell / Venus & Adonis

IM-PER-DÍ-VEL !!!

É, amigo. His name is Blow, John Blow Job. Um excelente compositor. Os dois CDs que postamos são dignos dos maiores elogios, mas meu amor maior vai para a pequena ópera em três atos Venus & Adonis. Um Blow job de primeira realizado por René Jacobs, a extraordinária Orchestra of the Age of Enlightenment e um time supimpa de solistas.

O coral infantil — sem piadas aqui, a fim de evitar a pedofilia — tem maravilhosa participação. Mas cá para nós, os dois CDs são maravilhosos. É daquelas coisas que a gente ouve e sai feliz, entendem? Pois é, amigo. His name is Blow, John Blow.

.oOo.

John Blow – An Ode on the Death of Mr. Henry Purcell

Purcell:
1. Sweetness of nature (countertenors I & II) from Love’s goddess sure: Birthday ode for Queen Mary, 1692  3:18
Blow:
2. Sonata a 2 in A major   6:07
Purcell:
3. Here let my life  2:44
Blow:
4. Ground a 2 in D major  3:10
Purcell:
5. Orpheus Britannicus – Music for a while Z583  4:00
Blow:
6. Suite in G major for Harpsichord : Fugue  3:11
Purcell:
7. In vain the am’rous flute from St Cecilia’s Day Ode, ‘Hail, bright Cecilia’ Z328 5:30
Blow:
8. Suite in G major for Harpsichord : Prelude  0:56
9. Suite in G major for Harpsichord : Almand 3:13
10. Suite in G major for Harpsichord : Gavot 1:08
11. Morlake Ground  4:08
12. A Ground in D 4:12
13. An Ode on the death of Mr. Henry Purcell 22:34

Gerard Lesne, alto
Steve Dugardin, alto
La Canzona:
Pierre Hamon, flute a bec
Sebastien Marq, flute a bec
Elisabeth Joyé, clavecin & orgue
Philippe Pierlot, viole de gambe
Vincent Dumestre, theorbe

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.oOo.

John Blow – Venus & Adonis

A Masque for the Entertainment of the King
Un Masque pour le divertissement du Roi
Ein unterhaltsames Maskenspiel fur den Konig

1. Venus and Adonis, masque: Overture
2. Venus and Adonis, masque: Prologue. Behold my arrows and my bow
3. Venus and Adonis, masque: Prologue. Come shepherds all
4. Venus and Adonis, masque: Prologue. Courtiers there is no faith in you
5. Venus and Adonis, masque: Prologue. In these sweet groves
6. Venus and Adonis, masque: Prologue. Cupid’s Entry
7. Venus and Adonis, masque: Act 1. The Act tune
8. Venus and Adonis, masque: Act 1. Venus! Adonis!
9. Venus and Adonis, masque: Act 1. Hark, hark the rural music sounds
10. Venus and Adonis, masque: Act 1. Adonis will not hunt today
11. Venus and Adonis, masque: Act 1. Come, follow the noblest game
12. Venus and Adonis, masque: Act 1. Entry: A dance by a Huntsman
13. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Act tune
14. Venus and Adonis, masque: Act 2. You place with such delightful care
15. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Cupid’s lesson: The insolent, the arrogant
16. Venus and Adonis, masque: Act 2. Choose for the formal fool
17. Venus and Adonis, masque: Act 2. A dance of Cupids
18. Venus and Adonis, masque: Act 2. Call the Graces
19. Venus and Adonis, masque: Act 2. Mortals below, Cupids above
20. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Graces’ Dance
21. Venus and Adonis, masque: Act 2. Gavatt
22. Venus and Adonis, masque: Act 2. Sarabrand for the Graces
23. Venus and Adonis, masque: Act 2. A Ground
24. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Act tune
25. Venus and Adonis, masque: Act 3. Adonis, uncall’d for sighs
26. Venus and Adonis, masque: Act 3. With solemn pomp let mourning Cupids bear
27. Venus and Adonis, masque: Act 3. Mourn for thy servant

Venus: Rosemary Joshua (Soprano)
Adonis: Gerald Finley (Baritone)
Cupid: Robin Blaze (Countertenor)
Shepherdess: Maria Cristina Kiehr (Soprano)
Shepherds:
Christopher Josey (Countertenor)
John Bowen (Tenor)
Jonathan Brown (Basse)

Clare College Chapel Choir
dir. Timothy Brown

Orchestra of the Age of Enlightenment
dir. René Jacobs

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O cabeludo maestro finlandês Santtu-Matias Rouvali vem ganhando reconhecimento na Escandinávia e na Grã-Bretanha por grandes leituras dramáticas que muitas vezes trazem algo de novo a trabalhos familiares, como a dupla de peças orquestrais de Sibelius ouvidas neste disco da Alpha. A Sinfonia Nº 1 em Mi menor, op. 39 é obviamente descrita como tchaikovskiana e, de fato, há uma abundância de músicas amplas e levemente melancólicas que lembram o compositor. Mas Rouvali, líder da Sinfônica de Gotemburgo (da qual ele foi recentemente nomeado maestro titular), concentra-se em elementos mais finlandeses do que russos. Prova é o primeiro movimento, onde o lirismo tchaikovskiano dá lugar a uma passagem tumultuada, onde cada harmonia parece arrancada da anterior de uma maneira muito característica de Sibelius. A leitura de Rouvali é emocionante. O poema sinfônico En saga, Op. 9, é uma obra-prima que, em mãos inferiores, poderia tornar-se uma porcaria, mas que ficou enérgico e envolvente nas mãos de Rouvali. É para prestar atenção a este Santtu-Matias Rouvali. Ele sabe o que faz.

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

Symphony No. 1 in E minor, Op. 39
1 I. Andante Ma Non Troppo – Allegro Energico 11:27
2 II. Andante (Ma Non Troppo Lento) 09:13
3 III. Scherzo: Allegro 05:28
4 IV. Finale: Andante – Allegro Molto – Andante Assai – Allegro Molto Come Prima – Andante 13:32

5 En Saga, Op. 9 19:01

Gothenburg Symphony Orchestra
Santtu-Matias Rouvali

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Com esses cabelos, Santtu está mais para Anjju.

PQP