Krzysztof Penderecki (1933-2020): Violin Concertos Nos. 1 and 2 (Kulka / Chee-Yun / Wit)

Krzysztof Penderecki (1933-2020): Violin Concertos Nos. 1 and 2 (Kulka / Chee-Yun / Wit)

Dois concertos parrudos em um movimento do grande Penderecki! Nem todos os concertos para violino soam de forma semelhante. Você tem aqueles que expressam o lirismo romântico (Tchaikovsky, Brahms), aqueles que têm um toque de estranheza (Sibelius), as clássicos (Mozart), os barrocos (Vivaldi, Bach) e aqueles que apresentam harmonias modernas e selvagens (Bartók, Stravinsky). Basicamente, todos eles têm sons e atmosferas distintas. Os concertos para violino de Penderecki também possuem qualidades únicas. Estreados em 1977 (Nº 1) e 1995 (Nº 2, “Metamorphosen”). Ambos com duração de cerca de quarenta minutos, eles têm um único movimento em vez dos habituais três. Aqui, eles são tocados por Konstanty Kulka (n.º 1) e Chee-Yunn (n.º 2) com a PNRSO (Katowice), conduzida por Antoni Wit. Pendê é um dos mais importantes compositores dos últimos tempos, uma figura musical de efetivamente internacional. Suas obras estão gradualmente sendo ouvidas em todo o mundo graças a gravações como esta, que é excelente. Os Concertos são modernos e — tal como a música de Pendê se tornou a partir de 1980 — melódicos, embora com um caráter expressionista. Esta versão é intensa, sombriamente romântica e bastante bela, com sons que realçam os lindos cenários orquestrais e as falas dos solistas.

Krzysztof Penderecki (1933-2020): Violin Concertos Nos. 1 and 2 (Kulka / Chee-Yun / Wit)

Penderecki, Krzysztof
Concerto for Violin and Orchestra No. 1
1 Concerto for Violin and Orchestra No. 1 39:16
Concerto for Violin and Orchestra No. 2, “Metamorphosen”
2 Concerto for Violin and Orchestra No. 2, “Metamorphosen’ 38:16

Total Playing Time: 01:17:32

Composer(s): Krzysztof Penderecki
Conductor(s): Antoni Wit
Orchestra(s): Polish National Radio Symphony Orchestra
Artist(s): Chee-Yun; Konstanty Andrzej Kulka

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Quem nunca teve um celular da Nokia?

PQP

Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Jobim, Krieger, Levy, Lorenzo Fernandez, Mignone, Nepomuceno, Pereira, Villa-Lobos: Danças Brasileiras (Minczuk)

Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Jobim, Krieger, Levy, Lorenzo Fernandez, Mignone, Nepomuceno, Pereira, Villa-Lobos: Danças Brasileiras (Minczuk)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Disco imperdível não apenas por ser brasileiro, mas pelo excelente repertório, pela qualidade da Osesp e pelo trabalho extraordinário do maestro Roberto Minczuk. Este panorama de Danças Brasileiras encontra seu ponto alto em Batuque, de Nepomuceno, na Congada de Mignone, no Batuque de Lorenzo Fernández, na bartokiana Passacalha de Edino Krieger, n`A Chegada Dos Candangos de Tom Jobim e em Mourão, de Clóvis Pereira e Guerra Peixe. Mas o restante não é esquecível. Gravado em 2003, este álbum é muito divertido, oferecendo músicas que são tocadas ocasionalmente, mas que raramente são reunidas para produzir uma hora de ritmos.  Algumas peças são desconhecidas. Por exemplo, A Chegada dos Candangos é um trecho da Sinfonia da Alvorada, uma das obras orquestrais negligenciadas de Tom Jobim.

Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Jobim, Krieger, Levy, Lorenzo Fernandez, Mignone, Nepomuceno, Pereira, Villa-Lobos: Danças Brasileiras (Minczuk)

1 Garatuja – Prelúdio
Composed By – Alberto Nepomuceno
8:55
2 Batuque
Composed By – Alberto Nepomuceno
3:39
3 Samba
Composed By – Alexandre Levy (2)
7:03
4 Dança Frenética
Composed By – Heitor Villa-Lobos
5:34
5 Congada
Composed By – Francisco Mignone
5:49
6 Batuque
Composed By – Oscar Lorenzo Fernández
3:54
Três Danças Para Orquestra
Composed By – Mozart Camargo Guarnieri
(8:48)
7 Dança Selvagem (Savage Dance) [No. 2] 1:43
8 Dança Negra (Negro Dance) [No. 3] 4:42
9 Dança Brasileira (Brazilian Dance) [No. 1] 2:13
10 Passacalha para o Novo Milênio
Composed By – Edino Krieger
7:07
11 A Chegada Dos Candangos
Composed By – Antonio Carlos Jobim
4:01
12 Mourão
Composed By – Clóvis Pereira, César Guerra Peixe
3:03

Conductor – Roberto Minczuk
Orchestra – Osesp — São Paulo Symphony Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): String Quartets Nos. 1 – 3 / Souvenir de Florence (Borodin Quartet, Yuri Yurov, Mikhail Milman)

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): String Quartets Nos. 1 – 3 / Souvenir de Florence (Borodin Quartet, Yuri Yurov, Mikhail Milman)

Esta bela coleção demonstra que Tchaikovsky foi um compositor essencialmente sinfônico, o que não chega a ser uma grande descoberta. As obras são boas e interessantes, mas em alguns momentos elas gritam por massa orquestral, não obstante todo o esforço e a (altíssima) qualidade do Borodin. E há uma falha grave neste CD: os engenheiros da Teldec concentraram-se nos violinos e esqueceram que um quarteto é um conjunto equilibrado e, portanto, viola e violoncelo não são apenas acompanhamento. Tal preconceito prejudica o resultado final e suprime a rica interação pela qual Borodin é conhecido. Por exemplo, na fuga do segundo quarteto, último movimento, o violoncelo é quase inaudível, pois os microfones só querem saber dos violinos. O resultado disso tem seu preço quando a acústica reverberante satura os microfones em alguns disparos poderosos. Ah, o sexteto Souvenir De Florence, tocado por russos, é outra história. Muito melhor.

Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893): String Quartets Nos. 1 – 3 / Souvenir de Florence (Borodin Quartet, Yuri Yurov, Mikhail Milman)

String Quartet No. 1 In D Major, Op. 11 (28:52)
1-1 Moderato E Semplice 10:45
1-2 Andante Cantabile 7:21
1-3 Scherzo: Allegro Non Tanto E Con Fuoco 3:59
1-4 Finale: Allegro Giusto 6:47

String Quartet In B Flat Major (13:22)
1-5 Adagio Misterioso – Allegro Con Moto – Adagio Misterioso 13:22

Souvenir De Florence, String Sextet In D Minor, Op. 70 (34:26)
1-6 Allegro Con Spirito 10:37
1-7 Adagio Cantabile E Con Moto 10:46
1-8 Allegretto Moderato 6:03
1-9 Allegro Vivace 7:00

String Quartet No. 2 In F Major, Op. 22 (35:31)
2-1 Adagio – Moderato Assai 11:42
2-2 Scherzo: Allegro Giusto 5:14
2-3 Andante Ma Non Tanto 12:44
2-4 Finale: Allegro Con Moto 5:52

String Quartet No. 3 In E Flar Minor, Op. 30 (38:16)
2-5 Andante Sostenuto 17:07
2-6 Allegretto Vivo E Scherzando 3:44
2-7 Andante Funebre E Dolorosa, Ma Con Moto 11:37
2-8 Finale: Allegro Non Troppo E Risoluto 5:48

Viola – Dmitri Shebalin, Yuri Yurov (faixas: 1-6 a 1-9)
Violin – Andrei Abramenkov, Mikhail Kopelman
Violoncelo – Mikhail Milman (faixas: 1-6 a 1-9), Valentin Berlinsky

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Tchai, o sinfônico.

PQP

Mendelssohn / Schumann: Concertos para Violino (Capuçon / Harding)

Nem com a maior boa vontade do mundo, alguém poderia classificar o Concerto Para Violino de Schumann como sendo um dos principais do gênero. Só em 1937 é que ele foi acrescentado à lista dos seus Concertos, uma vez que a sua viúva, Clara, juntamente com Brahms e Joachim, se recusaram a incluí-la entre as obras do compositor. Aqui, o esplêndido Renaud Capucon, com a excelente Orquestra de Câmara Mahler dirigida por Daniel Harding, pretende converter-nos a esta obra negligenciada. O primeiro movimento é pouco convincente, o segundo é ótimo, sublime até, conduzindo a um final que, novamente não é bem sucedido. Experimente, você vai ficar surpreso às vezes negativamente, mas ainda é a música de uma alma romântica que ainda tinha muito dentro de si. Lembrem-se de que Schumann ficou louco — como se dizia na época.

O Concerto de Mendelssohn, seguramente o mais gravado de todos os tempos, recebe outra execução linda que não chafurda nunca — refiro-me ao movimento lento onde certos executantes fazem algo bem brega. Aqui não, Capuçon vai direto ao ponto. Ela é uma música para sentar e fruir, o som é nítido e a orquestra toca demais.

Então você tem dois Concertos: um é um hit de todos os tempos, o outro é uma despedida.

Mendessohn / Schumann: Concertos para Violino (Capuçon / Harding)

Violin Concerto in E minor = E-moll = En Mi Mineur Op. 64
l Allegro Molto Appassionato 12:47
ll Andante – Allegretto Non Troppo 8:22
lll Allegro Molto Vivace 6:04

Violin Concerto In D Minor = D-moll = En Ré Mineur
l. In Kräftigem, Nicht Zu Schnellem Tempo 14:52
ll Langsam 6:16
lll Lebhaft, Doch Nicht Schnell 10:01

Conductor – Daniel Harding
Orchestra – Mahler Chamber Orchestra
Violin – Renaud Capuçon

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ele não tem cara de técnico de futebol?

PQP

Danze e musiche del Rinascimento Italiano (Piguet)

Danze e musiche del Rinascimento Italiano (Piguet)

Acho que eu já gostei mais da Música Antiga. Até os meus 40 anos, caçava discos com foco no Renascimento e que tais. Não sei o que houve. Talvez a tomada de poder pela Música Historicamente Informada tenha me acostumado aos sons mais antigos e agora eu queira música de verdade com eles e menos fius-fius e percussões naives. O fato é que este é um disco para o qual eu não estou mais preparado. O grupo de Zurich que interpreta as obras é muitíssimo bom. A Música Renascentista refere-se à música europeia escrita durante o período que abrange, aproximadamente, os anos de 1400 a 1600. A definição do início do período renascentista é complexa devido à falta de mudanças abruptas no pensamento musical do século XV. O processo pelo qual a música adquiriu características renascentistas foi gradual, não havendo um consenso entre os musicólogos, que têm demarcado seu começo tão cedo quanto 1300 até tão tarde quanto 1470. A música renascentista evoluiu a partir das bases da música medieval, e ao longo do período não se observam bruscas quebras de continuidade, mas sim uma prolongada e gradual transição de um predomínio absoluto da linha melódica horizontal em direção a novos parâmetros, marcados pela concepção da música em sucessivos acordes verticais encaixados dentro de compassos de ritmos invariáveis. Apesar de gradual, ao final do processo a mudança resultante é muito profunda. Assim, é impossível definir a música desta fase da história como um estilo unificado.

Danze e musiche del Rinascimento italiano

Giorgio Mainerio: Suite dal “Primo libro de balli”:
1. Pass’e mezzo della paganina
2. Putta nera ballo furlano
3. Tedesca 1
4. Tedesca 2
5. La lavandara gagliarda
6. Ungaresca
7. Giovanni Gabrieli: Canzon a 7
8. Giovanni Gabrieli: Canzon a 5
9. Giovanni Gabrieli: Canzon a 6
10. Giovanni Gastoldi: Capriccio a due voci
11. Vincenzo Galilei: Capriccio a due voci
12. Giovanni Gastoldi: Capriccio a due voci
13. Alessandro Orologio: Intrada a 5
14. Alessandro Orologio: Intrada a 5
15. Francesco Bendusi: Cortesa padana e frusta
16. Anonimo: Le forze d’Ercole e tripla
17. Vincenzo Ruffo: Capriccio ”Dormendo un giorno” (Verdelot)
18. Vincenzo Ruffo: Capriccio ”La gamba in basso e soprano”
19. Vincenzo Galilei: Contrappunto per due liuti
20. Francesco Canova da Milano – Johannes Matelart: Fantasia per due liuti
21. Luca Marenzio – Bassano: Tirsi morir volea
22. Sperindio Bartoldo: Petit fleur
23. Sperindio Bartoldo: Canzone francese

Performers:
Ensemble Ricercare di Zurigo – dir.Michel Piguet
Michel Piguet, Richard Erig, Renate Hildebrand,
Käte Wagner, Nils Ferber
(recorder, oboe, bassoon, crumhorn)
Anne van Royen, Anthony Bailes (lutes)
Jordi Savall, Adelheid Glatt (viole de gambe)
Martha Gmunder (spinet)
Dieter Dyk (percussions)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Nego-me a dizer que pintura é esta. Mas digo que é do Renascimento Italiano.

PQP

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino / Variações sobre um Tema Rococó (Oistrakh, Kondrashin / Rostropovich, Rozhdestvensky)

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino / Variações sobre um Tema Rococó (Oistrakh, Kondrashin / Rostropovich, Rozhdestvensky)

Minha mulher é uma violinista russa e diz que o correto é falar Óistrach, com “ch” aspirado e “ó” discretinho. Tudo bem. Já a Mutter fala em crise dos violinistas. Ela afirma que hoje há melhores pianistas, violoncelistas, regentes, clarinetistas, flautistas, tudo!, mas não violinistas. Ela diz que todo mundo toca mais ou menos igual, sem ousadia. É uma multidão de gente correta, nada mais do que isso. Eu acho que James Ehnes supera a todos, mas isso sou eu, que não sou a maior influência musical nem dentro da minha casa. O fato é que o russo Oistrakh é mesmo um monumento. Mesmo através de uma gravação de 1957, nota-se que o cara é um deus. O som do Rococó de Rostrô —  gravado 6 anos depois — já é bem melhor. Só quero ver você encontrar registros mais satisfatórios do que estes da velha Melódia (parece que é assim que se diz). Ah, a música de Tchai… sim, é magnífica.

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino / Variações sobre um Tema Rococó (Oistrakh, Kondrashin / Rostropovich, Rozhdestvensky)

Violin Concerto In D Major Op. 35
1 Allegro Moderato 19:19
2 Canzonetta (Andante) 6:46
3 Finale (Allegro Vivacissimo) 9:49

Variations On A Rococo Theme Op. 33
4 Variations On A Rococo Theme For Cello And Orchestra Op. 33 18:47

Cello – Mstislav Rostropovich (tracks: 4)
Conductor – Gennadi Rozhdestvensky (tracks: 4), Kiril Kondrashin (tracks: 1, 2, 3)
Orchestra – Leningrad Philharmonic Orchestra (tracks: 4), USSR State Symphony Orchestra* (tracks: 1, 2, 3)
Violin – David Oistrach (tracks: 1, 2, 3)
Recorded in 1957, restored in 1971 (1,2,3) and 1963 (4)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Da esquerda para a direita: Rostrô, Oistrakh e mais dois caras aí…

PQP

C.P.E. Bach (1714-1788): Música de Câmara com Flauta Transversa (Helianthus Ensemble)

C.P.E. Bach (1714-1788): Música de Câmara com Flauta Transversa (Helianthus Ensemble)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este é um grande CD! O repertório é excelente e a interpretação não lhe fica abaixo. Eu sou uma natureza fiel, então fico com pena de dizer que esta interpretação é melhor do que aquela que me apresentou a este repertório de Quartetos de CPE. Afinal, quem me apresentou foi um de meus ídolos: Christopher Hogwood, que tocou estas peças fazendo sua parte ao piano forte. Só que… sim, esta interpretação é superior.

Durante os últimos anos da sua vida, CPE, à semelhança do pai, não se interessou por seguir a moda ou o mercado, tendo como principal objetivo deixar à posteridade uma herança musical significativa. Numa carta escrita em 1787, ele declarou que havia concluído seu “trabalho para o público e agora desejava abandonar a pena”, até porque o desejo de ver publicadas certas obras que “lhe trariam honra após sua morte” havia sido satisfeito pela a publicação em 1786 do Zwey Litaneien Wq204 e em 1787 da cantata Die Auferstehung und Himmelfahrt Jesu Wq240. Os três quartetos deste disco, escritos depois, em 1788, último ano da sua vida e aparentemente sem encomenda, podem assim ser considerados as pérolas da produção de câmara do compositor, e um dos melhores frutos de um período de criatividade em que foi capaz expressar precisamente o que ele queria sem restrições. A escolha dos instrumentos é particularmente interessante – aliás, praticamente única como gênero e altamente original em termos de timbre. Estes belos quartetos são a manifestação mais pura e individual do seu gênio criativo.

C.P.E. Bach (1714-1788): Música de Câmara com Flauta Transversa (Helianthus Ensemble)

Quartet In A Minor Wq93 (H537) (1788) For Obbligato Harpsichord, Transverse Flute & Viola
1 I. Andantino 5:35
2 II. Largo E Sostenuto 3:31
3 III. Allegro Assai 4:38

Quartet In D Wq94 (H538) (1788) For Obbligato Harpsichord, Transverse Flute & Viola
4 I. Allegretto 4:44
5 II. Adagio (Sehr Langsam Und Ausgehalten) 3:18
6 III. Allegro Di Molto 5:08

Duet In E Minor Wq140 (H598) For Transverse Flute & Violin (Edited By The Author In Musikalisches Vielerley, Hamburg 1770)
7 I. Andante 1:50
8 II. Allegro 3:46
9 III. Allegretto 2:41

Quartet In G Wq95 (H539) (1788) For Obbligato Harpsichord, Transverse Flute & Viola
10 I. Allegretto 4:37
11 II. Adagio 2:47
12 III. Presto 5:28

Trio Sonata In A Wq146 (H570/H542) (1731-47) For Transverse Flute, Violin, Cello & Harpsichord
13 I. Allegretto 7:33
14 II. Andante 2:48
15 III. Vivace 4:40

Composed By – Carl Philipp Emanuel Bach
Ensemble – Helianthus Ensemble
Flute – Laura Pontecorvo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Laurinha Pontecorvo sorri para você dentro da Sala Côncava “Quasi una chiesa” da PQP Bach Corp. de Brescia.

PQP

Michael Praetorius (1571-1621): Dances from Terpsichore (1612) (Parley / Holman)

Michael Praetorius (1571-1621): Dances from Terpsichore (1612) (Parley / Holman)

Michael Praetorius (provavelmente 15 de fevereiro de 1571 – 15 de fevereiro de 1621) foi um compositor alemão, organista e ensaísta musical. Foi um dos mais versáteis compositores de sua época, sendo particularmente importante no desenvolvimento de formas musicais baseadas nos hinos protestantes.

Ao nascer, foi registrado como Michael Schultze, o caçula de um pastor luterano, em Creuzburg, na Alemanha. Após freqüentar a escola em Torgau e Zerbst, estudou divindade na Universidade de Frankfurt. Praetorius serviu como organista na Marienkirche em Frankfurt antes de trabalhar na corte em Wolfenbütte como organista e (desde 1604) como mestre-de-capela. De 1613 a 1616, trabalhou na corte da Saxônia, em Dresden, onde teve contato com a música italiana mais atual, inclusive as obras policorais da Escola Veneziana. Seu desenvolvimento subseqüente da forma do “concerto coral”, especialmente a variedade policoral, resultou diretamente de sua familiaridade com a música de venezianos como Giovanni Gabrieli. Michael Praetorius foi sepultado numa cripta sob o órgão da Igreja de Santa Maria em Wolfenbütten, Alemanha.

Seu nome de família aparece de formas variadas, tais como Schultze, Schulte, Schultheiss, Schulz and Schulteis. Praetorius é a forma latinizada do nome de família.

Praetorius foi um compositor tremendamente prolífero, tendo suas obras mostrado influência dos contemporâneos Samuel Scheidt and Heinrich Schütz, bem como dos italianos. Suas obras incluem a Musae sioniae (1605-10), de 9 volumes, uma coleção de cerca de 1000 corais e arranjos de canções; muitas outras obras para a igreja luterana; e Terpsichore (1612), um compêndio de cerca de 300 danças instrumentais, que é sua obra mais conhecida, bem como a única obra secular sobrevivente. Seu tratado de 3 volumes Syntagma Musicum I e o Syntagma Musicum de Organographia II (1614-20) são textos detalhados de práticas musicais contemporâneas e instrumentos musicais, e são documentos importantes para a musicologia, organologia e o estudo de performances de época.

(Fonte: Wikipedia, com alterações)

Este é um excelente CD, mas, tal como os comentaristas da Amazon, senti enorme falta das trompas, etc. Sobram violinos em obras que não são apenas para eles. Mesmo assim, trata-se de um CD de indiscutível qualidade. Sim, eu sei que o grupo de Peter Holman é de cordas, mas isso não muda muita coisa, certo?

Michael Praetorius (1571-1621): Dances from Terpsichore (1612)

1. Passameze, for 5 part instrumental ensemble (283)
2. Gaillarde, for 5 part instrumental ensemble (284)
3. Gaillarde, for 5 part instrumental ensemble (285)
4. Bransles, for 5 part instrumental ensemble (1)
5. Est ce Mars, for 4 lutes
6. Courante de Mars, for 4 lutes
7. Ballet, for four lutes
8. Ballet, for four lutes
9. Un jour de la semaine, for 4 lutes
10. Allons aux noces, for 4 lutes
11. Gaillarde, for 4 lutes
12. Pavane de Spaigne, for 4 part instrumental ensemble (Terpsichore, 30)
13. Spagnoletta (Terpischore, 27)
14. La Sarabande, for ensemble (Terpischore, 34)
15. La Canarie (Terpischore, 31)
16. Branse Simple, for 5 part instrumental ensemble (4)
17. Ballet, for 4 part instrumental ensemble (268)
18. Ballet du Roy pour sonner apres (Terpischore, 269)
19. Ballo del Gran Duca (from Novus Partus)
20. Une jeune fillette (from Novus partus)
21. Bransles de Villages
22. Bransles de Villages, for 5 part instrumental ensemble (Terpsichore, 14)
23. Courante (Wilson’s Wild), for violin, 2 violas, bass violin & 4 lutes (Terpsichore, 151)
24. Courante (Light of Love), for violin, 2 violas, bass violin & lutes (Terpsichore, 152)
25. Courante (Grimstock), for violin, 2 violas, bass violin & 4 lutes (Terpsichore, 154)
26. Mrs Winters Jump, fo lute, P 55
27. Packington’s Pound, courante
28. I Care Not for These Ladies for voice, lute & bass viol
29. Ballet des Baccanales (278)
30. Terpsichore Dances: Ballet des Feus (279) / Ballet des Matelotz (280) / Ballet des Coqs (254)
31. Courante (Battaglia), for 4 and 5-part violin band, 4 lutes, 4 guitars & drum (283)

The Parley of Instruments
Renaissance Violin Band
Peter Holman

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

This is the man
This is the man

PQP

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonias Nº 1 e 5 / Tenente Kijé / Marcha de “O Amor por Três Laranjas” (Gunzenhauser / Mogrelia)

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonias Nº 1 e 5 / Tenente Kijé / Marcha de “O Amor por Três Laranjas” (Gunzenhauser / Mogrelia)

Ora, ora, ora, uma repostagem? Não, meus caros amigos nada disso. A versão do Celibidache era a versão do Celibidache: lenta, tão lenta que não coube mais nada no CD. Aqui temos uma concepção diferente das Sinfonias Nº 1 e 5, bem dentro do habitual. Se ganhamos uma gravação boa, super-melodiosa e dentro dos padrões, perdemos algo da monumentalidade do Celi. E ganhamos uma versão completa do divertido “Tenente Kijé” e ainda a Marcha do “Amor por Três Laranjas”. Apesar da seriedade da Sinfonia Nº 5 parecer estranha ao resto do repertório, trata-se de um belo CD. A orquestra eslovaca que interpreta as obras mantém intacta a reputação do país de contar com conjuntos extraordinários.

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonias Nº 1 e 5 / Tenente Kijé / Marcha de “O Amor por Três Laranjas” (Gunzenhauser / Mogrelia)

1. Symphony No. 1 in D major, Op. 25, “Classical”: I. Allegro 4:16
2. Symphony No. 1 in D major, Op. 25, “Classical”: II. Larghetto 4:03
3. Symphony No. 1 in D major, Op. 25, “Classical”: III. Non troppo allegro 1:27
4. Symphony No. 1 in D major, Op. 25, “Classical”: IV. Molto vivace 4:21
Slovak Philharmonic Orchestra
Gunzenhauser, Stephen, Conductor

5. Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100: I. Andante 14:08
6. Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100: II. Allegro marcato 9:00
7. Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100: III. Adagio 13:33
8. Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100: IV. Allegro giocoso 10:41
Slovak Philharmonic Orchestra
Gunzenhauser, Stephen, Conductor

9. Lieutenant Kije, Op. 60: I. The Birth of Kije 4:10
10. Lieutenant Kije, Op. 60: II. Romance 4:48
11. Lieutenant Kije, Op. 60: III. Kije’s Wedding 2:57
12. Lieutenant Kije, Op. 60: IV. Troika 3:04
Slovak State Philharmonic Orchestra, Kosice
Mogrelia, Andrew, Conductor

13. The Love for Three Oranges Suite, Op. 33bis: No. 3: March
Slovak State Philharmonic Orchestra, Kosice
Mogrelia, Andrew, Conductor

Total Playing Time: 01:18:03

BAIXE AQUI -DOWNLOAD HERE

Nada mais russo

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Oratório de Natal, BWV 248 (Failoni / Oberfrank)

J. S. Bach (1685-1750): Oratório de Natal, BWV 248 (Failoni / Oberfrank)

Sou um traidor. Avisei para o grupo do PQP Bach que não publicaria nada relativo ao Natal, só que a caixinha deste álbum triplo cruzou na minha frente e eu me perguntei: por que não, né? É uma boa gravação, mas que não se compara com esta aqui nem com outras postadas no passado e que estão com os links quebrados (como a de Herreweghe). Ou como a desta sensacional versão de Harnoncourt que está com os links válidos.

Então é Natal. O Natal do pior ano de minha vida, mas a gente sempre pensa que vai melhorar. E vai.

Tchau, 2023. Nunca mais retorne!

Solitários,
decidimos que o formigueiro,
pisoteado e destruído,

seja reconstruído.
Por cada um de nós,
solitariamente.

J. S. Bach (1685-1750): Oratório de Natal, BWV 248 (Failoni / Oberfrank)

Christmas Oratorio, BWV 248,

Disc 1
Part I: Jauchzet, frohlocket, auf, preiset die Tage
1 Jauchzet, frohlocket, auf, preiset die Tage! (Chorus) 07:13
2 Recitative: Es begab sich aber, zu der Zeit (Evangelist) 01:18
3 Recitative: Nun wird der Held aus Davids Stamm (Alto) 00:46
4 Aria: Bereite dich, Zion (Alto) 05:15
5 Chorale: Wie soll ich dich empfangen (Chorus) 01:16
6 Recitative: Und sie gebar ihren ersten Sohn (Evangelist) 00:22
7 Chorale and Recitative: Er ist auf Erden kommen arm (Soprano, Bass) 02:45
8 Aria: Grosser Herr und starker Konig (Bass) 04:51
9 Chorale: Ach, mein herzliebes Jesulein! (Chorus) 01:04

Christmas Oratorio, BWV 248, Part II: Und es waren Hirten in derselben Gegend
10 Sinfonia 05:54
11 Recitative: Und es waren Hirten in derselben Gegend (Evangelist) 00:41
12 Chorale: Brich an, du schönes Morgenlicht (Chorus) 01:16
13 Recitative: Und der Engel sprach zu ihnen (Evangelist, Angel) 00:43
14 Recitative: Was Gott dem Abraham verheissen (Bass) 00:40
15 Aria: Frohe Hirten, eilt, ach eilet (Tenor) 04:09
16 Recitative: Und das habt zum Zeichen (Evangelist) 00:22
17 Chorale: Schaut hin! dort liegt im finstern Stall (Chorus) 00:46
18 Recitative: So geht denn hin! ihr Hirten geht (Bass) 00:49
19 Aria: Schlafe, mein Liebster, geniesse der Ruh (Alto) 09:22
20 Recitative: Und alsobald war da bei dem Engel… (Evangelist) 00:15
21 Ehre sei Gott in der Hohe (Chorus) 02:31
22 Recitative: So recht; ihr Engel, jauchzt und singet (Bass) 00:24
23 Chorale: Wir singen dir in deinem Heer (Chorus) 01:19

Disc 2
Christmas Oratorio, BWV 248, Part III: Herrscher der Himmels, erhore das Lallen
1 Herrscher des Himmels, erhore das Lallen (Chorus) 02:00
2 Recitative: Und da die Engel von ihnen gen Himmel führen (Evangelist) 00:11
3 Lasset uns nun gehen gen Bethlehem… (Chorus) 00:45
4 Recitative: Er hat sein Volk getrost’ (Bass) 00:41
5 Chorale: Dies hat er alles uns getan (Chorus) 01:00
6 Aria (Duet): Herr, dein Mitleid, dein Erbarmen (Soprano, Bass) 08:26
7 Recitative: Und sie kamen eilend (Evangelist) 01:12
8 Aria: Schliesse, mein Herze, dies selige Wunder (Alto) 04:51
9 Recitative: Ja, ja! mein Herz soll es bewahren (Alto) 00:21
10 Chorale: Ich will dich mit Fleiss bewahren (Chorus) 01:05
11 Recitative: Und die Hirten kehrten wieder um (Evangelist) 00:24
12 Chorale: Seid froh dieweil (Chorus) 00:57
13 Herrscher des Himmels, erhore das Lallen (Chorus) 02:12

Christmas Oratorio, BWV 248, Part IV: Fallt mit Danken, fallt mit Loben
14 Fallt mit Danken, fallt mit Loben (Chorus) 05:05
15 Recitative: Und da acht Tage um waren (Evangelist) 00:37
16 Recitative and Chorale: Immanuel, o susses Wort! (Bass, Soprano) 02:22
17 Aria: Flosst mein Heiland, flosst dein Namen… (Soprano) 06:15
18 Recitative: Wohlan! dein Name soll allein… (Bass and Soprano) 01:26
19 Aria: Ich will nur dir zu Ehren leben (Tenor) 05:12
20 Chorale: Jesus richte mein Beginnen (Chorus) 01:35

Disc 3
Christmas Oratorio, BWV 248, Part V: Ehre sei dir, Gott, gesungen
1 Part 5. Am Sonntag nach Neujahr: Coro 06:35
2 Recitative: Da Jesus geboren war zu Bethlehem… (Evangelist) 00:26
3 Chor und Recitative: Wo ist der neugeborne Konig der Juden? (Alto) 01:46
4 Chorale: Dein Glanz all Finsternis verzehrt (Chorus) 01:08
5 Aria: Erleucht auch meine finstre Sinnen (Bass) 04:08
6 Recitative: Da das der Konig Herodes horte (Evangelist) 00:15
7 Recitative: Warum wollt ihr erschrecken? (Alto) 00:32
8 Recitative: Und liess versammeln alle Hohenpriester (Evangelist) 01:13
9 Aria (Terzetto): Ach, wenn wird die Zeit erscheinen? (Soprano, Alto, Tenor) 05:57
10 Recitative: Mein Liebster herrschet schon (Alto) 00:23
11 Chorale: Zwar ist solche Herzensstube (Chorus) 01:27

Christmas Oratorio, BWV 248, Part VI: Herr, wenn die stolzen Feinde schnauben
12 Herr, wenn die stolzen Feinde schnauben (Chorus) 04:51
13 Recitative: Da berief Herodes die Weisen heimlich (Evangelist, Herodes) 00:43
14 Recitative: Du Falscher, suche nur den Herrn zu fallen (Soprano) 00:47
15 Aria: Nur ein Wink von seinen Handen (Soprano) 04:32
16 Recitative: Als sie nun den Konig gehoret hatten (Evangelist) 01:05
17 Chorale: Ich steh an deiner Krippen hier (Chorus) 01:16
18 Recitative: Und Gott befahl ihnen im Traum (Evangelist) 00:21
19 Recitative: So geht! Genug, mein Schatz geht nicht von hier (Tenor) 01:49
20 Aria: Nun mogt ihr stolzen Feinde schrecken (Tenor) 04:25
21 Recitative: Was will der Hollen Schrecken nun (Soprano, Alto, Tenor, Bass) 00:31
22 Chorale: Nun seid ihr wohl gerochen (Chorus) 03:21

Total Playing Time: 02:28:09

Lyricist(s): Franck, Johann; Gerhardt, Paul; Henrici, Christian Friedrich; Luther, Martin; Rist, Johann; Runge, Christoph; Weissel, Georg; Werner, Georg
Conductor(s): Oberfrank, Géza
Orchestra(s): Budapest Failoni Chamber Orchestra
Choir(s): Hungarian Radio Choir
Artist(s): Kertesi, Ingrid; Mukk, Jozsef; Nemeth, Judit; Tóth, Janos

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Adoração dos Magos por Albrecht Dürer (1504)

PQP

Berg / Chausson / Hindemith / Schoenberg: Infinite Voyage (Emerson String Quartet, Hannigan, Chamayou)

Berg / Chausson / Hindemith / Schoenberg: Infinite Voyage (Emerson String Quartet, Hannigan, Chamayou)

Após 47 anos como um dos principais quartetos de cordas do mundo, o Emerson deu seus últimos concertos neste mês de outubro de 2023. Uma pena. Este é seu último disco antes de se separarem e foi corajosamente construído em torno de um dos pilares do repertório do quarteto do século XX, uma obra que nunca tinham gravado antes. O Segundo Quarteto de Schoenberg é notável não apenas por incluir partes para soprano sobre poemas de Stefan George em seus dois movimentos finais, mas também como a peça em que ele deu seus primeiros e hesitantes passos no mundo desconhecido da atonalidade, embora em seus compassos finais a música retorne à segurança…

O Quarteto Op 3 de Alban Berg, concluído em 1910, dois anos depois do Segundo de seu professor Schoenberg, mas não publicado até 10 anos depois, é uma peça que funciona como complemento lógico, e os Emersons oferecem a ambas as obras performances calorosas e brilhantes, mais generosas do que muitas de suas anteriores. Barbara Hannigan é a soprano no Schoenberg, sua elegância precisa em cada frase é perfeitamente adaptada às linhas vocais intensamente expressivas, embora a gravação pareça colocar sua voz um pouco à frente.

Também há espaço no disco para mais algumas lindas raridades, ambas descobertas por Hannigan. Melancholie, de Hindemith, apresenta quatro poemas de Christian Morgenstern para soprano e quarteto. A obra foi composta durante os últimos anos da Primeira Guerra Mundial, quando a música de Hindemith estava muito mais próxima do mundo expressionista da Segunda Escola Vienense do que de seu próprio neoclassicismo posterior. Mas a verdadeira descoberta é Chanson Perpétuelle de Chausson, uma maravilha para soprano, quarteto e piano (Bertrand Chamayou aqui) sobre um poema de amor de Charles Cros, que, embora tenha menos de oito minutos de duração, parece encapsular todo um mundo de tragédia com intensidade operística.

Berg / Chausson / Hindemith / Schoenberg: Infinite Voyage (Emerson String Quartet, Hannigan, Chamayou)

Melancholie, Op. 13
Composed By – Paul Hindemith
1 Die Primeln Blühn Und Grüßen …
2 Nebelweben
3 Dunkler Tropfe
4 Traumwald

String Quartet, Op. 3
Composed By – Alban Berg
5 Langsam
6 Mäßige Viertel

7 Chanson Perpétuelle, Op. 37
Composed By – Ernest Chausson

String Quartet No. 2 In F Sharp Minor, Op. 10
Composed By – Arnold Schoenberg
8 Mäßig
9 Sehr Rasch
10 Litanei (Langsam)
11 Entrückung (Sehr Langsam)

Ensemble – Emerson String Quartet
Piano – Bertrand Chamayou (tracks: 7)
Soprano Vocals – Barbara Hannigan (tracks: 1 to 4, 7, 10, 11)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O Quarteto de Cordas Emerson com Barbara Hannigan e Bertrand Chamayou (segundo a partir da direita).

PQP

Zbigniew Preisner (1955): Trois Couleurs: Bleu (A Liberdade é Azul)

Zbigniew Preisner (1955): Trois Couleurs: Bleu (A Liberdade é Azul)

O que dizer? Um dos maiores filmes que vi e uma das melhores trilhas sonoras já compostas? Sim, é bom começo, é sincero. É um filme onde Juliette Binoche depara-se com toda a liberdade possível. Ela faz o papel de Julie, mulher de um importante compositor e regente francês que morre num acidente de carro. Com ele, morre também a única filha do casal. É uma liberdade de luto — incômoda, deprimente, indesejável, horrível. Junto a um amigo do casal, ela tenta finalizar uma composição para coro e orquestra que havia sido encomendada ao marido, a Canção pela Unificação da Europa, descobrirá detalhes da vida do marido e seguirá sua vida. Trois Couleurs: Bleu (A Liberdade é Azul), de 1993, é um filme belíssimo e importante do cineasta polonês Krzysztof Kieslowski, o primeiro da Trilogia das Cores.

Zbigniew Preisner foi digno do filme. Deve ter trabalhado muito com Kieslowski, pois a música adapta-se ao filme — ou o filme a ela — de modo realmente arrepiante. Eu não consigo desgrudar o filme do CD da trilha sonora. A trilha faz parte do filme e gosto demais de ouvi-la para lembrar dele.

Zbigniew Preisner (1955): Trois Couleurs: Bleu (A Liberdade é Azul)

1. Song for the Unification of Europe (Patrice’s version) 5:17
2. Van Den Budenmayer – Funeral music (winds) 2:05
3. Julie – Glimpses of Burial 0:32
4. Reprise – First appearance 0:34
5. The Battle of Carnival and Lent 0:59
6. Reprise – Julie with Olivier 0:51
7. Ellipsis 1 0:23
8. First flute 0:52
9. Julie – in her new apartment
10. Reprise – Julie on the stairs
11. Second flute 1:18
12. Ellipsis 2 0:23
13. Van Den Budenmayer – Funeral music (organ) 1:59
14. Van Den Budenmayer – Funeral music (full orchestra) 1:49
15. The Battle of Carnival and Lent II 0:44
16. Reprise – flute (closing credits version) 2:21
17. Ellipsis 3 0:25
19. Olivier and Julie – Trial composition 2:01
20. Olivier’s theme – finale 1:40
21. Bolero – Trailer for “Red” film 1:11
22. Song for the Unification of Europe (Julie’s version) 6:50
23. Closing credits 2:06
24. Reprise – organ 1:15
25. Bolero – “Red” film

Flute – Jacek Ostaszewski
Music By – Zbigniew Preisner
Piano – Konrad Mastylo*
Recorded By – Sinfonia Varsovia
Soprano Vocals – Elzbieta Towarnicka*
Vocals [Soloist] – Beata Rybotycka

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Uma tremendo filme com Juliette Binoche
Uma tremendo filme com Juliette Binoche

PQP

L’agonie Du Languedoc — Coleção Reflexe (Música medieval de primeira) (Claude Marti)

L’agonie Du Languedoc — Coleção Reflexe (Música medieval de primeira) (Claude Marti)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Já disse em minha última postagem: ando impossível. Tudo o tenho postado é absurdamente bom. Sim, é casual, pois estou apenas obedecendo a ordem dos CDs em minha pilha (crescente, crescente, sempre crescente). Este CD é tão bom que por anos foi objeto do desejo de mim e de meus amigos, isto desde os anos 70, quando apareceu a sensacional coleção REFLEXE, lançada pela EMI. Quando consegui o disco, fiquei louco de alegria. Baita LP (vinil) que, creio, nunca foi relançado em CD. Confiram a qualidade da coisa.

Languedoc foi uma antiga província da França que hoje integra parte da região Languedoc-Roussillon. No século XII, os habitantes do Languedoc, os Cátaros, foram considerados hereges pela Igreja Católica em razão de sua cultura singular, bem diferente da que a circundava: era uma área independente do Rei da França; nela falava-se o dialeto provençal, não o francês.

L’Agonie du Languedoc

Pèire Cardenal:
1. Tartarassa ni voutor
2. Ben volgra
3. Razos es qu’ieu m’esbaudei

Guilhelm Figueira
4. D’un sirventes far

Tomier et Palazi
5. Si col flacs moins torneja

Pèire Cardenal:
6. L’afar del comte Guió

Pèire Bremon Ricas Novas:
7. Ab marrimen

Bernart Sicart Marjevols:
8. Ab greu cossire

Studio der frühen Musik:
Andrea von Ramm (voice, organetto)
Richard Levitt (voice, percussions)
Sterling Jones (bowed instruments)
Thomas Binkley (plucked instruments)
Claude Marti (chanteur, reader)
Benjamin Bagby (voice)
Harlan Hokin (voice)
Alice Robbins (bowed instruments)
Paul O’Dette (plucked instruments)
Thomas Binkley, dir.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Imagem do Forte de Carcassonne, na França.
Imagem do Forte de Carcassonne, no Languedoc francês.

PQP

Tielman Susato (c. 1510/15 – depois de 1570): Danserye 1551 (New London Consort, Pickett)

Tielman Susato (c. 1510/15 – depois de 1570): Danserye 1551 (New London Consort, Pickett)

Susato foi certamente um nome mágico em minha adolescência. Ouvir música do Renascimento era moda e, em meio daqueles autores anônimos ou de nomes estranhos, o do flamengo Susato era o que mais se repetia. Comecei a notar aquele autor, mas acho que nunca tinha visto ou procurado um CD com obras exclusivamente dele. A música do Renascimento saiu de moda e ele estava esquecido num canto da memória quando vi este CD dando sopa. O grupo de Philip Pickett torna Susato um tanto “sinfônico”, longe daqueles grupinhos dos anos 70, mas é um excelente disco da música do século XVI. Ele foi compositor e editor em Antuérpia. Ele escreveu (e publicou) vários livros de missas e motetos que seguem o estilo polifônico típico da época. Também escreveu dois livros de canções que foram projetadas especificamente para serem cantadas por cantores jovens e inexperientes. Susato também foi um prolífico compositor de música instrumental, e grande parte dela ainda é gravada e tocada hoje. Ele produziu um livro de música para dança em 1551, Het derde musyck boexken… alderhande danserye , composto de peças em arranjos simples, mas artísticos. A maioria dessas peças são formas de dança (alemandes , galliards e assim por diante). Adivinhe o que você ouvirá!

Tielman Susato (c. 1510/15 – depois de 1570): Danserye 1551 (New London Consort, Pickett)

1. Fanfare “La morisque” (4 trumpets, timpani)
2. Pass e Medio / Reprise “Le pingne” (2 violins, 3 viols, harpsichord, 4 lutes)
3. Bergerette “Sans Roch&quo;t / Reprise (2 cornetts, 4 sackbuts, rauschpfeife, 3 shawms, curtal, organ, regal, tabors, side drum, tambourine)
4. Den I. Ronde “Pour quoy” (2 violins, 3 viols, harpsichord, organ, tabors)
5. Den VII. Ronde “Il estoit une fillette” (7 recorders, curtal, organ, 5 guitars, side drum)
6. Den III. Ronde (4 viols, organ, tabors)
7. Den IV. Ronde (cornett, crumhorn, sackbut, curtal, organ, side drum)
8. Den V. Ronde “Wo bistu” (4 racketts, regal)
9. Den VI. Ronde / Saltarelle (violin, 4 viols, 7 recorders, curtal, harpsichord, organ, tabors)
10. Den XI. Ronde / Aliud (2 cornetts, 4 sackbuts, 2 violins, 4 viols, 7 recorders, curtal, regal, organ, harpsichord, 5 guitars, tabors, tambourine)
11. Bergerette “Dont vient cela” / Reprise (4 lutes)
12. Danse de Hercules oft maticine / De Matrigale (4 sorduns, regal, tabor)
13. De post (cornett, alto cornett, tenor cornett, serpent, organ, jingle bells)
14. Les quatre Branles (7 recorders, curtal, organ, 5 guitars, tambourine)
15. Fagot (4 curtals, regal)
16. Den Hoboeckendans (hurdy-gurdy, drone fiddle, cittern, curtal, contrabass viol, rommelpot)
17. Basse danse “Mon Desir” / Reprise “Le cueur est bon” (violin, bass viol, 3 lutes, organ)
18. Den I. Allemainge / Recoupe (cornett, 3 sackbuts, 2 violins, 4 viols, 7 recorders, curtal, organ, harpsichord, 4 lutes, bas drum, tabors)
19. Den II. Allemainge (4 lutes)
20. Den III. Allemainge (2 violins, 2 viols, harpsichord)
21. Den V. Allemainge (4 flutes, 5 guitars)
22. Den VI. Allemainge (4 crumhorns, regal, nakers)
23. Den VII. Allemainge (regal, nakers)
24. Den VIII. Allemainge / Recoupe / Recoupe Aliud (cornett, 3 sackbuts, 2 violins, 4 viols, 7 recorders, curtal, organ, harpsichord, 5 guitars, side drums, tabors)
25. Bergerette “La Brosse” (4 lutes)
26. Pavane “La Bataille” (2 cornetts, 4 sackbuts, serpent, rauschpfeife, 3 shawms, curtal, organ, regal, timpani, side drums)
27. Pavane “Mille regretz” (violin, 4 viols, 3 records, curtal, organ, 4 lutes, tabor)
28. Den II. Gaillarde (rauschpfeife, 3 shawms, curtal, regal, organ, tabor)
29. Den XI. Gaillarde (4 sackbuts, organ, tabor, bass drum)
30. Den IX. Gaillarde (4 flutes, 5 guitars, tabor)
31. Den IV. Gaillarde (violin, 4 viols, harpsichord, tabor)
32. Den VII. Gaillarde (7 recorders, curtal, organ, 5 guitars, tabor)
33. Den X. Gaillarde “Mille ducas” (4 crumhorns, contrabass rackett, regal, organ, tabors)
34. Den III. Gaillarde (2 cornetts, 4 sackbuts, organ, bass drum, tambourine)
35. Den XV. Gaillarde “Le tout” (2 cornetts, 3 sackbuts, 2 violins, 3 viols, 7 recorders, curtal, organ, regal, harpsichord, 5 guitars, tabor, side drum, bass drum, tambourine)
36. Danse du roy / Reprise (2 violins, 3 viols, harpsichord, organ, tabor, tambourine)
37. Entre du fol (gemshorn, rebec, cittern, contrabass viol, rommelpot, shaker)
38. La Morisque (2 cornetts, 4 sackbuts, 2 violins, 4 viols, rauschpfeife, 3 shawms, curtal, 3 recorders, organ, regal, harpsichord, 5 guitars, tabor, jingle bells, tambourine, cymbals)

New London Consort:

Alto Flute – Nancy Hadden
Alto Recorder – Catherine Latham, Pamela Thorby
Bass Flute – Keith McGowan
Bells [Jingle] – Alasdair Malloy
Cittern – Jacob Heringman
Composed By – Tielman Susato
Conductor – Philip Pickett
Cornett – Jeremy West, Michael Harrison (4), Michael Laird (2)
Cornett [Alto] – Michael Laird (2)
Cornett [Tenor] – Paul Nieman
Crumhorn [Alto] – Philip Pickett
Crumhorn [Bass] – Andrew Watts (2)
Crumhorn [Tenor] – Keith McGowan, William Lyons
Cymbal – Tim Barry (2)
Fiddle [Drone] – Pavlo Beznosiuk
Flute [Tenor] – Elizabeth Stanbridge, William Lyons
Gemshorn – Pamela Thorby
Guitar – David Miller (7), Jacob Heringman, Michael Fentross*, Paula Chateauneuf, Tom Finucane
Harpsichord – David Roblou, Paul Nicholson
Hurdy Gurdy – Nigel Eaton
Lute – David Miller (7), Jacob Heringman, Paula Chateauneuf, Tom Finucane
Organ – David Roblou, Richard Egarr
Performer [Alto Sordun] – Philip Pickett
Performer [Bass Curtal] – Andrew Watts (2), Keith McGowan, Penny Pay
Performer [Bass Rackett] – Penny Pay
Performer [Bass Sordun] – Penny Pay
Performer [Basset Rackett] – Andrew Watts (2)
Performer [Contrabass Rackett] – Keith McGowan
Performer [Contrabass Sordun] – Andrew Watts (2)
Performer [Nakers] – Stephen Henderson*
Performer [Rommelpot] – Stephen Henderson*
Performer [Tenor Curtal] – Philip Pickett
Performer [Tenor Rackett] – Philip Pickett
Performer [Tenor Sordun] – Keith McGowan
Rauschpfeife [Sopranino] – Keith McGowan
Rebec – Pavlo Beznosiuk
Recorder [Bass] – Elizabeth Stanbridge, Keith McGowan
Recorder [Contrabass] – Giles Lewin
Recorder [Garklein] – Pamela Thorby
Recorder [Sopranino] – Pamela Thorby
Recorder [Soprano] – Catherine Latham, Elizabeth Stanbridge, Pamela Thorby
Recorder [Tenor] – Penny Pay, William Lyons
Regal – David Roblou
Sackbut [Alto] – David Purser
Sackbut [Bass] – Ronald Bryans*
Sackbut [Tenor/Bass] – Kenneth Hamilton
Sackbut [Tenor] – Paul Nieman
Serpent – Stephen Wick
Shaker – William Lockhart
Shawm [Soprano] – Giles Lewin, William Lyons
Shawm [Tenor] – Penny Pay
Snare [Side Drum] – Alasdair Malloy, John Harrod (2), Norman Taylor (2), Stephen Henderson*, Tim Barry (2)
Tambourine [Tabor] – John Harrod (2), Stephen Henderson*, William Lockhart
Timpani – Stephen Henderson*, William Lockhart
Trumpet – Michael Harrison (4), Michael Laird (2), Phillip Bainbridge, Stephen Keavy
Viol [Bass] – Joanna Levine, Mark Levy
Viol [Tenor] – Susanna Pell
Violin [Renaissance] – Pavlo Beznosiuk, Rachel Podger
Violone [Contrabass Viol] – Peter McCarthy

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

De pintor flamengo Pieter Bruegel, o Velho (c. 1525-1530 – 1569) , A Dança de Casamento (1566)

PQP

.: interlúdio :. John Surman Quartet: Stranger Than Fiction

.: interlúdio :. John Surman Quartet: Stranger Than Fiction

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Alguém aí já deve ter notado que eu adoro John Surman. E é grande o número de downloads a cada postagem. O homem é mesmo espantoso. Este trabalho é muito mais jazzístico do que os últimos que postei. Não obstante, Surman segue interessado na música folclórica e religiosa da Inglaterra, mas desta vez dá-lhe outra feição. A banda é toda inglesa. O disco começa calma e livremente, com Canticle with response, de clara influência religiosa, e A distant spring. Fecha da mesma forma, com a totalmente improvisada Triptych, quase 15 minutos de interação altamente inteligente e empática entre os quatro músicos. No meio do disco há música vigorosa, incluindo Tess — Surman é um grande leitor, fã de Thomas Hardy — e Across the Bridge. Surman é sempre lírico e apaixonado. Muito estimulante. Dá-lhe.

John Surman Quartet: Stranger Than Fiction

1. Canticle With Response 6:09
2. A Distant Spring 7:42
3. Tess 6:39
4. Promising Horizons * 5:30
5. Across The Bridge 7:52
6. Moonshine Dancer 6:42
7. Running Sands 9:07
8. Triptych * 14:43

composed by Surman except * by Surman/Taylor/Laurence/Marshall

recorded December 1993, Rainbow Studio, Oslo

John Surman, baritone and soprano saxophones, alto and bass clarinets;
John Taylor, piano;
Chris Laurence, bass;
John Marshall, drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Surman esteve recentemente em Porto Alegre. E poderia ter dito sobre o início do show: “Entro sozinho e hipnotizo todo mundo” | Foto: Eduardo Quadro
Surman esteve recentemente em Porto Alegre. E ele poderia ter dito: “Entro sozinho e hipnotizo todo mundo” | Foto: Eduardo Quadros

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Uma piada musical, K.522 / Divertimento K. 136

W. A. Mozart (1756-1791): Uma piada musical, K.522 / Divertimento K. 136

Front_800Esta gravação foi encontrada por aí; não lembro onde. Trata-se de uma conversão de LP para MP3 tal quais muitas do Avicenna. E trata-se também de um tesouro. O divertido K. 522 é tão famoso quanto raro e a interpretação do grande Rudolf Barshai com a Orquestra de Câmara de Moscou vale o resgate. OK, o som não é tudo aquilo, mas e daí? O Divertimento K. 136 é bem mais gravado e é a melhor companhia para a genial brincadeira de Mozart. Uma joia para os pequepianos. Barshai foi um enorme regente. Confiram!

W.A.Mozart – Musical Joke K522, Divertimento No.1 in D K136

LP Conversion | MP3-320kbps

Contents:
W.A.Mozart (1756-1791)

Side 1
Musical Joke ‘The village musicians sextet’ (Village Symphony) in F major K.522
– 1. Allegro
– 2. Menuetto (Maestoso) – Trio
– 3. Adagio cantabile
– 4. Presto

Side 2
Divertimento No.1 for the string orchestra in D major K.136
– 1. Allegro
– 2. Andante
– 3. Presto
Melodija 1980

Moscow Chamber Orchestra
Rudolf Barshai

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Rudolf Barshai
Rudolf Barshai

PQP

Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um dos melhores e mais belos discos que já ouvi! Algo verdadeiramente incrível! O barroco francês é período curioso, onde se encontram uma maioria de obras bastante entediantes misturadas a outras pepitas sensacionais. A obra de abertura La Sonnerie é um ostinato levado à frente por um Corelli enlouquecido. Talvez a melhor peça do CD seja Tombeau De Monsieur De Lully, obra absolutamente sentida e bela, mas que também parece fazer referências ao terrível caráter de Lully. O MAK, com seu líder Reinhard Goebel, são um dos pioneiros da Música Historicamente Informada e dá um show à parte neste CD de 1979.

Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

1 La Sonnerie De Sainte-Geneviève Du Mont De Paris
Composed By – Marin Marais
7:50

Tombeau De Monsieur De Lully
Composed By – Jean-Féry Rebel
(15:51)
2 1. Lentement – Gravement 3:07
3 2. Vif – Marqué – Gai 1:59
4 3. Lentement – Doux – Récit – Grave 3:09
5 4. Doux – Récit – Vivement 4:33
6 5. Lentement – Gravement 3:03

Sonate << La Sultane >>
Composed By – François Couperin
(11:43)
7 1. Gravement 4:53
8 2. Gaiement 1:55
9 3. Air (Tendrement) – Gravement 3:05
10 4. Légèrement – Vivement 1:50

Sonate À La Marésienne
Composed By – Marin Marais
(13:53)
11 1. Un Peu Grave 1:47
12 2. Légèrement 1:39
13 3. Un Peu Gai 1:37
14 4. Sarabande 2:27
15 5. Très Vivement – 2:05
16 Gravement 2:06
17 6. Gigue 2:12

Ouverture, Op. 13, No. 2
Composed By – Jean-Marie LeClair
(13:28)
18 1. Grave – Allegro 6:03
19 2. Andante 4:53
20 3. Allegro 2:32

Ouverture (From: Trio In A Major, Op. 14)
Composed By – Jean-Marie LeClair
(8:50)
21 Gravement – Vivement 8:50

Cello [Violoncello] – Jaap ter Linden
Ensemble – Musica Antiqua Köln
Flute [Transverse Flute] – Wilbert Hazelzet
Harpsichord – Henk Bouman
Leader, Directed By – Reinhard Goebel
Viol [Viola Da Gamba] – Jonathan Cable
Viol [Viola Da Gamba], Violone – Charles Medlam
Viola – Karlheinz Steeb
Violin – Hajo Bäß, Reinhard Goebel

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Le Parnasse français: maquete de um projeto abandonado de monumento de Évrard Titon du Tillet para os jardins de Versalhes. Bronze e madeira, ambiente altivo 3 m. Realizado por Louis Garnier, Simon Curé e Augustin Pajou. Museu do Castelo de Versalhes, Inv: 6023. Terminado em 1762.

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este álbum triplo de 2023 já ganhou vários e merecidos prêmios. Kirill Petrenko, o novo regente da Filarmônica de Berlim, dá uma aula de como interpretar seu grande conterrâneo Shostakovich. O milagre que ele faz está nos detalhes que vão, pouco a pouco, iluminando as partituras. Kirill Petrenko é realmente genial, uma grande escolha dos músicos da Filarmônica.

Kirill Petrenko descreve a Oitava Sinfonia de Dmitri Shostakovich como um “grande drama psicológico”. O compositor escreveu-a enquanto a sua vida estava em perigo durante a Segunda Guerra Mundial: entre uma existência entre bombas nazistas e a censura stalinista. A Nona e a Décima também dão testemunho vívido do confronto de Shostakovich com o regime – e da sua auto-afirmação. Musicalmente, cada uma das três sinfonias é um mundo à parte – o que as une é o desejo de liberdade: num caso sussurrado a portas fechadas, noutro ironicamente distorcido, noutro gritado. A Oitava de Shostakovich entregou uma tragédia de sorriso forçado à autoridade ávida por hinos patrióticos. E apesar de toda a camuflagem, a obra foi proibida depois de alguns anos.

Com a sua Nona Sinfonia, o compositor deu então uma reviravolta surpreendente, de modo que teve de permanecer silencioso como sinfonista até depois da morte de Stalin – para sobreviver. Não só o significado tradicional do número 9, a NONA, mas também pelo fato de a guerra ter sido vencida, tendo levado o povo e os funcionários da União Soviética a esperar por uma grande celebração heróica. Em vez da redenção no final da guerra, Shostakovich viu as inúmeras vítimas – e a aproximação da próxima catástrofe. No tom distanciado da Primeira Escola Vienense e com uma alegria grotesca, a sua Nona Escola retrata um mundo circense que erguia um espelho distorcido do regime.

A Décima foi publicada após um hiato de oito anos, imediatamente após a morte de Stalin. Kirill Petrenko chama à obra em que o compositor se torna protagonista de a “libertação no seu trabalho artístico depois da Quinta”: o seu monograma em notas – DSCH – triunfa numa batalha feroz sobre a poderosa maquinaria da ditadura. A esperança de liberdade que está no final desta sinfonia tem grande atualidade como mensagem musical.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

Symphony No. 8 In C Minor, Op.65 (1:00:58)
CD1 1 1. Adagio – Allegro Non Troppo 25:12
CD1 2 2. Allegretto 6:10
CD1 3 3. Allegro Non Troppo – 6:01
CD1 4 4. Largo – 9:55
CD1 5 5. Allegretto 13:40

Symphony No. 9 In E Flat Major, Op.70 (26:02)
CD2 1 1. Allegro 5:10
CD2 2 2. Moderato 7:20
CD2 3 3. Presto – 2:44
CD2 4 4. Largo – 4:18
CD2 5 5. Allegretto 6:30

Symphony No. 10 In E Minor, Op.93 (51:00)
CD2 6 1. Moderato 23:07
CD2 7 2. Allegro 4:08
CD2 8 3. Allegretto 11:50
CD2 9 4. Andante – Allegro 11:55

Orquestra Filarmônica de Berlim
Kirill Petrenko

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Kirill Petrenko: esse veio para ficar. Que tremendo artista!

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

Este CD de 1985 é um discreto clássico da discografia bachiana. As Invenções e Sinfonias de Bach fazem parte da formação de todo tecladista. Valiosa instrução técnica e soberba originalidade são alguns de seus atributos. Escrita para seu filho mais velho, Wilhelm Friedmann (nascido em 1710), a diversidade temática e a ampla gama de ideias musicais são infinitas, um verdadeiro oceano. Esta versão de Kenneth Gilbert é linda. Bach intitulou a coleção:

Instrução direta para os amantes do cravo, especialmente àqueles desejosos de aprender. São mostrados de maneira clara não apenas (1) como aprender a tocar duas vozes claramente, mas também, após progresso adicional (2) a lidar corretamente e bem com três partes obrigatórias, além disso, ao mesmo tempo, a obter não apenas boas ideias, mas também executá-las bem. Acima de tudo, o aluno alcançará um estilo de tocar cantabile e, assim, adquirirá um forte gosto de composição.

Os dois grupos de 15 peças são organizados em ordem crescente de tonalidade , cada grupo abrangendo oito tonalidades maiores e sete tonalidades menores .

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

Fifteen Two-Part Inventions, BWV 772–786
1 Two-Part Invention In C Major BWV 772 1:31
2 Two-Part Invention In C Minor BWV 773 1:50
3 Two-Part Invention In D Major BWV 774 1:22
4 Two-Part Invention In D Minor BWV 775 0:58
5 Two-Part Invention In E Flat Major BWV 776 1:36
6 Two-Part Invention In E Major BWV 777 3:44
7 Two-Part Invention In E Minor BWV 778 1:31
8 Two-Part Invention In F Major BWV 779 0:58
9 Two-Part Invention In F Minor BWV 780 1:41
10 Two-Part Invention In G Major BWV 781 1:03
11 Two-Part Invention In G Minor BWV 782 1:11
12 Two-Part Invention In A Major BWV 783 1:44
13 Two-Part Invention In A Minor BWV 784 1:12
14 Two-Part Invention In B Flat Major BWV 785 1:35
15 Two-Part Invention In B Minor BWV 786 1:11

Fifteen Sinfonias (Three-Part Inventions), BWV 787–801
16 Three-Part Invention In C Major BWV 787 1:14
17 Three-Part Invention In C Minor BWV 788 2:14
18 Three-Part Invention In D Major BWV 789 1:34
19 Three-Part Invention In D Minor BWV 790 1:50
20 Three-Part Invention In E Flat Major BWV 791 2:06
21 Three-Part Invention In E Major BWV 792 1:15
22 Three-Part Invention In E Minor BWV 793 2:20
23 Three-Part Invention In F Major BWV 794 1:11
24 Three-Part Invention In F Minor BWV 795 3:09
25 Three-Part Invention In G Major BWV 796 1:09
26 Three-Part Invention In G Minor BWV 797 2:15
27 Three-Part Invention In A Major BWV 798 1:34
28 Three-Part Invention In A Minor BWV 799 1:53
29 Three-Part Invention In B Flat Major BWV 800 1:49
30 Three-Part Invention In B Minor BWV 801 1:37

Kenneth Gilbert, cravo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Gilbert feliz por finalmente ver este disco no PQP Bach

PQP

J.S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Capella Istropolitana, Benda)

J.S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Capella Istropolitana, Benda)

Tem uma história curiosa esta obra que está entre as mais importantes de meu pai, Johann Sebastian Bach. Porém, antes dela, um detalhe pessoal: tenho sete gravações da Oferenda Musical. Fico um pouco desconcertado pelo fato de que as três melhores estejam em discos de vinil. Não ouvi ninguém executar melhor esta obra do que Hermann Scherchen em 1964 ou Karl Münchinger em 1976 ou o Musica Antiqua de Köln nos anos 70 ou 80. Não obstante, a gravação que apresento aqui para vocês é bastante boa. Vamos às muitas curiosidades da obra. O texto abaixo foi retirado da Wikipedia. Fiz alguns cortes e pequenas correções.

O Tema do Rei

A coleção tem sua origem num encontro entre Bach e Frederico II em 7 de Maio de 1747. O encontro, que se deu na residência do rei em Potsdam, foi conseqüência do filho de Bach, Carl Philipp Emanuel Bach estar ali trabalhando como músico da corte. Frederico queria mostrar a Bach uma novidade. O pianoforte foi inventado uns poucos anos antes e o rei possuia esse instrumento experimetal, alegadamente o primeiro que Bach viu. Bach, que era bem conhecido por seu talento na arte da improvisação, recebeu um tema, o Thema Regium (“tema do rei”), para improvisar uma fuga.

Ao que parece, a proposta de Frederico, na realidade era para humilhar o velho Bach, pois o tema fornecido fora construído de tal forma que imaginava-se impossível aplicar a ele as regras da polifonia. Inicialmente Frederico ordenou que Bach improvisasse sobre o tema uma fuga a três vozes, o que para espanto do Rei e admiração de todos os presentes Bach fez de imediato. Insatisfeito, o Rei mandou que ele, desta feita, improvisasse uma fuga a seis vozes, uma tarefa considerada impossível por todos, inclusive os os músicos do Rei, os melhores e os mais competentes da época. Bach, que então contava com 62 anos, e que mal chegara de viagem e fora convocado ao palácio sem ter tido tempo de descansar, se desculpou alegando exaustão da viagem, e em 15 dias mandou para o Rei -impressa – sua resposta ao desafio na forma da Oferenda Musical.

Que Bach entendeu o objetivo escuso por trás da proposta do Rei é mais ou menos evidente (embora não possa ser provado) pelo nome que ele deu ao conjunto de peças, já que em alemão Opfer não significa apenas Oferenda, mas também pode significar uma oferta de uma vítima em sacrifício.

Estrutura, instrumentação

Na sua forma final, A Oferenda Musical compreende:

– Dois ricercares escritos em tantas pautas quanto o número de vozes:
– um ricercar a 6 (fuga a seis vozes)
– um ricercar a 3 (fuga a três vozes)

Dez cânones:
– Canones diversi super Thema Regium:
– 2 Cânones a 2
– Cânone a 2, per motum contrarium
– Cânone a 2, per augmentationem, contrario motu
– Cânone a 2, per tonos
– Cânone perpetuus
– Fuga canônica
– Cânone a 2 Quaerendo invenietis
– Cânone a 4
– Cânone perpetuus, contrario motu

Sonata sopr’il Soggetto Reale – uma sonata trio em quatro movimentos, para flauta, um instrumento que Frederico tocava:

– Largo
– Allegro
– Andante
– Allegro

Além da sonata trio, escrita para flauta, violino e baixo contínuo, as demais peças não têm indicações sobre a instrumentação a ser utilizada.

Os ricercares e os cânones têm sido executados de diversas maneiras. Os ricercari são, com
freqüência, executados ao teclado. Um conjunto de músicos de câmara, alternando os grupos de instrumentos e utilizando uma instrumentação semelhante à da sonata trio comumente interpreta os cânones. Mas também existem gravações com um ou mais instrumentos de tecla (piano, cravo) e instrumentações maiores, como uma orquestra.

Como a versão impressa dá a impressão de ser organizada para diminuir o número de “viradas” de página, a ordem das peças pretendida por Bach (se alguma ordem era pretendida) é incerta embora seja costume iniciar a obra com o Ricercare a 3 e tocar a sonata trio no final. Comumente se interpretam juntos os Canones super Thema Regium.

Enigmas

Alguns dos cânones da Oferenda Musical são representados na partitura original por não mais do que pequena melodia monódica com alguns compassos, junto com uma uma inscrição enigmática, em Latim, colocada acima da melodia. Estes trechos são normalmente chamados de ‘fugas-enigma’ (algumas vezes, de maneira mais apropriada, chamadas de cânones-enigma). Esperava-se que, resolvendo os enigmas, os executantes interpretassem a música como uma obra com várias partes (uma obra com várias melodias entrelaçadas). Tem sido argumentado que alguns destes enigmas têm mais de uma solução possível, embora atualmente, a maioria das edições impressas da partitura apresentem apenas uma solução mais ou menos “padronizada”, de modo que os intérpretes podem executar a obra sem se preocupar com o latim ou com o enigma.

Um dos cânones-enigma, in augmentationem, isto é, com o tamanho (a duração) das notas aumentada, tem a inscrição: Notulis crescentibus crescat Fortuna Regis (possa a fortuna do rei aumentar como o tamanho das notas), enquanto que um cânone modulante que termina num tom maior do que o tom em que começou, tem a inscrição: Ascendenteque Modulationis ascendat Gloria Regis (que a glória do rei aumente como uma modulação ascendente).

Como foi recebida

Sabe-se pouco a respeito da reação de Frederico com relação à partitura a ele dedicada, se ele tentou resolver os enigmas ou se ele tocou a parte da flauta da sonata trio. Frederico era conhecido por não gostar de música complicada e logo depois da visita de Bach ele entrou numa campanha militar, portanto é possível que o presente não tenha sido bem recebido.

Adaptações e citações do século XX

Arranjos: O “Ricercar a 6” sofreu diversos arranjos, tendo sido Anton Webern o seu arranjador mais importante, o qual, em 1935, escreveu uma versão para pequena orquestra notável por seu estilo Klangfarbenmelodie, isto é, linhas melódicas que passam de um instrumento para outro depois de um pequeno número de notas, cada nota recebendo a “coloração tonal” do instrumento em que é executada:

Sofia Gubaidulina mais tarde utilizou o Tema Real da Oferenda Musical em seu concerto para violino Ofertorium. Orquestrado conforme um arranjo semelhante ao de Webern, o tema é desconstruído nota a nota através de uma série de variações, e é reconstruído na forma de um hino da Igreja Ortodoxa Russa.

Bart Berman compôs três novos cânones baseados no Tema Real, que foram publicados em 1978 como um suplemento especial de feriado do jornal musical holandês Mens en Melodie (publicado por Elsevier).

J.S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Capella Istropolitana, Benda)

1 Ricercar a 3 05:33
2 Canon perpetuus super Thema Regium 01:19
3 Canon 2. a 2 Violini in unisono 00:47
4 Canon 3. a 2 per Motum contrarium 01:08
5 Canon 4. a 2 per Augmentationem, contrario Motu 03:04
6 Canon 5. a 2: Canon circularis per Tonos 02:54
7 Sonata sopra il Soggetto Reale: Largo 07:23
8 Sonata sopra il Soggetto Reale: Allegro 06:08
9 Sonata sopra il Soggetto Reale: Andante 03:25
10 Sonata sopra ill Soggetto Reale: Allegro 03:03
11 Canon a 4 06:20
12 Fuga canonica in Epidiapente 01:58
13 Canon a 2 Quaerendo invenietis: I 01:43
14 Canon a 2 Quaerendo invenietis: II 01:11
15 Canon a 2 Quaerendo invenietis: III 01:10
16 Canon a 2 Quaerendo invenietis: IV 01:37
17 Canon 1. a 2: Canon cancrizans 00:50
18 Canon perpetuus a Flauto traverso, Violino e Basso continuo 02:28
19 Ricercar a 6 07:11

Christian Benda, cello
Sebastian Benda, harpsichord
Nils Thilo Kramer, flute
Ariane Pfister, violin
Capella Istropolitana, conducted by Christian Benda

Total Playing Time: 59:14

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Os eslovacos da Capella Istropolitana mandando bala

PQP

Alfred Schnittke (1934-1998): (K)ein Sommernachtstraum / Cello Concerto No. 2 (Ivashkin, Russian State Symphony Orch, Polyansky)

Alfred Schnittke (1934-1998): (K)ein Sommernachtstraum / Cello Concerto No. 2 (Ivashkin, Russian State Symphony Orch, Polyansky)

O concerto de Schnittke (1990) é triste e desolado. com bastante dissonância. A forma de tocar de Alexander Ivashkin é impressionante. Ele comanda um pesadelo inquietante com sons de arrepiar os cabelos. O violoncelo é imponente, até pela forma com que foi gravado. Eu preferiria ouvir mais a orquestra, especialmente porque ela está repleta de detalhes. A sepultura cavada é avassaladora e o amado cravo do compositor aparece aqui. A passacaglia final é o mais longo dos cinco movimentos e baseia-se num tema da sua música para o filme Agonia. É lindo e desesperado. Em suma, neste concerto, Schnittke vence fácil os escandinavos no jogo sombrio. Não adianta, este é o Schnittke pós-AVC de 1985, ele perdeu toda a muita alegria que tinha. Ele nos joga num redemoinho depressivo.

Na breve e divertida Sommernachtstraum (1985, antes do AVC), ele faz chover notas dissonantes. É um Mozart deslizando para frente e para trás no tempo, derretendo através de espelhos e perdido em algum circo enlouquecido do mundo interior de Schnittke. Impossível não rir disso. É hilário e deveria ser uma famosa peça de concerto se o conservadorismo e a falta de humor não grassassem tanto.

O elemento de dissonância é forte nestas obras, mas o sentido de melodia nunca está longe. Este CD é para ouvidos exigentes, prontos para desafios.

Alfred Schnittke (1934-1998): (K)ein Sommernachtstraum / Cello Concerto No. 2 (Ivashkin, Russian State Symphony Orch, Polyansky)

Cello Concerto No. 2 (42:00)
1 I Moderato – 3:20
2 II Allegro 9:34
3 III Lento – 8:26
4 IV Allegretto Mino – 4:34
5 V Grave 16:05

6 (K)ein Sommernachtstraum – (Not) A Midsummer Night’s Dream 10:37

Cello – Alexander Ivashkin
Composed By – Alfred Schnittke
Conductor – Valeri Polyansky
Orchestra – Russian State Symphony Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O homem que ficou triste.

PQP

Jean Sibelius (1865-1957): As Sinfonias Completas e 3 fragmentos tardios (Storgårds, BBC)

Jean Sibelius (1865-1957): As Sinfonias Completas e 3 fragmentos tardios (Storgårds, BBC)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quem leu a obra-prima O Resto é Ruído, de Alex Ross, sabe que, por algum motivo, o público inglês e o norte-americano amam Sibelius apaixonadamente. Então, não chega ser surpreendente que a excelente orquestra da BBC se dedicasse ao compositor finlandês com tanto esmero, ainda mais se regida por um finlandês como Storgårds. Como deveria soar a música orquestral de Sibelius? Essas sinfonias são despedidas românticas tardias ou declarações visionárias e progressistas? Não temos respostas. Este ciclo antes suntuosamente gravado por nomes como Bernstein e Rattle merece ser ouvidos, e os aventureiros deveriam procurar também as gravações dos 1970 de Gennadi Rozhdestvensky com metais russos sensacionais. Cada uma das sete sinfonias ocupa um mundo sonoro muito distinto e, como acontece com Mahler, é difícil encontrar um maestro que acerte em todas. A propensão de Storgårds por tempos rápidos e texturas limpas rende enormes dividendos para seu registro e acho que você deve ouvir tudo com atenção — vale muito a pena. A caixa da Chandos inclui as transcrições de Timo Virtanen para três fragmentos recentemente desenterrados que podem ter feito parte daquilo que seria a muito aguardada — a vã espera durou décadas! — 8ª Sinfonia de Sibelius. São pouco mais do que fragmentos, mas o primeiro é particularmente magnífico, um dos melhores trechos de Sibelius que você ouvirá. Dizem que a oitava nunca saiu porque Sibelius bebia muito. Mas ele viveu 91 anos…

“Esta bebedeira – em si uma ocupação excepcionalmente agradável – foi longe demais”, Sibelius escreveu essas palavras em 1907, quando duas décadas de farras finalmente começavam a cobrar seu preço. Além de beber regularmente grandes quantidades de álcool — uma pintura famosa que coloco abaixo, O Simpósio, de Akseli Gallen-Kallela, mostra o compositor, sentado com seus companheiros, decididamente bebum durante uma sessão de álcool e rock n’ roll –, Sibelius também era um conhecedor de charutos finos, um hábito que pode ter aprendido com seu pai.

Sibelius fundou um clube de bebidas (ou para beber) em Helsinque. Ele bebia álcool para se fortalecer antes de realizar uma apresentação e era conhecido por desaparecer por dias seguidos. A última página de seu diário traz uma lista de compras de conhaque, champanhe e gim. Certa vez, Sibelius mudou-se para o campo para tentar abandonar seus hábitos de beber e fumar. Ele escreveu: “o isolamento e a solidão estão me levando ao desespero!”. Repito: viveu 91 anos, quase 92.

Jean Sibelius (1865-1957): As Sinfonias Completas e 3 fragmentos tardios (Storgårds, BBC)

Symphony No. 1 In E Minor Op. 39
1-01 I Andante Ma Non Troppo-Allegro Energico 11:16
1-02 II Andante (Ma Non Troppo Lento) 9:21
1-03 III Scherzo, Allegro 5:07
1-04 IV Finale (Quasi Una Fantasia) 12:41

Symphony No. 4 In A Minor Op. 63
1-05 I Tempo Molto Moderato, Quasi Adagio 9:19
1-06 II Allegro Molto Vivace 5:01
1-07 III Il Tempo Largo 10:54
1-08 IV Allegro 9:26

Three Late Fragments
1-09 HUL 1325 1:09
1-10 HUL 1326/9 0:15
1-11 HUL 1327/2. Allegro moderato 1:13

Symphony No. 2 In D Major Op. 43
2-01 I Allegretto 10:12
2-02 II Tempo Andante, Ma Rubato 15:05
2-03 III Vivacissimo 6:06
2-04 IV Finale, Allegro Moderato 14:14

Symphony No. 5 In E Flat Major Op. 82
2-05 I Tempo Molto Moderato-Allegro Moderato 14:03
2-06 II Andante Mosso, Quasi Allegretto 8:44
2-07 III Allegro Molto 9:37

Symphony No. 3 In C Major Op. 52
3-01 I Allegro Moderato 10:17
3-02 II Andantino Con Moto, Quasi Allegretto 9:48
3-03 III Moderato-Allegro 8:43

Symphony No. 6 In D Minor Op. 104
3-04 I Allegro Molto Moderato 8:48
3-05 II Allegretto Moderato 5:27
3-06 III Poco Vivace 3:45
3-07 IV Allegro Molto 10:04

Symphony No. 7 In C Major Op. 105
3-08 Adagio 9:40
3-09 Vivacissimo – Adagio 2:52
3-10 Allegro Molto Moderato – Allegro Moderato 4:03
3-11 Vivace – Presto 5:35

John Storgårds
BBC Philharmonic

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O Simpósio, de Akseli Gallen-Kallela (Sibelius está à direita, abaixo)

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 47, 149 e 169 (Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 47, 149 e 169 (Rilling)

Certa vez, há algumas décadas, uma namorada, vendo que eu também era tarado por Bach, resolveu me dar todas as Cantatas pelo Helmuth Rilling. Gostei, ainda mais que não existiam as integrais de hoje (a do pugilista Gardiner, a de Suzuki, a de Koopman, a coleção da Netherlands Bach Society, a da Bachstiftung… Ah, a de Harnoncourt-Leonhardt me parecia meio anêmica — aliás, até hoje parece anêmica a este amante do historicamente informado) e que Rilling dava de dez na coleção parcial de Richter. E, ainda hoje, muitas vezes pego na estante um CD aleatório da coleção para ouvir. Bem, nesta manhã peguei um e me apaixonei por este que é o volume 53 da série. Já tinha me apaixonado por outros, mas este é bom também. Destaque para a presença do tenor catarinense Aldo Baldin na gravação.  Prova de que havia vida inteligente em SC antes de todos se tornarem bolsonaristas.

Importamte: saibam que Rilling permanece vivo aos 90 anos e, parece-me, ainda ativo.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 47, 149 e 169 (Rilling)

1 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 1. Chor – Arleen Auger/Phileppe Huttenlocher
2 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 2. Aria – Arleen Auger
3 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 3. Recitative – Philippe Huttenlocher
4 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 4. Aria – Philippe Huttenlocher
5 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 5. Chor – Arleen Auger/Phileppe Huttenlocher

6 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 1. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher
7 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 2. Aria – Philippe Huttenlocher
8 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 3. Recitative – Mechthild Georg
9 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 4. Aria – Arleen Auger
10 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 5. Recitative – Aldo Baldin
11 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 6. Aria – Mechthild Georg/Aldo Baldin
12 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 7. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher

13 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 1. Sinf – Helmuth Rilling
14 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 2. Arioso And Recitative – Carolyn Watkinson
15 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 3. Aria – Carolyn Watkinson
16 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 4. Recitative – Helmuth Rilling
17 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 5. Aria – Carolyn Watkinson
18 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 6. Recitative – Carolyn Watkinson
19 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 7. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher

Soprano: Arleen Augér
Alto: Mechthild Georg
Tenor: Aldo Baldin
Baixo: Philippe Huttenlocher
Gächinger Kantorei Stuttgart
Bach-Collegium Stuttgart
Helmuth Rilling

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O grande Aldo Baldin

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Dias atrás, ocorreu uma pequena discussão neste blog. Não quis participar, porque já tinha discutido o assunto em outras oportunidades e as pessoas se tornam muito agressivas, sabe-se lá por quê. O tema era violinistas. Então vieram os passadistas que não leram Virginia Woolf (ou, OK, que não concordam com ela) e desfilaram uma série de nomes de pessoas mortas. Eu sempre defendi a tese de que os instrumentistas modernos são, em sua maioria, superiores aos do passado. Basta ouvir com atenção. O resto, meus amigos, vai por conta do afeto. Uma vez, em minha casa, criei grande confusão ao mostrar gravações de pianistas e violinistas de ontem e hoje. Entre outros grandes artistas, a confusão foi gerada por Viktoria Mullova, uma violinista que “só não é absolutamente fabulosa pelo fato de estar viva” (V.W.). Quase imbatíveis, ela, Gil Shaham, Shlomo Mintz, o russo aquele (Vengerov, acho) e outros violinistas cujos corações ainda batem, ganhavam a preferência de quase todos. E estávamos quase só entre músicos… Dávamos risadas e as pessoas diziam que “não, não pode ser”. Os únicos que efetivamente acompanhavam os modernos eram Heifetz, Oistrakh e Szeryng. Imaginem que Milstein foi chamado de amador por três vezes. Não sou apocalíptico e acho que os modernos fazem melhor por estarem sobre os ombros dos gigantes do passado. Quando o gigante Gould concebeu suas interpretações, não foi auxiliado por Gould. Já Hewitt foi. Deste modo, não é inteiramente estranho que faça tão bem quanto ou até melhor. Bem, esqueçam, este foi só um exemplo e talvez não o mais feliz deles.

Beijos.

P.S.– Ah, há Mullova neste CD. Muita Mullova!

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

Igor Stravinsky (1882-1971) – Violin Concerto in D major

01. No. 1, Toccata
02. No. 2, Aria I
03. No. 3, Aria II

Bela Bartók (1881-1945) – Violin Concerto No. 2 in B minor, Sz. 112, BB 117

04. I. Allegro con troppo
05. II. Andante tranquillo
06. III. Allegro molto

Viktoria Mullova, violino
Los Angeles Philharmonic New Music Group
Esa-Pekka Salonen, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Mullova: com um beijo aos passadistas

PQP

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia Nº 8 (Inacabada) e Nº 9 (A Grande) (Blomstedt)

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia Nº 8 (Inacabada) e Nº 9 (A Grande) (Blomstedt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Herbert Blomstedt realizou esta gravação aos 94 anos a fim de comemorar seus 95 anos. E é a melhor gravação para este repertório de todos os tempos da última semana. Estou brincando mas nem tanto. O que ouvi foi um registro extremamente cuidadoso, moderno, respeitoso e original. Blomstedt valorizou ao extremo as melodias de Schubert e, vocês sabem, Schubert era um gênio para inventar melodias. A delicadeza da abordagem favorece intensamente o compositor. Li que Blomstedt observa meticulosamente as marcações nas últimas edições, corrigindo erros em partituras do século XIX que se tornaram tradição. Curiosamente, na Inacabada, Blomstedt parece vê-la como um todo de dois movimentos, o Andante levando a obra a uma conclusão serena. Na Grande, não lembro de ter ouvido gravação melhor.  A Oitava e a Nona de Blomstedt,  tem a sabedoria, a experiência e o afeto acumulados durante uma vida inteira. CD obrigatório!

Franz Schubert (1797-1828) Sinfonia Nº 8 (Inacabada) e Nº 9 (A Grande) (Blomstedt)

Sinfonia nº 8 em si menor, D. 759 “Inacabada”
1.1 I. Allegro moderado 14:48
1.2 II. Andante com moto 11:06

Sinfonia nº 9 em dó maior, D. 944 “A Grande”
2.1 I. Andante. Allegro Ma Non Troppo 15:20
2.2 II. Andante com moto 14:37
2.3 III. Scherzo. Allegro Vivace 15:10
2.4 4. Allegro Vivace 16:22

Gewandhausorchester
Herbert Blomstedt

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Nada mais jovem do que o velho Blomstedt

PQP