Olivier Messiaen (1908-1992): Et exspecto resurrectionem mortuorum (Lyon National Orchestra, Märkl)

Olivier Messiaen (1908-1992): Et exspecto resurrectionem mortuorum (Lyon National Orchestra, Märkl)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Que música extraordinária!!! Uma obra-prima desconhecida da maioria de nós. Et exspecto resurrectionem mortuorum (E espero a ressurreição dos mortos) é uma peça para orquestra de sopros e percussão de Olivier Messiaen, escrita em 1964 e estreada no ano seguinte. É composta por cinco movimentos. Encomendada pelo Ministro da Cultura (há isso na França), o escritor André Malraux, para lembrar os mortos das duas guerras mundiais, a peça foi escrita para ser executada em grandes espaços como igrejas, catedrais e ao ar livre. Messiaen inspirou-se na paisagem dos Alpes com suas grandes montanhas, mas também nas imagens imponentes das igrejas góticas e românicas, assim como nos monumentos religiosos antigos do México e do Egito Antigo. Também também estudou A Ressurreição, parte da Summa Teológica de Tomás de Aquino. A peça utiliza seções de madeiras, metais e percussão. A seção de cordas é totalmente omitida. A voz musical poderosamente expressiva de Olivier Messiaen usa a força da fé religiosa e da natureza. Ah, Le tombeau resplendissant e Hymne são obras da juventude de Messiaen, também cheias de mistério e simbolismo.

Olivier Messiaen (1908-1992): Et exspecto resurrectionem mortuorum (Lyon National Orchestra, Märkl)

1. I. Des profondeurs de l’abime, je crie vers toi, Seigneur: Seigneur, ecoute ma voix! 04:26
2. II. Le Christ, ressuscite des morts, ne meurt plus; la mort n’a plus sur lui d’empire 06:13
3. III. L’heure vient ou les morts entendront la voix du Fils de Dieu … 04:57
4. IV. Ils ressusciteront, glorieux, avec un nom nouveau, dans le concert joyeux des etoiles et les acclamations des fils du Ciel 09:21
5. V. Et j’entendis la voix d’une foule immense … 07:34

Le tombeau resplendissant
6. Le tombeau resplendissant 18:13

Hymne
7. Hymne 15:11

Orchestre National de Lyon
Jun Märkl

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Olivier Messiaen reclama da arbitragem
Olivier Messiaen reclama da arbitragem

PQP

Eugène Ysaÿe (1858-1931): 6 Sonatas for Solo Violin, Op. 27 (Kaler)

Eugène Ysaÿe (1858-1931): 6 Sonatas for Solo Violin, Op. 27 (Kaler)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Esta música foi publicada por Ysaye em 1924. Conforme discutido nas notas, cada sonata foi dedicada a um violinista contemporâneo. Se você gosta das Sonatas e Partitas para violino solo de Bach, há uma boa chance de que você goste desta música. A música é tecnicamente muito desafiadora para o violinista e Kaler parece não ter dificuldades com ela. São obras diabolicamente difíceis, tanto técnica quanto musicalmente, então acho que nunca a ouvi tocada como deveria ser até ouvir esta gravação. Uma revelação! As Sonatas de Ysaye são algumas das músicas mais belas e comoventes já escritas. Se você não gostar desta gravação de Ilya Kaler, então você simplesmente não gosta destas peças, até porque acho que ninguém poderia tocá-las melhor. As seis sonatas solo de Ysaÿe representam uma espécie de Everest violinístico, abrangendo literalmente todos os aspectos de técnica e musicalidade do instrumento. Poucos violinistas as tocam (ou já tocaram). Ilya Kaler é um que o faz. Nenhuma obstáculo é contornado na apresentação de cada sonata, tudo emerge com uma importância impressionante, uma mudança refrescante da maioria das outras execuções em que o violinista atinge todas as notas e não muito mais.

Eugène Ysaÿe (1858-1931): 6 Sonatas for Solo Violin, Op. 27 (Kaler)

Sonata for Solo Violin in G Minor, Op. 27, No. 1
1 I. Grave 04:53
2 II. Fugato 04:20
3 III. Allegretto poco scherzoso 05:04
4 IV. Finale: Con brio 02:23

Sonata for Solo Violin in A Minor, Op. 27, No. 2
5 I. Prelude, “Obsession”: Poco vivace 02:25
6 II. Malinconia: Poco lento 03:14
7 III. Sarabande, “Danse des ombres”: Lento 04:22
8 IV. Les furies: Allegro furioso 02:49

Sonata for Solo Violin in D Minor, Op. 27, No. 3, “Ballade”
9 Sonata for Solo Violin in D Minor, Op. 27, No. 3, “Ballade” 07:34

Sonata for Solo Violin in E Minor, Op. 27, No. 4
10 I. Allemande: Lento maestoso 05:56
11 II. Sarabande: Quasi lento 03:29
12 III. Finale: Presto ma non troppo 03:19

Sonata for Solo Violin in G Major, Op. 27, No. 5
13 I. L’aurore: Lento assai 05:01
14 II. Danse rustique: Allegro giocoso molto moderato 05:06

Sonata for Solo Violin in E Major, Op. 27, No. 6
15 Sonata for Solo Violin in E Major, Op. 27, No. 6 07:56

Ilya Kaler

Total Playing Time: 01:07:51

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ysaÿe, quem seria?

PQP

.: interlúdio :. Edu Lobo (1943): Edu e Bethânia (1966) / Camaleão (1978) / Tempo Presente (1980) / Elis Canta Edu (2009) / Tantas marés (2010)

.: interlúdio :. Edu Lobo (1943): Edu e Bethânia (1966) / Camaleão (1978) / Tempo Presente (1980) / Elis Canta Edu (2009) / Tantas marés (2010)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu sei lá de onde consegui este CD-R pirata com 5 discos de Edu Lobo. Eles dão uma passada muito aleatória e sem critério do que é a carreira deste gênio. Há dois discos feitos em parceria com cantoras. O primeiro com Maria Bethânia e o quarto desta série com Elis Regina, sendo este um CD muito doido que junta tudo o que Elis gravou de Edu. O resultado é excelente. Camaleão é a obra-prima do grupo. Tempo Presente é o pior. Tantas Marés é bom. Uma seleção um tanto tola para o enorme artista que é Edu, mas é o temos no momento.

Edu e Bethânia (1966)

1 . Upa, Neguinho
Edu Lobo , Gianfrancesco Guarnieri
2 . Cirandeiro
Edu Lobo , José Carlos Capinan
3 . Sinherê
Edu Lobo , Gianfrancesco Guarnieri
4 . Lua Nova
Edu Lobo , Torquato Neto (Torquato Pereira de Araújo Neto)
5 . Candeias
Edu Lobo
6 . Borandá
Edu Lobo
7 . Pra Dizer Adeus
Edu Lobo , Torquato Neto (Torquato Pereira de Araújo Neto)
8 . Veleiro
Edu Lobo , Torquato Neto (Torquato Pereira de Araújo Neto)
10 . O Tempo E O Rio
Edu Lobo , José Carlos Capinan

Camaleão (1978)

1 . Lero-Lero
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
2 . O Trenzinho Do Caipira (de “Bachianas Brasileiras Nº 2”)
Ferreira Gullar , Heitor Villa-Lobos , Edu Lobo (adaptação)
3 . Coração Noturno
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
4 . Canudos
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
5 . Camaleão
Fernando Leporace
6 . Sanha Na Mandinga
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
7 . Branca Dias
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
8 . Bate-Boca
Edu Lobo , Paulo César Pinheiro
9 . Descompassado
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
10 . Memórias De Marta Saré
Edu Lobo , Gianfrancesco Guarnieri

Tempo Presente (1980)

1 . Rei Morto, Rei Posto
Edu Lobo , Joyce Moreno
2 . Desenredo
Paulo César Pinheiro , Dori Caymmi
3 . Angu De Caroço
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
4 . Tempo Presente
Edu Lobo , Joyce Moreno
5 . Balada De Outono
Edu Lobo
6 . Rio Das Pedras
Edu Lobo
7 . Dono Do Lugar
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
8 . Laranja Azeda
Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito) , Novelli
9 . Quase Sempre
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
10 . Ilha Rasa
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)

Elis Canta Edu (2009)

1 Casa Forte (Instrumental)
2 Corrida de Jangada
3 Upa, Neguinho
4 Pra Dizer Adeus
5 Memórias de Marta Saré
6 Chegança (Ao Vivo)
7 Jogo de Roda
8 Canto Triste
9 Arrastão
10 Estatuinha
11 Canção Do Amanhecer (Ao Vivo)
12 Aleluia
13 Veleiro
14 Reza
15 Zambi (Ao Vivo)

Tantas marés (2010)

1 . Dança Do Corrupião
Edu Lobo , Paulo César Pinheiro
2 . Coração Cigano
Edu Lobo , Paulo César Pinheiro
3 . Acalanto (Primeira Cantiga)
Edu Lobo , Paulo César Pinheiro
4 . Angu De Caroço
Edu Lobo , Cacaso (Antônio Carlos Ferreira Brito)
5 . Perambulando
Edu Lobo , Paulo César Pinheiro
6 . Qualquer Caminho
Edu Lobo , Paulo César Pinheiro
7 . Ode Aos Ratos
Edu Lobo , Chico Buarque
8 . Tantas Marés
Edu Lobo , Paulo César Pinheiro
9 . Ciranda Da Bailarina
Edu Lobo , Chico Buarque
10 . Senhora Do Rio
Edu Lobo , Domínio Público (letra)
11 . A Bela E A Fera
Edu Lobo , Chico Buarque
12 . A História De Lily Braun
Edu Lobo , Chico Buarque

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Obras Orquestrais Completas (CD 4 de 8) (Cologne Chamber Orchestra, Helmut Müller-Brühl)

J. S. Bach (1685-1750): Obras Orquestrais Completas (CD 4 de 8) (Cologne Chamber Orchestra, Helmut Müller-Brühl)

Um excelente disco com vários dos Concertos para Cravo(s) de Bach, incluídas algumas transcrições que vocês, conhecedores, dirão se são de Bach ou não. Os caras de Colônia são realmente ótimos e nos deixam completamente felizes. O primeiro concerto do CD é muito mais conhecido pela versão original para violino solo e o último é mais conhecido pela versão para 3 cravos — que é terceiro concerto do CD. De resto, eu diria que futebol é bola na rede e mais meio quilo de farofa. Ah, tenho que ir na feira que está fechando. Vou logo senão minha mulher me mata.

J. S. Bach (1685-1750): Obras Orquestrais Completas (CD 4 de 8) (Cologne Chamber Orchestra, Helmut Müller-Brühl)

BACH, J.S.: Harpsichord Concertos, Vol. 4

Harpsichord Concerto in D major, BWV 1042
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Robert Hill, harpsichord
Allegro 07:25
Adagio e piano sempre 05:59
Allegro 02:48

Harpsichord Concerto in G minor, BWV 1058
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Gerald Hambitzer, harpsichord
Allegro 03:39
Andante 04:45
Allegro ma non tanto 03:48

Concerto for 3 Harpsichords in C major, BWV 1064
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Gerald Hambitzer, harpsichord
Robert Hill, harpsichord
Christoph Anselm Noll, harpsichord
Allegro 06:21
Adagio 05:18
Allegro 04:33

Concerto for Three Harpsichords in D minor, BWV 1063
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Michael Behringer, harpsichord
Robert Hill, harpsichord
Christoph Anselm Noll, harpsichord
Allegro 04:32
Alla Siciliana 04:10
Allegro 04:42

Concerto for 3 Harpsichords in D major, BWV 1064 (arr. for violins)
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Elisabeth Kufferath, violin
Christine Pichlmeier, violin
Winfried Rademacher, violin
Allegro 06:00
Adagio 05:59
Allegro 04:28

Total Playing Time: 01:14:27

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera / O Rouxinol (Craft)

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera / O Rouxinol (Craft)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Será um exagero meu? Sinceramente, acho que não. Este registro de Robert Craft (1923-2015) é, na minha opinião, o melhor que ouvi até hoje da Sagração da Primavera. OK, tem a gravação do Esa-Pekka Salonen que é também extraordinária. E não é por Craft ter sido amigo de Igor e de ter escrito livros sobre ele. Achei a gravação insuperável. Por falar nisto: já ouviram falar em Stravinsky: Crônica de uma amizade, de Robert Craft, Difel, 2002, tradução de Eduardo Francisco Alves, 760 páginas, com ilustrações? No livro, Craft traça um retrato completo de Stravinsky, como compositor, pessoa, marido e celebridade amante do jet set. A versão de Craft é selvagem e agressiva como deve ser. A gente pode ter uma ideia do pasmo dos parisienses elegantes quando estreia da peça. Ah, gravação extraordinária da Naxos.

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera / O Rouxinol (Craft)

Le sacre du printemps (1913 version)
1. Part I (Adoration of the Earth): Introduction 00:03:19
2. Part I (Adoration of the Earth): The Augurs of Spring / Dances of the Young Girls 00:03:14
3. Part I (Adoration of the Earth): Ritual of Abduction 00:01:19
4. Part I (Adoration of the Earth): Spring Rounds 00:03:09
5. Part I (Adoration of the Earth): Ritual of the Rival Tribes 00:03:10
6. Part I (Adoration of the Earth): Dance of the Earth 00:01:18
7. Part II (The Sacrifice): Introduction 00:03:31
8. Part II (The Sacrifice): Mystic Circles of the Young Girls 00:03:08
9. Part II (The Sacrifice): Glorification of the Chosen One 00:01:37
10. Part II (The Sacrifice): Evocation of the Ancestors 00:00:41
11. Part II (The Sacrifice): Ritual Action of the Ancestors 00:02:58
12. Part II (The Sacrifice): Sacrificial Dance 00:04:34

London Symphony Orchestra
Robert Craft, conductor

The Nightingale (Le rossignol)
13. Scene 1 (The Forest at Dawn): Introduction 00:03:05
14. Scene 1 (The Forest at Dawn): Fisherman 00:03:32
15. Scene 1 (The Forest at Dawn): Nightingale’s Aria 00:03:01
16. Scene 1 (The Forest at Dawn): Chamberlain, Bonze, Cook, Courtiers 00:02:50
17. Scene 1 (The Forest at Dawn): Second Entrance of the Nightingale 00:00:47
18. Scene 1 (The Forest at Dawn): Chamberlain and Bonze 00:00:24
19. Scene 1 (The Forest at Dawn): Nightingale’s Second Aria 00:00:44
20. Scene 1 (The Forest at Dawn): Chamberlain and Bonze 00:00:52
21. Scene 1 (The Forest at Dawn): Fisherman 00:01:26
22. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): Prelude 00:01:27
23. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): Cook 00:00:20
24. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): Prelude (reprise) 00:00:22
25. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): Chinese March 00:03:10
26. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): Chamberlain 00:00:14
27. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): Song of the Nightingale 00:04:12
28. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): The Japanese Envoys 00:01:18
29. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): The Mechanical Nightingale 00:00:59
30. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): The Emperor, Chamberlain, Courtiers 00:00:59
31. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): Chinese March (reprise) 00:00:50
32. Scene 2 (The Porcelain Palace of the Chinese Emperor): Fisherman 00:00:59
33. Scene 3 (The Emperor’s Bedchamber): Prelude 00:02:43
34. Scene 3 (The Emperor’s Bedchamber): Chorus of Ghosts, Emperor 00:01:08
35. Scene 3 (The Emperor’s Bedchamber): Nightingale 00:02:12
36. Scene 3 (The Emperor’s Bedchamber): Death and the Nightingale 00:01:29
37. Scene 3 (The Emperor’s Bedchamber): Nightingale’s Aria 00:01:25
38. Scene 3 (The Emperor’s Bedchamber): Emperor and Nightingale 00:01:41
39. Scene 3 (The Emperor’s Bedchamber): Funeral Procession 00:01:14
40. Scene 3 (The Emperor’s Bedchamber): Fisherman 00:01:06

Trifonova, Olga, soprano
Tear, Robert, tenor
Longworth, Pippa, soprano
Whelan, Paul, bass-baritone
Richardson, Stephen, bass
Greenan, Andrew, baritone
Burgess, Sally, alto
Hall, Peter, tenor
Preece, Simon, bass
London Voices
Philharmonia Orchestra
Craft, Robert, Conductor

Total Playing Time: 01:16:27

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Meu amigo Craft nunca negou fogo, que baita execução!
Meu amigo Craft nunca negou fogo, que baita execução!

PQP

Olivier Messiaen (1908-1992): Quarteto para o Fim dos Tempos (Desurmont, Yordanoff, Tetard, Barenboim)

Olivier Messiaen (1908-1992): Quarteto para o Fim dos Tempos (Desurmont, Yordanoff, Tetard, Barenboim)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Já que Clara Schumann e Rameau estão vivendo uma febre de música francesa, aproveito para falar sobre o fim do mundo.

Brincadeira, claro. Publico a seguir uma das maiores e mais importantes obras de nosso tempo. E francesa. Deixo o comentário desta gravação – realizada em 1979 na presença de Messiaen e distribuída com sua autorização – a cargo do crítico português Paulo Carvalho. Encontrei-a aqui.

O Quarteto para o Fim dos Tempos, de Olivier Messiaen, é daquelas obras que, uma vez escutadas, se impõem ao ouvinte (auditor, no original): quem a escuta não esquece a experiência e, se é melómano, a ela voltará muitas vezes — algumas certamente para se interrogar sobre o que procura de facto na Música. Porque se está aqui na presença de uma música da estirpe do Requiem de Mozart-Süssmayr, do Quarteto de Cordas n.º 8 de Chostakovitch, do Andante tranquillo da Música para Cordas, Percussão & Celesta de Bartók; uma música que celebra o homem e que o condena, que na sua consumação o enaltece e que na tragicidade pungente que lhe é intrínseca decreta a necessidade da sua ultrapassagem; uma música sumamente humana, mas para lá de todos os equívocos do humanismo. E, se isto parece um exagero aplicado a um mero produto artístico, então que se ouça até ao fim — mas mesmo até ao fim — o último andamento do Quarteto, intitulado Louange à l’Immortalité de Jésus. Mas não será preciso esperar por tanto: ao quinto andamento, uma espécie de versão desta loa, já o fôlego terá falhado.

Composta sob o signo da convulsão e do colapso, entre o Verão de 1940 e o início de 1941, aquando da prisão do autor, então membro das forças armadas francesas, pelas forças alemãs, no campo de detenção de Görlitz, na Silésia — a obra propõe-se ser uma meditação sobre o Apocalipse de João, mais exactamente sobre a passagem: “Eu vi um anjo pleno de força, descendo do céu, revestido de uma nuvem, tendo sobre a cabeça um arco-íris. O seu rosto era como o sol, seus pés como colunas de fogo. Pousou o seu pé direito sobre o mar e o seu pé esquerdo sobre a terra, e, mantendo-se sobre o mar e sobre a terra, elevou a mão para o Céu e jurou por Aquele que vive pelos séculos dos séculos, dizendo: não haverá mais Tempo: mas no dia da trombeta do sétimo anjo, o mistério de Deus se consumará.” (Ap.10, 1-ss.)

São conhecidas as motivações místicas de Messiaen, mas estas, não sendo secundárias para a compreensão de uma música frequentemente difícil para o auditor de obras menos exigentes, não devem impedir — bem pelo contrário — de fazermos desta sua obra leituras mais mundanas; não nos devem distrair, por exemplo, de realçar a diversidade de efeitos “físicos” que uma tal música é susceptível de provocar no auditor: desde o enlevo lírico ao alvoroço convulsivo ou à perturbação angustiante, desde a meditação à dança (de ritmos não habituais, bem entendido), desde a melancolia ao êxtase.

A obra foi concebida em oito partes ou andamentos, símbolo da eternidade ou da cesura do tempo. A inusitada composição instrumental do quarteto (violino, violoncelo, clarinete e piano) ter-se-á devido não tanto a um desejo do autor quanto a uma adequação à circunstância de serem os instrumentos que existiam ao seu dispor no campo de detenção. Não seriam, ao que parece, instrumentos de grande qualidade — o que não impediu que o compositor, mais tarde, se tivesse referido à primeira audição, ocorrida ainda no campo, nestes termos: “nunca eu fui escutado com tanta atenção e compreensão”.

1. Liturgie de cristal (3’01)

O clarinete, logo suportado por salpicos assimétricos de acordes no piano, abre o andamento com uma melodia quase bucólica no que é seguido por outra de natureza idêntica ao violino, enquanto o violoncelo num registo agudo vai distendendo lânguidas notas que dão ao todo uma cor diluída, um ambiente. O diálogo entre clarinete e violino (dir-se-ia entre dois pássaros) vai decorrendo ao sabor de um sem-tempo plácido, crescendo pouco a pouco em intensidade, mas sem nunca chegar a um paroxismo. A peça não termina propriamente: como que se extingue num sopro. O que não é de todo arbitrário, pois esta é baseada numa estrutura lógica e complexa (de “cristal”) que, se consumada, demoraria cerca de duas horas a tornar ao ponto de partida. Uma clara interrogação sobre a experiência moderna do tempo útil.

2. Vocalise, pour l’Ange qui annonce la fin du temps (5’06)

O piano irrompe enérgica e abruptamente com aglomerados de notas (clusters), pontuado ou interrompido ora pelo clarinete, ora pelos dois instrumentos de corda. A tensão aumenta sobretudo entre as cordas e o piano, mas resolve-se dali a pouco numa conclusão do piano, primeiro subtil e graciosa, depois peremptória, sublinhada pelo clarinete. Eis a introdução para o vocalizo que se seguirá após uma curta pausa e que estará a cargo do violino e do violoncelo, tocando à distância de oitavas longas e suaves notas, iluminadas pelos pingos de água do arco-íris ao piano. A atmosfera criada é misteriosa e leve, quase insustentável, ficando deliciosamente insuportável à medida que os segundos se escoam. Para tal contribuem as notas insistentes e cadenciadas do piano. A música torna-se então esparsa, soluçante, conhecendo pausas, silêncios que se vão introduzindo, fracturando um discurso que inicialmente, apesar de incomum, se previa lógico. Até que o silêncio se instala — para pouco depois ser invadido por um quase tutti que remata o andamento com violência.

3. Âbime des oiseaux (7’31)

E é chegada a vez de um completamente imprevisto — tratando-se a obra de um quarteto — solo de clarinete. Um longo solo de clarinete de mais de sete minutos, alternando entre dois estados: um, de longas notas, maximamente em registo grave, representando o abismo, a negação, as experiências humanas da angústia, da opressão e da morte; outro, de notas breves, saltitantes, soltas e agudas, anunciando a alegria e a participação do homem na experiência da eternidade. Seja ela o que for. Acresce dizer que Messiaen era um ornitólogo amador e que neste quarteto, como em muitas das suas obras, incorpora o profundo conhecimento que tinha do canto dos pássaros. Aliás, chega a dedicar obras inteiras a esse canto, como é o caso do monumental Catalogue des Oiseaux (1956-57).

4. Intermède (1’46)

Fazendo uso de uma imagética cara à linguagem apocalíptica, este andamento poderia perfeitamente ter recebido o nome de “racapitulação e anúncio”, porque é precisamente disso que se trata, uma recapitulação fragmentária de temas dos andamentos precedentes e anúncio embrionário de outros temas nos andamentos que se seguirão. Além disso, é um scherzo composto ele mesmo por sete movimentos (bastante coloridos pela alternância entre a agitação e a graciosidade). “Sete é o número perfeito, a criação de 6 dias santificada pelo sabbat divino; o 7 deste repouso prolonga-se na eternidade e torna-se o 8 da luz indefectível, da inalterável paz”, diz Messiean. Curioso é que neste andamento germinal, musicalmente genésico, o compositor não usa o seu instrumento, o piano, imobilizando-se, por assim dizer, na escuta — ou na contemplação.

5. Louange à l’Eternité de Jésus (8’36)

Quem quiser saber o que é a utilização do silêncio em
música, deve ouvir o segundo andamento da obra, mas quem quiser compreender como é possível que uma música caminhe para o seu silêncio deverá escutar este movimento (dueto de piano e violoncelo) e o oitavo (dueto de piano e violino). Até ao fim: isto é, muito para lá do eco do último acorde dado ao piano, muito para lá da extensíssima nota deixada a soar pelo violino, como que alheando-se do próprio instrumento. Aconselhável é que se suspenda por algum tempo a audição (quanto, o auditor saberá) para não sofrer o violento sobressalto da peça que se segue. A indicação para os músicos “infinitamente lento, extático” é suficientemente sugestiva do que aí se ouve, mas infinitamente insuficiente para descrevê-lo. De resto, descrever tal música seria quase obsceno: no fim, há só paz e respiração. A respiração pacificada de quem escuta. E quantas peças em toda a História da Música facultam tal experiência?

6. Danse de la fureur, pour les sept trompettes (6’45)

Seguindo as indicações de dinâmica, um decidido e vigoroso tutti em uníssono, quase orquestral na cor, ocupa a primeira parte desta “dança”. Uma “música de pedra”, como a descreve o próprio Messiaen, chamando ainda a atenção que o uníssono funciona aqui como sugestão do conjunto de trombetas. As frases melódicas começam por ser curtas, desenvolvendo-se imperceptivelmente para outras mais extensas, mas sempre angulosas, de dinâmica contrastante, marcadas por um ritmo poderoso, quase frenético, que adiante se adoça numa espécie de eco ou comentário. Por pouco tempo. O tutti regressa em toda a sua força, repetindo o tema da dança do furor — até que sobrevém a bonança através de um tema que aqui e ali evoca sonoridades e escalas orientais. O andamento prossegue com uma agitação de sacudidelas e contrastes ainda mais violentos que de início, plena de aceleramentos, abrandamentos bruscos, pausas, tendo o piano por protagonista das fracções mais lentas e os restantes instrumentos das mais rápidas. Após uma breve citação do tema “da bonança”, o andamento acaba categórico como um axioma.

7. Fouillis d’arcs-en-ciel, pour l’Ange qui annonce la fin du temps (7’35)

Este andamento evoca bem toda a cor do seu título. Inicia, no entanto, com um tema pleno de melancolia (como exige um “anúncio do fim dos tempos”), uma retoma do tema do vocalizo do segundo andamento sob a forma de variação. Para o “efeito melancólico” contribui grandemente a instrumentação (o dueto do piano com o violoncelo em movimento lento, “sonhador”, conforme indicação do compositor). Este tema (ou variações do mesmo) alternará, ao longo do andamento, com momentos de vivacidade, representantes do vórtice de cores do arco-íris que no relato bíblico encima a cabeça do anjo. Nestes momentos intervêm os restantes instrumentos, quer com subtis mudanças de intensidade, quer com bruscas contravoltas nos tempos musicais.

8. Louange à l’Immortalité de Jésus (8’14)

Similar ao quinto andamento na estrutura e no tipo de instrumentos utilizados: o piano e as cordas em dueto, neste caso o violino. Celebra-se aqui a ressurreição de Cristo, como vencedor do tempo.

Uma última nota. O título da obra, bem como a tradução que lhe dei de início, carecem de uma explicação mais aprofundada. O original, Quatuor pour la Fin du Temps, exigiria que se traduzisse “para o fim do tempo”, tal como no inglês se traduz “for the end of time” e no alemão “auf das Ende der Zeit”. Contudo, o tempo a que aqui se alude é, como se disse, o tempo do Apocalipse (apocalipse significa revelação), tempo que em português recebe, geralmente, a designação de “fim dos tempos” — tal como se utiliza “plenitude dos tempos” para designar o tempo propício, kairologico, da encarnação do Verbo. “Os tempos”, no plural, é uma expressão feliz, na medida em que dá conta de uma continuidade, de uma infinidade de momentos históricos que se sucederam, séculos, que sequencial e geneticamente estiveram ligados — tal como na música os compassos, ou a métrica regular. O título aponta para o fim de ambos: fim da História (não esqueçamos que se estava em plena Segunda Grande Guerra e que o mundo estava prestes a conhecer a dupla infâmia dos campos de concentração nazis e das Bombas Atómicas), fim da História do homem tal como o conhecêramos até então, e fim da música metrificada, da música “a tempo”. De facto, não é insignificante ou abstrusa esta referência ao tempo da e na música. A música ocidental conhecida começa praticamente com o Canto Gregoriano, um canto que, quando passou a escrita, não compreendia a divisão de compasso. Porque a interpretação, não era ainda interpretação, mas acto (de louvor e adoração, levado a cabo por monges); não era ainda leitura de uma pauta, mas percurso simultaneamente íntimo e plural, ad libitum, ao sabor da memória e do presente nu do canto. Digamos que a gramática musical não pretendia ainda abranger (pode-se dizer: medir) o pulsar da música, o tempo sem tempo do acto musical. Ao levar ao extremo a métrica irregular, prescindindo na prática da barra de compasso, Messiaen retoma esta tradição perdida, apelando para o eterno presente do som (o tempo kairologico, por oposição ao tempo cronológico do metrónomo), da vibração sonora ela mesma e da sua cor — ele que confessava padecer de sinestesia, pelo que via música nas cores e cores na música. Um dado importante para compreender toda a simbólica da obra…

Olivier Messiaen (1908-1992): Quarteto para o Fim dos Tempos (Desurmont, Yordanoff, Tetard, Barenboim)

1. Liturgie De Cristal
2. Vocalise Pour L’ange Qui Annonce La Fin Du Temps
3. Abîme Des Oiseaux
4. Intermède
5. Louange à L’éternité De Jésus
6. Danse De La Fureur Pour Les Sept Trompettes
7. Fouillis D’arc-en-ciel Pour L’ange Qui Annonce La Fin Du Temps
8. Louange De L’immortalité De Jésus

Claude Desurmont (clarinete),
Luben Yordanoff (violino),
Albert Tetard (violoncelo),
Daniel Barenboim (piano).

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Messiaen ouvindo e anotando o canto dos pássaros.

P.Q.P. Bach

Wilhelm Friedemann Bach (1710–1784): Harpsichord Concertos (Egarr, Medlam, London Baroque)

Wilhelm Friedemann Bach (1710–1784): Harpsichord Concertos (Egarr, Medlam, London Baroque)
1.86.0-KZR32SWMNSPBH36V6UYWYT5NIY.0.1-8

Bebum, talentoso e indisciplinado, W. F. Bach contaria com toda minha simpatia se não tivesse herdado — e perdido!!! — cerca de 100 Cantatas de papai. Era o primogênito e preferido de papai, o putão. Estava sempre endividado, claro, mas deixou grande demonstração de talento, o olho do cu. Costumava trocar MANUSCRITOS por bebida e teve a pachorra de imortalizar-se numa gravura com uma garrafa de vinho na mão. Uma figura simpática. Dizem que ele era o mais talentoso de todos nós, mas sempre preferiu a noite e a diversão. Eu o compreendo. Poucos sabem que, em verdade, WF foi o segundo filho de Bach. O primeiro rebento foi uma FILHA, o que equivalia a quase nada numa época em que as mulheres conheciam seus lugares e por lá ficavam. HAHAHAHA!

Este CD é bem bom, viram? WF era um compositor original, fluente e de voz própria. Gosto muito. Divirtam-se. Não é necessário embriagar-se para se chegar à conclusão que o cara é bom pra caralho.

(Tô a fim de escrever palavrão hoje! O que é? Vão querê encará?)

Wilhelm Friedemann Bach (1710–1784): Harpsichord Concertos (Egarr, Medlam, London Baroque)

Concerto in F major F 44
10. 1. Allegro ma non troppo
11. 2. Molto adagio
12. 3. Presto

Concerto in a minor F 45
13. 1. Sem indicação
14. 2. Larghetto (Cantabile)
15. 3. Allegro (assai) ma non troppo

Concerto in D major F 41
16. 1. Allegro
17. 2. Andante
18. 3. Presto

Richard Egarr, clavecin
London Baroque
dir. Charles Medlam

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Jan Steen – Jovem moça tocando cravo para um rapaz, 1659

PQP

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonate per Viola da Gamba e Basso Continuo (Pandolfo, Alessandrini)

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonate per Viola da Gamba e Basso Continuo (Pandolfo, Alessandrini)

ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL !!!

Talvez mais do que nenhuma outra — pela diversidade de sonoridades e abordagens — a música barroca seja aquela que dependa mais da qualidade e da concepção que seus intérpretes têm das obras. Neste CD, a habitual dupla Paolo Pandolfo e Rinaldo Alessandrini elevam a música de Carl Philipp a rara altura. Creio nunca antes ter ouvido estas obras serem recriadas com tanta intensidade e sensibilidade. Tal sensibilidade vai tanto na direção do sublime quanto na da agressividade. Já havia notado que Paolo Pandolfo era um mestre — nas Sonatas análogas de J.S. Bach –, mas aqui, fazendo a transição para o clássico, parece que a dupla fez ainda mais. Rinaldo Alessandrini é cravista e grande regente; deve ter dado seus pitacos. Este é um CD para ser ouvido muitas vezes. Nos dois “Arioso” é adequado que você fique de joelhos. Descanse durante o tremendo contraste dos “Allegro”.

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonate per Viola da Gamba e Basso Continuo (Pandolfo, Alessandrini)

1. Sonata for Viola da Gamba and Basso Continuo in D major, Wq 137/H 559 – Adagio, ma non tanto
2. Sonata for Viola da Gamba and Basso Continuo in D major, Wq 137/H 559 – Allegro di molto
3. Sonata for Viola da Gamba and Basso Continuo in D major, Wq 137/H 559 – Arioso

4. Sonata for Viola da Gamba and Basso Continuo in C major, Wq 136/H 558 – Andante
5. Sonata for Viola da Gamba and Basso Continuo in C major, Wq 136/H 558 – Allegretto
6. Sonata for Viola da Gamba and Basso Continuo in C major, Wq 136/H 558 – Arioso

7. Sonata for Viola da Gamba and Harpsichord in G minor, Wq 88/H 510 – Allegro Moderato
8. Sonata for Viola da Gamba and Harpsichord in G minor, Wq 88/H 510 – Larghetto
9. Sonata for Viola da Gamba and Harpsichord in G minor, Wq 88/H 510 – Allegro assai

Paolo Pandolfo, viola da gamba
Rinaldo Alessandrini, clavicembalo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Quem toca Viola da Gamba tem que ser feliz.

PQP

Cecilia Bartoli e os castrati: Sacrificium (2009)

Cecilia Bartoli e os castrati: Sacrificium (2009)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

1. É CD para ser comprado. Ele vem acompanhado de um livrinho de 108 páginas chamado “A-Z of the castrato”, além de 3 bônus tracks que não tenho aqui. Já encomendei o meu.

2. Cecilia Bartoli não é mais uma dessas divas que ficam pegando repertórios mais ou menos óbvios para (re)lançar em suas coletâneas. Ela transformou tais discos em obras de arte. E de tese.

3. Ela é a campeã dentre as mezzo. Este CD vendeu 500.000 cópias nos primeiros 30 dias depois do lançamento. E ela não está cantando Abba nem K-pop, está cantando música rara, de primeira linha, acompanhada de um conjunto fantástico que utiliza instrumentação original. Ou seja, não há embuste ou concessão.

4. Ela é a campeã porque canta divinamente. Ela não sai em revistas de moda, não mostra o umbigo em decotes e passaria desapercebida na rua (apesar de eu achá-la linda).

5. Ela não canta óperas de Wagner. Alega não ter alcance. Não é a mulher perfeita???

6. Ah, a edição de luxo, a das 109 páginas + bonus CD, só importando. Reclamações noutro guichê.

Deixemo-la explicar o CD:

Vejam a louca entrando no palco… (e depois cantando):

E mais um:

Bem, o CD é sobre os castrati, meninos de boa voz que eram castrados a fim de mantê-la intacta. A esmagadora maioria não vingava e acabava prostituída nas ruas. A igreja, na época, impedia as mulheres de cantarem em seus atos religiosos e, bem, alguém tinha que fazer os agudos, né? Mas a absurda história destes mutilados está disponível em todo o lugar. O que me interessa é dizer que trata-se de mais um esplêndido trabalho da cantora preferida das gentes: Cecilia Bartoli.

Cecilia Bartoli — Sacrificium (2009)

1. Nicola Porpora – Come nave in mezzo [ 4:05] allonde [Siface] [ ]
2. Antonio Caldara – Profezie di me diceste [ 7:38] [Sedecia] [ ]
3. Francesco Araia – Cadro ma qual si mira [ 6:16] [Berenice] [ ]
4. Nicola Porpora – Parto ti lascio o cara [10:48] [Germanico in Germania] [ ]
5. Nicola Porpora – Unsignolo sventuratom [ 5:12] [Siface] [ ]
6. Carl Heinrich Graun – Misero pargoletto [10:08] [Demofoonte] [ ]
7. Nicola Porpora – In braccio a mille furie [ 2:52] [Semiramide riconosciuta] [ ]
8. Leonardo Leo – Qual farfalla [Zenobia in [ 5:29] [Palmira] [ ]
9. Nicola Porpora – Nobil onda [Adelaide] [ 4:56]
10.Carl Heinrich Graun – Deh tu bel Dio [ 3:43] damore [Adriano in Siria] [ ]
11.Leonardo Vinci – Chi temea Giove regnante [ 6:20] [Farnace] [ ]
12.Antonio Caldara – Quel buon pastor son io [10:29] [La morte dAbel fugura di quella…] [ ]

Cecilia Bartoli
Il Giardino Armonico
Giovanni Antonini

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

O Ministério da Saúde adverte…

PQP

Guilherme Bauer (1940): Partita Brasileira e outras obras

Guilherme Bauer (1940): Partita Brasileira e outras obras

Guilherme BAUER (1940)

Intérpretes:

  • Eduardo Monteiro e Alexandre Eisenberg, flautas
  • Trio Fibonacci
  • Erich Lehniger, violino
  • Andreas Polzberger, violoncelo
  • Sven Birch, piano
  • Quarteto Moyzes
  • Orquestra Sinfônica Brasileira (Henrique Morelenbaum, reg.)

Guilherme Carneiro da Cunha Bauer, compositor e professor carioca, é atualmente um dos principais compositores da geração de vanguarda nascida nos anos 40 e 50. Formado exclusivamente no Brasil, foi aluno de violino de Iolanda Peixoto e Oscar Borgerth, e participou de grupos de câmara e da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC. Em 1977 organizou o grupo Ars Contemporânea que, durante sete anos, realizou inúmeros concertos visando divulgar, principalmente, o repertório brasileiro. Como compositor, teve aulas com Cláudio Santoro (contraponto e composição), Esther Scliar (análise musical) e Guerra-Peixe (harmonia, contraponto, fuga, composição e orquestração), constituindo, com este último, sólida e enriquecedora amizade.Lecionou composição e orquestração na Universidade Estácio de Sá / RJ (1986 a 1999) e, desde 1983, vem lecionando na Escola de Música Villa-Lobos / RJ harmonia, contraponto, fuga, orquestração e composição.

Foi idealizador de dois importantes projetos de divulgação da música nacional: a gravação, em CD, de mais de 50 obras de compositores brasileiros pelo selo RioArte Digital, da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Projeto Estréias Brasileiras, patrocinado pelo CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) que, em 1997, encomendou e estreou 33 obras de autores nacionais.

Deu palestras sobre música brasileira, em 1996, nas universidades da Flórida, Miami e Houston, nos EUA. Em 1999, no Conservatório Bruckner, Linz (Áustria), participou de um ensaio público de sua obra Reflexos, encomendada e estreada pelo George Crumb Trio.

Seguiu, em seu período inicial, a estética do atonalismo. Posteriormente adotou uma linguagem livre apoiada, muitas vezes, nas tradições musicais populares. Contabiliza um total de oito prêmios em concursos de composição, com destaque para o Prêmio ESSO de Música Erudita, Concurso Latino-Americano da UFBa e Prêmio da Sociedade Cultura Artística de São Paulo/SP. Recebeu, em 1998, o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pelo Quarteto de Cordas nº 2.

O cd Partita Brasileira, lançado em outubro de 2002 e portador da etiqueta RioArte Digital, mais a chancela da Academia Brasileira de Música, aglomera parte da produção compreendida entre 1981 e 2001.

Durante a XVI Bienal de Música Brasileira Contemporânea, em novembro de 2005, foi realizada a primeira audição das Cadências para Piano e Orquestra, obra escrita através de uma Bolsa Vitae de Arte.

***

Partita Brasileira

1. Sugestões de inúbias (1991)
Flautas: Eduardo Monteiro e Alexandre Eisenberg

Trio (1980)
2. I. Andante com embolada
3. II. Allegro – batucada
Trio Fibonacci

Partita brasileira (1994/2001)
4. I. Prelúdio
5. II. Clamor
6. III. Canto
7. IV. Abaianado
8. V. Rabecando
Violino: Erich Lehninger

Duas peças para violoncelo e piano (1989/1993)
9. Recitativo
10. Retornos
Andreas Polzberger (cello) e Sven Birch (piano)

11. Quarteto n° 2 (1997)
Quarteto Moyzes

12. Cadências para violino e orquestra (1982)
Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Henrique Morelembaum
Violino: Erich Lehninger

13. Variações rítmicas, para piano e orquestra (1991)

Orquestra não identificada
Regente: Dante Anzolini
Piano: Ruth Serrão

Já que mencionei as Cadências para piano e orquestra, me lembrei elas ganharam semana passada o prêmio de melhor obra experimental de 2008 (não sei o que elas têm de experimental) da APCA. Mando-as junto com uma pecinha curta em dois movimentos.

14. Cadências para piano e orquestra (2005)

Gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles, durante a XVI Bienal de Música Contemporânea Brasileira, em 2005

Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Luís Gustavo Petri
Piano: Midori Maeshiro

Instantes pianísticos (2003)
15. I. Mutações
16. II. Frequências

Piano: Midori Maeshiro

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Guilherme Bauer

CVL

J. S. Bach (1685-1750): Obras Orquestrais Completas (CD 2 de 8) (Cologne Chamber Orchestra, Helmut Müller-Brühl)

J. S. Bach (1685-1750): Obras Orquestrais Completas (CD 2 de 8) (Cologne Chamber Orchestra, Helmut Müller-Brühl)

Estou ouvindo todos os meus CDs. Esta série já foi postada no passado e agora deverá voltar sem prazo ou ordem. Quando postamos pela primeira vez, postamos sem texto. Devo explicar algo sobre a excelente orquestra responsável pela série. A Orquestra de Câmara de Colônia (Kölner Kammerorchester) executa principalmente música clássica e barroca, mas também é conhecida por tocar uma variedade de músicas dos séculos XIX e XX, incluindo obras contemporâneas. A orquestra utiliza um conjunto padrão de instrumentos orquestrais modernos em suas apresentações. O que achei curioso é a forma com que eles combinam práticas performáticas históricas com instrumentação contemporânea.

J. S. Bach (1685-1750): Obras Orquestrais Completas (CD 2 de 8) (Cologne Chamber Orchestra, Helmut Müller-Brühl)

Violin Concertos, BWV 1041-1043 and BWV 1052

Violin Concerto in A minor, BWV 1041
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Kolja Blacher, violin
I. Allegro 03:21
II. Andante 05:32
III. Allegro assai 03:36

Violin Concerto in E major, BWV 1042
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Kolja Blacher, violin
I. Allegro 07:14
II. Adagio 05:38
III. Allegro assai 02:44

Violin Concerto in D minor, BWV 1052
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Kolja Blacher, violin
I. Allegro 07:23
II. Adagio 06:10
III. Allegro 07:27

Concerto for 2 Violins in D minor, BWV 1043
Performed by:Cologne Chamber Orchestra
Conducted by:Helmut Muller-Bruhl
Christine Pichlmeier, violin
Lisa Stewart, violin
I. Vivace 03:36
II. Largo ma non tanto 06:24
III. Allegro 04:43

Total Playing Time: 01:03:48

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

J.S. Bach (1685-1750): As Seis Partitas para teclado (Martin Helmchen)

J.S. Bach (1685-1750): As Seis Partitas para teclado (Martin Helmchen)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Abramos o ano de 2025 de forma brilhante. Aproveito para desejar-lhes um ano com muita saúde, felicidades e prisões de bolsonaristas. Além da prisão do próprio, é claro.

Bem, este foi um dos melhores lançamentos de 2024 — as muito amadas Partitas tocadas pelo excelente Martin Helmchen. “Partita” é um nome alternativo para “Suíte”, gênero que reúne diversas danças de andamentos diferentes. Bach publicou suas seis Partitas para teclado separadamente entre 1726 e 1730. Em 1731, elas foram editadas com o título de Clavier-Übung (Prática de Teclado). O conjunto logo se tornou parte do repertório fundamental. Exatamente como os outros grupos de suítes prévias, as francesas e as inglesas, todas as Seis Partitas seguem o esquema básico da suíte: allemande-courante-sarabande-giga”. Neste esqueleto, Bach coloca um movimento de abertura (um prelúdio, uma sinfonia ou fantasia, ou mesmo uma abertura) que determina o tom de cada uma delas e, em seguida, entra o esqueleto quase sempre com outros acréscimos.

OK, mas isso é uma descrição fria. O fato é que todas eles têm sua própria personalidade, luz e são belíssimas. E que Helmchen faz jus a tudo isso no tangent piano, um troço muito raro que já não é cravo, mas que ainda não é piano. Dizem que há 20 desses pianos no mundo. Falo de originais do século XVIII, bem entendido.

J. S. Bach (1685-1750): As Seis Partitas para teclado (Martin Helmchen)

Partita No. 1 In B Flat Major, BWV 825
1-1 I. Prelude 2:08
1-2 II. Allemande 4:02
1-3 III. Courante 2:43
1-4 IV. Sarabande 5:04
1-5 V. Menuett I & II 2:59
1-6 VI. Gigue 2:16

Partita No. 3 In A Minor, BWV 827
1-7 I. Fantasia 2:54
1-8 II. Allemande 3:13
1-9 III. Courante 3:02
1-10 IV. Sarabande 3:56
1-11 V. Burlesca 2:26
1-12 VI. Scherzo 1:01
1-13 VI. Gigue 3:17

Partita No. 4 In D Major, BWV 828
1-14 I. Ouverture 5:45
1-15 II. Allemande 8:57
1-16 III. Courante 3:28
1-17 IV. Aria 2:32
1-18 V. Sarabande 5:54
1-19 VI. Menuett 1:26
1-20 VII. Gigue 3:50

Partita No. 2 In C Minor, BWV 826
2-1 I. Sinfonia 4:36
2-2 II. Allemande 4:47
2-3 III. Courante 2:16
2-4 IV. Sarabande 3:35
2-5 V. Rondeau 1:34
2-6 VI. Capriccio 3:30

Partita No. 5 In G Major, BWV 829
2-7 I. Preambulum 2:22
2-8 II. Allemande 4:43
2-9 III. Corrente 1:48
2-10 IV. Sarabande 4:41
2-11 V. Tempo Di Minuetto 2:04
2-12 VI. Passepied 1:44
2-13 VII. Gigue 3:49

Partita No. 6 In E Minor, BWV 830
2-14 I. Toccata 7:31
2-15 II. Allemande 3:33
2-16 III. Corrente 4:26
2-17 IV. Air 1:38
2-18 V. Sarabande 6:30
2-19 VI. Tempo Di Gavotta 2:13
2-20 VII. Gigue 5:10

Tangent piano – Martin Helmchen

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Martin Helmchen

PQP

Georg Christoph Wagenseil (1715–1777): Concertos escolhidos (Echo Du Danube, Weimann)

Georg Christoph Wagenseil (1715–1777): Concertos escolhidos (Echo Du Danube, Weimann)
Version 1.0.0

IM-PER-DÍ-VEL !!! (para os amantes do barroco)

Você conhece Wagenseil? Provavelmente não, mas trata-se de um bom e divertido compositor que se encrava bem naquela época complicada do mano CPE Bach: Mozart ainda não era Mozart e Haydn estava meio enfurnado. Época estranha e das mais interessantes em que os homens que abriram caminho para Beethoven ainda não eram grandes.

Wagenseil nasceu em Viena e se tornou o pupilo favorito de Johann Joseph Fux, Kapellmeister da corte de Viena. Wagenseil compôs para a corte desde 1739 até a sua morte em 1777. Viajou muito pouco durante a sua vida e veio falecer em Viena, onde passou a maior parte de seu tempo. Foi uma figura muito conhecida em seu tempo, pois tanto Wolfgang Amadeus Mozart quanto Joseph Haydn tinham conhecimento e familiaridade com suas composições. Seus primeiros trabalhos possuem influência barroca, enquanto as obras posteriores seguem uma tendência do estilo galante. Ele compôs várias peças de óperas, corais, sinfonias, concertos, obras de câmara e para instrumentos de teclado.

Georg Christoph Wagenseil (1715–1777): Concertos escolhidos (Echo Du Danube, Weimann)

1. Concerto for oboe, bassoon, winds, strings & continuo in E flat major, WWV 345: Allegro assai
2. Concerto for oboe, bassoon, winds, strings & continuo in E flat major, WWV 345: Andantino più tosto Allegro
3. Concerto for oboe, bassoon, winds, strings & continuo in E flat major, WWV 345: Presto

4. Concerto for harp & strings in F major, WWV 281: Allegro
5. Concerto for harp & strings in F major, WWV 281: Andante
6. Concerto for harp & strings in F major, WWV 281: Tempo di Minuetto

7. Concerto for fortepiano, violin & strings in A major, WWV 325: Vivace
8. Concerto for fortepiano, violin & strings in A major, WWV 325: Larghetto
9. Concerto for fortepiano, violin & strings in A major, WWV 325: Tempo di Minuetto

10. Concerto for flute, strings & continuo in D major, WWV 342: Allegro
11. Concerto for flute, strings & continuo in D major, WWV 342: Largo
12. Concerto for flute, strings & continuo in D major, WWV 342: Allegro vivace

Echo Du Danube
Alexander Weimann

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Um belo tipo de homem, pensava a mãe dele.

PQP

D. Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 10 (Mravinsky)

D. Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 10 (Mravinsky)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma das melhores sinfonias que conheço. Tipo uma das músicas de minha vida. Uma daquelas obras-primas indiscutíveis. Se a sétima é misteriosa; a oitava é poderosa; a nona, jocosa; a décima, nervosa. Shosta foi um grande amigo de Mravinsky, que estreou a maioria de suas sinfonias até cagar-se de medo e ser substituído por Kondrashin da 13ª até o final. A décima foi a primeira sinfonia pós-Stalin e possuiria uma “homenagem” ao ditador. O Allegro seria uma descrição da personalidade do todo-poderoso recém falecido e o Allegretto insiste na sequência de notas D-S-C-H (o nome do compositor em alemão, com Sch, claro), uma presumível afirmação da permanência de Shostakovich. Hoje, há gravações bem melhores do que esta inicial e meio mal gravada de Mravinsky, mas ela é histórica, com a sensacional e histórica orquestra de Leningrado e o próprio Shosta deveria tê-la em casa.

Mravinsky conducts the Leningrad Philharmonic Orchestra in
Shostakovitch’s Symphony No. 10.

Symphony No. 10, in E minor, Op.93
1. Moderato (22.24)
2. Allegro (4.08)
3. Allegretto (11.10)
4. Andante – Allegro (11.17)

Leningrad Philharmonic Orchestra
Evgeny Mravinsky

Total playing time: 48:58

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Duas raras fotos de Shostakovich feliz:
Duas raras fotos de Shostakovich feliz: …
... ambas em jogos de futebol.
… ambas em jogos de futebol.

PQP

Suk / Herbert / Dvořák: Inspiration – Música para Cordas (Metamorphosen Berlin)

Suk / Herbert / Dvořák: Inspiration – Música para Cordas (Metamorphosen Berlin)

Um belo disco de capa feia. Recebi este CD da ex-esposa de um atual membro do dream team de postadores do PQP. Ela é uma das violas do grupo. Josef Suk foi um compositor e violinista tcheco que estudou com Antonín Dvořák e do qual arrebatou a filha, não o talento. A influência do sogrão deve ter sido enorme. Ele era uma sujeito meio mórbido, pois escreveu uma Marcha Fúnebre para si mesmo, o que revela que seu narcisismo era uma grande fonte de inspiração. Sua Serenata é bem boa. Victor Herbert era muito prolífico. Escreveu 43 operetas. Herbert nasceu em Dublin, mas adquiriu cidadania estadunidense. Foi violoncelista e maestro. Ele estudou piano, flauta e flautim, até finalmente chegar no cello. Sua música parece um doce de leite que não foi feito no Uruguai. O CD vale pela excelente versão da famosa Serenata, Op. 22, de Dvořák, que é um fenômeno escrito em menos de 15 dias. E vale pelo carinho da dedicatória. Desconheço quem seriam estes Elena e Milton.

Suk / Herbert / Dvořák: Inspiration – Música para Cordas (Metamorphosen Berlin)

Josef Suk
1 I. Allegro Con Moto – Metamorphosen Berlin
2 II. Allegro Ma Non Troppo E Grazioso
3 III. Adagio
4 IV. Allegro Giocoso, Ma Non Troppo Presto
5 Love Song, Op. 7, No. 1 – Metamorphosen Berlin

Victor Herbert
6 Yesterthoughts, Op. 37 – Metamorphosen Berlin
7 Puchinello, Op. 38 – Metamorphosen Berlin
8 Ghazel – Metamorphosen Berlin

Antonín Dvořák
9 I. Moderato – Metamorphosen Berlin
10 II. Tempo Di Valse
11 III. Scherzo. Vivace
IV. Larghetto
V. Finale. Allegro Vivace

Metamorphosen Berlin
Wolfgang E. Schmidt, conductor & cello
Indira Koch, concertmaster

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Thomas Linley, o Jovem (1756-1778): Music from The Tempest / Overture To The Duenna / Three Cantatas (The Parley Of Instruments Orchestra And Choir / Paul Nicholson)

Thomas Linley, o Jovem (1756-1778): Music from The Tempest /  Overture To The Duenna / Three Cantatas (The Parley Of Instruments Orchestra And Choir / Paul Nicholson)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Todos sabemos que o maior gênio do século XVII foi William Shakespeare, que a maior criatura do século XVIII foi Johann Sebastian Bach, que os gênios vencedores do século XIX foram Karl Marx e Charles Darwin, sobrando o século recém-findo para Sigmund Freud(post meu de 2008, não entendi nada).

Este é um grande CD da Hyperion e nem vou perder tempo escrevendo ou traduzindo coisas. Coloco abaixo, de forma desorganizada, uma série de notícias biográficas e citações sobre o excelente Linley

A composer who “had he lived, would have been one of the greatest ornaments of the musical world” – W.A. Mozart.

Thomas Linley the Younger (1756-1778)

Early Years
Thomas Linley the younger (the ‘English Mozart’) was born at the Abbey Green, Bath on 7th May 1756 and was baptised at St. James’s Church, Bath on 11th June.

He was the third child and second son of the composer, harpsichordist and singing teacher Thomas Linley (1733-1795) and his wife Mary. The whole family was remarkably musically talented; besides Thomas junior, their daughters Elizabeth Ann, Mary and Maria all became accomplished singers and their son Samuel a notable oboist.

Although it was fashionable for musically gifted young children to be brought to the public’s attention in concert rooms, Thomas Linley the younger was, by any standards, one of the most musically prodigiously talented individuals ever to have been seen in England.

The composer Matthew Cooke (1761-1829), in his biographical account of Linley entitled ‘Reminiscences’ (published 1826) states that he, gave such early and strong passion for music, as determined his Father to fix him in that Profession; and accordingly, the stripling studied the Rudiments of Music under his father, …..and was, by the tuition of his Parent, perfectly grounded in both Theory and Practice. The Child’s assiduity, and the rapid progress he made, called forth his Father’s approbation.

As no other member of the Linley family played the violin it is assumed that the young composer learnt his skill from John Richards who was a prominent soloist and orchestral leader in Bath during the 1750s and 1760s.

1763
The earliest known concert in which Linley played in was announced in Boddely’s Bath Journal of 25th July 1763, in which the following appeared, For the Benefit of Mr. Linley. At Loggan’s Room at the Hot Wells on the 29th Inst. Will be perform’d A Concert of Vocal and Instrumental Music. The Vocal Parts by Mr. Linley, Mr. Higgins and Master Linley. The First Violin by Mr Richards of Bath. End of the 1st Act a Concerto on the Violin by Master Linley, a child of seven years old. End of the 2nd Act an Elegy of Jackson’s by Mr. and Master Linley and Mr. Higgins.
In the same year the seven year old Linley commenced musical studies with William Boyce – lessons that were to continue over the next five years.

1767
At the age of 10, with his sister Elizabeth Ann, he appeared at Covent Garden Opera House playing the part of Puck in the Masque The Fairy Favour by Thomas Hull. The Lloyds Evening Post of 3rd February reported the occasion Nor can enough be said of the little boy, who plays the part of Puck; his singing, playing on the violin, and dancing the hornpipe, are all beyond expectation, and discover extraordinary abilities in one, who must be considered a child.

1768
In a letter to William Jackson dated 11th May 1768, the painter Thomas Gainsborough said, I have begun a large picture of Tommy Linley and Miss Linley and her Brother Thomas by Thomas Gainsborough c.1768 his sister………I suppose you know the Boy is bound for Italy at the first opportunity.
The 12 year old Linley left for Italy later the same year to study under the famous violinist Pietro Nardini (1722-1793).

1770 Meeting with Mozart

In April 1770 while still in Italy Linley met Mozart. They were exact contemporises and became firm friends, later regularly corresponding with one another.
On 21st April 1770 Mozart’s father, Leopold, writing to his wife Anna Maria said, In Florence we found a young Englishman who is a pupil of the famous violinist Nardini. This boy, who plays absolutely beautifully, and has Wolfgang’s height and age, came to the house of the learned poetess Sgr. Corelli, where we happened to be visiting on the recommendation of M. L’Augier. The two boys took turns performing all evening while constantly embracing one another. The next day, the little Englishman, a most charming boy, brought his violin to where we stayed and played all afternoon with Wolfgang accompanying him on the piano…….Little Thomaso accompanied us home and wept the bitterest tears because we were leaving the next day. The musical historian Charles Burney met Linley in Italy in the following September and wrote, The ‘Tommasino’, as he is called, and the little Mozart, are talked of all over Italy, as the most promising geniuses of this age.

1771
Linley, now 15 years old, returned to England to perform in the 17712 Bath concert season. He was regularly leader of the orchestra or soloist at Bath from 1772 to 1776 and at Drury Lane from 1773 and 1778 where he played concertos between the acts of oratorios. He returned to his studies with Boyce.

On 8th September 1773 Linley’s first large-scale work (Let God Arise) was performed. This was at the Worcester Festival. Matthew Cooke stated that, This Production confirmed his Talents with the Public. Linley was now much in demand as a violinist – as reported by Cooke, ……his industry and perseverance made him indefatigable. He was One of the most eminent Violin Performers of the age; between the years 1771 and 1776 he composed no less than Twenty Concertos for the violin….Many of these were performed by him…..at Drury Lane ….and were received with the most unbounded applause. It was around this time that he wrote such remarkable works as The Song of Moses and incidental music for The Tempest and Sheridan’s The Duenna.

1776
In 1776 Linley composed his magnificent Shakespeare Ode (Lyric Ode on the Fairies, Aerial Beings and Witches of Shakespeare). A writer in A Dictionary of Musicians in 1824 said, Neither Purcell nor Mozart ever gave stronger proofs of original genius than could be traced in this charming ode. The Morning Chronicle of 21st March 1776 gave a particularly enthusiastic account of a performance The composition must be allowed to be an extraordinary effort of genius in so young a man……..the fugue of the overture is masterly……..the song There in old Arden’s inmost shade…would not disgrace a Sacchini or Bach……….the oboe song in the second part…shews this young composer has the brilliancy and warmth of invention so peculiar attendant on the spring of life………….His merit, even at this early time of life, is certainly sufficient to challenge the warmest encouragement from the public, even though our Amateurs should not yet be brought to overlook the misfortune of his being – an Englishman.

The Morning Post of 16th March 1778 after a successful performance by Linley, also reveals an attitude of the general public towards English composers, …..the very warm applause he received last night proves that an English audience will give proper encouragement to true merit and genius, even though it is the production of their own country.

In July 1778 Linley went with his sisters to Grimsthorpe Castle, Lincolnshire as guests of the Duke of Ancaster and his family. On 5th August Linley went boating on the Castle lake with two friends. During a storm the boat overturned and, whilst attempting to swim ashore, the 22 year old Linley tragically drowned. It was reported in the Morning Chronicle on 11th August, On Wednesday last Mr. Thomas Linley……fell into a lake belonging to his Grace the Duke of Ancaster…..and was unfortunately drowned; he remained under water full forty minutes, so that every effort made to restore him to life proved ineffectual. This accident has deprived the profession to which he belonged of one its principal ornaments, and society of a very accomplished and valuable member.

Linley was buried on 11th August 1778 at Edenham Parish Church.

His sisters Maria, Mary and Elizabeth Ann died of consumption in 1784, 1787 and 1792 respectively and his brother Samuel drowned in 1795. Thomas Linley senior died in November of the same year, it was said at the time, of a broken heart.

‘Linley was a true genius’ (Mozart, 1784)
‘An outstanding disc in a trail-blazing series: highly recommended’ (BBC Music Magazine)
‘The irresistible music will compel you to acquire this recording’ (Early Music Review)
‘All parties sound as if they love every moment of this absorbing and enjoyable programme’ (American Record Guide)
‘Le programme est d’une parfaite cohérence et magistralement interpreté’ (Répertoire, France)
‘Il y a longtemps que le disque ne nous avait révélé un talent méconnu aussi brillant et attachant’ (Diapason, France)
‘…This collection of cantatas and theater music is simply stunning—rarely do we hear a composer of that age who even comes close to what Mozart was doing, but if any can make that claim, Linley certainly can… the freshness and invention—will strike you over and over…These period performances are sterling in concept and execution, and Hyperion’s midprice Helios label makes them almost irresistible’ (Audiophile, USA)

Thomas Linley, o Jovem (1756-1778): Music from The Tempest / Overture To The Duenna / Three Cantatas (The Parley Of Instruments Orchestra And Choir / Paul Nicholson)

Music For The Tempest (23:56)
Arise! Ye Spirits Of The Storm 5:56
O Bid Your Faithful Ariel Fly 4:42
Come Unto These Yellow Sands 4:00
Hark, Hark, The Watch-Dogs Bark 0:59
While You Here Do Sleeping Lie 1:57
Ere you Can Say ‘Come’ And ‘Go’ 2:53
Where The Bee Sucks, There Lurk I 2:47

Overture To The Duenna (5:33)
Allegro 2:25
Adagio 1:22
Rondeau (Allegro) 1:54

In Yonder Grove (13:44)
Recitative: In Yonder Grove 1:40
Air (Largo Andante): If Thy Too-Cruel Bow Be Bent 3:10
Recitative: Thus Sunk In Deep Distress 0:33
March 1:03
Recitative: As When The Sun 0:50
Air: Tune, Philomel 6:23

Ye Nymphs Of Albion’s Beauty-Blooming Isle (12:03)
Recitative: Ye Nymphs Of Albion’s Beauty-Blooming Isle 1:14
Air (Largo): Wrapt Close From Harm 3:58
Recitative: Thus Young Emira 0:44
Air (Molto Allegro): Fly, Damon, To Yon Secret Grove 6:04

Daughter Of Heav’n, Fair Art Thou! (Darthula) (17:00)
Recitative: Daughter Of Heav’n, Fair Art Thou! 1:02
Air (Andante): But Why Dost Thou Retire? 1:31
Recitative: Thus Sung Darthula 1:06
Air (Maestoso Allegro): My Arm Shall Lift The Spear 5:48
Recitative: He Clothed His Limbs In Steel 1:39
Air (Rondeau): When In Thy Beauty With Thou Rise 4:48
Arioso (Adagio): Retire, O Sun 1:01

Julia Gooding, soprano
Paul Goodwin, oboe
The Parley of Instruments Baroque Orchestra and Choir
Paul Nicholson, harpsichord and conductor

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Menino gênio: Thomas Linley, o Jovem, por Thomas Gainsborough (c.1772)

PQP

F. J. Haydn (1732-1809): String Quartets Op. 17 (completo) (London Haydn Quartet)

F. J. Haydn (1732-1809): String Quartets Op. 17 (completo) (London Haydn Quartet)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um compositor de primeira linha, um quarteto idem, uma baita gravadora (Hyperion), um repertório surpreendentemente raro. Os Quartetos de Cordas Op. 17 de Haydn foram escritos durante seu período mais produtivo, como empregado da família Esterházy. Haydn tinha um magnífico grupo de músicos ao seu dispor, incluindo o jovem violinista virtuoso Luigi Tomasini, cujo gênio pode ser espreitado ao longo destas composições, especialmente nos belíssimos adágios. Esses quartetos de cordas são indiscutivelmente grandiosos. Eles têm enorme seriedade e um domínio crescente do discurso e do desenvolvimento que estão há léguas de distância do divertimento dos quartetos anteriores. Aqueles que desejam gravações sempre em instrumentos “do período” não devem hesitar — é improvável que se ouça algo melhor neste repertório. A articulação é leve, precisa e cheia de nuances, o vibrato é dificilmente detectável e a entonação é impecável. Confira.

F. J. Haydn (1732-1809): String Quartets Op. 17 (completo) (London Haydn Quartet)

CD 1
1. String Quartet In C Minor, Op. 17/4 – 1. Moderato
2. String Quartet In C Minor, Op. 17/4 – 2. Menuetto; Trio
3. String Quartet In C Minor, Op. 17/4 – 3. Adagio Cantabile
4. String Quartet In C Minor, Op. 17/4 – 4. Allegro

5. String Quartet In E Flat, Op. 17/3 – 1. Andante Grazioso
6. String Quartet In E Flat, Op. 17/3 – 2. Menuetto; Trio: Allegretto
7. String Quartet In E Flat, Op. 17/3 – 3. Adagio
8. String Quartet In E Flat, Op. 17/3 – 4. Allegro Di Molto

9. String Quartet In F, Op. 17/2 – 1. Moderato
10. String Quartet In F, Op. 17/2 – 2. Menuetto: Allegretto
11. String Quartet In F, Op. 17/2 – 3. Adagio
12. String Quartet In F, Op. 17/2 – 4. Allegro Molto

CD 2
1. String Quartet In E, Op. 17/1 – 1. Moderato
2. String Quartet In E, Op. 17/1 – 2. Menuetto; Trio
3. String Quartet In E, Op. 17/1 – 3. Adagio
4. String Quartet In E, Op. 17/1 – 4. Presto

5. String Quartet In G, Op. 17/5 – 1. Moderato
6. String Quartet In G, Op. 17/5 – 2. Menuetto; Trio
7. String Quartet In G, Op. 17/5 – 3. Adagio
8. String Quartet In G, Op. 17/5 – 4. Presto

9. String Quartet In D, Op. 17/6 – 1. Presto
10. String Quartet In D, Op. 17/6 – 2. Menuetto; Trio
11. String Quartet In D, Op. 17/6 – 3. Largo
12. String Quartet In D, Op. 17/6 – 4. Finale: Allegro

The London Haydn Quartet

Catherine Manson: violin
Margaret Faultless: violin
James Boyd: viola
Jonathan Cohen: cello

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Os membros do quarteto foram ao PQP Park de Londres à procura das melhores madeiras para seus instrumentos.

PQP

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock)

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock)

Então é Natal — que lindo –, os sinos badalam, neva em Porto Alegre e estou inteiramente tomado de boas intenções, com o coração cheio de Cristo. Bem, tá bom. É brincadeira deste ateu mau e comedor de criancinhas. Nada de pedofilia, trata-se de gastronomia mesmo. Como os comunas faziam, lembram? Somos apreciadores das vitelas swiftianas. Mas este CD traz Trevor Pinnock e seu The English Concert num agradável programa natalino, um presentão para nossos leitores-ouvintes. Há música muito boa, mas as melhores vão para as figurinhas carimbadas de sempre: Vivaldi, Handel e Corelli. O restante do recheio é passa de uva. O trio citado é o licor. Desejo-lhes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Que o Menino Jesus ilumine suas vidas!

Charpentier (1643-1704), Molter (1696-1765), Vivaldi (1678-1741), Sammartini (1700-1775), Telemann (1681-1767), Handel (1685-1759), Corelli (1653-1713): Concertos de Natal (The English Concert / Trevor Pinnock

Marc-Antoine Charpentier – Noels Sur Les Instruments
1. 1. Vous qui désirez sans fin
2. 2. A la venue de Noël
3. 3. Or nous dites, Marie
4. 4. Où s’en vont ces gais bergers?

Johann Melchior Molter – Concerto Pastorale In G Major
5. 1. Larghetto – Allegro e forte – (Larghetto)
6. 2. Aria 1: a tempo giusto – Aria 2: Lento e sempre piano – Aria 3: Tempo die Menuetto

Antonio Vivaldi – Concerto For 2 Trumpets In C Major, Rv 537
7. 1. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
8. 2. Largo – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock
9. 3. Allegro – Mark Bennett, Michael Harrison, The English Concert, Trevor Pinnock

Giuseppe Baldassare Sammartini – Pastorale In G Major
10. Pastorale in G major – Andante sostenuto

Georg Philipp Telemann – Concerto Polonois In G Major
11. 1. Dolce
12. 2. Allegro
13. 3. Largo
14. 4. Allegro

George Frideric Handel – Concerto A Due Cori In B Flat Major, Hwv 332
15. 1. Ouverture
16. 2. Allegro ma non troppo
17. 3. Allegro
18. 4. Largo
19. 5. A tempo ordinario
20. 6. Alla breve. Moderato
21. 7. Menuet (Allegro)

Arcangelo Corelli – Concerto Grosso In G Minor
22. 1. Vivace – Grave
23. 2. Allegro
24. 3. Adagio – Allegro – Adagio
25. 4. Vivace
26. 5. Allegro
27. 6. Pastorale: Largo

The English Concert
Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Anônimos / Charpentier / Monteverdi / Mozart, Franz Xaver / Purcell / Schein: A Baroque Christmas (The Boston Camerata / Joel Cohen)

Anônimos / Charpentier / Monteverdi / Mozart, Franz Xaver / Purcell / Schein: A Baroque Christmas (The Boston Camerata / Joel Cohen)

É Natal! Jesus nasceu e todos estão felizes fazendo compras como se o mundo fosse acabar. E aqui temos um excelente CD. SÉRIO! Bem, sei, melhor me acalmar. Um CD delicadíssimo e de alto nível artístico este da Nonesuch Records. Não é aquele barroco cheio de vigor, é tranquilo e autenticamente camarístico. As melhores obras do CD são as de Charpentier, o que não deixa de ser uma surpresa; afinal, Marc-Antoine é francês… Os americanos que o interpretam também são muito bons… Melhor rever meus conceitos (e preconceitos). Música sacra da melhor qualidade! Feliz Natal!

Anônimos / Charpentier / Monteverdi / Mozart, Franz Xaver / Purcell / Schein: A Baroque Christmas (The Boston Camerata / Joel Cohen)

1. A minuit fut fait un réveil / Anonymous (France), 17th century
2-6. Noëls pour les instruments/ Marc-Antoine Charpentier (1634-1704)
7. Hodie christus natus est/ Gregorian
8. Nun jauchzet mit hellem Ton / Johannes Schein (1586-1630)
9. Laudate dominum/ Claudio Monteverdi (1547-1643)
10. Non recedet laus tuus/ Gregorian
11. Salve Regina/ Claudio Monteverdi
12. The Blessed virgin’s expostulation/ Henry Purcell (1659-1695)
13-18. Messe de minuit sur des airs de Noël/ Marc-Antoine Charpentier

THE BOSTON CAMERATA
Anne Azéma, soprano
Elizabeth Weigle, soprano
Richard Duguay, tenor
Dan McCabe, baritone
Arizeder Urreiztieta, bass
Robert Mealy (concertmaster), baroque violin
Katherine Sutherland, baroque violin
Harold Lieberman, baroque viola
Carol Lewis, viola da gamba
Jesse Lepkoff, flute, recorder
Kathie Roth, flute
Owen Watkins, recorder
Michael Dolbow, violone
Olav Chris Henriksen, theorbo, baroque guitar
Frances Conover Fitch, organ

assisted by THE SCHOLA CANTORUM OF BOSTON
Frederick Jodry, director

Alice Dampman, Sandra Stuart, sopranos
Rob Dobson, Frederick Jodry, altos
John Delorey, Arthur Rawding, tenors
John Holyoke, bariton
Gregory Mancusi-Ungaro, bass

Joel Cohen, Director

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

deadsantaPQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): As Sonatas Completas para Violoncelo (David Watkin With Members Of The King’s Consort)

Antonio Vivaldi (1678-1741): As Sonatas Completas para Violoncelo (David Watkin With Members Of The King’s Consort)

Este que é mais um CD obrigatório para quem gosta de música barroca. É outro Vivaldi. É um sujeito concentrado, melancólico, quase triste em sua expressão camarística através do cello. Demonstrando ser um compositor que adequava-se à sonoridade dos instrumentos para os quais escrevia – assim como fazia em suas óperas adequando-se aos temas narrados -, temos aqui um Vivaldi quase germânico, como se tivesse nascido em Eisenach. Confiram e depois me contem se estou mentindo. E, como senão bastasse, é música arrebatadora e nada esquecível. CDs belíssimos. O grupo de membros do “famigerado” King`s Consort é simplesmente extraordinário. Por que “famigerado”? Ora, por isso aqui.

Antonio Vivaldi (1678-1741): As Sonatas Completas para Violoncelo (David Watkin With Members Of The King’s Consort)

Sonata In B Flat Major RV47 (12:44)
1-1 Largo 3:53
1-2 Allegro 3:40
1-3 Largo 3:04
1-4 Allegro 1:54

Sonata In A Minor RV44 (11:23)
1-5 Largo 2:13
1-6 Allegro Poco 3:09
1-7 Largo 3:13
1-8 Allegro 2:39

Sonata In B Flat Major RV45 (13:55)
1-9 Largo 3:15
1-10 Allegro 2:48
1-11 Largo 4:36
1-12 Allegro 3:04

Sonata In E Flat Major RV39 (12:43)
1-13 Larghetto 3:55
1-14 Allegro 2:47
1-15 Andante 3:09
1-16 Allegro 2:39

Sonata In G Minor RV42 (14:49)
1-17 Preludio: Largo 3:09
1-18 Allemanda: Andante 3:53
1-19 Sarabanda: Largo 4:40
1-20 Gigue: Allegro 3:02

Sonata In E Minor RV40 (11:15)
2-1 Largo 3:32
2-2 Allegro 2:50
2-3 Largo 2:33
2-4 Allegro 2:06

Sonata In F Major RV41 (12:39)
2-5 Largo 3:22
2-6 Allegro 2:31
2-7 Largo 3:56
2-8 Allegro 2:36

Sonata In B Flat Major RV46 (10:48)
2-9 Preludio: Largo 2:27
2-10 Allemande: Allegro 2:29
2-11 Largo 2:55
2-12 Corrente: Allegro 2:40

Sonata In A Minor RV43 (15:19)
2-13 Largo 3:59
2-14 Allegro 3:28
2-15 Largo 4:52
2-16 Allegro 2:55

Cello [Continuo] – Helen Gough
Cello, Soloist – David Watkin
Ensemble – The King’s Consort
Organ [Chamber Organ], Harpsichord – Robert King (9)
Theorbo, Archlute, Baroque Guitar – David Miller (7)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O grande David Watkin foi forçado a abandonar o violoncelo aos 49 anos em razão de uma doença reumática

PQP

Família Bach: Pequeno Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach (Ameling, Linde, Leonhardt e outros)

Família Bach: Pequeno Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach (Ameling, Linde, Leonhardt e outros)

O Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach não é uma “obra” de meu pai, Johann Sebastian Bach. Trata-se simplesmente, como diz nome, de um caderno de notas mantido por sua segunda mulher, a jovem Anna Magdalena Wilcken (ou Wülckens). Ali estavam anotadas as músicas que executávamos em nossos saraus noturnos. Servia a nossa diversão e a de nossos amigos, é um registro de um hábito que perdeu-se no século XX, substituído pela tela da TV. Antes, saraus com boa música; agora, Faustão. É, nem tudo é evolução. (Rimou…)

São músicas ligeiras e agradáveis. Há de tudo neste caderno: o tema base das Variações Goldberg, a Allemande inicial das Suítes Francesas, o Prelúdio Nº 1 do Cravo Bem Temperado, porém há também temas escritos por meu meio-irmão Carl Philip Emmanuel Bach, por François Couperin – que meu pai amava – e pelos alunos que nos freqüentavam. A ária mais famosa desta série, Bist du bei mir, foi provavelmente escrita por um aluno de nome Stölzel. Sim, ela leva o BWV 508, porém os freqüentadores do PQP devem saber que nem sempre podemos acreditar nos catálogos.

Então, como o Caderno é uma coleção imensa e arbitrária de músicas compostas exclusivamente próprio caderno ou não, cada grupo escolhe o que quer executar e faz o seu Notenbüchlein.

Este é o de Gustav Leonhardt, o que não é pouca coisa.

Família Bach: Pequeno Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach (Ameling, Linde, Leonhardt e outros)

1. Polonaise g-moll, BWV Anh. 119 0:54
2. Marche Es-dur, BWV Anh.127 1:35
3. Menuet G-dur & g-moll, BWV 114/115 2:40
4. Willst du dein Herz mir schenken, BWV 518 2:27
5. Rondeau B-dur (Fr.Couperin), BWV Anh. 183 4:40
6. Bist du bei mir, BWV 508 2:21
7. Aria fur Clavier G-dur, BWV 988, 1 2:16
8. So oft ich meine Tobackspfeife, BWV 515a 3:47
9. Marche G-dur, (C,Ph.E.Bach), BWV Anh.124 1:27
10. Allemande d-moll, BWV 812, 1 4:08
11. Dir, dir, Jehova, will ich singen, BWV 299 2:29
12. Praeludium C-dur, BWV 846, 1 1:53
13. Menuet G-dur, BWV Anh.116 1:22
14. Marche D-dur (C.PH.E.Bach), BWV Anh. 122 0:54
15. Musette D-dur, BWV Anh.126 0:48
16. BWV 82, 2&3 8:13
17. Chorealbeabeitung Er nur den lieben Gott lasst walten, BWV 691 1:39
18. O Ewigkeit du Donnerwort, BWV 513 (4 stimmig) 1:18

Soprano: Elly Ameling
Barítono: Hans-Martin Linde
Cravo: Gustav Leonhardt
Viola da Gamba: Johannes Koch
Violoncelo: Angelica May
Órgão: Rudolf Ewerhart

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Johannes Brahms (1833-1897): Quarteto para Piano Nº 1, Op. 25, Ballades, Op.10 (Emil Gilels, Amadeus Quartet)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um mega e merecido clássico jurássico. Esta gravação que entrou rapidamente entre as escolhidas como melhores da DG. As obras são extraordinárias e aqui temos vigor, paixão, poder e alta inteligência musical. Você pode ouvir muitas interpretações diferentes desta obra, mas não conheço nenhuma que seja realmente melhor. Admito ser fã de Gilels e tendencioso em relação a qualquer coisa que ele tenha feito. Emil Gilels (1916-1985) e o Amadeus Quartet expressam tanto o poder quanto a delicadeza desta peça complexa. Fico encantado com o leque de emoções alcançado. As notas de Peter Cossé explicam a importância da contratação do pianista russo pela Deutsche Grammophon durante a Guerra Fria. “Naquela época, no final dos anos 60 e início dos anos 70, um contrato entre um artista da União Soviética e uma gravadora ocidental era um evento sensacional na diplomacia cultural”. Talvez seja esta significância cultural que inspirou os artistas. Se você se interessa por “um dos pianistas mais importantes do século XX”, pela música de câmara de um dos compositores mais importantes do século XIX ou pela música romântica extremamente bem tocada, este CD vai lhe interessar. Ou lhe fazer enlouquecer de vez.

Johannes Brahms (1833-1897): Quarteto para Piano Nº 1, Op. 25, Ballades, Op.10 (Emil Gilels, Amadeus Quartet)

Piano Quartet No. 1 In G Minor Op. 25
1 1. Allegro 12:57
2 2. Allegro, Ma Non Troppo 8:15
3 3. Andante Con Moto 9:53
4 4. Rondo Alla Zingarese: Presto 8:17
Members Of The Amadeus Quartet:
Viola – Peter Schidlof
Violin – Norbert Brainin
Violoncello – Martin Lovett +
Piano – Emil Gilels

Balladen Op. 10
5 1. Andante – Allegro – Andante 4:37
6 2. Andante – Allegro Non Troppo – Molto Staccato E Leggiero – Andante 7:05
7 3. Intermezzo. Allegro 4:25
8 4. Andante Con Moto 8:53
Piano – Emil Gilels

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Seis Sonatas para Violino Op. 2 Nos 1-6 (Wallfisch, Tunnicliffe, Proud)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Seis Sonatas para Violino Op. 2 Nos 1-6 (Wallfisch, Tunnicliffe, Proud)

Gents, é o seguinte: este é um disco CONSISTENTE. Na minha opinião, não é nada extraordinário. Mas então por que é CONSISTENTE? Ora, porque os executantes são ótimos, a gravação é bem produzida, é tudo perfeito, porém o repertório — apesar da grife Vivaldi — não é das melhores coisas que aquele padre devasso produziu. Apesar da boa qualidade, a gente sempre espera mais do Totonho. Talvez estivesse entretido com alguma uma de suas alunas do Ospedale della Pietà e tivesse esquecido do mundo, sei lá. Porém… Ah porém… Amanhã postarei um disco altamente matador com as Sonatas para Violoncelo. As irmãs destas sonatas que posto hoje são maravilhosas. Ouçam e comparem. (Talvez o problema seja eu, por ficar feliz de ouvir coisas tristes). E este

Antonio Vivaldi (1678-1741): Six Violin Sonatas Op 2 Nos 1-6

1. Sonata in G minor, Op. 2/1, RV 27: Preludio: Andante
2. Sonata in G minor, Op. 2/1, RV 27: Giga: Allegro
3. Sonata in G minor, Op. 2/1, RV 27: Sarabanda: Largo
4. Sonata in G minor, Op. 2/1, RV 27: Corrente: Presto

5. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Preludio a capriccio – Presto
6. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Corrente: Allegro
7. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Adagio
8. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Giga: Allegro
9. Sonata in A major, Op. 2/2, RV 31: Pastorale ad libitum

10. Sonata in D minor, Op. 2/3, RV 14: Preludio: Andante
11. Sonata in D minor, Op. 2/3, RV 14: Corrente: Allegro
12. Sonata in D minor, Op. 2/3, RV 14: Adagio
13. Sonata in D minor, Op. 2/3, RV 14: Giga: Allegro

14. Sonata in F major, Op. 2/4, RV 20: Andante
15. Sonata in F major, Op. 2/4, RV 20: Allemanda: Allegro
16. Sonata in F major, Op. 2/4, RV 20: Sarabanda: Andante
17. Sonata in F major, Op. 2/4, RV 20: Corrente: Presto

18. Sonata in B minor, Op. 2/5, RV 36: Preludio: Andante
19. Sonata in B minor, Op. 2/5, RV 36: Corrente: Allegro
20. Sonata in B minor, Op. 2/5, RV 36: Giga: Presto

21. Sonata in C major, Op. 2/6, RV 1: Preludio: Andante
22. Sonata in C major, Op. 2/6, RV 1: Allemanda: Presto
23. Sonata in C major, Op. 2/6, RV 1: Giga: Allegro

Elizabeth Wallfisch: violin
Richard Tunnicliffe: cello
Malcolm Proud: harpsichord

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Elizabeth Wallfisch

PQP

Milhaud / Bartók / Stravinsky / Khachaturian: Trios para Clarinete, Violino e Piano (Ensemble Incanto)

Milhaud / Bartók / Stravinsky / Khachaturian: Trios para Clarinete, Violino e Piano (Ensemble Incanto)

A capa parece de comédia norte-americana. Um homem entre duas loiras. Seria melhor que ficassem juntos para sempre; afinal, tocam bem. Mas não sei se a cara deles revela alguma possível permissividade. Esqueçam. Este é um CD EXCELENTE que vale pelos Contrastes de Bartók e pelo sensacional Trio de Khachaturian. A redução da História do Soldado é boa, mas a versão original goleia. Contrastes — que é dedicada originalmente a Benny Goodman — é tão pouco tocada e Bartók é um compositor tão perfeito que a gente fica feliz de poder ouvir e reouvir a peça. O Trio de Khachaturian é maravilhosamente bem escrito, uma obra-prima mesmo. Cada um toca uma coisa diferente e sempre dá certo. E o Ensemble Incanto encanta… (peço desculpas pelo trocadalho do carilho). Falando sério, o conjunto é excelente, tem senso de estilo e apenas valoriza este excelente repertório.

Milhaud / Bartók / Stravinsky / Khachaturian: Trios para Clarinete, Violino e Piano

Darius Milhaud (1892-1974) – Suite
01. Ouverture – Vif et gai
02. Divertissement – Animé
03. Jeu – Vif
04. Introduction et Final

Béla Bartók (1881-1945) – Contrasts
05. Verbunkos
06. Piheno
07. Sebes

Igor Stravinsky (1882-1971) – L’Histoire du Soldat, Suite
08. Marche du Soldat
09. Le violon du Soldat
10. Petit concert
11. Tango – Valse – Rag
12. Danse du Diable

Aram Khachaturian (1903-1978) – Trio
13. Andante con dolore
14. Allegro
15. Moderato

Michaela Paetsch Neftel, violin
Ralph Manno, clarinet
Liese Klahn, piano
(Ensemble Incanto)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Foi uma luta conseguir uma foto dos incantados

PQP

Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

Vocês conhecem os discos do MAK — Musica Antiqua Köln. Os caras pesquisam e desencavam verdadeiras joias como essas, encontradas no gélido Báltico, entre a Lübeck de Thomas Mann, a Dinamarca de Isak Dinesen e a Suécia do ignorado e grande Franz Berwald (vou postar Berwald para vocês conferirem como é bom). Só que aqui são apenas obscuros barrocos. Para variar, o MAK acerta.

Este é um dos projetos mais divertidos e originais do MAK, mostrando alguns tesouros escondidos do final da era hanseática. O Mar Báltico tornou-se um patriciado de mercadores que disseminaram a cultura e os costumes alemães suas rotas comerciais – como Lübeck, Estocolmo, Riga ou Danzig – antes que músicos locais transmitissem a sabedoria recebida em seu próprio dialeto. Este programa não é uma mera jornada pelos portos do Báltico, mas uma exposição da música instrumental do século XVII. Poucas fontes sobrevivem numa região devastada pela guerra, cujas coleções restantes enfrentaram o ataque final na segunda guerra mundial. Goebel reuniu boa parte de seu programa surpreendentemente variado na Coleção Duben, em Uppsala, Suécia. A mistura de estilos varia aqui das fantasias corais do norte da Alemanha (Herzlich tut mich verlangen de Fischer é um pouco isso) às obras de influência vienense, como a vinheta quixotesca de Andreas Kirchoff, a arrogância regional da Sonata para dois trompetes de Albrici que, embora menos ostentosa do que os exemplos de Biber, fornece um aspecto nórdico bem distinto. Também a “extroversão” italiana de Vierdanck e as habilidosas peças programáticas de Meder (embora a Sonata di Battaglia seja boa demais) são uma pitada do gosto e gênero nacionais.

Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

1. Choralfantasie a 5 “Innsbruck, ich muß dich lassen”
Composed by Paul Luetkeman (1555-1611)

2. Fantasia a 5
Composed by Paul Luetkeman

3. Fantasia for 7 violes in C major
Composed by Anonymous

4. Sonata a 5 for 2 trumpets, 2 violins & bassoon
Composed by Vincenzo Albrici (1631-1696)

5. Sinfonia
Composed by Vincenzo Albrici

6. Capriccio in d (unspecified)
Composed by Johann Vierdanck (1605-1646)

7. Capriccio in d (unspecified)
Composed by Johann Vierdanck

8. Pavan a 3
Composed by Thomas Baltzar (1630-1663)

9-11. Suite in D minor
Composed by Nikolaus Hasse (1617-1672)

12. Sonata in B flat major
Composed by Andreas Kirchoff (1650-?)

13. Sonata a 5, No 15
Composed by Dietrich Becker (1623-1679)

14. Herzlich tut mich verlangen, Chorale
Composed by Johann Caspar Fischer (1646-1717)

15-18. Sonata “Der Polnische Pracher”
Composed by Johann Valentin Meder (1649-1719)

19. Sonata di Battaglia in C major
Composed by Johann Valentin Meder

Musica Antiqua Köln
Reinhard Goebel

Bassoon – Rainer Johannsen
Cello – Markus Möllenbeck
Harpsichord – Christian Rieger
Organ – Christian Rieger
Theorbo – Michael Dücker
Trumpet – Hannes Kothe, Ute Hartwich
Viola – Reinhard Goebel (tracks: 12), Volker Möller (tracks: 1, 2, 13 to 19), Wolfgang Von Kessinger (tracks: 1 to 3, 9 to 19)
Viola da Gamba – Anke Böttger, Jonathan Cable
Violin – Andrea Keller (tracks: 7, 8), Florian Deuter, Reinhard Goebel, Volker Möller (tracks: 3)
Violone – Jonathan Cable

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Carvalhos Bálticos (anônimo, século XVI ou XVII ) | Museu Nacional de Arte da Letônia (Riga)

PQP