Wolfang Amadeus Mozart (1756-1791) – Symphonie º 39 Es-Dur KV 543, Symphonie nº 40 G-moll KV 550 e Symphonie nº 41 C-Dur – “Jupiter Symphonie”

Aí está o segundo cd com as últimas sinfonias de Mozart, na interpretação sublime de Karl Böhm.
O que posso comentar que já não tenha sido comentado sobre a Sinfonia nº 39, ou minha favorita, a de nº 40, com seu conhecidíssimo primeiro movimento, ou então a de nº 41, corretamente chamada de Júpiter devido à grandiosidade da obra?
Façam bom proveito. Música de primeira, orquestra de primeira e regente de primeira.

Wolfgang Amadeus Mozart

Symphonie nº 39 Es -dur KV 543

1- Adagio – Allegro
2 – Andante com moto
3 – Menueto – Alegretto – Trio
4 – Finale – Allegro

Symphonie nº 40 G – moll KV 550
5 – Molto Alegro
6 – Andante
7 – Menueto – Allegretto – Trio
8 – Allegro Assai

Symphonie nº 41 C – Dur KV 551
9 – Allegro Vivace
10 – Andante cantabile
11 – Menuetto – Allegretto – Trio
1’2 – Molto Allegro

Berliner Philarmoniker
Karl Böhm

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Antonio Vivaldi (1678-1741) – Vespri per la Festa dell´Assunzione di Maria Virgine

Eis que FDP Bach encontra em seu acervo aquele seu CD de Vivaldi favorito. Sensibilizado pela beleza da última postagem vivaldiana de seu irmão PQP, trazemos outra primorosa gravação desta série da OPUS 111 com suas capas que são outro destaque: “Vespri per l’Assunzione di Maria Vergine”. Tratam-se de diversas obras, abaixo relacionadas, todas com interpretação deste maravilhoso conjunto italiano, o Concerto Italiano, dirigido por Rinaldo Alessandrini. A relação dos cantores estará mais abaixo.
FDP não perderá muito tempo tecendo considerações sobre as obras, ou sobre as interpretações. Deixará a critério de seus leitores/ouvintes a apreciação devida. O único comentário ao qual ele se permitirá será o seguinte:
Trata-se de música sublime e com interpretação também sublime… relaxem, sentem em sua melhor poltrona e apreciem sem necessariamente serem moderados… ao contrário, se extasiem com a beleza da música deste genial padre ruivo… não se preocupem em se excederem: garanto-lhes que este excesso não vai lhes fazer algum mal. Ao contrário. Ah, também não se preocupem com o fato dos cds terem sido ripados em arquivo único. Vocês não conseguirão mesmo parar de ouvi-los antes de acabarem…
Como se trata de obra extensa, trinta e quatro faixas cada cd, pedirei aos nossos ouvintes / leitores para consultarem o libreto que também estará disponível nesta postagem. Ali terão todas as informações necessárias sobre as faixas e respectivos solistas.

Antonio Vivaldi (1678-1741) – Vespri Solleni per la Festa dell´Assunzione di Maria Vergine
Riconstruzione di Fréderic Delamea e Rinaldo Alessandrini

Gemma Bertagnolli – soprano
Roberta Invernizzi – soprano
Anna Simboli – soprano
Sara Mingardo – contralto
Gianluca Ferrarini – tenore
Matteo Belloto – baritono
Antonio de Secondi – violino

Concerto Italiano – ensemble vocale e strumentale
Rinaldo Alessandrini – Direttore

CD 1 – BAIXE AQUI
CD 2 – BAIXE AQUI
Libreto – BAIXE AQUI

Antonio Vivaldi (1678 – 1741) – Stabat Mater, Concerto Fúnebre, Clarae Stelae, etc.

Logo que Vivaldi foi redescoberto, era comum comentar-se que ele havia escrito quinhentas vezes o mesmo concerto e dezenas de vezes as mesmas obras vocais. Uma afirmativa deste gênero não sobreviveria a este CD admirável de Rinaldo Alessandrini e do Concerto Italiano. A originalidade de cada concerto, a estilo próprio de cada obra aqui gravada, faria corar qualquer antigo comentarista. Só como amostra, ouça o primeiro movimento do Concerto Fúnebre e, lá por seus 1min40, note a enorme dramaticidade de que a música é tomada. Vai lá! Ouça!

Vale a pena adquirir este espetacular CD de 2000 da gravadora Opus111.

P.Q.P. Bach.


Cello Concerto, for cello, strings & continuo in G major,”Per la Solennità di San Lorenzo”, RV 413
Composed by Antonio Vivaldi
with Italiano Concerto
Conducted by Rinaldo Alessandrini
1. concerto per la solennità di s. lorenzo, rv556 : largo, allegro molto
2. concerto per la solennità di s. lorenzo, rv556 : largo e cantabile
3. concerto per la solennità di s. lorenzo, rv556 : allegro

Clarae stellae, scintillate, solo motet for voice, strings & continuo in F major, RV 625
Composed by Antonio Vivaldi
with Italiano Concerto, Sara Mingardo
Conducted by Rinaldo Alessandrini
4. clarae stellae, scintillate, rv625 : aria, allegro
5. clarae stellae, scintillate, rv625 : recitativo
6. clarae stellae, scintillate, rv625 : aria, allegro
7. clarae stellae, scintillate, rv625 : alleluia, allegro

Concerto, for violin & organ or violin ad lib & oboe, strings & continuo in C major, RV 554
Composed by Antonio Vivaldi
with Italiano Concerto
Conducted by Rinaldo Alessandrini
8. concerto en do majeur pour violon, violoncelle, oboé, órgão obligatto, cordas e baixo contínuo, rv554 : allegro
9. concerto en do majeur pour violon, violoncelle, oboé, órgão obligatto, cordas e baixo contínuo, rv554 : largo
10. concerto en do majeur pour violon, violoncelle, oboé, órgão obligatto, cordas e baixo contínuo, rv554 : allegro

Concerto funebre, for violin, oboe, chalumeau, 3 violas all’inglese, strings & continuo in B-flat major, RV 579
Composed by Antonio Vivaldi
with Italiano Concerto
Conducted by Rinaldo Alessandrini
11. concerto funebre en si bémol majeur, rv579 : largo
12. concerto funebre en si bémol majeur, rv579 : allegro poco
13. concerto funebre en si bémol majeur, rv579 : adagio, allegro

Stabat Mater, hymn for voice, strings & continuo in F minor, RV 621
Composed by Antonio Vivaldi
with Italiano Concerto, Sara Mingardo
Conducted by Rinaldo Alessandrini
14. stabat mater, rv621 : stabat mater dolorosa, largo
15. stabat mater, rv621 : cujus animam gementem, adagissimo
16. stabat mater, rv621 : o quam tristis, andante
17. stabat mater, rv621 : quis est homo, largo
18. stabat mater, rv621 : quis non posset, adagissimo
19. stabat mater, rv621 : pro peccatis suae gentis, andante
20. stabat mater, rv621 : eja mater, fons amoris, largo
21. stabat mater, rv621 : fac ut ardeat cor meum, lento
22. stabat mater, rv621 : amen

Sonata a 4 al Santo Sepolcro, for 2 violins, viola & continuo in E-flat major, RV 130
Composed by Antonio Vivaldi
with Italiano Concerto
Conducted by Rinaldo Alessandrini
23. sonate al santo sepolcro en mi bémol majeur, rv130 : largo molto
24. sonate al santo sepolcro en mi bémol majeur, rv130 : allegro ma poco

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Johann Sebastian Bach (1675-1750) – Goldberg Variations (Gould, 1955)

Minha cara colega Clara Schumann já deixou mais do que claro sua paixão por Schubert. Seus textos de apresentação são verdadeiros poemas, demonstrando toda sua sensibilidade de poetisa.
PQP Bach e eu, FDP Bach, não possuímos esta qualidade de texto. Somos mais sintéticos, digamos assim. Apresentamos a obra, fazemos alguma análise histórica, e ponto final.
FDP resolveu escolher esta gravação histórica das Variações Goldberg de nosso pai Johann S. Bach por diversas razões. Como sabemos que existem razões que nem a própria razão explica, esta gravação se tornou a favorita de muitos, inclusive, é claro, deste que vos escreve.
Já apresentamos Glenn Gould em outra ocasião, inclusive emprestamos um texto de nosso amigo Milton Ribeiro para ilustrar. Aliás, Milton comentou dia destes com FDP que estava preparando um texto sobre as Variações Goldberg. O blog aguarda ansiosamente.
Mas chega de falar. Quem quiser saber mais sobre este pianista único pode procurar nas boas livrarias a biografia que Otto Friderich escreveu sobre ele, e nas locadoras de dvd, um “documentário” chamado “32 Short Films About Glenn Gould” . Ah, a biografia do Friederich foi publicada pela Ed. Record. Mas vamos ao que interessa.

Bach: Goldberg Variations, BWV 988 (1955´s Historical Recording)
Glenn Gould – Piano

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[Restaurado por Vassily em 23.8.2024]

 

Luigi Boccherini (1743 – 1805) – Quintetos para Violão

É aquela coisa. É Boccherini. Tudo agradável, gentil, bonitinho para o bem e para o mal. O fato é que eu o estava ouvindo hoje, um dia de chuva insistente e frio penetrante em Porto Alegre. Chato, né?

Nestas circunstâncias, Boccherini saiu-se bem.

P.Q.P. Bach

Guitar Quintet in D minor, G. 445
Zoltan Tokos, guitar
Performed by:Danubius Quartet
I. Allegro moderato 07:27
II. Cantabile 04:23
III. Minuetto 04:22
IV. Finale: Allegro assai 03:48

Guitar Quintet in E major, G. 446
Zoltan Tokos, guitar
Performed by:Danubius Quartet
I. Maestoso assai 07:35
II. Adagio – Allegretto 04:56
III. Polacca: Tempo di Minuetto 05:53

Guitar Quintet in B flat major, G. 447
Zoltan Tokos, guitar
Performed by:Danubius Quartet
I. Allegro moderato 07:09
II. Tempo di Minuetto 04:18
III. Adagio 04:14
IV. Allegro 05:42

Total Playing Time: 54:47

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Wolgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Symphonie Nr. 35 D-Dur ‘Haffner’, KV 385, Symphonie Nr. 36 C-Dur ‘Linzer’, KV 425, Symphonie Nr. 38 ‘Prager’,

FDP Bach pede desculpas por suas ausências, mas trata-se do velho motivo: falta de tempo. Para compensar, uma das jóias de minha cdteca: Karl Böhm regendo Mozart. Imperdível.

Um dos maiores especialistas em Mozart do século XX à frente da melhor orquestra do mundo. Para que dizer mais? Dentro de alguns dias estarei postando as três últimas sinfonias.

Symphonie Nr. 35 D-Dur ‘Haffner’, KV 385
I Allegro con spirito
II Andante
III Menuetto
IV Finale Presto

Symphonie Nr. 36 C-Dur ‘Linzer’, KV 425
I Allegro spiritoso
II Andante
III Menuetto
IV Presto

Symphonie Nr. 38 ‘Prager’, KV 504
I Allegro
II Andante
III Finale Presto

Berliner Philarmoniker
Karl Böhm – Diretor

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J.S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (8 de 8 CDs)

Assim como o sétimo CD das Cantatas Profanas, este é extraordinário. Meu pai segue “rapinando” sua própria obra e retira quatro movimentos belíssimos do Oratório de Natal (1, 5, 7 e 9) para colocá-los na BWV 214 (Soem vossos tambores! Soprem vossas trombetas!). Esta cantata foi apresentada pela primeira vez em 8 de dezembro de 1733 para o aniversário da Eleitora e sua alegria demonstra que J.S. queria festa. Notem como os tambores e os trompetes respondem às ordem do coral no luminoso movimento de abertura.

A cantata Enaltece tua boa sorte, ó afortunada Saxônia, BWV 215, celebra o aniversário de eleição do Eleitor saxônio como rei da Polônia em de outubro de 1734. Adivinhem de onde saiu seu movimento de nº 7? Claro, do Oratório de Natal. Mas seu esplêndido coral de abertura aparecerá futuramente como o Hosana da Missa em Si Menor, comprovando o arrevesado conhecimento que meu pai possuía de Lavoisier: o Nada se cria, tudo se transforma é aqui interpretado como Tudo crio, porém, se não tiver tempo ou disposição, transformo. Só que papai roubava mais de si mesmo, como podemos comprovar acima, do que de outros, apesar de as noções de obra e autoria daquela época eram muito diferentes das de hoje.

Assim, finalizamos a série das Cantatas Profanas.

Divirtam-se!

P.Q.P. Bach.


Tonet, ihr Pauken! Erschallet Trompeten!, BWV 214

Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Conductor Helmuth Rilling
Performer Sibylla Rubens (Soprano – Bellona)
Ingeborg Danz (Alto – Pallas)
Marcus Ullman (Tenor – Irene)
Andreas Schmidt (Baritone – Fama)
Genre Baroque Period / Cantata
Date Written 1733
Ensemble Gachinger Kantorei Stuttgart
Period Baroque
Language German
Country Leipzig, Germany
Recording Studio

1. 1 Coro: Tonet, Ihr Pauken! Ershallet, Trompeten!
2. 2 Recitativo: Heut Ist Der Tag
3. 3 Aria: Blast Die Wohlgegriffnen Floten
4. 4 Recitativo: Mein Knallendes Metall
5. 5 Aria: Fromme Musin! Meine Glieder!
6. 6 Recitativo: Unsre Konigin Im Lande
7. 7 Aria: Kron Und Preis Gekronter Damen
8. 8 Recitativo: So Dringe In Das Weite Erdenrund
9. 9 Coro: Bluhet, Ihr Linden In Sachsen, Wie Zedern!

Preise dein Glucke, gesegnetes Sachsen, BWV 215
Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Conductor Helmuth Rilling
Performer Sibylla Rubens (Soprano)
Markus Schafer (Tenor)
Dietrich Henschel (Bass)
Genre Baroque Period / Cantata
Ensemble Gachinger Kantorei Stuttgart
Period Baroque
Language German
Country Germany
Recording Studio

10. 1 Coro I/II: Preise Dein Glucke, Gesegnetes Sachsen
11. 2 Recitativo: Wie Konnen Wir, Grobmachtigster August
12. 3 Aria: Freilich Trotzt Augustus’ Name
13. 4 Recitativo: Was Hat Dich Sonst, Sarmatien, Bewogen
14. 5 Aria: Rase Nur, Verwegner Schwarm
15. 6 Recitativo: Ja, Ja! Gott Ist Uns Noch Mit Seiner Hulfe Nah
16. 7 Aria: Durch Die Von Eifer Entflammeten Waffen
17. 8 Recitativo: Lab Doch, O Teurer Landesvater, Zu
18. 9 Coro I/II: Stifter Der Reiche, Beherrscher Der Kronen

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Andrès Segovia (1893-1987) – Fantasía para un Gentilhombre, Concierto del Sur, Concerto nº6

01 03

FDP voltou de viagem inspirado. E resolveu atender ao pedido de um leitor/ouvinte, que preferiu não se identificar, e postar um CD tendo o violão como instrumento solista.

O missivista desta postagem reconhece que foi um violonista medíocre em seus tempos de adolescente, mas logo reconheceu a falta de talento para o tal do instrumento. Aprendeu alguns acordes, alegrou alguns amigos tocando canções de Chico Buarque e Caetano Veloso, arriscou alguns passos no mundo do rock´n´roll, mas sua falta de talento era por demais patente, e decidiu doar o instrumento para um sobrinho, que talvez pudesse fazer melhor uso dele…

Mas a paixão pelo instrumento continuou. E quando teve acesso ao mundo do violão enquanto instrumento solista frente a uma orquestra sinfônica, ficou estarrecido com as possibilidades múltipla do mesmo. Claro que se apaixonou pelo Concierto de Aranjuez, de Joaquim Rodrigo, e pelas peças para alaúde adaptadas para o violão, e tendo intérpretes absolutamente maravilhosos, como Andrès Segovia, Narciso Yepes, John Williams, Julian Bream, os irmãos Romero, Paco de Lucia entre outros.

Mas nesta postagem FDP fará diferente. Até agora foi dado destaque ao compositor, apesar de termos todo o cuidado ao escolhermos os intérpretes. Dessa vez se dará destaque ao intérprete. E que intérprete…

“El señor don Andrés Torres Segovia, marqués de Salobreña¨, mais conhecido como Andrès Segovia, nasceu em 1893 e faleceu, quase centenário, em 1987. É considerado o introdutor do violão nas salas de concerto, que freqüentou durante toda sua vida. Também ajudou no desenvolvimento do instrumento, para melhorar sua acústica nas salas de concerto. Transcreveu inúmeras peças de Bach, Bocherini, entre outros, e ajudou a divulgar pelo mundo inteiro a riquíssima música espanhola. Villa-Lobos compôs seus Doze Estudos para Violão em sua homenagem.

Mas o CD a ser postado faz parte de uma pequena série que a cultuada gravadora Deutsche Grammophon lançou em homenagem ao Mestre, com o simples nome de “Segovia Collection”, composta de cinco cds, onde se destacam compositores espanhóis.

A primeira obra é a maravilhosa “Fantasia para um Gentilhombre”, composta por encomenda a Joaquim Rodrigo. Dividida em quatro movimentos, são variações sobre um tema, onde a força da música espanhola, com forte influência da música flamenca, se destaca. Possuo outras gravações desta obra, inclusive com o genial Narciso Yepes, mas nas mãos mágicas de Segovia ela se transforma na verdadeira e legítima representação da alma espanhola. Ouçam com atenção principalmente o primeiro movimento. É de arrepiar.

Após o belíssimo “Concierto del Sur”, de Manoel Ponce, Segovia envereda no barroco, através da música de Luigi Bocherini, tocando o Concerto para violoncelo nº 6, por ele adaptado para violão.

Nestas obras, poderemos admirar a versatilidade de Segovia, e sua técnica absolutamente perfeita. Com certeza, o que vocês poderão admirar não será apenas um dos maiores violonistas do século XX, mas sim um dos maiores músicos do século.

Joaquin Rodrigo – Fantasía para un gentilhombre.
1. Villano y ricercar
2.Españoleta y fanfare de la caballería de Nápoles
3.Danza de las hachas
4.Canario

Manuel Ponce – Concierto del Sur
5. Allegro moderato
6.Andante
7. Allegro moderato e festivo

Luigi Bocherini – Concerto para violoncelo nº6
8 – Allegro non tanto
9 – Andante cantabile
10 – Allegreto – più mosso

Andrès Segovia – Violão
Simphony of the Air
Enrique Jorda – Diretor

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Nota do Editor (curtinha)

O crescimento da visitação a nosso blog é algo importante para nós, porém o mais notável é o grau de informação de quem vem aqui. São pessoas que sabem o que desejam ouvir. Analisando o número de downloads de cada arquivo, só podemos concluir que não estamos tratando com leigos… Há arquivos que são baixados cinco vezes mais do que outros e os mais ouvidos são sempre aqueles que poderíamos colocar nas abaláveis posições de “indiscutíveis” e “polêmicos”.

Quando fundei o P.Q.P. pensei em postar sem estresse aquilo que estava ouvindo no momento, sem obedecer a critérios ou a sistematizações, sempre escrevendo posts que não me custassem mais do que 15 minutos de trabalho. Foi isto o que propus a F.D.P Bach e a Clara Schumann quando os convidei.

Não vou mudar nada, mas, pessoalmente, tratarei de usar alguns posts para colocar compositores que foram inadvertidamente ignorados por nós. Há outros, mas refiro-me principalmente a Beethoven. Vou terminar a postagem das Cantatas Profanas de Bach e dos Concertos para Piano de Mozart e depois entrarei nas últimas sonatas para piano – do Op. 101 em diante – e nos últimos quartetos – a partir do Razumovsky, OK? (se alguém quiser também o Op. 18, peça!). Também virá uma integral das Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos.

Isto não muda em absoluto o plano inicial, mas traz um pouco mais de música fundamental para cá.

E chega de conversa.

P.Q.P. Bach

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) – Sonatas

Esta extraordinária seleção de sonatas do mano C.P.E. Bach já o mostra décadas a frente do barroco. É um clássico crasso. Se pensarmos que foram escritas entre 10 e 17 anosdepois da morte de nosso pai, concluiremos que C.P.E. fundou o estilo de Haydn. Para que não haja dúvidas, experimente comparar as sonatas deste CD com as desta postagem de Clara Schumann.

É música de primeiríssima linha que conta com a compreensiva interpretação do pianista de sobrenome famoso. Confesso que o desconhecia até comprar o CD há duas semanas. Sugiro a você fazer o mesmo.

P.Q.P. Bach.

BACH, C.P.E.: Keyboard Sonatas
Carl Philipp Emanuel Bach

Keyboard Sonata in G major, Wq. 65/22, H. 56
1. I. Allegro 03:16
2. II. Andante 02:33
3. III. Allegro 01:00

Keyboard Sonata in A major, Wq. 65/37, H. 174
4. I. Allegro 03:57
5. II. Andante ma non troppo 03:09
6. III. Allegro di molto 03:12

Keyboard Sonata in A major, Wq. 70/1, H. 133
7. I. Allegro 06:30
8. II. Andante con tenerezza 05:34
9. III. Allegretto 02:43

Keyboard Sonata in B flat major, Wq. 62/16, H. 116
10. I. Allegro 02:52
11. II. Andante 02:20
12. III. Allegretto 02:07

Keyboard Sonata in E minor, Wq. 65/30, H. 106
13. I. Allegretto 04:34
14. II. Andante 01:25
15. III. Allegretto 01:55

Keyboard Sonata in G major, Wq. 65/48, H. 280
16. I. Andantino 05:23
17. II. Adagio e sostenuto 02:08
18. III. Allegro 03:15

19. Rondo in E flat major, Wq. 61/1, H. 288 04:33

François Chaplin, piano

Total Playing Time: 01:02:26

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J.S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (7 de 8 CDs)

A Cantata BWV 212 é a famosa Cantata dos Camponeses. A orquestra, em autêntica forma camponesa, acompanha na maioria das árias apenas com violino, viola e contrabaixo. Igualmente econômico é o naipe vocal: um soprano e um baixo. É música despretensiosa e adequada para um enredo bem humorado e cativante, mostrando muito claramente a versatilidade de meu pai. Os críticos da época – às vezes hostis aos monumentos intrincados – não conseguiram encontrar defeitos nesta pequena obra de árias curtas. A abertura é uma mistura de fragmentos de danças do folclore popular.

A Cantata BWV 213 é a perfeição em forma de Cantata. Ela é bem conhecida pois, no seguinte ao de sua composição, em 1734, foi utilizada por inteiro no Oratório de Natal, apenas com alterações no texto. Trata-se de música absolutamente superior e nem vou perder meu tempo descrevendo-a. Ouçam!

P.Q.P. Bach.

Mer Hahn en neue Oberkeet, BWV 212 “Peasant Cantata” – Cantata dos Camponeses

Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Conductor Helmuth Rilling
Performer Christine Schafer (Soprano)
Thomas Quasthoff (Bass)
Jean-Claude Gerard (Flute)
Francis Goutou (Cello)
Harro Bertz (Double Bass)
Boris Kleiner (Harpsichord)
Jan Karas (French Horn)
Genre Baroque Period / Cantata
Date Written 1742
Ensemble Gachinger Kantorei Stuttgart
Period Baroque
Language German
Country Leipzig, Germany
Recording Studio

1. No. 1 (Ouverture) – Christine Schafer
2. No. 2 Aria: Mer Hahn En Neue Oberkeet – Christine Schafer
3. No. 3 Recitativo: Nu, Mieke, Gib Dein Guschel Immer Her – Christine Schafer
4. No. 4 Aria: Ach, Es Schmeckt Doch Gar Zu Gut – Christine Schafer
5. No. 5 Recitativo: Der Herr Ist Gut – Christine Schafer
6. No. 6 Aria: Ach, Herr Schosser, Geht Nicht Gar Zu Schlimm – Christine Schafer
7. No. 7 Recitativo: Es Bleibt Dabei – Christine Schafer
8. No. 8 Aria: Unser Trefflicher, Lieber Kammerherr – Christine Schafer
9. No. 9 Recitativo: Er Hilft Uns Allen, Alt Und Jung – Christine Schafer
10. No. 10 Aria: Das Ist Galant – Christine Schafer
11. No. 11 Recitativo: Und Unsre Gnadge Frau – Christine Schafer
12. No. 12 Aria: Funfzig Taler Bares Geld – Christine Schafer
13. No. 13 Recitativo: Im Ernst Ein Wort – Christine Schafer
14. No. 14 Aria: Klein-Zschocher Musse – Christine Schafer
15. No. 15 Recitativo: Das Ist Zu Klug Vor Dich – Christine Schafer
16. No. 16 Aria: Es Nehme Zehntausend Dukaten – Christine Schafer
17. No. 17 Recitativo: Das Klingt Zu Liederlich – Christine Schafer
18. No. 18 Aria: Gib, Schone, Viel Sohne – Christine Schafer
19. No. 19 Recitativo: Du Hast Wohl Recht – Christine Schafer
20. No. 20 Aria: Dein Wachstum Sei Feste Und Lache Vor Lust – Christine Schafer
21. No. 21 Recitativo: Und Damit Sei Es Auch Genung – Christine Schafer
22. No. 22 Aria: Und Dass Ihrs Alle Wisst – Christine Schafer
23. No. 23 Recitativo: Mein Schatz! Erraten – Christine Schafer
24. No. 24 Chor: Wir Gehn Nun, Wo Der Tudelsack – Christine Schafer

Hercules auf dem Scheidewege, BWV 213 – Hércules na Encruzilhada

Composer Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Conductor Helmuth Rilling
Performer Sibylla Rubens (Soprano – Wollust)
Ingeborg Danz (Alto – Herkules)
Constanze Schumacher (Alto – Echo)
Marcus Ullman (Tenor – Tugend)
Andreas [baritone] Schmidt (Baritone – Mercury)
Genre Baroque Period / Cantata
Date Written by 1733
Ensemble Gachinger Kantorei Stuttgart
Period Baroque
Language German
Country Leipzig, Germany
Recording Studio

25. No. 1 Chorus: Lasst Uns Sorgen, Lasst Uns Wachen – Ingo Goritzki
26. No. 2 Recitativo: Und Wo? Wo Ist Die Rechte Bahn – Ingo Goritzki
27. No. 3 Aria: Schlafe, Mein Liebster – Ingo Goritzki
28. No. 4 Recitativo: Auf! Folge Meiner Bahn – Ingo Goritzki
29. No. 5 Aria: Treues Echo Dieser Orten – Ingo Goritzki
30. No. 6 Recitativo: Mein Hoffnungsvoller Held – Ingo Goritzki
31. No. 7 Aria: Auf Meinen Flugeln Sollst Du Schweben – Ingo Goritzki
32. No. 8 Recitativo: Die Weiche Wollust Locket Zwar – Ingo Goritzki
33. No. 9 Aria: Ich Will Dich Nicht Horen – Ingo Goritzki
34. No. 10 Recitativo: Geliebte Tugend, Du Allein – Ingo Goritzki
35. No. 11 Aria Duetto: Ich Bin Deine – Ingo Goritzki
36. No. 12 Recitativo Accompagnato: Schaut, Gotter, Dieses Ist Ein Bild – Ingo Goritzki
37. No. 13 Chorus: Lust Der Volker, Lust Der Deinen – Ingo Goritzki

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Georg Friedrich Händel (1685-1759) – O Triunfo do Tempo e do Desengano

Já tínhamos postado esta notável obra de Händel, mas não apenas aquela versão era insatisfatória como não havia divisão por faixas nos arquivos. Estes aqui, retirados da discoteca de P.Q.P. Bach, estão perfeitamente organizados, dentro de nosso habitual padrão…

O anúncio da estréia dizia:

IL TRIONFO DEL TEMPO E DEL DISINGANNO
Oratorio in 3 parti
Libretto di Benedetto Pamphili
Musica di Georg Friedrich Händel

Roma, Collegio Clementino, giugno 1707

PERSONAGGI VOCI:
BELLEZZA Soprano (Beauty)
PIACERE Soprano (Pleasure)
DISINGANNO Alto (Disillusion)
TEMPO Tenor (Time)

Direttore: Arcangelo Corelli

Com este nome, poderia ser um oratório existencialista com o tempo e o desengano (ou verdade, ou desilusão) triunfando sobre a beleza e o prazer. Mas não, é um belíssimo oratório de Händel, muito pouco divulgado. O compositor, aos 22 anos, estava na Itália quando escreveu este que foi o primeiro de seus muitos oratórios.

Curiosamente, foi também o último, pois ele o reescreveu, traduzindo-o para o inglês com o nome de The Triumph of Time and Truth. No texto do oratório as personagens Beleza, Prazer, Desengano (ou Verdade) e Tempo discutem. É um tema bastante comum no repertório cheio de alegorias do barroco.

HANDEL: O Triunfo do Tempo e do Desengano

George Frideric Handel
Il Trionfo del Tempo e del Disinganno (The Triumph of Time and Truth)
Peer Abilgaard, alto
Nicholas Hariades, alto
Claron McFadden, soprano
Elisabeth Scholl, soprano
Performed by:Junge Kantorei
Frankfurt Baroque Orchestra
Conducted by:Joachim Carlos Martini

CD 1:

1. Part l: Sonata dell’Overtura, HWV 46a (Allegro) – Adagio – (Allegro); Sinfonia, HWV 46b – Allegro – Adagio 07:11
2. Part l: Solo al godere aspria il nostro cor (Chorus and Soloists) 03:01
3. Part l: Recitative: Qual veggo il mio sembiante (Bellezza) 00:22
4. Part l: Aria: Fido specchio, in te vagheggio (Bellezza) 05:06
5. Part l: Recitative: Io che sono il Piacere (Piacere, Bellezza) 00:33
6. Part l: Aria: Fosco genio, e nero duolo (Piacere) 04:58
7. Part l: Recitative: Ed io, che ‘l Tempo sono (Tempo, Disinganno) 00:28
8. Part l: Aria: Se la bellezza (Disignanno) 03:54
9. Part l: Recitative: Dunque si prendan l’armi (Piacere, Bellezza, Tempo, Disinganno) 00:24
10. Part l: Aria: Una schiera di piaceri (Bellezza) 05:39
11. Part l: Recitative: I Colossi del Sole (Tempo) 00:18
12. Part l: Aria: Urne voi, che racchiudete (Tempo) 03:06
13. Part l: Son large de dolor (Coro del Tempo) 01:43
14. Part l: Recitative: Sono troppo crudi i tuoi consigli (Piacere) 00:18
15. Part l: Duet: Il voler nel fior degli’anni (Bellezza, Piacere) 06:01
16. Part l: Recitative: Della vita morale (Disinganno, Bellezza) 00:39
17. Part l: Aria: Un piensiero nemico di pace (Bellezza) 02:30
18. Part l: Recitative: Folle, tu nieghi ‘l tempo, ed in quest’ora (Disinganno, Piacere, Bellezza) 01:07
19. Part l: Aria: Nasce l’Uomo, ma nasce Bambino (Tempo) 01:52
20. Part l: L’Uomo sempre se stesso distrugge (Choro) 01:38

BAIXE AQUI O CD 1 (DOWNLOAD)

CD 2:

1. Interlude: Concerto for Organ, Violin, Cello and Instruments (Andante allegro) 03:02
2. Interlude: Viver, nor amar (Bellezza, Piacere, Tempo, Disinganno, Coro) 04:59
3. Interlude: Sinfonia: Allegro 01:06
4. Part ll: Recitative: Questa e la Reggio mia (Piacere) 01:38
5. Part ll: Sonatina for Solo Violin – Allegro – Presto 00:57
6. Part ll: Sonatina for Carillon (Adagio – Andante) 01:09
7. Part ll: Recitative: Taci: qual suono ascolto? (Bellezza) 00:07
8. Part ll: Aria: Un leggiadro Giovinetto (Piacere) 07:14
9. Part ll: Recitative: Ha nella destra l’ali (Bellezza) 00:18
10. Part ll: Aria: Venga il Tempo, e con l’ali funeste (Bellezza) 03:22
11. Part ll: O Tempo, padre del dolor (Coro) 02:00
12. Part ll: Ritornello (Allegro, ma non troppo) 00:47
13. Part ll: Aria: Crede l’uon ch’egli riposi (Disinganno) 06:06
14. Part ll: Recitative: Tu credi che sia lunge (Tempo, Bellezza) 01:12
15. Part ll: Aria: Folle, dunque tu sola presumi (Tempo) 04:57
16. Part ll: Recitative: La Reggia del piacer vedesti? (Disinganno, Tempo) 00:22
17. Part ll: Quartetetto: Se non sei piu ministro di pene (Bellezza, Piacere, Disinganno, Tempo) 02:55
18. Part ll: Recitative: Se del falso piacere (Tempo) 01:12
19. Part ll: AriaChiudi, chiudi i vaghi rai (Piacere) 03:16
20. Part ll: Recitative: In tre parti divise (Tempo) 01:03
21. Part ll: Aria: Io sperai troval nel vero (Bellezza) 05:30
22. Part ll: Recitative: Tu vivi invan dolente (Piacere) 00:18
23. Part ll: Aria: Tu giurasti di mai no lasciarmi (Piacere) 03:47
24. Part ll: Recitative: Sguardo, che infermo ai rai del Sol si volge (Tempo) 00:26
25. Part ll: Aria:Io vorrei due cori in Seno (Bellezza) 01:49
26. Part ll: Recitative: Io giurerei, che tu chiudesti il lumi (Disinganno, Bellezza) 00:41
27. Part ll: Aria: Piu non cura (Disinganno) 03:18
28. Part ll: Recitative: E un’ ostinato errore (Tempo) 00:27
29. Part ll: Aria: E ben folle quel Nocchier (Tempo) 03:45
30. Part ll: Recitative: Dicesti il vero, e (benche tardi) intesti (Bellezza) 00:31
31. Part ll: Quartetetto: Voglio Tempo per risolvere (Bellezza, Tempo, Disinganno, Piacere) 01:52
32. Part ll: Pria che sii converta in Polve (Coro) 02:10

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CD 3:

1. Part lll: Sinfonia: Andante, Da Capo. 01:38
2. Part lll: Recitative: Presso la Reggia ove ‘l Piacere risiede (Bellezza, Disinganno) 01:34
3. Part lll: Aria: Lascia la Spina (Piacere) 01:50
4. Part lll: Sarabande – Improvisation for Two Harpsichords (Almira, Hamburg 1704, HWV 1/4) 04:06
5. Part lll: Aria – Sarabande (II Trionfo del Tempo e del Disinganno, Rome 1707, HWV 46a/23), (Piacere) 06:56
6. Part lll: Recitative: Con troppo chiare note (Bellezza, Disinganno) 00:43
7. Part lll: Aria: Voglio cangiar desio (Bellezza) 04:27
8. Part lll: Recitative: Or che tiene la destra (Bellezza, Piacere, Disinganno) 00:30
9. Part lll: Aria: Chi gia fu del giondo Crine (Disinganno) 02:46
10. Part lll: Recitative: Ma che beggio? Che miro? (Bellezza) 00:55
11. Part lll: Aria: Ricco pino (Bellezza) 04:20
12. Part lll: Accompanied Recitative: Si, bella penitenza (Bellezza) 01:23
13. Part lll: Aria: Il bel pianto dell’Aurora (Tempo) 05:51
14. Part lll: Recitative: Piacer, che meco gia vivesti, il vero (Bellezza) 00:43
15. Part lll: Aria: Come Nembo che fugge col vento (Piacere) 05:23
16. Part lll: Accompanied Recitative: Or se la Verita del Sole Eterno (Bellezza) 00:39
17. Part lll: Aria: Quel del Ciel Ministro Eletto (Bellezza) 05:34
18. Part lll: Organ Concerto, Op. 4, No. 4, HWV 292: Allegro – Adagio 05:14
19. Part lll: Alleluia (Coro) 01:58

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Total Playing Time: 02:59:34

Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music (CD 3 de 11) Sonatas para Violino e Piano nº 1 em G maior, nº 2 em A maior e nº3 em D menor

Pois bem, eis então terceiro cd da Obra Integral de Câmara de Johannes Brahms. Demorou, mas veio. Nesse cd, temos as sonatas para violino e piano. E que podemos comentar sobre elas, além de dizer que são maravilhosas, de uma profundidade que atinge nossas almas, mas sem sobressaltos, e sim muita emotividade, paixão e energia, sem porém resvalar em superficialidades?
Tenho 4 versões destas obras: Shlomo Mintz, Anne-Shophie Mutter, Viktoria Mullova, e esta aqui, com Arthur Grumiaux e Gyorgy Sebok. Quatro versões totalmente diferentes umas das outras, mas todas conseguindo capturar a essência das obras. Um andamento de um pode diferir do andamento do outro, mas todas elas são fiéis ao espírito brahmsiano. Excelentes músicos. Daria um pouco mais de destaque para a versão da então jovem Anne Sophie Mutter, acompanhada pelo excelente Alexis Weissenberg. Se alguém quiser, posso postá-la aqui.
Mas darei a preferência à dupla Grumiaux/Sebok por ter sido a escolhida para integrar a série da Philips da obra integral de Câmera de Brahms.
Sugiro que, ao ouvirem estas obras, se preparem espiritualmente. Esqueçam os problemas e as preocupações, sentem em seu melhor sofá, relaxem, e aproveitem. Isso é Brahms em sua mais pura essência.

Sonata No. 1 in G major, Op. 78
I. Vivace ma non troppo
II. Adagio
III. Allegro molto moderato

Sonata No. 2 in A major, Op. 100
I. Allegro amabile
II. Andante tranquillo – Vivace – Andante – Vivace di piu –
III. Allegretto grazioso. Quasi andante

Sonata No. 3 in D minor, Op.108
I. Allegro
II. Adagio
III. Un poco presto e can sentimento
IV. Presto agitato

Arthur Grumiaux – violino
Gyorgy Sebok – piano

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Johannes Brahms (1833-1897) – Quarteto para Piano Op. 26

Completando os Quartetos para Piano de Brahms, apresentamos agora o de Nº2, Op. 26, com o Beaux Arts Trio.

Para que os outros Quartetos para Piano – Op. 25 (Nº1) e Op. 60 (Nº2) – sejam encontrados por vocês, basta clicar sobre o “Label” Brahms ao lado.

Os Quartetos para Piano de Brahms são obras fundamentais do repertório de câmara do compositor.

1. Piano quartet in a, op.26 : allegro non troppo
2. Piano quartet in a, op.26 : poco adagio
3. Piano quartet in a, op.26 : scherzo. poco allegro
4. Piano quartet in a, op.26 : finale. allegro

Beaux Arts Trio, com Walter Trampler (viola).

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Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Concertos para piano nº 3, em D menor op 30, Concerto para piano nº 4 G minor op. 40

Pois bem,

Concluindo então a integral dos concertos para piano e orquestra de Rachmaninov, agora com famosíssimo concerto de nº 3, talvez o mais conhecido de todos, e o, para mim até então desconhecido, de nº 4. A interpretação sempre à cargo de Zoltán Kocsis e acompanhado pela Orquestra Sinfônica de San Francisco dirigida por Edo de Waart.

Concerto para piano nº 3, em D menor op 30

I. Allegro ma non tanto
II. Intermezzo (Adagio)
III. Finale (Alla breve)

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Concerto para piano nº 4 G minor op. 40

I. Allegro vivace (Alla breve)
II. Largo
III. Allegro vivace

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San Francisco Symphony Orchestra
Edo de Waart – Director
Zoltán Kocsis – piano

Jean Sibelius (1865–1957) – Sinfonias Nos. 2 & 7

Atendendo a pedidos, postamos a Sinfonia Nº 2 de Sibelius. Dentre as sinfonias do finlandês, a segunda sinfonia não é uma das preferências de P.Q.P. Bach, que prefere as de Nº 4, 5 e 7. Para sua alegria, há um CD da Naxos onde a segunda vem acompanhada da maravilhosa sétima, apesar de que a gravação que mora nos ouvidos de PQP é uma antiga, a cargo do grande Evgueni Alexandrovitch Mravinski (1903-1988), junto à Filamônica de Leningrado, na qual o trombonista dá um show de competência. Aliás, acho que nesta gravação o engenheiro de som achatou o trombonista, que executa o principal tema desta vertiginosa sinfonia em um movimento.

O registro de Leaper não é nada ruim – longe disso! – e, como só tenho a gravação de Mravinski em glorioso vinil (que cuido com todo o carinho), fiquemos com ela.

Symphony No. 2 in D major, Op. 43
Performed by:Slovak Philharmonic Orchestra
Conducted by:Adrian Leaper

I. Allegretto – Poco allegro – Tranquillo, ma poco a poco revvivando il tempo al allegro 10:05
II. Tempo andante, ma rubato – Andante sostenuto 13:50
III. Vivacissimo – Lento e suave – Largamente 6:00
IV. Finale: (Allegro moderato) 13:21

Symphony No. 7 in C major, Op. 105
Performed by:Slovak Philharmonic Orchestra
Conducted by:Adrian Leaper

V. Symphony No. 7 in C major, Op. 105 20:25

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Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Concerto para piano nº 1, em F Sustenido Maior, op. 1 – Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43

Caríssimos,

Postagens anteriores já definiram meus sentimentos em relação de Rachmaninov, portanto, não entrarei em maiores detalhes a respeito. Graças a este recurso maravilhoso que é a internet, pude ter acesso a obras que sempre me chamaram a atenção, como é o caso de seus concertos para piano. A alguns anos atrás tive a felicidade de encontrar esta integral destes concertos, nas mãos deste grande pianista húngaro, que faz jus à fama dos grandes pianistas e compositores húngaros, Zóltan Kocsis. Admiro muito sua técnica e seu apurado estilo. Supera as dificuldades técnicas dos concertos com grande competência, e mostra um Rachmaninov que sempre quis ouvir: sem muitas firulas, nem acrobacias técnicas, e sem aquele romantismo exacerbado. Romântico tardio, sim, mas sem exageros. Ele é acompanhado pela San Francisco Symphony Orchestra, dirigida por outro europeu, desta vez holandês, Edo De Waart.
Comecemos pelo começo, como diria o outro: O Concerto de nº1. Ah, de “brinde” segue em anexo a Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43.

Concert for piano e orchestra in F Sharp Minor, op. 1

I. Vivace
II. Andante
III. Allegro Vivace

Rhapsody on a Theme by Paganini op. 43

Zóltan Kocsis – piano
Edo de Waart – Director
San Francisco Symphony Orchestra

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Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) – Prussian & Württemberg Sonatas

Uma amostra do que podia meu irmão C.P.E.! Ele foi o segundo filho dos 22 que meu pai teve – incluo na lista eu e F.D.P. – e não se enganem, foi grandíssimo compositor. Era filho de Maria Barbara. Seria muito mais famoso se não houvesse papai. É considerado o fundador e precursor do estilo clássico na música erudita.

Não é pouca coisa. Se a sonoridade de sua música ainda soa barroca, os temas curtos e afirmativos são já de feições inquestionavelmente beethovenianas. Durante a segunda metade do Século XVIII, a reputação de C. P. E. Bach permaneceu muito alta. Wolfgang Amadeus Mozart disse a seu respeito, “Ele é o pai, nós somos os filhos”. A maior parte dos exercícios de Haydn derivaram-se de estudos de sua obra. Ludwig van Beethoven expressou também a maior admiração e respeito. Esta posição deve-se principalmente graças as suas sonatas para cravo, que marcam uma época importante na história da forma musical.

Mas o que ficou, para nossa época, foram suas sinfonias e obras para mais de um instrumento. São obras mais eufônicas e gentis. Curiosamente, as sonatas que tanto ensinaram e Beethoven, Haydn e Mozart foram varridas do repertório. São obras difíceis, às vezes ásperas, e, sempre que as ouvi, comecei a admirá-las no segundo CD e a me entusiasmar no somente no terceiro. Há que se acostumar com o experimentalista Carl Philipp Emanuel. Obviamente, ele permaneceu muito longe de meu pai como compositor e criador, mas também é evidente que não merece o esquecimento.

Recuperamos aqui, neste esplêndido álbum triplo de Bob van Asperen, as tais sonatas. É um CD bastante difícil de se encontrar. Logo, eu e F.D.P. iremos postar músicas de mais fácil digestão, escritas por nosso mano.

Composer: Bach, Carl Philipp Emanuel
Length: 175:41
Period: Classical Era
Packaging: 3 CD Set
Genre: Piano Sonata

C. P. E. Bach: Prussian and Württemberg Sonatas 70:44

01 CPE Bach: Prussian Sonata #1-1 04:32
02 CPE Bach: Prussian Sonata #1-2 02:55
03 CPE Bach: Prussian Sonata #1-3 02:36
04 CPE Bach: Prussian Sonata #2-1 05:39
05 CPE Bach: Prussian Sonata #2-2 03:37
06 CPE Bach: Prussian Sonata #2-3 03:32
07 CPE Bach: Prussian Sonata #3-1 04:50
08 CPE Bach: Prussian Sonata #3-2 03:37
09 CPE Bach: Prussian Sonata #3-3 03:04
10 CPE Bach: Prussian Sonata #4-1 06:06
11 CPE Bach: Prussian Sonata #4-2 04:21
12 CPE Bach: Prussian Sonata #4-3 02:55
13 CPE Bach: Prussian Sonata #5-1 02:42
14 CPE Bach: Prussian Sonata #5-2 05:01
15 CPE Bach: Prussian Sonata #5-3 03:15
16 CPE Bach: Prussian Sonata #6-1 04:27
17 CPE Bach: Prussian Sonata #6-2 03:37
18 CPE Bach: Prussian Sonata #6-3 03:58

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CPE Bach Prussian and Württemberg Sonatas 56:10

01 CPE Bach: Württemberg Sonata #1-1 05:23
02 CPE Bach: Württemberg Sonata #1-2 03:59
03 CPE Bach: Württemberg Sonata #1-3 05:33
04 CPE Bach: Württemberg Sonata #2-1 05:04
05 CPE Bach: Württemberg Sonata #2-2 04:19
06 CPE Bach: Württemberg Sonata #2-3 04:08
07 CPE Bach: Württemberg Sonata #3-1 04:33
08 CPE Bach: Württemberg Sonata #3-2 04:47
09 CPE Bach: Württemberg Sonata #3-3 03:33
10 CPE Bach: Württemberg Sonata #4-1 06:03
11 CPE Bach: Württemberg Sonata #4-2 04:05
12 CPE Bach: Württemberg Sonata #4-3 04:43

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CPE Bach – Prussian and Württemberg Sonatas 48:47

01 CPE Bach: Württemberg Sonata #5-1 05:23
02 CPE Bach: Württemberg Sonata #5-2 04:24
03 CPE Bach: Württemberg Sonata #5-3 03:51
04 CPE Bach: Württemberg Sonata #6-1 05:44
05 CPE Bach: Württemberg Sonata #6-2 04:45
06 CPE Bach: Württemberg Sonata #6-3 04:59
07 CPE Bach: Württemberg Sonata #7-1 07:46
08 CPE Bach: Württemberg Sonata #7-2 06:31
09 CPE Bach: Württemberg Sonata #7-3 05:24

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Bob van Asperen, Harpsichord

Pyotr Il’yich Tchaikovsky (1840-1893) Violin Concerto in D major, Op. 35

Finalizando o duelo Heifetz/Oystrakh vai aí minha gravação favorita do Concerto para violino de Tchaikovsky, por sinal, um de meus favoritos. Para muitos, esta gravação, realizada ainda nos anos 50, sinto não poder precisar a data, é uma das melhores deste concerto único.
Creio que a primeira vez que o ouvi, fui numa viagem para Balneário Camboriú, quando eu tinha uns 10 anos de idade. Entre minha cidade e aquele balneário tem uma belíssima serra, a Serra de Dna Francisca. Eu costumava descer a serra com um tio, apaixonado por música clássica. Certa vez, no meio da serra, ele encostou o carro, e ficamos ouvindo este Concerto de violino de Tchaikovsky e apreciando a paisagem… até hoje, 30 anos depois, sempre que passo por lá, procuro associar a paisagem à esta magnífica obra. Só me lembro que esta gravação que ele tinha em fita cassete era da Deutsche Grammophon, mas não lembro que era o solista nem a orquestra. Ainda não prestava atenção nessas informações.
Enfim, grande obra, grande solista, excelente orquestra em seu apogeu com um de seus principais regentes… tudo isso somado só pode dar um resultado: excelente audição para todos…
Espero que apreciem como eu apreciei e ainda hoje aprecio…

Violin Concerto in D major, Op. 35

1. Allegro Moderato
2. Canzonetta
3. Allegro Vivacissimo

Jascha Heifetz – violino
Fritz Reiner – Diretor
Chicago Symphny Orchestra

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Sergei Rachmaninov (1873 – 1943) – Sinfonia nº2

Pois bem, como prometido, eis outra sinfonia de Rachmaninoff, desta vez a de nº2. Entre as 3, por enquanto é minha favorita. Seu adagio é belíssimo, suave, sem muitas pirotecnias, e Lorin Maazel segura bem as pontas, não caindo nas armadilhas açucaradas que ela pode ter em alguns momentos. Interpretação segura, com uma orquestra que dispensa comentários. Espero que apreciem, como eu apreciei…

Symphony no.2 in E minor op.27

1. Largo – Allegro moderato
2. Allegro molto
3. Adagio
4. Allegro vivace

Berliner Philarmoniker
Lorin Maazel – Director

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J.S. Bach (1685-1750) – Cantatas Profanas (6 de 8 CDs) – As Mulheres e o Café

Schlendrian é um pai grosseiro e está preocupadíssimo porque sua filha Lieschen entregou-se à nova mania de tomar café. Todas as tentativas de desviá-la de tão detestável hábito com promessas ou ameaças foram infrutíferas, até que, para dissuadi-la, oferece-lhe um marido. Lieschen aceita a idéia com entusiasmo e o pai parte apressadamente para conseguir-lhe um. Esta é a idéia principal da Cantata do Café (Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211), obra cômica de J. S. Bach, uma mini-ópera, que foi apresentada entre 1732 e 1735 na Kaffeehaus de Zimmermann, em Leipzig. A primeira Kaffeehaus da cidade foi aberta em 1694 — o café chegara à Alemanha em 1670 — e em 1735 a burguesia podia escolher entre oito privilegiadas casas.

A Kaffeekantate, BWV 211, foi encomendada a Bach por Zimmermann e é, em parte, uma ode ao produto e, de outra parte, uma punhalada no movimento existente na Alemanha para impedir seu consumo pelas mulheres. Acreditava-se que o “negro veneno” pudesse causar descontrole e esterilidade ao sexo frágil, mas Bach, em troca do pagamento de Zimmermann, ignorou estes terríveis perigos. Senão, talvez não musicasse uma ária que diz: “Ah, como é doce o seu sabor. / Delicioso como milhares de beijos, / mais doce que um moscatel. / Eu preciso de café.”; e nem nos brindaria com estas delicadezas…: “Paizinho, não sejas tão mau. / Se eu não beber meu café / as minhas curvas vão secar / as minhas pernas vão murchar / ninguém comigo irá casar”.

Bach aprendera muito bem, em sua vida familiar, que influenciar os jovens não era assim tão fácil. Portanto, adicionou um recitativo no qual os planos de Lieschen são revelados: o homem que quiser casar com ela terá de consentir numa cláusula: o contrato matrimonial certamente preverá que a mulher possa tomar café sempre que lhe apetecer.

No final, há um breve coro de três cantores, onde o café e a evolução são admitidos como coisas inevitáveis. Esta Cantata — ao lado de outras poucas obras vocais profanas — é uma evidente exceção na obra de Bach. O compositor, que possui a injusta fama de sério, aceitou o convite de Zimmermann para compor uma propaganda de seu Café e, como quase sempre fazia, produziu uma obra-prima, uma pequena comédia que funciona tanto no palco quanto nas salas de concertos. O efeito da primeira apresentação deve ter sido consideravelmente ampliado pelo fato de que às mulheres não era permitido cantar em cafés e o papel de Lieschen foi, provavelmente, interpretado por um cantor em falsete. Bach, com o auxílio do poeta Picander, construiu dois personagens muito humanos e verossímeis: um pai resmungão e rústico e uma filha obstinada e cheia de caprichos. O compositor parece estar à vontade ao traçar a caricatura do pai com o baixo pesado, os ritmos acentuados e a prescrição con pompa, enquanto os violinos rosnam para indicar seu temperamento irascível. Quando ele ameaça privar Lieschen de sua saia-balão de última moda, Bach indica seu tremendo diâmetro de forma escandalosa. A ária de Lieschen em louvor ao café é convencional, tão convencional que parece que o compositor quer insinuar que ela futilmente adotara tal hábito apenas para seguir a moda. Entretanto, seu entusiasmo por um possível marido não é simulado… A alegria expressa na melodia em ritmo de dança popular é contagiosa. Para os puristas, o divino e sacro Bach chega a ser grosseiro: afinal, quando Lieschen diz que quer um amante fogoso e robusto, os violinos e as violas silenciam, como para deixar bem clara aos ouvintes esta afirmativa sem rodeios. O Café Zimmermann deve ter vindo abaixo…

Bibliografia: leituras de textos de discos e CDs, de livros que não lembro mais e de Karl Geiringer, principalmente.

Cantata No. 210, “O holder Tag, erwünschte Zeit,” BWV 210 (BC G44)
Composed by Johann Sebastian Bach
with Sibylla Rubens,
Stuttgart Bach Collegium
Conducted by Helmuth Rilling

1. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: O holder Tag, erwunschte Zeit
2. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Spielet, ihr beseelten Lieder
3. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Doch, haltet ein, ihr muntern Saiten
4. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Ruhet hie, matte Tone
5. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: So glaubt man denn, daB die Musik verfuhre
6. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Schweigt, ihr Floten, schweigt, ihr Tone
7. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Was Luft? was Grab?
8. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: GroBer Gonner, dein Vergnugen
9. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Hochteurer Mann, so fahre ferner fort
10. ‘O holder Tag, erwunschte Zeit’ BWV 210: Seid begluckt, edle beide

Cantata No. 211, “Schweigt stille, plaudert nicht,” (Coffee Cantata), BWV 211 (BC G48)
Composed by Johann Sebastian Bach
with Sibylla Rubens, Thomas Quasthoff, James [tenor] Taylor,
Stuttgart Bach Collegium
Conducted by Helmuth Rilling

11. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Schweigt stille, plaudert nicht
12. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Hat man nicht mit seinen Kindern
13. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Du boses Kind, du loses Madchen
14. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Ei, wie schmeckt der Coffee suBe
15. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Wenn du mir nicht den Coffee laBt
16. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Madchen, die von harten Sinnen
17. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Nun folge, was dein Vater spricht
18. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Heute noch, lieber Vater, tut es doch
19. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Nun geht und sucht der alte Schlendrian
20. ‘Schweigt stille, plaudert nicht’ BWV 211: Die Katze laBt das Mausen nicht

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Sergei Rachmaninov (1873 – 1943) – Sinfonia Nº 1

Sempre tive um certo receio com relação à obra de Rachmaninov. Não me sentia preparado para encará-la. Faltavam-me subsídios, digamos. Minha porta de entrada foi o belíssimo filme “Shine-Brilhante”. Entendi que meu medo se estendia aos intérpretes e entendi que Rachmaninov realmente exigia muito de nossa capacidade de assimilação. Acreditei que meus temores se justificavam, mas que na verdade, para superar esses temores, era necessário encará-los. Psicologia barata, eu sei.

Enfim, um belo dia, tive acesso a uma gravação do concerto para piano nº 2, na interpretação de Moura Limpani. Em seguida, caiu-me nas mãos uma outra gravação deste mesmo concerto, mas apenas com russos o interpretando. Não me perguntem seus nomes, só sei que a orquestra se chamava algo como Grande Orquestra Filarmônica de Moscou, ao algo do gênero. Com estas gravações em mãos, pus-me a ouvi-las, tentando entender qual era o segredo deste compositor. E assim se passaram 15 anos, e ainda ouço os concertos, e os considero belíssimos. Consegui romper certo “pré-conceito” com relação ao compositor, e sempre estou atrás de outras gravações de suas obras.

Foi assim com a gravação de suas sinfonias. Sempre ouvira falar delas como geniais, extremamente bem elaboradas e com momentos de puro lirismo. Um belo dia, fuçando no emule, encontrei essa integral das sinfonias com o excelente regente Lorin Maazel, á frente da Filarmônica de Berlim. Baixei-a, e estou ouvindo com atenção. Dizem que a primeira impressão é a que fica, e a impressão que tive foi de que o temor permanece, devido ao alto grau de complexidade que elas impôem aos ouvintes. Não é música para qualquer um. Deve-se estar devidamente concentrado, sem ruídos externos atrapalhando e prestando atenção à todas as suas nuances. O resultado desta audição poderá ser totalmente diferente. E satisfatório. Ou gratificante.

Me perdoem os rachmaninovs-maníacos por este desabafo. Na verdade, ele apenas comprova que a música sempre está nos impondo desafios, e que é graças a estes desafios que ampliamos nossos horizontes musicais. Se assim não fosse, ainda estaria ouvindo apenas Mozart, Beethoven, Bach e não permitindo aos meus sentidos terem acesso à evolução musical dos últimos 200 anos.

Pois bem, começo com a Sinfonia nº1, em Ré menor, op. 13, com os seguintes movimentos:

1 – Grave – Allegro Ma Non Troppo
2 – Allegro Animato
3 – Larghetto
4 – Allegro Con Fuoco

Berliner Philarmoniker
Lorin Maazel – Diretor

O seu,

FDP Bach.

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