Béla Bartók (1881-1945) – O Mandarim Miraculoso / Dois Retratos / Concerto para Viola e Orquestra

Um pedido desses tem de ser logo atendido, né? O Mandarim Miraculoso, de um de meus compositores preferidos, uma grande música que tenho interpretada por um de “meus” regentes mais compreensivos e perfeitos…

A propósito, existe música inteligente e música burra?

– Não. Existe música cerebral e música emocional. Às vezes, alguns compositores conseguem juntar as duas coisas.

J.S. Bach, Beethoven, Bartók, Brahms e Mahler acertam quase sempre; os outros, mais raramente.

P.Q.P. Bach.

1. The Miraculous Mandarin op.19: Beginning
2. The Miraculous Mandarin op.19: The curtain rises
3. The Miraculous Mandarin op.19: First seduction game: the shabby old rake
4. The Miraculous Mandarin op.19: Second seduction game
5. The Miraculous Mandarin op.19: The shy youth appears at the door
6. The Miraculous Mandarin op.19: Third seduction game
7. The Miraculous Mandarin op.19: The Mandarin enters-Encounter with the girl
8. The Miraculous Mandarin op.19: The girl’s dance
9. The Miraculous Mandarin op.19: She flees from him; he chases her wildly
10. The Miraculous Mandarin op.19: The Mandarin stumbles, but catches the girl; they fight. The…
11. The Miraculous Mandarin op.19: Suddenly the Mandarin’s head Appears. The Tramps drag him out,…
12. The Miraculous Mandarin op.19: They drag the Mandarin to the centre of the room and hang him on a…
13. The Miraculous Mandarin op.19: The tramps take him down. He falls to the floor and at once leaps…
14. The Miraculous Mandarin op.19: His longing stilled, the Mandarin’s wounds begin to bleed; he…

Orquestra Sinfônica de Londres
Claudio Abbado

15. Two Portraits op.5: 1. One Ideal: Andante
16. Two Portraits op.5: 2. One Grotesque: Presto

Orquestra Sinfônica de Londres
Claudio Abbado

17. Viola Concerto Sz120: I. Moderato
18. Viola Concerto Sz120: II. Adagio religioso
19. Viola Concerto Sz120: III. Allegro vivace

Daniel Benyamini, Viola
Orquestra de Paris
Daniel Barenboim

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Astor Piazzolla (1921-1992) – En el Teatro Colón

Certamente, a maioria de nós não tem a mesma imagem do tango que os argentinos têm. Eu, por exemplo, comecei a ouvi Piazzolla nos anos 70 e fico surpreso de ainda ler, sempre associada a seu nome, a palavra revolução. Por exemplo, a página oficial de Astor Piazzolla na Internet, na parte de sua biografia, começa com letras garrafais: Astor Piazzolla: Cronología de una Revolución, ou seja, a luta com os tangueiros tradicionais ainda é importante e quando leio que os deuses de Piazzolla eram Stravinski, Bartók e o jazzista Stan Kenton e, mais, que ele estudou com Nadia Boulanger em Paris nos anos 50, começo a entender alguma coisa…

Piazzolla nasceu em Mar Del Plata e sua família mudou-se para Nova Iorque quando tinha 3 anos. Foi lá, aos 8 anos de idade, que ganhou de seu pai o primeiro bandoneón e que, em 1933, começou a ter aulas de piano com o húngaro Bela Wilda, discípulo de Rachmaninov e do qual Piazzolla diria mais tarde “Com ele, aprendi a amar Bach”. Pouco depois – imaginem! – conheceu Carlos Gardel que se fez amigo da familia e com quem, ainda menino, tomou parte em uma cena do filme El Dia em que me quieras como um pequeno vendedor de jornais. Desnecessário dizer que esta cena possui um poderoso valor emblemático na história do tango.

Após voltar a Buenos Aires e de ter participado de vários grupos de tango – compondo e tocando -, Piazzolla, em 1953, estreou Buenos Aires, seus Três Movimentos Sinfônicos. Quando a obra foi interpretada na Faculdade de Direito de Buenos Aires por Orquestra Sinfônica acompanhada de dois bandoneons, estourou o escândalo. O setor “culto” da platéia ficou indignado pela incorporação dos bandoneons à orquestra e os tradicionalistas o acusaram de não fazer mais tango e sim música erudita…

Se os eruditos foram rapidamente dobrados pela qualidade de sua música, o mesmo não se pode dizer dos tradicionalistas. (Depois somos nós os radicais…) Começou então uma revolução solitária contra os tangueiros ortodoxos que faziam-lhe críticas sistemáticas e impiedosas. Era quase um problema de estado. Os meios de comunicação e até alguns palcos negavam-se a receber Piazzolla. Ele não colaborava muito para a paz, mantendo sua postura e respondendo com ironias. Voltou então ao exterior onde foi recebido como autor de tangos e começa uma nova experiência, o tango-canção, com Amelita Baltar, sua mulher na época.

Na Argentina, a controvérsia sobre se sua música seria tango ou não seguiu seu curso, mas agora seu sucesso no exterior começa a gerar inveja entre a comunidade tangueira. Ele acena com a possibilidade de paz ao chamar sua música de “música contemporânea da cidade de Buenos Aires” mas continua provocando com sua vestimenta informal, com sua pose para tocar o bandoneon (tocava de pé, quando a tradição mandava segurar o fole sentado) e com suas respostas muito pouco reverentes.

Porém, em 1983, ano de gravação deste CD, ele já apresentava-se no mítico (e belíssimo) Teatro Colón com Orquestra Sinfônica a fim de receber o reconhecimento bonairense e argentino em vida. Assim, o talentosíssimo compositor e virtuose Piazzolla mostra aos de hoje que os artistas não estão aí para assentir ao determinado por outrem e ao políticamente correto. Artista é um ser que existe para incomodar, mudar e ser controverso. E viva Piazzolla!

Tenho predileção por gravações ao vivo – o mesmo vale para Blue Dog – e, mesmo amando as espetaculares gravações italianas de Piazzolla, apelo novamente para o concerto live, onde quem é bom mostra o rego sentado, reconhece o cego dormindo e sabe de longe a cabeça que tem piolho, se me fiz claro… Aqui, mesmo que pareça paradoxal (pois há uma orquestra, não?), temos um Piazzolla mais brusco que o habitual. Minha aprovação mais entusiasmada vai para a nervosa versão do Verano Porteño.

P.Q.P. Bach.

Astor Piazzolla en el Teatro Colón

1. Fuga y Misterio
2. Adios Nonino
3. Concierto para Bandoneon y Orquesta: 1st Movement – Allegro marcato
4. Concierto para Bandoneon y Orquesta: 2nd Movement – Moderato
5. Concierto para Bandoneon y Orquesta: 3rd Movement – Presto
6. Vardarito
7. Verano Porteño
8. Concierto de Nacar (para Nueve Tanguistas y Orquesta Filarmonica): 1st Movement – Presto
8. Concierto de Nacar (para Nueve Tanguistas y Orquesta Filarmonica): 2nd Movement – Lento, melancolico
8. Concierto de Nacar (para Nueve Tanguistas y Orquesta Filarmonica): 3rd Movement – Allegro marcato

Musicians:
Piazzolla (Astor) – bandoneon
Suarez Paz (Fernando) – violin
Baralis (Hugo) – violin
Ziegler (Pablo) – piano
Roizner (Enrique) – drums
Bragato (Jose) – violoncello
Console (Hector) – bass
Quarleri (Delmar) – viola
Lopez Ruiz (Oscar) – guitar
Calderon (Pedro Ignacio) – director of the Teatro Colon Philarmonic

Year of release: 1997
Studio or Live: Live
Year of performance: 1983

Description: Recorded live at Teatro Colon, Buenos Aires, on June 11, 1983. By this time Piazzolla was working with the quintet, however it appears that Piazzolla tried to recompose the Conjunto 9 (although not exactly) for this concert at Teatro Colon with the Philarmonic Orquestra.
Style: The Nonet and the ‘Italian’ Period (1972-1978); The ‘Classical’ Piazzolla (All periods)
Comments: This concert has also been released (not all the songs however) as “Concierto de Nacar” by Milan Records. Concerto for Bandoneon and Orquestra is listed as as Concerto for Bandoneon, Piano, Strings, and Percussion, which is equivalent but the piece is better known otherwise.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Henry Purcell (1659-1695) – Ayres for the Theater

É aquele CD que tem tudo para ser bom, mas que não é tão bom assim… É médio. A música está dentro do espírito de Lully e Rameau, mas é muito inferior àquela composta por estes para o teatro.

P.Q.P. Bach.

1. Dioclesian: Overture
2. Dioclesian: Preludio
3. Dioclesian: Song Tune: ‘Let The Soldiers Rejoice’
4. Dioclesian: Trumpet Tune
5. Dioclesian: Country Dance
6. Dioclesian: Aire
7. Dioclesian: Hornpipe
8. Dioclesian: Aire
9. Dioclesian: Canaries
10. King Arthur: Overture
11. King Arthur: Aire
12. King Arthur: Aire
13. King Arthur: Song Tune: ‘Fairest Isle’
14. King Arthur: Hornpipe
15. King Arthur: Aire
16. King Arthur: Song Tune: ‘How Blest Are Shepherds’
17. King Arthur: Aire
18. King Arthur: Song Tune: ‘Round Thy Coast’
19. King Arthur: Song Tune: ‘Come, If You Dare’
20. King Arthur: Trumpet Tune
21. King Arthur: Trumpet Tune
22. King Arthur: Chacone
23. The Fairy Queen: Overture
24. The Fairy Queen: Hornpipe
25. The Fairy Queen: Aire
26. The Fairy Queen: Aire
27. The Fairy Queen: Rondeau
28. The Fairy Queen: Preludio
29. The Fairy Queen: Hornpipe
30. The Fairy Queen: Overture
31. The Fairy Queen: Song Tune: ‘If Love’s A Sweet Passion’
32. The Fairy Queen: Jigg
33. The Fairy Queen: Dance for Furies (Fairies)
34. The Fairy Queen: Aire 4 In 2 (Dance For The Followers Of Night)
35. The Fairy Queen: Song Tune: ‘Sing While We Trip It’
36. The Fairy Queen: Aire
37. The Fairy Queen: Aire
38. The Fairy Queen: Song Tune: ‘Thus Happy And Free’
39. The Fairy Queen: Chacone
40. The Fairy Queen: Aire
41. The Indian Queen: Overture
42. The Indian Queen: Trumpet Tune
43. The Indian Queen: Trumpet Tune
44. The Indian Queen: Aire
45. The Indian Queen: Hornpipe
46. The Indian Queen: Aire
47. The Indian Queen: Hornpipe
48. The Indian Queen: Aire
49. The Indian Queen: Song Tune: ‘We The Spirits Of The Air’
50. The Indian Queen: Rondeau

Tafelmusik
Jeanne Lamon

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 1 – 100 Mb

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 2 – 1,5 Mb

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonie nº 6 in F major, op. 68, Symphonie nº 8, in F major, op. 93

Dentro de sua lista de favoritas, a Sinfonia Pastoral está entre as cinco obras favoritas de FDP. E de muita gente que conheço. Sua leveza é inspiradora, e sua beleza, reconfortante. Ou vice-versa. Não importa. O que importa é que sempre que a ouvimos, nos sentimos em júbilo, ela levanta nosso astral. Até mesmo sua simulação de tempestade nos reconforta, pois nos faz lembrar do velho clichê, que diz que depois da tempestade sempre vem a bonança. E que bonança…
Harnoncourt joga mais leve, mais solto do que Karajan. Confesso que me sinto constrangido, temeroso, ao ouvir o “Sturm” karajaniano, o Allegro do quarto movimento. Mas, sensível como poucos, Harnoncourt não me deixa sentir assim. Sua tempestade é mais “suave”, se podemos caracterizá-la assim.

Sempre achei que a Oitava Sinfonia estava em uma situação meio complicada… Simplesmente entre a força e genialidade da construção da Sétima, e a monstruosidade da Nona (claro que mostruosidade no sentido de enormidade, de genialidade). Ela funciona como um termômetro para medir nossas emoções, antes de entrar no turbilhão que em que mergulhamos ao ouvir aquela. Não sei se é impressão minha, mas creio que seja a menos executada, juntamente com a Quarta. À vejo enquanto introdução ao que virá. como se o gênio de Beethoven nos preparasse o espírito. Coisa de gênio. Lembro-me da velha edição da DG em vinil que eu possuía, na interpretação de Karajan e sua Filarmônica de Berlim, que a trazia como abertura para a Nona Sinfonia. Confesso que prestava pouca atenção à ela, já virava direto o LP para o Lado B, para ouvir a irmã mais famosa.

Enfim, vamos ao que interessa.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonie nº 6 in F major, op. 68, Symphonie nº 8, in F major, op. 93

Sinfonia nº 6, in F Major, op. 68 – Sinfonia Pastorale

1 – Allegro ma no non troppo – “Erwachen heiterer Empfindungen bei der Ankunft auf den Lande”
2 – Andante molto moto – Szene am Bach
3 – Allegro – Lustiges Zusammensein der Landlate
4 – Allegro – Gewitter, Sturm
5 – Allegretto – Hirtengesang. Frohe und dankebare Gefühle nach dem Sturm.

Sinfonia nº 8 in F Major, op. 93

6 – Allegro vivace con brio
7 – Allegretto scherzando
8 – Tempo di Minueto
9 – Allegro vivace

The Chamber Orchestra of Europe
Nikolaus Harnoncourt – Director

BAIXE AQUI

[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

George Phillip Telemann– (1681-1767) – Flötenquartette

Tel Front

Já que nossa querida colega Clara Schumann se antecipou postando esse Vivaldi maravilhoso, FDP Bach declara iniciado o nosso festival Barroco.

Confesso que a pouco tempo ouço Telemann com mais atenção. Não sei se devido ao fato de ter feito mais sucesso que nosso pai em sua época (reconheço que a inveja é uma merda) ou se devido à dificuldade de se conseguir gravações suas, só sei que tive acesso à sua obra à pouco tempo, claro, com exceção de suas obras para flauta, que Rampal gravou tão divinamente.

Mas agora que tive acesso às interpretações de Reinhard Goebel e seu Musica Antiqua Köln, posso dizer que realmente estou ouvindo um gênio do barroco executado por mestres absolutos das gravações ditas de época. E por um selo que dispensa comentários, a “Archiv Produktion”.

São obras para Flauta doce e transversal, além de oboé, executadas com maestria pelo conjunto de Goebel, e que revelam um total domínio da arte da composição. Peças curtas, mas que demonstram a genialidade de Telemann. Tenho certeza que todos irão adora-las.

George Phillip Telemann – (1681-1767) – Flötenquartette

01 – in g TWV43 g4 – Allegro

02 – Adagio

03 – Allegro

04 – in G TWV 43 G6 – – Allegro

05 – Grave

06 – Allegro

07 – in d TWV 43 d3 – Adagio

08 – Allegro

09 – Largo

10 – Allegro

11 – in G TWV 43 G11 – Affettuoso

12 – – Allegro

13 – Adagio

14 – Allegro

15 – in a TWV 43 a3 – Adagio

16 – Allegro

17 – Adagio

18 – Vivace

19 . in G TWV 43 G12 – Dolce

20 – Allegro

21 – Soave

22 – Vivace

23 – in B flat TWV 43 B2 – Spirituoso

24 – Grave

25 – Allegro

26 – in G TWV 43 G10 – Vivace

27 – Andante

28 – Vivace

Musica Antiqua Köln

On authentic instruments

Maurice Steger – recorder

Verena Fischer – transversal flute

Diego Nadra – oboe

Stephan Schardt – violin

Reinhard Goebel – violin & viola

Klaus-Dieter Brandt – violoncello

Léon Berben – harpsichord

BAIXE AQUI

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Quartetos Nros. 9, 6 e 7

Ontem à noite, arrastei meu amigo Milton Ribeiro para um concerto em que seriam apresentados dois quartetos de cordas: o Quarteto Americano Nº12 de Dvorák e o Quarteto Nº 9 de Shostakovich.

Milton me explicou que o “Quarteto Americano” era antes conhecido pelo nome de “Nigger Quartet”, mas como a palavra nigger (negro) tornou-se altamente pejorativa, o quarteto foi rebatizado. Curioso.

O quarteto da noite de ontem, formado por 4 jovens integrantes da OSPA, tocou fantasticamente bem, provando que a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre deveria incentivar a formação de pequenos grupos. São várias as razões: os músicos se exporiam mais, estudariam mais, tocariam mais e poderiam excursionar pelo interior a custo mais baixo – em vez de levar 100 pessoas para tocar os mesmos highlights pé no saco de sempre. O concerto foi nada menos que brilhante, mostrando-nos que há gente muito boa chafurdando sob os Túlios Belardis da vida.

Aproveito para postar aqui um dos quartetos de ontem, o de Shostakovich, acompanhado de outros dois muito bons. Retirei o oitavo porque já o postamos muitas vezes…

P.Q.P. Bach.

P.S.1- Não sei o nome de nenhum dos instrumentistas de ontem. Se alguém souber, favor deixar registrado nos comentários. Milton me avisa que o violista se chamaria Vladimir…

Update das 2h23 da madrugada: Emerson Kretschmer e Márcio Cecconello, violinos; Vladimir Romanov, viola; Rodrigo Andrade Silveira, violoncelo.

P.S.2- Não tenho como postar o “Quarteto Americano”, pois apenas o possuo em vinil com o Gabrieli String Quartet, em versão inferior a que ouvi ontem ao vivo.

P.S.3- Para ouvir o Quarteto Nro. 9 de Shosta, temos que reconfigurar o mp3 player para retirar aqueles três segundinhos que separam uma faixa de outra, pois os cinco movimentos são ininterruptos.

String Quartet No. 9 in E flat major, Op. 117
I. Moderato con moto 04:26
II. Adagio 03:58
III. Allegretto 03:54
IV. Adagio 03:36
V. Allegro 10:03

String Quartet No. 6 in G major, Op. 101
I. Allegretto 06:47
II. Moderato con moto 05:16
III. Lento 05:20
IV. Lento – Allegretto 07:46

String Quartet No. 7 in F sharp minor, Op. 108
I. Allegretto 03:38
II. Lento 03:24
III. Allegro 05:32

Eder Quartet

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

La Casa del Diavolo – Vários compositores

Um CD divertido do extraordinário conjunto italiano Il Giardino Armonico. O grupo de Giovanni Antonini está afiadíssimo. E é coisa do demônio, que sempre é mais interessante do que anjinhos bonitinhos, etc. Se que querem comprovação, basta ler Doutor Fausto de Thomas Mann… Livro, aliás, que todos, mas todos mesmo, deveriam ler.

Notem o belo trabalho que Boccherini (faixa 20, a última) fez sobre a Dança das Fúrias (faixa 1). de Gluck. Vale a pena ouvir um logo após o outro. O concerto do mano Friede é igualmente maravilhoso, com um arrebatador Andante.

P.Q.P. Bach

La Casa del Diavolo – Il Giardino Armonico:

Christoph Willibald GLUCK (1714-1787)
Dance of the Spectres and the Furies, Allegro non troppo (1761) [4:07]
1. I. Allegro Non Troppo

Carl Philip Emanuel BACH (1714-1788)
Sinfonia Wq. 182/5 in B minor for strings and continuo [10:36]
2. I. Allegretto
3. II. Largo
4. III. Presto

Pietro Antonio LOCATELLI (1695-1764)
Concerto Grosso Op. 7/6 in E flat major “Il pianto d’Arianna” for violin, strings and continuo (1741) [17:35]
5. I. Andante, Allegro
6. II. Adagio
7. III. Andante, Allegro
8. IV. Largo
9. V. Largo Andante
10. VI. Grave
11. VII. Allegro
12. VIII. Largo

Wilhelm Friedemann BACH (1710-1784)
Concerto in F minor for harpsichord, strings and continuo [17:48]
13. I. Allegro Di Molto
14. II. Andante
15. III. Prestissimo

Luigi BOCCHERINI (1743-1805)
Sinfonia Op. 10/4 in D minor “La casa del diavolo” for two oboes, two horns, strings and continuo (1771) [19:18]
16. I. Andante Sostenuto
17. II. Allegro Assai
18. III. Andantino Con Moto
19. IV. Andante Sostenuto
20. V. Allegro Assai Con Moto

Il Giardino Armonico
Reg.: Giovanni Antonini
Enrico Onofri (violin)
Ottavio Dantone (harpsichord)

Recorded in March, August and October 2004, Pieve di Palazzo, Pignano, Cremona, Italy.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonias nº 1 e nº 3

FDP Bach começa então a postar a integral das sinfonias do gênio de Bonn, mas em uma gravação um pouco diferente daquelas á que estamos acostumados. Trata-se da aclamada série dirigida por Nikolaus Harnoncourt, à frente da Europe Chamber Orchestra, vencedora do Prêmio “Grammophone” de 1992. Escolhi esta dentre outras que possuo, devido á dois fatores: a qualidade da interpretação – já explicamos que somos fãs de Harnoncourt – e além disso, quase todos já possuem alguma outra versão destas sinfonias, principalmente as famosas versões de 1962 e de 1976 de Herbert von Karajan. Na verdade, talvez pelo fato de termos associado estas sinfonias à Karajan acabamos nos esquecendo de outras preciosidades, como a belíssima versão de Gardiner, ou até mesmo a correta leitura de Abbado, em um de seus últimos registros frente à Filarmônica de Berlim. Reproduzo abaixo o comentário da conceituada revista Gramophone à respeito desta gravação:

“Harnoncourt’s set of the Beethoven symphonies was timed to perfection on its release in 1991. Just when record-buyers were getting used to Beethoven on period instruments, Harnoncourt’s account managed to combine the shock of the new with an uncanny sense of familiarity. His readings manage remarkably to balance freedom with a sense of firm control; the impetus and urgency of the fast movements are particularly thrilling. This was considered one of the most consistently inspiring and exciting Beethoven sets to have appeared for many years. “

Enfim, vai ser esta a versão que estarei postando a partir de hoje.

A Sinfonia nº 1, em C Maior, ainda está presa aos moldes haydnianos, mas já conseguimos enxergar nela um compositor que procura se desvencilhar dos grilhões, procurando encontrar sua verdadeira identidade. O gênio desperta. Reparem que Harnoncourt em certos momentos dá claramente uma visão haydniana à obra.

A Sinfonia Nº3, bem, quem nunca se emocionou até quase chegar lágrimas com a “Marcia Funebre” do segundo movimento? Chamada “Eroica”, e em princípio dedicada á Napoleão Bonaparte, reza a lenda que Beethoven teria rasgado a página com a dedicatória da obra ao general francês ao saber que este havia se coroado imperador… mas com esta sinfonia se rompem definitavamente as ligações com Haydn e Mozart e se define aquilo que iremos conhecer de estilo Beethoven de compor sinfonias. Quebra-se a estrutura tradicional e ignoram-se os movimentos tradicionais (principalmente os por muitos considerados aborrecidos minuetos). Beethoven mostra aí um espírito livre, que não se importa com as críticas, (principalmente do já idoso Haydn, que considerou a obra longa demais, mas gênio que era, também a reconhece revolucionária).

Symphony No.1 in C, Op.21

1 – Adagio Molto – Allegro con brio
2 – Andante cantabile com molto
3 – Menuetto (allegro molto e vivace)
4 – Finale (Adagio-Allegro Molto e Vivace)

Symphony Nº 3, in E Flat, op. 55 “Eroica”

1 – Allegro con Brio
2 – Marcia Funebre (adagio assai)
3 – Scherzo (Allegro vivace)
4 – Finale (Allegro Molto)

Europe Chamber Orchestra
Nikolaus Harnoncourt – Direktor

BAIXE AQUI

[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

Johann Christian Bach (1735-1782) – Sinfonias de Londres

Fim de semana ensolarado, sábado lindo. Perfeito para este refrescante CD de meu irmão, grande influência do estilo galante, levado à maiores conseqüências por Mozart. O som do Collegium Aureum – com Franzjosef Maier em sua melhor forma – é espantoso.

Vale a pena ouvir esta gravação do Bach de Londres.

P.Q.P. Bach.

1. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Allegro Spiritoso
2. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Andante
3. Sinfonia E Flat Major Op. 18 No. 1 – Allegro

4. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Allegro con Spirito
5. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Andante
6. Sinfonia D Major Op. 18 No. 4 – Rondo. Presto

7. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegro con spirito
8. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Andante
9. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegretto
10. Sinfonia D Major Op. 18 No. 6 – Allegro

11. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Allegro
12. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Andante piu tosto Adagio
13. Sinfonia G Minor Op. 6 No. 6 – Allegro Molto

Composer: Johann Christian Bach
Performer: Collegium Aureum

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) – Stabat Mater / Salve Regina (link revalidado)

Este tremendo registro do Stabat Mater de Pergolesi é a primeira contribuição de meu outro irmão renegado e deserdado: F.D.P. Bach. Ele acaba de unir-se a mim.

Gravação imperdível com Emma Kirby (soprano) e James Bowman (contra-tenor), sob a regência de Christopher Hogwood e a Academy of Ancient Music.

Pergolesi concluiu seu Stabat Mater no mosteiro franciscano de Pozuolli durante a fase aguda de sua enfermidade, possivelmente tuberculose. Os duetos são uma preciosidade. Vi o canal Film&Arts apresentar esta peça com o mesmo Hogwood, porém com solistas diferentes. Hogwood acerta em cheio. Foi paixão à primeira audição. A gravação que estou disponibilizando é mais especial ainda por ter a presença da Emma Kirkby, voz criada por Deus no oitavo dia para tê-la ao seu lado eternamente. Se meu pai a tivesse conhecido, talvez não perdesse tempo com Marias Bárbaras e Annas Magdalenas.

Stabat mater

Composed by Giovanni Battista Pergolesi
Performed by Academy of Ancient Music
with Emma Kirkby, James Bowman
Conducted by Christopher Hogwood

1. Stabat Mater: I. Stabat Mater – Emma Kirkby/James Bowman
2. Stabat Mater: II. Cujus animam gementem – Emma Kirkby
3. Stabat Mater: III. O Quam tristis et afflicta – Emma Kirkby/James Bowman
4. Stabat Mater: IV. Quae moerebat et dolebat – James Bowman
5. Stabat Mater: V. Quis est homo – Emma Kirkby/James Bowman
6. Stabat Mater: VI. Vidit suum dulcem Natum – Emma Kirkby
7. Stabat Mater: VII. Eja, mater – James Bowman
8. Stabat Mater: VIII. Fac ut ardeat cor meum – Emma Kirkby/James Bowman
9. Stabat Mater: IX. Sancta mater – Emma Kirkby/James Bowman
10. Stabat Mater: X. Fac ut portem – James Bowman
11. Stabat Mater: XI. Inflammatus et accencus – Emma Kirkby/James Bowman
12. Stabat Mater: XII. Quando corpus – Emma Kirkby/James Bowman

Salve regina in C minor
Composed by Giovanni Battista Pergolesi
Performed by Academy of Ancient Music
with Emma Kirkby
Conducted by Christopher Hogwood

13. Salve Regina: I. Salve Regina – Emma Kirkby
14. Salve Regina: II. Ad te clamamus – Emma Kirkby
15. Salve Regina: III. Eja ergo – Emma Kirkby
16. Salve Regina: IV. Et Jesum – Emma Kirkby
17. Salve Regina: V. O clemens – Emma Kirkby

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Béla Bartók (1881-1945) – Concerto para Violino Nº 2 e Rapsódias Nº 1 e 2

Hoje, gostaria de compartilhar com vocês um CD que comprei na semana passada e que – puxa! – vale indiscutivelmente a pena. Trata-se de mais uma abordagem de Pierre Boulez à obra de Béla Bartók, desta vez com o violinista Gil Shaham e a Orquestra Sinfônica de Chicago. Tudo de primeira linha. É uma novidade apenas para mim, já que é um lançamento de 1999 da DG. Acho que você deveria adquiri-lo também.

Como escreve Shaham no encarte do CD a música ali gravada “é poderosa e sensível, séria e bem humorada, revolucionária e clássica. Tudo ao ‘nth degree’ (não me arrisco a traduzir… enésima potência?). Apesar de Boulez, o grande trabalho é realmente de Shaham. Sua cadenza no primeiro movimento do Concerto é absolutamente arrebatadora. Posso esquecer inteiramente as outras gravações que tenho, todas por violinistas mulheres orientais. Nada contra elas, mas Shaham dá um tal baile na concorrência que é melhor esquecê-las para sempre.
O concerto de Bartók, mas também as duas rapsódias, são tão boas que nem vou me arriscar… Mas talvez vocês queiram ver e ouvir Shaham interpretar os primeiros dez minutos deste espetacular Concerto no YouTube – com outra orquestra e regente. Também no YouTube e na mesma tela referida, podemos encontrar a continuação do concerto.

Enjoy e aproveite! :))

P.Q.P. Bach

1. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Allegro Non Troppo
2. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Andante Tranquillo
3. Concerto Pour Violon N°2, Sz112 : Allegro Molto

4. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°1, Sz87 : Moderato
5. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°1, Sz87 : Allegretto Moderato

6. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°2, Sz90 : Moderato
7. Rhapsodie Pour Violon & Orchestre N°2, Sz90 : Allegro Moderato

Composé par Béla Bartók
Joué par Chicago Symphony Orchestra
avec Gil Shaham
Dirigé par Pierre Boulez

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Os mais baixados de agosto e julho

Como curiosidade e com a devida distância temporal, noticiamos o pódium de agosto:

J.S. Bach : 348 downloads
Chopin: 154
Vivaldi: 141

E o de julho:

Villa-Lobos: 408 downloads (o CD1 das Bachianas, postado em junho, está em 479…)
Villa-Lobos: 310
Concertos para flauta com Rampal: 181

É uma curiosa análise de quem vem aqui.

P.Q.P. Bach (que hoje não está com vontade de postar música)

Frases encontradas ao acaso (I)

Meus alunos relativistas se sentem valorizados por uma teoria niveladora que põe sua banda de rock favorita em pé de igualdade com Bach e Mozart; mas repare como uma hierarquia qualitativa lhes volta correndo quando, em nome da coerência, você sugere que sua banda de rock favorita também não pode ser melhor que os Backstreet Boys (…). As velhas dicotomias entre o que é elitista e o que é popular, entre alta e baixa cultura, podem estar mesmo corrompidas por privilégios injustificáveis, mas sem uma nova linguagem de mérito para as artes os pós-modernistas são forçados a viver numa paisagem achatada onde Barry Manilow e Beethoven são iguais.

Stephen T. Asma na revista americana The Chronicle of Higher Education

(Postado provocativamente por P.Q.P. Bach…)

Franz Joseph Haydn (1732-1809) Sinfonias nº 103 e nº 104

Concluindo o ciclo das sinfonias de Haydn (as que me propus postar), trago agora as duas últimas, de nº 103 e nº 104, sempre a cargo do excelente regente austríaco Nikolaus Harnoncourt, à frente da belíssima Orquestra do Concertgebouw, de Amsterdam.
Encerro este ciclo pedindo licença para me ausentar por algum tempo do blog, talvez uns dez ou quinze dias, devido a motivos pessoais e de trabalho. Quando voltar, terei preparado outra integral com o mesmo Harnoncourt, desta vez a das sinfonias de Beethoven, já prometida á algum tempo atrás. Aguardem, pois vai valer a pena a espera.

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonies nº 103

1 Symphonie nº103 ES Dur – Adagio – Allegro com spirito
2 Symphonie nº103 ES Dur – Andante pió tosto Allegretto
3 Symphonie nº103 ES Dur – Menuet
4 Symphonie nº103 ES Dur – Finale – Allegro con spirito
5 Symphonie nº104 D Dur – Adagio – Allegro
6 Symphonie nº104 D Dur – Andante
7 Symphonie nº104 D Dur – Menueto – Allegro Trio
8 Symphonie nº104 D Dur – Finale Spirituoso

Concertgebouw Orchestra, Amsterdan
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

BAIXE AQUI

C.P.E. Bach (1714-1788) – Keyboards Concertos

Nosso irmão Carl fez muito sucesso em sua época. Sua maior especialidade era o cravo, instrumento que ajudou a consolidar,escrevendo para ele centenas de obras, entre sonatas e concertos.
A partir de hoje irei postar alguns destes concertos.
A interpretação estará a cargo do jovem húngaro Miklós Spányi (nasceu em 1962), que gravou a integral da obra de CPE para o selo BIS. Possuo alguns cds desta integral e estarei disponibilizando-os com o correr do tempo. Interpretação de altíssima qualidade, diga-se de passagem.

C.P.E. Bach (1714-1788) – Keyboards Concertos

1 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [I] Allegro
2 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [II] Andante
3 – Bach, C.P.E. Wq 001 H 403 Concerto for Harpsichord in A minor [III] Presto
4 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [I] Allegro non molto
5 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [II] Largo
6 – Bach, C.P.E. Wq 002 H 404 Concerto for Harpsichord in E flat major [III] Allegro assai
7 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [I] Allegro di molto
8 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [II] Adagio
9 – Bach, C.P.E. Wq 003 H 405 Concerto for Harpsichord in G major [III] Allegro

Miklós Spányi – harpsichord
Concerto Armonico
Péter Szutz – Conduktor

BAIXE AQUI

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784) – Sinfonias e Concerto para Cravo

Todos os sites que procurei e todas as críticas que li deram 5 estrelas a este esplêndido CD com a música orquestral de W.F. Bach, nosso irmão – meu e de F.D.P. Não é para menos. Para se apaixonar logo, sugiro começar pelos dois Adágios e Fugas, faixas 4-5 e 9-10. A Akademie für Alte Musik Berlin é um conjunto de indescrítivel perfeição e senso de estilo. Grande música!

P.Q.P. Bach.

W. F. Bach :
Symphonies Fk 64 et 67 ;
Concerto pour clavecin Fk 43 ;
Adagio et Fugue en ré mineur Fk 65 ;
Adagio et fugue en fa mineur

Raphael Alperman, clavecin (soliste Concerto)
Akademie für Alte Musik Berlin,
premier violon Stephan Mai

Harmonia Mundi HMC 901772 (65 min 54 s)

1.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Allegro e maestoso
2.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Andante
3.Sinfonie D-dur Fk 64 W.F.Bach – Vivace

4.Adagio d-moll Fk 65 W.F. Bach
5.Fuge d-moll Fk 65 W.F. Bach

6.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Allegretto
7.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Adagio
8.Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43 W.F. Bach – Allegro assai

9.Trio & Adagio f-moll W.F. Bach
10.Fuge f-moll W.F. Bach

11.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Vivace
12.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Andante
13.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Allegro
14.Sinfonie F-dur Fk 67 W.F. Bach – Menuetto I & II

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Fantasy for Piano, Chorus and Orchestra in C minor, op.80

Havia prometido já há alguns meses atrás de postar esta obra de Beethoven, para completar o ciclo das obras para piano e orquestra, com a interpretação do Pollini. Finalmente consegui localizar o cd, e, portanto, estou disponibilizando-a para nossos ouvintes/leitores.
Enfim, Beethoven em sua maturidade, unindo três elementos fundamentais, voz, piano e orquestra, tão caros a nós. Obra pouco extensa, porém com todos os elementos que nos fazem admirar o gênio de Bonn cada vez mais.

Fantasy for Piano, Chorus and Orchestra in C minor, op.80

1 – Adagio – Finale
2 – Allegro – Meno allegro – Allegro molto
3 – Adagio ma non troppo
4 – Marcia, assai vivace – Allegro
5 – Allegretto, ma non troppo – (quasi Andante con moto)
6 – Presto

Gabriela Lechner & Gretchen Eder – Sopranos
Elizabeth Mach – Contralto
Jorge Pita & Andreas Esders – Tenors
Gerhard Eder – Baixo
Maurizio Pollini – Piano
Wiener Philarmoniker
Konzertvereinigung Wiener Philarmoniker
Claudio Abbado – Director

BAIXE AQUI

[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

Modest Mussorgsky (1839 – 1881) e outros compositores – Quadros de uma Exposição e outras peças

Tecnicamente, há muitos erros neste famoso “Recital de Sofia (1958)”, a cargo do imenso pianista soviético Sviatoslav Richter. Mas é difícil criticar suas interpretações. Não sou um grande entusiasta das gravações históricas – nasci ouvindo a Rádio da UFRGS tocar Villa-Lobos por Villa-Lobos, Bartók por Bartók, Rachmaninov por Rachmaninov, além das interpretações de grandes personagens como o péssimo Pablo Casals, grande e importante personalidade espanhola, sempre desafinado e fora do tempo ao violoncelo – e sempre detestei aqueles chiados e a desafinação de alguns autores ou intérpretes do passado. Mas, sabem, como não sou coerente mesmo, adoro este recital com erros e som apenas regular. Com S. Richter, passo a gostar até dos tossidos da platéia búlgara… É que ele interpreta, seu piano canta de verdade… e eu me desmilinguo….

P.Q.P. Bach.

The Sofia Recital, 1958

Pictures at an Exhibition, for piano

1. Promenade. Allegro giusto, nel modo rustico, senza allegrezza, ma poco sostenuto – attacca
2. Gnomus.Sempre vivo
3. Promenade.Moderato commodo assai e con delicatezza – attacca
4. The Old Castle
5. Promenade
6. The Tuileries Gardens.Allegretto non troppo troppo,capriccioso
7. Bydlo.Sempre moderato,pesante
8. Promenade.Tranquillo – attacca
9. Ballet of the Chickens in Their Shells
10. Samuel Goldenberg and Schmuyle. Andante. Grave-energico – Andantino
11. Promenade. Allegro giusto,nel modo russico, poco sostenuto – attacca
12. The Market-place at Limoges.Allegretto vivo,sempre scherzando – attacca
13. The Catacombs (Sepulchrum romanum)
14. Cum mortuis in lingua mortua
15. The Hut on Fowl’s Legs (Baba-Yaga).Allegro con brio,feroce – Andante mosso – Allegro molto – attacca
16. The Great Gate of Kiev.Allegro alla breve.Maestoso.Con grandezza
Composed by Modest Mussorgsky
with Sviatoslav Teofilovich Richter

17. Moment musical for piano in C major, D. 780/1 (Op. 94/1) No.1 in C (Moderato)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

18. Impromptu for piano in E flat major, D. 899/2 (Op. 90/2)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

19. Impromptu for piano in A flat major, D. 899/4 (Op. 90/4)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

20. Etude for piano No. 3 in E major (“Tristesse” / “L’intimité”) Op. 10/3, B. 74
Composed by Fryderyk Chopin
with Sviatoslav Teofilovich Richter

21 Valses Oubliées (4) for piano, No. 1 in F sharp major, S215/1
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

22. Valse Oubliée for piano No. 2, S215/2
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

23. Transcendental Etude after Paganini for piano, “La chasse,” S140/5 – No.5 Feux follets (Allegretto)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

24. Harmonies du soir, for piano (Transcendental Etude No. 11 – Andantino), S. 139/11 (LW A172/11)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

J.S. Bach (1685-1750): Missa em Si Menor, BWV 232 (Celibidache)

Mais planos deste que vos fala. Ah, quem vos fala é P.Q.P. Bach.

– Hoje, a versão verdadeiramente monumental – e talvez um pouquinho arrastada – de Celibidache;
– em 1º de novembro, a versão quase-perfeita de Harnoncourt;
– a de Gardiner, só tenho em vinil e acho-a tão parecida com a de Harnoncourt que não valeria a pena postar;
– em 1º de dezembro, a versão ultra-camarística e boa, muito boa, de Parrot;
– a de Richter fica de fora por ser decididamente patchy e
– em 1º de janeiro, a versão perfeita de Leonhardt.

Isto até o momento… E na minha opinião perfeitamente contestável.

Consulte qualquer enciclopédia de música, leia qualquer musicólogo, acesse o Google e você concluirá que muita gente considera a Missa em Si Menor, BWV 232, uma das maiores obras já compostas. Grande parte daqueles comentaristas que tem o viciante hábito de criar classificações de maiores e melhores, costumam colocar a Missa como a maior obra musical de todos os tempos. Não gosto deste tipo de afirmativa e estou treinando intimamente para não sair impondo às pessoas frases do tipo “é um grande filme”, “é o maior dos livros”, etc. Melhor antecedê-las de um “em minha opinião…” ou “penso que…”, etc.

Tenho ouvido a Missa desde minha adolescência e parece-me que sempre descubro nela um detalhe a mais, um novo encanto. Voltei a ouvi-la ontem e, por quase duas horas, acreditei em Deus. A noção de divindade sempre evitou este cético que vos escreve, mas, como afirmou o também descrente Ingmar Bergman, é impossível ignorar que Bach (1685-1750) nos convence do contrário através de sua arte perfeita.

A grandeza da Missa não é casual. Bach escreveu-a em 1733 (revisou-a em 1749) com a intenção de que ela fosse uma obra ecumênica. Seria a coroação de sua carreira de compositor sacro. Suas outras obras sacras (Missas, Oratórios, Paixões, Cantatas, etc.) foram sempre compostas em alemão e apresentadas em igrejas luteranas, porém na Missa Bach usa o latim que, em sua opinião, seria mais cosmopolita e poderia trafegar entre outras religiões, principalmente a católica. O texto utilizado não foi o das missas de sua época, é mais antigo e inclui alguns versos retirados após a Reforma, como o significativo Unam sanctam Catholicam et apostolicam Ecclesiam, que é cantado no Credo. É como se Bach pretendesse demonstrar a possibilidade de entendimento entre católicos e protestantes. Curiosamente, esta obra tão profundamente erudita e religiosa, é hoje mais apresentada em salas de concertos do que em igrejas, pois suas necessidades de tempo (105 a 120 minutos) e de grupo de executantes são maiores do que as igrejas normalmente dispõem. Não obstante este problema, Bach consegue transformar tanto as salas de concerto quanto nossas casas em locais de devoção – musical ou religiosa.

(continuo o texto em 1º de novembro)

1. Chorus: Kyrie Eleison
2. Duet: Christe Eleison
3. Chorus: Kyrie Eleison
4. Chorus: Gloria In Excelsis
5. Chorus: Et In Terrra Pax
6. Aria: Laudamus Te
7. Chorus: Gratias Agimus Tibi
8. Duet: Domine Deus
9. Chorus: Qui Tollis Peccata Mundi
10. Aria: Qui Sedes Ad Dexteram Patris
11. Aria: Quoniam Tu Solus Sanctus
12. Chorus: Cum Sancto Spiritu

13. Chorus: Credo In Unum Deum
14. Chorus: Credo In Unum Deum, Patrem Omnipotentem
15. Duet: Et In Unum Dominum
16. Chorus: Et Incarnatus Est
17. Chorus: Crucifixus
18. Chorus: Et Resurrexit
19. Aria: Et In Spiritum Sanctum
20. Chorus: Confiteor
21. Chorus: Et Exspecto Resurrectionem
22. Chorus: Sanctum
23. Chorus: Osanna In Excelsis
24. Aria: Benedictus Qui Venit
25. Chorus: Osanna (Da Capo)
26. Aria: Agnus Dei
27. Chorus: Dona Nobis Pacem

Soprano: Barbara Bonney;
Mezzo-soprano: Ruxandra Donose;
Alto: Cornelia Wulkopf;
Tenor: Peter Schreier;
Baritone: Yaron Windmüller;
Bass: Anton Scharinger
Orchestra/Ensemble: Münchner Philharmoniker Bach Choir of the Johannes Gutenberg University Mainz (Chorus Master: Joshard Daus)
Conductor: Sergiu Celibidache

Parte 1: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 2: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 3: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 4: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

São duas horas de música. O motivo de tantos downloads é eu ter baixado a coisa em 320 kbps. Um exagero desnecessário. Enganei-me. Para deixar tudo certinho é só baixar todas as quatro partes num diretório e descompactar o primeiro arquivo. O WinRar tratará de encontrar os outros. SE VALE A PENA? CLARO QUE VALE!!!!

Maurice Ravel (1875-1937) – Ma Mère l´Oye, Une Barque sur l´océan, Alborada del Gracioso, Rapsodie espagnole, Boléro

Capa+recortada

Continuemos com os franceses, portanto. Em sua postagem anterior, nossa querida Clara Schumann optou por um Debussy nas mãos de Baremboim, num período em que este regente fez um belo trabalho frente à Orquestra de Paris.

FDP infelizmente deu de presente as versão do famigerado “Bolero”, de Ravel, na interpretação do mesmo Baremboim, frente à mesma orquestra. Dentre as inúmeras versões que ouviu dessa obra, essa versão foi a que mais lhe satisfez. O andamento conseguido pelo argentino foi o que mais lhe agradou, nem muito lento, nem muito rápido.

Eis que, em certa viagem feita a São Paulo já há alguns anos, encontrou em promoção esse maravilhoso cd, onde o grande Pierre Boulez interpreta Ravel, frente à Filarmônica de Berlim. Um francês regendo um francês, sim, era o que procurava, mesmo que estivesse frente à poderosa Filarmônica de Berlim. Nestes momentos é que podemos ver a versatilidade desta orquestra. Reconheço que a versão que Karajan fez desse mesmo Bolero frente à esta mesma orquestra não me satisfez nem um pouco. Achei-a um tanto pesada. Enfim, questão de gosto.

Serei um pouco mais generoso nessa postagem. Vou colocar junto o libreto em formato .pdf, com artigo bem elucidativo, claro, com a qualidade tradicional da Deutsche Grammophon. Com a famigerada capa, é claro…

Maurice Ravel (1875-1937) – Ma Mére l´Oye, Une Barque sur l´océan, Alborada del Gracioso, Rapsodie Espagnole, Boléro

01 – Ma Mére l´Oye – Prelude- Très lent

02 -Ma Mére l´Oye -Danse du rouet et scène- Allegro

03 -Ma Mére l´Oye -Pavane de la belle au bois dormant- Mouvement de Valse modéré

04 -Ma Mére l´Oye -Les entretiens de la Belle et la Bête- Mouvement de Valse modéré

05 -Ma Mére l´Oye -Petit Poucet- Très modéré

06 -Ma Mére l´Oye -Interlude

07 -Ma Mére l´Oye -Très Modé

08 – Ma Mére l´Oye – Apothése- Le jardin féerique- Lent et grave

09 – Une Barque sur L´océan – Très souple de rythme

10 – Alborada del Gracioso – assez vif

11 – Rapsodie espagnole – Prelude à la nuit- Très modéré

12 – Rapsodie espagnole – Malagneña- Assez vif

13 – Rapsodie espagnole – Habanera- Assez lent et d’un rythme las

14 – Rapsodie espagnole – Assez animé

15 – Boléro – Tempo di Bolero moderato assai

CD – BAIXE AQUI
LIBRETO – BAIXE AQUI

Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music – (CD 7 de 11) – Piano Quartet in A Major, op. 26, e Piano Trio nº 4, in A Major, Op. phost.

Volto às obras de câmera de Brahms, depois de alguns meses. Curiosamente, descobri que estou sem o cd 6 desta integral da Philips, ou emprestei para algum amigo da onça que nunca devolveu, ou ele se perdeu nas brumas do passado. Mas vou compensar, trazendo algumas gravações que possuo da integral da DG.
Bem, sei que o Quarteto op. 26 já foi postado, mas como pretendia dar seqüência à serie, resolvi postar novamente. E junto à ele, teremos um trio póstumo.
A interpretação, como de praxe nessa série da Phillips, está a cargo do Beaux Arts Trio.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Quartet in A Major, op. 26, e Piano Trio nº 4, in A Major, Op. phost.

Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – I. Allegro non troppo
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – II. Poco adagio
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – III. Scherzo. Poco allegro
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – IV. Finale. Allegro
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – I. Moderato
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – II. Vivace
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – III. Lento
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – IV. Presto

Beaux Arts Trio
Walter Tampler – viola

BAIXE AQUI

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia Nº 5 e Sinfonia de Câmara

Hoje, dia 25, faz 101 anos que Shostakovich nasceu. P.Q.P. Bach lembrou e homenageia o mais humano dos compositores. Utilizamos versões clássicas um CD de versões clássicas a cargo de Leonard Bernstein e de Rudolf Barshai.

Sinfonia Nº 5, Op. 47 (1937)

Porta de entrada mais utilizada para Shostakovich, a Sinfonia N° 5 é sua obra mais popular. Recebeu incontáveis gravações e não é para menos. O público costuma torcer o nariz para obras mais modernas e aqui o compositor retorna no tempo para compor uma grande sinfonia ao estilo do século XIX. Sim, é em ré menor e possui quatro movimentos, tendo bem no meio um scherzo (o Alegretto) composto por um Haydn mais parrudo. Mesmo para os aficcionados, é uma obra apetitosa, por transformar a linguagem do compositor em algo mais sonhador do que o habitual. Foi a primeira sinfonia de Shostakovich que ouvi. Meu pai a trouxe dizendo que era uma sinfonia muito melhor que as de Prokofiev, exceção feita à Nº 1, Clássica, que ele, outro clássico, amava. Alguns consideram a quinta uma grande paródia; eu a vejo como uma homenagem ao glorioso passado sinfônico do século anterior. A abertura e a coda do último movimento (Allegro non troppo) costuma aparecer, com boa freqüência, em programas de rádio que se querem sérios e influentes…

Chamber Symphony

Sim, sim, não me culpem. É a quinta vez que publicamos esta pequena sinfonia de câmara, na verdade um arranjo do extraordinário Quarteto Nº 8 de Shosta. O que posso fazer se tal obra tornou-se a sobremesa padrão de muitos CDs? É uma iguaria triste, com um estranho gosto de morte, mas bela, muito bela. Houve uma postagem de três versões muito diferentes entre si num só arquivo (lembram?) e depois ela retornou naquele CD funéreo que também apresentava A Morte e a Donzela de Schubert. É grande música, vale a pena ouvir e reouvir.

P.Q.P. Bach.

1. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Moderato
2. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Allegretto
3. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Largo
4. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Allegro non troppo

Composer: Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)
Period: 20th Century
Form / Genre: Symphony
Written: 1937
Country: USSR
Recorded: 07/1979
Studio / Live: Live
Venue: Bunka Kaikan, Tokyo, Japan
Conductor – Ensemble: Bernstein, Leonard – New York Philharmonic

5. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo
6. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Allegro molto
7. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Allegretto
8. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo
9. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo

Composer: Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)
Period: 20th Century
Form / Genre: Symphony
Written: 1960
Country: USSR
Recorded: 11/1995
Studio / Live: Studio
Venue: Concert Hall, Art Tower Mito, Japan
Conductor – Ensemble: Barshai, Rudolf – Mito Chamber Orchestra
This work is Rudolf Barshai’s 1960 arrangement of Shostakovich’s String Quartet No. 8.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Giuseppe Tartini (1692 – 1770) – Il Trillo del Diavolo e outras peças

Num CD de uma das novas estrelas do barroco especialista em instrumentos originais – o violinista Andrew Manze – trazemos a famosa Devil`s Sonata ou a Sonata Il Trillo del Diavolo de Giuseppe Tartini. O curioso desta excelente gravação é que Manze a interpreta, assim como às outras obras de Tartini que constam no neste CD da Harmonia Mundi France, em versão solo.

Tal postura não é nada diabólica, nem do outro mundo. Afinal, o próprio Tartini escreveu:

“Em minhas pequenas sonatas às vezes utilizo o baixo contínuo apenas per cerimonia. O correto é tocá-las sem o baixo contínuo.”

Mas o habitual é ouvir-se a Sonata acompanhada – até ostensivamente! – por cravo ou viola da gamba mais cravo ou por piano.

A seguir, em itálico, deixo uma notícia biográfica de Tartini retirada daqui.

Giuseppe Tartini nasceu em Pirano d’Istria (Itália) a 8 de abril de 1692. Muito cedo recebeu as primeiras lições de música e violino. Mas até os vinte anos pouco se interessou pela arte, dedicando-se ao estudo de direito na universidade de Pádua. Sua vida de jovem aristocrata sofreu brusca mudança ao casar-se secretamente com a sobrinha de um cardeal, o que lhe valeu ordem de prisão. Disfarçado de frade, Tartini conseguiu evadir-se, encontrando refúgio no convento dos franciscanos de Assis.

Perdoado pelo cardeal, Tartini voltou em Pádua à companhia da esposa, iniciando então a carreira de concertista. O sucesso enorme atraiu-lhe inúmeros discípulos de vários países, fundando ele uma escola de violino em Pádua (1728), logo denominada Escola das Nações. Adquiriu grande reputação como virtuoso e professor, onde teve Nardini com aluno. Tartini morreu em Pádua a 26 de fevereiro de 1770.

Durante o seu retiro, Tartini entregou-se intensamente ao estudo do violino, inclusive pesquisando novas possibilidades sonoras do instrumento. Ao mesmo tempo dedicado à composição, escreveu a célebre Sonata n.º 2 Op. 1 – Trilos do Diabo, cujo apelido provém do espantoso encadeamento de trilos no terceiro movimento. Segundo depoimento que o compositor fez a Lalande – e que este reproduziu durante a sua Viagem à Itália (1790) – a realização dessa sonata teria sido sugerida em sonho pelo próprio demônio. Até hoje a obra permanece como “peça de resistência” no repertório dos virtuoses.

Seu devotamento ao ensino resultou na feitura de trabalhos didáticos, entre os quais o Tratado de música segundo a verdadeira ciência da harmonia (1754). Além de ser o maior violinista do século XVIII, Tartini distingui-se como compositor responsável pela evolução do concerto e da sonata. São as sonatas que mais lhe valem a dupla glória de intérprete e criador. Entre elas se destacam a Sonata n.º 11 em sol menor Op. 11 – Didone, a Sonata n.º 1 em si bemol maior Op. 6 – Imperador, além da já mencionada Sonata n.º 2 Op. 1 – Trilos do diabo. Também são notáveis as Variações sobre um tema de Corelli.

P.Q.P. Bach, de volta.

1. La Sonata del Diavolo in G Minor – Largo
2. La Sonata del Diavolo in G Minor – Allegro
3. La Sonata del Diavolo in G Minor – Andante, Allegro, Adagio

4. L’arte del Arco – Theme & variation 1
5. L’arte del Arco – Variations 2 & 4
6. L’arte del Arco – Variations 9, 15, & 12
7. L’arte del Arco – Variatios 10 & 20
8. L’arte del Arco – Variation 29
9. L’arte del Arco – Variation 30
10. L’arte del Arco – Variation 33
11. L’arte del Arco – Variation 34
12. L’arte del Arco – Variation 23
13. L’arte del Arco – Variation 38

14. Sonata in A minor – Cantabile
15. Sonata in A minor – Allegro
16. Sonata in A minor – Andante
17. Sonata in A minor – Giga
18. Sonata in A minor – Aria (with variations)
19. Sonata in A minor – Variation 1
20. Sonata in A minor – Variation 2
21. Sonata in A minor – Variation 3
22. Sonata in A minor – Variation 4
23. Sonata in A minor – Variation 5

24. Pastorale for violin in scordatura – Grave
25. Pastorale for violin in scordatura – Allegro
26. Pastorale for violin in scordatura – Largo, Presto, Andante

Andrew Manze. violino solo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE