IM-PER-DÍ-VEL !!! (Revalidado por PQP)
Uma das minhas recentes descobertas foi o compositor americano Michael Daugherty. Há três anos tive o primeiro contato com sua música, num concerto na Holanda, onde tocaram sua obra mais popular Metropolis Symphony , que foi escrita em homenagem ao superman. A obra é despretensiosa e engraçada, mas extremamente bem escrita. O passado desse compositor é estranho e eclético, já foi músico de Jazz, Rock, Funk, …mas percebeu que pra escrever música sinfônica ou “clássica” tinha que suar a camisa. Foi pra Europa estudar com Boulez e Ligeti (boas referências, não?).
Vamos ao disco que foi gravado ao vivo. Fire and Blood é um concerto para violino inspirado nos murais de Detroit, concebidos pelo pintor mexicano Diego Rivera. A música é muito empolgante. O violino virtuoso e sempre presente. O segundo movimento é lindíssimo, forte presença da música mexicana (ex: ouçam o que acontece em 02:40). O terceiro movimento é arrebatador, o público no fim vai ao delírio. MotorCity Triptych é outra obra que também merece nossa atenção.
Espero que vocês apreciem esse joker que, de certa forma, indica um novo rumo da música clássica.
CDF
Michael Daugherty (1954-): Fire & Blood, Motorcity Triptych and Raise the Roof
1. Fire and Blood: I. Volcano
2. Fire and Blood: II. River Rouge
3. Fire and Blood: III. Assembly Line
4. MotorCity Triptych: I. Motown Mondays
5. MotorCity Triptych: II. Pedal-to-the-Metal
6. MotorCity Triptych: III. Rosa Parks Boulevard
7. Raise the Roof
Detroit Symphony Orchestra
Ida Kavafian (violin) and Brian Jones
Neeme Jarvi
CDF
Muito interessante. Vou baixar.
Mas falta acrescentar que os solistas são Ida Kavafian (violino) e Brian Jones – não o Rolling Stone (tímpano).
Após detida análise sobre as três postagens de CDF, só posso chegar a seguinte conclusão:
— Do caralho!
Considero o Michael, dentre os compositores norte americanos atuais, o que melhor faz a síntese entre a música contemporânea (apesar de essencialmente tonal) e a cultura popular americana (na realidade cultura popular anglófona, pois ícones ingleses, como o 007, também permeiam sua obra).
Vale a pena buscar a obra “Elvis Everywhere”, de 1993, para quarteto de cordas e sons gravados de imitadores do Elvis (incluindo uma mulher) – creio que seu melhor achado – e a ópera Jackie O.
Um ótimo post. Parabéns, para variar…
CDF em dose tripla? Pode baixar tudo (mas se se ouvido for contemporâneo) – é o que estou fazendo agora.
Não conhecia esse compositor norte-americano. Suas composições me agradaram bastante. Suas orquestrações lembram, por vezes, o Messiaen da Sinfonia Turangalila. Parabéns CDF, belíssimo post!
P.S.: Se eu imaginasse, teria baixado em primeiríssima mão, antes mesmo da postagem. (Risos)
Fiquei encantado com essas obras do Daugherty! É empolgante acompanhar ese rumo pós-moderno da música, que aparenta tomar com que “superado” certo pedantismo da música atonal. Não sei, em alguns momentos me lembrou John Adams. Talvez seja pura ignorância minha. Mas meus ouvidos gostaram!
Tomara que realmente superem essa fase totalmente atonal.
Definitivamente não é para os meus ouvidos.
Animalesco!!!! Outra prova viva de que o atonalismo não é necessário para uma boa música moderna!!!
EXCELENTE idéia de revalidação! Parabéns!