Hans Werner Henze (1926-2012): Barcarola para Grande Orquestra e Sinfonia Nº 7 (Rattle)

Hans Werner Henze (1926-2012): Barcarola para Grande Orquestra e Sinfonia Nº 7 (Rattle)
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A música nos comunica o quê? Como eu sabia que, ao ouvir suas sinfonias na Rádio da UFRGS, Shostakovich estava sendo profundamente confessional? Como é que eu gostava de Henze, sabendo que sua música era sobre revolução, sem ter lido nada a respeito? Que estranhos subtextos nossos ouvidos recebem, que informações processamos? Que referencial? Não sei. Um dia, disse que ia postar minhas dez joias da coroa, aqueles discos que não empresto nem que me torturem. Aí está um deles.

O CD é todo bom. A Sinfonia Nº 7 (1983-84) veio após um longo período sem compor sinfonias – a sexta data de 1969. Ela procura um meio termo entre a tradição clássica e a modernidade. É sua maior obra no gênero. Rattle é um admirador de Henze e aqui consegue dar-lhe grandiosidade e dramatismo adequados. A Barcarola é boa, mas não chega aos pés da Sinfonia. Só o radicalismo pode negar-se a ouvir Henze, rejeitando o importante lugar na música que merece.

Lembrem o que disse Steve Reich:

Todos os músicos do passado, começando na Idade Média, estavam interessados na música popular e na de seus antecessores. A música de Béla Bartók se fez inteiramente com fontes de música tradicional húngara. E Igor Stravinsky, ainda que gostasse de nos enganar, utilizou toda a sorte de fontes russas para seus primeiros balés. A grande obra-prima Ópera dos Três Vinténs, de Kurt Weill, utiliza o estilo de cabaret da República de Weimar. Arnold Schoenberg e seus seguidores criaram um muro artificial, que nunca existiu antes. Minha geração atirou o muro abaixo e agora estamos novamente numa situação normal. Por exemplo, se Brian Eno ou David Bowie recorrem a mim e se músicos populares reutilizam minha música, como The Orb ou DJ Spooky, é uma coisa boa. Este é um procedimento histórico habitual, normal, natural.

Concordo com Reich. A escola de Viena e seus seguidores foram talvez naturais dentro da evolução da música, mas foram excrescências na história da música com seus grupinhos de iniciados e outros tribalismos chiques. Há quase dois anos, ao completar 80 anos, a Deustche Welle publicou o artigo de Augusto Valente que reproduzo a seguir:

Um dos compositores alemães mais bem-sucedidos completa 80 anos. Moderno demais para a burguesia, “liberal de limusine” para a vanguarda, Henze permanece uma figura que desafia definições sumárias.

A menos que se aceite sem questionar a sentença sumária da intelligentsia musical – “epígono”, “reacionário”, “anacrônico” – não é fácil definir em uma palavra a personagem Hans Werner Henze.

Para começar, uma das habilidades mais admiráveis do compositor é a de combinar técnicas e elementos musicais os mais díspares, da melodia lírica ao complexo sonoro eletroacústico, do leitmotiv wagneriano ao serialismo estrito e os dispositivos aleatórios. Uma liberdade que, por outro lado, oferece flanco a críticas ainda mais ferinas: “oportunista”, “inconsequente”, “eclético”.

Henze, portanto, um reacionário oportunista? Então, onde se encaixa o ativismo político, suas idôneas tentativas de usar a música contemporânea como instrumento de resistência, seus anos de “terror da burguesia” e o consequente preço que pagou em sua carreira?

É preciso mais do que uma palavra para definir essa personagem.

Povo de assassinos

Hans Werner Henze nasce em 1º de julho de 1926 em Gütersloh, no Estado alemão de Vestfália. Um entre seis filhos, resolve estudar música contra a vontade dos pais. Ainda adolescente, sente-se atraído pelas composições modernas, então condenadas pelo regime nazista como “degeneradas”.

A identificação do pai com o nazismo faz com que as crianças se afastem deste (“Ele era um estranho para nós, nunca falava conosco”) e se aproximem da figura materna (“Nunca encontrei tanta ética, tanta musicalidade e sentimento de justiça como em minha mãe”).

Outsider precoce, Hans Werner “sabia que havia campos de concentração e conhecia gente que fora internada”, graças aos contatos de sua família tanto com a direita como com a esquerda. “Desde então acho os alemães suspeitos e horríveis. Até hoje”, revelou numa entrevista recente.

É recrutado aos 18 anos para lutar na guerra, como “soldado alemão, pertencente a uma nação cheia de assassinos e racistas”. Após ser transferido para o setor de cinema de propaganda e ficar preso num campo inglês, retoma em 1946 os estudos de música.

Being German

Seu professor, Wolfgang Fortner, o apresenta naquele mesmo ano como aluno-sensação nos Cursos de Férias de Darmstadt. Entretanto, nos anos seguintes, a linha desse foro da música nova se radicaliza. Um furor ideológico se sobrepõe à estética, o serialismo integral é a única linguagem aceitável.

Com suas “concessões” ao passado, à eufonia, à tonalidade, Henze é persona non grata nos meios da vanguarda. Anos mais tarde, acentuará a importância de se opor às “prescrições dos papas e regras dos monges”, que se atiravam “jubilosos nos braços da era da tecnologia”.

Não excetuada a própria aversão à condição de alemão, Henze corporifica de forma exemplar alguns dos principais vícios, virtudes e paradoxos germânicos. E, com frequência, ele os leva até à consequência última.

Isto se aplica à crônica nostalgia dos alemães pela Itália – já celebrada nos diários italianos de Goethe. Esse anseio explica a brisa mediterrânea que permeia toda a música henziana. Mas também é um dos motivos por que, já em 1953, o músico troca definitivamente a Alemanha pela “terra onde florescem os limoeiros”.

Ânsia de palco

A mudança para a Itália coincide com a explosão de Henze no meio mais propício a seu talento: o palco teatral. À ópera Il Re Cervo (1953-62) segue-se o sucesso de Der Prinz von Homburg, Der junge Lord – textos adaptados pela autora austríaca Ingeborg Bachmann–, Elegy for young lovers e The Bassarids (encomendada pelo Festival de Salzburgo de 1964) – ambas com libreto de W.H. Auden, também colaborador de Igor Stravinsky.

Num escrito de 1975, Henze definia assim sua arte: “O teatro foi e é o meu território, tenho sempre que voltar a ele. Minha música anseia pelo gesto, a corporalidade e a plasticidade. Ela se entende como drama, algo que pertence intimamente à vida, e que não poderia existir na abstinência higiênica ou no particular, no doméstico”.

Tamanha paixão permitiu ao compositor se arvorar, não apenas em próprio regente, como em diretor de cena e cenógrafo, “não sem ocasionalmente resultar em duvidosos diletantismos”, comenta o musicólogo Hans Vogt.

Henze permanece dos poucos compositores contemporâneos com presença assídua nos programas das casas de ópera tradicionais. Sua – declaradamente última – obra do gênero foi L’upupa, que estreou com êxito em 2003, em Salzburgo. O compositor também escreveu para o cinema, notadamente O jovem Toerless (1966) e A honra perdida de Katharina Blum (1975), ambos do alemão Volker Schlöndorff.

De herói romântico a comunista irado

A biografia de Hans Werner Henze nos recorda que a era do Romantismo foi também a era das revoluções sociais, e a Alemanha um dos berços de ambos os movimentos. Henze descreveu todo o arco psicológico que vai do herói romântico – introvertido e solipsista – ao ativista irado.

A absoluta incompatibilidade com a vanguarda europeia ficara selada quando, em 1957, Luigi Nono, Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen abandonaram a sala de concertos de Donaueschingen após os primeiros compassos de sua Nachtstücke und Arien.

Deslocado desde sempre, na família, no país, em seu meio profissional, o fato de ser homossexual contribuiu para a sensação de exclusão de Henze. Parte desta, ele projetou tanto nos heróis de suas óperas como em seus numerosos concertos para solista, caracterizados pelo embate do indivíduo contra a massa.

Porém, identificando-se com as minorias deste mundo, o compositor conseguiu transcender a autopiedade egocêntrica, canalizando sua indignação pessoal para a luta política. O autor Paul Griffiths descreve assim sua transformação em terror antiburguês: “O queridinho do Festival de Salzburgo tornou-se um revolucionário; o poeta da alma começou a bradar contra as iniquidades sociais. Era 1968”.

Abismo entre a teoria e a prática

O banimento de sua música da Alemanha, após o escândalo de uma apresentação de Der Floss der Medusa em 1968; o abrigo dado, no mesmo ano, ao líder estudantil Rudi Dutschke, depois que este sofreu um atentado; o engajamento por Cuba: não há como duvidar da sinceridade do ativista Henze. Ele definitivamente não foi um mero “liberal de limusine”, como queriam seus detratores.

Contudo, permanece insatisfatória sua tradução da contundência política para a linguagem da arte inovadora. Um exemplo são suas obras cênicas El Cimarrón e La Cubana: por melhor que compreendesse intelectualmente a situação do Terceiro Mundo e dos oprimidos, a Cuba musical de Henze não é a de Fidel Castro, mas sim a das florestas tropicais, das palmeiras, dos ritmos exóticos e da sensualidade mulata.

Da mesma forma, a indignação e as palavras de ordem no ciclo de canções Voices – Stimmen, de 1973, não soam muito distantes de fórmulas exploradas com mais pertinência por um Kurt Weill ou Hanns Eisler a serviço de Bertolt Brecht.

Posteridade

Hans Werner Henze completa 80 anos. O que a posteridade terá a dizer sobre ele?

Sua vaga na história da música do século 20 está assegurada, não há dúvida. Se não fosse por outros motivos, a lista de suas associações – artísticas, pessoais, políticas – é um verdadeiro who’s who da arte e cultura européia do pós-guerra: Edward Bond, W.H. Auden, Jean Genet, Pier Paolo Pasolini, Hans Magnus Enzensberger, Rudi Dutschke, Ingeborg Bachmann, sem falar em várias gerações de cantores, instrumentistas e regentes.

Virtuose das técnicas de composição, Henze é um desses artistas que pecaram pelo excesso de fertilidade: boa parte de sua obra é francamente dispensável. Mas não há como excluir a possibilidade de que gerações vindouras descubram uma série de obras-primas incontornáveis em meio a esse palheiro. Talvez seu monumental terceiro concerto para piano, Tristan; ou a delicada cantata Being beauteous, sobre poema de Arthur Rimbaud? Quem sabe, uma das óperas? Não seria a primeira vez que a história da música é forçada a se rever.

O octogenário vive agora em sua vila em Marino, nas cercanias de Roma, com seu companheiro Fausto Moroni, “em meio a gente que nunca seria capaz de fazer o que meus compatriotas fizeram naquela época”.

Hans Werner Henze – Barcarola per Grande Orchestra e Sinfonia Nº 7 (Rattle)

1. Barcarola Per Grande Orchestra – In Memoriam Paul Dessau – 1979

Sinfonia Nº 7 (1983-84)
2. I: Tanz – Lebhaft Und Beseelt
3. II: Ruhig Bewegt
4. III: Unablassig In Bewegung
5. IV: Ruhig, Verhalten

City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle

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Hans Werner Henze

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiens, K. 626, em duas versões inteiramente diferentes (Böhm e Koopman)

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiens, K. 626, em duas versões inteiramente diferentes (Böhm e Koopman)

Como diversão, aqui vão duas gravações do justamente célebre Réquiem de Mozart. O portento vem em duas versões totalmente diferentes: uma com instrumentos modernos, outra com instrumentos originais. Para meu gosto, apesar de respeitar o grande regente que foi Karl Böhm, a transparência e delicadeza torna a gravação de Koopman muito melhor do que o pesado registro lá dos anos 70. Acho que esta é uma batalha ganha pelos modernos admiradores das coisas antigas. Meus ouvidos afirmam que é mais bonita a versão com instrumentos originais, mais transparente e delicada. Além disso, o estilo de Koopman me parece mais correto ao não ser tão tonitruante e pesado. O molho de Böhm é pesado demais para Mozart, né? E… Se nossas salas de concertos já são museus sonoros, nada mais natural que os timbres originais sejam respeitados, penso. Além disso, os historicamente informados de hoje fazem pilates, são alongados, não têm mais a cintura dura. Discorde aí na sua casa. (Brincadeira).

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiens, K. 626, em duas versões inteiramente diferentes (Böhm e Koopman)

01 – Kyrie
02 – Dies Irae
03 – Tuba Mirum
04 – Rex Tremendae
05 – Recordare
06 – Confutatis
07 – Lacrimosa
08 – Domine Jesu
09 – Hostias
10 – Sanctus
11 – Benedictus
12 – Agnus Dei – Lux Aeterna

Wiener Staatsopernchor
Norbert Balatsch, dir.

Edith Mathis, soprano
Julia Hamari, contralto
Wieslaw Ochman, tenor
Hans Haselbock, órgão
Karl Ridderbusch, baixo

Wiener Philharmoniker
Karl Böhm, regente

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01 – Kyrie
02 – Dies Irae
03 – Tuba mirum
04 – Rex tremendae
05 – Recordare
06 – Confutatis
07 – Lacrimosa
08 – Domine Jesu
09 – Hostias
10 – Sanctus
11 – Benedictus
12 – Agnus Dei – Lux aeterna

Barbara Schlick, sopran
Carolyn Watkinson, alt
Christoph Prégardien, tenor
Harry van der Kamp, bass

Amsterdam Baroque Orchestra
Koor van de Nederlandse Bachvereniging
Ton Koopman

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A dúvida: instrumentos originais -- utilizar ou não?
Os instrumentos originais custam caro, né, seu PQP?

PQP

Bernd Alois Zimmermann (1918-1970): Réquiem para um jovem poeta (1967-69) (Metzmacher)

Bernd Alois Zimmermann (1918-1970): Réquiem para um jovem poeta (1967-69) (Metzmacher)

Bernd Alois Zimmermann tem sua maior obra em Requiem für einen jungen Dichter (Réquiem para um jovem poeta, 1967-69), uma estupenda realização escrita para três coros, soprano e baixo, que literalmente conversam entre si — sim, membros dos coros agem como atores –, órgão, gravações com sons de rua, um jazz combo e uma enorme orquestra. Trabalhando com uma multiplicidade de textos, Zimmermann tinha inicialmente planejado utilizar apenas textos de poetas suicidas, como, por exemplo, Vladimir Maiakovski. Porém, Zimmermann, vivendo a ebulição revolucionária do maio de 68 e o início do Baader-Meinhof na Alemanha, abriu-se a todos os tipos de fontes orais em múltiplos idiomas. Discursos políticos, passagens da Vulgata Latina, vozes de presidente Mao, Hitler e até mesmo “Hey Jude”, dos Beatles participam da obra. Zimmermann acabou construindo não apenas um poderoso réquiem dirigido aos poetas que de matam, mas para o próprio século XX e sua crise cultural.

A obra dialoga intensamente com a Sinfonia de Berio, mas refere-se ainda mais à sua e nossa época. Acho que é indiscutivelmente superior que a citada Sinfonia, pois tem os dois pés inteiramente encharcados em nossa realidade. Um aspecto surpreendente do Réquiem para os jovens poetas é sua atualidade. Poderia ter sido escrita em 2009 por um inventivo compositor de vanguarda, se este tivesse o talento, a CULTURA e a ambição artística de Zimmermann.

Wikipedia: Zimmermann nasceu em Bliesheim perto de Colónia. Cresceu numa comunidade rural Católica na Alemanha ocidental. Seu pai trabalhou para o ‘Reichsbahn’ (Imperial Ferroviária) e também foi agricultor. Em 1929, Zimmermann começou a frequentar uma escola privada católica, onde ele teve seu primeiro encontro com a música. Após os nacional-socialistas (ou nazis) fecharem todas as escolas privadas, ele mudou para uma escola pública católica em Colônia, onde, em 1937, recebeu o diploma colegial.

Começou a estudar Educação Musical, Musicologia e Composição no inverno de 1938 na Universidade de Música de Colónia. Em 1940, foi integrado na Wehrmacht (o exército alemão), mas foi libertado em 1942 devido a uma grave doença da pele. Retornou aos seus estudos, não recebeu um grau até 1947 devido ao fim da guerra. No entanto, ele já estava ocupado como free-lancer compositor em 1946, principalmente para a rádio. De 1948 a 1950, fêz (Curso de férias para a Nova Música) onde estudou com René Leibowitz e Wolfgang Fortner, entre outros.

Estava morando em Grosskönigsdorf perto de Colónia. No entanto, a sua tendência depressiva aumentou para um nível mais físico, agravados por uma deterioração rápida nos olhos. Em 10 de agosto de 1970, Zimmermann cometeu suicídio, apenas cinco dias depois de completar a Ich wandte mich um und sah alles Unrecht das geschah unter der Sonne. Na época, estava a preparar outra ópera, Medea.

Em contraste com a chamada “Escola Darmstadt” (Stockhausen, Boulez, Nono, etc.), Zimmermann não fez uma ruptura radical com a tradição. No final da década de 50, desenvolveu o seu próprio estilo de composição, o pluralistica “Klangkomposition”. A combinação e sobreposição de camadas de materiais musicais de diversos períodos de tempo (medieval Barroco e Clássico, de Jazz e música pop), utilizando técnicas musicais avançadas, (visto algo no seu trabalho orquestral Photoptosis) (o ballet Musique pour les soupers du Roi Ubu). Nas suas obras vocais, especialmente o seu Requiem, o texto é usado para o progresso da peça pela sobreposição de textos a partir de várias fontes. Ele criou sua própria atitude musical utilizando a metáfora the spherical form of time (“a forma esférica do tempo).

O romance How Is This Going to Continue? (2007) de James Chapman é inspirado no Requiem für einen jungen Dichter e inclui passagens que prestam homenagem ao compositor.

.oOo.

Bernd Alois Zimmermann – Requiem für einen Jungen Dichter (1967/69) (Metzmacher)

Lingual für Sprecher, Sopran- und Bass-Solo, drei Chöre, Orchester, Jazz-Combo, Orgel und elektronische Klänge, nach Texten verschiedener Dichter, Berichten, Reportagen

1. Prolog / Requiem 1 / Requiem 2 (29:02)
2. Ricercar (10:36)
3. Rappresentazione (5:32)
4. Elegia (1:36)
5. Tratto (1:28)
6. Lamento (7:07)
7. Dona Nobis Pacem (8:36)

Matthias Buss and Marcel Welten – Narrators
Penelope Walmsley-Clark – Soprano
David Pittman-Jennings – Baritone

Tschechischer Philharmonischer Chor Brno
Slowakischer Philharmonischer Chor Bratislava
Herren der Europachor-Akademie Mainz

Jazz-Combo: Axel Dörner (trumpet), Gerd Dudek (reeds), Alexander von Schlippenbach (piano), Jochen Schmidt (bass), Paul Lovens (drums)

João Rafael – Klangregie

Philharmonisches Staatsorchester Hamburg
Conductor: Ingo Metzmacher

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Bernd Alois Zimmermann

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Ein Musikalischer Spaß, Hornquintet, Marches, Duos Divertimenti (L’Archibudelli)

W. A. Mozart (1756-1791): Ein Musikalischer Spaß, Hornquintet, Marches, Duos Divertimenti (L’Archibudelli)

Este é um disco de obras menores de Mozart. Nada aqui vai provocar sentimentos sublimes, mas algumas risadas vão ocorrer quando você ouvir Ein Musikalischer Spaß (Uma Piada Musical). O restante do CD é agradável. com destaque para os duos para trompas. Uma Piada Musical (em alemão: Ein musikalischer Spaß) K. 522, diversão para duas trompas em Fá e quarteto de cordas, é uma composição de Mozart cujo propósito é satírico. Suas gafes harmônicas e rítmicas servem para parodiar o trabalho de compositores amadores. Spaß não conota necessariamente o jocoso, para o qual a palavra Scherz provavelmente seria usada. Na opinião de Fritz Spiegl , uma tradução mais precisa seria Um Divertimento Musical.  Outros apelidos às vezes mencionados são Dorfmusikantesextett (Sexteto dos músicos da aldeia) e Bauernsinfonie (Sinfonia dos fazendeiros) foram adicionados após a morte de Mozart.

W. A. Mozart (1756-1791): Ein Musikalischer Spaß, Hornquintet, Marches, Duos Divertimenti (L’Archibudelli)

1 Marsch Für 2 Violinen, Viola, Violoncello Und 2 Hörner, D-Dur, KV 445

2 Marsch Für 2 Violinen, Viola, Violoncello Und 2 Hörner, F-Dur, KV 248

3 Marsch Für 2 Violinen, Viola, Violoncello Und 2 Hörner, D-Dur, KV 290

4 Duo Für 2 Blasinstrumente, KV 487 – Nr. 5 Larghetto (Es-Dur)
5 Duo Für 2 Blasinstrumente, KV 487 – Nr. 2 Menuetto, Allegretto (Es-Dur)

Quintett Für Horn, Violine, 2 Violen Und Violoncello Es-Dur KV 407
6 1. ()
7 2. Andante
8 3. Allegro

9 Duo Für 2 Blasinstrumente, KV 487 – Nr. 10 Andante (Es-Dur)
10 Duo Für 2 Blasinstrumente, KV 487 – Nr. 8 Allegro (Es-Dur)

Ein Musikalischer Spaß (Dorfmusikanten Sextett) Für 2 Violinen, Viola, Baß Und 2 Hörner F-Dur KV 522
11 1. Allegro
12 2. Menuett: Maestoso
13 3. Adagio Cantabile
14 4. Presto

15 Fragment Aus Divertimento Für Violine, Viola, Violoncello Und 2 Hörner F-Dur KV 288
16 Fragment Aus Divertimento Für 2 Violinen, Viola, Violoncello Und 2 Hörner D-Dur KV 246b

Double Bass – Anthony Woodrow
Horn – Ab Koster, Knut Hasselmann
Viola – Jürgen Kussmaul
Violin – Lucy van Dael, Vera Beths
Violoncello – Anner Bylsma

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W. A. Mozart (1756-1791): Divertimentos K. 136, 137, 138 e 251 (Koopman)

W. A. Mozart (1756-1791): Divertimentos K. 136, 137, 138 e 251 (Koopman)

Pura alegria. Este registro que foi relançado a baixo preço é uma pequena joia mozartiana que fez minha vizinha perguntar: “Qual era a música maravilhosa que tocaste ontem? Adorei!”. Dei uma bela explicação, ofereci uma cópia e ela aceitou. Deixo vocês utilizarem a gravação para o findi de vocês, OK? Fora de brincadeira, bom disco. A música é a do Mozart jovem, ainda sem a profundidade da maturidade. Como você esperaria de Mozart inicial — uma cascata de melodias que fluirá pela sua mente muito depois que os músicos terminarem. Ousadia leve, brilhante e alegre. A orquestra de Koopman está perfeita nesses divertimenti que à primeira vista, parecem simples, mas que mostram apenas como Mozart faz tudo  parecer fácil.

W. A. Mozart (1756 – 1791): Divertimentos K. 136, 137, 138 e 251 (Koopman)

Divertimento KV 136 En Ré Majeur / D Major / D-dur (18:30)
1 Allegro 6:04
2 Andante 8:26
3 Presto 4:00

Divertimento KV 137 En Si Bémol Majeur / B Flat Major / B-dur (12:33)
4 Andante 5:42
5 Allegro Di Molto 3:38
6 Allegro Assai 3:13

Divertimento KV 138 En Fa Majeur / F Major / F-dur (13:43)
7 Allegro 5:25
8 Andante 6:13
9 Presto 2:05

Divertimento KV 251 En Ré Majeur / D Major / D-dur (27:20)
10 Allegro Molto 7:04
11 Menuetto – Trio 3:41
12 Andantino 4:19
13 Menuetto (Tema Con Variazioni) 4:20
14 Rondeau (Allegro Assai) 5:21
15 Marcia Alla Francese 2:35

Cello – Ageet Zweistra, Jaap ter Linden
Conductor – Ton Koopman
Double Bass – Nicholas Pap
Horn – François Mérand, Michel Garcin-Marrou
Oboe – Marcel Ponseele
Orchestra – The Amsterdam Baroque Orchestra
Viola – Jan Schlapp, Jane Norman
Violin – Andrew Manze, Caroline Balding, Helen Orsler, Mark Cooper*, Margareth Faultness*, Nicola Cleminson, Nicolette Moonen, Pavlo Beznoziuk

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J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 51, 82 & 84 (Feuersinger, Capricornus Consort Basel)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 51, 82 & 84 (Feuersinger, Capricornus Consort Basel)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

ESTA É A POSTAGEM DE NÚMERO 8000 DO BLOG PQP BACH.

8000 !!!

A cantata Ich habe genug, BWV 82, de J. S. Bach, expressa o anseio íntimo de São Simeão pela salvação. A cantata foi escrita em 1727 para a Festa da Purificação da Virgem Maria, que aconteceu em 2 de fevereiro. É para um(a) cantor(a) solo e prescinde do coro. Seu libreto anônimo concentra-se em Simeão que, depois de ver o menino Jesus no templo, não precisa mais da vida terrena. E diz: “Ich habe genug” (já tive o bastante).

Em seu brilhante estudo sobre Bach, John Eliot Gardiner diz que a teologia da época encarava o mundo como “um hospício povoado por almas doentes cujos pecados apodrecem como furúnculos em supuração e excrementos amarelos”. Mas, no BWV 82, Bach radicalmente nos permite aspirar a sermos anjos. A morte não é transformação ou punição, é missão cumprida, é uma boa noite de sono ou uma alegre viagem para casa. Anjos não somos, mas por 25 minutos somos sim. Os sons das palavras do texto anônimo são transformados em lindas melodias, mas a realização mais significativa é a de que a melodia e a instrumentação transcendem totalmente o texto.

O formato da cantata é simples: um cantor — Bach criou versões para soprano, mezzo-soprano e baixo-barítono — e três árias conectadas por dois recitativos curtos. Um pequeno conjunto de cordas o acompanha. Um oboé solo (ou flauta, na versão soprano) faz girar melodias acrobáticas fazendo um sofisticado contraponto à linha vocal. Sobre as cordas suaves, a ária de abertura começa com o oboé ou flauta, introduzindo a frase melódica de cinco notas que carregará as palavras Ich habe genug.

Bach não está nos dizendo isso por palavras. Ele não está explicitando nada. Nem está, por mais que pareça, revelando as emoções carregadas no texto. Ele está nos levando pela mão a algum lugar. A suposta tarefa da ária de canção de ninar Schlummert ein (adormeça) era representar a morte como sono. Em vez disso, Bach produz um milagre musical. Para que não nos leve a dormir, Bach produz uma espécie de estado de reverência. O sono, então, torna-se não a morte, mas uma visão fugaz da morte. É por isso que a ária final curta e alegre pode ser escandalosamente viva.

Ich habe genug veio logo depois que Bach se cansou de cantatas para funerais. Aliás, a morte foi sua companheira constante. Seus pais morreram quando ele era menino. Sua primeira esposa morreu jovem. Ele sofreu a morte de muitos de seus 20 filhos, incluindo a de um filho de seis meses antes de escrever o BVW 82. A essa altura, Bach havia deixado a tarefa hercúlea de escrever cantatas sem parar, para produzi-las apenas ocasionalmente. Mas o BWV 82 parece ser uma questão pessoal e Bach produziu um total de seis versões, a última em 1748, dois anos antes de sua própria morte.

O título do CD é Ich bin vergnugt (Estou contente). Refere-se à cantata Ich bin vergnugt mit meinem Glucke (Estou contente com minha felicidade), BWV 84, mas também corresponde inteiramente aos sentimentos da cantora, a austríaca Miriam Feuersinger, que está realizando um desejo antigo com este programa. Ela apresenta as três mais belas cantatas escritas por Johann Sebastian Bach para soprano solo. Já a cantata Jauchzet Gott in allen Landen BWV 52 é um hino de louvor operístico e virtuoso que impõe altas exigências técnicas ao intérprete. Miriam Feuersinger é acompanhada com sensibilidade pelo Capricornus Consort Basel, Com sua voz clara, ela nos deixa sentir seu vergnugen em cada nota.

Junto com o trio de cantatas vêm uns extras nada desprezíveis!

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 51, 82 & 84 (Feuersinger, Capricornus Consort Basel)

Ich Habe Genug, BWV 82
1 I. Ich Habe Genug (Aria) 7:00
2 II. Ich Habe Genug (Recitativo) 1:17
3 III. Schlummert Ein, Ihr Matten Augen 8:43
4 IV. Mein Gott! Wenn Kömmt Das Schöne 0:51
5 V. Ich Freue Mich Auf Meinen Tod 4:01

Trio Sonata In G Major, BWV 1038
6 I. Largo 3:14
7 II. Vivace 1:06
8 III. Adagio 2:03
9 IV. Presto 1:31

Ich Bin Vergnügt Mit Meinem Glücke, BWV 84
10 I. Ich Bin Vergnügt Mit Meinem Glücke 6:38
11 II. Gott Ist Mir Ja Nichts Schuldig 1:45
12 III. Ich Esse Mit Freuden Mein Weniges Brot 4:57
13 IV. Im Schweiße Meines Angesichts 0:55
14 V. Ich Leb Indes In Dir Vergnüget (Transcr. For Soprano & Strings) 1:02
15 Herr Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend, BWV 709 (Transcr. P. Barczi For Strings) 2:50
16 Herr Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend, BWV 655 (Transcr. P. Barczi For Strings) 3:07

Jauchzet Gott In Allen Landen, BWV 51
17 I. Jauchzet Gott In Allen Landen! 4:38
18 II. Wir Beten Zu Dem Tempel An 2:21
19 III. Höchster, Mache Deine Güte 4:40
20 IV. Sei Lob Und Preis Mit Ehren 3:42
21 V. Alleluja! 2:22

Miriam Feuersinger, soprano
Capricornus Consort Basel

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Miriam Feuersinger

PQP

Chopin (1810 – 1849): Études – Yunchan Lim (piano) ֎

Chopin (1810 – 1849): Études – Yunchan Lim (piano) ֎

“Chopin é o maior de todos, pois apenas com o piano ele descobriu tudo.”
Claude Debussy

Domingo calorento e preguiçoso aqui e continuo adiando a preparação das provas para amanhã. Integração por partes, como diria Jack…

A vitrola acabou de tocar Bruckner#9 e ainda estou sob os efeitos do imenso adágio. Então, para variar, um disco diferente – Estudos de Chopin. Eu gosto de Chopin e se você tem ideias pré-concebidas do romântico compositor – a imagem de um pianista revirando os olhos sobre uma doce melodia, prepare-se para uma ‘revolucionária’ mudança. Nada de bibelôs neste disco, que tem seus momentos mais lânguidos, faz parte.

O pianista Yunchan Lim é espetacular, tem técnica de sobra para mais uns dois ou três virtuosos. Foi o mais jovem músico a ganhar a medalha de ouro no Concurso Van Cliburn e o disco com os endiabrados Estudos Transcendentais, de Liszt, gravado ao vivo durante o concurso, é prova disso. Mas, calma, um disco só de Liszt é demais para mim, tive que esperar esse novo disco para apreciar as habilidades do Yunchan Lim. Se bem que há uma gravação do Concerto Imperador, também ao vivo, que é flamejante.

Em junho de 2022, Yunchan Lim se tornou a pessoa mais jovem a ganhar ouro no Concurso Internacional de Piano Van Cliburn; suas performances ao longo do tempo mostraram uma “habilidade mágica” e uma “qualidade natural e instintiva” (La Scena) que surpreendeu os ouvintes ao redor do mundo. Como o presidente do júri Marin Alsop expressou: “Yunchan é aquele artista raro que reúne musicalidade profunda e técnica prodigiosa organicamente.” A profundidade de sua arte e conexão com os ouvintes também lhe garantiram o Prêmio do Público e Melhor Performance de uma Nova Obra. A performance surpreendente de Lim dos Estudos Transcendentais completos de Liszt da rodada semifinal do Concurso Van Cliburn está disponível em seu álbum de estreia Steinway & Sons.

Hoje já estou na segunda audição deste disco, intercalando-o com outras favoritas gravações – Abbey Simon, Boris Berzovski, por exemplo. Até essa postagem chegar até você, já terei ouvido uma boa meia dúzia de vezes.

Frédéric Chopin (1810 – 1849)

Études (12), Op. 10

  1. 1 in C Major “Waterfall”
  2. 2 in A Minor “Chromatique”
  3. 3 in E Major “Tristesse”
  4. 4 in C-Sharp Minor “Torrent”
  5. 5 in G-Flat Major “Black Keys”
  6. 6 in E-Flat Minor “Lament”
  7. 7 in C Major “Toccata”
  8. 8 in F Major “Sunshine”
  9. 9 in F Minor
  10. 10 in A-Flat Major
  11. 11 in E-Flat Major “Arpeggio”
  12. 12 in C Minor “Revolutionary”

Chopin: Études (12), Op. 25

  1. 1 in A-Flat Major “Aeolian Harp”
  2. 2 in F Minor “The Bees”
  3. 3 in F Major “The Horseman”
  4. 4 in A Minor “Paganini”
  5. 5 in E Minor “Wrong Note”
  6. 6 in G-Sharp Minor “Thirds”
  7. 7 in C-Sharp Minor “Cello”
  8. 8 in D-Flat Major “Sixths”
  9. 9 in G-Flat Major “Butterfly Wings”
  10. 10 in B Minor “Octave”
  11. 11 in A Minor “Winter Wind”
  12. 12 in C Minor “Ocean”

Yunchan Lim (piano)

Recorded: 2023-12-20
Recording Venue: Henry Wood Hall, London

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MP3 | 320 KBPS | 143 MB

Yunchan Lim

Some extremely daring speeds guarantee excitement, pushing the technical limits in what are, of course, despite their generic title (Études , or Studies), so much more than technical exercises, yet he also finds great poetry…some of Yunchan Lim’s interpretations may be too subjective for everyone’s taste, yet this is a remarkable feat that demands to be heard.                                                                       BBC Music Magazine

His Chopin is as flexible and feather-light as it is fluent and fiery, as compelling in its sense of structure as in its relishing of detail. The whole experience radiates joyful, youthful exuberance.               Gramophone

These are thrilling performances of Chopin’s studies, the technique dazzlingly immaculate and the musical impulses propelling it often startlingly original.                                                                       The Guardian

Aproveite!

René Denon

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante, K. 297 & Sinfonia Concertante, K. 364 (Nova Filarmonia Portuguesa, Cassuto)

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante, K. 297 & Sinfonia Concertante, K. 364 (Nova Filarmonia Portuguesa, Cassuto)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

No Brasil, este disco saiu pela MoviePlay e era uma joia no meio das coisas mais ou menos da gravadora. Ambas as Sinfonias Concertantes de Mozart são extraordinárias, com especial destaque para o K. 364, claro. Mas a outra não lhe fica muito a dever. Com excelente regência de Álvaro Cassuto, com bons solistas da Europa Oriental (acredito eu) e uma orquestra bastante boa, este disco baratinho dá um banho em muita gente metidona. Na capa ao lado não aparece nem a orquestra, nem o nome do maestro. É um foda-se total. Apenas ouça. Reclamações — duvido — nos comentários.

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante, K. 297 & Sinfonia Concertante, K. 364 (Nova Filarmonia Portuguesa, Cassuto)

Mozart: Sinfonia Concertante in E-flat Major, K. 297b
I. Adagio 13:33
II. Adagio 8:40
III. Andantino con variazioni 8:54

Lisa Kosenko (Oboé)
Chris Inguanti (Clarinete)
Ellen Tomasiewics (Trompa)
Martin Mangrum (Fagote)
Nova Filarmonia Portuguesa
Álvaro Cassuto

Mozart: Sinfonia Concertante for Violin, Viola & Orchestra in E flat major, K. 364
I. Allegro maestoso 13:48
II. Andante 11:39
III. Presto 6:34

Dimitar Dimitrov (Violino)
Dragomir Zahariev (Viola)
Nova Filarmonia Portuguesa
Álvaro Cassuto

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O bom Cassuto

PQP

D. Shostakovich (1906-1975): The Nose (O Nariz) / The Gamblers (Os Jogadores) (Leningrad Philharmonic Orch, Orch Of The Moscow Chamber Opera, Rozhdestvensky)

D. Shostakovich (1906-1975): The Nose (O Nariz) / The Gamblers (Os Jogadores) (Leningrad Philharmonic Orch, Orch Of The Moscow Chamber Opera, Rozhdestvensky)

Os Jogadores, Op. 63, é uma ópera inacabada, composta por Dmitri Shostakovich em 1941-42 baseada na comédia de Nikolai Gogol Os Jogadores (1842). O primeiro ato sobrevivente dura cerca de 47 minutos. É o que temos aqui. Shostakovich tentou fazer a peça de Gogol palavra por palavra. Ele percebeu, ao chegar ao final do primeiro ato, que a ópera se tornaria muito longa e difícil de montar, e também que seu texto zombeteiro e a amarga ironia da música não seriam executados sob o regime repressivo da época. Ele abandonou o projeto. Ele reutilizou material da ópera no scherzo de sua composição final, a Sonata para Viola. A estreia mundial foi uma apresentação em forma de concerto no salão do Conservatório de Leningrado em 18 de setembro de 1978, cantada por membros do Teatro de Câmara de Moscou com a Orquestra Filarmônica de Leningrado conduzida por Gennady Rozhdestvensky. Aliás, o mesmo time que gravou este CD em 1978. Que coincidência!

O Nariz, Op. 15, é a primeira ópera de Dmitri Shostakovich, uma obra satírica concluída em 1928 baseada na história de Nikolai Gogol de 1836 com o mesmo nome. A ópera foi escrita entre 1927 e 1928. O libreto é de Shostakovich, Yevgeny Zamyatin, Georgy Ionin e Alexander Preis. Shostakovich afirmou que era uma sátira sobre os tempos de Alexandre I. O enredo diz respeito a um oficial de São Petersburgo cujo nariz deixa seu rosto e desenvolve uma vida própria. A obra original de Gogol foi expandida por meio de empréstimos de algumas de suas outras obras, incluindo O Capote, Diário de um Louco e Almas Mortas, bem como de Os Irmãos Karamazov (1881) de Dostoiévski. Shostakovich usa uma montagem de estilos diferentes, incluindo música folclórica, canção popular e atonalidade . O caos aparente é estruturado por dispositivos musicais formais, como cânones e quartetos, um dispositivo tirado de Wozzeck, de Alban Berg. De acordo com o compositor britânico Gerard McBurney, “O Nariz é uma das maiores obras-primas do jovem Shostakovich, um tour de force eletrizante de acrobacias vocais, cores instrumentais selvagens e absurdo teatral, tudo permeado por uma mistura escaldante de riso e raiva… O resultado, nas mãos implacavelmente irreverentes de Shostakovich, é como uma versão operística de Charlie Chaplin ou Monty Python. Com seu tema magnificamente absurdo e música virtuosa, O Nariz é uma obra extremamente divertida”. Em “O Nariz” os soldados de embebedam, tossem e ao fagote é dada a tarefa de peidar por eles. Ouvi hoje esta ópera e notei que os cantores fazem todo o tipo de sons estranhos, mas não arrotam. É complicado arrotar quando se quer. Se alguém me disser “Arrota aí, meu!” não vai sair nada. Quando criança, eu sempre invejava os amigos que podiam soltar um arroto a qualquer momento. Nunca consegui. Para largar um, eu tinha que beber uma Coca-Cola e esperar que ele, o arroto, se decidisse. Só sim eu largava um bem sonoro.

D. Shostakovich (1906-1975): The Nose (O Nariz) / The Gamblers (Os Jogadores) (Leningrad Philharmonic Orch, Orch Of The Moscow Chamber Opera, Rozhdestvensky)

The Gamblers, Opera, For 6 Male Voices & Orchestra (unfinished)
Edited By – Gennadi Rozhdestvensky
Orchestra – Orchestra Of The Moscow Chamber Opera*
1.1 Instruemtal Introduction
1.2 Do Come In, Do Come In
1.3 I’m Listening Friend, Go On.
1.4 What A Sight
1.5 Have You Come Far?
1.6 Where Is Your Master From?
1.7 Wily Fellows, These.
1.8 Perhaps Kazan Is Better.
1.9 Listen, Did They Give You Much?
1.10 I’m Sorry, The Room’s Not Nice…
1.11 But, Gentlemen, Come Come, Don’t Let’s Argue
1.12 Well Well, This Sturgeon Is Good.
1.13 Jack Of Clubs, Diamonds…
1.14 And So We Shake On The Deal.
1.15 Do Tell Us…
1.16 Do You Remember, Shvokhnev?
1.17 In A Town
1.18 We Have Our Methods.
1.19 There Was Another One Which Went Quite Well.
1.20 Wily Fellows, These.

The Nose, Opera, Op. 15
Orchestra – Leningrad Philharmonic Orchestra
1.21 Act 1. Introduction
1.22 Act 1. Scene 1. Today, Praskovya Osipovna, I Will Not Take Coffee…
1.23 Act 1. Scene 2. Pick That Up. You’ve Lost Something…
1.24 Act 1. Interlude
1.25 Act 1. Scene 3. Brr… Brr… I’ve Had A Spot On My Nose Since Yesterday…
1.26 Act 1. Scene 3. Gallop
1.27 Act 1. Scene 3. Ah… How On Earth Shall I Address Him…
2.1 Act 2. Introduction. Is The Police Inspector At Home?…
2.2 Act 2. Scene 5. You Can Take My Word For It…
2.3 Act 2. Scene 5. Largo. I Have No Idea How This Misfortune Occured…
2.4 Act 2. Scene 5. No, I Can’t Place Such An Ad In The Newspaper…
2.5 Act 2. Interlude
2.6 Act 2. Scene 6. I Am Indissolubly Linked To My Love…
2.7 Act 2. Scene 6. God, Good God! Why This Calamity?…
2.8 Act 3. Scene 7. With The Authority Vested In Me I Order…
2.9 Act 3. Scene 8. Is This Where College Assessor Kovalyov Lives?…
2.10 Act 3. Scene 8. It’s Really My Nose! There’s The Spot…
2.11 Act 3. Scene 8. Hey, Ivan! Ivan!…
2.12 Act 3. Scene 8. Hey, What A Face…
2.13 Act 3. Scene 8. Ah? Write To Her / I’m Writing…
2.14 Act 3. Intermezzo. There Goes Major Kovalyov’s Nose For A Walk…
2.15 Epilogue. Scene 9. That’s It! That’s It!…
2.16 Epilogue. Scene 10. Good Day Platon Kuzmich…

Accompanied By [Accompanists] – Mary Zhislina* (faixas: 1-21 to 2-16), Tamara Vitold* (faixas: 1-21 to 2-16), Tatyana Askochinskaya* (faixas: 1-21 to 2-16)
Balalaika [Balalaika-Bass] – Valery Sudak* (faixas: 1-1 to 1-20)
Baritone Vocals [Platon Kuzmich Kovalyov (College Assessor)] – Eduard Akimov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Baritone Vocals [Stepan Ivanovich Uteshitelny] – Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-1 to 1-20)
Bass Vocals [Alexei (Servant At Inn)] – Vladimir Rybasenko* (faixas: 1-1 to 1-20)
Bass Vocals [Clerk In Small Ads Office], Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Someone] – Valery Solovyanov (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Doctor] – Ashot Sakirsov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Gavryushka (His Servant)] – Valery Belykh* (faixas: 1-1 to 1-20)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Acquaintances Of Kovalyov] – Ashot Sakirsov* (faixas: 1-21 to 2-16), Vladimir Rybasenko* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Cabman / Father] – Vladimir Rybasenko* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Coachman At The Posting Inn], Speech [Speaking Role – Traveller] – Anatoly Boiko* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Dignified Lady Her Sons] – Anatoly Boiko* (faixas: 1-21 to 2-16), Valery Belykh* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Gentlemen] – Valery Solovyanov (faixas: 1-21 to 2-16), Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16), Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Kiosk Salesman] – Ashot Sarkisov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Policemen] – Valery Solovyanov (faixas: 1-21 to 2-16), Ashot Sarkisov* (faixas: 1-21 to 2-16), Valery Belykh* (faixas: 1-21 to 2-16), Vladimir Rybasenko* (faixas: 1-21 to 2-16), Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16), Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Servants Giving In Small Ads] – Anatoly Boiko* (faixas: 1-21 to 2-16), Ashot Sarkisov* (faixas: 1-21 to 2-16), Valery Belykh* (faixas: 1-21 to 2-16), Gennady Mamin* (faixas: 1-21 to 2-16), Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16), Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Students] – Ashot Sarkisov* (faixas: 1-21 to 2-16), Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Ivan Yakovlevich (Barber)] – Valery Belykh* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Now Bass – In Further Incidental Roles, Servants Giving In Small Ads] – Alexander Braim* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Pyotr Petrovich Shvokhnev] – Ashot Sarkisov* (faixas: 1-1 to 1-20)
Bass-Baritone Vocals [Countess’ Footman], Speech [Speaking Role – Khosriv Mirza], Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Heyduke (Servant) / Newcomers] – Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass-Baritone Vocals [In Further Incidental Roles, Ivan Ivanovich / Policeman], Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Dandies] – Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass-Baritone Vocals [In Further Incidental Roles, Son], Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Speculator] – Gennady Mamin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Choir [Acquaintances Of The Barber, People At Prayer In The Cathedral, Travellers, Ladies And Gentlemen In Waiting, Policemen, Eunuchs, Passers-By] – Choir* (faixas: 1-21 to 2-16)
Chorus – Chorus Of The Moscow Chamber Theatre* (faixas: 1-21 to 2-16)
Chorus Master – Vladimir Agronsky* (faixas: 1-21 to 2-16)
Composed By – Dmitri Shostakovich
Concept By [Reissue Concept] – Niels Høirup*
Conductor – Gennady Rozhdestvensky*
Contralto Vocals [In Further Incidental Roles, Aristocratic Old Lady] – Liliana Gavrilyuk* (faixas: 1-21 to 2-16)
Design, Layout – BKMS, Hamburg
Engineer [Recording] – Igor Veprintsev (faixas: 1-1 to 1-20), Severin Pazhukhin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Libretto By – Dmitri Shostakovich (faixas: 1-21 to 2-16), Alexander Preiss* (faixas: 1-21 to 2-16), Georgy Yonin* (faixas: 1-21 to 2-16), Yevgeny Zamyatin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Liner Notes – Sigrid Neef
Liner Notes [Trad.] – Chr. Hinzelin*
Liner Notes [Transl.] – J & M Berridge
Mezzo-soprano Vocals [Alexandra Grigoryevna Podtochina (Staff Officer’s Widow)] – Людмила Сапегина (faixas: 1-21 to 2-16)
Mezzo-soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Dignified Lady] – Alla Kiseleva* (faixas: 1-21 to 2-16)
Orchestra – Leningrad Philharmonic Orchestra (faixas: 1-1 to 1-20), Orchestra Of The Moscow Chamber Theatre* (faixas: 1-21 to 2-16)
Photography By [Cover Foto] – H. Matthies*
Remastered By – Michael Glaser
Restoration, Engineer [Sound Engineer] – Eberhard Richter
Solo Vocal – Soloists Of The Moscow Chamber Theatre* (faixas: 1-21 to 2-16)
Solo Vocal, Soprano Vocals – Nina Yakovleva* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [Alexandra Grigoryevna Podtochina Her Daughter], Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Female Voice] – Lyudmila Ukolova* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [Female Bread-Roll-Seller] – Lyudmilla Sokolenko* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Daughter] – Yelena Pekerskaya* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Female Hanger-On] – Nina Anisimova* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Hangers-On] – Maria Bugrova (faixas: 1-21 to 2-16), Alla Kiseleva* (faixas: 1-21 to 2-16), Yelena Druzhenkova* (faixas: 1-21 to 2-16), Elena Pekerskaya* (faixas: 1-21 to 2-16), Irina Barteneva* (faixas: 1-21 to 2-16), Lyudmila Sapegina* (faixas: 1-21 to 2-16), Lyudmila Sokolenko* (faixas: 1-21 to 2-16), Lyudmila Ukolova* (faixas: 1-21 to 2-16), Nina Anisimova* (faixas: 1-21 to 2-16), Nina Sasulova* (faixas: 1-21 to 2-16), Nina Yakovleva* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Mother] – Maria Bugrova (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [Praskovya Osipovna (Ivan Yakovlevich His Wife)], Speech [Speaking Role – Lady-in-waiting] – Nina Sasulova* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Ikharyov (A Gambler)] – Vladimir Tarkhov* (faixas: 1-1 to 1-20)
Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Acquaintances Of Kovalyov] – Alexander Pekelis* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Gentlemen] – Alexander Lomonosov* (faixas: 1-21 to 2-16), Alexander Pekelis* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Druzhinin* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Tarkhov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Policemen] – Alexander Braim* (faixas: 1-21 to 2-16), Alexander Pekelis* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Druzhinin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Students] – Alexander Lomonosov* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Druzhinin* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Tarkhov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Krugel (Colonel)] – Nikolai Kurpe* (faixas: 1-1 to 1-20)
Tenor Vocals [The Nose] – Aleksander Lomonosov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Valet Ivan (Kolyavov’s Waiter)], Tenor Vocals [[In Further Incidental Roles, Eunuch / Newcomers / Dandies] – Boris Druzhinin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Very High Tenor – District Constable)] – Boris Tarkhov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Yaryzhkin], Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Pyotr Fyodorovich / Old Man / A Colonel / Doorman Of The Police Inspector] – Alexander Braim* (faixas: 1-21 to 2-16)
Written-By [Libretto After The Eponymous Story By] – Nikolai Gogol* (faixas: 1-21 to 2-16)

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Foto de uma montagem inglesa de “O Nariz”

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiem, K. 626 (Spering)

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiem, K. 626 (Spering)

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Falo sério! Esta é a melhor versão que conheço do Réquiem de Mozart. Ouçam! Excelentes solistas, coro e orquestra. Brilhante regência de Christoph Spering. Em março de 1791, Mozart regeu em Viena um de seus últimos concertos públicos; tocando o Concerto para piano n.º 27 (KV 595). Poucos dias antes, batera a sua porta um desconhecido, que se recusou a identificar-se e deixou Mozart encarregado da composição de um Réquiem em Ré menor. Deu-lhe um adiantamento e avisou que retornaria em um mês. Mas pouco tempo depois, o compositor é chamado de Praga para escrever a ópera A Clemência de Tito, para festejar a coroação de Leopoldo II. Quando subia com sua esposa Constanze na carruagem que os levaria a esta cidade, o desconhecido ter-se-ia apresentado outra vez, perguntando por sua encomenda. Posteriormente supôs-se que aquele sombrio personagem era um enviado do conde Walsegg-Stuppach, cuja esposa havia falecido. O viúvo desejava que Mozart compusesse a Missa de Réquiem para os ritos fúnebres no enterro de sua esposa, mas faria crer — como parece que já fizera antes — aos presentes que fora ele quem compusera a obra. Diz-se que Mozart, obsedado pelas ideias de morte desde o falecimento de seu pai, Leopold, debilitado pela fadiga e pela doença que lhe atingia, muito sensível ao sobrenatural devido às suas vinculações com a franco-maçonaria e impressionado pelo aspecto misterioso do homem que encomendou a missa, terminou por acreditar que este era um mensageiro do Destino e que o réquiem que iria compor seria para seu próprio funeral. É a lenda, né?

Mozart, ao morrer, conseguiu terminar apenas três secções com o coro e composição completa: Introito, Kyrie e Dies Irae. Do resto da sequência deixou os trechos instrumentais, o coro, vozes solistas e o cifrado do contrabaixo e órgão incompletos, deixando anotações para seu discípulo Franz Xaver Süssmayer. Também havia indicações para o Domine Jesu e Agnus Dei. Não havia deixado nada escrito para o Sanctus nem para o Communio. Seu discípulo Süssmayer completou as partes, escreveu música onde faltava, compondo, por exemplo, completamente o Sanctus. Para o Communio, simplesmente utilizou dos temas do Introito e do Kyrie, à maneira de uma reexposição, para dar sentido integral à obra.

A obra teve a sua estreia em Viena, 2 de Janeiro de 1793, num concerto em benefício da viúva de Mozart, Konstanze Weber.

W.A. Mozart (1756-1791): Requiem K.626

Requiem (Completed By Franz Xaver Süssmayr)
1) I – Introitus – Requiem
2) II – Kyrie – Kyrie
3) III – Sequentia – Dies Irae
4) III – Sequentia – Tuba Mirum
5) III – Sequentia – Rex Tremendae
6) III – Sequentia – Recordare
7) III – Sequentia – Confutatis
8) III – Sequentia – Lacrimosa
9) IV – Offertorium – Domine Jesu
10) IV – Offertorium – Hostias
11) V – Sanctus – Sanctus
12) VI – Benedictus – Benedictus
13) VII – Agnus Dei – Agnus Dei
14) VIII – Communio – Lux Aeterna

Requiem Autograph Fragments
15) III – Sequentia – Dies Irae
16) III – Sequentia – Tuba Mirum
17) III – Sequentia – Rex Tremendae
18) III – Sequentia – Recordare
19) III – Sequentia – Confutatis
20) III – Sequentia – Lacrimosa
21) IV – Offertorium – Domine Jesu
22) IV – Offertorium – Hostias
23) VIII – Communio – Amen

Chorus Musicus Köln
Das Neue Orchester
Christoph Spering

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PQP

Tchaikovsky (1840 – 1893): Suítes de Balé – O Lago dos Cisnes – A Bela Adormecida e O Quebra-Nozes – Wiener Philharmoniker & Herbert von Karajan ֍

Tchaikovsky (1840 – 1893): Suítes de Balé – O Lago dos Cisnes – A Bela Adormecida e O Quebra-Nozes – Wiener Philharmoniker & Herbert von Karajan ֍

Darth von Karajan testando seu sabre-de-luz

Nos bate-papos dos frequentadores assíduos das lojas de discos, naqueles dias, um tema que sempre ressurgia era o da música canalha. A terminologia é absolutamente inadequada, mas se referia àquelas peças de enorme apelo popular – aquelas obras que todos reconhecem e podem cantarolar um pouquinho. Valsas de Strauss, o Bolero de Ravel, Quadros de uma Exposição. Obras de Tchaikovsky aparecem bastante nesta lista. Pudera, o cara era um excelente melodista. Eu gosto muito dessas coisas, Sheherazade de Rimsky-Korsakov uma das minhas favoritas e a música desta postagem se enquadra perfeitamente nesta categoria e faz parte do repertório das grandes orquestras assim como das nem tão grandes assim.

A Wiener Philharmoniker, talvez devido à cultura vienense, toca este tipo de música maravilhosamente. Há gravações mais recentes desse repertório com a orquestra, regida por James Levine, mas escolhi essas gravações, sob a batuta do HvK. Essa combinação, WP & HvK gravou uma série de discos para a DECCA, na década de 60, que são muito bons. No caso das Suítes de Balé, a produção estava a cargo de John Culshaw, garantia de ótimo som para aqueles dias, como pode-se atestar ouvindo esses arquivos. O Quebra-Nozes é de 1961 e as outras duas suítes de 1965.

Piotr Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893)

Suite Le Lac des cygnes
  1. Scene
  2. Valse
  3. Danse des jeunes cygnes
  4. Scène et seconde danse de la Reine des cygnes
  5. Czárdás
  6. Finale
Suite La Belle au bois dormant
  1. Introduction et la Fée des Lilas
  2. Pas d’action (Adagio)
  3. Le Chat botté
  4. Panorama
  5. Valse
Suite Casse-noisette
  1. Miniature Overture
  2. Marche
  3. Danse de la Fée Dragée
  4. Trepak
  5. Danse arabe
  6. Danse chinoise
  7. Danse des mirlitons
  8. Valse des fleurs

Wiener Philharmoniker

Herbert von Karajan

Produção: John Culshaw, Erik Smith

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MP3 | 320 KBPS | 162 MB

Depois de ouvir os arquivos, Tchai ficou assim…
Selo PQP Bach de Qualidade

Comentários de críticos amadores: The Vienna Philharmonic sounds beautiful, and Karajan’s tempos flow and seem more natural than in his later recordings.

Karajan con i wiener, una registrazione leggendaria. […], tutto perfetto.

Ces mélodies nous entraînent dans le monde merveilleux des ballets et plongent notre esprit dans un imaginaire incroyablement captivant. Incontournable!!!

Musica di altissimo livello con una registrazione impeccabile. Bello anche per i neofiti della classica. Molto semplice da ascoltare. Ottimo!

Aproveite!

René Denon

Montagem do Quebra Nozes do PQP Bach Grand Ballet que teve participação especial do Falcão…

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os melhores Concertos de Mozart, aqueles que ele fazia questão de estrear como solista, aqui interpretados por Alfred Brendel e a Academy Of St. Martin-in-the-Fields regida por Neville Marriner. Vocês querem mais alguma coisa? Talvez um Veuve Clicquot servido em taças de cristal? Ou um show de ursos pandas patinadores? A gravação é de 1990, mas está em excelente estado. Se você quiser reclamar do bit rate — nem olhei de quanto é — fale para o nosso SAC a fim de ser olimpicamente ignorado.

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

Concerto No.15 In B Flat, KV 450
7-4 1. Allegro 11:00
7-5 2. (Andante) 6:16
7-6 3. Allegro 7:54

Concerto No.16 In D, KV 451
7-7 1. Allegro Assai 10:09
7-8 2. Andante 6:23
7-9 3. Allegro Di Molto 6:09

Concerto No.17 In G,KV 453
6-4 1. Allegro 11:28
6-5 2. Andante 10:25
6-6 3. Allegretto 7:33

Concerto No.18 In B Flat, KV 456
8-1 1. Allegro Vivace 12:01
8-2 2. Andante Un Pocco Sostenuto 9:35
8-3 3. Allegro Vivace 7:01

Concerto No.19 In F, Kv 459
8-4 1. Allegro Vivace 12:13
8-5 2. Allegretto 8:18
8-6 3. Allegro Assai 7:18

Concerto No. 20 In D Minor, KV 466
9-1 1. Allegro 13:26
9-2 2. Romance 9:12
9-3 3. Rondo (Allegro Assai) 7:11

Concerto No.21 In C, KV 467
9-4 1. (Allegro) 13:24
9-5 2. Andante 6:32
9-6 3. Allegro Vivave Assai 6:11

Concerto No.22 In E Flat, KV 482
10-1 1. Allegro 13:20
10-2 2. Andante 9:33
10-3 3. Allegro (Rondo) 11:54

Concerto No. 23 In A, KV 488
10-4 1. Allegro 11:05
10-5 2. Adagio 6:48
10-6 3. Allegro Assai 8:00

Concerto No.24 In C Minor, KV 491
11-1 1. Allegro 13:14
11-2 2. Larghetto 7:12
11-3 3. (Allegretto) 9:00

Concerto No.25 In C, KV 503 (Live Recording)
11-4 1. Allegro Maestoso (Cadenza Alfred Brendel) 14:51
11-5 2. Andante 8:21
11-6 3. (Allegretto) 9:18

Concerto No.26, KV 537 « Coronation »
12-1 1. Allegro (Cadenza Alfred Brendel) 14:21
12-2 2. (Larghetto) 6:07
12-3 3. (Allegretto) 10:07

Concerto No.27 In B Flat, KV 595
12-4 1. Allegro 13:45
12-5 2. Larghetto 6:57
12-6 3. Allegro 8:28

Conductor – Sir Neville Marriner
Orchestra – The Academy Of St. Martin-in-the-Fields
Piano – Alfred Brendel

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Brendel coçando um amigo.

PQP

Bach (1685 – 1750): Cantata do Café e Cantata dos Camponeses – Solistas, Amsterdam Baroque Orchestra & Ton Koopman ֎

Bach (1685 – 1750): Cantata do Café e Cantata dos Camponeses – Solistas, Amsterdam Baroque Orchestra & Ton Koopman ֎

All you need is coffee

after The Beatles

Ontem voltei desanimado das compras. O preço do pacote de meio quilo de café da marca que costumo comprar rompeu a barreira dos 30 e parece querer igualar-se ao preço do azeite. Pelo jeito, logo vai romper a barreira do som e outras barreiras. Vamos experimentar outras marcas, espero evitar pelo menos aquelas que tem gosto do café da repartição.

Ton tentando avistar o pessoal do PQP Bach na sala de entrevistas do Amstel Amsterdam Hotel

Lembrei-me do pobre pai da Lieschen que briga com a filha, grande amante e consumidora de café. Assim, para retomar o ânimo fui buscar a Cantata do Café, composta pelo padroeiro do blog para o famoso Concerto do Café Zimmermann, lá de Leipzig. Escolhi esta gravação com a Orquestra Barroca de Amsterdã regida por Ton Koopman e com vozes excelentes como a de Klaus Mertens e Anne Grimm, que fazem pai e filha na Cantata do Café.

 

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Kaffee-Kantate / Coffee Cantata, BWV 211
  1. Recitative (Tenor): “Schweigt Stille, Plaudert Nicht”
  2. Aria (Bass): “Hat Man Nicht Mit Seinen Kindern”
  3. Recitative (Soprano, Bass): “Du Böses Kind, Du Loses Mädchen”
  4. Aria (Soprano): “Ei! Wie Schmeckt Der Coffee Süße”
  5. Recitative (Soprano, Bass): “Wenn Du Mir Nicht Den Coffee Läßt”
  6. Aria (Bass): “Mädchen, Die Von Harten Sinnen”
  7. Recitative (Soprano, Bass): “Nun Folge, Was Dein Vater Spricht”
  8. Aria (Soprano): “Heute Noch, Lieber Vater Tut Es Doch”
  9. Recitative (Tenor): “Nun Geht Und Sucht Der Alte Schlendrian”
  10. Chorus (Soprano, Tenor, Bass): “Die Katze Läßt Das Mausen Nicht”
Bauernkantate / Peasant Cantata, BWV 212
  1. Sinfonia
  2. Aria Duetto (Soprano, Bass): “Mer Hahn En Neue Oberkeet”
  3. Recitative (Bass, Soprano): “Nu, Mieke, Gib Dein Guschel Immer Her”
  4. Aria (Soprano): “Ach, Es Schmekt Doch Gar Zu Gut”
  5. Recitative (Bass): “Ter Herr Ist Gut: Allein Der Schösser”
  6. Aria (Bass): “Ach, Herr Schösser, Geht Nicht Gar Zu Schlimm”
  7. Recitative (Soprano): “Es Bleibt Dabei, Daß Unser Herr Der Beste Sei”
  8. Aria (Soprano): “Unser Trefflicher Lieber Kammerherr”
  9. Recitative (Soprano, Bass): “Er Hilft Uns Allen, Alt Und Jung”
  10. Aria (Soprano): “Tas Ist Galant”
  11. Recitative (Bass): “Und Unsre Gnäd’ge Frau”
  12. Aria (Bass): “Fünfzig Taler Bares Geld”
  13. Recitative (Soprano): “Im Ernst Ein Wort!”
  14. Ario (Soprano): “Klein-Zschocher Müsse So Zart Und Süße”
  15. Recitative (Bass): “Das Ist Zu Klug Vor Dich”
  16. Aria (Bass): “Es Nehme Zehntausend Dukaten”
  17. Recitative (Soprano): “Das Klingt Zu Liederlich”
  18. Aria (Soprano): “Gib, Schöne, Viel Söhne”
  19. Recitative (Bass): “Du Hast Wohl Recht”
  20. Aria (Bass): “Dein Wachstum Sei Feste”
  21. Recitative (Soprano, Bass): “Und Damit Sei Es Auch Genung”
  22. Aria (Soprano): “Und Daß Ihr’s Alle Wißt”
  23. Recitative (Soprano, Bass): “Mein Schatzl Erraten”
  24. Coro (S, B): “Wir Gehn Nun, Wo Der Dudelsack”
“Amore Traditore”, BWV 203
  1. Aria (Bass): “Amore Traditore”
  2. Recitative (Bass): “Voglio Provar”
  3. Aria (Bass): “Chi In Amore Ha Nemica La Sorte”
Soprano Vocals [Liesgen] – Anne Grimm (tracks: 1 to 10)
Soloist, Soprano Vocals – Els Bongers (tracks: 11 to 34)
Soloist, Tenor Vocals – Paul Agnew (2) (tracks: 1 to 10)
Soloist, Bass Vocals [Herr Schlendrian] – Klaus Mertens (tracks: 1 to 37)

The Amsterdam Baroque Orchestra

Conductor, Harpsichord – Ton Koopman

Producer – Tini Mathot

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MP3 | 320 KBPS | 151 MB

Comentário do site da Presto Cassics: Lest it be thought that all Bach’s cantatas are strait-laced manifestations of religious piety (however melodically varied), Ton Koopman and the Amsterdam Baroque Orchestra here give spirited performances of two of his most famous (and indeed most secular) secular cantatas. The Coffee cantata celebrates the addictive delights of the then relatively new, fashionable drink, while the Peasant, using plenty of rustic Upper Saxon dialect, is a hearty celebration of all things rural.

Para que não se pense que todas as cantatas de Bach são manifestações puritanas de piedade religiosa (por mais variadas que sejam as melodias), Ton Koopman e a Amsterdam Baroque Orchestra aqui dão performances espirituosas de duas de suas mais famosas (e de fato mais seculares) cantatas seculares. A cantata Coffee celebra as delícias viciantes da bebida então relativamente nova e da moda, enquanto a Peasant, usando bastante dialeto rústico do Alto Saxão, é uma celebração calorosa de todas as coisas rurais.                   

Aproveite!

René Denon

Acho que ela ´preferiu café…

PS: Não deixem de visitar essa postagem…

J.S. Bach (1685-1750): Cantata do Café e dos Camponeses (Hogwood)

W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

As duas obras deste CD, o Concerto em ré menor, Nº 20, K. 466 e o ​​Concerto em dó maior, Nº 21, K. 467 foram escritas com um intervalo de um mês entre si, em fevereiro e março de 1785. Mozart escreveu esses concertos e executou a parte do piano para apresentações durante a Quaresma. Essas duas obras são obras-primas na literatura do concerto para piano. Elas são notavelmente diferentes em tom emocional. O concerto Nº 20 foi escrito em fevereiro de 1785. É um dos dois únicos concertos para piano de Mozart em tom menor. (A outra obra em tom menor é o K. 491.) Ele continua sendo o mais frequentemente executado dos concertos de Mozart. É uma obra trágica que com uma introdução dramática para a orquestra na qual cordas e depois sopros se juntam ao tema. Esta obra exemplifica o tipo de escrita de concerto que apresenta um “duelo” entre solista e orquestra. Os concertos de Mozart não são todos deste tipo. O solo entra na obra com um tema tranquilo que é rapidamente trabalhado e desenvolvido em passagens de grande paixão e virtuosismo. O movimento final, allegro assai, prossegue com uma veia trágica e raivosa até a cadência final. Então, ele muda de caráter e termina em uma conclusão rápida e alegre em tom maior. Este concerto é provavelmente o concerto de Mozart mais próximo em espírito de Beethoven. Beethoven, de fato, escreveu as cadências do primeiro e do terceiro movimentos que são executados aqui. O concerto K. 467, tornou-se famoso quando seu segundo movimento, em uma performance de Géza Anda, foi usado no filme Elvira Madigan algumas décadas atrás. Mozart completou esta obra em março de 1785. Enquanto o ré menor é uma obra de tragédia e paixão, o dó maior é uma obra de majestade. A interação entre solista e orquestra é excelente. O pianista Jeno Jando faz uma excelente leitura dessas obras, que é clara e bem pensada.

W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

Piano Concerto No. 20 in D Minor, K. 466
1 I. Allegro 14:09
2 II. Romance 09:02
3 III. Rondo: Allegro assai 07:45

Piano Concerto No. 21 in C Major, K. 467
4 I. Allegro maestoso 13:30
5 II. Andante 06:44
6 III. Allegro vivace assai 06:11

Total Playing Time: 57:21

Conductor(s): Ligeti, András
Orchestra(s): Concentus Hungaricus
Piano: Jandó, Jenő

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Jandó cantava junto enquanto tocava e ficava “desafinado”, então seu produtor colocava um cigarro Marlboro apagado na boca do pianista

PQP

Rimsky-Korsakov (1844 – 1908): Sheherazade – Borodin (1833 – 1887): Nas Estepes da Ásia Central – Balakirev (1837 – 1910): Islamey – Kirov Orchestra & Valery Gergiev ֎

Rimsky-Korsakov (1844 – 1908): Sheherazade – Borodin (1833 – 1887): Nas Estepes da Ásia Central – Balakirev (1837 – 1910): Islamey – Kirov Orchestra & Valery Gergiev ֎

O medo não impede a morte. Impede a vida.
Naguib Mahfouz

Fim de domingo aqui, muito calor e praia lotada. Eu sigo com algumas atribulações, mesmo assim prossegui um pouco mais com a leitura do ótimo Noites das mil e uma noites, de Naguib Mahfouz.

Aladim tornou-se discípulo do sheik Abdala, casou-se com Zubaida, a linda filha do sheik, que toca alaúde e tem voz maviosa. Tanta fortuna certamente traria inveja aos corações dos outros pretendentes e Aladim acaba acusado de roubo de joias e de meter-se com os karijitas. Estou ansioso para saber como ele se safará dessas enrascadas.

Enquanto isso, decidi ouvir Rimsky-Korsakov, Sheherazade (ou Scherazade, na grafia do livro). Saí em busca de uma gravação porreta! É claro, há essa aqui, muito boa, mas eu queria novidades (ou mesmo velhidades, desde que ótimas). Andei às voltas com Reiner (ótimo), Markevitch e o bamba do Kondrashin, mas acabei mesmo aqui, Kirov Orchestra e Valery Gergiev. A capa é espetacular, como tudo o mais, Sheherazade sedutora como nunca, segundo os músicos russos, que exibem e esbaldam talento. Até os contrapesos são atrativos. São eles, o poema sinfônico Nas estepes da Ásia Central, de Borodin, e uma orquestração de Islamey, a peça mais quebra-dedos do repertório de piano até a chegada do Gaspard de la nuit, do Ravel. Enfim, um disco das Arábias!

Nikolay Rimsky Korsakov (1844 – 1908)

Scheherazade, Op. 35

  1. The Sea and Sinbad’s Ship
  2. The Story of the Calender Prince
  3. The Young Prince and the Young Princess
  4. Festival at Bagdad – The Sea – The Shipwreck

Alexander Borodin (1833 – 1887)

In the Steppes of Central Asia

  1. In the Steppes of Central Asia

Mily Balakirev (1837 – 1910)

Islamey – Oriental Fantasy (Orch. Lyapunov)

  1. Islamey

Sergei Levitin (violin)

Mariinsky (Kirov) Orchestra

Valéry Gergiev

Recorded: 2001-11
Recording Venue: Mariinsky Theatre, St. Petersburg

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MP3 | 320 KBPS | 179 MB

Trecho da crítica na Gramophone: The virtuosity of the St Petersburg soloists is also a ready match for even that of the Chicago Symphony Orchestra in its heyday, whether woodwind, brass or strings, with an edge-of-seat tension conveyed, particularly when Gergiev opts for challengingly fast speeds in the climactic passages of the second and fourth movements.

Da BBC Music Magazine: [Gergiev] bring[s] out Rimsky’s crystalline solo textures, such as the passages for solo cello, horn and woodwinds in the first movement. And if tempos are slow in the first three movements, Gergiev makes up for lost time in the fiery, bristling fourth, which becomes a tour-de-force for an orchestra clearly at the height of its powers

Veja o artigo Valery Gergiev and the Nightmare of Music Under Putin no link , caso seja de seu interesse.

Aproveite!

René Denon

Prestativos como sempre, o pessoal do Departamento de Artes do PQP Bach Publishing House logo providenciou uma ilustração ao perceber o nome Aladin no texto

Stravinsky: Suite italienne, Duo concertant & Divertimento / Bartók: Rhapsodies Nos. 1 & 2 (Ambartsumian, Sheludyakov)

Stravinsky: Suite italienne, Duo concertant & Divertimento / Bartók: Rhapsodies Nos. 1 & 2 (Ambartsumian, Sheludyakov)

Um excelente CD realizado por especialistas no gênero. O violinista Levon Ambartsumian e o pianista Anatoly Sheludyakov se unem aqui para apresentar obras de dois dos maiores compositores da Europa oriental. A fase neoclássica de Igor Stravinsky, que se estendeu aproximadamente de 1920 a 1954, é marcada por um retorno deliberado às formas e estilos da música clássica e barroca, embora reinterpretados sob uma perspectiva modernista. Durante esse período, Stravinsky buscou inspiração em compositores como Bach, Mozart e Haydn, com uma abordagem que combinava estruturas tradicionais com sua linguagem harmônica e rítmica. Tanto a Suite italienne quanto o Divertimento são arranjos de partituras de balé, cada obra por sua vez uma transformação alquímica dos estilos barroco e romântico dentro do idioma distinto de Stravinsky. O enigmático, mas expressivo Duo Concertant foi a única obra original de Stravinsky nessa forma. A Rapsódia Nº 1, é a primeira de duas obras virtuosas para violino e piano, escritas por Béla Bartók em 1928 e posteriormente arranjadas em 1929 para violino e orquestra, bem como para violoncelo e piano. É dedicada ao violinista virtuoso húngaro Joseph Szigeti. A mesmíssima história ocorreu com a Rapsódia Nº 2, que é dedicada ao violinista Zoltán Székely.

Stravinsky: Suite italienne, Duo concertant, & Divertimento / Bartók: Rhapsodies Nos. 1 & 2 (Ambartsumian, Sheludyakov)

Stravinsky: Suite italienne
I. Introduzione. Allegro moderato 2:21
II. Serenata. Larghetto 2:57
III. Tarantella. Vivace 2:12
IV. Gavotte con 2 variazioni 4:10
V. Minuetto 1:39
VI. Finale 2:11

Stravinsky: Duo concertant
I. Cantilene 4:00
II. Eglogue I 2:18
III. Eglogue II 3:29
IV. Gigue 3:53
V. Dithyrambe 2:56

Stravinsky: Divertimento
I. Ouverture 6:12
II. Danses suisses. Tempo giusto 4:12
III. Scherzo 2:52
IV. Pas de deux 6:37

Bartók: Rhapsody for Violin & Piano No. 1, BB 94a, Sz. 86
I. Lassú. Moderato 4:37
II. Friss. Allegretto moderato 5:32

Bartók: Rhapsody for Violin & Orchestra No. 2, BB 96b, Sz. 90
I. Lassú. Moderato 4:20
II. Friss. Allegro moderato 6:55

Levon Ambartsumian (violin)
Anatoly Sheludyakov (piano)

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Levon Ambartsumian tem jeito de ser boa praça. Tomaria uma cerveja com ele.

PQP

Alban Berg (1885-1935): Concerto para violino “À Memória de um Anjo”, Concerto de câmara e Três peças orquestrais (Boulez)

Alban Berg (1885-1935): Concerto para violino “À Memória de um Anjo”, Concerto de câmara e Três peças orquestrais (Boulez)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Esse CD, fora de série, tava há mais de um ano pedindo pra ser postado, mas não eu queria sair do repertório nacional e das Américas. Chegou a um ponto que não aguentei mais ficar com ele guardado comigo. Aproveitem porque são interpretações de alto nível de “ambas as três” peças.

***

Alban Berg (1885-1935): Concerto para violino “À Memória de um Anjo”, Concerto de câmara e Três peças orquestrais (Boulez)

1. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/I. Thema scherzoso con Variazioni – Motto
2. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Thema scherzoso
listen
3. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation I
4. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation II (langsames Walzertempo)
5. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation III (kräftig bewegt)
6. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation IV (sehr rasch)
7. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation V (Tempo primo)
8. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/II. Adagio (Instrumental)
9. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/III. Rondo ritmico con Introduzione (Cadenza) – Introduzione
10. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Rondo ritmico
11. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Coda

12. Three Pieces for Orchestra, Op. 6/I. Präludium
13. Three Pieces for Orchestra, Op. 6/II. Reigen
14. Three Pieces for Orchestra, Op. 6/III. Marsch

15. Concerto for Violin and Orchestra (To the Memory of an Angel)/I. Andante, Allegretto
16. Concerto for Violin and Orchestra (To the Memory of an Angel)/II. Allegro, Adagio

Chamber Concerto, for piano, violin, and 13 wind instruments
with Saschko Gawriloff, Daniel Barenboim

Violin Concerto
with Pinchas Zukerman

All pieces
Performed by London Symphony Orchestra
Conducted by Pierre Boulez

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Eu sou humilde, mas faço música tão bem ou melhor que o Schoenberg...
Eu sou humilde, mas faço música tão bem ou melhor que o Schoenberg, viu?

CVL

Alban Berg (1885-1935): Concerto Para Violino – À Memória de um Anjo / Wolfgang Rihm (1952-): Time Chant (Mutter / Levine)

Alban Berg (1885-1935): Concerto Para Violino – À Memória de um Anjo / Wolfgang Rihm (1952-): Time Chant (Mutter / Levine)
Version 1.0.0

A violinista Anne-Sophie Mutter faz parte da nata do mainstream, mas às vezes ataca de moderna. Que bom! Poderia ficar só naqueles Concertos para Violino de sempre e seria admirada como a gênia que efetivamente é, mas o entusiasmo de Mutter para com aquilo que não é tão óbvio demonstra seu tamanho como artista. Sua interpretação de Berg é esplêndida. Alban Berg é o membro que fazia música na Segunda Escola de Viena — os outros faziam algo entre a música e a teoria, mas acho melhor parar antes que CDF delete este post. O Concerto de Berg foi escrito como homenagem à memória de Manon Gropius, filha de Alma Mahler, morta aos 18 anos com poliomielite. Muito apegado à jovem, Berg decidiu que o concerto para violino seria o seu réquiem, sem imaginar que também escrevia o próprio. Denso, difícil e cheio de tristeza, é música de primeiríssima linha. Ecos da música tonal pairam como fantasmas, sobretudo no movimento final, onde Berg cita uma melodia coral de Bach. Rihm, por outro lado, dispensa inteiramente as melodias tradicionais e os modelos musicais do passado. Sua linguagem, a um tempo lírica e fragmentária é notavelmente interpretada por Mutter, sempre de alma, mente e ombros abertos.

Alban Berg (1885 – 1935)
Violin Concerto “To the Memory of an Angel”

1) 1. Andante – Allegro [11:31]
2) 2. Allegro – Adagio [16:12]

Wolfgang Rihm (1952 – )
“Gesungene Zeit” 1991/92 – Music for violin and orchestra

3) 1. Beginning: quasi senza [14:27]
4) 2. Takt 179: meno mosso [9:56]

Anne-Sophie Mutter
Chicago Symphony Orchestra
James Levine

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A violinista perfeita.

PQP

Obras sinfônicas mexicanas (Sinfónica de Minería): Concierto Conmemorativo SMMS (2007)

Obras sinfônicas mexicanas (Sinfónica de Minería): Concierto Conmemorativo SMMS (2007)

Pronto. Pra encerrar meu giro pelo México e pelos Estados Unidos, hoje vai um CD de obras sinfônicas chicanas e, amanhã, outro de Frank Zappa.

O presente álbum, também baixado do blog Música Mexicana de Concerto, foi gravado ao vivo no concerto de centenário da excelente Sinfônica de Minería e não possuo mais dados sobre ele. Sei que é sensacional e muito representativo: tem até marcha à la Strauss, valsa e uma chacona de Buxtehude (orquestrada por Chávez), fora os já postados Huapango, de Moncayo (a Sinfonietta dele, que abre este CD, vale ser ouvida), e Danzón n° 2 de Márquez.

***

Obras sinfônicas mexicanas (Sinfónica de Minería): Concierto Conmemorativo SMMS (2007)

01 Sinfonietta – J.P. Moncayo
02 Chacona en mi menor – D. Buxtehude arr. Carlos Chávez
03 Danzón No. 2 – A. Márquez
04 A la orilla de un palmar – M. M. Ponce
05 Vals sobre las olas – J. Rosas
06 Marcha Zacatecas – G. Codina
07 Huapango – J.P. Moncayo
08 Dios nunca muere – M. Alcalá
09 Sones de Mariachi – B. Galindo
10 Las mañanitas – D.P.

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México em festa!

CVL

.:interlúdio:. Pat Metheny Group: Travels

.:interlúdio:. Pat Metheny Group: Travels

O que torna um artista um artista diferenciado e único? Além de sua técnica, claro, creio que seja sua capacidade de se reinventar, não ter medo de mudar, característica típica dos grandes mestres, e poucos ousaram e se reinventaram como Pat Metheny, que com certeza está inserido no rol dos grandes guitarristas dos século XX e XXI. Produziu muito e não teve medo de se arriscar. Em determinado momento fomos surpreendidos pela ausência nos discos de seus velhos amigos Lyle Mays e Steve Rodby.  Mergulhou então de cabeça em novos projetos, com registros ao vivo com outros músicos espetaculares, ou discos solo acompanhado apenas por um violão.

Já há muito tempo pretendia postar essa obra prima do seu grupo, o Pat Metheny Group, “Travels”,  gravado ao vivo ali nos inícios dos anos 80, e que mostra a força e qualidade deste músico excepcional. Sua técnica é impressionante, independente se usa a clássica Guitarra Ibanez semiacústica ou a Casio sintetizada, dois instrumentos aos quais ele sempre se manteve fiel.

Não temo em dizer que Pat Metheny criou um novo gênero do jazz, sempre apoiado pela gravadora ECM, que desde o início o ajudou a moldar uma personalidade musical própria,  Suas composições sempre nos dão uma sensação de imensidão, de longas estradas, longos espaços. Seus solos sempre mostram um virtuosismo contido, mas presente. As notas não são aleatórias, estão sempre onde deveriam estar. Para resumir, é um músico completo.

Dentre seus parceiros neste disco maravilhoso estão o pianista e tecladista Lyle Mays, o baixista Steve Rodby, dois músicos com os quais gravou vários discos clássicos, que culminaram em uma obra prima intitulada “The Road to You”, que é, em minha modesta e inútil opinião, um dos melhores discos ao vivo já gravados. Além dessa dupla, temos o baterista Dan Gotlieb e o nosso imenso Naná Vasconcelos.

Espero que apreciem.

Pat Metheny Group – Travels

1 Are You Going With Me?
2 The Fields, The Sky
3 Goodbye
4 Phase Dance
5 Straight On Red
6 Farmer’s Trust
7 Extradition
8 Goin’ Ahead / As Falls Wichita, So Falls Wichita Falls
9 Travels
10 Song For Bilbao
11 San Lorenzo

Pat Metheny – Guitar, Guitar Synths
Lyle Mays – Piano, Keyboards
Steve Rodby – Bass
Dan Gotlieb – Drums
Nana Vasconcelos – Percussion, Voice

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FDP

Arrigo Barnabé (1951): Missa in memoriam Itamar Assumpção

Arrigo Barnabé (1951): Missa in memoriam Itamar Assumpção
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Os pidões. Ah, os pidões. Pedem para que mudemos os serviços de hospedagem; pedem para postarmos obras das quais não gostamos, que não estamos ouvindo, cujas gravações não possuímos ou cujos discos originais estão longe de nossas mãos; pedem para contribuir com nosso blog como integrantes da equipe (aguardem o próximo edital público, após 2020); pedem que só postemos Bach, Mozart e Beethoven; pedem a morte de Yngwie Malmsteen; pedem que só a porra…

Enfim, mas quando a gente – num arroubo de cortesia – pede, por favor, que escrevam o nome das faixas ou postem o arquivo e nos mandem o link ou disponibilizem uma foto da irmã de biquíni, a maioria (há exceções, claro, às quais somos gratos) desconversa e corre.

Esse falso réquiem (falso porque o réquiem propriamente dito não tem Gloria nem Credo: Barnabé realmente quis compor uma missa ordinária, não sei por qual motivo) aqui é um exemplo. Fiquei esperando um tempão a promessa de algum corno manso, até que ontem encontrei o CD numa livraria e o comprei só pra postar aqui.

Em contrapartida, não vou comentar sobre a obra: vou jogar dominó, tomar cerveja e, quando chegar em casa, ver as novas fotos das irmãs de alguns visitantes do blog (não daqueles meus diletos, claro).

Arrigo Barnabé (1951): Missa in memoriam Itamar Assumpção

1. Kyrie
2. Gloria
3. Credo
4. Sanctus
5. Agnus Dei

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Itamar Assumpção

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Gilberto Mendes (1922-2016): Santos Football Music, Beba Coca Cola e outras obras

Gilberto Mendes (1922-2016): Santos Football Music, Beba Coca Cola e outras obras

Já que o papo deste blog está desviando pro futebol, bora reservar esse cantinho aqui pro assunto e aproveitar pra dar espaço para a mais comentada obra de vanguarda do séc. XX no Brasil: a SFC.

CVL

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Se Cage ainda dá o que falar com 4’33”, então pingo fogo com a pedra angular da música de vanguarda brasileira: a Santos Football Music, de Gilberto Mendes. Sempre que apresento essa obra a alguns conhecidos, eles riem, torcem o nariz, ficam contrariados, acham uma besteira e por aí vai.

No entanto, não se trata de um compositor sem cabedal, já que suas obras para coral e para piano são muito bem escritas. Não vou comentar muito porque estou guardando anotações para um futuro artigo sobre a obra de Mendes. Estejam à vontade aqui nos comentários.

Consegui o presente CD há muito tempo com um dos caras do blog Música Brasileira de Concerto (a quem devo os créditos pelas obras de Edino Krieger postadas meses atrás e pelos Estudos de Guarnieri, que irão ao ar em breve), que inclui a também “inusitada” Beba Coca Cola, mas quem quiser baixar só a SFM ela vai em outra versão, à parte.

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Surf, Bola na rede, Um pente de Istambul e a música de Gilberto Mendes (1992)

01 – Motet em ré menor (Beba coca-cola) – 1966
Karmmerchor der Humbolt-Universität zu Berlin
Johannes Garbe, regente

02 – O pente de Istanbul – 1990
Duo Diálogos:
Carlos Tarcha, marimba
Joaquim Abreu, vibrafone

03 – Episódio, sobre poema de Carlos Drummond de Andrade – 1949
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

04 – Lamento, sobre texto do chinês Tchu Iuan – 1956
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

05 – Lagoa, sobre poema de Carlos Drummond de Andrade – 1957
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

06 – Dizei, senhora, sobre poema de Cid Marcus Braga Vasques- 1966
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

07 – A mulher e o dragão, sobre texto de São João (fragmento do Apocalipse) – 1967
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

08 – O meu amigo Koellreutter – 1984
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano
Carlos Tarcha, marimba

09 – Ulysses em Copacabana surfando com James Joyce e Dorothy Lamour – 1988
Renato Alves Corrêa, flauta
Otinilo Pacheco, clarinete
Sérgio Cascapera, trompete
Eduardo Pecci, saxofone alto
Maria Vischnia, violino
Cláudio Cruz, violino
Marcelo Jaffé, viola
Ruy Deutsch, contra-baixo
Edelton Gloeden, violão
José Eduardo Martins, piano
Aylton Escobar, regente

10 – Il neige… de nouveau! – 1985
José Eduardo Martins, piano

11 – Viva Villa – 1987
José Eduardo Martins, piano

12 – Um estudo: Eisler e Webern caminham nos mares do sul – 1989
José Eduardo Martins, piano

13 – Santos Football Music – 1969
Orquestra Sinfônica de Westdeutscher Rundfunk Köln
Piero Bastianelli, regente
Geraldo José de Almeida, narração esportiva

14 – Santos Football Music
Festival Música Nova, 39a. edição.
Orquestra Sinfônica de Santos, regida por Luís Gustavo Petri

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CVL

Hinos Brasileiros (Osesp)

Hinos Brasileiros (Osesp)

Hino da Independência

O Hino da Independência é um dos símbolos oficiais da República Federativa do Brasil. Sua letra foi composta por Evaristo da Veiga e a música é de Dom Pedro I.

Segundo diz a tradição, a música foi composta pelo Imperador às quatro horas da tarde do mesmo dia do Grito do Ipiranga, 7 de setembro de 1822, quando já estava de volta a São Paulo vindo de Santos. Este hino de início foi adotado como Hino Nacional, mas quando D. Pedro começou a perder popularidade, processo que culminou em sua abdicação, o hino, fortemente associado à sua figura, igualmente passou a ser também desprestigiado, sendo substituído pela melodia do atual Hino Nacional, que já existia desde o mesmo ano de 1822.

Fonte: Wikipédia

Hino Nacional

Na aguda tonalidade de si bemol maior, a versão original celebra o Sete de Abril de 1831, quando D. Pedro I abdicou em favor de seu filho, D. Pedro II, monarca nascido no Brasil. Muito embora a música para o poema de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, intitulado Os Bronzes da Tirania, tenha sido reconhecida como Hino Nacional, não houve lei no Império que a oficializasse. Com a República, em 1890, ela foi formalmente adotada. Em 1922, quase um século após sua composição, com novos versos escritos por Joaquim Osório Duque Estrada e o acréscimo do refrão “Ó Pátria amada, idolatrada, salve! salve!”, o Ouviram do Ipiranga passou a ser o poema oficial do Hino Nacional. Somente em 1942, estabeleceu-se a orquestração de Antônio de Assis Republicano, na propícia tonalidade de fá maior (tanto sob o ponto de vista vocal como sinfônico). A partitura utilizada aqui é da Criadores do Brasil, a editora da Osesp, sob minha revisão musicológica.

Rubens Ricciardi, compositor e professor titular da USP.

A Osesp e a revista Nova Escola disponibilizam os hinos brasileiros gravados pela Osesp sob regência do maestro John Neschling. O download é gratuito e também é possível baixar o encarte para montar o CD.

.oOo.

Osesp: Hinos Brasileiros

01. Hino Nacional Brasileiro – versão instrumental
Música: Francisco Manuel da Silva

02. Hino Nacional Brasileiro – versão com coro
Música: Francisco Manuel da Silva
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada

03. Hino da Independência
Música: D. Pedro I
Letra: Evaristo da Veiga

04. Hino da Bandeira Nacional
Música: Francisco Braga
Letra: Olavo Bilac

05. Hino da Proclamação da República
Música: Leopoldo Miguez
Letra: Medeiros de Albuquerque

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Coro da Osesp
John Neschling

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.:interlúdio:. Pat Metheny Group: The Road to You

.:interlúdio:. Pat Metheny Group: The Road to You

Durante aproximadamente 10 anos fiz uma ponte rodoviária entre Florianópolis, onde estudava e morava com meus pais e irmãos, e a cidade onde vivia minha futura esposa, companheira, namorada. Eu estudava e trabalhava em Floripa e ela trabalhava na cidade cujo nome não vem ao caso, então eu embarcava ou na sexta feira de noite ou no sábado de manhã e voltava para a capital catarinense no domingo de noite. São estas situações que  fortalecem um relacionamento, e mostram o quão importante é a confiança entre o casal:  estamos juntos há trinta e um anos. Enfim, para matar o tédio da viagem, que durava em média entre duas horas e duas horas e meia, eu ouvia música. Comprei um cd player portátil da Sony, que me acompanhou até há poucos anos atrás, e ia ouvindo meus cds.

O disco que provavelmente eu mais ouvi nestas viagens foi essa pintura, essa obra prima do Pat Metheny Group, “The Road to You” que, conforme comentei em postagem anterior, considero um dos melhores discos ao vivo já gravados. E um dos mais bonitos. Impossível não se render à beleza das harmonias, à incrível complexidade dos solos de Metheny e de seus músicos, e à voz maravilhosa de Pedro Aznar, com vocalizações incríveis, que me arrepiam até hoje quando às ouço. E hoje, pensando neste título tão singular, vejo que inconscientemente eu absorvia aquele disco como a trilha sonora daquela viagem semanal, o objetivo de todo aquele ‘sofrimento’ de ida e volta era o reencontro com a mulher amada, a certeza de que ela estava me esperando. Como comentei essa rotina durou dez anos, até eu me mudar em definitivo para a cidade dela, onde vivo até hoje, e onde pretendo terminar meus dias, sempre ao seu lado.

Passados quase vinte anos daquela rotina, e às vésperas de completar 60 anos, ouvindo novamente esse álbum duplo depois de alguns anos, ainda encontro nele as mesmas sensações e as mesmas emoções. E continuo com a mesma opinião: com certeza é um dos melhores e mais belos discos ao vivo já lançados. Cada faixa é uma explosão de sentimentos, cada solo é uma busca da nota perfeita, nada sobra ou falta. Poucos são os músicos que atingem este nível de qualidade e talento.

Ao ouvi-lo hoje, talvez a única diferença seja o fato de que não preciso chegar ao final da viagem e daquela maratona sonora para encontrar a mulher amada: ela está a apenas uma parede de distância, se me virar a vejo. E sorrio.

Pat Metheny Group: The Road to You

01 – Have You Heard
02 – First Circle
03 – The Road To You
04 – Half Life Of Absolution
05 – Last Train Home
06 – Better Days Ahead
07 – Naked Moon
08 – Beat 70
09 – Letter From Home
10 – Third Wind
11 – Solo From More Travels

Pat Metheny – Guitars
Lyle Mays – Piano & Keyboards
Steve Rodby – Bass
Paul Wertico – Drums
Armando Marçal – Percussion
Pedro Aznar – Percussin, Acoustic Guitar, Percussion, Sax, Voice

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J.S. Bach (1685 – 1750): Suítes Inglesa No. 3, Suíte Francesa No. 5, Capriccio BWV 992 & Toccata e Fuga BWV 912 – Wilhelm Kempff (piano) ֎

J.S. Bach (1685 – 1750): Suítes Inglesa No. 3, Suíte Francesa No. 5, Capriccio BWV 992 & Toccata e Fuga BWV 912 – Wilhelm Kempff (piano) ֎

‘Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam’.

Confúcio

Nas mudanças é impossível não viver alguns momentos de nostalgia, de lembranças, mesmo algumas não muito boas. Fotos empalidecidas, cartas (houve um tempo em que escrevíamos cartas), chaves não sei mais de onde… Eu mudei muitas vezes (de residência, só para deixar claro…)  e estou me preparando para mais uma mudança e espero que esta seja a penúltima.

Entre as muitas coisas que estou desentocando, para embalar ou passar adiante, algumas ainda estavam em caixas desde a mudança anterior, há muitos  discos, alguns de música de Bach para teclado, interpretada ao piano.

Foi assim que cheguei a este da postagem, uma verdadeira maravilha. Ouvi-lo novamente, depois de tanto tempo, é muito bom. Duas suítes, uma inglesa e uma francesa (a quinta, ótima), uma toccata  e o capricho do fratello diletíssimo, com a trompa da posta e tudo. Estas últimas peças da juventude do João Sebastião Ribeiro.

O sorriso de WK sempre foi bem cativante…

Wilhelm Kempff era o pianista ‘oficial’ da DG e suas gravações de Beethoven, Schubert e Schumann valem a pena serem investigadas. Mozart também estava no repertório, mas assim como no caso de Bach, nada de obras completas, apenas algumas peças escolhidas. Mas essas que ele gravou vão lhe dar muito prazer…

Impossível ouvir apenas uma vez, aquele disco que deixa um gostinho de quero mais, viciante!

Johann Sebastian Bach (1685–1750)

Englische Suite No.3 g-moll BWV808
  1. Prelude
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Sarabande
  5. Les agrements de la meme Sarabanda
  6. Gavotte I
  7. Gavotte II
  8. Gavotte I (da capo)
  9. Gigue
Capriccio >>Sopra la lontananza del suo fratello dilettissimo<< B-dur BWV992
  1. Adagio
  2. Andante
  3. Adagissimo
  4. Andante con moto
  5. Aria – Aria di postiglione
  6. Fuga – Fuga all’imitazione della cornetta di postiglione
Toccata und Fuge D-dur BWV912
  1. Toccata
  2. Fuga
Französische Suite No.5 G-dur BWV816
  1. Allemande
  2. Courante
  3. Sarabande
  4. Gavotte
  5. Bourree
  6. Loure
  7. Gigue

Wilhelm Kempff, piano

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MP3 | 320 KBPS | 138 MB

Wilhelm tomando um solzinho no bosque da Sede Campestre do PQP Bach, nas imediações de Potsdam

De uma crítica fácil de localizar pela net: There is also the not inconsiderable addition of the two suites, the English Suite No 3 and the French Suite No 5. Here Kempff shows crisp articulation, not over bright, never metronomic, and always gently expressive. In the Courante of the English Suite he is precise, athletic and quietly determined. In the second Sarabande he is moving without artifice and maintains proper depth of tone and clarity between hands. Listen also to the perfectly graded little stabbing left hand in the succeeding first Gavotte – unforced wit.

Aproveite!

René Denon

Postagem com Selo Iso-Jurássico