BRUCKNER 200 ANOS, HOJE! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias Nros. 1 & 5 (Karajan, BP)

BRUCKNER 200 ANOS, HOJE! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias Nros. 1 & 5 (Karajan, BP)

Dia de Bruckner aqui no PQP Bach!

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu estava pensando numa bobagem. Ia iniciar esta apresentação me desculpando pela postagem desta sinfonia de Bruckner por Herbert von Karajan. Pura besteira, coisa de brasileiro que acha que todas as grandes estrelas têm problemas e o bom é o obscuro. Eu amo apaixonadamente esta sinfonia, acho que tenho decoradas todas as suas notas e parece-me às vezes que suas melodias já nasceram comigo. Ou vieram pré-instaladas em meu cérebro. Ouvi muitas gravações, mas a que bate mais fundo é a de HvK, sem dúvida.

Acho curioso que Karajan tenha recebido prêmios importantes por suas gravações de Beethoven (integral das sinfonias), Wagner (Parsifal), Mahler (Sinfonia Nro. 9) e outros, mas nunca por esta gravação de Bruckner, de resto tão elogiada por todos os comentaristas.

A outra bobagem é que escrevo este post em meu escritório, sem a vasta bibliografia que possuo acerca da monumental quinta. Obra escrita nos quatro habituais movimentos é uma demonstração do maior romantismo possível sem passar à mediocridade. Não é um romantismo meloso ou indulgente, é um romantismo grandioso e emocionante. O segundo movimento, Adagio é uma das partituras que mais gosto. Se Wand o dirige muito bem, ele acelera demais nas repetições e não tem em mãos o tremendo instrumento da Orquestra Filarmônica de Berlim de 1977. Karajan faz com que o rendimento de sua orquestra atinja o máximo neste movimento cujo segundo tema – altamente romântico e grave – fizeram com que as vidraças das minhas últimas quatro residências tremessem de… paixão. É absurdamente lindo.

Um amigo me disse uma vez que tal Adagio é o mais longo já composto para uma sinfonia, mas não tenho certeza da veracidade da informação. Longo ou não, por mim poderia durar dias!

É a sinfonia perfeita. Muito melodiosa, tonitruante e delicada na hora certa, tem seus três primeiros movimentos revisitados no Finale. O primeiro é extremamente equilibrado; o segundo, apaixonado; o terceiro, jocoso e o quarto resume tudo o que foi ouvido.

Se, após ouvi-la, alguém chamar Bruckner de simples ou musicalmente ingênuo, merece imediata internação.

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias Nros. 1 & 5 (Karajan, BP)

Symphonie Nr. 1 C-moll = Symphony No. 1 In C Minor = Symphonie Nᵒ 1 En Ut Mineur = Sinfonia N. 1 In Do Minore (Fassung = Version = Versione: 1866 »Linzer« = “Linz”; Hrsg. = Ed. = Publiée Par Les Soins De = Edizione Curata Da: Leopold Nowak)
Score Editor [Hrsg./Ed./Publiée Par Les Soins De/Edizione Curata Da] – Leopold Nowak
1-1 1. Allegro 12:53
1-2 2. Adagio 14:17
1-3 3. Scherzo. Schnell 8:54
1-4 4. Finale. Bewegt, Feurig 14:27

Symphonie Nr. 5 B-dur = Symphony No. 5 In B Flat Major = Symphonie Nᵒ 5 En Si Bémol Majeur = Sinfonia N. 5 In Si Bemolle Maggiore (Originalfassung = Original Version = Version Originale = Versione Originale)
1-5 1. Introduction: Adagio – Allegro 20:43
2-1 2. Adagio. Sehr Langsam 21:26
2-2 3. Scherzo. Molto Vivace (Schnell) 13:44
2-3 4. Finale. Adagio 24:42Moderato

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PQP

BRUCKNER 200 ANOS, HOJE! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3 (Kubelik)

BRUCKNER 200 ANOS, HOJE! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3 (Kubelik)

Dia de Bruckner aqui no PQP Bach!

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Meu deus que provavelmente não exista! Que gravação! E que Sinfonia! O que é aquele Finale? Que coisa maravilhosa! A Sinfonia Nº 3 é uma sinfonia que foi dedicada a Richard Wagner, mas não pensem que Bruckner era antissemita, não era de modo nenhum. Ela foi escrita em 1873, revista em 1877 e novamente em 1891. Em 1873, Bruckner enviou quer a sua Sinfonia Nº 2 e Nº 3 para Wagner, dizendo-lhe para escolher aquela que preferia. Ele escolheu a terceira. A premiere desta sinfonia foi dada em Viena, em 1877, com Bruckner a conduzir a orquestra. O concerto não correu bem. Bruckner não era muito competente como maestro e o público, nada empático, foi abandonando a sala enquanto a música era tocada. Depois disto, Bruckner efetuou várias revisões no trabalho, deixando de fora partes antes significativas.

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 3 (Kubelik)

Symphony No. 3 In D Minor (Revised Version Of 1878)
1 I—Gemässigt, Mehr Bewegt, Misterioso 21:14
2 II—Adagio, Bewegt, Quasi Andante 15:33
3 III—Scherzo: Ziemlich Schnell 7:05
4 IV—Finale: Allegro 14:40

Conductor – Rafael Kubelik
Orchestra – Symphonie-Orchester des Bayerischen Rundfunks

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Bruckner chegando ao céu dos católicos

PQP

BRUCKNER 200 ANOS, HOJE! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 0 ∙ Helgoland ∙ Psalm 150 (Ruth Welting, Chicago Symphony Orchestra & Chorus, Daniel Barenboim)

BRUCKNER 200 ANOS, HOJE! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 0 ∙ Helgoland ∙ Psalm 150 (Ruth Welting, Chicago Symphony Orchestra & Chorus, Daniel Barenboim)

Dia de Bruckner aqui no PQP Bach!

Bem, o que tenho a dizer a vocês neste momento? Diria que não entendo de verdade a obsessão revisora de Bruckner. O que tem de errado com a Sinfonia Nº 0 (Zero)? É muito boa! Só ressuscitando o cara para saber os motivos dele. Lendo sua biografia, já sei que ele era um neurótico não louco. Aliás, era mais razoável do que muitos de nós. Além de ser manso. Anton Bruckner (1824-1896) é conhecido por suas 9 sinfonias. A Nº 1 se enquadra em seu estilo inicial; as nº 2-5 são seu estilo médio, culminando na maestria consumada evidente na Quinta. As nº 6-8 e a incompleta 9ª formam o último grupo. No entanto, há uma sinfonia que fica fora dessa numeração. A Sinfonia nº 1 foi concluída em 1866 e estreou em 1868. A Sinfonia nº 2 foi concluída em 1872 e estreou em Viena em 1873. Entre elas, no entanto, há uma Sinfonia em Ré menor. Embora a sinfonia seja conhecida, erroneamente, como Sinfonia Nº 0, a obra de Bruckner deveria ser, na verdade, a sinfonia 1,5. Bruckner passou cerca de 9 meses trabalhando nessa obra, concluindo-a no final de 1869. Bruckner inicialmente intitulou a obra Sinfonia Nº 2 e a submeteu a Otto Dessoff, o maestro permanente da Filarmônica de Viena, para sua revisão. A esperança de Bruckner era que Dessoff incluísse a obra em uma apresentação ou talvez a incluísse em uma das leituras de música nova da orquestra. Quando a resposta de Dessoff foi “Onde está o tema principal?” para o primeiro movimento, Bruckner retirou a obra de consideração inteiramente.

Quando essa revisão aconteceu é incerto. Sabemos, no entanto, que quando Bruckner terminou o que agora é conhecida como sua segunda sinfonia, a obra foi chamada de Sinfonia Nº 3, mas quando ele terminou a sinfonia seguinte em dezembro de 1873, ela foi chamada de Sinfonia Nº 3 e a obra anterior foi renomeada como Sinfonia Nº 2. A sinfonia que Dessoff havia revisado foi arquivada em uma gaveta e aparentemente esquecida.

Há pontos de similaridade entre a Sinfonia nº 0 e a Sinfonia nº 3: os compassos de abertura não são muito diferentes. As duas sinfonias compartilham material, então podemos supor que Bruckner já havia relegado a Nº 0 para a pilha de reciclagem quando começou a Nº 3.

Em 1895, quando Bruckner estava se mudando para acomodações menores, localizadas em uma ala dos edifícios do Palácio Belvedere, Bruckner examinou seus papéis e descobriu a partitura desta sinfonia que ele havia escrito 25 anos antes. Ele não destruiu a partitura, mas escreveu palavras desdenhosas através da partitura, como ‘inválido’ (ungiltig), ‘completamente nulo’ (ganz nichtig) e ‘anulado’ (annulirt). Ele também escreveu o símbolo ‘nulo’, Ø, três vezes na partitura e é a partir disso que a obra é conhecida como Die Nullte Symphony e em outras línguas como Sinfonia Nº 0.

Assim com Shostakovich dava suas piores melodias para os eventos comemorativos e patrióticos, Bruckner também fazia das suas. Helgoland é uma cantata secular e patriótica para coro masculino e orquestra. Como Bruckner não completou a 9ª sinfonia , Helgoland é sua última obra completa. A Cantata foi composta em abril de 1893 para o Coro Masculino de Viena  a fim de comemorar seu 50º aniversário. O texto foi escrito por August Silberstein. A frísia de Helgoland tinha acabado de ser dada à Alemanha em 1890 pela Grã-Bretanha em troca de Zanzibar… Helgoland foi estreada em 8 de outubro de 1893 pelo Coro Masculino da Orquestra Filarmônica de Viena no Palácio de Hofburg.

Bem melhor, o Salmo 150 de Anton Bruckner é uma versão deste salmo para coro misto, soprano solista e orquestra, escrita em 1892. Richard Heuberger pediu a Bruckner um hino festivo para celebrar a abertura da exposição Internationale Ausstellung für Musik und Theatherwesen em 1892, mas Bruckner não entregou a peça a tempo. A obra foi estreada no Musikvereinsaal em Viena em 13 de novembro de 1892, com o Wiener Singverein e a soprano solista Henriette Standthartner e Wilhelm Gericke na regência.

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 0 ∙ Helgoland ∙ Psalm 150 (Ruth Welting, Chicago Symphony Orchestra & Chorus, Daniel Barenboim)

Symphonie D-moll »Nullte«
1 Allegro 15:13
2 Andante 12:43
3 Scherzo. Presto – Trio. Langsamer Und Ruhiger – Scherzo Da Capo 6:49
4 Finale. Moderato – Allegro Vivace 11:03

5 Helgoland (Für Männerchor Und Großes Orchester) 13:49

6 Psalm 150 (Für Sopran, Chor Und Orchester) 8:45

Choir – Chicago Symphony Chorus (tracks: 5, 6)
Conductor – Daniel Barenboim
Orchestra – Chicago Symphony Orchestra
Soprano Vocals – Ruth Welting (tracks: 6)

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Bruckner revisando uma partitura…

PQP

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas, Prelúdios e Fugas (Deller / Saorgin)

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas, Prelúdios e Fugas (Deller / Saorgin)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco de qualidade extraordinária! Este vinil (1971) e CD (1988) foi a minha porta de entrada para o grande compositor que foi Buxtehude. O organista René Saorgin começa o espetáculo com obras para as quais vale a pena caminhar 320 Km para conhecer de perto. Ouçam! Dinamarquês radicado em Lübeck, Buxtehude ganhou prestígio com saraus vespertinos chamados Abendmusik, que eram realizados na igreja onde o compositor era o manda-chuva musical. Buxtehude ampliou grandemente o escopo destes saraus e para eles compôs algumas de suas melhores obras, em forma de cantata, das quais se preservam cerca de 120 em manuscrito, com textos retirados da Bíblia, dos corais da tradição Protestante e mesmo da poesia secular. Também dedicou-se a outros gêneros, como solos para órgão (variações corais, canzonas, toccatas, prelúdios e fugas) e os concertos sacros. Todos os oratórios se perderam, mas guardam-se os registros de que existiram.

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas, Prelúdios e Fugas (Deller / Saorgin)

1 Prélude et Fugue en Sol Mineur (G Minor / G-Moll) 7:47
2 Choral-Fantaisie: ‘Gelobet Seist Du, Jesu Christ’ 9:10
3 Prélude et Fugue en Fa Majeur (F Major / F-Dur) 6:56
4 Cantate ‘In Dulci Jubilo’ Pour Quatre Voix et Instruments 6:31
5 Cantate ‘Jubilate Domino’ Pour Voix Seule, Viole de Gambe et Continuo 7:57
6 ‘Te Deum’ 16:06
7 Choral ‘Herr Christ, Der Einig Gottes Sohn’ 3:15
8 Choral: ‘In Dulci Jubilo’ 2:19
9 Choral: ‘Lobt Gott, Ihr Christen Allzugleich’ 1:38

Conductor – Alfred Deller
Ensemble – Deller Consort
Organ [Orgue Historique Saint-Laurent D’ Alkmaar] – René Saorgin
Organ [Positive Organ] – Michel Chapuis
Viola da Gamba – Raphaël Perulli

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Deller nas ruas de Londres enquanto candidato à presidência da PQP Bach Corp.

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): L’estro armonico, Op.3 (Virtuosi di Roma)

Antonio Vivaldi (1678-1741): L’estro armonico, Op.3 (Virtuosi di Roma)
Version 1.0.0

O dia de hoje, 28 de julho, marca a data de morte de Antonio Vivaldi e de Johann Sebastian Bach — mais detalhes e coincidências entre os dois maiores mestres do barroco estão neste link. Então, farei duas postagens bem consistentes, uma de cada um deles. A de Bach entrará ali pelo meio da tarde, certo?

L’Estro Armonico (A Inspíração Harmônica, em italiano), Op. 3,  é uma coleção de doze concertos para 1, 2 e 4 violinos escritos por Antonio Vivaldi em 1711. Foram obras que se tornaram logo muito famosas chegando a atingir Bach, tanto que ele transcreveu vários destes concertos para o cravo e o órgão. Ele, seus filhos legítimos e seus alunos costumavam tocá-los em saraus e nas aulas. Eu, pobre ilegítimo,  o 21º filho, nunca pude tocá-los. Me dá uma tristeza! Ouçam como são belos! Dá vontade da mandar tomar no cu aquele russo nanico que disse que Vivaldi fez 477 vezes o mesmo concerto. É o que farei: “Ei, Stravinsky, vai tomar no cu!”.

O disco é razoável, boa orquestra de som antiquado, ante-diluviano. O CD deve ter décadas. Mas traz todo o Op. 3. Legal, né?

Vivaldi – L’estro armonico, Op.3 – Virtuosi di Roma

CD1

Concerto No. 1 D-dur, RV 549
01. I: Allegro [0:03:10.70]
02. II: Largo e spiccato [0:03:49.45]
03. III: Allegro [0:02:32.60]

Franco Gulli, Edmondo Malanotte, Mario Benvenuti, Alberto Poltronieri, violins

Concerto No. 2 g-moll, RV 578
04. I: Adagio e spiccato – Allegro [0:04:16.63]
05. II: Larghetto [0:02:58.72]
06. III: Allegro [0:02:39.20]

Luigi Ferro, Guido Mozzato, violins
Benedetto Mazzacurati, violoncello

Concerto No. 3 G-dur, RV 310
07. I: Allegro [0:02:29.43]
08. II: Largo [0:02:31.35]
09. III: Allegro [0:02:38.57]

Franco Gulli, violin

Concerto No. 4 e-moll, RV 550
10. I: Andante [0:03:23.35]
11. II: Allegro assai [0:02:30.50]
12. III: Adagio [0:00:40.43]
13. IV: Allegro [0:02:03.30]

Franco Gulli, Mario Benvenuti, Angelo Stefanato, Renato Ruotolo, violins

Concerto No. 5 A-dur, RV 519
14. I: Allegro [0:03:07.50]
15. II: Largo [0:02:19.32]
16. III: Allegro [0:02:54.40]

Angelo Stefanato, Renato Ruotolo, violins

Concerto No. 6 a-moll, RV 356
17. I: Allegro [0:03:19.08]
18. II: Largo [0:03:22.15]
19. III: Presto [0:02:46.37]

Virtuosi di Roma
conducted by Renato Fasano

Total Time: 53:35 min

CD2

Concerto No. 7 F-dur, RV 567
01. I: Andante [0:05:08.35]
02. II: Adagio – Allegro [0:02:42.58]
03. III: Adagio [0:01:03.47]
04. IV: Allegro [0:01:24.03]

Franco Gulli, Edmondo Malanotte, Mario Benvenuti, Luigi Ferro, violins
Benedetto Mazzacurati, violoncello

Concerto No. 8 a-moll, RV 522
05. I: Allegro [0:03:52.62]
06. II: Larghetto e spiritoso [0:04:29.15]
07. III: Allegro [0:03:42.05]

Franco Gulli, Edmondo Malanotte, violins

Concerto No. 9 D-dur, RV 230
08. I: Allegro [0:02:08.10]
09. II: Larghetto [0:04:29.50]
10. III: Allegro [0:02:27.68]

Luigi Ferro, violin

Concerto No. 10 h-moll, RV 580
11. I: Allegro [0:03:53.20]
12. II: Largo e spiccato [0:01:30.02]
13. III: Larghetto [0:01:46.63]
14. IV: Allegro [0:03:25.15]

Edmondo Malanotte, Luigi Ferro, violins
Benedetto Mazzacurati, violoncello

Concerto No. 11 d-moll, RV 565
15. I: Allegro – Adagio spiccato e tutti – Allegro [0:05:13.35]
16. II: Largo e spiccato [0:04:06.22]
17. III: Allegro [0:02:45.25]

Edmondo Malanotte, Luigi Ferro, violin
Benedetto Mazzacurati, violoncello

Concerto No. 12 E-dur, RV 265
18. I: Allegro [0:03:33.18]
19. II: Largo [0:04:51.70]
20. III: Allegro [0:02:42.67]

Luigi Ferro, violin

Virtuosi di Roma
Renato Fasano

Total Time: 65:17 min

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Francesco Totti, ex-atacante da Roma

PQP

Giovanni Palestrina (ca. 1525-1594): Missa Viri Galilaei (La Chapelle Royale, Ensemble Organum, Herreweghe)

Giovanni Palestrina (ca. 1525-1594): Missa Viri Galilaei (La Chapelle Royale, Ensemble Organum, Herreweghe)

Publicada postumamente em 1601, sete anos após a morte de Giovanni Piergluigi da Palestrina (ca. 1525-1594), a  Missa viri Galilaei foi composta para a liturgia do Dia da Ascensão. Nas palavras do musicólogo francês Jean-Pierre Ouvrard, que integram o encarte do disco:

“A associação da imagem musical da Ascensão (“Ascendit Deus”) à da Crucificação não é fruto do acaso, mas uma escolha deliberada repleta de significado, uma metáfora luminosa, uma braqueologia provocadora e significativa: Palestrina compõe como um pregador, sua polifonia é um sermão. O que ele nos oferece aqui é nada menos que um comentário teológico à palacras que São João diz a Jesus, “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim. E dizia isso, significando de que morte haveria de morrer.” (João XII, 32-33)”

Abbaye-aux-Dames, em Saintes

Em uma gravação de 1991, realizada na estupenda Abadia das Damas, em Saintes, no oeste da França, o regente belga Philippe Herreweghe esculpe as intrincadas polifonias com seu habitual esmero de artesão. Craque, craque, craque. Nesse disco, não está à frente do seu primoroso Collegium Vocale Gent, mas de outros dois ensembles franceses de primeiríssima linha: La Chapelle Royale e Ensemble Organum.

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Herreweghe: esse sabe das coisas

Giovanni Pierluigi da Palestrina

Missa Viri Galilaei
1 – Introït. Viri Galilaei
2 – Kyrie
3 – Gloria
4 – Alleluia. Verset: Ascendit Deus in jubilatione
      Alleluia. Verset: Dominus in Sina in sancto
5 – Credo
6 – Offertoire. Ascendit Deus in jubilatione
7 – Préface. Vere dignum et justum est
8 – Sanctus
9 – Benedictus
10 – Agnus Dei I
11 – Agnus Dei II
12 – Communion. Psallite Domino

13 – Motet Viri Galilaei

14 – Magnificat Primi Toni

La Chapelle Royale
Ensemble Organum
Philippe Herreweghe, regência

Rafael, “A pesca milagrosa”, (1515-16)

Karlheinz

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 em ré menor – Orquestra Filarmônica Chinesa – Jonathan Nott ֍

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 em ré menor – Orquestra Filarmônica Chinesa – Jonathan Nott ֍

BRUCKNER

Sinfonia No. 9

Orquestra Filarmônica Chinesa

中国爱乐乐团

Jonathan Nott

乔纳森·诺特

Essa gravação da Nona Sinfonia de Bruckner é a terceira e última da coleção chamada ‘CPO Live 100 CDs’, lançada pela DR Classics Cultural Development, gravada na Sala da Cidade Proibida. As outras duas gravações, das Sinfonias No. 4 e No. 8, já foram postadas aqui no BRUCKNER 200 ANOS!

A Nona Sinfonia nos chegou em uma só versão, ao contrário de outras sinfonias de Bruckner, que se deixou levar por influências várias, tentando sempre tê-las executadas. Há um projeto de gravação de todas as suas sinfonias em todas as suas ‘oficiais’ versões sendo completado agora em 2024, todas sob a regência de Markus Poschner, no qual há três gravações da Terceira Sinfonia e mais três gravações da Quarta Sinfonia.

Por outro lado, a Nona Sinfonia tem o apelido ‘Inacabada’, por ter apenas três movimentos, terminando com um Adagio. Consta que Bruckner trabalhou em sua composição até seu último dia e havia um esboço completo do último movimento, apesar de não estar orquestrado. No entanto, dois alunos de Bruckner, Ferdinand Löwe e Franz Schalk aparentemente deram e venderam páginas desse Finale. Devido a isso, o que restou são apenas fragmentos com interrupções e a Sinfonia ficou nesse formato de três movimentos, a despeito do compositor ter dado a sugestão de usar o seu Te Deum como último movimento.

Aqui está um link para um ótimo Guia da Nona Sinfonia de Bruckner, apesar de estar em inglês.

Jonathan Nott

O regente Jonathan Nott é inglês e iniciou seus estudos de música na Inglaterra, mas sua formação como regente se deu na Alemanha, seguindo os empregos de regente de pequenas orquestras e casas de ópera. Passou um bom período como regente da Bamberger Symphoniker, com a qual gravou um bonito ciclo de Sinfonias de Mahler. Foi também o diretor da Orquestra Sinfônica de Tokyo, com a qual gravou a Sinfonias Nos. 5, 8 e 9, de Bruckner. Atualmente Jonathan Nott é regente de L’Orchestre de la Suisse Romande.

Anton Bruckner (1824 – 1896)

Sinfonia No. 9 em ré menor

  1. Feierlich, misterioso
  2. Bewegt, lebhaft – Trio. schnell – Scherzo
  3. Langsam, feierlich

Orquestra Filarmônica Chinesa

Jonathan Nott

Gravação feita ao vivo em 20 de junho de 2012

Sala de Concerto da Cidade Proibida, Beijing.

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FLAC | 255 MB

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MP3 | 320 KBPS | 138 MB

Sobre a Sala de Concertos: A Sala de Concertos da Cidade Proibida (中山公园音乐堂) é um local multifuncional com 1.419 lugares em Pequim. O nome do local veio do fato de estar localizado dentro do Parque Zhongshan de Pequim, um vasto antigo altar imperial Shejitan e agora um parque público localizado a sudoeste da Cidade Proibida e na Cidade Imperial.

Cidade Proibida Púrpura 紫禁城 (zǐ jìn chéng)

O nome de do regente traduzido para Chinês significa Jo-na-than Nott…

Jonathan Nott – 乔纳森·诺特 (Qiáonàsēn·nuò tè)

Parte de uma crítica sobre uma gravação da Sinfonia No. 4 de Bruckner, com a Tokyo Symphony Orchestra, regida por Jonathan Nott, cuja íntegra pode ser lida aqui: From the first shimmering tremolo bars overlaid by the smoothest of horn calls, this live performance of the version of this symphony which is the most often played sets just the right tone – and the weight of the orchestral entry underpinned by suitably prominent timpani confirms that sense of propriety. Nott’s tempi are to my taste ideal; they are on the “conventionally-leisurely” side, very similar to Karajan’s 1970 recording but with slightly slower first and second movements. The playing of the Tokyo Symphony Orchestra is flawless – mightily impressive – especially that of the principal horn and his fellow brass-players. This is one of those recordings where the listener need fear no flaws or idiosyncrasies but just sit back and let the music take over.

Aproveite!

René Denon