Johann Sebastian Bach (1685-1750): Violin Concerto No.1 in A minor, BWV 1041 e Violin Concerto No.2 in E, BWV 1042 e Sofia Gubaidulina (1931-) – In tempus praesens – Concerto for violin and orchestra

Um fabuloso CD com a minha musa Anne-Sophie Mutter. É um registro soberbo, magnífico. Talvez a minha admiração por Anne-Sophie Mutter e pela música de Bach exacerbe os conceitos que estou a emitir sobre o post. Acredito que aquele que escute este CD com atenção tem tudo para se impressionar. Surpreendente ainda é a peça de mais de 32 minutos da compositora russa Sofia Gubaidulina. Uma peça que nos transmite uma carga de dramaticidade e angústia notáveis. Arrebata. Entusiasma. Impressiona. Anne-Sophie consegue traduzir com beleza, suavidade, mas com uma tensão comovente as peças desse CD, principalmente a “Em praesens tempus”, de Sofia Gubaidulina. Gubaidulina presenteou a senhora Mutter com a peça. Gergiev conduz a obra à frente da Sinfônica de Londres. Os resenhistas da Amazon foram unânimes em dar 5 estrelas ao CD. Preste a atenção no concerto de Gubaidulina. Boa apreciação incontida!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Violin Concerto No.1 in A minor, BWV 1041 e Violin Concerto No.2 in E, BWV 1042

Violin Concerto No.1 in A minor, BWV 1041
01. (Allegro Moderato)
02. Andante
03. Allegro assai

Violin Concerto No.2 in E, BWV 1042
04. Allegro
05. Adagio
06. Allegro assai

Trondheim Soloists
Anne-Sophie Mutter, violino e condução

Sofia Gubaidulina (1931-) – In tempus praesens – Concerto for violin and orchestra
07. In tempus praesens – Concerto for violin and orchestra

Anne-Sophie Mutter, violino
London Symphony Orchestra
Valery Gergiev, regente

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Anne Sophie Mutter chegando lá em casa.
Anne Sophie Mutter chegando lá em casa. (Contribuição de PQP para o post).

Carlinus

14 comments / Add your comment below

  1. Foi premeditado (risos). Não consegui me conter. Quis alimentar fetiches. Criar lascívias musicais e eróticas. Mutter é, também para mim, uma dádiva alimentada pelos meus sonhos de sátiro. Vindo para a realidade: pena que ela more na Alemanha e o Previn a tenha achado primeiro.

  2. Mais do que nuuuuunca, é o Dr Frrróid quem explica: MUTTER em alemão é literalmente “MÃE”, hahahaha

    Mas ALÉM disso, vc conseguiu acertar fundo na minha própria história familiar & desejos: o Concerto de Beethoven e esses dois de Bach estavam entre os pouco mais de 10 discos que o meu pai tinha quando eu nasci, ou comprou logo depois. Eram os preferidos de uma prima que ia na nossa casa nas férias (ah, essas primas!), e talvez tenham sido eles quem mais me iniciou na arte de… APRECIAR OS CLÁSSICOS!

    E além disso, vc finalmente me apresentou uma obra de Gubaidulina, compositora sobre a qual já li consideravelmente mas até hoje não havia podido satisfazer o desejo de tocar com as orelhas!!

    Vou baixar rápido e… talvez vocês tenham notícias de mim dentro de alguns dias 😀

  3. Ranulfus, talvez você tenha explicado muito bem a minha “fixação” na pessoa de Anne-Sophie Mutter (“mãe”). Rrrsss… Intressante a sua história sobre como os clássicos chegaram até você. E essas primas? No meu caso, um colega que morava próximo à minha casa, quando eu era adolescente, presenteou-me com uma fita K-7. Não é que ele gostasse de música clássica. O fato é que a sua mãe estava jogando fora as fitas. Na fita tinha uma seleção de peças da obra de Schubert – sonatas, lieds e a Sinfonia No. 8, Inacabada. Até hoje aquilo ainda fala dentro de mim.

    Faça as suas considerações.

    Abraços!

  4. A coisa é que é música f* de forte, que fala por si. É uma loucura que seja sonegada à maioria da população, né? Pode ser que 8 de 10 não dessem bola, mas 2 iam reconhecer imediatamente a grandeza. Tive aqui jovens com primeiro grau incompleto aos 18, às vezes com passagens por gangues… um pegou por acaso o Quarto de Beethoven com a Guiomar, mais a Ao Luar, e viciou. Outro pegou o Concerto para Violino do mesmo, e viciou. Sem que se lhes dissesse ou explicasse nada. A coisa tem em si um poder humano quase sobre-humano, mesmo!

  5. CVL, vc não sabe o quanto eu te agradeço por esse acento no nome dessa russa!! Era uma questão que estava angustiando a minha vida, rsrs 😀

  6. Boa essa, Ralf. hehe

    E ainda te digo mais: ela é russa, mas de etnia tártara – e tem como língua de berço o tártaro, que é um idioma turcomano, mais perto do turco.

  7. Hmmm, quer dizer que temos concerto de violino contemporâneo ao molho tártaro?? rsrs

    Isso me lembrou um papo que tive com um amigo brasileiro que mora na Alemanha, o mais legítimo globe-trotter e poliglota autodidata. Eu havia mencionado que as pessoas relacionam “turcos” com a Turquia atual, que nem é a sua região de origem, quando eles se estendem amplamente pela Ásia Central, e aí ele me respondeu com a maior naturalidade:

    – Pois é, cara, no Oeste da China eu fiquei surpreso ao descobrir que podia me comunicar com as pessoas em turco!

    Como se fosse a coisa mais banal do mundo para um brasileiro…

  8. Baixando. Ainda não escutei, mas já estou apaixonado – e, a julgar pelos comentários anteriores, arrebatado, luxurioso, licencioso, quase devasso. 🙂
    Conheci o site do nobre PQP há tão pouco tempo, e que dádiva!
    Agradecido imensamente.

  9. Essa Gubaidulina não é uma compositora, ela filosofa sobre o tempo nessa peça, cacete, eu tenho vergonha de falar que eu sou compositor depois de ouvir isso, nunca vou ser é porra nenhuma.

  10. Lucas, eu quase morri de ri quando li o seu comentário. Muito bom! Seu realismo é cínico, claro, no bom sentido. É aquela ironia socrática do “só sei que nada sei” e isso é bom.
    Fantástico. Também quando ouvi pela primeia vez o concerto da Gubaidulina, tomei uma porretada no estômago. É coisa fora de série. A russa manda bem. Tenho um outro CD dela separado para ser postado.

    Abraços!

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