J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (com Pierre Hantaï)


CD AB-SO-LU-TA-MEN-TE IM-PER-DÍ-VEL!!!

Comprei este CD lá na loja da Margarida (a saudosa Sala dos Clássicos Eruditos – Rua dos Andradas, 1444 conj. 26 / Galeria Chaves, Porto Alegre – RS) em 1994. Não conhecia o cravista e, como sempre, ele entrou na minha fila de CDs para serem ouvidos (a fila na verdade é uma montanha). Fui ouvi-lo uns quatro meses depois e não entendi nada. Meus ouvidos diziam que era a melhor versão que já tinha ouvido. Não havia a Internet e procurei referências em publicações como a Diapason e a Gramophone. Por pura sincronicidade, era a revista dos melhores CDs de 1994. Na categoria Baroque Non-Vocal, o CD vencedor era Bach, Goldberg Variations, Pierre Hantaï (Opus 111). Dei os parabéns a meus ouvidos e fui ler: o crítico da revista — normalmente cuidadoso — dizia apenas isso: é a melhor versão até hoje gravada. Um dia será superada por outra, claro, mas ninguém até hoje alcançou tamanha perfeição e compreensão da obra.

Será mesmo?

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (com Pierre Hantaï)

1. Goldberg Variations, BWV 988: Aria 4:40
2. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 1 a 1 Clav. 2:17
3. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 2 a 1 Clav. 1:50
4. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 3 Canone All’unisono 2:02
5. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 4 a 1 Clav. 1:08
6. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 5 a 1 Ovvero 2 Clav 1:41
7. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 6 Canone Alla Seconda 1:54
8. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 7 a 1 Ovvero 2 Clav. 1:51
9. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 8 a 2 Clav. 2:22
10. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 9 Canone Alla Terza a 1 Clav. 2:37
11. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 10 Fughetta a 1 Clav. 1:38
12. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 11 a 2 Clav. 2:28
13. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 12 Canone Alla Quarta In Moto Contrario 3:19
14. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 13 a 2 Clav. 5:37
15. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 14 a 2 Clav. 2:08
16. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 15 Canone a la Quinta In Moto Contrario a 1 Clav., Andante 2:59
17. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 16 Ouverture a 1 Clav. 2:55
18. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 17 a 2 Clav. 1:50
19. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 18 Canone Alla Sesta a 1 Clav. 1:30
20. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 19 a 1 Clav. 1:39
21. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 20 a 2 Clav. 1:58
22. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 21 Canone Alla Settima 3:23
23. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 22 Alla Breve a 1 Clav. 1:33
24. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 23 a 2 Clav. 2:20
25. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 24 Canone All’Ottava a 1 Clav. 3:16
26. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 25 a 2 Clav. 4:09
27. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 26 a 2 Clav. 1:53
28. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 27 Canone Alla Nona 1:50
29. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 28 a 2 Clav. 2:25
30. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 29 a 1 Ovvero 2 Clav. 2:06
31. Goldberg Variations, BWV 988: Variatio 30 Quodlibet a 1 Clav. 2:16
32. Goldberg Variations, BWV 988: Aria Da Capo e Fine

Pierre Hantaï, cravo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Pierre Hantaï: ele venceu
Pierre Hantaï: ele venceu

PQP

.oOo.

Post de Milton Ribeiro sobre as Goldberg:

Música para dormir

Só para irritar o Conde Keyserling: Charles Auguste Emile Carolus-Duran “Sleeping Man” (1861)
Só para irritar o Conde Keyserling: Charles Auguste Emile Carolus-Duran “Sleeping Man” (1861)

Eu nunca tive insônia. Talvez, em razão de alguma dor ou febre, não tenha dormido repousadamente apenas uns dez dias em minha vida. Não é exagero. Quando me deprimo, durmo mais ainda e acordar é ruim, péssimo. O sono é meu refúgio natural. Mas há pessoas que reclamam (muito) da insônia. Saul Bellow escreveu que ela o teria deixado culto, mas que preferiria ser inculto e ter dormido todas as noites — discordo do grande Bellow, acho que ele deveria ter ficado sempre acordado, escrevendo, vivendo e escrevendo para nós. Também poucos viram Marlene Dietrich na posição horizontal, adormecida. Kafka era outro, qualquer barulho impedia seu descanso, devia pensar no pai e passava suas noites acordado, amanhecendo daquele jeito… Groucho Marx, imaginem, era insone, assim como Alexandre Dumas e Mark Twain. Marilyn Monroe sofria muito e Van Gogh acabou daquele jeito não por ser daltônico, característica que apenas gera inteligência e genitália avantajadas.

O Conde Keyserling sofria de insônia e desejava tornar suas noites mais agradáveis. Ele encomendou a Bach, Johann Sebastian Bach, algumas peças que o divertissem durante a noite. Como sempre, Bach fez seu melhor. Pensando que o Conde se apaziguaria com uma obra tranquila e de base harmônica invariável, escreveu uma longa peça formada de uma ária inicial, seguida de trinta variações e finalizada pela repetição da ária. Quod erat demonstrandum. A recuperação do Conde foi espantosa, tanto que ele chamava a obra de “minhas variações” e, depois de pagar o combinado a Bach, deu-lhe um presente adicional: um cálice de ouro contendo mais cem luíses, também de ouro. Era algo que só receberia um príncipe candidato à mão de uma filha encalhada.

O Conde tinha a seu serviço um menino de quinze anos chamado Johann Gottlieb Goldberg. Goldberg era o melhor aluno de Bach. Foi descrito como “um rapaz esquisito, melancólico e obstinado” que, ao tocar, “escolhia de propósito as peças mais difíceis”. Perfeito! Goldberg era enorme e suas mãos tinham grande abertura. O menino era uma lenda como intérprete e o esperto Conde logo o contratou para acompanhá-lo não somente em sua residência em Dresden como em suas viagens a São Petersburgo, Varsóvia e Postdam. (Esqueci de dizer que o Conde Keyserling era diplomata). Bach, sabendo o intérprete que teria, não facilitou em nada. As Variações Goldberg, apesar de nada agitadas, são, para gáudio do homenageado, dificílimas. Nelas, as dificuldades técnicas e a erudição estão curiosamente associadas ao lúdico, mas podemos inverter de várias formas a frase. Dará no mesmo.

O nome da obra — Variações Goldberg, BWV 988 — é estranho, pois pela primeira vez o homenageado não é quem encomendou a obra, mas seu primeiro intérprete.

O princípio de quase toda obra de variações consiste em apresentar um tema e variá-lo. (Lembram que Elgar fez uma obra de variações sem apresentar o tema, chamando-a de Variações Enigma?). Assim, o ouvinte tem a impressão de estar ouvindo sempre algo que lhe é familiar e, ao mesmo tempo, novo. A escolha de Bach por esta forma mostrou-se adequada às pretensões do Conde. E a realização não poderia ser melhor, é uma das maiores obras disponibilizadas pela e para a humanidade pelo mais equipado dos seres humanos que habitou este planeta, J. S. Bach. O jogo criado pelo compositor irradia livre imaginação e enorme tranquilidade. A Teoria Geral das Belas-Artes, espécie de Bíblia artística goethiana de 1794, diz o seguinte sobre as Goldberg: “em cada variação, o elemento conhecido está associado, quase sem exceção, a um canto belo e fluido”. E está correto. Só esqueceu de dizer que tudo isso tinha propósito terapêutico.

É muito provável que o enfermo Conde concordasse com a Theorie para descrever seu prazer de ouvir aquela música, mas diria mais. Seus efeitos fizeram que Goldberg a tocasse centenas de vezes para ele. O cálice repleto de ouro significava gratidão pela diversão emocional e intelectual. Dormimos por estarmos calmos e felizes, talvez.

Não posso distribuir cálices de ouro por aí, mas talvez devesse dar alguma coisa a Pierre Hantaï, o maior intérprete da obra. (Por favor, neste momento não me venham com Gould; afinal, o som do cravo é fundamental e só aceito fazer a final contra o grande Gustav Leonhardt. Gould ficou lá pelas quartas-de-final).

Então, para os insones ou não, aqui estão as Variações Goldberg com Pierre Hantaï.

Figura su fondo celeste - Felice Casorati
Figura su fondo celeste – Felice Casorati

Obs.: Este post foi escrito meio de memória, mas também consultando o livro “48 variações sobre Bach” de Franz Rueb, Companhia das Letras, 2002.

CHUPA, PQP!

77 comments / Add your comment below

  1. Essa gravacao e realmente fantastica!!! Recentemente foi postado um video dessa joia.. (la na realmente acredito em Bach)

    Ja essa historia da insonia do conde me parece furada… Wolff concorda, ou melhor, eu concordo com ele.. hehe

    Um abraco!

  2. A versão do Hantai é realmente maravilhosa. Só perde mesmo para a do Ross, imho. Quanto à famigerada insônia, não passa de historieta para Conde dormir(já me desculpando pelo infame trocadilho. hehehe). Aliás, as peças só foram batizadas de “Variações Goldberg” muito depois. Isto é coisa dos românticos. Bem provavelmente as peças faziam parte de um grande projeto didático do Mestre.
    Saudações bachianas!

  3. PQP, você se superou neste texto, e juro não ser apenas por ter citado o meu nome! Eu, assim como o pobre Conde, sofro de uma insônia incurável, como denota os horários dos emails e mensagens que envio, e Bach me faz justamente piorar. Se eu estou um pouco ensonado e decido ouvir a Paixão de São Mateus, simplesmente não consigo mais dormir! Vou então piorar minha situação mais ainda, baixando esta gravação que não conheço ainda. Grande abraço!

  4. E, amigos, quanto a veracidade da história, ela foi citada na primeira biografia de Bach, apesar desta ter sido escrita depois de uns cinquenta anos da morte do compositor, pelo que sei. Como sempre, este livro não prova nem desprova nada, mas eu prefiro ficar com a história. Gosto de pensar nela, e não vou abrir mão disto.

    Grande abraço!

  5. Vocês por acaso já compararam com a do Gustav Leonhardt, também com cravo ? ainda estou fazendo o download, mas a ansiedade é grande….rs…

  6. hehe… Tranquilo, Agostinho.
    Eu tenho a gravacao de Gustav Leonhardt, gustavo… Mas prefiro a de Pinnock e essa de Hantai. Leonhardt ”ornamenta” muito, tambem nao gostei muito dos andamentos.. Conheces a de Pinnock?

  7. Eduardo, não conheço a do Pinnock. Em cravo tenho só a do Gustav Leonhardt e uma da Wanda Landowska, de 1931 (tenho que confirmar a data, acho que é essa, mas estou com preguiça de ir procurar o disco…rs…), que dizem ter sido a primeira gravação das Variações com cravo.

  8. Nao conheco a gravacao de Ross… (e Felipe de Aninha? haha)
    Mas na realidade essa obra divina vale a pena ser ouvida com todos os interpretes, de todas as maneiras… Por sinal a versao do trio de cordas e com os metais ficou fantastica…
    E Bach, meus caros…

  9. Caro PQP sou gaúcho de Santa Cruz do Sul onde estou prestes a concluir (graças aos deuses) o curso de biologia da universidade de santa cruz do sul. Sou violista (é uma maneira curta de dizer que eu estou aprendendo viola a 4 anos) na orquestra da mesma instituição, fruto da minha paixão por música (boa música) especialmente a de vosso divino pai e seus contemporâneos. Só estou fazendo meu registro de usuário ocasional (mais por falta de tempo do que de interesse) do seu blog que considero a melhor iniciativa de incentivo à apreciação dos mestres dessa caótica rede mundial de computadores.
    Muito Obrigado pelas pérolas e consideração com nossos ouvidos!

  10. Na boa, conheço todas as citadas e fico com o PH.

    Estou com o Eduardo na questão de que as Goldberg sempre valem a pena, mas gostaria de ver bem a questão do conde insone. Assim de memória, lembro de 4 livros sérios que contam a história como verdadeira.

    Vitor e Usuário Ocasional: obrigado.

    (Sei que um monte de gente nos elogia, mas nem sempre temos tempo de vir aqui agradecer. Porém, saibam: a gente lê e gosta. Somos perfeitamente humanos…)

  11. ”However, all internal and external clues ( lack of any formal dedication to Keyserlingk as required by XVIII protocol, and Goldberg’s tender age of fourteen) indicate that the so-called Goldberg Variations did not originate as an independelty comissioned work…”
    Christoph Wolff

    E sim, esqueci de elogiar o texto.. Muito bom, haha. Coincidentemente terminei de ler ”O Processo” um dia desses.. haha

  12. Mas me digam uma coisa: que importância tem se o outro homem dormia ou não? E se Bach compôs ou não as peças para que o homem dormisse?
    Acho que um bom agnóstico (falo de mim, que já fui católico) precisa ter a mesma atitude: não importa se deus há ou não; não saberemos; se há ou não, tudo é conjectura, pois não há dados suficientes para afirmá-lo ou negá-lo. Há duas versões para a história das Variações? Pois que seja! Bach não vai voltar em carne e osso para nos dizer: Meine Freunde, die Geschichte der Variationen ist …Desse modo, como diria Molly, a doce personagem de 6 anos em “Corina, Corina” (que, vivendo um luto da mãe e filha de um judeu ateu, acreditava haver anjos que cuidavam da morta no céu), que mal há em pensar assim?
    Eu, por mim, prefiro, escolho mesmo a versão do insone. Bach acalma meu espírito perturbado, quando ele está assim…

    Rameau

  13. Caro mano, este teu texto foi um dos melhores que você já escreveu. E fico com o nosso amigo Rameau: se a história do conde insone é real ou não não vem ao caso discutir, deixemos aos historiadores, confirmarem a sua veracidade, ou não, e apenas nos dediquemos a apreciar esta grande jóia da música universal… by the way, caro mano, fiquei interessado nesta versão do Pinnock… quando quiseres, podes postar, que eu não ficarei nem um pouco triste..

  14. Para mim o contexto histórico é indiferente no que se refere à apreciação musical em si. Entretanto, isto não impede que discutamos o assunto, como estudiosos da obra e da vida do Mestre dos Mestres.
    Veja, história contada por Forkel sobre as noites insones do Conde contrariam todas as evidências razoáveis. Ora, era de se esperar que uma obra dedicada a um personagem eminente viesse acompanhada de uma empolada dedicatória, como era tradicional. Entratanto, quando de sua publicação, acompanhava as variações apenas a singela descrição:
    “Exercício para o teclado, contendo uma ária e diversas variações, escrito pra o cravo com dois manuais, visando a satisfação espiritual daqueles que amam a música, por Johann Sebastian Bach, compositor da corte real da Saxônia, regente de orquestra e diretor de coro em Leipzig.”

  15. As “Variações Goldberg” foram publicadas em 1742 como a quarta parte de uma grande obra didática (Klavierubung). Os outros volumes são:
    Vol. I – seis partitas (BWV 825 a 830).
    Vol. II – Overture Française e Concerto Italiano (BWV 831 a 971)
    Vol. III – Grosse Orgelmesse (BWV 552, 669 a 689, e 802 a 805)

  16. Parafraseando o grande John Ford : ”Quando a lenda é melhor do que a história, imprima-se a lenda”

    Assim foi com ” The Man Who Shot Liberty Valance ” , assim sempre será….eheheh…Scott Ross é simplesmente INIGUALÁVEL! Hantai foi aluno de Leonhardt, tem um irmão, Marc , excelente Flautista(traverso). Muito bom também Hantai nas Sonatas de Scarlatti , mas aqui também deu azar, nasceu na mesma época de Ross….ehehe…Ademir da Guia e Dirceu Lopes que o digam…

  17. Muchas gracias, por este disco y en general por todo tu maravilloso blog. Una de las esperiencias más maravillosas de mi vida ha sido escuchar en directo a este gran artista tocando las Variaciones Golberg. GRANDIOSO. NO TENGO PALABRAS.

  18. Em 48 Variações sobre Bach, de Franz Reub, que creio seja a mais recente biografia do mestre, ele também conta a história do conde como verdadeira. Apesar de que a primeira biografia do compositor, certos detelhes foram passados por um de seus (inúmeros) filhos, que também era compositor, mas agora nao me lembro o nome, nao sei se era o J.C. ou o C.P.E, enfim não me lembro. Eu sei que a cada dia amo amo amo amo amo mais e mais e mais e mais Bach. Certas obras de Bach parecem confusas ou inaudiveis e estranhas numa primeira audição. Só na segunda é que se percebe a genialidade do cara. Não me espanta que seus contemporâneos o desprezassem e ele permanecesse tanto tempo em ostracismo. O cara fazia musica pura e perfeita. É sublime, é divino. É preciso muito cérebro pra poder ouvir as obras de Bach, e tentar acompanhar as inumeras vozes entrelaçadas. É simplesmente perfeito…

  19. Miguel, enquanto isso baixe os Concertos para Cravo que postei há alguns meses atrás com o mesmo Hantai. Como diz o mano PQP é de se ouvir de joelhos.

  20. PQP!

    todo o amor ao seu blog. Seu trabalho me enche de orgulho e me alegra a alma!

    mas por favor camarada,
    deixe-nos conhecer o campeão!

    poste-o novamente!

    e dá-lhe Bach

  21. Depois de ler todo o post sobre o sono…rsrs….vou baixar essa versão, vamos vê se é melhor que o do Gustav mesmo (se tratando de cravo)

  22. so não concordo de vcs postarem no rapidshare, é o pior de todos (a não ser que quem baixe tenha a conta premium), megaupload é bem melhor, mas cada um no seu quadrado

  23. Valeu a pena puxar o saco de todo mundo (mas todo mundo mesmo)!!!
    Repostaram esse CD tão elogiado, só esperando acabar de baixar!!!

  24. Só quero dizer que sou viciada nas Variações Goldberg. Às vezes, trabalhando, ouço toda a sequência duas ou três vezes. Surto se ficar mais de 1 mês sem ouvir. PQP tem razão: apesar de ser este um instrumento meio esquisito para ouvidos modernos, a clareza do Hantai é espantosa! Aliás, muito melhor que a gravação pretensiosa do Glenn Gould, como todo o respeito pelo gênio dele.

  25. Não sei se por ter sido a primeira versão com a qual me deparei (e portanto me enamorei), tenho um grande apreço pela interpretação do Gould. Acho-a de uma elegância magnífica. Já ouvi muitas interpretações da Goldberg, mas, vira e mexe, volto pra do Gould. Extasio-me em ouvir as versões de 1955 e 1981 uma depois da outra.

  26. Fugindo ao assunto, PQP, tenho um cd, um dos pouquissimos q me restaram após a mulher ter ido embora e no outro dia a água da chuva tomar conta da casa,são as seis sonatas pra dois oboés de handel, quer que te envie? não as vi aqui, e caso queira como que mando isso? audio por audio?

  27. Essa gravação é mesmo uma jóia. Fico imensamente agradecido por compartilhá-la comigo e com os colegas que visitam o blog. Fiquei fascinado com o lirismo de P. Hantäi diante desta obra. O mestre Bach merece interpretações como essa.

  28. Sr. PQP, sew vc é filho do homem que compunha pra Deus, não me aborreça mais, é a 4a, vez que escrevo alguma bobagem e não sai, bem! Tenho um disco de Bach tocado por um japonês cujo instrumento é o KOTO, ‘kotô’, deve ser, e quero enviá-lo pra vcs, como faço? Secundus: essa gravação do Hantai é de um brilhantismo celestial. Obrigado pelo presente.abraços

  29. Sr. PQP, se vc é filho do homem que compunha pra Deus, não me aborreça mais, é a 4a, vez que escrevo alguma bobagem e não sai, bem! Tenho um disco de Bach tocado por um japonês cujo instrumento é o KOTO, ‘kotô’, deve ser, e quero enviá-lo pra vcs, como faço? Secundus: essa gravação do Hantai é de um brilhantismo celestial. Obrigado pelo presente.abraços

  30. Gostaria de agradecer imensamente por este presente.
    Nunca ouvi nada igual.
    Sou um iniciante na musica clássica; bem , conheci um pouco durante a vida, das obras mais populares.
    No entanto, após descobrir este maravilhoso blog, comecei a conhecer tudo com um pouco mais de profundidade.
    CEGO QUE VÊ PELA PRIMEIRA VEZ!!
    Como e bom ver alguém se esforçando tanto para infundir cultura.
    Excelentes também são seus textos!

    Parabéns PQP BACH!!

    I LOVE YOU, MEU FIO.

    Pedido:
    Seria possível REVALIDAR o link da “Zauberflote”?

    e a todos: QUE ACOMPANHEM O BBB:
    (Bach-Beethoven-Brahms)

  31. Obrigado, PQP!

    As versões do Glenn Herbert Gould ERAM as minhas
    preferidas. A versão do Pierre Hantaï eu considero
    a definitiva. Se não aparecer outra melhor, claro.

    Novamente MUITO OBRIGADO!

  32. Um dia eu estava vendo o filme Hanibal, a atualização do Silêncio dos inocentes, acho eu. E tem aquela cena quando o cara mata os dois guardas. Ele ficava escutando uma música maravilhosa da qual não sabia o nome. Era um som tão suave e celestialmente elegante que pensei onde poderia arranjar esta música. Depois soube que a música era uma das variações Golberg do Bach!

    Realmente só poderia ser desse grande gênio!

  33. PQP, gostaria primeiro de agradecer o trabalho duro. Adoro seu site, é muito completo e tem muitas obras maravilhosas que procuro aqui.
    Agora, queria te pedir pra liberar o download novamente dessa interpretação do Pierre Hantai. Quero muio ela mas quando fui baixar, não deu, ficou avisando que o arquivo foi bloqueado pelo uploader do arquivo. Por favor, poderia liberar?
    Agradecida. ;D

    1. Hannibal Lecter é fã do Glenn Gould, Rafael, e em determinado momento do filme ele pede para tocarem a versão do mesmo Gould. Purista como ele só era, provavelmente é a primeira versão, gravada em 1955, e considerada definitiva por muitos. Já foi postada aqui no PQPBach diversas vezes, só não sei se o link ainda se encontra ativo.

  34. Olá PQP
    Essa gravacão realmente não tem paralelos, concordo em número e grau com todos os elogios.

    Pelo seu último comentário no CBT do Pollini (https://pqpbach.ars.blog.br/2015/11/01/j-s-bach-1685-1750-o-cravo-bem-temperado-i-com-maurizio-pollini/) achei que o Hantai que viria seria O Cravo Bem Temperado. Portanto, meu choramingo ainda persiste, existiria nos poroes digitais de PQPBach o Hantai executando O Cravo Bem Temperado?

    Abraco a todos os blogueiros desse blog e meus sinceros agradecimentos

  35. Pessoal, solicito esclarecimento.
    Essa é a gravação feita pela pela Opus 111 em 1993 ou a gravação mais recente, feita para a Mirare? Note que a ilustração é da gravação da Mirare enquanto que o texto original menciona 1994 e a Opus 111…
    Abraços!
    Mário

  36. A postagem e o texto merecem o próprio Graal. Muito grato! só acrescentando algo, Bach se inspirou na suíte de Buxtehude, La Capricciosa – ária com variações na forma de chacona, para conceber suas Goldberg. Obra esta que esteve postada no PQP há muito e pediria que fosse reativada. rs Outra curiosidade é que o tema da ária, como demonstra Manfred Bukofzer no seu magnífico livro sobre o barroco musical, foi um desenvolvimento de uma peça de Haendel, presente em uma de suas suítes. Também prefiro ao cravo, com Leonhardt. rs Se for possível repostar La Capricciosa, também agradeço muito. rs

  37. Nunca pensei que Leonhardt perderia seu trono em minha preferência nas Goldberg. Aconteceu. Que espetáculo. Este intérprete tem tudo, inclusive, o que falta a muitos: imaginação. Sua fluência é extraordinária, seu senso melódico e discursivo – elementos fundamentais na música barroca – é perfeita. Os ornamentos estão lá ‘por natureza’, não pesam; também não faz todos os ritornellos, como Karl Richter, o que torna de fato a obra sonífera muitas vezes. Sua abordagem é serena, quando muitos tratam certas variações como uma debandada de jumentos. Enfim, abençoado seja este homem. Quero ouvir tudo com ele agora. rs Espero conhecer sua segunda gravação das Goldberg também. Agradeço mais uma vez!

  38. do que eu ouvi, Hantai ainda é o que mais me agrada, mas solicitando a devida licença aos incansaveis PQPs, acho que vale a pena disponibilizar os comentarios do ipromesisposi.blogspot.com.br.
    alem dos comentarios interessantes sobre as gravaçoes (acho que comenta 32), disponibiliza 220 ao todo.(se bem que eu demoraria meses se ouvisse atentamente um cd por dia). boa audiçao.

Deixe um comentário para Sal Cancelar resposta