Provavelmente, este CD servirá tanto aos habituais degustadores da música erudita, como àqueles que recém dão seus primeiros passos dentro deste espaço às vezes pantanoso. A interpretação com instrumentos originais garante boa dose de fruição aos conhecedores de um dos repertórios mais belos que existem. Só que, puxa, eu, aos 57 anos, quase não aguento mais ouvir estes concertos. Ouvi demais! Mas eles fazem e sempre farão parte de quaisquer discotecas básicas. Daqui é que se parte para voos mais longos. A L’ Arte dell’Arco é um tremendo conjunto, daqueles que valorizam cada nota.
Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Bandolim e Alaúde
Concerto for 2 Mandolins in G Major, RV 532
1 I. Allegro 03:54
2 II. Andante 04:21
3 III. Allegro 03:32
Mandolin Concerto in C Major, RV 425
4 I. Allegro 02:38
5 II. Largo 03:18
6 III. Allegro 02:12
Trio Sonata in G Minor, RV 85
7 I. Andante molto 04:02
8 II. Larghetto 03:01
9 III. Allegro 01:51
Chamber Concerto in D Major, RV 93
10 I. Allegro 03:29
11 II. Largo 04:11
12 III. Allegro 02:11
Trio Sonata in C Major, RV 82
13 I. Allegro non molto 04:06
14 II. Larghetto lento 03:03
15 III. Allegro 01:58
Concerto for Viola d’amore and Lute in D Minor, RV 540
16 I. Allegro 05:21
17 II. Largo 03:01
18 III. Allegro 03:32
Harpsichord Concerto in A Major, RV 780
19 I. Allegro 03:43
20 II. Andante 02:10
21 III. Allegro 03:10
L’ Arte dell’Arco Ensemble
Federico Guglielmo Conductor
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 4, CD 4
—————————————————
BWV0163 Cantata 1 Aria (tenor) “Nur jedem das Seine”
BWV0163 Cantata 2 Recitativo (bass) “Du bist,mein Gott”
BWV0163 Cantata 3 Aria (bass) “Laß mein Herz die Münze sein”
BWV0163 Cantata 4 Recitativo (soprano,alto) “Ich wollte dir,o Gott”
BWV0163 Cantata 5 Aria (Duetto) (soprano,alto) “Nimm mich mir und gib mich dir”
BWV0163 Cantata 6 Choral (coro) “Führ auch mein Herz und Sinn”
BWV0164 Cantata 1 Aria (tenor) “Ihr,die ihr euch von Christo nennet”
BWV0164 Cantata 2 Recitativo (bass) “Wir hören zwar,was selbst die Liebe spricht”
BWV0164 Cantata 3 Aria (alto) “Nur durch Lieb und durch Erbarmen”
BWV0164 Cantata 4 Recitativo (tenor) “Ach,schmelze doch durch deinen Liebesstrahl”
BWV0164 Cantata 5 Aria (Duetto) (soprano,bass) “Händen,die sich nicht verschließen”
BWV0164 Cantata 6 Choral (coro) “Ertöt uns durch dein Güte”
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 4, CD 6
—————————————————
BWV0170 Cantata 1 Aria (alto) “Vergnügte Ruh,beliebte Seelenlust”
BWV0170 Cantata 2 Recitativo (alto) “Die Welt,das Sündenhaus,bricht nur in Höllenlieder aus”
BWV0170 Cantata 3 Aria (alto) “Wie jammern mich doch die verkehrten Herzen”
BWV0170 Cantata 4 Recitativo (alto) “Wer sollte sich demnach wohl hier zu leben wünschen”
BWV0170 Cantata 5 Aria (alto) “Mir ekelt mehr zu leben”
BWV0171 Cantata 1 Coro “Gott,wie dein Name,so ist auch dein Ruhm”
BWV0171 Cantata 2 Aria (tenor) “Herr,so weit die Wolken gehen”
BWV0171 Cantata 3 Recitativo (alto) “Du süßer Jesus-Name du”
BWV0171 Cantata 4 Aria (soprano) “Jesus soll mein erstes Wort”
BWV0171 Cantata 5 Recitativo (bass) “Und da du,Herr,gesagt”
BWV0171 Cantata 6 Choral (coro) “Laß uns das Jahr vollbringen”
Eu sou um fissurado por concertos para piano. Meus primeiros amores neste gênero vêm dos concertos para piano de Mozart, os quais do 17 ao 26 eu ouvi várias vezes, tendo apadrinhado o 20 e o 24 como meus favoritos, justamente por sua carga mais emotiva e levemente melancólica. Também amo os concertos para piano de Chopin, com sua forte carga expressiva, ao mesmo tempo que delicada e profunda. Assim como também amo os de Liszt, que é um romântico diametralmente oposto à Chopin em seu estilo, embora seus concertos sejam igualmente apaixonantes. Já na música moderna e contemporânea, as coisas mudam bastante em relação aos concertos para piano.
Diferentemente de compositores que dentro de uma tradição seguem estilos diferentes (por exemplo Chopin e Liszt) ou de compositores que dentro de uma tradição usam uma forma de composição específica como meio de prática acadêmica de sua técnica musical (como Mozart fazia com seus concertos para piano), na música moderna, a partir do início do século XX, os compositores se viram perdidos num mundo onde já não existia mais certezas nem uma tradição paradigmática, como foi antes o romantismo, o clássico e o barroco. Por isso, alguns acabam abandonando até mesmo as formas tradicionais de composição (sinfonia, sonata, concerto, etc.), embora os elementos constitutivos de sua música em si não sejam tão radicais, como, por exemplo, fez Debussy ou Satie. Outros continuam usando as velhas formas de composição mas acabam criando ou mesclando estilos que, a não ser pelo próprio arranjo dessas formas (orquestra, quarteto de cordas, etc.), pouco lembram as formas em que se inserem, como por exemplo fez Bartók e Shostakovich. Schnittke se situa entre as duas tendências; a maioria de suas obras é feita sob um molde tradicional (sinfonia, concerto, sonata, etc.), mas ele viola um pouco as regras fazendo algumas mudanças, como é o caso de seu concerto para piano.
Escrito em 1979, seu concerto para piano e cordas não parece ter a intenção de ser um concerto para piano como qualquer outro, já que é feito em um único movimento e que mescla, segundo Christopher Culver, “variação, sonata e forma cíclica (o que geralmente se chama de modalismo)”. É o poliestilismo de Schnitte em um de seus melhores exemplos de genialidade. Com poucas “radicalidades” que os ouvidos menos treinados podem não gostar, e com uma aura espiritual e meditativa em seu início, esse concerto é uma ótima introdução ao estilo de Schnittke, para você leitor que nunca ousou se aventurar nas obras deste compositor. Só o motivo inicial já é apaixonante, justamente por sua simplicidade.
Além do concerto, temos também o Réquiem.
Muitos compositores ao longo da história compuseram em cima deste tema tão latente na história do pensamento humano: a morte. Por mais ateu que alguém seja, é difícil não se emocionar com a dramaticidade que alguns compositores ao longo da história da música auferiram às suas homenagens aos mortos e à morte. Essencialmente, o réquiem é um texto liturgo cristão, logo, algumas características são fixas, como seus movimentos. Agnus Dei, Lacrimosa, Tuba Mirum, são todos trechos desta tradicional cerimônia. O meu trecho favorito é o Dies Irae. E quero fazer uma comparação entre meios diferentes de se musicar esse trecho. Vamos ouvir, por exemplo, o Dies Irae do Réquiem de Mozart:
Mozart, compositor clássico, faz um Dies Irae pouco expressivo mas bastante conciso. É uma música “redonda”, com temas que se intercalam e que não se desenvolvem muito.
Vejamos agora o Dies Irae do Réquiem de Verdi:
Verdi, compositor romântico, já é muito mais radical. Usando recursos “operísticos”, ele dá muito mais expressividade pra música, embora toda a sacralidade da obra possa ir pro brejo com tamanha expressividade.
Vejamos agora, Schnittke:
O arranjo volta a ser pequeno, embora alguns elementos ali (a guitarra e o baixo elétricos, por exemplo) sejam elementos totalmente “profanos”, tanto na liturgia cristã quanto na “liturgia” erudita (risos). A expressividade operística dá lugar à uma expressividade sombria e violenta, que eu diria ser muito condizente com nossos tempos.
Comparações deste tipo são boas para entendermos a diferença da passagem de uma época pra outra. Do clássico ao romantismo muita coisa mudou, mas do romatismo ao poliestilismo de Schnittke aconteceu uma mudança brutal, não só no arranjo orquestral e forma expressiva como também, e principalmente, na estrutura da música, que não explicarei em maiores detalhes aqui para não me alongar.
Num futuro não tão distante trarei as 10 sinfonias de Schnittke, que são uma boa forma de se aprofundar mais no estilo do compositor.
Bom deleite a vocês.
Alfred Schnittke (1934-1998): Concerto for piano andStrings & Requiem
01 Concerto for Piano and Strings
Requiem Op. 101
02 Requiem
03 Kyrie
04 Dies Irae
05 Tuba Mirum
06 Rex Tremendae Majestatis
07 Recordare
08 Lacrimosa
09 Domine Jesu
10 Hostias
11 Sanctus
12 Benedictus
13 Agnus Dei
14 Credo
15 Requiem
Russian State Symphonic Capella
Russian State Symphony Orchestra
Valery Polyansky, conductor
Igor Khudolei, piano
Dentre meus inúmeros defeitos está o de não ser um grande apreciador de Vivaldi. Porém, há tanta gente que o ama que reconheço tranquilamente: o problema deve ser meu. Este CD ganhou todos os prêmios que se possa imaginar. Levou o Diapason d’Or e vários Grand Prix. É bom mesmo. A voz do contratenor Gérard Lesne era efetivamente notável em 1992, ano desta gravação. O CD traz muita gente que se “tornaria genial” anos depois. Bruno Cocset gravaria a melhor versão das suítes para violoncelo de Bach e Marc Minkowski dispensa apresentação. Nada acontece por acaso. E nos refugiemos na beleza porque aguentar a República Teocrática do Brasil não vai ser fácil.
Antonio Vivaldi (1678-1741): Música Sacra 1-4: Vestro principi divino (Motet RV 633) 5-13: Stabat Mater (RV 621) 14-16: Filiae maestae Jerusalem (Introduzione Al Miserere RV 638) 17-25: Nisi Dominus (Psaume 126)
Gérard Lesne (contralto) Ensemble Il Seminario musicale Bernadette Charbonnier
Myriam Gevers
Jacques Maillard
Marc Minkowski
Bruno Cocset
Pascal Monteilhet
Richard Myron
Jean-Charles Ablitzer
“Diapason d’Or” de Diapason-Harmonie n°355
“10” de Répertoire n° 21-2
“un événement exceptionnel” de Télérama n°2084
“Recommandé” par Classica n°18
“Grand Prix de l’Académie Charles Cros”
Gabriel Pierné (1863-1937) foi um dos mais festejados compositores de sua geração, contemporânea de Debussy, Roussel, Fauré e Ravel. Entretanto, suas atividades como maestro e professor acabaram por colocá-lo, de certa forma injustamente, num panteão dos grandes intérpretes (estreou diversas obras de seus colegas mais famosos) e não dos grandes compositores. Sobrou a peça de repertório “Marcha dos Soldadinhos de Chumbo” (que constava naquela coleção de LPs com gatinhos na capa) como sua máxima expressão de criatividade.
Este erro parece ter sido aos poucos corrigido mas em tempos muito recentes: este disco é de 2011, uma raridade numa época em que a gravação clássica já era praticamente um artigo de museu. Mas, parafraseando nosso guru pqp, este disco é IMPERDíVEL.
O Concerto de Pierné é, no mínimo, surpreendente pela extrema fluidez melódica, verve rítmica e originalidade temática. Mas basta uma audição para comprovar: nos sentimos impelidos a escutar de novo, e de novo, e de novo, tal é sua qualidade. Mais surpresas: um concerto que não tem movimento lento, são todos rápidos e titânicos, de grandiosidade e polidez que só um francês poderia escrever. Poucas vezes piano e orquestra tiveram diálogo tão franco e direto. Coisa fina.
Ramuntcho é uma obra igualmente surpreendente, escrita para acompanhar o drama homônimo de Pierre Loti, e demonstra, na orquestração brilhante e ritmos folclóricos bascos, uma maestria de escrita digna dos melhores momentos da música francesa. Uma verdadeira revelação.
E de quebra, a tal Marcha dos Soldadinhos de Chumbo, obra realmente simples mas encantadora, e o Divertimento sobre um tema Pastoral, que completam esta breve, mas importantíssima apresentação (ou re-apresentação) de Pierné. Uma pérola oculta no mar de gravações deste século.
Gabriel Pierné (1863-1937)
Marche des Petits Soldats de Plomb
Piano Concerto in C minor op.12
Divertissements sur un Thème Pastoral
Ramuntcho Suites nos.1 & 2
Jean-Efflam Bavouzet, piano
BBC Philharmonic Orchestra
Juanjo Mena
Anne-Sophie Mutter, muito amada pelos editores e leitores deste blog, interpreta aqui Dutilleux, Bártok e Stravinsky. Eu não tenho nem um pouco da intimidade que o PQP ou o FDP têm com ela, mas digo sem medo que neste álbum o vigor de seu toque é arrepiante.
Pelo menos é o que eu posso dizer ao ouvir o concerto para violino do Stravinsky, que deste álbum, é minha peça favorita. Stravinsky foi um bicho muito esquisito. Começou sua carreira de forma ascendente, com uma obra atrás da outra gerando sucesso e polêmicas, tudo isso a partir de um estilo próprio que condizia com a quebra das tradições e convenções na música que ocorria numa época em que a Europa era sacudida pela guerra e por revoluções. Mas esse estilo não durou muito, em sua fase seguinte, o neoclassicismo (que foi só uma das três fases de estilo de composição ao longo da longa vida de Stravinsky), o compositor resolveu voltar às velhas formas de composição. Um desses trabalhos é o concerto contido aqui, muito embora tudo que Stravinsky faça, seja num estilo de vanguarda, seja num estilo neoclássico, é perceptivelmente ímpar. Eu adoro isso nele.
Temos também o belo concerto para violino de Bártok e Sur le même accord abrindo o CD, obra que Dutilleux dedicou à própria Mutter (Já viram que muitos grandes homens perdem a cabeça por essa pessoa).
Anne-Sophie Mutter plays Dutilleux, Bartók, Stravinsky
Henri Dutilleux (1916-2013)
01 Sur le même accord
Orchestre National de France
Kurt Masur, conductor
Béla Bartók (1881-1945)
Violin Concerto No.2, BB 117, Sz.112
02 1. Allegro non troppo
03 2. Andante tranquillo – Allegro scherzando – Tempo 1
04 3. Allegro molto
Boston Symphony Orchestra
Seiji Ozawa, conductor
Ígor Stravinski (1882-1971)
Violin Concerto in D major
05 1. Toccata
06 2. Aria 1
07 3. Aria 2
08 4. Capriccio
Um especialíssimo trio de CDs! Incluem a Cantata 140 e a 147, não tão boa, pero célebre. E assim fechamos a terceira caixinha.
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 3, CD 13
—————————————————
BWV0138 Cantata 1 Coro-Recitativo (alto) “Warum betrübst du dich,mein Herz”
BWV0138 Cantata 2 Recitativo (bass) “Ich bin veracht'”
BWV0138 Cantata 3 Coro-Recitativo (soprano,alto) “Er kann und will dich lassen nicht”
BWV0138 Cantata 4 Recitativo (tenor) “Ach süßer Trost”
BWV0138 Cantata 5 Aria (bass) “Auf Gott steht meine Zuversicht”
BWV0138 Cantata 6 Recitativo (alto) “Ei nun- so will ich auch recht sanfte ruhn”
BWV0138 Cantata 7 Choral (coro) “Weil du mein Gott und Vater bist”
BWV0139 Cantata 1 Coro “Wohl dem,der sich auf seinen Gott”
BWV0139 Cantata 2 Aria (tenor) “Gott ist mein Freund”
BWV0139 Cantata 3 Recitativo (alto) “Der Heiland sendet ja die Seinen”
BWV0139 Cantata 4 Aria (bass) “Das Unglück schlägt auf allen Seiten”
BWV0139 Cantata 5 Recitativo (soprano) “Ja,trag ich gleich den größten Feind in mir”
BWV0139 Cantata 6 Choral (coro) “Dahero trotz der Höllen Heer”
BWV0140 Cantata 1 Coro “Wachet auf,ruft uns die Stimme”
BWV0140 Cantata 2 Recitativo (tenor) “Er kommt,der Bräutgam kommt”
BWV0140 Cantata 3 Aria (Duetto) (soprano,bass) “Wann kömmst du,mein Heil”
BWV0140 Cantata 4 Choral (tenor) “Zion hört die Wächter singen”
BWV0140 Cantata 5 Recitativo (bass) “So geh herein zu mir”
BWV0140 Cantata 6 Aria (Duetto) (soprano,bass) “Mein Freund ist mein- Und ich bin sein”
BWV0140 Cantata 7 Choral (coro) “Gloria sei dir gesungen”
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 3, CD 14
—————————————————
BWV0143 Cantata 1 Coro “Lobe den Herrn,meine Seele”
BWV0143 Cantata 2 Choral (soprano) “Du Friedefürst,Herr Jesu Christ”
BWV0143 Cantata 3 Recitativo (tenor) “Wohl dem,des Hilfe der Gott Jakobs ist”
BWV0143 Cantata 4 Aria (tenor) “Tausendfaches Unglück,Schrecken”
BWV0143 Cantata 5 Aria (bass) “Der Herr ist König ewiglich”
BWV0143 Cantata 6 Aria (tenor) “Jesu,Retter deiner Herde”
BWV0143 Cantata 7 Coro “Halleluja”
BWV0144 Cantata 1 Coro “Nimm,was dein ist,und gehe hin”
BWV0144 Cantata 2 Aria (alto) “Murre nicht,lieber Christ”
BWV0144 Cantata 3 Choral (coro) “Was Gott tut,das ist wohlgetan”
BWV0144 Cantata 4 Recitativo (tenor) “Wo die Genügsamkeit regiert”
BWV0144 Cantata 5 Aria (soprano) “Genügsamkeit ist ein Schatz in diesem Leben”
BWV0144 Cantata 6 Choral (coro) “Was mein Gott will,das g’scheh allzeit”
BWV0145 Cantata 1 Aria (Duetto) (soprano,tenor) “Ich lebe,mein Herze,zu deinem Ergötzen”
BWV0145 Cantata 2 Recitativo (tenor) “Nun fordre,Moses,wie du willt”
BWV0145 Cantata 3 Aria (bass) “Merke,mein Herze,beständig nur dies”
BWV0145 Cantata 4 Recitativo (soprano) “Mein Jesus lebt”
BWV0145 Cantata 5 Choral (coro) “Drum wir auch billig fröhlich sein”
BWV0146 Cantata 1 Sinfonia
BWV0146 Cantata 2 Coro “Wir müssen durch viel Trübsal in das Reich Gottes eingehen”
BWV0146 Cantata 3 Aria (alto) “Ich will nach dem Himmel zu”
BWV0146 Cantata 4 Recitativo (soprano) “Ach- wer doch schon im Himmel wär”
BWV0146 Cantata 5 Aria (soprano) “Ich säe meine Zähren”
BWV0146 Cantata 6 Recitativo (tenor) “Ich bin bereit”
BWV0146 Cantata 7 Duetto (tenor,bass) “Wie will ich mich freuen,wie will ich mich laben”
BWV0146 Cantata 8 Choral (coro) “Denn wer selig dahin fähret”
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 3, CD 15
—————————————————
BWV0147 Cantata 01 part 1 Chor “Herz und Mund und Tat und Leben”
BWV0147 Cantata 02 part 1 Recitativo (tenor) “Gebenedeiter Mund”
BWV0147 Cantata 03 part 1 Aria (alto) “Schäme dich,o Seele,nicht”
BWV0147 Cantata 04 part 1 Recitativo (bass) “Verstockung kann Gewaltige verblenden”
BWV0147 Cantata 05 part 1 Aria (soprano) “Bereite dir,Jesu,noch itzo die Bahn”
BWV0147 Cantata 06 part 1 Choral (coro) “Wohl mir,daß ich Jesum habe”
BWV0147 Cantata 07 part 2 Aria (tenor) “Hilf,Jesu,hilf,daß ich auch”
BWV0147 Cantata 08 part 2 Recitativo (alto) “Der höchsten Allmacht Wunderhand”
BWV0147 Cantata 09 part 2 Aria (bass) “Ich will von Jesu Wundern singen”
BWV0147 Cantata 10 part 2 Choral (coro) “Jesus bleibet meine Freude”
BWV0148 Cantata 1 Concerto “Bringet dem Herrn Ehre seines Namens”
BWV0148 Cantata 2 Aria (tenor) “Ich eile,die Lehren des Lebens zu hören”
BWV0148 Cantata 3 Recitativo (alto) “So wie der Hirsch nach frischem Wasser schreit”
BWV0148 Cantata 4 Aria (alto) “Mund und Herze steht dir offen”
BWV0148 Cantata 5 Recitativo (tenor) “Bleib auch,mein Gott,in mir”
BWV0148 Cantata 6 Choral (coro) “Amen zu aller Stund”
Como devem ter percebido ao longo de todo esse tempo em que venho postando obras de Pärt, boa parte de sua produção musical é profundamente religiosa. A Berliner Messe que vem completa neste álbum, na ótima interpretação de Paul Hillier, nos lembra o cantochão tradicional (sobre o qual discuti aqui), mas com aquele toque de tintinnabuli que tanto nos agrada.
A beleza deste álbum está na sutileza e na beleza de sua religiosidade, portanto tentar escutá-lo buscando qualquer outra tendência “modernosa” que Pärt geralmente tem, por exemplo, em suas obras orquestrais ou camerísticas, não vai satisfazer o ouvinte afoito.
Além da Missa, reparem na beleza do Ode IX da Kanon Pokajanen. Trarei ela completa em breve, só aguardo o espírito necessário para escutá-la inteira de uma só vez. Infelizmente não estará na interpretação de Hillier, que neste álbum, conseguiu fazer um trabalho excelente (como lhe é de costume quando o assunto é Arvo Pärt).
Arvo Pärt (1935): I Am The True Vine
01 Bogoróditse dyévo (Hail Mary), for chorus
02 I Am the True Vine, for chorus
03 Ode IX: Nýnje k wam pribjegáju
04 The Woman with the Alabaster Box, for chorus
05 Tribute to Caesar, for chorus
Berliner Messe
06 Kyrie
07 Gloria
08 Erster Alleluiavers
09 Zweiter Alleluiavers
10 Veni Sancte Spiritus
11 Credo
12 Sanctus
13 Agnus Dei
Theatre of Voices
The Pro Arte Singers
Paul Hillier, conductor
O bom filho à casa torna. Para comemorar o Retorno do Chucruten, um CD primoroso que exalta a complexidade da harmonia e do contraponto na idade de ouro da polifonia, a Renascença.
Não é exagero dizer que, uma vez que a música se libertou dos grilhões monofônicos do cantochão, literalmente se esbaldou de sobrepor vozes. Nunca haviam comido mel, então, claro, se lambuzaram todos. E o resultado é, além de curioso, também incrivelmente convincente: motetos de 13, 16, 24 e até 40 vozes, cada uma com linhas melódicas distintas, criam um cluster harmônico que causam a impressão singular de estar diante de uma música ao mesmo tempo imemorial e moderna, extremamente antiga e nova: sensação de eternidade.
O moteto Qui Habitat de Josquin desPrez é uma das pérolas deste disco, 24 vozes que se sobrepõe, uma a uma, causando um curioso padrão de interferência sonoro de resultantes harmônicas e rítmicas. E, o carro-chefe do disco, o Spem in Allium de Thomas Tallis: 40 vozes. Um professor de música colega meu, que não conhecia a obra, ouviu-a numa instalação artística em Inhotim-MG, e achou ser uma peça contemporânea!
Utopia Triumphans
Thomas Tallis: Spem in alium
Constanzo Porta: Sanctus – Agnus Dei
Josquin Desprez: Qui habitat
Jean de Ockeghem: Deo gratias
Pierre de Manchicourt: Laudate Dominum
Giovanni Gabrieli: Exaudi me Domine
Alessandro Striggio: Ecce beatam lucem
Especialistas, se os houver por perto, podem começar a jogar pedras: há décadas discutem se estas “Vésperas de 1610” constituem uma das obras inaugurais do Barroco ou o canto-de-cisne da Renascença. Outros ainda podem dizer “Mas como! É óbvio que o barroco nasceu com a primeira ópera, a desaparecida Dafne, de Jacopo Peri, 13 anos antes. Ou com a primeira preservada, a Euridice do mesmo Peri, de 1600. Ou com o Orfeo do próprio Monteverdi, de 1607!”
Todos têm sua razão, é claro – mas o meu barroco nasceu em 1610 com esta coleção de 24 peças sacras usadas nos ofícios daquela inacreditável catedral emersa: São Marcos de Veneza.
Já os menos especialistas acostumados com Bach, Vivaldi, Händel, podem perguntar espantados: mas isto é barroco?! Pois bem: isto é, sim, o barroco – em sua brotação inicial: a música que, na comparação com as outras artes, mais merece o rótulo ‘barroco’!, e que envolve compositores como Schütz, Scheidt, Sweelinck, Frescobaldi. O barroco com que estamos acostumados, de 120, 140 anos mais tarde, é o fruto não apenas amadurecido mas já feito compota – da qual, deixo claro, me lambuzo!
Mas isto aqui… isto aqui pra mim nem é barroco nem nada: é uma viagem pra outro planeta. Quando ouvi a primeira vez já era acostumado com Schütz, uma coisa parecida – e linda – em sóbrias roupas marrons germânicas, pão de centeio em mesa de madeira… mas não conhecia nada dos ouros de Veneza, porto e porta do Oriente, e fiquei embasbacado diante do colorido intenso dos timbres, das vozes se lançando em arcos alucinados cheios de arabescos impossíveis, talvez último eco das glórias de Bizâncio…
Talvez vocês não achem nada disso – ainda mais que o efeito vai pegando aos poucos… – mas me permitam apontar uns highlights:Lauda Jerusalem (faixa 15): o que é isso, um negro spiritual?! Escutem as chamadas e respostas e as síncopes e me digam se não! Os ecos de metades de palavras que dialogam com a palavra original em Audi Coelum (39): gaudio/audio, orientalis/talis, solamen/amen – barroco é ISSO, senhores! O milagre de não só nos fazer acreditar em Deus (como se diz de Bach), mas até no “gracioso amor de Maria” no Ave Maris Stella (18); o Magnificat do começo ao fim (21-32), inclusive o mais espantoso Gloria Patri que já ouvi; e talvez mais que tudo o Duo Seraphim (36), com seu inusitado ornamento de notas repetidas em accelerando (canto de inhambu?!) e as imitações entre os dois serafins de Isaías, que viram três depois da intervenção do evangelista João afirmando a Trindade.
(Essa afirmação, que se dá sobretudo mediante o ‘Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto’ no fim de quase todas as peças, merece observação especial: um dos testemunhos que levaram o dramaturgo António José da Silva à fogueira da Inquisição em 1739 foi o de que teria sido ouvido recitando salmos sem o Gloria Patri cristianizante ao final – e isso era prova bastante de que se mantinha secretamente fiel ao judaísmo…)
Quanto a esta realização, acho que às vezes McCreesh se precipita um pouco, que podia respirar e contemplar um pouco mais, mas apesar disso acho que no conjunto ainda não ouvi melhor. Cabe advertir que ele buscou sugerir um ofício religioso real, mudando aqui e ali a ordem “de espetáculo” que se costuma dar às peças, e intercalando 12 passagens em gregoriano e 4 solos de órgão – estes emprestados dos contemporâneos Giovanni Paolo Cima, Ercole Pasquini e Adriano Banchieri, mais uma improvisação -, com o que as 24 peças viraram 40 faixas. Para facilitar, destaco as peças propriamente das Vésperas em negrito, nas listas abaixo.
Os textos se encontram no livreto postado junto com o CD1, que também traz entrevista de McCreesh. Por uma falha do escaneador, falta o da faixa 18, Ave Maris Stella, que pode ser consultado AQUI enquanto não resolvemos isso. E boa viagem!
MONTEVERDI: VESPRO DELLA BEATA VERGINE
(Vésperas de 1610)
01. Deus, in adiutorium meum intende (Salmo 69[70]:2)
02. Missus est angelus (gregoriano)
03. Dixit Dominus (Salmo 109[110])
04. Nigra sum (Cântico dos Cânticos 1:4, 2:3, 2:11-12)
05. Ave Maria gratia plena (gregoriano)
06. Laudate pueri (Salmo 112[113])
07. Canzon Quarta: La Pace (Cima)
08. Ne timeas Maria (gregoriano)
09. Laetatus sum (Salmo 121[122])
10. Toccata (Pasquini)
11. Dabit ei Dominus (gregoriano)
12. Nisi Dominus (Salmo 126[127])
13. Secondo Dialogo (Banchieri)
14. Ecce ancilla Domini (gregoriano)
15. Lauda Jerusalem (Salmo 147[147:12 ss])
16. Pulchra es (Cântico dos Cânticos 6:3-4)
17. Ecce virgo concipiet (gregoriano)
18. Ave Maris Stella (hino mariano medieval)
19. Ave Maria gratia plena (gregoriano)
20. Spiritus Sanctus (gregoriano)
21. Magnificat (Lucas 1:46 ss, até faixa 30)
22. Et exsultavit
23. Quia respexit
24. Quia fecit mihi magna
25. Et misericordia
26. Fecit potentiam
27. Deposuit potentes de sede
28. Esurientes implevit bonis
29. Suscepit Israel
30. Sicut locutus est (Lucas 1:55)
31. Gloria Patri
32. Sicut erat in principio
33. Sonata sopra Sancta Maria
34. Dominus vobiscum – Deus, qui de beatae Mariae (gregoriano)
35. Dominus vobiscum – Benedicamus Domino (gregoriano)
36. Duo seraphim (Isaias 6:3, I João 5:7-8)
37. Fidelium animae (gregoriano)
38. Organ improvisation
39. Audi caelum (poema mariano)
40. Divinum auxilium (gregoriano)
Gabrieli Consort & Players dirigidos por Paul McCreesh.
Tessa Bonner e Susan Hemington Jones, sopranos;
Joseph Cornwell e Charles Daniels, tenores; Peter Harvey, barítono.
Gravado na Tonbridge Chapel, Tonbridge, Inglaterra, em novembro de 2005
Que sorte a nossa, né? Vivaldi escreveu 477 concertos e parece que a grande maioria é de coisas legais. Este disco da sensacional Hyperion é uma perfeição. Belas interpretações de alguns concertos conhecidos — e de alguns desconhecidos — com instrumentos originais, senso de estilo impecável e…, enfim, tudo está lindo. É impossível não ficar um pouco mais feliz após a audição. Um bom início de fim-de-semana para todos os pequepianos!
Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Flauta
1. Recorder (Flute) Concerto, for recorder or flute, strings & continuo in C minor, RV 441: Allegro non molto
2. Recorder (Flute) Concerto, for recorder or flute, strings & continuo in C minor, RV 441: Largo
3. Recorder (Flute) Concerto, for recorder or flute, strings & continuo in C minor, RV 441: (Allegro)
4. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 444: Allegro non molto
5. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 444: Largo
6. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 444: Allegro molto
7. Chamber Concerto, for recorder, 2 violins & continuo in A minor, RV 108: Allegro
8. Chamber Concerto, for recorder, 2 violins & continuo in A minor, RV 108: Largo
9. Chamber Concerto, for recorder, 2 violins & continuo in A minor, RV 108: Allegro
10. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in A minor, RV 445: Allegro
11. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in A minor, RV 445: Larghetto
12. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in A minor, RV 445: (Allegro)
13. Recorder Concerto, for recorder, strings & continuo in F major, RV 442: Allegro non molto
14. Recorder Concerto, for recorder, strings & continuo in F major, RV 442: Largo e cantabile
15. Recorder Concerto, for recorder, strings & continuo in F major, RV 442: Allegro
16. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 443: (Allegro)
17. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 443: Largo
18. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 443: Allegro molto
Peter Holtslag, flauta
The Parley of Instruments
Peter Holman
Extraordinárias as Cantatas BWV 130 e 137. A curta Cantata BWV 137 é das mais perfeitas obras de J. S. Bach.
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 3, CD 10
—————————————————
BWV0128 Cantata 1 Coro “Auf Christi Himmelfahrt allein”
BWV0128 Cantata 2 Recitativo (tenor) “Ich bin bereit,komm,hole mich”
BWV0128 Cantata 3 Aria (bass) “Auf,auf,mit hellem Schall”
BWV0128 Cantata 4 Aria (Duetto) (alto,tenor) “Sein Allmacht zu ergründen”
BWV0128 Cantata 5 Choral (coro) “Alsdenn so wirst du mich”
BWV0129 Cantata 1 Coro “Gelobet sei der Herr,mein Gott,mein Licht”
BWV0129 Cantata 2 Aria (bass) “Gelobet sei der Herr,mein Gott,mein Heil”
BWV0129 Cantata 3 Aria (soprano) “Gelobet sei der Herr,mein Gott,mein Trost”
BWV0129 Cantata 4 Aria (alto) “Gelobet sei der Herr,mein Gott,der ewig lebet”
BWV0129 Cantata 5 Choral (coro) “Dem wir das Heilig itzt mit Freuden lassen klingen”
BWV0130 Cantata 1 Coro “Herr Gott,dich loben alle wir”
BWV0130 Cantata 2 Recitativo (alto) “Ihr heller Glanz”
BWV0130 Cantata 3 Aria (bass) “Der alte Drache brennt vor Neid”
BWV0130 Cantata 4 Recitativo (soprano,tenor) “Wohl aber uns”
BWV0130 Cantata 5 Aria (tenor) “Laß,o Fürst der Cherubinen”
BWV0130 Cantata 6 Choral (coro) “Darum wir billig loben dich”
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 3, CD 12
—————————————————
BWV0134 Cantata 1 Recitativo (alto,tenor) “Ein Herz,das seinen Jesum lebend weiß”
BWV0134 Cantata 2 Aria (tenor) “Auf,Gläubige,singet die lieblichen Lieder”
BWV0134 Cantata 3 Recitativo (alto,tenor) “Wohl dir,Gott hat an dich gedacht”
BWV0134 Cantata 4 Aria (Duetto) (tenor,alto) “Wir danken,wir preisen dein brünstiges Lieben”
BWV0134 Cantata 5 Recitativo (alto,tenor) “Doch wirke selbst den Dank in unserm Munde”
BWV0134 Cantata 6 Coro “Erschallet,ihr Himmel,erfreue dich,Erde”
BWV0135 Cantata 1 Coro “Ach Herr,mich armen Sünder”
BWV0135 Cantata 2 Recitativo (tenor) “Ach heile mich,du Arzt der Seelen”
BWV0135 Cantata 3 Aria (tenor) “Tröste mir,Jesu,mein Gemüte”
BWV0135 Cantata 4 Recitativo (alto) “Ich bin von Seufzen müde”
BWV0135 Cantata 5 Aria (bass) “Weicht,all ihr Übeltäter”
BWV0135 Cantata 6 Choral (coro) “Ehr sei ins Himmels Throne”
BWV0136 Cantata 1 Coro “Erforsche mich,Gott,und erfahre mein Herz”
BWV0136 Cantata 2 Recitativo (tenor) “Ach,daß der Fluch”
BWV0136 Cantata 3 Aria (alto) “Es kommt ein Tag”
BWV0136 Cantata 4 Recitativo (bass) “Die Himmel selber sind nicht rein”
BWV0136 Cantata 5 Aria (Duetto) (tenor,bass) “Uns treffen zwar der Sünden Flecken”
BWV0136 Cantata 6 Choral (coro) “Dein Blut,der edle Saft”
BWV0137 Cantata 1 Coro “Lobe den Herren”
BWV0137 Cantata 2 Aria (alto) “Lobe den Herren,der alles so herrlich regieret”
BWV0137 Cantata 3 Aria (Duetto) (soprano,bass) “Lobe den Herren,der künstlich und fein dich bereitet”
BWV0137 Cantata 4 Aria (tenor) “Lobe den Herren,der deinen Stand sichtbar gesegnet”
BWV0137 Cantata 5 Choral (coro) “Lobe den Herren,was in mir ist,lobe den Namen”
Berlioz é um compositor bastante singular: autor de obra relativamente breve, teve seu nome gravado na história da música não apenas pelo veio melódico que marcou os primórdios do romantismo, mas também pela inovação, ousadia e inventividade principalmente no quesito orquestração. Berlioz foi virtuose de apenas um instrumento: a orquestra sinfônica. Mas é uma obra de altos e baixos. Ao mesmo tempo grandiloquente e apelativa, ruidosa como apelo romântico, mas educada pela polidez francesa, é uma obra contraditória, e, contudo, fascinante.
Confesso que considero muitos de seus momentos tediosos, mas a originalidade na combinação de timbres acaba por deixar a maioria deles no ostracismo, revelando, afinal, um compositor de gênio.
Este é o caso desta obra, a Grande Sinfonia Fúnebre e Triunfal. Ofuscada pelos hits mais populares, como a Sinfonia Fantástica, Haroldo na Itália, o Réquiem ou o Te Deum, fora suas irresistíveis aberturas sinfônicas, apesar de não ter o mesmo apelo, não deixa a desejar no quesito originalidade. Escrita para uma grande orquestra de sopros (leia-se Banda Sinfônica), foi encomendada para comemorar o décimo aniversário da revolução de 1830, e seus enormes recursos instrumentais (exige 200 músicos e coro para uma execução que se destinava ao ar livre) limitam muito suas apresentações. Ademais, é uma obra dramática, contemplativa, pouco adequada à apresentações de Bandas, o que faz dela basicamente uma obra negligenciada. Felizmente temos a gravação. Só para constar, talvez a melhor frase que a defina tenha sido dita por Wagner, que estava na sua estréia: “extraordinária da primeira à última nota”.
O disco tem, de quebra, um monte de outras peças de compositores franceses, não muito contemporâneos de Berlioz, mas que escreveram música baseados no mesmo propósito: a Revolução Francesa e suas consequencias, incluindo uma excelente versão da Marselhesa. Vale cada minuto.
Berlioz: Grande Symphonie Funèbre Et Triomphale
Gossec: Symphonie Militaire
Jadin: Overture in F
Gossec: Marche Lugubre
Cherubini: Hymne à la Victoire
Lefevre: Hymne à l’Agriculture
Rouget de Lisle: Hymne à la liberté (La Marseillaise)
Hoje estreio mais um compositor contemporâneo no blog, o israelense filho de pais sírios que hoje mora na Austrália, Yitzhak Yedid.
O fato de ele ter pais que imigraram da síria não é irrelevante. É justamente a música árabe que ele tenta reproduzir aqui e em outras obras suas. E foi a partir do contato com a cultura árabe na Síria que seu estilo foi influenciado, especialmente o estilo da obra que os trago hoje.
É uma das melhores coisas que ouvi ultimamente. Pianista de jazz que ele é, poderemos em alguns momentos da obra nos perguntarmos: “É música judaica, árabe, ou jazz?” Segundo ele, são as três coisas.
Por mais improvável que possa ser, essa mistura dá certo. O que há de melhor das três culturas é colocado a serviço de uma música que além de muito bem composta, é muito bem improvisada. Melodias árabes e judias se alternam, confundindo-se e mostrando sua irmandade.
Semelhantemente à uma brincadeira que já havia sido feita por Arvo Pärt em Orient & Occident, aqui o compositor frequentemente alterna entre o ocidente moderno (neste caso, a improvisação do Jazz), e o oriente (neste caso, o tipo de harmonia da música árabe e da música judaica). E como podem ver pelos nomes dos trechos dos movimentos, o compositor tenta a todo momento suscitar imagens e a contar uma história. Confesso não ter prestado tanta atenção no que Yitzhak tenta contar a partir dos títulos, deixarei isso para uma próxima audição. No momento, a música dele por si só já é deliciosamente instigante.
Yitzhak Yedid (1971):
Arabic Violin Bass Piano Trio: Suite in Four Movements
First Movement
01 Taqsim, dedicated to the day of tomorrow (01:59)
02 The image of an old weary man (04:14)
03 The pianist’s gaze (01:49)
04 Poetic fractions (02:34)
05 Evolution of hatred and bitterness (02:53)
06 His final request (01:01)
Second Movement
07 The High Priest’s whispered prayer on Yom Kippur as he leaves the Holy of Holies (06:43)
08 The dancers’ gleeful cries (01:17)
09 Olive branches in the candelabra (00:10)
10 Belly dancing in an imaginary cult ritual (00:42)
11 Eruption (01:01)
12 “And thus would he count” (00:25)
13 An even more powerful eruption (00:44)
14 “One, one and one, one and two, one and three, one and four, one and five” (04:15)
Third Movement
15 Image of a homeless Holocaust survivor on the streets of Tel Aviv (04:40)
16 The double bassist’s voice (03:24)
17 Awakening the dead (02:14)
18 An Israeli chorale, dedicated to the Holocaust survivor (02:29)
Fourth Movement
19 Cries of joy (00:23)
20 The violinist’s gaze (03:20)
21 Hallucinatory Debka dance (02:19)
22 Magic of a sensual belly dancer (01:37)
23 And again the cries (00:31)
24 The image of the old man from the First Movement (04:04)
25 The madness of creation (01:50)
26 Epilogue: the prayer of purification (02:46)
Yitzhak Yedid, piano
Sami Kheshaiboun, arabic violin
Ora Boasson Horev, double bass
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 3, CD 5
—————————————————
BWV0112 Cantata 1 Coro “Der Herr ist mein getreuer Hirt”
BWV0112 Cantata 2 Aria (alto) “Zum reinen Wasser er mich weist”
BWV0112 Cantata 3 Recitativo (bass) “Und ob ich wandelt im finstern Tal”
BWV0112 Cantata 4 Duetto (soprano,tenor) “Du bereitest für mir einen Tisch”
BWV0112 Cantata 5 Choral (coro) “Gutes und die Barmherzigkeit”
Voices of Nature é um álbum com obras para vozes tanto de Pärt quanto de Schnittke.
O destaque aqui fica com o belíssimo e profundo Concerto para Coro de Schnittke. Se vocês ouviram o álbum do Kronos Quartet com obras de Schnittke, vocês notarão que o segundo movimento do concerto é o belíssimo Collected Songs Where Every Verse Is Filled With Grief.
Além disso, temos algumas obras pequenas dos dois compositores as quais não são tão valiosas, embora também belas.
E para os conservadores, não se preocupem, Schnittke no concerto deste álbum não utiliza de seu famoso poliestilismo.
Voices of Nature
Alfred Schnittke (1934-1998):
Concert for Choir
01 I
02 II
03 III
04 IV
05 Voices of Nature for ten women’s voices and vibraphone
Muitas obras musicais são caixinhas de surpresa de sentimentos: felicidade, melancolia, nostalgia, tristeza, raiva, euforia, entre outros. A maioria se situa entre a felicidade, que geralmente (mas nem sempre) está atrelada aos tons maiores (ré maior, fá maior, etc.) e a tristeza (ré menor, dó menor, etc.).
Se navegamos pelas músicas do período clássico e romântico, é muito fácil identificar os sentimentos da música em algum lugar entre esses dois polos, felicidade e tristeza. Na virada para o século XX, isso fica mais difícil entre os românticos tardios. No início do século XX, os compositores modernos nos deleitam com novos sentimentos até então pouco explorados, o suspense na Sagração de Stravinsky, e não bem um sentimento, mas imagens nostálgicas, nas obras de Debussy.
Mas o que até então eu nunca tinha experimentado, embora trilhas sonoras de filmes já tenham chegado perto, é terror. Terror no sentido mais puro da palavra, terror de verdade, da morte, da dor, uma mistura de medo e desespero em algo muito pior. Isso puramente a partir da música, não da mistura de sensações que os filmes nos trazem.
BY THE THROAT, lançado em 2009 pelo compositor e produtor musical Ben Frost, que apesar de ser australiano vive na Islândia, é uma experiência musical ímpar. Este álbum une a beleza de uma melodia levemente nostálgica com o terror de um ambiente criado pela música.
Um internauta desreveu soberbamente essa experiência auditiva:
“(…)And with this latest [album], the chills rise up my spine and hold me, in perpetual, electric shock. The cover art alone puts into my mind the images of my final moments, lying naked on the snow, steam rising from the breath of a hungry wolf, his teeth sunk into my throat. And the track titles do not let up. Through The Glass Of The Roof, Through The Roof Of Your Mouth, Through The Mouth Of Your Eye. And the music? Dark grinding metallic strings scratched through distorted pads, deep breaths, growls, and choking melodies. The intensity of the bass and guitar riffs create instant goose bumps, tickling the inside of my ears, and clawing at my chest. White knuckled at the seat, I think I accidentally scratched a healing scab off of my back and now I’m bleeding through this white collar shirt, the tie restricting my cries. Let me out! I’ve heard some dark and terrifying ambiance in my lifetime, but Frost’s onslaught is incredible(…)”
Recomendo que os senhores ouçam sozinhos, em casa e principalmente, no escuro. Como diz no final de seu comentário o ouvinte que citei acima, após terminar, vocês vão desejar voltar à sentir a angústia da melodia do piano, e o terror de toda essa experiência.
Ben Frost (1980): BY THE THROAT
01 Killshot
02 The Carpathians
03 Ó God Protect Me
04 Híbakúsja
05 Untitled Transient
06 Peter Venkman Part I
07 Peter Venkman Part II
08 Leo Needs A New Pair Of Shoes
09 Through The Glass Of The Roof
10 Through The Roof Of Your Mouth
11 Through The Mouth Of Your Eye
Sam Amidon, Featured Artist
Amiina Cello; Featured Artist, Viola, Violin
Paul Corley; Engineer, Percussion, Prepared Piano, Programming
Russell Fawcus, Strings
Jeremy Gara, Percussion
Borgar Magnason, Bass (Upright)
Nico Muhly; Harpsichord, Prepared Piano
Eu acho que não sou um nostálgico. Ou então gosto tanto de gravações com instrumentos originais, que só vejo vantagens nesta gravação dos Concerti Grossi, Op. 6, em relação aos exageros de Karl Richter que ouvia nos anos 60-70. Fazer o quê?
Este é um imenso trabalho que abiscoitou prêmios de várias revistas por aê. E mereceu. O desempenho do Avison Ensemble, principalmente nos concertos finais desta série é realmente estupendo. Eis um disco que me deixou muito feliz.
Georg Friedrich Händel (1685 -1759): Concerti Grossi Opus 6
1. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – I. A tempo giusto 1:35
2. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – II. Allegro 1:44
3. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – III. Adagio 2:34
4. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – IV. Allegro 2:35
5. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – V. Allegro 2:52
6. Opus 6 No. 2 in F major, HWV 320 – I. Andante larghetto 4:10
7. Opus 6 No. 2 in F major, HWV 320 – II. Allegro 2:19
8. Opus 6 No. 2 in F major, HWV 320 – III. Largo 2:08
9. Opus 6 No. 2 in F major, HWV 320 – IV. Allegro, ma non troppo 2:24
10. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – I. Larghetto affettuoso 1:05
11. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – II. Andante 1:29
12. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – III. Allegro 2:25
13. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – IV. Polonaise: Andante 4:58
14. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – V. Allegro, ma non troppo 1:20
15. Opus 6 No. 4 in A minor, HWV 322 – I. Larghetto affettuoso 2:43
16. Opus 6 No. 4 in A minor, HWV 322 – II. Allegro 2:58
17. Opus 6 No. 4 in A minor, HWV 322 – III. Largo, e piano 2:23
18. Opus 6 No. 4 in A minor, HWV 322 – IV. Allegro 2:58
19. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – I. (No marking) 1:32
20. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – II. Allegro 2:14
21. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – III. Presto 4:03
22. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – IV. Largo 2:07
23. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – V. Allegro 2:12
24. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – VI. Menuet 3:03
25. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – I. Larghetto e affettuoso 3:18
26. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – II. Allegro, ma non troppo 1:38
27. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – III. Musette: Larghetto 5:01
28. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – IV. Allegro 3:03
29. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – V. Allegro 2:27
30. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – I. Largo 0:56
31. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – II. Allegro 2:58
32. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – III. Largo, e piano 3:08
33. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – IV. Andante 3:47
34. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – V. Hornpipe 3:14
35. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – I. Allemande 6:34
36. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – II. Grave 1:33
37. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – III. Andante allegro 1:55
38. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – IV. Adagio 1:03
39. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – V. Siciliana 3:31
40. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – VI. Allegro 1:26
41. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – I. Largo 1:31
42. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – II. Allegro 3:53
43. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – III. Larghetto 3:20
44. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – IV. Allegro 1:46
45. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – V. Menuet 1:20
46. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – VI. Gigue 2:13
47. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – I. Ouverture 1:29
48. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – II. Allegro 2:12
49. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – III. Lento 2:58
50. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – IV. Allegro 2:13
51. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – V. Allegro 2:45
52. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – VI. Allegro moderato 1:49
53. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – I. Andante larghetto, e staccato 4:11
54. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – II. Allegro 1:43
55. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – III. Largo, e staccato 0:29
56. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – IV. Andante 4:27
57. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – V. Allegro 5:15
58. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – I. Largo 1:59
59. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – II. Allegro 2:53
60. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – III. Larghetto, e piano 3:21
61. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – IV. Largo 0:48
62. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – V. Allegro 2:08
Pavlo Beznosiuk, regente e violino
The Avison Ensemble
—————————————————
Bach 2000 – Caixa 2, CD 14
—————————————————
BWV0094 Cantata 1 Coro “Was frag ich nach der Welt”
BWV0094 Cantata 2 Aria (bass) “Die Welt ist wie ein Rauch und Schatten”
BWV0094 Cantata 3 Recitativo-Choral (tenor) “Die Welt sucht Ehr und Ruhm”
BWV0094 Cantata 4 Aria (alto) “Betörte Welt,betörte Welt”
BWV0094 Cantata 5 Recitativo-Choral (bass) “Wie Welt bekümmert sich”
BWV0094 Cantata 6 Aria (tenor) “Die Welt kann ihre Lust und Freud”
BWV0094 Cantata 7 Aria (soprano) “Es halt es mit der blinden Welt”
BWV0094 Cantata 8 Choral (coro) “Was frag ich nach der Welt”
BWV0095 Cantata 1 Coro-Recitativo (tenor) “Christus,der ist mein Leben”
BWV0095 Cantata 2 Recitativo (soprano) “Nun,falsche Welt”
BWV0095 Cantata 3 Choral (soprano) “Valet will ich dir geben”
BWV0095 Cantata 4 Recitativo (tenor) “Ach könnte mir doch bald so wohl geschehen”
BWV0095 Cantata 5 Aria (tenor) “Ach schlage doch bald”
BWV0095 Cantata 6 Recitativo (bass) “Denn ich weiß dies”
BWV0095 Cantata 7 Choral (coro) “Weil du vom Tod erstanden bist”
BWV0096 Cantata 1 Coro “Herr Christ,der einge Gottessohn”
BWV0096 Cantata 2 Recitativo (alto) “O Wunderkraft der Liebe”
BWV0096 Cantata 3 Aria (tenor) “Ach,ziehe die Seele mit Seilen der Liebe”
BWV0096 Cantata 4 Recitativo (soprano) “Ach,führe mich,o Gott”
BWV0096 Cantata 5 Aria (bass) “Bald zur Rechten,bald zur Linken”
BWV0096 Cantata 6 Choral (coro) “Ertöt uns durch dein Güte”
A revalidação desta postagem é uma cortesia com chapéu alheio feita por Ranulfus, que não quer deixar de participar das comemoração dos 100 anos de Sagração de Primavera. Como esta realização pelo regente finlandês mexeu especialmente comigo quando o PQP postou em 15/11/2009, tomo a liberdade de trazê-la para a boca do palco sem nem perguntar ao proprietário. Noto que apesar de gostar muito de Mussorgski e de Bartók, não gosto das duas peças deles incluídas aqui, em particular. Ouvi-las ou não, é com vocês. Mas essa Sagração… ouçam e depois digam se não vale mesmo o atrevimento! (Ranulfus)
Esta gravação ao vivo é a estréia de Esa-Pekka Salonen no Walt Disney Concert Hall como regente titular da Filarmônica de Los Angeles. Foi em 2003. A obra central do concerto é a A Sagração da Primavera. O registro é um verdadeiro milagre na versão original, pois a acústica do teatro é impecável. A gravação capta a energia e a beleza deste trio de músicas agitadas e poderosas.
O finlandês Salonen (1958) dá, é claro, um show. É um grande regente. Certamente ficará, se me entendem.
Mussorgski: Uma noite no Monte Calvo / Bartók: O Mandarim Miraculoso / Stravinski: A Sagração da Primavera
1. Mussorgsky: Night on Bald Mountain (original version)
2. Bartók: The Miraculous Mandarin, op. 19, Sz. 73 (concert version)
3-16. Stravinsky: Le Sacre du printemps (version 1947)