Madrigal ARS VIVA (1971): 1ªs gravações de Gilberto Mendes (1922-2016) e Willy Corrêa de Oliveira (1936) + Idade Média e Renascença

Gilberto Mendes 13/10/1922 a 01/01/2016Publicado originalmente em 11.07.2010. Revalidado in memoriam Gilberto Mendes.

Santos se diferencia das outras cidades importantes do estado de São Paulo por ser mais antiga e durante uns três séculos mais importante que a capital. A distância entre as duas é de apenas 75 Km, mas talvez o desnível abrupto de 700 metros tenha ajudado a preservar na cidade-porto uma identidade cultural própria, até um sotaque e caráter de povo diferente. Em alguns momentos isso se refletiu não só no futebol mas também numa vida musical digna de nota –

capa-peq… sobretudo nas décadas de 1960 e 70, com os compositores Gilberto Mendes (Santos, 1922), Willy Corrêa de Oliveira (Recife, 1936), e em parte também Almeida Prado (Santos, 1943) fazendo da cidade uma referência mundial com os Festivais de Música Nova.

Esses festivais ainda acontecem, mas infelizmente, é preciso dizer, não com a mesma vitalidade e impacto de antes. Como outras cidades do mesmo porte, Santos parece ter a sina de ser berço de gente que vai brilhar em outros lugares. De todo aquele movimento, só Gilberto Mendes permanece lá [escrito em 2010], ao que parece ainda insuperado em irreverência e espírito jovem – aos 88 anos!

Outro dos protagonistas que deve ter feito muita falta ao movimento foi o regente Klaus-Dieter Wolff – este por sua morte prematura. Klaus nasceu em 1926 em Frankfurt mas viveu no Brasil desde os 10 anos. Em 1951 fundou o Conjunto Coral de Câmara de São Paulo; em 1961 o Madrigal Ars Viva de Santos. Em 1968 colaborou com Roberto Schnorrenberg – três anos mais jovem e que em 1964 fundara o Collegium Musicum de São Paulo – na primeira realização brasileira das Vésperas de Monteverdi. Em 1971 gravou este disco, pioneiro em muitos sentidos – mas já em 1974 veio a falecer, com meros 48 anos. (Clique AQUI para mais informações sobre a formação e atuação dos dois).

Tanto Klaus quanto Roberto trabalhavam com o ideal declarado de ampliar o repertório conhecido no Brasil, e ao que parece foi esse ideal que presidiu a escolha das peças deste disco, que contém alguns verdadeiros standards do repertório medieval (como Alle psallite cum luya) e renascentista (como Mille regretz de vous abandonner – “mil mágoas por vos deixar” -, canção que inspirou muitíssimos instrumentistas e outros compositores ao longo dos séculos seguintes), ou então exemplos de compositores de primeira grandeza desses 4 séculos (Machault, Josquin des Près, Lassus, Jannequin).

Nem sempre acho felizes as opções do regente Wolff: ainda é compreensível que Alle psallite apareça tão lenta, pois se trata de um canto de cortejo, de procissão, mas um Rodrigo Martínez assim tão duro e quadrado? (Em breve posto o de Roberto de Regina, e vocês terão oportunidade de ver quase que o exagero oposto).

Mas nas peças mais introvertidas Klaus me parece conseguir uma combinação belíssima de concentração, intensidade e delicadeza (Ave Maria, Todos duermen corazón, Pámpano verde, Mille regretz, etc). É pena que os meus meios técnicos atuais não dêem conta de eliminar 100% do ruído que aparece nas frases finais de Mille regretz, um dos momentos mais delicados do disco.

As três peças ‘de vanguarda’ são de 1962, 66 e 69, todas inspiradas em poemas concretos (de Décio Pignatari e de José Lino Grünewald). Beba Coca-Cola é hoje uma peça consagrada, com muitas gravações no Brasil e no exterior – mas esta foi a primeira.

Na contracapa e no encarte há ricos textos informativos de Gilberto Mendes, e também os textos de todas as peças (muitas vezes naquelas esdrúxulas misturas lingüísticas características do renascimento) – e então acho que já posso entregar a bola a vocês!

Madrigal Ars Viva (Santos, SP)
Regência: Klaus-Dieter Wolff
(1926-1974)
Gravação: 1971 (independente)

A01  Alle psalite cum luya – anônimo séc.13
A02 Nel mezzo a sei paone – madrigal de Johannes/Giovanni de Florentia, séc.14
A03 Lasse! Comment oublieray / Se j’aim mon loyal ami / Pour quoy me bat mes maris
– motete (3 textos simultâneos) de Guillaume de Machault, séc.14
A04  Alma Redemptoris Mater – Johannes Ockeghem, séc.15
A05  Ave Maria – ‘carol’ anônimo, séc.15
A06 Nowell sing we – ‘carol’ anônimo, séc.15
A07  Todos duermen, corazón – Baena, séc.15-16
A08 Rodrigo Martínez – anônimo, séc.15-16
A09 Pámpano verde – Francisco de Torre, séc.15-16
A10 Mille regretz de vous abandonner – Josquin des Prez/Près, séc.15

B01 Bonjour, mon coeur – Roland de Lassus (1532-1594)
B02 Les cris de Paris – Clement Jannequin, séc.16
B03 Um movimento vivo (1962) – Willy Corrêa de Oliveira (*1936)
B04 Beba Coca-Cola (1966) – Gilberto Mendes (*1922)
B05 Vai e Vem (1969) – Gilberto Mendes

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Ranulfus

.: interlúdio? :. Chico Mello (1957): Do lado da voz (2000)

Chico Mello - Do Lado da Voz (capa)Começo por advertir: este é um trabalho feito de sutilezas. Se você colocar como fundo pra ir fazer outra coisa ao longe, é possível que não veja nele interesse nenhum.

Chico Mello e o Monge Ranulfus nasceram no mesmo ano e na mesma cidade. Mais: quando adolescentes, estudaram na mesma classe de Solfejo e Ditado Musical de dona Beatriz Schütz, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Na ocasião, os dois mostravam interesse em incluir a MPB dentro do horizonte da formação academicista e eurocêntrica ministrada naquela escola, bem como nos experimentos do então nascente minimalismo.

Mas as semelhanças param por aí: logo Ranulfus percebeu que apenas seus nervos sensores tinham paixão e avidez por música, não os motores: por maior apreciador que fosse, jamais se tornaria um realizador efetivo de música, com aquela naturalidade de quem mija, que é a do verdadeiro artista em qualquer área (imagem com que Monteiro Lobato falou a Érico Veríssimo do ato de escrever). Chico tem essa naturalidade.

A vida levou Ranulfus por outros rumos, nunca mais viu Chico pessoalmente, apenas aqui e ali topou com composições suas – o suficiente para notar que suas construções em linguagens contemporâneas não são meramente cerebrais, e sim sempre vivificadas por esse sopro natural, que desde certa altura do século XX parecia haver se refugiado exclusivamente na música chamada “popular”.

Chico estudou composição com Penalva e Koellreuter, mudou-se pra Berlim, fez carreira artística e docente lá e cá. Em 2010 gravou os 3 CDs Vinte Anos entre Janelas, com uma espécie de sinopse dos seus caminhos de 1987 a 2007. O segundo deles, para dar ideia, se chama Mal-entendidos multiculturais, e contém as seguintes duas peças: Todo canto – para soprano, piano, canto indiano e tabla/pakhawa – e Hui Liu ou la vraie musique para músicos chineses e euroamericanos (!) (Mais sobre esses CDs aqui).

Já neste Ao lado da voz, Chico traz seu experimentalismo sonoro para conversar especificamente com uma das suas próprias fontes: a canção dita popular brasileira. Fá-lo com uma voz totalmente cool, como quem quer deixar claro (suponho) que a linha vocal e as palavras não têm primazia, não são “acompanhadas”, e sim parte igualitária no jogo de construções, desconstruções e reconstruções.

Faz pensar em alguma experiência anterior na nossa música? Acho que mais pelo não que pelo sim: no geral soa mais enxuto, mais parcimonioso que o também sutil mas quase-romântico Wisnik. Passa longe das intenções pop de Arrigo Barnabé. Talvez um pouco mais perto do Itamar Assumpção inicial, desde que expurgado do deboche. Minha impressão, enfim, é que ninguém passou tão perto do mesmo espírito quanto Caetano Veloso em Jóia (mas não em Araçá Azul). Minha impressão!

Uma faixa de amostra? Eu diria que a 3, com fragmentos sampleados de Nélson Gonçalves: acho que em nenhuma outra a vanguarda e a tradição se engalfinham tão profundamente. Já das originais do Chico, acho duro o páreo entre a 5 e a 9 – e já falei demais!

FAIXAS
01 Achado (Chico Mello, Carlos Careqa)
02 Cara da barriga (Chico Mello)
03 Pensando em ti (Herivelto Martins, David Nasser)
04 Mentir (Noel Rosa)
05 Chorando em 2001 (Chico Mello, Carlos Careqa)
06 Já cansei de pedir (Noel Rosa)
07 Carolina (Chico Buarque)
08 Eu te amo (Chico Buarque, Tom Jobim)
09 Valsa dourada (Chico Mello)
10 Rosa (Pixinguinha)
11 Paramá (Chico Mello, Walney Costa)

Chico Mello – vocals, guitars, piano, percussion
Ségio M Albach – clarinets
Uli Bartel – violin
Helinho Brandão – bass
Guilherme Castro – electric bass
Ahmed Chouraqui – percussion
Armando Chu – percussion
José Dias de Moraes Neto – clarinets
Wolfgang Galler – synthesizer, bass, percussion
Michael Hauser – bass
Lothar Henzel – bandoneón
Levent – darabuka
Burkhard Schlothauer – violins, bass
Mix: Chico Mello, Burkhard Schlothauer, Thilo Grahman, Ahmed Chouraqui, Gerhard Grell

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Ranulfus

Gustav Mahler (1860-1911): Adágios

Gustav Mahler (1860-1911): Adágios

Tal como os discos dos funerais (ou músicas que sugerimos pera seu velório) que postei na sexta-feira santa, esta é mais uma estranha coletânea. Eu odeio coletâneas desde a época dos LPs de gatinhos. Os tais greatest hits (argh!) costumam ser uma mistureca braba e o fato de serem feitos de “melhores lances” (?) impede a fruição de uma obra completa, normalmente contrastante, como o compositor criou e desejava que fosse ouvida. Falta respeito e espírito concertístico a quem cria esses monstros. Mas sei, claro, que servem de introdução para quem não conhece nada de determinado compositor ou gênero. Então, vá lá. E aqui termina a PARTE ELITISTA desta introdução.

O importante deste novo CD duplo é que a orquestra é basicamente a de Chicago e os regentes são Solti e Chailly. Não são second choices. Tudo de primeira linha, ou seja, quem ainda está tateando na música erudita já começa a aprender como soa uma boa orquestra. A música de Mahler é indizivelmente grandiosa, apesar de ser bem esquisito ouvir uma série de adágios uns atrás dos outros. É a negação do contraste, ainda mais num compositor tão dotado de repentinos ódios e momentos sublimes como Mahler.

Curioso.

Gustav Mahler (1860-1911): Adágios

1. Symphony No.5 In C Sharp Minor – 4. Adagietto (Sehr Langsam) 9:46
Chicago Symphony Orchestra · Sir Georg Solti

2. Symphony No.2 In C Minor – ”Resurrection” – 4. ”O Röschen Rot! Der Mensch Liegt In Grösster Not!” (Sehr Feierlich Aber Schlicht) Text From Des Knaben Wunderhorn: ”Urlicht” 4:58
Mira Zakai (contralto)
Chicago Symphony Orchestra · Sir Georg Solti

3. Symphony No.4 In G – 3. Ruhevoll (Poco Adagio) 20:13
Chicago Symphony Orchestra · Sir Georg Solti

4. Das Lied Von Der Erde – Der Abschied Yvonne Minton 31:52
Yvonne Minton (mezzo-soprano)
Chicago Symphony Orchestra · Sir Georg Solti

5. Rückert-Lieder – Ich Bin Der Welt Abhanden Gekommen 6:19
Brigitte Fassbaender (mezzo-soprano)
Deutsches Symphonie-Orchestre Berlin · Riccardo Chailly

6. Symphony No.6 In A Minor – 3. Andante Moderato 15:34
Chicago Symphony Orchestra · Sir Georg Solti

7. Symphony No.3 In D Minor/Part 2 – 6. Langsam. Ruhevoll. Empfunden 20:49
Chicago Symphony Orchestra · Sir Georg Solti

8. Symphony No.9 In D – 4. Adagio (Sehr Langsam) 24:51
Chicago Symphony Orchestra · Sir Georg Solti

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Solti está por todo lado nesta coletânea.
Solti está por todo lado nesta coletânea.

PQP

.: interlúdio :. Joe Henderson – Porgy & Bess

coverSeguinte, vou apenas passar a relação dos músicos que participam dessa gravação. Creio ser desnecessário fazer mais algum comentário:

Joe Henderson – Tenor Saxophone
Conrad Herwig – Trombone
John Scofield – Electric & Acoustic Guitars
Stefon Harris – Vibraphone
Tommy Flanagan – Piano
Dave Holland – Bass
Jack DeJohnette – Drums

Chaka Khan – Vocal on Track 2
Sting – Vocal on Track 7

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Respighi (1879-1936): Trittico Botticelliano (2 versões); Gli Ucelli; Antiche Danze ed Arie per Liuto suítes 1 e 3

Publicado originalmente em 21/05/2010

Ao pensar em uma postagem que ajudasse a in-augurar 2016 convenientemente, o Monge Ranulfus logo se decidiu pela revalidação desta aqui, pois a sente como luminosa, leve e equilibrada em alegria e poesia. Isso apesar de uma vez o Grão-Mestre PQP ter observado que acha Respighi chato – e eu não chego a discordar: também acho chato no que tange os poemas sinfônicos de intenção impressionista ‘Fontes de Roma’ e ‘Pinheiros de Roma’. Já tentei ouvir essas obras com boa-vontade, mas foi em vão.

E no entanto, acreditem: é de Respighi uma das peças que mais me fizeram gosto até hoje – seguramente uma das 10 que eu levaria para o exílio em outro planeta: o Trittico ou Tríptico Botticelliano (ou ainda ‘Três Quadros de Botticelli’, seguindo o costume inglês de referir-se à obra como ‘Three Pictures of Botticelli’ – o que teria a vantagem de fazê-la “conversar” com os ‘Três Afrescos de Piero della Francesca’, de Martinu – outra postagem à espera de revalidação!).

Respighi começou o estudo da música pelo violino e por sua irmã mais gorda, a viola, e aos 21 anos foi parar como primeiro violista de orquestra em São Petersburgo, numa temporada de ópera italiana. Já tinha estudado também um pouco de composição, e não perdeu a oportunidade de agarrar 5 meses de aula com Rimsky-Korsakoff, então com 56 anos – mesma idade com que ele, Respighi, morreria na década de 30.

De volta à Itália uma de suas principais frentes de atividade foi a de musicólogo: hoje parece banal conhecer a música da Renascença, mas no começo do século XX isso era atividade de garimpo, e nosso amigo foi um dos pioneiros. Editou e publicou diversas coleções de madrigais e também seu tanto de barroco – e aparentemente amou essa música com tanta intensidade que quis fazê-la sua: ao lado dos referidos poemas sinfônicos, suas obras mais famosas são as 3 suítes Antigas Danças e Árias para Alaúde, formadas por arranjos orquestrais de 4 peças renascentistas cada uma; e o curioso é que esses arranjos do alheio parecem soar mais autênticos, mais como uma voz própria, que aqueles poemas sinfônicos que são propriamente composições.

Já a suíte As Aves (Gli Ucelli) fica numa posição intermediária: aqui são um pouco mais que arranjos de peças barrocas para cravo; o artesanato de texturas, cores, ambiências, chega a momentos de expressividade intensa – ou de deliciosa comédia, como na recriação de ‘La Poule’, a famosa Galinha de Rameau.

E aí chegamos ao que é efetivamente uma composição – o Trittico Botticelliano -, mesmo se também com evidente uso de temas antigos – embora desses eu só identifique com certeza a melodia gregoriana Veni veni Emmanuel, que emerge aos 1:10 de ‘A adoração dos Magos’. Talvez também haja material original que apenas evoque danças e cantos antigos e/ou populares, não sei. Seja o que for, os temas são definitivamente desenvolvidos em um discurso próprio – muito mais do que, digamos, o bem mais famoso Carl Orff consegue desenvolver o que quer que seja.

A palavra ‘discurso’, aliás, é bastante apropriada, pois não temos aqui a menor pretensão de ‘pintar com sons’ como nas ‘Fontane’, ou no Debussy de ‘La Mer’. O que temos são, eu diria, relatos de encenações interiores dos episódios que os quadros evocam.

E, querem saber? Não me importa a mínima se isto não for uma obra-prima em técnica composicional: eu a vejo como absoluta obra-prima do afeto, da máxima amabilidade ou delicadeza (não ‘frescura’) que o ser humano consegue alcançar. E, com isso, inversão total do estereótipo do italiano como especialista do exagero, vulgaridade e barulheira – no que a comparo com outra obra-prima italiana, lamentavelmente inincontrável: o filme de Franco Brusati ‘Dimenticare Venezia’, de 1979, jamais lançado em vídeo ou DVD.

Quase da mesma época (1977) foi o vinil em que conheci essa obra, com uma realização magnífica da Orquestra de Câmara de Praga. Como prêmio de consolação por não poder postá-lo, nosso amigo José Eduardo me conseguiu duas versões – vejam abaixo de quem – que coloquei uma abrindo, outra fechando o programa.

Comparação com a obra análoga de Martinu? Não, gente, eu ainda a ouvi muito pouco para me atrever. Só digo que não me pareceu impressionista – como alguém já a caracterizou – e sim francamente neo-romântica. E que sua linguagem abertamente sinfônica torna ainda mais difícil a comparação com esta aqui, quase camerística. E agora é com vocês…

Ottorino Respighi (1879-1936), obras para pequena orquestra

Trittico Botticelliano (Three Botticelli Pictures) p. orquestra (1927)
01 La Primavera
La Primavera http://www.tropis.org/imagext/botticelli-primavera-peq.jpg
02 L’Adorazione dei Magi (a adoração dos magos)
L'adorazione dei Magi http://www.tropis.org/imagext/botticelli-magi-peq.jpg
03 La nascita di Venere (o nascimento de Vênus)
La nascita di Venere

Gli Uccelli (As Aves) p. pequena orquestra, sobre peças barrocas p. cravo (1927)
04 Preludio (Bernardo Pasquini)
05 La Colomba (a pomba) (Jacques de Gallot)
06 La Galina (a galinha) (J.P. Rameau)
07 L’Usignuolo (o rouxinol) (anônimo inglês)
08 Il Cuccù (o cuco) (Bernardo Pasquini)

Antiche Danze ed Arie (antigas danças e árias), suite 1, p. orquestra (1917)
sobre peças p. alaúde de S. Molinaro, Vicenzo Galilei (pai de Galileo!) e anônimas
09 Baletto detto ‘Il Conte Orlando’
10 Gagliarda
11 Villanella
12 Passo Mezzo e Mascherada

Antiche Danze ed Arie (antigas danças e canções), suite 3, p. cordas (1932)
sobre peças p. alaúde e violão de Besard, L.Roncalli, Santino Garsi da Parma e anônimo
13 Italiana
14 Aria di Corte
15 Siciliana
16 Passacaglia

Orpheus Chamber Orchestra (N.York) (DG 1993)

17 BÔNUS: Trittico Botticelliano I, II e III (1927)
Bournemouth Sinfonietta, reg. Tamás Vásáry (Chandos 1992)

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Ranulfus