Johann Gottlieb Graun (1703-1771) e Carl Heinrich Graun (1704-1759) – Concertos

Porque eles nunca assinavam seus concertos é difícil, se não impossível, afirmar quem é o autor de cada um desses concertos. São dos Graun Brothers. Pronto! Numa carta para Telemann, J.G. Pisendel reclama que os trabalhos estão simplesmentes assinados: “Graun”. Mas a música é boa e a interpretação do Il Gardellino é excelente.

Graun – Concerti

Graun: Concerto for Viola da gamba, Strings and Basso continuo in A major
* Performers: René Schiffer (Cello); Vittorio Ghielmi (Viola da gamba); Lorenzo Ghielmi (Piano); Shalev Ad-El (Harpsichord); Frank Coppieters (Violone); Sophie Gent (Violin); Mika Ahika (Violin); Mika Ahika (Viola); Stephen Freeman (Violin)
* Ensemble: Il Gardellino Ensemble
* Running Time: 22 min. 59 sec.
1 Allegro non troppo
2 Andantino
3 Allegro

Graun: Concerto for Oboe d’amore, Strings and Basso continuo in D major
* Performers: René Schiffer (Cello); Marcel Ponseele (Oboe); Lorenzo Ghielmi (Piano); Shalev Ad-El (Harpsichord); Frank Coppieters (Violone); Sophie Gent (Violin); Mika Ahika (Violin); Mika Ahika (Viola); Stephen Freeman (Violin)
* Ensemble: Il Gardellino Ensemble
* Running Time: 14 min. 55 sec.
4 Allegro
5 Andante
6 Allegro

Graun: Concerto for Fl, Strings and Basso continuo in E major
* Performers: René Schiffer (Cello); Jan De Winne (Flute); Lorenzo Ghielmi (Piano); Shalev Ad-El (Harpsichord); Frank Coppieters (Violone); Sophie Gent (Violin); Mika Ahika (Violin); Mika Ahika (Viola); Stephen Freeman (Violin)
* Ensemble: Il Gardellino Ensemble
* Running Time: 11 min. 9 sec.
7 Allegro
8 Siciliano
9 Allegro

Graun: Concerto grosso for Flute, Violin, Viola and Cello in G major
* Performers: René Schiffer (Cello); Jan De Winne (Flute); Lorenzo Ghielmi (Piano); Shalev Ad-El (Harpsichord); Frank Coppieters (Violone); Sophie Gent (Violin); Mika Ahika (Violin); Mika Ahika (Viola); Stephen Freeman (Violin); Vittorio Ghielmi (Viola da gamba)
* Ensemble: Il Gardellino Ensemble
* Running Time: 18 min. 45 sec.
10 Allegro non troppo
11 Arioso e largo
12 Allegro


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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concertos para piano nº 12 e 17

Estou dando um tempinho nas postagens de música sacra para participar deste debate sobre referências pianísticas. Centro o foco mais especificamente em Brendel e Pollini, possibilitando aos senhores a devida comparação. Explico. Estarei postando três cds em seqüência de concertos para piano de Mozart, com estes dois grandes instrumentistas. Sim, eu sei que o mano pqp já postou esta dupla Brendel/Mozart, mas esta gravação que estou disponibilizando é bem recente, de 2006, para ser mais exato, assim como as de Pollini, que estarei postando mais a fente. Em dois casos eles estarão interpretando os mesmos concertos, aí fica a possibilidade dos senhores fazerem as devidas comparações.

Confesso que ainda prefiro as gravações antigas de Brendel, principalmente a do Concerto nº 17, um de meus favoritos. Não sei se a idade é a responsável por esta “puxada” de freio que ele dá, mas sinto uma certa falta do brilho de sua leitura anterior. Soa um tanto burocrático em certos momentos. Mas deixo os comentários à vossos critérios. Meu objetivo aqui é apenas lançar a comparação. À própria Scotisch Chamber Orchestra e ao experiente Sir Charles Mackerras falta um certo vigor que Neville Marrimer conferiu à sua indefectível Academy of Saint-Martin-in-the-Fields. Enfim, questão de opinião. Talvez algum leitor vá discordar e dizer que esta versão soa mais agradável, não um “tour-de-force” virtuosístico como pode parecer a versão anterior (aqui).

Enfim, divirtam-se.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concertos para piano nº 12 e 17

1. Piano Concerto No.12 in A, K.414 – 1. Allegro
2. Piano Concerto No.12 in A, K.414 – 2. Andante
3. Piano Concerto No.12 in A, K.414 – 3. Rondeau (Allegretto)
4. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – 1. Allegro
5. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – 2. Andante
6. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – 3. Allegretto

Alfred Brendel – Piano

Scottisch Chamber Orchestra

Sir Charles Mackerras – Director

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Franghiz Ali-Zadeh (1947) – Mugam Sayagi

Ah tá, vocês vão querer me dizer que aguardavam a postagem do maior compositor do Azerbaijão no PQP Bach. Sim, agora lembro dos vários pedidos recebidos:

– Pequepêzinho, posta o Borat, quero dizer, o Ali-Zadeh para nós?

Pois peguei vocês! Não é O Franghiz Ali-Zadeh e sim A Franghiz Ali-Zadeh. Sim, a woman! Franghiz Ali-Zadeh (nascida em 1947) é uma compositora e pianista azerbaijana que vive atualmente na Alemanha. Ela é conhecida por combinar a música tradicional do Azerbaijão, o mugam, com técnicas da música ocidental, especialmente de Arnold Schönberg. Seus trabalhos fazem enorme sucesso na região Borat.

O nome deste CD significa “no estilo do mugam”. O mugam é uma incrivelmente sofisticada e emocionada forma de música e poesia. Sons de pingos d`água abrem a maravilhosa Oasis. A compositora toca piano no Quinteto Apsheron, cujo segundo movimento é sensacional. Music for Piano é uma música para piano, dã. Para finalizar, Mugam Sayagi, um quarteto de cordas que incorpora sintetizador e percussões exóticas locais. É uma obra estupenda. Vale várias audições.

Excelente!

Para variar, este CD é um rebento do mais importante quarteto de cordas de nosso tempo, o KRONOS QUARTET. Ótima qualidade de som.

Franghiz Ali-Zadeh (1947) – Mugam Sayagi

1. Oasis (1998) 13:19

2. Apsheron Quintet (2001) I. Tactile Time 11:27
3. Apsheron Quintet (2001) II. Reverse Time 7:23

4. Music for Piano (1989/1997) 7:32

5. Mugam Sayagi (1993) 21:20

Franghiz Ali-Zadeh
Scott Fraser
Kronos Quartet

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Arto Pärt (1935) – Te Deum, Silouans Song, Magnificat e Berliner Messe

Sabem? Eu tento, tento mesmo, mas não consegui ainda desenvolver admiração por Arto Pärt e sua música estática e extática. O problema é justamente a junção destes adjetivos tão parecidos e iguais em som. Pois é a falta de movimento e o êxtase permanente que me enchem o saco. Há que ter céu e estrelas, mas também chão, sangue, vísceras, certo? Pärt parece não ser deste mundo. Li em algum lugar que quem gosta de Górecki, inevitavelmente ama Pärt. OK, sou a exceção, um ET.

Bem, mas os comentaristas dizem que este é o melhor CD com obras do compositor estoniano lançado até hoje. É um CD da ECM de 1993 que é multi, ultra e trans elogiado. Só que não é para mim. Eu acho sem graça. Mas saibam, dizem que são obras-primas!

Pärt – Te Deum, Silouans Song, Magnificat e Berliner Messe

1. Te Deum 28:45

2. Silouans Song 5:46

3. Magnificat 6:44

4. Berliner Messe – Kyrie 3:18
5. Berliner Messe – Gloria 3:43
6. Berliner Messe – Erster Alleluiavers 0:52
7. Berliner Messe – Zweiter Alleluiavers 1:10
8. Berliner Messe – Veni Sancte Spiritus 4:57
9. Berliner Messe – Credo 3:56
10. Berliner Messe – Sanctus 4:04
11. Berliner Messe – Agnus Dei 2:41

Estonian Philharmonic Chamber Choir
Tallinn Chamber Orchestra
Tonu Karljuste

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György Ligeti (1923 – 2006) – Obras orquestrais e para coral

Eu realmente gosto muito de Ligeti. Acho que ele ocupa uma posição que talvez seja só sua e que é a mais revolucionária delas: a de fazer uma música erudita contemporânea mais próxima e acessível ao ouvinte, não obstante a extrema dificuldade de sua escritura. A postagem de hoje, na verdade, é um apanhado de 3 CDs do The Ligeti Project. Infelizmente, é o que possuo destes 3 CDs. Há algumas faixas do CD 1 faltando. Isto faz com que fiquemos sem dois movimentos do Concerto para Piano. Mas acho Ligeti tão bom e interessante que posto do mesmo jeito.

Compositor famoso por ter sido utilizado em dois filmes de Kubrick – um deles 2001 -, tem esplêndida obra, resumida assim na Wikipedia:

As primeiras obras de Ligeti são uma extensão da linguagem musical de seu compatriota Béla Bartók. Por exemplo, suas peças para piano Musica Ricercata (1951 – 53), foram comparadas com as do Mikrokosmos de Bartók . A coleção de Ligeti tem onze peças ao todo, A primeira usa somente uma nota “lá” executada em diversas oitavas. Só no fim da peça é possível escutar a segunda nota – “ré”. A segunda peça emprega três notas diferentes, a terceira emprega quatro, e assim até o fim, de tal forma que a décima-primeira peça usa todas as doze notas da escala cromática.

Nessa primeira parte de sua carreira, Ligeti foi afetado pelo regime comunista da Hungria daquele tempo, que impunha a estética do realismo socialista. A décima peça da Musica Ricercata foi proibida pelas autoridades por considerarem-na “decadente”. Isto se deveu provavelmente ao uso muito livre dos intervalos de segunda menor. Devido à ousadia de suas intenções musicais, é fácil de supor a razão por ter decidido deixar a Hungria.

Uma vez estabelecido em Colônia, começou a compor música electrónica junto a Karlheinz Stockhausen. Entretanto, suas obras para essa linguagem se resumem em três:, dentre as quais Glissandi (1957) e Artikulation (1958), antes de voltar à música instrumental e à vocal. Suas composições, então, apareceram influenciadas por suas experiências eletrônicas e muitos dos efeitos sonoros que criou lembram outras obras eletrônicas. A obra Apparitions (1958-59) foi a primeira a atrair a tenção da crítica, mas foi sua obra seguinte, Atmosphères, a mais conhecida atualmente. Foi usada, junto com fragmentos de Lux aeterna e seu Réquiem como parte de la trilha sonora de 2001: Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick – sem a autorização do próprio Ligeti.

Atmosphères (1961) é uma peça para uma grande orquesta sinfônica. É considerada peça-chave na produção de Ligeti e contém muitos dos recursos explorados durante a década de 60. Abandonou o foco na melodia, na harmonia e no ritmo, para se concentrar apenas no timbre dos sons, uma técnica conhecida como “massa de som. Cada nota da escala cromática soa em cinco oitavas. A peça se desenvolve a partir desse acorde, com nuances sempre distintas.

Ligeti cunhou o termo “micropolifonia” à técnica composicional que usou em Atmosphères, Apparitions e outras obras daquela época. Assim a definiu: “a complexa polifonia das partes individuais está fundida num fluxo harmônico-musical, no qual as harmonias não mudam subitamente; em vez disso, mesclam-se umas com as outras. É uma combinação de intervalos claramente reconhecível e que vai se tornando nebulosa. Nesta nebulosidade, pode-se distingüir uma nova combinação de intervalos se formando”.

Da década de 70 em diante, Ligeti se afastou do cromatismo total e começou a se concentrar no ritmo. Interessou-se, particularmente, nos aspectos rítmicos da música africana, em especial na dos pigmeus. Em meados de 1970, escreveu a ópera “Le Grand Macabre”, com base no teatro do absurdo com muitas referências escatológicas. Sua música dos anos 80 e 90 deram ênfase a complexos mecanismos rítmicos, em uma lingagem menos densamente cromática (tendendo a favorecer as tríades maiores e menores deslocadas e estruturas polimodais).

A última obra de Ligeti foi o Concerto de Hamburgo para trompa e orquestra de câmara (1998-99, revisado em 2003).

Ligeti – The Ligeti Project I-II-IV

Piano Concerto
with Pierre-Laurent Aimard, ASKO Ensemble
1. Piano Con: III. Vivace Cantabile – Pierre-Laurent Aimard
2. Piano Con: IV. Allegro Risoluto, Molto Ritmico – Pierre-Laurent Aimard
3. Piano Con: V. Presto Luminoso – Pierre-Laurent Aimard

Mysteries of the Macabre, for soprano & ensemble, or trumpet & piano/ensemble (arr. from “Le Grand Macabre” by E.Howarth)
with Peter Masseurs, ASKO Ensemble
4. Mysteries Of The Macabre – Peter Masseurs

Lontano, for orchestra
Performed by Berlin Philharmonic Orchestra
Conducted by Jonathon Nott
5. Lontano

Atmosphères, for large orchestra
Performed by Berlin Philharmonic Orchestra
Conducted by Jonathon Nott
6. Atmospheres

Apparitions, for orchestra
Performed by Berlin Philharmonic Orchestra
Conducted by Jonathon Nott
7. Apparitions: I. Lento
8. Apparitions: II. Agitato

San Francisco Polyphony, for orchestra
Performed by Berlin Philharmonic Orchestra
Conducted by Jonathon Nott
9. San Francisco Polyphony

Concert Românesc, for orchestra
Performed by Berlin Philharmonic Orchestra
Conducted by Jonathon Nott
10. Concert Romanesc: I. Andantino
11. Concert Romanesc: II. Allegro Vivace
12. Concert Romanesc: III. Adagio Ma Non Troppo
13. Concert Romanesc: IV. Molto Vivace

Hamburg Concerto, for horn & chamber orchestra with 4 obbligato natural horns
with Ozan Cakar, Sybille Mahni, Thomas Bernstein, Marie-Luise Neunecker, Simon Breyer, ASKO Ensemble
Conducted by Reinbert de Leeuw
14. I. Praeludium
15. II. Singale, Tanz, Choral
16. III. Aria, Aksak, Hoketus
17. IV. Solo, Intermezzo, Mixtur, Kanon
18. V. Spectra
19. VI. Capricco
20. VII. Hymnus

Double Concerto, for flute, oboe & orchestra
with Heinz Holliger, Jacques Zoon, Schoenberg Ensemble, ASKO Ensemble
Conducted by Reinbert de Leeuw
21. I. Calmo, Con Tenerezza – Heniz Holliger
22. II. Allegro Corrente – Heinz Holliger

Ramifications, for 12 strings (or string orchestra)
with Schoenberg Ensemble, ASKO Ensemble
Conducted by Reinbert de Leeuw
23. Ramifications For 12 Solo Strings – Heniz Holliger

Requiem, for soprano, mezzo-soprano, 2 choruses & orchestra
Performed by Berlin Philharmonic Orchestra
with Caroline Stein, Margriet van Reisen
Conducted by Jonathon Nott
24. I. Introitus. Sostenuto – Jonathan Nott
25. II. Kyrie. Molto Espressivo – Jonathan Nott
26. III. De Die Judicii Sequentia. Subito: Agitato Molto – Jonathan Nott
27. IV. Lacrimosa. Molto Lento – Jonathan Nott


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Bach, Beethoven, Carpeaux

A Nova História da Música é criticada com razão por ser uma espécie de “Eu e a Música”, mas Carpeaux freqüentemente escrevia coisas brilhantes. No parágrafo que segue, penso que ele põe em palavras uma opinião que está latente em nós:

A amplitude emocional da obra de Bach em conjunto é imensa: basta lembrar a solenidade majestosa das fugas, o misticismo gótico dos motetos, o sentimento comovido das árias e dos largos, o demoníaco de uma hora de rebeldia como no Concerto para piano em ré menor e a elegância aristocrática das suítes e o humorismo burlesco da Cantata dos camponeses e a inocente alegria paradisíaca como no Concerto para violino em mi maior. Bach resumiu tudo isso e muito mais. Mas não resumiu todas as possibilidades da música. Não encontro entre as obras de Beethoven algo tão perfeito como os Concertos de Brandenburgo. Mas não encontro entre as obras de Bach algo que tão intimamente tocasse o coração como o Concerto para piano n. 4 ou O Trio Arquiduque ou as variações da Sonata opus 111 nem abstrações tão transcendentais como o Quarteto opus 132 e as variações sobre a valsa de Diabelli nem uma despedida tão humana como a última obra, o Quarteto opus 135. Para variar, uma frase de Nietzsche: ‘Beethoven escuta e nota o que toca um músico celeste; Bach é esse músico celeste’. A arte de Beethoven é a mais alta música humana. A arte de Bach é menos humana porque é mais que humana. Os Concertos de Brandenburgo são um reflexo da ordem divina do Universo; uma mensagem do reino das idéias platônicas.

Otto Maria Carpeaux, 1960 – Recebido às 10h em e-mail deste grande escritor e colunista da Rascunho.

Aos navegantes e colaboradores

Upgrade das 10h56 – MIGRAÇÃO CANCELADA!!!

Motivo: Utilizamos PHP 5 no nosso servidor atual. Estamos ou estávamos indo para um que utiliza PHP 4.1 – está em fase de atualização. Teremos que esperar mais um pouco.

Então, todo mundo liberado para mexer nos blogs. Fica a piada e a foto de nosso Amado.

Hoje, a partir das 18h, estaremos fazendo a migração de todo o OPS de um servidor estrangeiro, chato, feio e inconstante para um nacional, bonito, caro e fiel. (Isso é o que todos prometem…). Recebi instruções de não mexer nos blogs desde o horário citado até às 9h da manhã de sexta. Neste ínterim (18h de hoje até 9h de amanhã, repito), os comentaristas podem escrever, mas saibam que suas observações sumirão como palavras ao vento.

Orem por nós. Esperamos retomar nossa programação brega durante o dia de amanhã. Minhas próximas postagens serão Amado Batista, ABBA, Daniel, Leonardo e New Kids on the Block. Enquanto isso, FDP Bach prepara a integral de Lindomar Castilho e Bluedog a do Grupo Dominó. CDF Bach, sempre avant-garde, postará Mara Maravilha e Clara Schumann, Roberto Leal.

Dance Dance Dance

Aguardem!

Johannes Brahms (1833-1897) -“Ein Deutsches Requiem”, OP. 45

Sim, eu sei que já postei este Requiem Alemão aqui, na excelente versão de Gardiner, porém aqui temos outro grande maestro, e outra magnífica versão.

Neste mesmo link tem um breve texto explicativo para esta obra monumental, que sempre me deixa arrepiado por sua força e beleza. Os corais são algo absurdamente maravilhosos, e assim como no caso do Monteverdi Choir, nesta gravação de Herreweghe temos outro excelente coro, o “Collegium Vocale”, e outros dois excelentes solistas, a soprano Christiane Oelze e o barítono Gerald Finley.

Meu mano PQP Bach tem elogiado muito o trabalho de Phillippe Herreweghe, e com razão. Através de sua leitura temos um Brahms renovado, que mostra detalhes da obra até então para mim, ao menos, desconhecidos. Sei que a referência desta obra sempre será a versão de Klemperer e a divina Elizabeth Schwarzkopff, mas de certa forma, apesar de ser excepcional, a considero um tanto quanto pesada, com o grande Klemperer se utilizando de uma massa orquestral um tanto quanto exagerada. Herreweghe, assim como Gardiner, soube dosar e dar o equilíbrio necessário entre o coral e a orquestra, dando uma “suavizada” nos momentos mais densos, como no segundo movimento, “Den Alles Fleisch, es ist wie gras”, meu momento favorito da obra, mas ao mesmo tempo, não deixando escapar por entre os dedos a sobriedade necessária para sua execução. Sugiro a leitura do booklet que estou disponibilizando abaixo. E também não canso de ler esta bela descrição do filósofo Ernst Bloch, retirada da biografia de Brahms escrita por Malcolm McDonald:

“à música do Requiem não falta contenção e o que lhe equivale em Brahms: uma preciosa profundidade que evita a apoteose (…) Esta música nos está dizendo que existe um broto – não mais porém não menos – que poderia florescer em alegria perpétua e que sobreviverá às trevas, que na realidade ele aprisiona dentro de si (…) Nas trevas desta música estão cintilando aqueles tesouros que estão livres da ferrugem e das traças. Referimo-nos àqueles tesouros permanentes em que a vontade e o objetivo, a esperança e sua satisfação, a virtude e a felicidade possam ser unidos, em um mundo sem decepção e de supremo bem – o réquiem circunda a região secreta do supremo bem”.

Mas vamos ao que interessa:

Johannes Brahms (1833-1897) -“Ein Deutsches Requiem”

1 – Chor: Selig sind, die da Lied tragen

2 – Chor: Denn alles Fleisch, es ist wie Grãs

3 – Solo (Bariton) und Chor: Herr, lehre doch mich

4 – Chor: Wie liebich sind Deine Wohnungen

5 – Solo (Sopran) und Chor: Ihr habt nun Traurigkeit

6 – Solo (Bariton) und Chor: Denn wir haben hie keine bleibende Statt

7 – Chor: Selig sind die Toten, die in dem Herrn sterben

Christiane Oelze – Soprano

Gerald Finley – Barítono

La Chappelle Royale – Collegium Vocale

Orchestre des Champs Elysées

Dir. – Phillippe Herreweghe

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BOOKLET – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE