Felix Mendelssohn (1809-1847): Concerto para Violino, Op. 64, Sinfonia No. 4, “Italiana”, e outras peças para orquestra (Zuckerman, Bernstein)

Felix Mendelssohn (1809-1847): Concerto para Violino, Op. 64, Sinfonia No. 4, “Italiana”, e outras peças para orquestra (Zuckerman, Bernstein)

Um CD para o qual os adjetivos são insuficientes. Quem já teve a oportunidade de ler as palavras bambas e pobres que já redigi em outros posts de Mendelssohn, pôde perceber a minha profunda admiração pela música do alemão. Mendelssohn foi um indivíduo especial, dotado de uma gama de qualidades únicas. Todas as vezes que penso nele me vem à mente a ideia de um sujeito bem-afortunado. Foi alguém de uma alma profundamente cândida, delicada. Angélica. Acredito que não teve aperreios, mesmo nos últimos anos de vida, período em que a enfermidade lhe foi furtando as forças. Acredito que quem nunca ouviu o compositor e escutasse este CD que ora posto, ficaria com a melhor das impressões. Faria o julgamento de que Mendelssohn foi um sujeito singular. E, de fato, acertaria no julgamento. O CD traz aquelas peças que se tornaram imortais para a história da música. O concerto para violino e orquestra é de uma pureza e uma leveza arrebatadores. Este concerto se estabelece como um dos meus preferidos entre todos os que já foram compostos. A Sinfonia No. 4 é a minha preferida entre as cinco que ele compôs. É uma representação do seu estilo – alegria, festa, celebração e a admiração pela natureza. O tema inicial de As Hébridas possui um encanto arrebatador. Acredito que poucas peças tenham uma abertura de forma tão poderosa. Em suma: Mendelssohn e sua música são motivos para que pensemos em coisas grandes, enormes. Boa apreciação!

Felix Mendelssohn (1809-1847) – Concerto para Violino, Op. 64, Sinfonia No. 4, Athalie, incidental music, Op. 74 e The Hebrides, overture (‘Fingal’s Cave,’ 4 versions), Op. 26

Concerto para violino e orquestra em Mi menor, Op. 64
01. Allegro molto appassionato
02. Andante
03. Allegretto non troppo

Sinfonia No. 4 em A menor, Op. 90 – “Italiana”
04. Allegro vivace
05. Andante con moto
06. Con moto moderato
07. Saltarello

Athalie, incidental music, Op. 74- Kriegsmarsch der Priester
08. Athalie, incidental music, Op. 74- Kriegsmarsch der Priester

The Hebrides, overture (‘Fingal’s Cave,’ 4 versions), Op. 26
09. The Hebrides, overture (‘Fingal’s Cave,’ 4 versions), Op. 26

New York Philharmonic
Leonard Bernstein, regente
Pinchas Zukerman, violino

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Galã…

Carlinus

Felix Mendelssohn-Bartholdy – Violin Concerto op.64, The Hebrides – Concert Ouverture op.26 B minor, Symphony no.5 “Reformation” op.107 – Faust, Heras-Casado, FBO

Felix Mendelssohn-Bartholdy – Violin Concerto op.64, The Hebrides – Concert Ouverture op.26 B minor, Symphony no.5 “Reformation” op.107 – Faust, Heras-Casado, FBO

Hoje trago para os senhores duas obras primas do genial Mendelssohn, que nos são apresentadas neste CD da Harmonia Mundi: o nosso amado Concerto para Violino e a Sinfonia nº 5, intitulada ‘Reforma’ dois petardos do repertório romântico, sem dúvida.

Isabelle Faust nos apresenta uma versão diferente do Concerto, sem aqueles arroubos sentimentais, digamos que sua leitura seja mais intimista, mais pessoal, ela não cede ao Romantismo exacerbado de algumas passagens. E conta para isso com a cumplicidade de Heras-Cassado, jovem maestro que vem se destacando nos últimos anos. Faust já é uma violinista experiente, com diversos álbuns gravados, inclusive recém postei sua excepcional nova incursão na obra de Bach. E aqui novamente demonstra que não teme se arriscar em testar outras perspectivas e possibilidades desta obra.

Elogiosa também a atuação de Heras-Casado ao escolher uma Orquestra de pequeno porte, mas de grande qualidade, e mais especializada no repertório barroco, a Freiburger Baroque Orchestra. Os que estão acostumados com a sonoridade de uma Filarmônica de Berlim, de Viena, do Concertgebow de Amsterdan, vão estranhar. Mas lembremos de que nos tempos em que Mendelssohn andava sobre esse nosso planeta não existiam estas grandes orquestras, mas pequenos conjuntos musicais como este de Freiburg.
Espero que apreciem.

Felix Mendelssohn-Bartholdy – Violin Concerto op.64, The Hebrides – Concert Ouverture op.26 B minor, Symphony no.5 “Reformation” op.107 – Faust, Heras-Casado, FBO

1 Violin Concerto op.64 E minor
I. Allegro molto appassionato
2 II. Andante – Allegretto non troppo
3 III. Allegro molto vivace

4 The Hebrides – Concert Ouverture op.26 B minor / h-Moll / si mineur

Symphony no.5 “Reformation” op.107* D minor

5 I. Andante – Allegro con fuoco
6 II. Allegro vivace
7 III. Andante
8 IV. Choral “Ein feste Burg ist unser Gott”
Andante con moto – Allegro vivace – Allegro maestoso

Isabelle Faust Stradivarius violin “Sleeping Beauty”, 1704
Freiburger Barockorchester
Pablo Heras-Casado

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Felix Mendelssohn (1809-1847): Sonho de uma Noite de Verão, Op. 61

Felix Mendelssohn (1809-1847): Sonho de uma Noite de Verão, Op. 61

71Es2DqKGSL._SL1425_IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quando penso na música de Mendelssohn sempre me vem à mente uma sensação de alegria juvenil despreocupada, tépida, repleta de sentimentos ensolarados. Talvez a impressão resultante da sinfonia número 4, “Italiana”, tenha se tornado numa influência preponderante em minha percepção. E o que dizer de o Sonho de uma noite de verão? Mendelssohn conseguiu transferir o aspecto emblemático tal qual Shaskepeare o empregou quando escreveu a sua obra homônima. Ou seja, a obra escrita para o teatro se perpetua, em carga dramática e espiritual, na obra musicada. Mendelssohn era um indíviduo culto, dono de uma grande versatilidade artística; conhecedor de tendências e mundos literários. Ele contribuiu singularmente para perpetuar o gênio shakespereano nessa obra. O mais incrível nisso tudo – e devo afirmar que se trata de algo estarrecedor – é que Mendelssohn era uma adolescente quando escreveu esta obra. Tinha apenas 15 anos de idade. Algo verdadeiramente incrível. A obra é ágil, cheia de um colorido alegre; é bela, perfeita, revelando uma alma sonhadora. A obra revela o jovem Mendelssohn. Sonho de uma noite de verão deixa-nos com aquela impressão de que há homens que já perceberam, apreenderam e sentiram o inefável; que já apalparam a beleza. Revela-nos a verdade abismadora proclamada por Nietzsche, ou seja, de que “a arte existe para dar sentido à vida”. Sem a arte o mundo humano já teria se desvanescido. Quando se estiver triste, quando a vida se encher de escuridade; ou naqueles dias em que o mundo parece conspirar, é necessário ouvir esta música que segreda-nos verdades ocultas. A “Abertura” é uma porta que se nos abre, convidando-nos para o mundo das fadas, dos duendes, dos contos imaginosos, de encantamentos, de amores impossíveis ou que se realizam, de fantasia – verdadeira fantasia. Entusiasmo-me quando escuto esta obra. Ficamos elucubrando com aquelas sentimentalizações de que a vida vale a pena. Portanto, não deixe de ouvir este registro imperdível com Otto Klemperer. Aprecie sem moderação, pois quanto mais somos penetrados pela beleza da arte, melhores seres humanos nos tornamos.

Felix Mendelssohn (1809-1847) – Sonho de uma noite de verão – música incidental, Op. 61

01. Overture, Op. 21 [12:51]
02. I. Scherzo [5:29]
03. IIa. March of the Fairies [1:17]
04. III. ‘Ye Spotted Snakes’ [4:39]
05. V. Intermezzo [3:57]
06. VII. Nocturne [7:02]
07. IX. Wedding March [5:00]
08. Xa. Funeral March [1:01]
09. XI. Dance of the Clowns [1:49]
10. Finale. ‘Through the House’ [4:48]

Philharmonia Orchestra
Philharmonia Chorus

Heather Harper, soprano
Janet Baker, contralto
Otto Klemperer, regente

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Klemperer, nome difícil de dizer, cara de louco, mas que baita maestro!
Klemperer, nome difícil de dizer, cara de louco, mas que baita maestro!

Carlinus