Vamos às duas últimas sinfonias de Jean Sibelius. Agora surgem as de número 6 e 7. São trabalhos de profunda e intensa beleza. Durante muito tempo Sibelius fomentou a possibilidade de compor a sua Oitava Sinfonia. Nas década de 30 e 40 havia uma especulação no mundo da música de que o trabalho estava sendo escrito. Um burburinho, um frenesi tomava a todos. Afinal, aqueles que não simpatizavam com as inovações suscitadas por Schoenberg, Stravinsky e companhia limitada, apegavam-se à velha forma – não em sentido depreciativo – e Sibelius era um ícone. Alguns o chamavam de novo Beethoven. Seus trabalhos eram aplaudidos com veemência. A expectativa era geral. Mas por outro lado, Sibelius era alguém que tinha problemas sérios com a bebida. Sua saúde piorava. Uma vísivel degradação roía o compositor. A expectativa da Oitava era um fantasma que consumia a psiquê de Sibelius. A Oitava seria o coroamento de toda a sua obra. Nela se encontraria o condensamento de tudo aquilo que compusera. Mas, em dado dia, Sibelius acometido por uma crise de instabilidade, jogou no fogo as partituras com tudo aquilo que compusera para a Oitava Sinfonia. Que pena! Sendo assim, ficamos com apenas 7 sinfonias do compositor. Gosto tanto das sinfonias do compositor, que penso que Sibelius deveria ter escrito 15 sinfonias como fez Shostakovich ou mais – quem sabe!. Boa apreciação dos dois últimos CDs dessa fenomenal caixa com Bernstein!
Jean Sibelius (1865-1857) – Sinfonia No. 6 em Ré menor, Op. 104 e Sinfonia No. 7 em Dó maior, Op. 105
Sinfonia No. 6 em Ré menor, Op. 104
01. 1. Allegro molto moderato
02. 2. Allegretto moderato
03. 3. Poco vivace
04. 4. Allegro molto – Allegro assai – Doppio più lento
Sinfonia No. 7 em Dó maior, Op. 105
Sinfonia No. 7 em Dó maior, Op. 105
New York Philharmonic
Leonard Bernstein, regente
Carlinus